Exames laboratoriais específicos para o diagnóstico de Dengue. Sônia Conceição Machado Diniz Especialista em diagnóstico laboratorial de doenças tropicais IMT/SP Responsável pelo Serviço de Virologia e Riquetsioses/FUNED OBJETIVOS DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Viabilizar as ações da Vigilância Epidemiológica • Diagnóstico diferencial • Detecção da circulação do vírus em áreas novas • Estimativa da incidência depois das epidemias • Confirmação dos casos suspeitos de FHD • Caracterização das cepas e sorotipos circulantes DENGUE • • • • • • Família Flaviviridae, Gênero Flavivirus É um arbovírus Transmitidos por mosquitos (Aedes) Composto por RNA fita simples Possui 4 sorotipos distintos (DENV-1, 2, 3, 4) Etapas do exame laboratorial Frequência de erros*: Etapa Pré-analítica ~ 60 a 70% Etapa Analítica ~ 20 a 30 % Etapa Pós-analítica ~ 10 % * Labtest Etapa Pré-analítica Exame clínico ▼ Solicitação do exame ▼ Preparo do paciente ▼ Obtenção da amostra FICHA EPIDEMIOLÓGICA PREENCHIDA CORRETAMENTE Obtenção da amostra FASE AGUDA - SINTOMÁTICA/VIRÊMICA Do 1º ao 5º dia do aparecimento dos primeiros sintomas presença do vírus ▼ Isolamento do vírus/Sorotipagem NS1 PCR Acondicionamento e transporte de amostras para isolamento viral Obtenção da amostra FASE CONVALESCENTE - ASSINTOMÁTICA Presença de Ac totais à partir do 5o dia do aparecimento dos primeiros sintomas ▼ Inibição da hemaglutinação Elisa IgM (até 60 dias) Identificação e acondicionamento inadequado das amostras Identificação e acondicionamento adequado das amostras DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE DENGUE Detecção do vírus Dengue Isolamento Viral (Igarashi, 1978) Cultura de células de mosquito A. albopictus clone C6/36 Inoculação intratoráxica de mosquitos Toxorhynchites Imunofluorescência Indireta anticorpos Monoclonais tipo-específicos (Gubler et al., 1984) ISOLAMENTO VIRAL Sorologia – captura de Ac. IgM ELISA PLACA DE ELISA Nota de esclarecimento: Os níveis de anticorpos da classe IgM contra o vírus Dengue alcançam seu pico dentro de duas semanas após o início dos sintomas, decaem nas semanas seguintes e podem ser detectados por no máximo 90 dias nas infecções primárias ou até 30 dias nas infecções secundárias (Innis, BL. In: Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever. DJ Gubler & G Kuno, Eds., 1997). Valores de referência Mac Elisa DO > 0,220 - Reação Reativa: Presença de anticorpos IgM DO < 0,180 - Reação Não Reativa: Ausência de anticorpos IgM DO 0,180 – 0,220 - Reação Indeterminada:Sorologia não conclusiva Panbio DO/CO < 0,9 – Reação Não Reativa: Ausência de anticorpos IgM DO/CO > 1,1 – Reação Reativa: Presença de anticorpos IgM DO/CO 0,9 - 1,1 – Reação Indeterminada: Sorologia não conclusiva NS1 Early Elisa - PANBIO DO/CO < 0,9 – Reação Não Reativa: Antígeno NS1 não detectável DO/CO > 1,1 – Reação Reativa: Presença de antígeno NS1 DO/CO 0,9 - 1,1 – Reação Indeterminada: Sorologia não conclusiva NS1 PLATÉLIA – BIO-RAD DO/CO < 0,50 – Reação Não Reativa: Antígeno NS1 não detectável 0,50 ≤ DO/CO < 1,0 – Reação Indeterminada: Sorologia não conclusiva DO/CO ≥ 1,0 – Reação Reativa: Presença de antígeno NS1. ESTUDO DE CASO H.B.S, masculino, 47 anos, procedente de área endêmica. Início dos sintomas 12/03/2010 sendo eles: exantema, prostração, mialgia, náuseas/vômitos, - petéquias, - prova do laço positiva, - Plaquetas 61.000. Data do óbito/coleta 15/03/2010. Ausência de coleta de amostras pós-mortem. Análise de resultados. • Sorologia dengue Mac-ELISA = Não reativo (D.O. 0,104) • Sorologia dengue PANBIO = Não reativo (Razão D.O./C.O: 0,806) • Sorologia dengue Antígeno NS1 = Reativo (Razão D.O./C.O: 5,6) • Isolamento Viral = Positivo (Isolado Denv3) Coleta, conservação e transporte de material para óbitos suspeitos de Dengue • A necropsia deverá ser realizada o mais rapidamente possível após o óbito. Colher fragmentos de fígado, baço, gânglios, timo, pulmão e cérebro. Em casos de punção aspirativa, colher, preferencialmente, fragmentos de fígado e baço, usando-se agulhas longas e de grosso calibre. • Colocar uma amostra de cada fragmento, separadamente, em recipiente estéril e armazenar em freezer -80º C para a realização de isolamento viral. • Colocar uma outra amostra de cada fragmento, separadamente, em frasco com formalina tamponada para histopatologia, mantendo-a à temperatura ambiente. • OBSERVAÇÃO: Solução de formalina tamponada: Solução de formol concentrado (40%) _ 100mL Tampão Fosfato Salina (PBS) _ 900mL. IMUNOHISTOQUÍMICA Etapa Pós-analítica Resultado ▼ Avaliação do resultado ▼ Notificação Obrigada! [email protected] Serviço de Virologia e Riquetsioses (31) 3371 4448