Terapias Naturais

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A CURA PELA NATUREZA
Jean Aikhenbaum e Piotr Daszkiewicz
ENCIClOPéDIA FAMILIAR DOS REMéDIOS NATURAIS
Aviso:
Esta obra não tem a pretensão de substituir o seu médico. Não pode substituir uma consulta
médica.
A nossa abordagem não consiste numa crítica sistemática da medicina. A nossa intenção é
apresentar-lhe um guia que permita ajudá-lo a fazer face a certos problemas através do
recurso às terapias ditas “naturais”. Também lhe apresentamos, nas próximas páginas, uma
análise crítica, científica, etnológica e histórica de certos tratamentos.
É importante saber que “natural” não significa “inofensivo”. Existem toxinas terríveis que são,
muitas vezes, de origem natural, e certas plantas que podemos encontrar correntemente nos
nossos parques e jardins são, por vezes, mortais. Devemos também ter presente que a acção
de qualquer substância é sempre múltipla, e que não existe acção sem reacção. Mesmo as
plantas e as técnicas delas derivadas devem ser utilizadas com moderação. Para terminar,
lembramos que é sempre preferível prevenir a ter de remediar.
Título original: Le Pouvoir de Guérir par la Nature
1996
A casa dos meus pais cheirava bem a sopa de couve
Quando o Inverno fustigava que bem que se estava em casa
Mas empurrei a cancela quando chegou a Primavera para deambular rio abaixo como todos os
moços de vinte anos...
G. Jackno
À minha filha Christina, que não gosta de ir ao médico.
Ao meu avô Kalman, que conhecia o poder do Verbo e sabia curar com um pouco de azeite e de
limão.
INTRODUÇÃO E PREFÁCIO
pelo Dr. Jean-Pierre WILLEM
Vivemos num tempo apaixonante em razão das suas contradições!
E a relação que a nossa sociedade mantém com a saúde é uma delas. Aliás o sentido da
palavra “saúde” não cessa de se alargar. Ela tanto designa os cuidados intensivos numa
unidade de reanimação, como o jogging das manhãs de domingo, passando pelos
medicamentos de conforto. A frase “É bom para a saúde” constitui uma etiqueta indiscutível.
Além disso, a saúde especializa-se por meio de técnicas cada vez mais científicas e espalha-se
sob a forma de crendices cada vez mais extravagantes. Por outro lado, se hoje em dia se
tratam doenças que no passado eram mortais, surgem doenças primárias perante as quais
somos ainda impotentes. E voltam a aparecer velhas infecções, tais como as “doenças da
miséria”, de que é um dos exemplos a sarna.
Esta obra é uma enciclopédia de medicinas naturais Seria uma presunção pretender conhecer
perfeitamente o conjunto de terapias às quais esta enciclopédia de tratamentos naturais faz
referência, sendo certo que Jean Aikhenbaum, jornalista científico e fundador da revista Réussir
votre Santé, e Piotr Daszkiewicz, biólogo e historiador das ciências, elaboraram um guia muito
completo.
A sua competência em matéria de medicinas naturais, numa perspectiva científica e sobretudo
experiencial, conjugou-se para proveito das pessoas que, a propósito, por exemplo, de uma
angina, de uma gonalgia, de um edema na garganta ou de uma hemorragia nasal, poderão
consultar este manual, que terá um lugar privilegiado para elas.
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Um exame da medicina, dos cuidados de saúde e do doente.
As suas considerações são, na verdade, múltiplas e variadas, mas mencionarei apenas as três
principais:
- O facto de que existe apenas uma medicina, com múltiplas facetas.
Já não se fala de “medicinas diferentes”, a não ser para explicar que muitas formas possíveis
de terapêutica sã o ignoradas, voluntariamente ou não, pelas Faculdades de Medicina. -A
primordialidade da alimentação saudável, equilibrada e natural.
Este fenómeno é conhecido há muito: “Existem doentes que só se curam através da
alimentação”, já dizia Hipócrates, e Jean Rostand, entre outros, fez dele um fervoroso eco.
- A vontade de cura.
Uma reflexão sobre a saúde
Esta enciclopédia aborda também os diferentes aspectos da saúde. -A saúde comporta uma
grande parte de confiança: por se pensar tanto que o progresso técnico resolve rapidamente os
problemas, as suas lentidões ou impotências suscitam decepções violentas ou a procura de
terapias ditas naturais. A confiança é, sem dúvida, fundamental no que toca a saúde: o
sobreconsumo de tranquilizantes prova-o. Existe por conseguinte uma forte relação entre
confiança e saúde. E um bom estado de saúde prova que o corpo se situa numa relação de
autoconfiança, de confiança no médico e de confiança na sociedade.
- Evocando, diversas vezes, o assunto do investimento nos cuidados de
saúde, os nossos autores apresentam a questão da confiança na vida, no valor da própria vida.
Será que estar de boa saúde significa não ter qualquer problema? Assistimos actualmente a um
conjunto crescente de doenças físicas bem como a uma grande dificuldade em suportar a vida.
No fundo, é o problema do sentido da vida que se põe. -Que utilidade tem o que faço?”, que
implica a pergunta: “0 que vale a minha vida?”
- Por outro lado, constatamos que as ciências e as tecnologias de ponta se especializam cada
vez mais. Mas o custo destes avanços é duplo:
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a saúde está dividida em especialidades, e o homem, na sua totalidade viva, é talvez menos
considerado. Além do mais, o abismo aumenta entre as tecnologias e a população: esta tem
dificuldade em entender todas as investigações, mas exige-as “de direito”, imediatamente. E o
acesso de toda a população aos cuidados de saúde exige provavelmente uma orientação
tornada inteligível e mais humana.
Sim, a saúde precisa de humanizar-se. E não apenas no que se refere às condições de
acolhimento de um grande hospital, mas, sobretudo, de modo a permitir ao homem manter
uma relação justa com a saúde. Certas pessoas preocupam-se de tal modo com a sua saúde
que dela se tornam escravas. A saúde não é apenas o campo do objecto (o corpo, a psique),
mas também o é do sujeito. E o domínio da saúde passa pela condução da própria existência e,
por conseguinte, pela paz consigo mesmo...
E depois pode-se, recorrer, então, às terapias.
Uma mina de informações sobre as medicinas naturais
Trata-se de um livro de “boa fé”: a informação do público, e até dos terapeutas, necessitaria
aliás de muitos outros livros como este. Basta sabermos que o leque terapêutico é enorme e
que é necessário actualizá-lo constantemente.
Esta obra é também uma mina de informações sobre os métodos tradicionais, os remédios
antigos e a medicina natural.
A medicina dos nossos dias tem o seu tempo, enquanto os métodos tradicionais,
experimentados ao longo de séculos, senão milénios, prosseguem incansavelmente a sua acção
favorável.
A medicina moderna enganou-se no caminho
A medicina moderna, dita “científica-, enganou-se incontestavelmente no caminho nestes
últimos cinquenta anos. E contudo... Nunca antes na história do mundo existiram tantas
drogas, mas, em contrapartida, nunca antes existiram tantas pessoas débeis, tantas pessoas
verdadeiramente doentes: UM terço dos indivíduos hospitalizados - um número aterrador ocupam as camas dos hospitais por motivo de doenças “causadas por medicamentos”. Muitas
delas morrem quando poderiam ter sido salvas.
É assim que as purgas e as sangrias dos séculos passados são actualmente substituídas pelos
antibióticos e pelos corticóides sistemáticos, dispensados às cegas. As consequências nocivas
deste procedimento são, desde há muito, piores do que as purgare e saignare de Molière.
Assim, durante séculos, os espíritos “duros” que atravancam as nossas civilizações ocidentais
zombaram de uma prática muito antiga, curiosa mas eficaz: o facto de uma chave grande,
aplicada na nuca, estancar rapidamente a maioria das hemorragias nasais. Foi necessário que
surgissem os trabalhos do padre Leriche para que este método fosse despojado da sua lenda:
qualquer objecto frio (uma chave, um pedaço de metal, um cubo de gelo), colocado ao nível
das vértebras cervicais, tem por efeito excitar o sistema nervoso simpático situado diante das
vértebras, que possui entre as suas múltiplas propriedades a de provocar a contracção dos
vasos sanguíneos. Daí o estancamento das hemorragias nasais (epistaxes).
A medicina moderna deve dar explicações
Por que razão, sempre desconhecida, na nossa época de viagens à Lua, uma simples ligadura
de linho ou de lã suprime certas dores: as cãibras nocturnas nas pernas, as dores reumatismais
nos pulsos, nos cotovelos e nos joelhos? E por que razão um banal pedaço de sabão de
Marselha colocado na cama evita o regresso das cãibras?
Será doravante necessário esforçarmo-nos para encontrar uma explicação para a eficácia de
inúmeros tratamentos.
---As investigações modernas”, escrevia Léon Binet, antigo decano da Faculdade de Medicina de
Paris, “apenas confirmam de uma forma geral o bom fundamento dos cuidados de saúde
utilizados no passado de forma empírica.”
Mas continuamos a ignorar a
razão pela qual os nossos predecessores utilizavam há séculos a cavalinha para as afecções
degenerativas e também como agente remineralizante. Sabemos actualmente que as
propriedades desta planta se devem aos seus múltiplos componentes, especialmente a silícia cuja importância é fundamental na consolidação do nosso esqueleto; e a cavalinha é uma das
plantas mais ricas neste componente. “A acção da silícia na terapêutica”, escrevia aliás Louis
Pasteur em 1878, “deverá ter um papel grandioso.”
As propriedades vermífugas do musgo-da-córsega foram mencionadas por Teofrasto, há 2000
anos. Utilizadas até à Idade Média, caíram no esquecimento e foi um médico corso, como é
natural, que as reabilitou em 1775. Conhecemos actualmente a realidade científica da sua
acção.
Para os cancros, no primeiro século da nossa era, Dioscórides utilizava o cólquico (mata-cão).
Foi preciso esperarmos até 1934 para isolarmos um dos seus alcalóides: a colquicina, que, no
estado actual dos nossos conhecimentos, combate o desenvolvimento das células anárquicas
dos tumores.
Durante séculos, e tal como para a cavalinha, para o musgo-da-córsega e para a maioria das
outras plantas, os espíritos duros negaram-se à evidência da sua eficácia sob o pretexto infantil
de que se ignorava a razão “científica” da sua acção.
Para Henri Poincaré, “negar porque não se sabe explicar não é nada científico”, o que também
afirmava Ambroise Paré, à sua maneira, há já quatro séculos e meio: “As coisas, em medicina,
não se medem ou consideram senão pelos seus resultados.”
Felizmente que, para muitos doentes com cancro, nem Dioscórides nem os médicos que lhe
sucederam esperaram 1900 anos para tirarem provas científicas da acção evidente das
propriedades antitumorais do cólquico.
É com a intenção de vulgarizar todo este património natural que os nossos autores escreveram
esta enciclopédia.
‘ Não se trata, obviamente, de um musgo mas sim de uma alga, Alsidium helminthocorton, um
remédio esquecido, conhecido dos médicos da Antiguidade e da Idade Média. Redescoberto em
1775 por Stephanopol, este medicamento foi, muitas vezes, utilizado por Napoleão.
As medicinas naturais contribuem para o progresso médico
Aqueles que consideram a medicina moderna como fonte de descobertas infinitas, tanto no
plano das preparações farmacêuticas como no plano das intervenções cirúrgicas, avaliam
frequentemente a medicina natural como um travão indesejável ao “progresso”. Outros
parecem estar de tal modo investidos na especificidade das suas profissões que a mera menção
da palavra “oligoelementos” ou “nutriterapia” lhes é insuportável. Os cuidados médicos “sérios”
não concedem qualquer lugar às vitaminas e aos exercícios físicos autoprescritos (argumento
ao qual não nos oporemos). Mas o que é bom para o “progresso médico” ou para os “cuidados
médicos” e o que é bom para os seres humanos são duas coisas completamente diferentes!
