LISTA_ESPECIAL_UEG

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NOME:
:
FERNANDO MEIRELLES
LISTA – ESPECIAL UEG
1. (Ueg 2013) A expressão “Tudo o que é bom, belo e justo anda
junto” foi escrita por um dos grandes filósofos da humanidade. Ela
resume muito de sua perspectiva filosófica, sendo uma das bases da
escola de pensamento conhecida como
a) cartesianismo, estabelecida por Descartes, no qual se acredita
que a essência precede a existência.
b) estoicismo, que tem no imperador romano Marco Aurélio um de
seus grandes nomes, que pregava a serenidade diante das
tragédias.
c) existencialismo, que tem em Sartre um de seus grandes nomes,
para o qual a existência precede a essência.
d) platonismo, estabelecida por Platão, no qual se entendia o mundo
físico como uma imitação imperfeita do mundo ideal.
2. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência
cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e
pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais
procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto,
houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser
humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações
e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores
e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio
da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios
humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.
b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou
uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a
afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e
exige o trabalho da razão.
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as
certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela
sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.
d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e
justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças,
seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada
pela codificação mítica.
3. (Ueg 2013) O surgimento da filosofia entre os gregos (Séc. VII
a.C.) é marcado por um crescente processo de racionalização da
vida na cidade, em que o ser humano abandona a verdade revelada
pela codificação mítica e passa a exigir uma explicação racional para
a compreensão do mundo humano e do mundo natural. Dentre os
legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se:
a) a concepção política expressa em A República, de Platão,
segundo a qual os mais fortes devem governar sob um regime
político oligárquico.
b) a criação de instituições universitárias como a Academia, de
Platão, e o Liceu, de Aristóteles.
c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos como legado a
recusa de uma fé inabalável na razão humana e a crença de que
sempre devemos acreditar nos sentimentos.
d) a recusa em apresentar explicações preestabelecidas mediante a
exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja
encontrado um fundamento racional.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
FILOSOFIA
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4. (Ueg 2013) Ganhar mais de 40 medalhas de ouro nos Jogos
Olímpicos é fácil. Determine que todas as escolas de seu país
descubram os alunos de 3 a 13 anos que mais se destacam nas
aulas de Educação Física. Separe-os da família e interne-os em
escolas de esportes até a idade adulta. Distribua-os entre os
esportes olímpicos em que têm mais chances de medalha olímpica.
Esse é, pelo menos, o modelo que funcionou para a China nos jogos
de Pequim.
ESPECIAL OLIMPÍADAS. Época, Globo, ed. 536, 25 ago. 2008. p. 153.
O trecho da reportagem da revista Época enfoca o esforço nacional
chinês para obter sucesso nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em
termos comparativos, os atuais estudos de História Antiga atestam
que na Grécia, berço dos jogos, existia grande competitividade entre
as cidades-Estados. Filosoficamente, esse espírito competitivo dos
helenos atesta que:
a) a preparação física, intelectual e cidadã dos jovens gregos era
feita em conjunto, portanto, uma vitória esportiva também
representava um triunfo moral.
b) a realidade dos Jogos Olímpicos da Antiguidade Clássica difere
muito das Olimpíadas modernas, não sendo possível traçar
nenhum tipo de comparação entre elas.
c) o estabelecimento de modalidades, como arco e flecha e tiro ao
alvo, em que a concentração é mais importante do que a força,
preserva o espírito olímpico.
d) o lema “o importante é competir” não foi levado em consideração
durante a preparação dos atletas olímpicos chineses.
5. (Ueg 2013) O movimento cartista (1838-1848) foi uma das
primeiras manifestações coletivas do movimento operário inglês.
Entre suas reivindicações, estavam o voto universal e secreto, o
pagamento aos deputados e as eleições anuais para o Parlamento.
Em fevereiro de 1848, houve a revolução que derrubou a monarquia
liberal francesa e foi realizada essencialmente pela burguesia e pelo
proletariado. Ao relacionar estes acontecimentos históricos com a
teoria da luta de classes de Karl Marx, pode-se afirmar:
a) a Revolução de 1848 foi uma revolução burguesa que instaurou
uma nova organização estatal que, posteriormente, reprimiu o
movimento operário, manifestando o que Marx denominou de
“contrarrevolução”.
b) a Revolução de 1848 foi uma revolução policlassista que gerou
um regime socialista democrático, o que Marx considerou como
modelo e primeira experiência de via pacífica para o comunismo
pluralista.
c) a Revolução de 1848 foi uma revolução proletária que constituiu a
primeira forma daquilo que Marx denominou “ditadura do
proletariado” e que seria repetida na Comuna de Paris de 1871 e
na Revolução Russa de 1917.
d) o movimento cartista foi a primeira expressão política do
movimento comunista internacional e teve em Karl Marx o seu
principal ideólogo e ativista, sendo a base da criação da
Associação Internacional dos Trabalhadores.
