Epidemia agrava déficit

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29/02/2016
Epidemia agrava déficit ­ Caderno de Gerais do Jornal Estado de Minas
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Epidemia agrava déficit
Profissionais de saúde denunciam que pressão extra da dengue e de novos vírus
deixa ainda mais evidentes efeitos da falta de materiais e de reposição em
equipes desfalcadas
Carolina Mansur
Publicação: 29/02/2016 04:00
Com unidades superlotadas, Prefeitura da capital sustenta que tem
plano para reforçar equipes de acordo com as demandas de cada a
área
Apreensão e angústia fazem parte da rotina da pediatra Ariete Araújo, que também é diretora do
Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed‐MG) e denuncia problemas em unidades como a UPA Norte,
onde atende. Segundo ela, a falta de medicamentos e insumos básicos, como lençol para macas, papel‐
toalha e outros itens de uso corriqueiro, fica mais evidente com a epidemia. Com o aumento da demanda,
ela garante que a ausência desses materiais e de mão de obra é mais sentida por pacientes e profissionais.
“Na escala da pediatria e enfermaria não tem reposição quando alguém sai de licença ou de férias. Se
aumenta demanda, tem sobrecarga maior de trabalho”, acrescenta.
A falta do teste rápido de dengue é outra preocupação. Na UPA Norte, segundo a pediatra, os testes
acabaram há duas semanas. “Fazemos um diagnóstico presumido com hemograma e avaliação dos
sintomas, mas em crianças é mais difícil”, diz ela, lembrando que o diagnóstico final de dengue pode
levar um mês. Preocupação recorrente nos ambulatórios é também a falta de dimensão da epidemia de
zika. “Apenas 20% dos que têm zika apresentam sintomas, então não sabemos mensurar quantas pessoas
estão mesmo infectadas. Já na febre chikungunya, 70% têm sintomas, que podem se prolongar por meses”,
conta.
Procurada para se posicionar diante das queixas dos médicos, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo
Horizonte informou que não há falta generalizada de medicamentos, insumos e materiais, mas que podem
ocorrer faltas pontuais, em função de problemas na entrega pelo fornecedor e/ou recursos em processos
licitatórios. Em nota, a secretaria informou ainda que o Plano de Contingência Assistencial contempla
ações para o paciente, considerando a atenção básica, unidades de urgência, internação e transporte
sanitário, com o objetivo principal de evitar a ocorrência de óbitos.
Entre as ações adotadas neste ano, segundo a pasta, está a instalação de leitos na UPA Odilon Behrens
para hidratação venosa e atendimento clínico na UPA Venda Nova. Além disso, a secretaria sustenta que
todas as UPAs já foram reforçadas com aumento no número de médicos e que o Plano de Contingência
prevê ainda ampliação na equipe de acordo com a demanda de cada área. A secretaria não confirmou a
falta de testes rápidos e informou que o exame não é obrigatório, mas que a PBH o disponibiliza para
apoiar no diagnóstico diferenciado.
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