BJT - IPS

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Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O transistor de junção bipolar (BJT)
E
C
n
• Bipolar – dois tipos de cargas, electrões e
buracos, envolvidos nos fluxos de corrente
p
n
Emissor
Colector
B
• Junção – duas junções pn. Junção
base/emissor e junção base/colector
Base
E
• Tipos – tipos NPN e PNP.
C
p
n
p
Emissor
Colector
• Terminais – Base, Emissor e Colector
B
Base
• Símbolos -
NPN
Colector
Base
Emissor
PNP
Base
Emissor
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Colector
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Fluxos de corrente num
transistor npn operando na ZAD
Injecção de electrões
E
C
Injecção de buracos
n
p
n
iE
iC
• A junção Emissor/Base é directamente
iB B
polarizada
• A junção Base/Colector é inversamente
polarizada
VCB
VBE
• A espessura da região da base é
tipicamente 150 vezes inferior à
espessura do dispositivo.
• E de portadores minoritários
• A polarização directa da junção
(buracos) da base para o emissor
base/emissor causa um fluxo de
portadores maioritários (electrões) da • A soma destes dois fluxos conduz
à corrente de emissor IE.
região n para a região p.
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Fluxos de corrente num
transistor npn operando na ZAD
Injecção de electrões
E
C
Injecção de buracos
n
• O transistor é construído de tal forma que
praticamente toda a corrente é constituída
pelo fluxo de electrões do emissor para a
base. A região do emissor é muito mais
fortemente dopada do que a região da
base.
• A região da base é muito fina comparada
com a espessura das regiões do emissor e
do colector. Os electrões que fluem do
emissor para a base, atravessam esta
região e são atraídos para o colector,
n
p
iE
iB
VBE
iC
B
VCB
antes de haver tempo para a
recombinação com os buracos
na base. A corrente no colector
é da mesma ordem de grandeza
da corrente no emissor.
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Fluxos de corrente num
transistor pnp operando na ZAD
Injecção de buracos
E
C
Injecção de electrões
p
• O transistor PNP opera de forma semelhante
ao descrito para o transistor NPN
iE
• A tensão VEB polariza directamente a junção
EB. A tensão VBC polariza inversamente a
junção CB.
p
n
iB
VEB
iC
B
VBC
• No transistor PNP as correntes são sobretudo devidas a correntes de buracos.
• As correntes de difusão de electrões livres da base para o emissor são muito
pequenas em comparação com as correntes de buracos em sentido contrário.
• A região do emissor, tal como no transistor NPN, é muito mais fortemente
dopada do que a região da base. A espessura da base é muita pequena em
comparação com as dimensões do dispositivo.
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (BJT)
(convenções)
C
vCB
B
iC
iB
vEB
vCE
vBE
E
iE
B
iB
vEC
vBC
iC
E
NPN
iE
C
PNP
• Os sentidos de referência adoptados para tensões e correntes aos terminais do
transistor são escolhidos de tal modo que, para o funcionamento na zona activa
directa, as correntes são positivas.
• O funcionamento dos dois tipos de transistores é muito semelhante; quando se
passa de um para outro, todos os resultados se mantêm se se trocarem os
sentidos das tensões e correntes.
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (BJT)
(modos de operação)
Modo de
operação
Junção EB
Junção CB
Aplicações
Zona Activa
Directa
(ZAD)
Polarizada
directamente
Polarizada
inversamente
Amplificadores
Zona de Corte
(ZC)
Polarizada
inversamente
Zona de
Saturação
(ZS)
Polarizada
directamente
Polarizada
inversamente
Polarizada
directamente
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Interruptores
Portas lógicas
Circuitos TTL
Etc..