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6. (Ueg 2013) Analise a imagem.
da professora LURDES DE BORTOLI GROTH, ficha nº 07/78.
Brasília, 05 de janeiro de 1979.
BORTOLI, Lurdes de. Educação moral e cívica. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1979. (Folha preliminar).
O texto citado é uma certidão de homologação autorizando a
publicação de um livro didático de educação moral e cívica,
disciplina integrante da grade curricular do ensino básico brasileiro
até a década de 1980. No contexto histórico da época da publicação
da certidão, ela possibilita mostrar que o Estado brasileiro
apresentava relações de poder marcadas por
a) estratégias autoritárias de controle social, restringindo a
pluralidade teórica e ideológica nos livros didáticos.
b) práticas neoliberais, copiando os modelos norte-americanos de
controle da produção didática escolar.
c) uma intensa racionalização administrativa decorrente da extrema
especialização acadêmica dos funcionários públicos.
d) uma preocupação apenas burocrática com a produção didática,
considerada inofensiva para a política ideológica vigente à época.
Augusto de Prima Porta, esculpida por volta de 19 a.C., é uma típica
escultura da Roma antiga. A diferença dessa escultura em relação
às gregas do período clássico está
a) na monocromia, indicando maior austeridade dos costumes
romanos em comparação com os dos gregos.
b) na postura ereta e estática, demonstrando que as esculturas
gregas retratavam o movimento dos corpos.
c) no caráter político, já que as esculturas gregas priorizavam temas
da mitologia religiosa.
d) no uso da indumentária militar na composição da obra, uma vez
que as esculturas gregas valorizavam o corpo humano.
7. (Ueg 2013) As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam
um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a
iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém
é seu autor.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A. M.
Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24.
A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas
pensadoras contemporâneas, refletindo sobre eventos como a
ascensão do nazismo, o Holocausto, o papel histórico das massas
etc. No trecho citado, ela reflete sobre a importância da ação e do
discurso como fomentadores do que chama de “negócios humanos”.
Nesse sentido, Arendt defende o seguinte ponto de vista:
a) a condição humana atual não está condicionada por ações
anteriores, já que cada um é autor de sua existência.
b) a necessidade do ser humano de ser autor e produtor de ações
históricas lhe tira a responsabilidade sobre elas.
c) o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias
preexistentes de ações anteriores.
d) o produtor de novos discursos sempre precisa levar em conta
discursos anteriores para criar o seu.
8. (Ueg 2013) CERTIFICO, a pedido da requerente que, no Diário
Oficial da União, de 09 de janeiro de 1979, consta a homologação a
seguir transcrita do Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação e
Cultura: PROCESSOS Nºs MEC-248.003/78 – CNMC 00142 –
COMISSÃO NACIONAL DE MORAL E CIVISMO. Nos termos e para
efeitos do parágrafo 1º do art. 10 do Decreto nº 68.065, de 14 de
janeiro de 1971, HOMOLOGO o parecer da Comissão Nacional de
Moral e Civismo, favorável, do ponto de vista da moral e do civismo,
à obra didática intitulada EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA, de autoria
9. (Ueg 2013) A ciência desconfia da veracidade de nossas
certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de
crítica e da falta de curiosidade. Por isso, onde vemos coisas, fatos e
acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos,
aparências que precisam ser explicadas.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. p. 218.
Com base na afirmação precedente pode-se afirmar que:
a) a ciência, ao contrário do senso comum, é um conhecimento
objetivo, quantitativo e generalizador, que se opõe ao caráter
dogmático e subjetivo do senso comum.
b) a ciência domina o imaginário contemporâneo. Isso significa que,
cada vez mais, confiamos no testemunho de nossos sentidos que
promovem uma adesão acrítica à realidade dada.
c) a ciência existe para confirmar nossas certezas cotidianas,
utilizando um pensamento assistemático que despreza o trabalho
da razão.
d) a rigor, a ciência complementa o senso comum, mas banindo os
obstáculos e problemas observados por nossa percepção
imediata das coisas.