Até os médicos podem tratar os seus doentes com esta enciclopédia
Os médicos receitam rapidamente medicamentos para acalmar dores, quando em certos casos
o recurso a esta preciosa enciclopédia lhes facultaria uma solução simplicíssima.
Um exemplo: quantas dores de cabeça, perturbações da visão ou zumbidos nos ouvidos não
teriam cura se não se interviesse ao nível das vértebras cervicais, em muitos casos deslocadas?
Mais um exemplo? Quantas disfunções vagossimpáticas, que resistiram a cuidados diversos
durante vinte anos, não poderiam ser rapidamente aniquiladas através da negativização
eléctrica?
- E em que consiste esta terapia? - Simplesmente em devolver às células do nosso organismo
as cargas eléctricas negativas benéficas que estas perderam: todas as afecções degenerativas artrose, neuroses e afecções similares, diabetes, psoríase, cancro... - são concomitantes de um
excesso de carga positiva.
É uma questão de bom senso
Quando terapêuticas deste tipo, ignoradas pela nomenclatura científica, são capazes de
“recuperar” situações muito comprometidas pelo abuso da quimioterapia, por que não deveriam
elas ser utilizadas antes de quaisquer outras, e para as substituir, em caso de insucesso, por
medicações mais violentas? Não se tratará apenas, com o conhecimento existente dos
tratamentos eficazes e não tóxicos, de uma pura questão de bom senso? “Para alcançar a
verdade é preciso que uma vez na vida nos dispamos de todas as opiniões recebidas e
reconstruamos, de novo e a partir do seu fundamento, os sistemas desses conhecimentos.”
Estas palavras de Descartes, esse antigo oficial do exército, matemático e filósofo, dizem
respeito a todas as disciplinas. E mais ainda à medicina. É por esta razão que a presente obra
terá certamente o grande êxito que merece, tanto em França como no resto da Europa.
Não é uma questão de negar os resultados, por vezes, incomparáveis, obtidos graças aos
medicamentos modernos. Temos o exemplo da meningite tuberculosa, que, sem a
estreptomicina, continuaria a ser uma doença mortal. É por isso que os inúmeros e pacientes
trabalhos dos fundamentalistas, indispensáveis aos progressos do conhecimento, devem
imperativamente ser prosseguidos sem que os investigadores se tenham de interrogar se das
suas descobertas serão algum dia retiradas conclusões práticas.
A abordagem das medicinas naturais
A medicina natural assenta num método lento e orgânico. Ela começa por reconhecer que o
corpo humano está maravilhosamente equipado de modo a resistir às doenças e a curar as
feridas. Assim, quando a doença se instala, ou se produz um acidente, a primeira abordagem
das medicinas naturais consiste em ver o que pode ser feito para reforçar a resistência natural
e multiplicar os agentes de cura, a fim de que estes possam agir mais eficazmente contra o
processo patológico.
A eficácia da medicina natural repete-se desde os tempos mais remotos
Vem-me à memória um pensamento chinês: “Não devemos acreditar ou deixar de acreditar
numa terapêutica, mas sim constatar ou não os seus resultados benéficos.” Mas o espírito, mais
ou menos cartesiano, de um
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médico ocidental não pode, obviamente, subscrever este tipo de pensamento, que apenas
aceitará como tratando-se de uma afirmação humorística.
Os “resultados benéficos” não trabalham, portanto, a favor da convicção. Aquilo que, em
contrapartida, não deveria deixar dúvidas no espírito dos mais cépticos é a repetição da mesma
eficácia em milhares de casos, por processos semelhantes na aplicação de uma mesma técnica.
Se os cépticos persistem, que se acautelem, porque o cepticismo arrisca-se a transformar-se
em má-fé. E isto parece lamentável no que diz respeito ao progresso médico.
Esta enciclopédia vai ajudá-lo a defender a sua saúde
Sendo cada um responsável pelo seu próprio bem-estar, é-lhe desejável depender o menos
possível de outrem para defender a sua saúde. Cada um é o promotor, o censor e o guardião
da sua saúde. E esta obra vai ajudá-lo.
Uma síntese entre medicina tradicional e medicina de ponta
Muitas são as pessoas que consideram a medicina natural uma alternativa radical aos cuidados
médicos clássicos. No entanto, quando se encontram perante um problema grave, em que a
saúde está em jogo, essas mesmas pessoas rejeitam na totalidade todo o arsenal de plantas
curativas, de cereais integrais, de vitaminas e de exercícios físicos, que são a própria essência
dessa medicina. E isto é tanto mais absurdo que a medicina natural e os cuidados médicos
modernos não se excluem mutuamente, antes pelo contrário.
Esta é a razão pela qual este livro contém não só tratamentos naturais postos à prova através
dos tempos, mas também as novas terapias derivadas das mais recentes investigações. Houve
poucos, até agora, a fazerem este tipo de síntese entre a medicina tradicional e a medicina de
ponta.
Para cada doença são propostos vários tratamentos
Esta obra, realizada graças à colaboração entre um jornalista que animou e publicou a revista
médica de abordagem holística Réussir votre
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Santé e um homem de ciência recheado de diplomas, constitui um verdadeiro balanço dos
tratamentos mais bem adaptados a cada caso particular.
É aliás a sua segunda faceta de originalidade o propor várias terapias para cada doença: o
leitor encontrará assim, entre os tratamentos e produtos citados, aqueles que mais lhe convêm.
Consulte esta obra em todos os casos
Desta forma, tudo foi feito para que lhe seja possível consultar esta obra fácil e rapidamente,
em caso de emergência.
O objectivo deste livro é, na verdade, permitir a todas as mães de família, a cada um de nós,
na presença de sintomas ou de doenças variadas (267 doenças abordadas nesta obra):
-tomar as primeiras previdências;
- fazer abortar a doença, se possível;
- alertar a nossa consciência para a eventualidade de uma afecção séria ou grave e pôr-nos em
guarda contra uma despreocupação perigosa.
Mas esta obra tem também outras ambições
- Diminuir o absentismo daqueles que têm todos os motivos morais ou
materiais para quererem trabalhar.
- Evitar hospitalizações inúteis.
- Lutar contra o abuso de uma prescrição sistemática de drogas supérfluas, quando existem
vários remédios ditos “suaves” igualmente eficazes (e, muitas vezes, mais fiáveis
preventivamente).
Tratar uma afecção benigna é coisa fácil. A grande dificuldade reside justamente na apreciação
da gravidade das manifestações anormais.
É obviamente perigoso manifestar um optimismo exagerado, mascarando a realidade e
contribuindo, deste modo, para a evolução de uma
doença que um tratamento precoce teria conseguido deter. Em contrapartida, parece-nos
pernicioso usar e abusar de drogas medicamentosas, nenhuma delas desprovida de riscos (falase do risco iatrogénico), quando a aplicação de medicinas naturais pode, sem perigo e
facilmente, levar à cura.
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Esta enciclopédia é um passaporte de boa saúde
Saúdo a publicação desta obra de Jean Aikhenbaum e Piotr DasAiewicz que a redigiram
agregando um conjunto de práticas naturais. No nosso
mundo de poluição química e mental, este trabalho vai trazer-nos uma
lufada de ar fresco.
Esta enciclopédia constitui um passaporte de boa saúde. Destina-se a
nos fazer descobrir um conjunto de chaves para melhorarmos a nossa
saúde, aumentarmos o nosso bem-estar e preservarmos a nossa qualidade de vida.
Contudo, ponho em guarda os leitores contra uma automedicação sistemática. Certas
patologias devem recorrer aos médicos (de abordagem holística, de preferência).
Todos aqueles que se interessam pelos métodos naturais de cura experimentarão uma grande
alegria na leitura deste tratado, que é muito mais do que um conjunto de receitas!
Desejo um franco êxito para esta obra, elaborada por dois autores sérios.
Dr. Jean-Pierre Willem Presidente da FLMN (Faculdade Livre de Medicinas Naturais)
e dos MAPN (Médicos de Pés Descalços)
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1 A VIDA, ESSE FENÓMENO TÃO MISTERIOSO
“O nosso mundo materialista é maravilhoso e cruel, mas simultaneamente ultrapassa a nossa
compreensão, é maior do que a própria matéria. E impossível reduzi-lo a essa matéria.”
Karl Jaspers
SERÁ POSSíVEL DEFINIR A “VIDA,),)?
Todos os sistemas terapêuticos têm em comum o desejo de preservar a vida. A saúde pode ser
considerada como um estado da vida. Ora um dos paradoxos - e eles são inúmeros na ciência
moderna - é a sua incapacidade de explicar em que reside a vida. A biologia (que pela sua
etimologia não é outra coisa senão a ciência da vida) nem sequer consegue definir o seu
próprio objecto! Houve tentativas de a definir pela sua
estrutura química, pela interpretação de certos fenómenos, mas até à data estas explicações
foram todas elas insuficientes.
A história da biologia tem sido marcada pelo discurso dos vitalistas em
busca da célebre vis vitalis, propriedade ou substância própria à vida, e
pelos reducionistas (mecanicistas do século xix) que apenas viam na vida simples fenómenos
físico-químicos. Mas nenhuma destas escolas apresentou respostas satisfatórias.
Desde a experiência de WõhIer, no início do século xix, que sabemos que podemos sintetizar
substâncias orgânicas, contudo nunca consegui
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mos descobrir um estado particular da matéria viva, nem sequer uma substância da vida.
Todavia, os reducionistas nunca conseguiram criar vida in vitro (mesmo se as últimas
investigações americanas permitiram criar sistemas polimoleculares capazes de se
reproduzirem e de utilizarem recursos nutritivos). E também não foram capazes de explicar a
sua origem.
Algumas definições da vida
Podemos propor várias definições para a vida, por exemplo, a do célebre biólogo húngaro
Szent-Georgyi (Prémio Nobel em 1935, pela sua
descoberta da vitamina C):
“A vida é uma poluição proteínica da água.”
Esta definição, proposta para ridicularizar os esforços de certos mandarins e ideólogos da
ciência oficial, tem a qualidade de fazer a
demonstração da nossa ignorância e realçar a importância da água e das proteínas nos
fenómenos da vida.
A maioria dos dicionários contenta-se com definições tautológicas (que definem a vida...
através do organismo vivo) do tipo:
“A vida é um conjunto de fenómenos que comporta principalmente a assimilação, o
crescimento, a reprodução e a morte, que caracterizam os seres vivos.”
Actualmente a biogénese (estudo da origem da vida) dedica-se, em
especial, às definições e às características da vida. Esse campo da ciência contemporânea
desenvolve-se de forma dinâmica. Podemos contar uma
boa centena de teorias sobre a origem da vida. Elas são, obviamente, apenas hipóteses de
escola... inverificáveis.
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QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA VIDA?
Qual é a fronteira que separa o vivo do não vivo?
- Para Henry Quastler, a unidade da vida deve caracterizar-se pela
capacidade de transformar a matéria, pela estabilidade de organização e pela capacidade de
adaptação e de auto-reprodução.
- Para H. Kuhne, a qualidade mais importante da molécula viva reside
na sua capacidade de procura e de armazenamento de informação sobre o seu meio, bem como
a sua capacidade de reprodução.
- Quanto aos especialistas da biogénese, estes rejeitam as teses
reducionistas e afirmam que é muito difícil (se não impossível) explicar o fenómeno da origem
da vida através da simples evolução química.
Cada vez mais, as investigações tendem, tal como o sugeriram os
vitalistas no passado, para uma explicação de uma “entidade” que seria a característica da
vida, como por exemplo:
* a bioestrutura de Macovschie; ,
* a proteína viva (uma proteína morta que, graças a uma ligação com
a “porfirina”, se transforma numa proteína viva) de Florowska;
* ou ainda o “bioplasma”, proposto por certos bioelectrónicos.
