INFORME TÉCNICO - RAIVA Comunicamos que, conforme orientação do Grupo de Vigilância Epidemiológica da regional de saúde de Campinas, a cidade de Valinhos, pelas ações constantes e efetivas de controle da Raiva Animal desenvolvidas pela Vigilância do Município, é considerada como área controlada de raiva animal. Sendo assim, passaremos a adotar condutas pós-mordeduras que correspondam com a classificação do município quanto à área controlada. 1. Todo caso de mordedura deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica, através da Ficha Individual de investigação (Atendimento Anti-Rábico Humano), que deverá ser preenchida pelo médico, no momento do atendimento. A recepção do local pode preencher os campos de números 1 a 27. O médico preencherá os campos de número 28 a 40. Caso seja necessário iniciar a vacinação, o paciente deverá ser encaminhado ao CSII. A recepção também terá que preencher a ficha de acompanhamento de mordeduras que contém dados do animal que efetuou a agressão. 2. A Ficha de investigação e a ficha de informação deverão ser encaminhadas sempre no 1º dia útil após o atendimento, à Vigilância Epidemiológica (o mais rápido possível), para que sejam tomadas as medidas cabíveis como observação do animal agressor que é de 10(dez) dias (realizada pelo CCZ) e avaliação da indicação do tratamento. 3.Conduta indicada frente à agressão por cão ou gato Em primeira instância, considerar e avaliar sempre, as circunstâncias em que ocorreu a agressão, ou seja, qual foi à razão que levou o animal a agredir (animal estava com dor, atacou por defesa própria, proteção do alimento ou da ninhada?). Se o animal for domiciliado, considerar alterações como: - mudanças de hábito (buscando lugares escuros, como debaixo de camas); - mudanças de comportamento (agressividade, agitação); - Mudanças de hábito alimentares (se adulto volta a roer objetos ingere materiais); - Dificuldade para engolir água e alimento; - Salivação abundante; - Paralisia de patas traseiras; - Nos cães: latidos diferentes “uivo rouco”; - Nos gatos: pêlos eriçados. Verificar a situação vacinal do animal. Levantar junto à vítima a possibilidade confiável de observação do animal por 10 (dez) dias. 4.Situações em que se indica apenas a observação do animal (por 10 dias a partir da exposição). - - Animal domiciliado, sadio, cuja agressão tenha ocorrido por motivo justificável; Animal domiciliado, doente, porém, que não apresente os sinais e sintomas sugestivos de raiva, que puder ser observado (deverá ser avaliado pelo médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses); Mesmo estando o animal não vacinado, se estiver sadio com motivo de agressão justificável, indica-se somente observação. 5. Situações em que se recomenda o Início Imediato de Vacinação - Animal de rua sem condição de observação (no caso de acidente leve) São consideradas leves as exposições em tronco e membro, exceto mãos e pés, decorrentes de lambeduras de lesões e ferimentos superficiais. - Animal domiciliado, sadio, que se evadiu após a agressão. - Animal com sintoma sugestivo de raiva, com condição de diagnóstico Laboratorial (em caso de acidentes leve). 6. Situações em que se recomenda a soro – vacinação (Encaminhar à UNICAMP) - - Animal com sintoma sugestivo de raiva (Em caso de acidente grave) sem condição de diagnóstico laboratorial são consideradas graves as exposições decorrentes de ferimentos ou lambedura de ferimentos, nas mucosas, nas mãos e nos pés e no seguimento cefálico. Lambedura de mucosas, mesmo que intactas, ferimento profundo mesmo que puntiforme, ferimentos múltiplos ou externos; Animal de rua ou animal domiciliado, desaparecido após a agressão, em casos de Acidente Grave. Exposição a morcego. ATENÇÃO: No caso de ocorrência de ferimentos que necessitem de suturas ou aproximação de tecido cutâneo, somente terá indicação de infiltração de soro no local do ferimento se o caso do paciente for de soro-vacinação. Neste caso, encaminhar o paciente à UNICAMP. Caso contrário, a sutura deverá ser realizada no local de atendimento. 7. Outros animais domésticos (cavalo, boi, cabrito, etc.). - Animal sadio: Se acidente leve: iniciar Vacinação Se acidente grave: soro-vacinação (UNICAMP) Animal com sintoma sugestivo de raiva: encaminhar para sorovacinação (UNICAMP) 8. Animais Silvestres (exceto morcego) - Acidente leve: Vacinação Acidente grave: Soro-vacinação 9. Morcego (Espécie de alto risco) Encaminhar para UNICAMP. A transmissão do vírus da raiva pelo morcego pode ocorrer através de lesões pequenas ou até mesmo imperceptíveis.Por isso, o tratamento profilático humano pós-exposição deve ser indicado sempre, tanto para os pacientes que apresentam lesões suspeitas de terem sido causadas por morcegos, como para os pacientes que não apresentam lesões aparentes, mas que relatam história de possível exposição. Informações sobre a vacina: A vacina utilizada é a VERORAB, Vacina Anti-Rábica Humana, preparada sobre células Vero. Esquema vacinal 05 (cinco) doses (dias: 0, 3, 7, 14 e 28), Cuidados com o ferimento: Recomenda-se uma primeira lavagem do ferimento com sabão ou detergente, já que o sabão tem ação sobre a membrana do vírus, reduzindo o seu potencial de virulência. Após este procedimento poderá então ser utilizado a solução anti-séptica padronizada no serviço. Informações Gerais: - A gravidez não se constitui em contra indicação na profilaxia da raiva; Em casos de mordedura, a situação vacinal contra o tétano deve ser avaliada e indicada se necessário. Vacinas: dT (difteria, tétano) para pessoas acima de 07 (sete) anos de idade. DTP (difteria, tétano, coqueluche) para crianças de 02 (dois) meses a 06 (seis) anos 11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias. Em caso de dúvidas acionar a Vigilância Epidemiológica, em dias úteis das 8:00 às 17:00 pelo fone 38295676/38295681. Nos finais de semana, feriados e após o expediente acionar o plantonista da vigilância epidemiológica pela central de radio fone 192. IMPORTANTE: Só poderemos desenvolver as ações de controle, baseados na notificação dos casos de forma clara e ágil. Lembramos ainda que a cidade de Valinhos apesar de ser considerada uma Área de Raiva Controlada, devemos sempre considerar uma situação de “Alerta”, já que a raiva no Estado de São Paulo vem aumentando. Orientação para o preenchimento das Fichas Ficha de investigação Campos: 01 – individual 02 – deixar em branco 03 – Valinhos 04 - Pronto Socorro 06 – data em que ocorreu a agressão do animal 07 ao 27 – dados pessoais do paciente 28 ao 31 – dados clínicos, preencher com números (1)-sim, (2)-não, (9)-ignorado 32 – data em que ocorreu a agressão 33 ao 36 – preencher somente se o paciente já recebeu tratamento antirábico 37 ao 40 – dados sobre a agressão 42,44 ao 49 – preencher somente se for indicado vacina. 50 a o 59 – não preencher Importante: -Quando o paciente residir em área rural não esquecer de preencher ponto de referência (campo-18). -Sempre preencher o campo-23, número de telefone, mesmo se for telefone para recado. -Não esquecer de preencher o campo-14 nome da mãe -Nos dados complementares do caso fazer o preenchimento com números como indicado, (1)-sim, (2)-não, (9)-ignorado. -Sempre colocar o nome do profissional responsável pelo preenchimento (recepção e médico) Ficha de Informação -Preencher todos os campos de 1 ao 5 -A partir do item 6 o responsável pelo preenchimento será o profissional que realizará a observação do animal