10. (Ueg 2011) Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno
assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma série de conquistas e, a
partir daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros
territórios, a Grécia. Essa dominação só teve fim com o
desenvolvimento de outro império, o romano. Esse período ficou
conhecido como helenístico e representou uma transformação
radical na cultura grega. Nessa época, um pensador nascido em
Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo. Ele
fundou uma escola filosófica que pregava a ideia de que:
a) seria impossível conhecer a verdade.
b) seria inadmissível permanecer na mera opinião.
c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza.
d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer.
11. (Ueg 2013) Com a emergência da época moderna, a partir do
Séc. XVII, ocorreram diversas mudanças cruciais no plano filosófico,
científico e religioso que mudaram a forma de o ser humano
compreender a si mesmo, o universo e a sociedade. Nesse sentido,
pode-se inferir que:
a) a religião foi substituída por uma visão de mundo filosóficocientífica inspirada nos pensamentos de Marx, Nietzsche, Freud e
Darwin.
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b) no plano da filosofia, da ciência e da religião, observa-se uma
maior liberdade e autonomia do homem para interpretar o mundo
natural, social e religioso.
c) o processo de secularização e racionalização promoveu duas
visões de mundo concorrentes – o racionalismo e o cientificismo.
d) ocorre uma unificação do pensamento filosófico, científico e
religioso, promovendo uma indiferenciação dentro do próprio
conhecimento.
12. (Ueg 2013) As suposições imediatas apontavam para um
castigo divino. O Deus vingador que destruíra Sodoma e Gomorra
demonstrava mais uma vez a sua cólera perante os pecados dos
homens. A Europa recordava a orgulhosa Lisboa que dominara o
comércio mundial e via-se castigada pelo mau uso que fizera de sua
riqueza.
DEL PRIORE, Mary. O mal sobre a Terra. Rio de Janeiro: Topbooks,
2003. p. 150.
A citação refere-se ao terremoto de Lisboa, que arrasou a capital
portuguesa em 1º de novembro de 1755. Essa visão de que o
terremoto foi um castigo divino expressa uma concepção de
a) conhecimento geológico incompatível com o secularismo
iluminista.
b) divindade incompatível com o Deus misericordioso do catolicismo
romano.
c) moralidade portuguesa marcada pela tolerância à diversidade
religiosa e sexual.
d) natureza interligada ao sagrado, típica de uma concepção
mecanicista do Universo.
13. (Ueg 2012) Aristóteles é considerado por muitos estudiosos
como o primeiro crítico literário. Sua vasta produção, além de
abordar Política, Biologia, Metafísica e Ética, também trata de
Poética. Acreditava que um grande poeta, como Homero, deveria
ser considerado também um filósofo. Nesse sentido, Aristóteles
defendia que a Poesia é superior à História porque
a) a beleza formal dos versos poéticos não poderia ser igualada ao
texto informativo dos historiadores.
b) a poesia lida com conceitos universais, enquanto a narrativa
histórica precisa focar um tema específico.
c) a poesia poderia ser transformada em peças dramáticas,
enquanto textos de história só poderiam ser lidos.
d) o número de leitores de poesia era muito superior ao de leitores
de textos sobre história, na Grécia Antiga.
14. (Ueg 2012) Durante seu reinado, Carlos Magno buscou reverter
o quadro de estagnação cultural gerado pelas invasões bárbaras,
quando muito do conhecimento da Antiguidade clássica havia se
perdido. Reuniu então, com o apoio da Igreja, grandes sábios que
deveriam transmitir sua sabedoria nas escolas da época. Esses
grandes mestres foram chamados scholasticos. As matérias
ensinadas por eles nas escolas medievais eram chamadas de artes
liberais e foram divididas em
a) fé e razão.
b) matemática e gramática.
c) trívio e quadrívio.
d) teologia e filosofia.
15. (Ueg 2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em
pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o
século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se
formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do
cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
a) não existem ideias inatas.
b) não existem ideias abstratas.
c) não existem ideias a posteriori.
d) não existem ideias formadas pela experiência.
16. (Ueg 2012) “Uma moral racional se posiciona criticamente em
relação a todas as orientações da ação, sejam elas naturais,
autoevidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos através
de padrões de socialização. No momento em que uma alternativa de
ação e seu pano de fundo normativo são expostos ao olhar crítico
dessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é
especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à
luz forte e restrita da universalidade.”
(HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad.
Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em
Habermas, é correto afirmar:
a) A formação racional de normas de ação ocorre
independentemente da efetivação de discursos e da autonomia
pública.
b) O discurso moral se estende a todas as normas de ações
passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.
c) A validade universal das normas pauta-se no conteúdo dos
valores, costumes e tradições praticados no interior das
comunidades locais.
d) A positivação da lei contida nos códigos, mesmo sem o
consentimento da participação popular, garante a solução moral
de conflitos de ação.
e) Os parâmetros de justiça para a avaliação crítica de normas
pautam-se no princípio do direito divino.
17. (Ueg 2012) O filósofo judeu Ludwig Wittgenstein (1889-1951)
afirmava que “tudo que podia ser pensado podia ser dito”. Para ele,
“nada pode ser dito sobre algo, como Deus, que não podia ser
pensado direito” e “sobre o que não se pode falar, deve-se ficar
calado”. Com base nessas teses fundamentais do pensamento de
Wittgenstein, pode-se interpretar sua filosofia como
a) a busca pela clareza na filosofia, evitando-se temas metafísicos.
b) o fundamento da censura no mundo moderno, uma vez que inibe
o livre pensamento.
c) uma tentativa de combater o nazismo e suas ideias absurdas,
indizíveis.
d) uma tentativa de transformar o debate filosófico num debate
retórico.
18. (Ueg 2012) Para os gregos da Antiguidade, a palavra “idiota” era
usada para representar o cidadão que não se preocupava com a
vida política da cidade-estado. Portanto, de acordo com essa
acepção grega, poderia ser considerado um “idiota”
a) o filósofo Sócrates, que afirmava que a verdadeira sabedoria
estava em reconhecer que “tudo que sei é que nada sei”.
b) o general Alexandre, o Grande, que, tendo sido aluno de
Aristóteles, pretendia dominar militarmente todo o mundo
conhecido.
c) o habitante da Polis, portador de direitos políticos, que ignorava os
discursos e as decisões tomadas durante os debates públicos
ocorridos na Ágora.
d) os escravos, os estrangeiros, as mulheres e as crianças, que não
tinham direito à cidadania, ao voto ou à voz na assembleia.
19. (Ueg 2012) Uma pesquisa publicada em março de 2011 informa
que o sentimento religioso está diminuindo nos países ricos e que,
em algumas décadas, o ateísmo pode se tornar majoritário nessas
regiões. Independentemente de concordar ou não com as
conclusões da pesquisa, filosoficamente, tal perspectiva pode ser
relacionada a
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a) Descartes e sua noção de que Deus existe na medida em que
existe a ideia de Deus e ela está no homem, mas não veio do
homem.
b) Marx, que definiu a religião como o “ópio do povo”, considerando
que as condições materiais interferem nas crenças.
c) Sartre e a noção existencialista de que todo homem é livre e deve
se responsabilizar por essa liberdade.
d) Spinoza e sua perspectiva de um deus panteísta, um deus que
seria as próprias leis da natureza.
20. (Ueg 2011) A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão
marcante que dividiu a sua história em períodos: período présocrático, período socrático e período pós-socrático. O período présocrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na
qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu
em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas
surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre
eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome
é:
a) Tales de Mileto
b) Leucipo de Abdera
c) Sócrates de Atenas
d) Parmênides de Eléia
homem é a felicidade, e esta resulta do desenvolvimento harmônico
das tendências de um ser, do exercício da atividade que o
especifica. A moral peripatética é, pois, um
a) eudemonismo.
b) hedonismo.
c) relativismo.
d) liberalismo.
24. (Ueg 2011) Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno
assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma série de conquistas e, a
partir daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros
territórios, a Grécia. Essa dominação só teve fim com o
desenvolvimento de outro império, o romano. Esse período ficou
conhecido como helenístico e representou uma transformação
radical na cultura grega. Nessa época, um pensador nascido em
Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo. Ele
fundou uma escola filosófica que pregava a ideia de que:
a) seria impossível conhecer a verdade.
b) seria inadmissível permanecer na mera opinião.
c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza.
d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer.
21. (Ueg 2011) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua
democracia. Nesse mesmo período, os teatros estavam lotados,
afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro
aspecto importante da civilização grega da época eram os discursos
proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses
pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e
persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar
sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um
grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos
vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de
pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são
conhecidos como
a) maniqueistas.
b) hedonistas.
c) epicuristas.
d) sofistas.