- Certos biólogos, como S. W. Fox, pensam que a vida é eterna e que
uma espécie de informação biológica existe desde a criação do universo. A génese da vida
estaria inscrita no “ Big Bang”.
- Outros supõem que existe uma regra universal de integração que
governa todos os processos do universo e que o aparecimento da vida é a simples
consequência dessa lei (Bahadur designa-a por “regra ekhalma-manav”).
- Para C. Porteli, é a mega informação que dirige a matéria e torna
possível a biogénese.
- P. Fong supõe que a informação é primordial para o aparecimento da
vida, que é ela (e não a matéria) que deve ser primeiro estudada. As teorias e os trabalhos de
Fong permitiram uma nova interpretação das tradições místicas, porque a ciência
contemporânea interpreta
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cada vez mais à letra o preceito segundo o qual “o universo é a regra da organização do Tao”,
ou os primeiros versículos do Génesis: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era
sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre
a face das águas. Deus disse: Taça-se luz.’ E a luz foi feita.”
Quais são as consequências destas investigações e em que medida influenciaram as nossas
teorias em matéria de saúde?
Toda a gente concorda em reconhecer que a vida é um fenómeno de uma extraordinária
complexidade, apesar de existir há vários milhares de anos. Em razão da sua complexidade e
da incapacidade ou impotência da ciência para o explicar, compreender ou simplesmente
descrever, devemos rejeitar todas as explicações simplistas.
Uma doença não pode ser reduzida (salvo em certos casos raros e
extremos) a um único factor. Ou seja, não basta, por exemplo, alterar o pH, nem adicionar
alguns elementos que aparentemente faltam (vitaminas, minerais, etc.), para obter resultados
para os quais a Natureza necessitou de condições específicas que exigiram milhares de anos
para se realizarem.
Em contrapartida, somos da opinião de Hipócrates e pensamos que a Natureza, através dos
seus mecanismos de regulação, é capaz de tratar a maioria das nossas doenças. É também
importante realçar que se os
estudos sobre a biogénese demonstram que a vida tem capacidades excepcionais para se
manter (as bactérias, por exemplo, vivem em condições extremas de calor, num ambiente de
substâncias tóxicas), existe contudo uma fronteira de alterações ambientais para além da qual
a vida não consegue manter-se. Ao ultrapassar um “certo patamar” de tolerância, a
vida pode tornar-se impossível nas suas formas actuais.
Desta banal constatação podemos reter como conclusão que preservar a vida e a saúde em
geral passa pela protecção do nosso meio ambiente.
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A NATUREZA QUE TRATA
“Saúdo-te, ô Natureza, mãe de todas as coisas. “
Plínio
---Nos povos primitivos todos os indivíduos são exímios naturalistas, o que não é de espantar
já que disso depende a sua sobrevivência.”
Errist Mayr (Histoire de la biologie)
Em busca das origens da Natureza
Há vinte e seis séculos os filósofos gregos propuseram o equivalente à palavra Natureza e,
também na mesma época, o termo Arche (início, origem). A etimologia da palavra Natureza
globalizava o facto de as substâncias serem susceptíveis de se desenvolverem, durarem e se
reproduzirem. Tales de Mileto dedicou-se, mais especificamente, à busca das origens da
Natureza. Os seus sucessores, entre os quais Anaximandro, quiseram saber o que existia na
Natureza no momento da sua criação. A busca filosófica dos factores unificadores e das causas
naturais dos fenómenos originais estão na base da cultura europeia.
A Natureza pode tratar?
Os grandes pensadores gregos ‘debruçaram-se sobre o papel terapêutico da Natureza. Para
Hipócrates, considerado fundador da medicina científica, a Natureza está na base de todas as
curas. Os diversos órgãos do corpo constituem uma entidade harmoniosa, e a Natureza tem a
possibilidade de tratar as doenças. O papel do médico consiste em observar o doente, seguir os
progressos que a Natureza efectua em direcção à cura e, eventualmente, ajudá-la. Não deve de
modo nenhum contrariá-la na sua
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acção curativa. “Primum non nocere” significa que o dever do médico ou do curador é o de não
perturbar o desenrolar de uma acção benéfica. Os preceitos que orientaram os terapeutas
durante séculos estabeleciam que o médico deve ser minisler naturae (estudante da Natureza)
e não magisler nalurae (mestre da Natureza).
As relações entre Natureza e medicina
Na tradição filosófica (e medicinal) existem duas correntes:
-Para a primeira, o homem faz parte da Natureza. É a relação
conflituosa entre o nosso corpo e a Natureza que está na origem das doenças, e é, por
conseguinte, na Natureza que podemos encontrar os meios de preservar ou de recuperar uma
boa saúde.
- Para a segunda, o homem é o mestre da Natureza. A sua ciência e
a sua técnica têm os meios de resolver todos os problemas que lhe possam surgir, incluindo o
problema da saúde.
Nós estamos, pela nossa parte, próximos da primeira tradição: pensamos que a Natureza põe à
nossa disposição todos os meios para um
melhor bem-estar. Felizmente, esta tradição, mesmo tendo sido, por vezes, ocultada ao longo
dos séculos, não desapareceu com a Grécia antiga. Ela acompanhou os homens e a medicina ao
longo da história. Encontramo-la na tradição da Escola de Medicina de Montpellier, onde outrora
se
escrevia com orgulho “Hippocrate oolim Cous, nunc Monspelliensis”, e
nos Conselhos Gerais de Saúde da célebre Escola de Salerno:
“Quando sentirdes que a Natureza vos quer aliviar
de alguma matéria impura, Esculai os seus conselhos, ajudai-a nos seus esforços: Em vez de
reterdes essa imundície em vós, dela libertai, rapidamente e sem tardar, o vosso corpo. Fugi
dos tratamentos nocivos, pois por eles se altera o sangue; Evitai a cólera como um veneno
funesto.
O serva do estes pontos, contai que os vossos dias por meio de um regime prudente se
prolongarão.”
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A Natureza que trata: a naturopatia
Esta tradição hipocrática encontra-se igualmente na naturopatia e nas
teorias ecológicas de Gaia: “Terra - organismo vivo de que o homem faz parte.”
Esta concepção da Natureza que trata tem tido inúmeros detractores, especialmente entre os
médicos e os cientistas. É compreensível, porque, se é suposto a Natureza tratar, para que
servirão então os médicos?
É evidente que a propagação desta teoria põe em jogo os interesses económicos dos
comerciantes de saúde, dos médicos e dos farmacêuticos, mas sobretudo dos laboratórios que
fabricam os medicamentos. O problema não é novo.
No século xviii um grande naturalista e médico francês, Jean Emmanuel Gilibert, publicou as
obras Autocracia da Natureza ou Primeira Dissertação sobre a Energia do Princípio Vital para a
Cura das Doenças Cirúrgicas e Segunda Dissertação sobre a Autocracia da Natureza na Qual se
Prova que a Natureza Cura as Doenças Internas, tais como Febres, Inflamações, Convulsões e
Dores. A reacção do meio médico não se fez esperar e foi muito violenta. Gilibert foi obrigado a
publicar uma rectificação: Joannis-Emmanuel Gilibert adversaria medico-praticum Lugduni,
1791, na qual explica que foi mal entendido e que, em certos casos, a intervenção do médico
pode ser necessária.
Nós partilhamos o ponto de vista de Gilibert: a intervenção do médico é necessária apenas em
certos casos. Assim, segundo o princípio hipocrático, devemos limitá-la aos casos mais sérios.
A medicina pela Natureza
Aliás, na grande tradição da “medicina pela Natureza”, muitos foram os pensadores que
rejeitaram todas e quaisquer intervenções médicas, salvo as mais urgentes (como a cirurgia
das fracturas). Assim, Ambroise Paré não foi o único a descobrir que frequentemente a
ausência de medicamentos (no seu caso tratava-se de óleo a ferver que servia para tratar as
feridas) pode ser mais benéfica do que o tratamento científico”.
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Devemos suprimir os medicamentos?
Encontramos esta ideia na tradição “hasídica” (movimento ortodoxo judeu da Europa Central,
no século xviii), para a qual “a cura e a saúde não pertencem aos médicos”, bem como nos
trabalhos de Karol Rokitansky, da Escola de Viena do século xix. Este grande médico declarou
que cada escola de medicina ensina tratamentos terapêuticos diferentes para patologias
idênticas, sem mesmo assim obter uma cura para as doenças tratadas. Rokitansky chegou ao
ponto de declarar que toda a “matéria médica” não serve para nada e que os doentes
recuperam ou não a saúde graças à acção da Natureza; e que, nesta hipótese, é por
conseguinte impossível tratá-los.
Não somos tão extremistas na nossa maneira de pensar. Partilhamos mais o ponto de vista de
Galiano, que pensava, como Hipócrates, que a
Natureza trata as doenças e que nós podemos observá-la e imitá-la, sem reservas, através dos
dons que ela nos proporciona. A Natureza tem a
capacidade tanto de nos tratar directamente como de nos fornecer as suas capacidades
terapêuticas.
A NATUROPATIA
Não é possível comparar a naturopatia com a medicina oficial, que apenas se limita a intervir
quando a doença se declara e que se esforça por fazer desaparecer os seus sintomas o mais
rapidamente possível. Ela constitui a fotografia fiel do nosso modo de vida e da nossa técnica e
sente-se assim na obrigação de trabalhar muito depressa, de responder o mais imediatamente
possível às necessidades do público. Comporta obviamente vantagens indiscutíveis, mas gera,
muitas vezes, inconvenientes maiores, inclusive riscos com consequências difíceis de avaliar.
E se os medicamentos nos fizessem mais mal do que bem?
Utilizamos um grande número de substâncias químicas de que ignoramos totalmente os efeitos,
tanto para nos tratarmos como para nos alimentarmos: quem poderá explicar o que acontece
quando estas ditas
40
substâncias penetram no nosso organismo, se combinam entre si e se acumulam nos nossos
tecidos? Podemos considerar que os seres vivos estão perante várias centenas de milhar de
compostos químicos dos quais nos é impossível avaliar as interacções.
É útil lembrar que 25% das patologias diagnosticadas são consideradas ---iatrogénicas”, ou
seja, resultam directamente de um acto ou de uma prescrição médica.
Os erros da medicina: muitos medicamentos são retirados do mercado
Devemos, igualmente, lembrar que um grande número de produtos considerados anódinos, que
faziam parte da panóplia terapêutica de todos os médicos há alguns anos atrás, foram desde
então retirados do mercado. Numa década, 600 medicamentos foram assim postos na lista
negra. Alguns deles, ainda autorizados em certos países, são contudo considerados perigosos e
proibidos noutros!... Como se, em função da latitude em que se encontra, o ser humano fosse
diferente!
Foi, aliás, o caso da demasiado célebre thalidomida',que foi autorizada na maioria dos países
ocidentais mas não na Turquia. O ministro da Saúde deste país era médico e tinha muitas
reservas relativamente às novas terapias ocidentais. Podemos dizer que as reservas deste
homem foram no mínimo felizes e que, se prejudicaram de alguma forma as finanças do
laboratório que comercializava este produto, evitaram nascimentos monstruosos na Turquia,
tais como aqueles que ocorreram nos nossos países... mais civilizados.
A naturopatia socorre os males quotidianos
Não se trata de pôr em causa os conhecimentos adquiridos e os progressos da medicina e da
cirurgia oficiais. É necessário recorrer a essas
técnicas em certos casos limitados, especialmente nas fases agudas de certas patologias. Mas,
em contrapartida, no que diz respeito à maioria
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dos males correntes, essas medicações apresentam inconvenientes inúteis. Torna-se, por
conseguinte, preferível recorrer a técnicas que respeitem o
meio ambiente e que estejam em harmonia com os princípios vitais do organismo.