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (NPN)
(Equações - resumo)
• Zona Activa Directa (ZAD)
iC = â . i B
i C = á .i E
v BE ≅ v BE on
v CE > V CE sat
i E = ( â + 1). i B
â
e
iC =
.i E
â +1
= 0 , 7V
e
• Zona de Saturação (ZS)
iC < â . i B
v BE ≅ v BE on = 0 , 7 V
v CE = V CE sat ≅ 0 , 2 V
• Zona de Corte (ZC)
i B = iC = i E = 0
v BE < 0 , 7 V
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (NPN)
Modelos para sinais fortes
C
ISe
B
C
iC
vBE
VT
α.iE
iB
iB
B
vBE
vBE
iE
iE
E
E
a) Fonte de corrente controlada por
tensão
iC
iB
B
iC
vBE
IS e
b) Fonte de corrente controlada por
corrente
C
vBE
VT
vBE
iE
C
β.i B
iE
E
c) Fonte de corrente controlada por
tensão
iC
iB
B
E
d) Fonte de corrente controlada por
corrente
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (PNP)
Modelos para sinais fortes
E
E
iE
vEB
B
iB
B
iB
vEB
α.iE
IS e V T
iC
iC
C
C
a) Fonte de corrente controlada por
tensão
b) Fonte de corrente controlada por
corrente
E
E
iE
B
iE
vEB
iE
vEB
ISe
iB
iC
v BE
VT
B
C
c) Fonte de corrente controlada por
tensão
vEB
β.iB
iB
iC
C
d) Fonte de corrente controlada por
corrente
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Curvas características do BJT (npn)
iB=f(vBE) para vCE constante
T1 T2 T3
iB
iB
T 1>T 2>T 3
iC
i C = I S . exp(
iB=
v BE
)
VT
IS
v
. exp( BE )
β
VT
0,5
0,5
0,8
0,8
vBE
vBE
Habitualmente considera-se
VBE=VBEon≅ 0,7V
Efeito da temperatura na característica
iB-vBE de um transistor npn.
vBE decresce aproximadamente 2mV/ºC.
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Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Curvas características do BJT (npn)
iC=f(vCE) para iB constante
Zona de
saturação
iC
VBE
..
i B=.
iC
Zona activa
directa
i B=...
VCE
i B=...
iB=...
iB=...
vCE
-V A
VA – tensão de Early
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Zona de
corte
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Análise de circuitos dc com o BJT (npn)
- (Recta de carga estática)
RC
5kΩ
RB
Da malha de saída tem-se:
330kΩ
VBB
− VCC + R C I C + VCE = 0
IC =
VCC − VCE
RC
ou
IC = −
4V
1 VCC
+
RC RC
Equação de uma recta, em que:
C
IB
IC
VBB
+10V
B
E
IE
..
i B=.
iC
VCC
RC
iB=...
para I C = 0 ==> VCE = VCC
para VCE = 0 ==> I C =
VCC
RC
ICQ
PFR
iB=...
(1mA)
PFR - ponto de funcionamento em repouso
iB=...
PFR (VCEQ , I CQ )
VCEQ (5V)
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
iB=10µA
VCC vCE
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (NPN)
(Exemplos)
β=100
VBEon=0,7V
+10V
RC
5kΩ
RB
VB
+10V
+10V
C
iB
iC
VB
B
330kΩ
RB
100kΩ
RC
2,7kΩ
5kΩ
C
iB
iE
iC
C
iC
B
B
E
5V
E
4V
RC
RE
3,3kΩ
E
iE
iE
RE
10kΩ
-10V
a)
b)
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c)
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Transistor de junção bipolar (PNP)
(Exemplos)
β=100
VEBon=0,7V
+10V
E
iB
RB
VB
+10V
+10V
C
6V
iE
RC
iC
10kΩ
3,3kΩ
RB
B
330kΩ
RE
RE
VB
100kΩ
E
iB
E
iE
B
B
C
5V
RC
5kΩ
iE
2,7kΩ
C
iC
iC
RC
5kΩ
-10V
a)
b)
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
c)
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Análise de circuitos dc com o transistor
de junção bipolar (npn) - (Exemplo)
1. Malha de entrada
− V BB + R B .I B + V BEon = 0
IB =
V BB − VBEon
RB
IB =
4 − 0, 7
= 10 µ A
330 k
3. Malha de saída
− VCC + R C .I C + VCE = 0
VCE = VCC − R C .I C
VCE = 10 − 5k.1m
VCE = 5V
RC
5kΩ
IB
RB
2. Equações do BJT
I C = β.I B
I C = 100 .10µA = 1mA
VBB
I E = I C + I B = (β + 1).I B
4V
C
IC
IC
VBB
+10V
B
330kΩ
E
IB
IE
I E = 101 .10µA = 1,01mA
I E ≅ 1mA