22. (Ueg 2011) A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão
marcante que dividiu a sua história em períodos: período présocrático, período socrático e período pós-socrático. O período présocrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na
qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu
em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas
surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre
eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome
é:
a) Tales de Mileto
b) Leucipo de Abdera
c) Sócrates de Atenas
d) Parmênides de Eléia
23. (Ueg 2011) Nos últimos tempos, alguns crimes hediondos
chocaram a opinião pública brasileira. Casos como o da menina
Isabela Nardone, o assassinato do casal Richtofen e, recentemente,
o caso Elisa Samudio despertam asociedade para a discussão dos
valores e da moral. A filosofia sempre teve como um dos pontos de
sua reflexão a Moral. A Moral é a filosofia do agir humano e livre. Ela
tem como máxima buscar o bem e evitar o mal. Na prática, este
princípio pode ser facilmente confundido com o hedonismo que
busca o prazer e evita a dor. Segundo Aristóteles, o fim último do
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Gabarito comentado - Lista Especial UEG:
Resposta da questão 1: [D]
Falta para a questão uma referência bibliográfica apropriada.
A filosofia de Platão é resultado de um trabalho de reflexão intenso e
extenso, de modo que as questões durante os inúmeros diálogos por
ele escritos são respondidas de maneiras distintas. Porém, Platão
possui uma questão de fundo que se refere ao problema da
identidade – resquício da tradição conflituosa de Parmênides e
Heráclito –, a saber: o que é, é sempre idêntico a si mesmo ou é
sempre distinto? O mundo verdadeiro é uma totalidade sempre
permanente ou uma totalidade sempre efêmera? A concepção sobre
Ideias que Platão formula atende, em geral, a essas questões e
busca demonstrar como o sensível apesar de expor uma realidade
impermanente, possui um fundamento permanente. As Ideias são
verdadeiras, a realidade sensível é apenas uma aparência
passageira dessa realidade.
Resposta da questão 2: [D]
A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no
qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam.
Sendo que os mitos organizavam toda a vida social, consolidando
práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas
tribos, entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção,
inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações
dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia,
por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma
contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e
outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria
subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se
conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade,
com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais
organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem
passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas
fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com
começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o
auxílio de entes inalcançáveis.
Resposta da questão 3: [D]
No período em questão, as cidades passam a se organizar de uma
maneira distinta, livrando-se de uma centralização na figura de um
rei (anax) e estabelecendo a figura de vários líderes (basileus).
Nesta nova ordem, o rei não é capaz de dar a ordem para ser
obedecido incondicionalmente e os vários líderes devem ser
convencidos da ação necessária pela racionalidade do argumento, e
não pela coerção. Essa necessidade de argumentar racionaliza os
procedimentos deliberativos da cidade e acabam por estabelecer
uma ordem na qual a tradição passa a ser afastada de pouco em
pouco por sua inaptidão em atender problemas de ordem prática
com eficiência.
Resposta da questão 4: [A]
A questão de vestibular não possui qualquer referência plausível à
filosofia de fato. A simples alusão a certo tipo de educação e a
simples vinculação de uma vitória esportiva a um triunfo moral não
consolidam qualquer referência filosófica plausível. A questão não
expõe nenhum pensamento de qualquer filósofo e mal faz uma
análise sustentável da época do nascimento da filosofia para
estabelecer uma resposta que possa ser adverbiada
“filosoficamente”. Porém, talvez, filosoficamente, o espírito olímpico
pudesse amostrar uma disciplina e uma beleza vinculadas à virtude
promovida pelos filósofos antigos e reflexões estéticas sobre ideais
por eles também realizadas.
Resposta da questão 5: [A]
Apesar de a teoria de Karl Marx (1818-1883) prever uma revolução,
ela não é uma teoria da revolução, isto é, o pensamento de Marx
indica uma inevitabilidade da revolução, todavia não constrói um
conceito de revolução. Para estabelecer suas predições, Marx
organiza uma reflexão materialista que relaciona os meios de
produção, as forças produtivas e os donos dos meios de produção
de tal modo que uma luta de classes entre os que possuem capital
(possuindo o meio de produzir) e os que vendem sua mão de obra
(constituindo a força produtiva) é sempre presente. A revolução,
então, necessariamente deveria indicar uma passagem para um
estado de coisas no qual a superação de contradições entre as
classes fossem progressivamente sendo superadas; porém, quando
uma classe (a nobreza) é simplesmente substituída por outra (a
burguesia) para manter um domínio irrestrito dos meios de produção
e a manutenção das tensões sociais e uma subjugação de outra
classe (o proletariado), então aquilo que pareceria revolucionário é
apenas a modificação dos atores que mobilizam os mecanismos que
criam as contradições.
