Imunologia - Resumo II - Anticorpos e antígenos

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Anticorpos e antígenos
Resumo II - Imunologia
Abbas
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Os anticorpos, ou imunoglobulinas, representam uma família de glicoproteínas
relacionadas estruturalmente, produzidas pelos linfócitos B, ligadas á membrana ou
secretadas. Os anticorpos ligados á membrana funcionam como receptores que são os
intermediários na ativação das células B pelos antígenos. Os anticorpos secretados agem
como mediadores da imunidade humoral específica, desempenhando vários mecanismos
efetores que servem para eliminar os antígenos ligados.
As regiões de ligação de antígenos das moléculas de anticorpo variam muito e uma pessoa
pode produzir até 10 elevado a 9 tipos diferentes de anticorpos, cada um com uma
especificidade antigênica distinta.
Todos os anticorpos têm uma estrutura central simétrica comum composta de duas cadeias
pesadas idênticas unidas por ligações co-valentes e duas cadeias leves idênticas, cada uma
ligada a uma cadeia pesada. Cada cadeia possui pelo menos dois domínios Ig dobrados,
independentes, com cerca de 110 aminoácidos contendo sequências conservadas e pontes
dissulfeto entre as cadeias.
Os domínios N-terminal das cadeias leves e pesadas formam as regiões V dos anticorpos,
que diferem entre os anticorpos de diferentes especificidades. Cada região V das cadeias
leves e pesadas contém três regiões hiper-variáveis separadas com cerca de 10 aminoácidos
que são montados espacialmente para formar o local de conexão de antígenos da molécula
de anticorpo.
Os anticorpos são classificados em diferentes isótipos e sub-tipos com base nas diferenças
das regiões C das cadeias pesadas, que consistem em três ou quatro domínios C da Ig, e
essas classes e sub-classes possuem propriedades funcionais diferentes. As classes de
anticorpos são denominadas IgG, IgA, IgM, IgE, IgD. As duas cadeias leves de uma
molécula de Ig são de mesmo tipo, ou ambas kappa ou ambas lâmbda, que diferem em seu
único domínio C.
A maioria das funções efetoras dos anticorpos é mediada pelas regiões C das cadeias
pesadas, mas essas funções são desencadeadas pela ligação dos antígenos a locais de
ligação na região V espacialmente distantes.
Os antígenos são substâncias ligadas especificamente pelos anticorpos ou pelos receptores
de antígenos das células T. Os antígenos que se ligam a anticorpos pertencem a uma grande
variedade moléculas biológicas, incluindo açúcares, lipídeos, carboidratos, proteínas e
ácidos nucleicos. Isso contrasta com os receptores de antígenos das células T, que só
reconhecem antígenos de peptídeos.
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Antígenos macro-moleculares contêm múltiplos epítopos, ou determinantes, e cada qual
pode ser reconhecido por um anticorpo. Epítopos lineares de antígenos proteicos podem
ser formados por uma sequência de aminoácidos, enquanto determinantes conformacionais
podem ser formados pela dobra de uma cadeia poli-peptídica.
 A afinidade da interação entre o local de combinação de um único anticorpo e um único
epítopo é medida pela constante de dissociação (Kd). Antígenos polivalentes contêm vários
epítopos idênticos aos quais moléculas idênticas de anticorpos podem se ligar. Os
anticorpos podem se ligar a dois ou, no caso da IgM, até a 10 epítopos idênticos
simultaneamente, levando a uma maior avidez da interação antígeno-anticorpo. As
concentrações relativas de antígenos polivalentes e anticorpos podem favorecer a formação
de complexos imunes que podem se depositar nos tecidos e causar danos.
 A ligação do anticorpo ao antígeno pode ser altamente específica, distinguindo pequenas
diferenças na estrutura química, mas podem ocorrer reações cruzadas nas quais pelo menos
dois antígenos podem se ligados ao mesmo anticorpo.
 Podem ocorrer vários mudanças na estrutura dos anticorpos fabricados por um clone de
células B no decorrer de uma resposta imunológica. As células B inicialmente produzem
apenas Igs ligadas á membrana, mas em células B ativadas e plasmócitos, a síntese é
induzida de Igs solúveis com a mesma especificidade ligada ao antígeno como os
receptores originais da membrana. As mudanças no uso dos genes dos segmentos C sem
alterações nas regiões V constituem a base da recombinação de troca, que leva a mudanças
efetoras sem alterações na especificidade. As mutações localizadas nas regiões V de um
anticorpo específico para um antígeno levam a um aumento na afinidade para aquele
antígeno (amadurecimento por afinidade).
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