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Exemplos de polarização dc de circuitos com BJT’s
VCC
RC
RB
iB
C
B
E
iC
iE
V CC
IC
RC
RB
V CC
C
IB
B
V BE
V CE
E
Malha Base-Emissor
− VCC + I B R B + VBE = 0
V − VCE
I B = CC
RB
E
Malha Colector-Emissor
I C = β.I B
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
− VCC + I C R C + VCE = 0
VCE = VCC − I C R C
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Exemplos de polarização dc de circuitos com BJT’s
(polarização por divisor de tensão)
V CC
RC
R B1
iB
C
B
R B2
V CC
E
RC
iC
iE
R TH
V TH
IB
C
B
V BE
E
R TH = R B1 // R B2
VTH =
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
R B2
.VCC
R B1 + R B2
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Polarização por divisor de tensão
(equivalente de Thévenin da malha Base-Emissor)
VCC
RB1
RTH
VTH
RB2
VTH
R B2
=
.VCC
R B1 + R B2
∧
R TH = R B1 / / R B2
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Polarização por divisor de tensão
e resistência no Emissor
VCC
RC
RC
RB1
C
V TH
E
V BE
IB
RE
− VTH + R TH I B + VBEon + R E IE = 0
− VTH + R TH I B + VBEon + (β + 1)R E I B = 0
IB =
V CC
R TH
B
RB2
IC
VTH − VBEon
R TH + (β + 1)R E
V BE
RE
IC = β.IB
IE = ( β + 1).IB
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
A introdução de uma
resistência no emissor
traduz-se em circuitos com
boa estabilidade do seu
ponto de funcionamento
em repouso (PFR) e faz
com que a corrente IC seja
praticamente independente
do valor de b e a corrente
IB praticamente
independente de RB.
− VCC + R CI C + VCE + R E I E = 0
VCE = VCC − R C I C − R E IE
VCE ≅ VCC − (R C + R E ).IC
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Polarização com resistência de rectroacção
colector-base e resistência no emissor
VCC
RB
RC
RC
VCC
RB
RC
VCC
RB
VCE
VBE
RE
− VCC + R C ( I C + I B ) + R B I B + VBE + R E I E = 0
− VCC + (β + 1) R C I B ) + R B I B + VBE + (β + 1) R E I B = 0
IB =
RE
I C = β.I B
VCC − VBE
R B + (β + 1) R C + (β + 1) R E
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
RE
− VCC + R C ( I C + I B ) + VCE + R E I E = 0
− VCC + R C I E + VCE + R E I E = 0
VCE = VCC − ( R C + R E ) I E
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Polarização com duas fontes de tensão
V CC
RC
RC
RB
IB
RB
RE
V EE
RE
V CC
RE
V EE
-V EE
R B I B + VBEon + (β + 1) R E I B − VEE = 0
IB =
VEE − VBEon
R B + (β + 1) R E
I C = β.I B
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
− VCC + R C I C + VCE + R E I E − VEE = 0
VCE = VCC + VEE − R C IC − R E I E
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Polarização com fonte de corrente
V CC
RC
RC
V CB
V CC
RB
RB
I
-V EE
IE = I
I C = α.IE ≅ IE
IB =
IE
β +1
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
− VCC + R C IC + VCB + R B IB = 0
VCE
VCE = VCB + VBE
= VCC − R C IC − R B IB + VBE
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Verificação da zona de funcionamento
de um circuito com BJT’s
Hipótese: ZAD
IB>0; IC =β .IB;
VBE=VBEon=0,7V;
VCE>VCEsat
Calcular IB
(malha baseemissor)
IB>0
Não
Sim
Zona de Corte
Calcular V CE
IB=0; IC =0; IE=0
VBE<0,7V
PFR(V CE, 0)
(malha colectoremissor)
Não
VCE>VCEsat
Sim
Zona Activa Directa
PFR(V CEQ,ICQ)
Zona de Saturação
VCE=VCEsat =0,2V
PFR(V CEsat ,ICsat )
• Parte-se da hipótese que o BJT está na ZAD;
• Calcula-se IB a partir da malha de entrada, ou
base-emissor;
• Se o valor obtido para IB for nulo ou negativo
conclui-se que o BJT está na ZC - Zona de Corte;
IB=0; IC=0 e IE=0; o VBE é inferior a 0,7V.