Resposta da questão 6: [D]
A forma de nu masculino nas esculturas gregas do período clássico
é resultado de juízos estéticos provenientes do período arcaico. E a
antropomorfização dos deuses gregos nesse período tornou o corpo
humano um motivo tanto da arte secular quanto da sagrada. E a
forma de escultura mais importante do período arcaico era a figura
simples do homem em pé e de frente. No período clássico, a grande
variação acontece em função da presença da forma de governo
democrática que constrói uma sociedade hegemônica e
esplendorosa. A escultura se aproximando das características da
democracia passa a construir uma arte aproximada dos eventos
particulares e deixa a simplicidade do período arcaico para favorecer
a exuberância de detalhes. As representações da anatomia e do
rosto ganham precisão extraordinária, e a mera frontalidade da
figura arcaica dá lugar ao detalhamento de todas as dimensões e
posições.
A escultura romana foi extremamente influenciada pelas esculturas
gregas do período clássico. Inicialmente, a escultura romana
possuía basicamente influências das esculturas etruscas que deviam
muito à escultura grega do período arcaico e do período helenístico
– períodos em que a abstração, a simplicidade, a expressividade
eram mais importantes que o realismo da figura. Porém, após o
saque de Siracusa (212 a.C.) e o conhecimento por parte dos
romanos do grande número de esculturas gregas do período
clássico que adornavam essa cidade, os romanos deixaram de
apreciar as esculturas de influência etrusca para cobiçar
exclusivamente as de influência grega do período clássico. Essa
grande influência fez com que a escultura romana se estabelecesse
de alguma maneira através de cópias simples das obras gregas
clássicas. Mas, a elaboração de variações dessas obras pelos
gênios romanos produziu uma arte especificamente romana com
características que lhe dão especificidades inconfundíveis. A
retratística é um exemplo do avanço por parte dos romanos e,
nessas obras, a exposição de figuras prestigiadas, como a do
imperador César Augusto, exigia uma elaboração distinta da grega e
com uma imponência também especial em que a indumentária
tornava-se parte importante.
Resposta da questão 7: [C]
Para Arendt, a ação é uma das categorias fundamentais da condição
humana e constitui a mais alta realização da vita activa. Arendt
analisa a vita activa através de três categorias que correspondem às
atividades fundamentais do nosso ser-no-mundo: trabalho, obra e
ação. O trabalho é a atividade que é ligada à vida e suas
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necessidades; a obra é a atividade ligada à condição da mundidade;
e a ação é a atividade ligada à condição de pluralidade. A filósofa
considera cada atividade autônoma, pois cada uma possui princípios
distintos e é julgada segundo critérios diferentes. O trabalho é
julgado de acordo com a sua capacidade de manter a vida humana,
de suprir as nossas necessidades de consumo e reprodução, a obra
é julgada por sua habilidade de construir e assegurar um mundo
pronto para a utilidade do homem, e a ação é julgada por sua
habilidade de apresentar a identidade do agente, afirmar a realidade
do mundo e atualizar nossa capacidade de ser livre.
Resposta da questão 8: [A]
A específica homologação não possibilita, nem no contexto da
ditadura, identificar “estratégias autoritárias de controle social,
restringindo a pluralidade teórica e ideológica nos livros didáticos”,
pois “Educação moral e cívica” é, por exemplo, um preceito ainda
existente na atual Constituição democrática de 1988 que exige do
ensino médio aprimoramento do educando para a cidadania através
da formação Ética (cf. Lei 9.394/96, Título V, Capítulo II, Seção IV).
Porém, tal neutralidade da matéria escolar se rompe devido ao
próprio caráter da ditadura brasileira instituída no golpe de 1964.
Podemos denegrir o ensino de “Educação moral e cívica”
qualificando-o como autoritário porque no contexto da ditadura
militar brasileira todas as ações desse Estado eram direcionadas
para o controle disciplinar dos cidadãos. De modo que a matéria
escolar não é especificamente um meio para controlar e restringir
autoritariamente o comportamento dos cidadãos, porém se
decorrente de uma estratégia governamental autoritária, então se
transforma em um meio para disciplinar os cidadãos e restringi-los
ideologicamente.
Resposta da questão 9: [A]
Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa racional que
busca a construção coletiva de conhecimentos refletidos e seguros
sobre a variedade da natureza, e, também, de conhecimentos
esclarecedores sobre os fenômenos que nos parecem familiares.
