Sessão de Enceramento do Atelier “As Mudanças Climáticas e as Vulnerabilidades de Cabo Verde como Pequeno Estado Insular: O Presente e o Futuro”, São Vicente, 3 de Julho de 2014 Senhor Primeiro Ministro, Excelência Senhor Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Excelência Ilustres Membros do Governo, Excelências Sr. Director Geral do Ambiente Sra. Delegada do MDR, Ambiente e Pescas – em São Vicente Senhoras e Senhores Convidados Caros conferencistas Senhoras e senhores Ao usar da palavra nesta sessão de abertura deste atelier sobre as vulnerabilidades de Cabo Verde às alterações climáticas, quero em nome das Nações Unidas e, em meu nome pessoal, vivamente agradecer o MDR e o MAHOT, por manter na agenda um tema de suma importância para o futuro do planeta e dos seus habitantes. Para as Nações Unidas, as mudanças climáticas ultrapassam o domínio meramente ambiental e coloca-se como questão de fundo para desenvolvimento sustentável. A crise climática é agora amplamente reconhecida como uma ameaça ao nosso planeta. Esta é uma realidade. Eu falo com a apreensão de perceber a gravidade do desafio diante de nós mas, no entanto, estou confiante na capacidade dos homens e mulheres e no intenso compromisso que está a construir-se em todo o mundo, donde estou certa iremos desencadear ações criativas e um compromisso político necessário para garantir uma adequada resposta à crise climática que está sobre nós. Não há como voltar atrás! O 5º Relatório do IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climaticas) foi elaborado por mais de 800 cientistas e beneficia de modelação mais avançada e de uma maior compreensão sobre as alterações climáticas por comparação com relatórios anteriores. Este relatório sobre ciência climática, confirma a responsabilidade humana e aborda diversos aspectos, entre eles a velocidade actual e futura a que o planeta está a 1 aquecer, e os impactes sobre as comunidades e biodiversidade e as principais medidas de mitigação e adaptação às alterações climáticas. No mundo rural são esperados grande impactes a curto prazo e no que concerne a disponibilidade e abastecimento da agua, segurança alimentar, produtividade agrícola incluindo mudança no centros de produção de culturas alimentares em todo o mundo. Infelizmente, estes impactos esperados afectarão desproporcionalmente o bem-estar dos mais pobres em áreas rurais, tais como famílias mais vulneráveis e chefiadas por mulheres e aqueles com acesso limitado a terra, insumos agrícolas modernos, infra-estruturas e educação. Ainda segundo IPCC muitos riscos globais das mudanças climáticas estão concentrados em áreas urbanas. Ondas de calor, precipitação extrema, inundações nas zonas rurais e costeiras, deslizamentos de terra, poluição do ar, da seca e escassez de água representam riscos para as zonas urbanas para as pessoas, ativos, economias e ecossistemas. Por conseguinte temos que trabalhar para que cidades sejam mais resilientes e possibilitem o desenvolvimento sustentável. Até meados do século, as alterações climáticas previstas terão impacto na saúde humana, principalmente, ao exacerbar os problemas de saúde que já existem. Ao longo do século 21, a mudança climática contribuirá para aumentar o número de doentes em muitas regiões e, especialmente, nos países em desenvolvimento de baixa renda. Ao longo desta jornada, eminentes intervenientes irão discutir primeiro e depois propor a implementação de soluções no quadro do desafio a enfrentar e que nos reúne aqui hoje. CABO VERDE presente e futuro...! Sim, mas não esqueçamos do passado! Antes de falarmos das alterações climáticas...Cabo Verde já pagou caro as consequências causados pela falta de água e seca... Sua população foi dizimada várias vezes... e eu sei que a memória destas tragédias é gravada no coração do arquipélago...! Então, eu não duvido, por um instante, da vontade de Cabo Verde de lutar para ganhar o desafio do século XXI 2 As raízes antigas do arquipélago são as suas forças do seus isolamento oceânico... e amanhã irá demonstrar a sua vontade ao mundo inteiro... Desde dos primórdios Cabo Verde, sempre lutou contra as adversidades de um clima agreste e a desertificação acelerada causada em grande medida pelos ventos alizios e escassez das chuvas. Na realidade este é um país que já deu provas que é possível trabalhar e adaptar-se as adversidades do clima, garantido um desenvolvimento harmonioso a bem das populações. Os ecossistemas de Cabo Verde são de uma singularidade e rica em endemismos, fazendo deste arquipélago um centro de biodiversidade marinha e terrestre a proteger a escala global. Os esforços de conservação de solos e aguas demonstra