• Se o valor de IB for positivo calculamos IC=βIB e
calculamos VCE a partir da malha colectoremissor.
• Se o valor obtido para VCE for inferior ou igual a
VCEsat, concluímos que o BJT está na ZS- Zona
de saturação. VCE=VCEsat e há que calcular ICsat
da malha de saída (IC≠βIB).
• Se o valor de VCE for superior a VCEsat, então o
BJT encontra-se mesmo na ZAD e VCEQ e ICQ são
os obtidos nos cálculos anteriores.
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Funcionamento do BJT no corte e saturação
Zona de Corte : Vi < 0,7V
V − VBEon
IB = i
< 0 ⇔ Vi − 0,7 < 0
RB
IB = 0 ∧ IC = 0
5V
iC
0 < Vi < 5V
RC
4k Ω
Vo
RB = 100k Ω
Vi
iB
Zona de Saturação : Vi > 1,9 V
ICsat =
VCC − VCEsat 5 − 0,2
=
= 1,2 mA
RC
4k
Vo(V)
Corte
5
I Csat 1,2mA
=
= 12µA
β
100
V − 0,7
= i
> 12µ A
100 k
I Csat < β.I Bsat ⇒ I Bsat >
Vi − VBEon
RB
it
vca
Zona a
I Bsat =
Vi > 100k.12µ + 0,7 = 1,9 V
Saturação
Zona Activa Directa : 0,7 < Vi < 1,9V
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
0,2
0,7
1,9
5
Vi(V)
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Funcionamento do BJT no corte e saturação
+10V
V − VBEon
6 − 0,7
I B = BB
=
= 16µA
(β + 1)R E
101x3,3k
4,7k Ω
I C = 100.16µA = 1,6mA
VCE = VCC − R C I C − R E I E
VCE = 10 − 4,7k.1,6m − 3,3.1, 6m
+6V
VCE = −2,8V < VCEsat = 0, 2V ⇒ ZS
I Csat =
VCC − VCEsat − VRE 10 − 0, 2 − 5,3
=
= 0,96mA
RC
4, 7k
I Bsat = I Esat − ICsat = 1, 6m − 0,96m = 0,64mA
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
3,3k Ω
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador
•
IC
Condições DC
RC
As condições de polarização DC obtêm-se
considerando vbe=0
I C = I S exp( vBE / VT )
IB = IC / β
VCC
IB
VCE
VBE
IE
IE = IC / α
VCE = VCC − RC I C
Condições DC; vbe=0
•
Sobreposição de um sinal AC à tensão DC
Se for aplicada uma tensão AC de valor vbe, a tensão vBE, valor total
instantâneo, é:
iC
RC
vBE = VBE + vbe
Da mesma forma tem-se para a corrente iC:
iC = I S exp( vBE / VT ) = I S exp[( VBE + vbe ) / VT ] =
V CC
iB
v be
V BE
vBE
V CE
iE
I S exp( VBE / VT ).exp( vbe / VT ) = I C exp( vbe / VT )
Condições AC; vbe≠0
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador
Utilizando a aproximação
ex ≅ 1 + x
Se vbe << VT tem − se exp(
se
x << 1
vbe
v
) ≅ 1 + be
VT
VT
IC
vbe = IC + g m vbe
VT
I
tem − se
ic = C .vbe
VT
iC = I C ( 1 + vbe / VT ) = IC +
como iC = I C + ic
Define − se
gm =
ic
I
= C
vbe VT
gm é designado por transcondutância
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
iC I C 1 I C
= +
vbe
β β β VT
1I
g
ib = C vbe = m vbe
β VT
β
iB =
rπ =
vbe
β
=
ib
gm
ib =
1 IC
g
vbe = m vbe
β VT
β
ou
rπ =
VT
IB
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador
iC
iC
IC
PFR
t
vBE
VBE
Operação de um transistor
em sinais fracos: um sinal
fraco vbe com a forma
sinusoidal sobrepõe-se à
tensão VBE, o que dá origem
a uma corrente no colector
em AC, ic, também de forma
sinusoidal que se sobrepõe à
corrente DC, IC; ic=gm.vbe.