Sendo assim, a ciência possui uma base racional fundante a qual
todo homem pode ter acesso e, desse modo, todos podem
participar. Ela possui, além disso, como objeto de pesquisa a
perplexidade do homem perante a variância de alguns fenômenos
naturais e a permanência de outros, e como objetivo da pesquisa
harmonizar estas diferenças em equilíbrios dinâmicos através de
conceitos e sistemas de conceitos justificados da melhor maneira
possível, isto é, pela construção de experimentos controlados e
avaliações imparciais.
Resposta da questão 10: [A]
O pensamento de Pirro de Élis é um tanto difícil de ser capturado,
pois, assim como Sócrates, ele nada escreveu. Desse modo,
possuímos referências que expõem este filósofo cético de maneiras
distintas: 1) um Pirro isolado do mundo, dedicando-se plenamente à
sua serenidade; 2) um Pirro que vive conforme os costumes e as
leis, dedicando-se plenamente à serenidade da cidade; e 3) um Pirro
mestre fundador de uma escola filosófica, na qual se dedicava
plenamente a transmitir aos discípulos a serenidade. Talvez a
primeira referência esteja relacionada com a experiência de Pirro
com os ginosofistas hindus durante as expedições de Alexandre –
estes ensinavam a distância do mundo e a solidão tranquila. A
segunda talvez esteja relacionada com a experiência de Pirro com
os cínicos – estes ensinavam não haver fundamento racional para
as relações políticas e, por conseguinte, liberavam o ser das
disputas e lhe garantia ao homem uma serenidade no movimento
conforme os fenômenos. A terceira talvez esteja relacionada com a
experiência de Pirro com a escola megárica e Anaxarco de Abdera –
os primeiros ensinavam sobre a impossibilidade de estabilização do
discurso e a consequente não-apreensão do ser; o segundo
ensinava a respeito de Demócrito e como a aparência percebida
pelos sentidos era enganosa, como na verdade o que há realmente
são átomos e vácuo, sendo a percepção sensível apenas uma
relação entre os átomos das coisas e os átomos da alma.
Resposta da questão 11: [B]
A modernidade estabelece algumas quebras de vínculo com a
tradição católica que liberam o pensamento do homem europeu para
reflexões determinadas autonomamente. O Protestantismo, a
filosofia racionalista em oposição à escolástica e o nascimento da
ciência moderna em forte contraposição aos dogmas da Igreja
Católica constituem movimentos fortes contra a autoridade
eclesiástica e a favor de uma mudança na forma do ser humano
compreender a si mesmo, a sociedade e o universo.
Resposta da questão 12: [A]
O texto citado expõe as suposições realizadas em função da
devastação da capital lusitana ocorrida no dia 1º de novembro de
1755. Tais suposições buscavam explicar donde viria tal violência
natural capaz de arrasar uma cidade. A tradição católica, que pensa
em sintonia com o texto bíblico, busca rapidamente exemplos
similares esclarecedores da origem do evento na motivação divina.
De modo que as visões religiosas, no caso uma visão católica, não
expõe um conhecimento geológico do evento, porém um
conhecimento teológico do qual se deriva uma explicação sobre o
evento natural. Deus, como castigo, puniu os portugueses da
mesma maneira que puniu Sodoma e Gomorra – por pecar –, e no
caso de Lisboa a punição proveio da má administração de suas
riquezas adquiridas no período em que dominaram o comércio
mundial.
Ora, o Iluminismo era uma tendência com uma cultura muitíssimo
distinta da tradição católica. Diferentemente da explicação baseada
na revelação divina, o Iluminismo não tentaria responder à questão
sobre a origem do evento natural através da argumentação
teológica. O terremoto não devastaria a cidade de Lisboa porque
Deus quer se vingar, porém o terremoto deveria ser visto
unicamente como um evento natural do qual o homem poderia
alcançar uma explicação racional e, então, geológica.
Resposta da questão 13: [B]
Segundo Aristóteles, a diferença básica entre a história e a poesia é
que a primeira trata de acontecimentos particulares, que já
ocorreram, enquanto que a poesia trata do universal, do que poderia
ocorrer. É por esse mesmo motivo que a poesia é considerada
superior à história.
Resposta da questão 14: [C]
As artes liberais, na escolástica, eram divididas entre trívio (a
gramática, a retórica e a dialética) e quadrívio (a aritmética, a
geometria, a astronomia e a música). Elas eram ensinadas de forma
a dar uma educação integral aos homens.
Resposta da questão 15: [A]
O empirismo opõe-se ao inatismo ao considerar que as ideias se
originam somente da experiência. Essa diferença pode ser bem
observada quando se compara a visão de David Hume com a de
René Descartes, para quem as ideias verdadeiras surgem de forma
inata no sujeito cognoscente.