A naturopatia baseia-se em princípios filosóficos que assentam no
facto de o homem ser um microcosmos no macrocosmos, um universo no
universo, um corpo feito de mares, montanhas, vales, correntes de água, rios, desertos... Ele é
a imagem emblemática e representativa das forças em movimento que o compõem.
Ele sofre a influência do seu meio, do ambiente que o envolve. Se este é perturbado, a
perturbação reflecte-se no homem microcosmos, espelho da entidade global.
A naturopatia respeita o corpo
A naturopatia age rearmonizando as energias que constituem a vida.
Tende a estimular as defesas do nosso organismo e coloca-o num estado capaz de responder e
fazer face às agressões exteriores.
O corpo tem obrigação de ser forte para poder recuperar e conservar
a saúde, preservando simultaneamente o seu capital vital.
* A doença ou as perturbações orgânicas que dela decorrem não são
um simples efeito do acaso, do inexplicável ou da má sorte. Do mesmo modo que não
passamos naturalmente de um estado de boa saúde para um estado de doença.
42
ALGUMAS TEORIAS (naturopáticas)
Louis Kuhne combate os excessos alimentares
A sua teoria
As doenças manifestam-se através de sintomas variados, mas a sua
causa é sempre idêntica: é a sobrealimentação que forma substâncias estranhas no corpo.
Estas perturbam-no, prejudicam o seu bom funcionamento e a circulação sanguínea. A origem
da doença reside na acumulação dessas matérias estranhas não eliminadas. Estas são o
resultado de o indivíduo ingerir mais alimentos do que aqueles de que necessita efectivamente
para compensar o desgaste do seu corpo.
Louis Kul---me combate a ingestão de alimentos nocivos (carnes, vinho, especiarias, álcool,
chá, café, narcóticos, medicamentos, etc., que não têm, na sua opinião, qualquer valor
nutritivo) que irritam o corpo e acabam por torná-lo doente. Os órgãos ficam prematuramente
enfraquecidos e tornam-se incapazes de assegurar as suas funções... nada escapa às suas
críticas, e já em 1850 ele se insurgia contra o tabagismo e as vacinas, o ar impuro, os vapores
das cloacas, os desinfectantes e a poeira “que são nocivos para o corpo e se transformam em
princípios mórbidos”.
Estes materiais armazenados e transformados não podem, em razão da sobrealimentação, ser
eliminados pelos órgãos excretores. Por conseguinte, fermentam e apodrecem. Se surge
alguma agressão interna ou externa, por exemplo um resfriado, um sobreaquecimento ou uma
emoção, os princípios mórbidos procuram uma saída. Se encontram um obstáculo no seu
caminho dilatam o espaço onde se movem e provocam então tumores, hipertiroidismo, pólipos,
enfisema, endurecimentos, úlceras, cancro...
O seu método
Com esta filosofia (unidade das doenças, unidade do tratamento para curar todas as doenças),
Kulme exclui todos os medicamentos, plantas medicinais e intervenções cirúrgicas. Ele
preconiza um tratamento uniforme para todas as doenças, traumatismos e feridas, através de:
* banhos do tronco;
* banhos de assento com fricções;
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* banhos de prancha;
* banhos de vapor;
* uma alimentação estritamente vegetariana.
O método natural e personalizado do professor Bilz
A sua teoria
Bilz elaborou uma técnica a que deu o nome de O Novo Método do Professor Bilz para Curar as
Doenças. Esta teoria obteve um grande êxito e conseguiu proezas e maravilhas onde a
medicina da época esbarrava contra um impasse.
Bilz utilizava apenas tratamentos naturais que ele personalizava e adaptava a cada caso
particular. Inspirava-se em Savonarola, médico do século xv, e, mais próximos dele, em Hahn,
em Pressnitz e em Frank. Era um fervoroso adepto da hidroterapia, que conseguiu adaptar
maravilhosamente a cada caso.
O seu método
Apesar de fornecer receitas saborosas, considera que o vegetarianismo é o regime mais
adaptado ao homem e superior a todos os outros. Não o considera, contudo, como uma regra
absoluta, salvo no tratamento de certas doenças. Com efeito, aconselha a prática de uma
alimentação variada, composta por legumes, fruta, leguminosas (ervilhas, feijões), lacticínios,
ovos, pão integral, saladas, compotas e, eventualmente de vez em quando, um pouco de carne
assada, cereais integrais, arroz, milho, trigo sarraceno, cevada, bem como manteiga e queijo.
Como bebida, recomenda a água, mas considera que se pode tomar, de
vez em quando, um pouco de vinho, de chá ou de café.
Para cada caso específico impõe-se um tratamento específico. É necessário individualizar o
tratamento e personalizá-lo, de modo a torná-lo o mais eficaz possível.
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Para o doente, ele afirma justamente que uma sobrecarga alimentar é totalmente inútil.
Observa também que a privação de alimentos provoca no organismo as mais belas curas.
Bilz insurgiu-se contra as águas químicas de SeItz, que denunciou violentamente. O que diria
ele hoje perante a profusão de águas gaseificadas, com sabores de fruta e outras, adicionadas
de corantes e de conservantes, que todos nós consumimos?
Ele admitia que o ar era indispensável para prosperarmos e nos desenvolvermos. Basta
observar as plantas e delas retirar a nossa inspiração: as plantas necessitam de ar e de luz.
Os tratamentos do padre Kneipp
Kneipp utilizava nos seus tratamentos tisanas e envolvimentos por meio de banhos de vegetais.
Utilizava a água sob a forma de compressas e aplicava cataplasmas de argila. Também
considerava a água fria como
um remédio particularmente eficaz e aconselhava a prática de imersões frequentes e de curta
duração.
Shelton nega a doença
Para Shelton, as doenças não existem. Aquilo que observamos e a que chamamos doenças são
apenas sintomas variados. Pretender curar a
doença é um contra-senso porque esta não existe. O papel da doença é o
de preparar o corpo para um bom estado de saúde. É por isso que a doença deve ser gerida e
não combatida.
A prática do jejum e as restrições alimentares
A prática do jejum é velha como o mundo e constitui provavelmente um dos meios conhecidos
mais antigos para recuperar um bom estado de saúde. A sua história confunde-se com a
história do homem e das religiões: a Bíblia cita Moisés, e o Novo Testamento cita Cristo.
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A opinião de alguns teóricos e médicos sobre o jejum
- Para o Pr. Biliz:
“Em vez de alimentarmos o doente alimentamos a doença. A dieta
é o meio mais seguro de recuperar uma boa saúde e de conservar a juventude e a vitalidade. “
O jejum é um período de descanso por excelência. Logo de início o
sangue e a linfa purificam-se e produz-se um novo equilíbrio que permite aos órgãos vitais
regenerarem-se. O jejum pode comparar-se a uma noite de repouso total para um corpo
extenuado.
“Os jejuns são umas férias fisiológicas de todo o nosso organismo.
Não são uma penitência mas sim uma medida de desintoxicação interna que merece ser mais
conhecida e desenvolvida.”
Para Upton Sinclair:
“A coisa mais importante em relação ao jejum é o facto de ele proporcionar um novo nível de
saúde.”
Toda a gente pode jejuar, as contra-indicações são extremamente raras
e os efeitos benéficos fazem-se rapidamente sentir; as funções orgânicas são restauradas, e o
corpo elimina os excessos de peso.
- Para a Sr.’ Geffroy:
“É o fenómeno da autofagia que torna o jejum num meio maravilhoso de regeneração e num
extraordinário factor de longevidade.
O organismo devora as suas células, começando por aquelas que estão fracas ou doentes, que
perderam vitalidade e que representa um perigo para o corpo na sua totalidade.”
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O jejum faz emagrecer e rejuvenescer
É por esta razão que durante as curas de jejum se eliminam primeiro as gorduras e a celulite.
* O Dr. Bertholet, médico suíço, afirma que a autofagia se processa
da seguinte maneira: 97% da gordura desaparece, depois o baço perde 63% do seu peso, o
que prova que se encontra sobrecarregado e anormalmente dilatado, e não sofre, de modo
algum, com esta perda de peso. Em seguida, o fígado perde também 56% do seu peso, sem
qualquer inconveniente. Os músculos, por sua vez, podem perder até 30% do seu volume, o
sangue 17%, enquanto os nervos e o cérebro 0%. Para este médico o que o jejum não
consegue curar nenhuma outra terapêutica será capaz de o fazer.
* Carlon e Kunde mostraram que quando o jejum é praticado por um
homem de 40 anos, durante um período de 2 semanas:
“O jejum permite ao corpo regressar a uma condição fisiológica comparável à de um jovem.”
Estes dois médicos realçam que, se o homem praticasse regularmente jejuns rejuvenescedores,
poderia manter-se jovem ano após ano.
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AS PLANTAS MEDICINAIS
AS PLANTAS ACALMAM A FOME E ALIVIAM AS DORES
Não existe vida animal sem vida vegetal, nem mundo vegetal sem mundo mineral. O que
demonstra, caso seja necessário, que tudo o
que constitui o nosso planeta se encontra estritamente interdependente.
O essencial da nossa alimentação provém directa ou indirectamente do mundo vegetal.
Os homens sempre procuraram nas plantas, nas flores, nas raízes e nos tubérculos um meio de
saciarem a fome. Depois procuraram as que eram mais aptas a ajudá-los a suportar a sua
miséria, a sua inquietação, a sua
angústia e, também, a aliviar as suas feridas e vencer a doença e a dor.
O interesse das plantas que tratam...
Qual é o interesse da utilização das plantas medicinais na época em
que as manipulações genéticas e a síntese química são moeda corrente?
A resposta põe em evidência as grandes tradições religiosas e todas as civilizações que
utilizaram a fitoterapia - do Egipto antigo à Grécia antiga, passando pela China. Contudo, estas
mostram-se incapazes de fornecer uma resposta que satisfaça as nossas expectativas.
Podemos, evidentemente, falar da superioridade das substâncias obtidas nos laboratórios, em
condições ideais de esterilização e de controlo de qualidade. Não basta citar o exemplo dos
animais que procuram re
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médios no seu biótopo natural, apesar de sabermos, graças aos estudos pormenorizados dos
zoólogos, que os grandes primatas, por exemplo, escolhem espécies vegetais antiparasitárias.
Até sabem compor o seu regime alimentar de modo a preservarem a sua saúde, tal como o
fazem os babuínos, que escolhem as folhas e os frutos do Balanites aegyptiaca para evitar a
bilharziose.
Para convencer os Ocidentais cartesianos da utilidade das plantas medicinais, é difícil recorrer a
concepções místicas, à Lei das assinaturas” (plantas cuja forma e cor se assemelham aos
sintomas de uma determinada doença e que é suposto tratá-las), à herança dos livros sagrados
ou, para finalizar, à convicção de que o homem deve encontrar remédios para todos os males
na Natureza, pois é no desequilíbrio da Natureza que se encontra a causa da doença.
e o interesse da fitoterapia
A fitoterapia não precisa de recorrer a todas estas explicações para se
justificar. Os resultados obtidos com as substâncias de origem vegetal são suficientemente
convincentes. Devemos lembrar que o potencial e a enorme riqueza bioquímica dos vegetais
são factos indiscutíveis. Eles contêm várias centenas de milhares (ou de milhões) de
componentes químicos que a síntese artificial é incapaz (na maioria das vezes) de reproduzir e
até, por vezes, de determinar.
No que diz respeito às substâncias que o homem aprendeu a reproduzir em laboratório e que
são portanto quimicamente idênticas às isoladas nas
plantas, existem também diferenças essenciais relativamente aos produtos naturais. Quando se
utilizam plantas, os seus princípios activos nunca
agem sozinhos mas, sim, em sinergia com os outros componentes. São estas substâncias
“complementares” que têm frequentemente um papel activador, completando e reforçando a
acção dos princípios activos. Melhor ainda, quando verificamos que certos componentes
isolados são tóxicos, outras substâncias que contêm essa toxicidade diminuem ou neutralizam
completamente a sua acção nefasta.
