Hospital AC Camargo Tópico: HOSPITAL AC CAMARGO Veículo: Portal G1 - SP Data: 17/04/2013 Página: 11:49:00 Editoria: Bom Dia Brasil 1/1 Câncer de esôfago tem 90% de cura se tiver diagnóstico precoce Clique aqui para ver a notícia no site (Não Assinado) Um estudo feito por um hospital de SP com pacientes tratados no local concluiu que menos de 30% dos casos são detectados na fase inicial. Cientistas brasileiros alertam: o câncer de estômago tem quase 100% de cura quando descoberto na fase inicial. Mas a doença é silenciosa. Ela é difícil de descobrir porque os sintomas são confundidos com problemas comuns, como azia e náusea. As pessoas acham que é uma dor de estômago comum, tomam algum remédio e não vão ao medico. Um estudo feito pelo hospital A.C. Camargo, em São Paulo, com pacientes tratados no local, concluiu que menos de 30% dos casos são detectados na fase inicial. Mas os médicos pesquisadores afirmam que se o diagnóstico for precoce, praticamente todos os casos podem ser curados. Quanto mais cedo melhor. Maria Celeste Braga tem 73 anos e é dona de casa. Margarida Amaral está com 57 e é analista de sistemas. A história das duas se cruzou no hospital, onde foram operadas. “Saiu o resultado: câncer de estômago. Eu não acreditava”, conta Margarida. Elas demoraram para descobrir a doença. “Tinha dias que eu comia uma coisinha de nada e aquilo ia estufando que eu me sentia uma mulher grávida de sete para oito meses, enorme”, conta Celeste. “Eu descobri que comendo menos eu me sentia bem, só que eu fui emagrecendo”, diz Margarida. O tratamento começou pela quimioterapia e depois a cirurgia. “O problema saiu todo na retirada de um tanto de estômago”, conta Celeste. No caso de Margarida, a doença se espalhou. “Tiraram sete órgãos”, lembra Margarida. O câncer de estômago começa silencioso, mas ainda na fase inicial, os pacientes se queixam de azia, queimação, má-digestão e náusea. Muita gente acaba tomando remédios que aliviam os sintomas e escondem o problema. Um estudo mostra que apenas três de cada 10 pacientes descobrem a doença cedo, antes de aparecerem os sinais de estágio mais avançado, como dor, anemia e emagrecimento. Os médicos responsáveis pelo estudo fizeram uma palestra no Hospital A.C. Camargo - referência no tratamento de câncer - para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Um dos principais fatores de risco é a contaminação pela bactéria Helicobacter Pillori, presente na água e em alimentos contaminados. Ela pode causar gastrite que, em casos extremos, evolui para um tumor se não for tratada. “Precisa de uma pré-disposição genética do indivíduo para a bactéria se ligue ao estômago e cause câncer de estômago. Então nem todo mundo, a maioria das pessoas que têm a bactéria não vai chegar a ter câncer”, explica o cirurgião Felipe Coimbra. A soma dos fatores de risco é que aumenta a possibilidade de desenvolver o câncer de estômago. Entre eles, histórico familiar e uma alimentação com excesso de sal, gordura e alimentos defumados ou com conservantes. É importante ouvir o que o corpo fala. Ignorar os sintomas, se automedicar e demorar a fazer os exames necessários podem atrasar o diagnóstico. Os índices de cura e controle da doença variam de acordo com o momento que ela é descoberta. “Quando a gente fala, por exemplo, um câncer de estômago em uma fase inicial a gente sabe que a cura pode ser superior a 90%, como demonstrou o nosso estudo”, afirma Coimbra. Só que os médicos nunca falam em cura antes de cinco anos. Celeste e Margarida estão nesse caminho. “Estou 95%. Falta os 5%, que é o termino dos 5 anos”, conta Margarida. Mas o pior já foi. “Passou, é coisa do passado”, afirma Celeste. Os médicos recomendam trocar uma alimentação industrializada por alimentos naturas ricos em vitamina A e C como, por exemplo, os alimentos cítricos, que têm vitamina C, e os alimentos de cor laranja como cenoura, mamão e abóbora, que têm vitamina A. Para ter acesso ao vídeo clique no link abaixo: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/04/cancer-de-esofago-tem-90-de-cura-se-tiver-diagnostico-precoce.html