Resposta da questão 16: [B]
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Tendo herdado a tradição kantiana, Habermas pensa a moral a partir
de um princípio de orientação racional, utilizando-se da noção de
ação comunicativa. A única alternativa que trata do mesmo princípio
é a [B], única correta.
investigação rigorosa, desvelar a verdade (alétheia) por trás das
opiniões particulares que cada homem possui sobre as coisas do
mundo. Portanto, por serem tipos bastante distintos é mais
interessante que não sejam confundidos e sejam expostos na sua
diferença para que enriqueçam a história da antiguidade grega.
Resposta da questão 17: [A]
A questão faz referência ao trabalho de Wittgenstein em Tractatus
Logico-Philosophicus. Sobre essa obra, somente a alternativa [A] é
plausível. Wittgenstein, ao trabalhar com a filosofia da linguagem,
procura dar maior clareza às investigações filosóficas. Segundo o
autor, a metafísica corresponde a tentar dizer o que não pode ser
dito.
Resposta da questão 22: [A]
Tales de Mileto é conhecido como o primeiro filósofo e sua visão era
de que a água era a origem de todas as coisas. Tales também
exerceu estudos na área da matemática e da astronomia.
Considera-se que ele seja o fundador da Escola Jônica, importante
corrente de pensamento filosófico pré-socrático.
Resposta da questão 18: [C]
Somente a alternativa [C] é correta. O “idiota” é justamente o
cidadão (homem adulto e livre) que não exerce seu dever de
atuação política na Ágora.
Resposta da questão 19: [B]
Países mais ricos tendem a ter melhores desempenhos
educacionais. Sendo assim, seus habitantes tendem a ser mais
críticos a respeito das explicações religiosas. Na medida em que
essa mudança a respeito das crenças está relacionada com as
transformações nas condições materiais de existência, a alternativa
[B] é a única que pode ser considerada correta.
Resposta da questão 23: [A]
Do grego eudaimonia, ou “felicidade", eudemonismo
corresponde à doutrina segundo a qual a felicidade é o
objetivo da vida humana. Se para Aristóteles o fim último do
homem é a felicidade, é certo que sua moral será um tipo de
eudemonismo.
Resposta da questão 24: [A]
Também chamado de ceticismo prático, o pirronismo baseiase na ideia de que é impossível conhecer a realidade, que é
sempre contingente e mutável. Assim, o que restaria ao
homem seria renunciar a busca pela verdade, exatamente
como se afirma na alternativa A.
Resposta da questão 20: [A]
Refere-se ao Tales de Mileto a famosa história sobre o filósofo que
caminhando e olhando para o céu, tropeça em uma pedra e cai em
um poço. Apesar de essa história ter se mantido na tradição, as
outras histórias sobre Tales de Mileto revelam alguém preocupado
não apenas com eventos celestiais, mas também com os terrenos.
Esse filósofo também foi um político empenhado (buscando a união
das cidades jônicas contra os persas), engenheiro habilidoso
(construindo diques para desviar o curso do rio e facilitar a
navegação e a irrigação), astrônomo perspicaz (prevendo eclipses e
mapeando os céus em favor dos navegantes) e matemático
talentoso (reconhecendo relações importantes de proporção entre
triângulos). Porém, tudo isso podemos apenas presumir através dos
relatos que contam sua vida. De Tales não restaram escritos, e nem
se sabe se ele realmente escreveu qualquer texto. Todavia,
deixando a falta de informação para lá, Tales é consagrado por
alguém importante como o fundador da filosofia cosmológica:
“É Aristóteles que consagra Tales como fundador da filosofia
cosmológica, tendo sido o primeiro a tratar de modo sistemático e
racional o problema da origem, transformação e conservação do
mundo. Para Tales, a phýsis é a água, ou melhor, a qualidade da
água, o úmido”.
CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a
Aristóteles, volume 1. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Resposta da questão 21: [D]
É um tanto complicado chamar os conhecidos sofistas de filósofos,
afinal eles eram conhecidos como sofistas, e não como filósofos, e
existe um motivo para tal diferenciação. Basicamente, a diferença
está na relação com o conhecimento que cada um dos tipos
mantém. O sofista possui um relacionamento técnico com o
conhecimento, isto é, o sofista domina a opinião (dóxa) e faz uso
técnico deste tipo de conhecimento para estabelecer posições
relativas, com força argumentativa menor ou maior. O filósofo possui
um relacionamento amoroso com o conhecimento, isto é, o filósofo
deseja conhecer e, por conseguinte, busca, através de uma
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