E, finalmente, não devemos esquecer o aspecto económico da fitoterapia, que se torna muito
importante nas nossas sociedades hipermedicalizadas, nas quais o custo da segurança social é
cada vez mais elevado. Podemos
50
frequentemente encontrar plantas muito eficazes entre as espécies banais, as especiarias, os
legumes, as plantas ubíquas (que se encontram em todo o lado). A utilização de certas plantas
exóticas, que se podem cultivar em
casa, é agora também possível.
O poder de cura das plantas está hoje cientificamente confirmado
Inúmeros investigadores, médicos, cientistas ou simples curiosos, redescobriram desde a última
guerra a medicina dos simples. Analisaram e testaram centenas de variedades de plantas.
Conhecemos agora os principais componentes de inúmeras espécies, que os antigos ignoravam.
Estes estudos confirmaram, igualmente, o seu conhecimento empírico e
apercebemo-nos de que as tisanas, as decocções e outras preparações nas quais as plantas
possuem uma virtude terapêutica eram sempre prescritas adequadamente.
Podemos então afirmar que as plantas têm todos os poderes? Que as ervas, as flores, as raízes
têm todas as virtudes, que constituem o remédio ideal, a panaceia universal? Decerto que não,
mas elas têm, em muitos casos, a faculdade de ajudar o corpo a vencer a doença e a recuperar
a saúde, em situações nas quais até as medicinas mais sofisticadas falham. As plantas têm,
meramente, a pretensão de poder constituir uma ajuda complementar interessante de um
tratamento médico.
A “LEI DAS ASSINATURAS” OU A FACE “MíSTICA” DA FITOTERAPIA
As virtudes terapêuticas das plantas
- Em África, as raparigas utilizam uma “planta mágica” Kigelia africana, para aumentar o
tamanho e o volume dos seios e tratar a esterilidade. -No Norte da Europa, os Escandinavos
desde tempos pré-históricos
que tratam as doenças respiratórias com a Lobariapulmonaria.
51
- O salgueiro Salix sp., cura os reumatismos, e o castanheiro-da-Índia
é suposto curar as hemorróidas.
Estas quatro plantas medicinais foram utilizadas por diferentes civilizações, em épocas
diferentes, para tratar diversas doenças. A descoberta das suas virtudes foi feita sem qualquer
correlação. Contudo, possuem inegavelmente factores comuns. Estas quatro plantas foram
descobertas graças à Lei das assinaturas”.
A “lei das assinaturas” revela as virtudes das plantas
*Os frutos da Kígelia africana têm aspecto fálico.
*A Lobariapulmonaria é um líquen foliáceo que se assemelha a um
lóbulo pulmonar.
*O salgueiro cresce, frequentemente, em terrenos inundados e pantanosos e, como é facto
conhecido, os reumatismos estão associados à humidade.
*As raízes do castanheiro-da-índia assemelham-se a veias hipertrofiadas.
Nestes quatro exemplos a ciência moderna confirma as virtudes terapêuticas evocadas pelas
“assinaturas”. Até foi possível identificar e isolar os componentes químicos que traduzem a
acção terapêutica da linguagem da doutrina das assinaturas para a linguagem da química dos
medicamentos do século xx*A Kigelia africana contém esteróides cuja assinatura química é
idêntica às das hormonas sexuais.
*O salgueiro contém derivados salicílicos (como a aspirina).
*Um ácido, próximo do ácido cetrátrico, conhecido pelo seu forte
poder antibiótico, foi isolado a partir da Lobaria pulmonaria.
*Os saponídeos anti- inflamatórios justificam as virtudes do castanheiro-da-índia.
Qual é a “fórmula mágica” que permitiu descobrir as virtudes das diversas plantas? Como é que
as civilizações “primitivas” chegaram às mesmas conclusões e aos mesmos resultados que os
Ocidentais do século xx? Os nossos antepassados não dispunham nem de laboratórios, nem de
aparelhos sofisticados, nem de cromatografia.
52
Quem formulou primeiro a “lei das assinaturas?
Nunca descobriremos o inventor desta doutrina; ela surgiu provavelmente com os primeiros
homens. Nem sequer conseguimos determinar que civilização ou que continente foi precursor
em matéria de decifração dos sinais divinos da cura.
Para os Europeus esta doutrina está ligada à medicina e à filosofia de Paracelso, que
transformou a antiga regra na lei simula similitibus curantor (o semelhante cura-se pelo
semelhante). Esta lei pretende que cada planta contém um sinal que indica a sua prescrição.
Por exemplo, uma folha em forma de coração trata perturbações cardíacas, outra em forma de
fígado e as flores de cor amarela são indicadas contra a icterícia.
Por outro lado, Giambattista della Poria associou a botânica à astrologia e dedicou a sua obra
Phytognomococa ao estudo e à descrição das assinaturas em relação com o cosmos.
A base teórica desta lei pertence à concepção hipocrática e já era
conhecida na Grécia antiga. Mas foi provavelmente no século xvi que a
doutrina das “assinaturas” entrou no cânone do conhecimento médico e na filosofia ocidental.
Foi também nessa época que os viajantes e conquistadores espanhóis descobriram que esta lei
não pertencia apenas aos Europeus. No tempo de Paracelso a doutrina das “assinaturas”
tornou-se no verdadeiro paradigma do conhecimento humano.
A “lei das assinaturas” decifra os “sinais” das plantas
É evidente que a época de Paracelso favorecia a redescoberta, a divulgação e a predisposição
para a doutrina dos sinais. Em primeiro lugar porque o homem (e também o cientista) vivia
com a consciência da omnipresença divina e o medo da morte. Virava-se para Deus e pedia-Lhe
que levasse em conta os seus infortúnios. A certeza de que não estamos sós com as nossas
doenças predominava nas mentalidades.
Segundo a teoria dos alquimistas, e de Paracelso em particular, é a
visão das relações entre micro- e macrocosmos que constitui a base importante da doutrina das
“assinaturas”, porque:
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“Existe uma correspondência entre o que acontece nos astros e o que acontece na terra, uma
influência do céu sobre os objectos que constituem a Natureza.”
Esta ideia teve um papel importante na filosofia do século xvi. A teoria das “assinaturas” está
em sintonia com a visão que os alquimistas tinham da matéria, ou seja, com a concepção da
transformação. É, com
efeito, a Natureza que impõe um sinal na “matéria-prima” (amorfa) e a
transforma em “matéria última”, que possui a forma característica associada às virtudes
medicinais.
Os alquimistas, e em particular Della Porta e Paracelso, desenvolveram toda uma teoria da
cosmogonia dos sinais. Devemos lembrar que os
princípios desta teoria são idênticos ou, pelo menos, quase idênticos, em
todas as civilizações.
Como identificar esses sinais
Os sinais podem ser assimilados aos sintomas, às causas das doenças
ou aos órgãos (sinais organolépticos e, eventualmente, aos processos fisiológicos) do corpo
humano.
A ficária (Ficaria sp.) é um bom exemplo de sinal “sintomático”: as
suas raízes são inchadas, têm a forma de hemorróidas, e daí o seu nome corrente, erva-dashemorróidas.
As plantas cuja aparência se assemelha à de uma serpente ou de um escorpião foram, durante
muito tempo, utilizadas para neutralizar a acção dos venenos. Elas pertencem ao grupo dos
sinais “causais” (ligados às causas das doenças).
Em certas culturas, a utilização destes sinais ia ao ponto de tratar feridas feitas por flechas com
plantas que serviam para o fabrico das flechas.
Contudo, os sinais organolépticos eram provavelmente os mais frequentes. As plantas em
forma de fígado (como a Repatica nobilis) ou de pulmão (como a Lobaria pulmonaria) estão
presentes em todas as farmacopeias.
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Para terminar, não podemos esquecer os sinais ligados aos processos fisiológicos. As plantas
com suco branco era suposto estimularem a lactação, Nos índios, a pedra-vermelha eztetl tinha
a capacidade de estancar as hemorragias.
Quais são esses sinais?
- É frequentemente a morfologia de uma planta (ou parte dela) que
constitui o sinal:
- As folhas da Hepatica nobilis (anémona-hepática) são recortadas
em três lóbulos profundos com a forma de fígado.
O talo da Lobaria pulmonaria lembra os alvéolos pulmonares.
- As cores constituem a segunda grande classe de sinais:
As plantas amarelas são, com frequência, utilizadas no tratamento da icterícia ou das afecções
da vesícula biliar.
- Estes dois sinais (a morfologia e a cor) estão, muitas vezes, presentes em simultâneo:
* As folhas da pulmonária têm a aparência de alvéolos não só por
causa da sua forma, mas também das suas manchas brancas.
* A cor vermelha da parte inferior de uma folha de anémona-hepática reforça a semelhança
com o fígado.
- Mas o sabor e o aroma constituem, igualmente, sinais utilizados
pelo homem.
-Todas as partes de uma planta podem constituir sinais: a raiz (ficária, orquídeas), os talos
(lianas), a flor (Sarothamnus), o fruto (Kigleya) e também o látex (Chelidonium majus).
-Na tradição chinesa utilizou-se também a repartição anatómica dos
sinais: os botões e as flores representavam as partes superiores do corpo, e as raízes as partes
inferiores.
-Os sinais podem estar ligados não apenas à planta, mas também à
sua ecologia. O salgueiro e a rainha-dos-prados, utilizados como antipiréticos e para tratar o
reumatismo, pertencem à classe de sinais
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definidos pelo seu habitat, já que ambos crescem em terrenos habitualmente inundados.
-O homem estudou frequentemente as capacidades específicas dos
organismos a fim de os decifrar:
*Assim, na América do Sul utilizava-se a pele de nandu contra os
males do ouvido, por causa da grande dimensão das orelhas deste animal.
*Considerando a coragem e a força do tigre, os Chineses utilizam
o pó dos ossos deste animal como panaceia necessária para recuperar as forças do organismo,
enfraquecido pela doença.
*As flores da erva-de-são-joão (hipericão) são amarelas, mas se as
desfizermos entre os dedos tornam-se vermelhas, o que lembra a
reacção da pele às queimaduras do sol (as flores desta planta são utilizadas em inúmeros
cremes cosméticos).
Não devemos contudo esquecer que certos sinais nunca foram confirmados (por exemplo, a
utilização da noz, que pela sua forma se assemelha ao cérebro, nunca demonstrou qualquer
eficácia contra as dores de cabeça).
- Para descobrir certos sinais o homem observou os animais, como
é o caso da quelidónia, que, segundo uma tradição popular, é utilizada pelas andorinhas.
- Os sinais ligados ao sistema reprodutor do homem (fálico, testicular
ou vaginal) constituem uma grande parte dos afrodisíacos e também das plantas anti-sifilíticas.
-Não devemos esquecer a categoria dos sinais linguísticos, em que o nome da planta nos indica
as suas propriedades. Mas desde há muito que esta categoria parece secundária, já que o
homem descobriu primeiro as características dos vegetais e só depois lhes atribuiu um nome. A
aceitação da existência de sinais linguísticos exige obrigatoriamente a aceitação da existência
de “nomes primários” (supostamente existentes antes do conhecimento). Por outro lado,
devemos realçar que determinadas concepções psicolinguísticas (sobre as relações entre o
cérebro, o espaço, o tempo e a língua) tentam explicar este fenómeno.
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A fitoterapia decorre da “lei das assinaturas”
O homem sempre procurou uma panaceia para curar os seus males. Para este efeito, a lógica
da teoria das semelhanças assenta sobre a busca
de uma planta que possua o maior número possível de sinais. É daí que derivam todos os
estudos sobre as plantas que possuem a forma do corpo humano, como, por exemplo, a
mandrágora e o ginseng.