vbe
t
Electrónica II - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Fevereiro de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – modelos para sinais pequenos
• O modelo π-híbrido
B
ic
ib
vbe
rπ
ic = g mvbe
B
vbe
g mvbe
ie
a)
C
com
gm =
IC
VT
ou
ic = β.i b
e
ib =
v be
rπ
C
β.i b
rπ
ie
b)
E
ic
ib
E
com
rπ =
VT
IB
As figuras a) e b) representam duas versões ligeiramente diferentes do modelo π-híbrido
simplificado do transistor de junção bipolar operando com sinais pequenos:
• Em a) o BJT é representado por uma fonte de corrente controlada por tensão
[amplificador de transcondutância]
• Em b) o BJT é representado por uma fonte de corrente controlada por corrente
[amplificador de corrente]
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – modelos para sinais pequenos
C
• O modelo em T
ic = g mvbe
com
gm =
IC
VT
B
ou
ic = α .ie
com
ie =
e
re =
VT
IE
vbe
re
g mvbe
ib
B
vbe
a)
C
ic
E
ie
α.ie
ib
vbe
re
ic
ie
re
E
b)
As figuras a) e b) representam duas versões ligeiramente diferentes do modelo em T
simplificado do transistor de junção bipolar operando com sinais pequenos:
• Em a) o BJT é representado por uma fonte de corrente controlada por tensão
[amplificador de transcondutância]
• Em b) o BJT é representado por uma fonte de corrente controlada por corrente
[amplificador de corrente]
• Estes modelos explicitam a resistência de emissor re em vez da resistência de base rπ
tal como aparecia nos modelos π-híbrido
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – modelos para sinais pequenos
• Modelo π-híbrido incluindo o efeito de Early
iC
i B=..
.
i B=..
.
B
ic
ib
vbe
rπ
gmvbe
ie
vbe
VA
ro
E
ic
ib
B
β.ib
rπ
ie
C
E
ro
C
i B=..
.
i B=..
iB.=..
.
v
C
E
Fazendo incluir o efeito de Early nos modelos
π-híbrido, ele traduz-se pela inclusão de uma
resistência ro, de valor aproximado VA/IC, entre
o colector e o emissor.
VA
ro ≅
IC
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – Parâmetros dos modelos para sinais pequenos
• Em termos das condições DC
gm =
IC
VT
rπ =
VT βVT
=
IB
IC
re =
VT
IE
ro =
VA
IC
• Em termos do parâmetro gm
re =
α
1
≅
gm gm
rπ =
β
gm
• Em termos do parâmetro re
gm =
α 1
≅
re re
rπ = ( β + 1 )re
gm +
1 1
=
rπ re
• Relação entre os parâmetros α e β
β=
α
1−α
α=
β
β+1
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
β+1=
1
1− α
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – ganho de tensão
iC
A tensão total instantânea no colector do
transistor, vCE, é:
RC
VCC
iB
vCE = VCC − iC RC = VCC − ( I C + ic )RC =
= ( VCC − I C RC ) − ic RC =
= VCE + vce
vbe
VCE
vBE
VBE
iE
Donde se conclui vce = −ic RC
Como
ou
ic = g mvbe
tem − se :
vce = − g m RC vbe
vce
= − g m RC
vbe
Ganho de tensão Av = − g m RC
ic = β ib
Como
e
vce = −β.RC ib =
ou
ib =
tem − se :
− β.RC
vbe
rπ
vce
β.RC
=−
vbe
rπ
Ganho de tensão Av = −
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
vbe
rπ
β.RC
rπ
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – análise de circuitos em ac
• Determinar o ponto de funcionamento em repouso do transistor e, em particular, o valor da
corrente de colector, IC. Esta análise é feita considerando apenas as fontes de tensão e
corrente dc e substituindo os condensadores por circuitos em aberto.
• Calcular o valor dos parâmetros necessários para os modelos incrementais, para pequenos
sinais:
gm =
IC
,
VT
rπ =
VT
,
IB
re =
VT
,
IE
etc.
• Representar o esquema incremental equivalente do circuito amplificador, substituindo as
fontes de tensão dc independentes por curto-circuitos e as fontes de corrente dc
independentes por circuitos em aberto.
• Substituir cada um dos condensadores de bloqueamento e contorno por um curto-circuito.