a luta tenaz contra a erosão hídrica factor de degradação dos solos e diminuição da produtividade agrícola. O esforço de aborizacao/aflorestacao destas ilhas demonstra que o ambiente pode ser produzido...! Sucessivos governos tem vestido de verde esta ilhas com espécies resistentes a seca, criando em muitos casos microclimas especiais que modifica a qualidade do ambiente das ilhas. No contexto da redução das emissões dos gases com efeito de estufa, os cientistas demonstraram que o coberto vegetal sequestra e armazena quantidades expressivas de carbono. A sequestração do carbono quer na culturas quer na vegetação arbórea constitui um sumidoro importante para reduzir a concentração do CO2 na atmosfera. Assim acredito que esforço de Cabo Verde, na plantacao de arvores e nos investimentos nas energias renováveis e seguramente um importante contributo para o futuro do clima no planeta. Enquanto se enfrenta os riscos e as oportunidades das mudanças climáticas, a realidade da segurança alimentar se nos impõe...! O acesso à água para a agricultura é fundamental. Outra perspectiva no role destas preocupações, são as actividades marítimas do país, que são essenciais para garantir a utilização sustentável e permanente do oceano, conhecer a necessidade do país, sem comprometer o seu futuro. 3 Comment [AQ1]: Isto é de dominio comum , pode parecer q temos a pretensao de dar aulas aos presente sobre assunto mto basico Como disse, Ban Ki-moon, por ocasião do dia mundial do oceano, assinalado no dia 8 de junho de 2014 "Unamos os nossos esforços de forma sustentável, garantir o futuro dos oceanos". Cabo Verde na sua luta contra os efeitos nocivos das alterações climáticas poderá no seu processo de plano de ação, reduzir o impacto sobre a vegetação secular, modernizar as técnicas agro-pastoril e gerir melhor o estado das águas subterrâneas de modo a deter o seu esgotamento e evitar especialmente a contaminação das águas saudáveis devido a drenagem de fertilizantes e pesticidas ou outra poluição orgânica e química. Graça a este processo a exploração para pesquisa hidraulica pela perfuração e isolamento das águas saudáveis na bacia natural pode acelerar e beneficiar tanta a população como agricultura: permite melhorar eficiência de irrigação, e propõe-se inspirar-se na natureza, na seleção de variedades de sementes e a aplicação da retirada de terras aráveis, combinada com uma melhor na prática de lavoura e a manutenção perene da biodiversidade no arquipélago A 11 de Novembro de 2014, em Varsóvia, os líderes mundiais estarão reunidos na Cimeira anual convocada pelo secretário-geral da ONU Ban Ki Moon para enfrentar a atual "ameaça ao desenvolvimento, à estabilidade dos países e economias e à saúde do planeta”. Os governos devem criar mais fundos para aumentar a resiliência e o apoio às comunidades vulneráveis que já sofrem os impactes das alterações climáticas. Mais recursos estariam disponíveis se os governos eliminassem os subsídios atribuídos aos combustíveis fósseis e, em vez disso, estimulassem o acesso às energias limpas e renováveis para todos. A garantia por um futuro climático seguro será possível se os governos desviarem os investimentos de desenvolvimento tecnológico de novos processos de extração de combustíveis fósseis (gás de xisto e areias betuminosas) para a energia limpa e renovável, bem como para soluções inovadoras sobre formas mais eficientes de utilização de energia. 4 As soluções existem e tomar medidas faz sentido, proporcionando importantes benefícios para as comunidades, economias e ambiente que delas dependem. Como é do vosso conhecimento os países insulares serão os primeiros a sentirem o impacto negativo das mudanças climáticas. Dai que este evento em Cabo Verde, reveste-se de capital importância interpelando a todos como agir pro-activamente e deliberadamente para que as ilhas de Cabo Verde se tornem cada vez mais resilente às mudanças climáticas. Adaptar-se as mudanças climáticas signfica promover medidas adaptativas pro-pobres e pro-crescimento estimulando economias resilentes ao clima. O desafio global é ainda maior mas estou certa que face às ameaças e implicações de uma eventual alteração do clima à escala planetária as Nações saberão estabelecer um compromisso para garantir a sustentabilidade das gerações futuras do planeta. Estou convicta que, no final deste evento, estaremos todos mais informados sobre a problemática das mudanças climáticas e com uma visão clara de como equacionar os problemas. Termino formulando votos que este evento contribua de forma decisiva para uma maior e melhor consciencialização das comunidades e das populações. Obrigada pela vossa atenção. 5