Iniciámos estas reflexões com o exemplo das “assinaturas” que foram confirmadas pela biologia
molecular. Podemos também demonstrar que inúmeras “assinaturas” utilizadas no passado não
têm qualquer poder terapêutico (ou talvez não tenham ainda pura e simplesmente revelado os
seus segredos aos nossos laboratórios?).
Quererá isto dizer que a doutrina das “assinaturas” não é credível? Que todas as plantas
descobertas através desta lei são o resultado de um mero acaso? Ou tratar-se-ia talvez de
“falsos sinais” (mal escolhidos ou mal interpretados) que não constituem o reflexo de uma
teoria exacta?
É certo que a doutrina das “assinaturas” foi uma hipótese para um
trabalho de investigação que deu resultados muito interessantes. Ela permitiu a descoberta de
inúmeras plantas medicinais, e não esqueçamos que Paracelso, grande partidário desta
doutrina, está na origem das bases da química e da farmacologia modernas. Até os que
ridicularizaram as
“assinaturas” não podem ocultar a importância do contributo que esta teoria pode ter no campo
da fitoterapia.
ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A QUÍMICA DAS PLANTAS
Não lhe vamos fazer um curso teórico
A utilização de fórmulas químicas num livro faz baixar a sua venda em 20%, e até o simples
facto de se utilizarem palavras como “fenol” ou “flavonóide” pode desencorajar o leitor.
Não pensamos, por isso, como o fazem muitos responsáveis do marketing dos laboratórios
farmacêuticos, que uma fórmula ou um nome químico complicado (por exemplo, para-hidroximeta-nitro-hidroxibenzoato de metilo) possa aumentar, graças ao seu efeito psicológico
(placebo), a eficácia dos medicamentos.
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Os leitores interessados no aspecto e na composição química dos remédios naturais podem
consultar, se o desejarem, livros de fitoquímica ou
de bioquímica, de que damos referências no fim desta obra. Limitar-nos-emos, nas linhas que
se seguem, ao estritamente necessário e não lhe apresentaremos qualquer fórmula química
rebarbativa.
Verifique a composição química das plantas
Os princípios activos das plantas podem ter um carácter químico muito variado e serem
compostos por fenóis, flavonóides, antocianos, glícidos, lípidos, aminoácidos e proteínas,
chiquímatos, poliacetatos, terpenos, esteróides, alcalóides, etc.
Alguns deles são venenos terríveis. É o caso, por exemplo, da estricnina, da ergotamina, do
curare, da cocaína... Parece-nos indispensável lembrar este facto, já que certos médicos e
terapeutas têm uma deplorável tendê ncia para banalizar e subestimar o poder da fitoterapia. A
composição química das substâncias de origem vegetal confirma não só a sua eficácia sobre o
organismo humano, mas também o perigo que a sua má aplicação poderia representar.
A guerra química das plantas entre si
Perguntamo-nos frequentemente qual poderá ser o papel destas substâncias para os vegetais?
Por que razão as plantas sintetizam estes princípios activos? Em inúmeros casos a ciência não
tem capacidade para fornecer uma resposta a esta pergunta. Mas sabemos que algumas dessas
substâncias activas têm um papel na “guerra química que as plantas travam entre si”.
Por exemplo, a Cafluna vulgaris inibe, graças à síntese dos seus mediadores químicos, o
desenvolvimento da Avenafatua e deste modo livra-se de um concorrente. O Eucalyptus
globulus intoxica os seus concorrentes por meio de fenóis e terpenos, “utilizando” um pequeno
coleóptero, o Paropsis atomaria, que come as suas folhas e ingurgita as substâncias
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activas para mais tarde as libertar na proximidade de plantas das quais pretende livrar-se.
A intensidade das “armas químicas” das plantas é tal que uma substância isolada a partir do
látex, o Panthenium argentatum, inibe a acção das outras espécies numa concentração de
O,000 1 %! Para se obter 20 g desta substância seria necessário utilizar 20 kg das suas raízes.
Compreendemos, deste modo, a terrível eficácia de que dispõem as
plantas para se defenderem das doenças causadas por bactérias ou fungos, e também dos seus
diversos predadores: das lagartas aos mamíferos.
A título de curiosidade, podemos acrescentar que esta acção constitui uma das hipóteses
apresentadas para tentar explicar o desaparecimento dos dinossauros. Esta tese dá a entender
que, no decurso da sua evolução, as plantas se foram aperfeiçoando quimicamente cada vez
mais. Tornaram-se então tóxicas para os seus predadores e conseguiram sair vitoriosas dos
dinossauros, que não conseguiram desenvolver mecanismos de desintoxicação.
Esta teoria desenvolveu-se, mas desde os trabalhos de Alvarez que se
admite geralmente a teoria da ocorrência de uma catástrofe cósmica como explicação para a
sua extinção. Contudo, não se considera, actualmente, uma atitude séria pôr em dúvida o
poder da acção biológica dos princípios activos inerentes à fitoterapia.
As plantas também nos protegem
As substâncias contidas nas plantas podem ter ainda outras funções biológicas. Explica-se que
a grande quantidade de bioflavonóides contidos nas folhas de certas espécies funcionam como
filtros contra as radiações ultravioletas e desempenharam um papel primordial durante a
colonização da terra no período siluriano. É possível que estas substâncias venham ainda a ter
um papel importante, no futuro, no que diz respeito à protecção do homem contra as radiações
resultantes da destruição da camada de ozono.
Segundo as últimas investigações americanas, a presença de fenóis garante uma protecção
imunitária e também uma possibilidade de adap
59
tação. No caso das plantas que vivem em ecossistemas pobres em azoto, certas espécies
utilizam componentes orgânicos para substituir este elemento. Os fenóis, segundo esta teoria,
formam com as proteínas complexos acessíveis (contrariamente às proteínas que, só por si, são
incapazes de fazê-lo) às plantas como fonte de azoto.
Um dos autores desta obra trabalhou durante vários anos na investigação dos mecanismos de
resistência das plantas às poluições atmosféricas e às doenças fúngicas. Pôde constatar que o
aparecimento ou o desenvolvimento desta resistência são sempre acompanhados de um
aumento importante dos teores em componentes fenólicos. Parece então que os princípios
activos constituem um elemento-chave do sistema de defesa dos vegetais contra o stress
ambiental e as suas diversas patologias.
Os estudos farmacológicos sobre os flavonóides realçam a complexidade da sua acção sobre o
organismo: a capacidade de libertar histaminas, a facilidade de amalgamação às plaquetas
sanguíneas e a capacidade de bloquear os efeitos inflamatórios das toxinas do fígado, o efeito
sobre o sistema enzimático (os flavonóides depositados nas folhas agem no sistema enzimático
e inibem a acção dos parasitas).
A descoberta da presença destas substâncias na superfície dos tecidos vegetais permite
compreender melhor o sistema imunitário das plantas.
São, por conseguinte, os vegetais que, em razão das substâncias activas de que dispõem, têm
fortes possibilidades de substituírem, com eficácia, os antibióticos. Além disso, certos
flavonóides têm, independentemente do seu poder antimicrobiano, um poder
antiarteriosclerótico.
A acção terapêutica das plantas
O mistério da Natureza é tal que torna impossível substituir o poder terapêutico da planta por
um dos seus princípios activos, isolado quimicamente. A razão deste fenómeno é simples: a sua
acção terapêutica baseia-se, em geral, no efeito combinado de vários princípios activos. É o
caso, em particular, da salva, que age através dos seus muitos componentes antibióticos e
anti-sépticos, bem como dos seus taninos (acção adstringente).
60
Algumas noções sobre a combinação dos princípios activos das plantas
É importante saber que uma planta possui sempre vários princípios activos. As espécies (mas
também os diversos especimenes da mesma espécie) diferenciam-se pela estrutura química de
alguns dos seus componentes e pela sua quantidade (que depende sobretudo de factores
ecológicos). Contudo certos autores tentaram simplificar a classificação fitoterapêutica das
plantas escolhendo os princípios que caracterizam as suas utilizações terapêuticas. A título
indicativo, apresentamos alguns “tipos quimioterapêuticos”, com as suas espécies:
Plantas com alcalóides
Aconitum napeflus (acónito), Bryonia alba (briónia), Conium maculatum (cicuta), Cordyalis cava
(cordiala tuberosa). Como podemos verificar, são plantas com uma forte acção, tóxicas, mas
encontram-se neste grupo espécies mais utilizadas na terapia, como o
Leonurus cardíaca (agripalma cardíaca).
Plantas com vitaminas
Petroselinum crispum (salsa cultivada), Ribes nigrum (groselha).
Plantas com acção antibiótica
Hieracium pilosella (pilosela), Plumbago europeaea (dentelária-da-europa).
Plantas com heteróssidos sulfúricos
Allium porrum (alho-porro).
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Plantas com heteróssidos fenólicos
Arctostaphyllos uva ursi (uva-de-urso).
Plantas com flavonóides
psella hursa pastoris (bolsa-de-pastor).
Plantas com heteróssidos cumaríuicos
Melilotus officinalis (trevo coroa-de-rei)
Plantas com renunculóssidos
Anemone nemorosa (anémona-dos-bosques)
Plantas com antracenóssidos
Rhamnus cathartica (escambroeiro).
Plantas com taninos
Fagiis sylvatica (faia).
Plantas com princípios amargos
Artenúsia absinlhum (absinto).
Plantas com cardenólidos
Digitalis lanata (digitália).
Plantas com saponíssidos
Beta vulgaris (beterraba).
Plantas com essências e resinas
Ocinium basilicum (manjericão).
Plantas com glícidos
Borago officinalis (borragem).
Plantas com componentes inorgânicos
Pulmonaria officinalis (pulmonária).
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FITOTERAPIA DAS PLANTAS INFERIORES (Criptogamas)
A maioria dos manuais de fitoterapia, bem como as obras sobre saúde relacionadas com
plantas, preocupam-se apenas com as plantas superiores (pteridófitas, gimnospermas e
angiospermas). Contudo, a imensa variedade de cogumelos, de algas e de líquenes ultrapassa
o número de plantas correntemente utilizadas pelos terapeutas.
Esta riqueza manifesta-se pelo número impressionante de espécies e pela sua profusão em
substâncias bioquímicas. Estes organismos são pioneiros na preparação do terreno para outros
organismos que lhes sucedem. Encontram-se frequentemente em estado de concorrência e
travam uma “verdadeira guerra química” entre si. São dotados de extraordinárias capacidades.
Houve tempos em que o homem procurou os seus remédios no mundo estranho dos cogumelos
e das algas. É por esta razão que decidimos apresentar alguns deles, com as respectivas
utilizações terapêuticas tradicionais.
A MICOTERAPIA OU O TRATADO DOS COGUMELOs MEDICINAIS
O Outono é o período por excelência dos cogumelos. Mas é evidente que os verdadeiros
apreciadores de cogumelos não ligam muito a este pequeno pormenor, já que é possível
cultivá-los praticamente todo o ano.
1 Segundo os novos sistemas taxinómicos, os cogumelos já não são considerados plantas.
Contudo, por razões práticas, inserimo-los neste capítulo.
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De facto, existem espécies que aparecem nos primeiros dias da Primavera e outras que até
existem no Inverno. Mas o Outono é a estação por excelência dos cogumelos.
Quando os colhemos e provamos, negligenciamos quase sempre as suas propriedades
medicinais. Contudo, no que diz respeito à sua composição bioquímica, os cogumelos são
provavelmente os mais ricos e variados de todos os organismos vivos.