• Substituir o transistor por um dos modelos equivalentes para pequenos sinais. Utilizar-se-á
o modelo que se entenda por mais conveniente para a análise da configuração em questão.
• Analisar o circuito resultante de acordo com as leis e regras da teoria dos circuitos, por
forma a obter o ganho de tensão, o ganho de corrente, a resitência de entrada, etc..
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Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – exemplo
VCC=+12V
Pretende-se determinar o ganho de tensão do
amplificador representado na figura; β=100.
• Determinemos em primeiro lugar o ponto de
funcionamento em repouso, fazendo vi=0.
VBB − VBEon 3 − 0,7
=
= 0,023mA
RB
100k
IC = β.IB = 100.0,023m = 2,3mA
VCE = VCC − R C I C = 15 − 5k.2,3m = 3,5V
Transistor na ZAD : PFR(3,5V;2,3mA)
IB =
RC=5kΩ
RB
vi
vo
100kΩ
VBB
3V
VCC=+12V
• Calculemos agora os parâmetros para os
modelos para sinais pequenos
VT
25m
=
= 1087Ω
I B 0,023m
V
25m
re = T =
= 10,8Ω
IE 2,32m
I
2,3m
gm = C =
= 92mA / V
VT 25m
RC= 5kΩ
RB
rπ =
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VBB
100kΩ
0,7V
3V
Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – exemplo (cont.)
VCC=+15V
• Utilizemos o modelo π-híbrido do transistor, utilizando o
parâmetro β, mas sem ro, e substituamos o circuito pelo seu
equivalente incremental.
R C=5kΩ
RB
vi
Da análise do circuito temos:
vo = − RCic = − RCβ.ib
vi
vi
ib =
⇒ vo = −β.RC
rπ + RB
rπ + RB
v
β.RC
Av = o = −
vi
rπ + RB
100 x5 k
Av = −
= −4 ,95
1,087 k + 100k
vo
100kΩ
VBB
3V
RB
vi
B
ic
ib
vbe
rπ
ie
O sinal (–) no ganho de tensão representa a
inversão de fase do sinal na saída em relação
ao sinal na entrada
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
β.i b
C
RC
E
Circuito equivalente incremental
Luís Veríssimo, Abril de 2002
vo
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
O BJT como amplificador – configurações base
Consideram-se três configurações base para circuitos amplificadores com o
transistor de junção bipolar:
§ Configuração em emissor comum
§ Emissor à massa em AC
§ Sinal de entrada entre a base e o emissor
§ Sinal de saída entre o colector e o emisor (massa)
§ Configuração em colector comum
• Colecotr à massa em AC
• Sinal de entrada entre a base e o emissor
• Sinal de saída entre o emissor e a massa
§ Configuração em base comum
• Base à massa em AC
• Sinal de entrada entre o emissor e a base
• Sinal de saída entre o colector e a base (massa)
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Luís Veríssimo, Abril de 2002
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Amplificador em Emissor-Comum
V CC
RS
CE – condensador de contorno (bypass)
Co
Ci
RL
vs
A capacidade dos condensadores de acoplamento e
de contorno é suficientemente elevada para que a
sua reactância se possa considerar como um curtocircuito perante as restantes impedâncias do circuito
para as frequências de interesse.
O circuito equivalente para pequenos
sinais obtém-se substituindo o BJT pelo
seu modelo equivalente π-híbrido,
eliminando as fontes de tensão DC e
curtocircuitando os condensadores Ci,
Co e CE.
RC
R B1
Ci, Co – condensadores de acoplamento (bloqueiam
as componentes contínuas na entrada e na saída)
R B2
vo
CE
RE
a) Configuração típica do amplificador monoestágio
em Emissor – Comum com componentes discretos
RS
B
vs
Rin
RB
ib
vbe
ic
rπ
ie
C
g mvbe
E
RC
Ro
b) Circuito equivalente para pequenos sinais do
amplificador em Emissor – Comum do circuito a)
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
RL
vo
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Amplificador em Emissor-Comum (cont.)