Os cogumelos também são medicinais: uma tradição popular antiga
As capacidades metabólicas dos cogumelos são ainda pouco conhecidas. Mas para dar uma
ideia da sua força vital, basta lembrarmos que o Bovista gigantea pode atingir, apenas numa
noite, o tamanho de uma abóbora grande e pesar 7 kg (conhece-se mesmo um exemplar com
15 kg). Acrescentemos que o pó (composto em grande parte pelos esporos deste soberbo
cogumelo) é utilizado na farmacopeia chinesa como expectorante.
Lindley, biólogo americano, calculou que alguns cogumelos produzem
60 milhões de células por minuto. A sua grande actividade e riqueza enzimática predestinavaos a todos os tipos de enzimoterapia. Aliás, desde há muito que se utilizam os fermentos
oxidados dos cogumelos, especialmente no tratamento da hipertensão.
Desde a descoberta da penicilina que os investigadores se interrogam sobre o facto de os
cogumelos superiores serem também dotados dos mesmos princípios activos. O estudo e a
observação da sua vida confirmam esta hipótese. Constatou-se com frequência a não
germinação dos grãos na proximidade imediata dos célebres círculos das bruxas. Estes locais
eram assim chamados porque os cogumelos surgiam aí em grande quantidade, formando um
círculo, que era considerado mágico por muitos povos. A morte das plantas vizinhas é o
resultado provável da acção de uma substância comparável à dos antibióticos.
As medicinas populares sempre lhes atribuíram propriedades anti-infecciosas. Sabemos
empiricamente que os esporos do Colybia radiata e os do Amonita inaurata, bem como dos
cogumelos de tabuleiro, tomados em quantidade suficiente, curam as tosses rebeldes. As
observações
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populares sobre a acção desinfectante do pó do Polyporus sulfureus, do Polyporus umbellatus,
do Polyporus frondosus e até do vulgar Boletus luteus foram confirmadas.
Nas receitas antigas preconizava-se uma mistura composta do lactário apimentado para tratar
a tuberculose pulmonar. Sabia-se também que o pó do Lycoperdônpirifórine curava os
resfriados e as dores de garganta e o do BolletusfeIlus e do Russula delica reduzia as secreções
excessivas em casos de bronquite.
Já no século xix médicos não convencionais constatavam a existência de propriedades
antibacterianas nos cogumelos. Assim, o Dr. Curtis propõe uma tintura de “agárico falóide” ou
de “agárico bulbex” contra a
cólera e contra a doença de Bright. As experiências confirmam o seu forte poder antibiótico
contra bactérias tais como os estafilococos dourados e os bacilos de Koch. A clitocibina,
extraída dos cogumelos Clilocybe candida e Clitocybe gigantea, foi a primeira substância isolada
nos cogumelos superiores que confirmou as suas propriedades antibióticas.
Depois da descoberta da estreptomicina, as investigações sobre as
propriedades dos clitócibos e sobre as várias espécies de cogumelos caíram em desuso. Mas é
provável que a crise que atravessam os antibióticos, bem como o regresso da tuberculose e das
doenças infecciosas, façam
renascer as investigações sobre as suas propriedades. Além disso, sabe-se que certas espécies,
como o “tricólomo de São Jorge” (Tricholoma georgi), têm uma acção antibiótica comparável à
dos mais potentes antibióticos sintéticos actuais.
Propriedades antibióticas e doenças de civilização
As propriedades antibióticas dos cogumelos não são as únicas virtudes destas espécies que
podem ser utilizadas pela nossa sociedade. Muitos deles podem ter um papel importante no
tratamento das doenças de civilização. Infelizmente abandonámos muito rapidamente as
investigações sobre os cogumelos de tabuleiro (cultura) Agaricus campester, cujos resultados
eram promissores no tratamento das alergias.
Também é possível que certos cogumelos possam substituir vantajosamente as pílulas antistress e os meios químicos inibidores do cansaço.
65
O célebre micólogo George Becker descreveu o caso de uma pessoa “que depois de mastigar e
ingerir a cera branca espessa e amarga que recobre o políporo Ganodemia appIanatum viu
desaparecer em poucos minutos o cansaço que a acometia”. Observou também que depois de
comer dois silercas crus, Marasmius oreades, experimentou durante alguns minutos um
sentimento de alegria e de leveza muito agradáveis.
A medicina popular, por outro lado, utiliza o pó esporal (a porção de
1 colher) de certos licoperdos (bexiga-de-lobo) para combater a sonolência e aumentar a
pressão arterial.
Remédios que não necessitam de preparação
A incomparável vantagem da micoterapia reside no facto de a maioria dos remédios à base de
cogumelos não exigir praticamente qualquer tipo de preparação.
- o pó do Mucidula radicata, tomado tal qual, cura rapidamente todas
as inflamações de garganta, incluindo as anginas!
- O lactário apimentado é um notável antiblenorrágico (antibiótico e
antigonocócico). As suas propriedades foram descobertas em 1930 por um micólogo amador de
nome Bataille e foram posteriormente confirmadas por G. Becker. Antigamente os lenhadores
do condado franco curavam-se destas doenças consumindo 2 a 3 destes cogumelos assados na
grelha.
-Os cogumelos do grupo lactário foram também utilizados como
diuréticos para a gravela e para os cálculos urinários. O seu suco foi aproveitado com grande
eficácia para eliminar as verrugas.
À redescoberta dos lactários...
As descobertas em etnobotânica eram divulgadas como notícias de sensação na imprensa
especializada. A nota publicada por S. Berthoud em
Les petites chroniques de la Science, em 1860, sobre a acção de um
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cogumelo, provavelmente o Phallus impudico, é a este respeito muito evocadora:
“ Trata-se de um cogumelo que possuiria uma propriedade que não
possuem, infelizmente!, nem as nossas gentes simples nem a nossa farmacopeia, nem sequer
as nossas águas, de curar essas doenças implacáveis que são a gota e o reumatismo.
O cogumelo dos pobres... e dos ricos
Este cogumelo, que existe em abundância no Norte da Ásia, no Cáucaso e até nas florestas da
Europa (as que ainda merecem este nome), nasce sob camadas de folhas e detritos de ramos
que a humidade, a fermentação e a acção do tempo transformam em humo, nas proximidades
de aveleiras, de fusanos e de alfeneiros.
De Junho a Agosto o criptogama - que na Rússia é chamado zemlianóe maslo (ou manteiga-daterra) - aparece primeiro sob a forma de uma bola subterrânea oblonga, de cor esbranquiçada
e aveludada. Quinze dias depois esta bola rompe-se e dela nasce um cogumelo grande e sólido
que não tarda em secar e em espalhar à sua volta, à medida que se vai reduzindo em pó, um
cheiro acre que irrita a garganta.
Os habitantes da Ucrânia colhem o zemlianóe maslo quando este se
encontra ainda na sua forma ovóide, abrem-no e recolhem o seu muco em vasilhas e deitam
manteiga ou gordura derretida, para o preservar do contacto com o ar. Utilizam-no com eficácia
em fricções para curar os
reumatismos de que muito frequentemente sofrem, devido à insalubridade das suas cabanas
construídas na floresta e na proximidade de pântanos.
E assim é no que diz respeito aos pobres! Para os ricos, secam-se em estufa os pés e os
chapéus dos cogumelos manteiga-da-terra reduzidos a
pó. Este pó é depois macerado em álcool e enviado para toda a Rússia, onde, segundo o Dr.
Kalenitchenko, professor de Fisiologia da Universidade de Khárkov, é muito utilizado para curar
radicalmente a gota e a hidropisia.
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O cogumelo: um remédio universal
Os nomes vulgares de certos cogumelos revelam a sua utilização terapêutica tradicional. Como
podemos constatar lendo os manuais do século XIX:
O políporo dos farmacêuticos’ (ou agárico) era utilizado, ainda
há pouco tempo, contra a diarreia, em aplicação externa nas
doenças dos olhos, nas manchas e nas erupções cutâneas, nas feridas e nas úlceras e também
contra as hemorróidas.”
Actualmente os camponeses suíços utilizam-no para purgar o gado. Em certas regiões da
Europa ainda é utilizado contra os suores nocturnos dos tuberculosos. O agárico
(Pol>porusfomentarius, assim chamado pelos cirurgiões) foi utilizado contra as hemorragias
externas.
Para a sua preparação:
“... escolhem-se os mais jovens, separam-se dos tubos e da casca, depois de amolecidos
durante algum tempo numa cave (ou noutro local fresco). Em seguida cortam-se em fatias que
se batem com força com um maço de madeira, afim de as espalmar e esticar; molham-se de
vez em quando, batem-se de novo e depois esfregam-se entre as mãos até adquirirem um
certo grau de moleza e de doçura. “
O 6(lagárico” utilizado na homeopatia
A homeopatia sempre o utilizou. Já Hal---mernann propunha a utilização da falsa-oronia.
Devemos realçar que os médicos homeopatas empregam o nome Agaricus muscarius há muito
tempo e erradamente, já que este cogumelo não é um agárico! Este remédio é utilizado para os
espasmos musculares, os abalos, os tremores e a epilepsia.
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A tintura obtida a partir destes cogumelos, depois de devidamente limpos, descascados e
cortados em pequenos pedaços macerados em álcool, é um meio eficaz contra a tinha, o
impetigo e as impigens.
A propósito do hongo, esse remédio milagroso
Quando se fala em micoterapia, deve mencionar-se o célebre hongo ou
cogumelo-do-chá. A primeira informação sobre este misterioso organismo foi publicada em
1913 pelo Dr. Lindau. Este médico alemão descobriu que os habitantes de Mitau, um porto no
mar Báltico, consideravam como
um remédio milagroso um “cogumelo”, trazido pelos marinheiros do Extremo Oriente, onde era
acompanhado de um verdadeiro ritual durante a sua preparação e consumo.
A origem deste cogumelo permanece obscura. Será ele originário dos campos de arroz da
China, do Peru ou da Europa? A sua cultura espalhou-se por muitas regiões. As investigações
demonstraram que o hongo não é um simples cogumelo mas sim uma associação de
microrganismos, de bactérias e de cogumelos. Infelizmente, os componentes do hongo são
muito variáveis, e as suas propriedades estão em estrita relação com a forma como é cultivado.
Nos anos 60, a Europa Ocidental apaixonou-se pelo hongo. Mas esta moda, bem como as
investigações feitas em diversos laboratórios, foram rapidamente abandonadas. É contudo
indiscutível que este cogumelo merece que nos interessemos de novo por ele.
A TERAPIA PELAS ALGAS
O mar parece ser uma fonte terapêutica ainda muito mal conhecida e
pouco utilizada. Contudo muitos são os especialistas que pensam que a
riqueza bioquímica dos organismos marítimos é mais importante do que os da terra.
Devemos realçar que a utilização terapêutica das algas, salvo algumas excepções, é recente e
que os nossos antepassados desenvolveram mais (excepto no Extremo Oriente) uma fitoterapia
baseada nas plantas terres
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tres. Além disso, relativamente aos organismos marítimos, os antigos
interessaram-se mais por certas toxinas ou tinturas de origem animal, do que pelas algas.
As algas são antibióticos naturais
Há algumas décadas que certas substâncias são objecto de estudos aprofundados. Neles utilizase o fenómeno do antagonismo bioquímico (os organismos libertam substâncias biologicamente
activas para inibir o
desenvolvimento de outros organismos) de certas espécies de algas, de modo a descobrir os
princípios antibacterianos e antifúngicos.
Descobriu-se que estes “antibióticos naturais” não só inibem a proliferação de certos
organismos patogénicos mas também tornam as bactérias “menos agressivas”. A penetração
das bactérias na célula hospedeira torna-se difícil e até impossível.
Certos terapeutas invocam como argumento a origem marítima da vida para justificar a sua
utilização na terapia. Esta estranha coincidência está associada à descoberta dos evolucionistas
do século xix, que sublinhavam a grande semelhança entre a composição química da água do
mar e a dos líquidos fisiológicos dos organismos, incluindo o do homem.