RS
• Ganho de tensão (com gm)
vo = −g mvbe RC // RL
rπ // RB
vbe =
vS
rπ // RB + RS
v
r // RB
Av = o = −g m RC // RL . π
vs
rπ // RB + RS
• Ganho de tensão (com β)
vo = −β ib RC // RL
1
r // RB
ib = . π
v
rπ rπ // RB + RS S
v
β.RC // RL
r // RB
Av = o = −
. π
vs
rπ
rπ // RB + RS
• Resistência de entrada
Ri = rπ // RB = rπ // RB 1 // RB 2
B
vs
Ri n
ib
vbe
RB
ic
rπ
ie
C
gmvbe
RC
RL
Ro
E
vo
a) Circuito equivalente incremental – modelo π-híbrido
com gm, desprezando ro face a R C e R L
RS
B
vs
Ri n
ib
vbe
RB
ic
rπ
ie
C
β.ib
E
RC
RL
Ro
b) Circuito equivalente incremental – modelo π-híbrido
com β, desprezando ro face a R C e R L
• Resistência de saída
Ro = RC
ou
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Ro = ro // RC
Luís Veríssimo, Abril de 2002
vo
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Amplificador em Emissor-Comum (cont.)
Rth
• Ganho de tensão quando se substitui a
malha constituída por vs, RS e R B pelo seu
equivalente de Thévenin
RB
Rth = RB // RS
∧
vth =
.v
RB + RS s
vth
vo = −β ib RC // RL
∧
ib =
rπ + Rth
v
β.R // RL
RB
Av = o = − C
.
vs
rπ + Rth RB + RS
• Ganho de tensão quando se
considera o efeito de Early (ro)
ib
B
vth
vbe
ic
rπ
ie
Av =
∧
Rth
v th
B
RC//RL
vo
E
ib
vbe
vth
ib =
rπ + Rth
vo
β.( ro // RC // RL )
RB
=−
.
vs
rπ + Rth
RB + RS
β.ib
a) Circuito equivalente para pequenos sinais substituindo a malha
constituida por vs , R S e R B pelo seu equivalente de Thévenin
ic
rπ
ie
vo = −β ib ( ro // RC // RL )
C
β.ib
C
ro
RC//RL
E
a) Circuito equivalente para pequenos sinais quando se
considera o modelo π-híbrido com o parâmetro ro .
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Luís Veríssimo, Abril de 2002
vo
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Amplificador em colector comum (ou seguidor de emissor)
VCC
• Ganho de tensão
R B1
vo = ie ( RE // RL ) = ( β + 1 )ib ( RE // R L )
vb
ib =
rπ + ( β + 1 )( RE // R L )
Av =
RS
Co
vs
vo
( β + 1 ).( RE // RL )
=
vs rπ + ( β + 1 )( RE // RL )
Se rπ << ( β + 1 )( RE // RL )
v
então Av = o ≅ 1
vs
E daqui o nome de seguidor de emissor
R B2
RE
RL
vo
a) Configuração típica do amplificador em Colector–Comum
ou Seguidor de Emissor com componentes discretos
RS
vs
RB
B
vb
rπ ib
ie
vbe
ic
β.ib
E
RE
C
• Resistência de entrada
Ri = rπ + ( β + 1 )( RE // RL )
Ci
b) Circuito equivalente para pequenos sinais do
amplificador em Colector–Comum do circuito a)
Electrónica I - Cursos de Engª Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores
Luís Veríssimo, Abril de 2002
RL
vo
Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)
Amplificador em Emissor-Comum degenerado
VC C
RC
RB 1
• Ganho de tensão
vo = −βib RC // RL
vo = −β.RC // RL .
Av =
Ci
RS
∧
ib =
RL
vs
vth
Rth + rπ + ( β + 1 )RE 1
• Resistência de entrada
vo
RE 1
RB2
vth
Rth + rπ + ( β + 1 )RE 1
CE
RE2
vo
β.RC // RL
RB
=−
.
vs
Rth + rπ + ( β + 1 )RE 1 R B + RS
Co
a) Amplificador em Emissor–Comum degenerado
Rth
vth
B
ib
vbe
ic
rπ
ie
Ri = ( rπ + ( β + 1 ) RE 1 ) // RB
C
β.ib
RC//R L
vo
E
RE1
b) Circuito equivalente para pequenos sinais do amplificador em
Emissor–Comum degenerado do circuito a)
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Luís Veríssimo, Abril de 2002
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