Os bioquímicos, para grande espanto seu, redescobriram a unidade do mundo vivo. Constatouse, assim, que os ácidos biliares de inúmeros peixes são idênticos aos do homem.
As algas: uma solução milagrosa contra os retrovírus?
Nos tempos da SIDA, a ausência de um remédio antiviral constitui um dos maiores falhanços da
medicina contemporânea. Deste ponto de vista,
o mar e os seus produtos parecem propor-nos uma alternativa. As investigações mostraram
que certas substâncias (derivados sulfÓnicos dos polissacáridos) provenientes das algas têm
uma acção sobre os vírus da poliomielite e do herpes e podem ser utilizadas no tratamento
destas doenças.
Os extractos de um rodófito do Pacífico, o Schizymenia pacífiqua, têm uma acção inibidora
sobre a transcriptase inversa (enzima-chave no fun
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cionamento dos retrovírus) dos pássaros e dos mamíferos. Além disso, podem utilizar-se estes
extractos de maneiras e em doses não nocivas para as outras enzimas.
Serão as algas uma “solução milagrosa"contra as doenças causadas por retrovírus? É uma
hipótese a investigar. Devemos acrescentar que a riqueza marítima das substâncias antivírus
não se limita às algas e às plantas. Também existem outros organismos que nos oferecem
meios de luta contra os vírus, nomeadamente as esponjas, como, por exemplo, uma
espécie originária do mar das Caraíbias, a Tethyda crypta.
Algumas algas medicinais: apanhe-as durante as férias
É possível encontrar um equivalente para a fitoterapia clássica graças às algas. Apresentamos
em seguida algumas “algas medicinais”. Devemos acrescentar que a sua maioria é acessível
sob diversas formas de preparação. Algumas podem mesmo ser recolhidas durantes as férias à
beira-mar. E a sua preparação é idêntica à das plantas superiores (decocções, tinturas-mãe,
banhos, etc.)
Alsidium helniinthochostor
Musgo-da-córsega - Vermífugo - Estimula a glândula tiróide - Faz parte dos regimes de
emagrecimento - Uso externo: sob a forma de cataplasmas, para tratar as papeiras.
Ascophy11um nodosum
Sargaço-negro - Espécie muito rica em iodo - Utiliza-se como o Fucus vesiculosus.
Corraffina officinalis %Vermífugo - Hipoglicemiante - Diminui a taxa de colesterol Anticoagulante.
Cystoseira fibrosa
Espécie aconselhada aos diabéticos, tem uma acção hipoglicemiante. Também faz baixar o
colesterol.
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Chondrus crispus
Musgo-da-irlanda. Utiliza-se para tratar: o a arteriosclerose - as doenças respiratórias - as
patologias gástricas (hiperacidez, inflamações intestinais, prisão de ventre) - o raquitismo
(banhos).
Dignea simplex
No Japão é utilizada como vermífugo sob o nome de “kaninso”.
Fucus vesiculosus
Carvalho-marinho (também o Fucus platycarpus e o Fucus serratus) é uma espécie muito
abundante em França, especialmente na Bretanha. Os seus princípios activos, a sua acção e a
sua posologia são semelhantes aos da Laminaria digitata, mas o seu teor em iodo é muito mais
elevado - Além disso tem propriedades hemostáticas e por isso é indicado contra as
hemorragias externas.
Gelidium sp.
(Também Pterociadia sp.) Espécies utilizadas por via interna para
perturbações gástricas (estados inflamatórios, prisão de ventre crónica).
Hisikia fusiforme
Faz parte de um prato japonês. Faz baixar a taxa de colesterol.
Laminaria digitata, Chicote-das-bruxas
(As suas propriedades são idênticas às da Alaria esculenta.) Esta alga
é comum nas costas bretãs e normandas. Tem inúmeras virtudes curativas (é amplamente
utilizada). É - remineralizante * reconstituinte estimulante da circulação sanguínea - Influencia
favoravelmente a glândula tiróide. - É laxante e diurética (presença de manitol). - É também
um estimulante geral do metabolismo celular. - É interessante em
regimes de emagrecimento e - faz baixar o colesterol. - Em banhos é uma aliada eficaz contra
os reumatismos e as perturbações circulatórias.
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- Absorvida por via interna é descrita como uma “verdadeira panaceia”, e muitos autores
aconselham-na para: - a arteriosclerose - as
doenças dos olhos - a menopausa - a prisão de ventre - as neuroses o envelhecimento
prematuro - a queda de cabelo - a astenia - o cansaço e - a convalescença.
- Prepara-se por decocção: 50 g do talo seco para 1 litro de água fria. Deixar macerar durante
6 horas, em seguida ferver durante um quarto de hora e deixar em infusão durante 15 minutos.
Filtrar. Tomar 1 a 2 chávenas por dia.
- Ou em tintura-mãe: 50 g da planta seca para meio litro de álcool a 50’. Deixar macerar
durante ]0 dias. Tornar 20 a 40 gotas num pouco de água, 2 vezes por dia.
- Para banhos: utilizar a planta seca. Existem no comércio preparações prontas a utilizar.
As algas que pertencem ao género Laminaria (a que pertence esta espécie) fazem parte do
prato japonês Kombu.
Mas atenção: as espécies do género Laminaria contêm uma proporção importante de iodo,
agem sobre as glândulas hormonais, e a sua acção anticoagulante exige que sejam utilizadas
com prudência. É por isso preferível utilizá-las sob a prescrição de um especialista!
Laminaria hyperborea, Laminária-de-clouston
Idêntica à espécie anterior.
Laminaria saccharina, Boldrié-de-neptuno
Idem.
Lithothaninium calcereum, “Maêrl”
Recomendada para as acidoses gástricas (incluindo as úlceras), em
decocção: 50 g do talo para 1 litro de água. Tomar 1 a 2 chávenas por dia.
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Rhodymenia palmata, Sargaço-de-vaca
A decocção provoca uma transpiração abundante.
Spirulina maxíma e Spirulina platensis
A primeira espécie, misturada com milho, constitui o célebre “tecuitlatl”, prato tradicional dos
Astecas. A outra espécie é ainda consumida lia
África negra. Estas duas espirulinas têm propriedades - antl-inflamatórias e - de
emagrecimento, Constituem uma fonte importante de amlnoácidos. Encontram-se,
frequentemente, na cozinha vegetariana, como tempero aromatizante dos pratos e saladas.
Undaria sp.
As espécies deste género fazem parte da cozinha oriental (”Wakame” no Japão, “Miyok” na
Coreia, “Quindai-cai” na China). Demonstrou-se que o consumo desta espécie facilita a
assimilação do cálcio (tem uma acção antialérgica notória). A Undariapinnatifida é cardiotónica - certos autores aconselham-na nas curas antitabaco. Em tintura-mãe: tomar 30 a
50 gotas por dia.
OS LÍQUENES: UMA SIMBIOSE ENTRE AS ALGAS E OS COGUMELOS
É a Lei das assinaturas” que faz surgir em grande plano a importância medicinal dos líquenes
nas doenças dermatológicas (ainda agora, em várias línguas, a expressão “líquen” serve para
designar sintomas) e também no que diz respeito a outras patologias.
A “lei das assinaturas” impõe o tratamento
-0 Lobaria pulmonaria, semelhante a um lóbulo pulmonar (o líquen-pulmonar, erva-dospulmões), é utilizado no tratamento das afecções
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das vias respiratórias. É interessante realçar que este líquen contém um ácido próximo do ácido
cetrárico, dotado de um poder antibiótico.
- O Parmelia sulcala é um líquen que se assemelha a um cérebro. Foi
portanto utilizado contra as dores de cabeça.
-O Pelligra canina, misturado com pirrienta, previne contra a raiva (daí o seu nome).
-O líquen dos muros, o Xantharia parietina, foi utilizado como sucedâneo do quinino porque
contém crisopicrina.
- O Pertusaria amara é um excelente antipirético.
Graças à lei das assinaturas” o homem descobriu um verdadeiro tesouro bioquímico.
Actualmente conseguimos isolar cerca de 200 substâncias (princípios activos) liquénicas, e a
lista está longe de ter acabado.
E, para finalizar, os estudos dos Japoneses mostram que algumas destas substâncias têm
propriedades antitumorais e que outras possuem factores inibidores das replicações virais.
75
AS PLANTAS EXÓTICAS
OS CINCO CONTINENTES POSSUEM PLANTAS MEDICINAIS
A maioria das plantas medicinais que apresentamos pertencem à flora da Europa. É certo que
os outros continentes possuem também uma
grande riqueza vegetal. Os nossos leitores podem encontrar informações sobre a flora africana,
asiática, americana e australiana, se o desejarem. Infelizmente, é frequente as espécies
apresentadas não estarem disponíveis em França. Além disso a utilização de algumas dessas
plantas, presentes nas colecções botânicas francesas, está interdita.
A flora tropical e a sua utilização terapêutica são, frequentemente, pouco conhecidas e até
ignoradas. Segundo J. M. Watt (Plants potentially useful in mental health, Lloydia 1/1967),
conhecem-se actualmente 200 espécies africanas que estão potencialmente disponíveis (fazem
parte das farmacopeias locais) para o tratamento de doenças mentais.
55 espécies africanas são antiepilépticas e 3 espécies têm uma acção antiamnésica (descoberta
sem precedentes, que consideramos como quase excepcional). Trata-se das seguintes plantas:
- Adenia lobata;
- Adenia cissampeloides;
- Gardenia neuberias.
Para realçar a riqueza da flora exótica, apresentamos as plantas da família das cactáceas e dos
aloés, cuja grande maioria pode ser comprada em França. São bem conhecidas e possuem um
vasto leque de possibilidades terapêuticas.
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O ALOÉS
Aloe sp. A aparência desta planta engana os não especialistas que pensam que o aloés é um
cacto. Na realidade é uma Liliaceae (actualmente classificada na família das Asphodelaceae).
O gênero aloés está representado por cerca de 250 espécies. O maior
(Aloe arborescens) pode atingir 5 metros de altura.
O Aloe succotrina é um dos remédios mais antigos da humanidade.
O seu suco, “aloana”, é conhecido desde há 3000 anos na Somália e no Egipto.
Os poderes mágicos e terapêuticos do aloés remontam à noite dos tempos
O aloés vem mencionado na Bíblia e faz parte dos remédios citados no papiro de Edwin Smith.
No Egipto tem a reputação de preservar a
vitalidade e a beleza. Estava presente durante as cerimónias funerárias e era considerado como
um sinal divino da renovação da vida. As lendas atribuem-lhe um papel na preparação da
mumificação dos corpos. Faz também parte das plantas secretas do Atharvaveda (um dos
quatro Vedas).
O aloés era conhecido dos Gregos, que o traziam da ilha de Socotra. Dioscórides menciona as
suas virtudes relativamente à cicatrização de feridas, de arranhões e de chagas. Plínio, o
Antigo, descreve, na sua
História Natural a cura de Alexandre, o Grande, ferido por uma flecha. Hipócrates aprecia as
suas capacidades para curar tumores. Esta “planta panaceia” foi redescoberta por Alberto, o
Grande, que a introduziu na farmacopeia medieval. Era então largamente utilizada como
remédio hepático.
O aloés está presente no Codex de Meletios da medicina bizantina. Também está presente na
farmacologia chinesa: Li Shih-Shen cita-o como
tónico para as doenças do estômago e do aparelho digestivo. Os grandes viajantes
portugueses, espanhóis e ingleses trouxeram novas espécies de aloés dos seus países de
origem, bem como informações sobre as doenças para as quais eram prescritas. Foi assim que
se descobriu o aloés do Cabo e o aloés do Natal.
78
Esta planta tem, nas culturas “primitivas”, um papel mágico. Em África, ela neutraliza a
influência dos mortos que voltam à terra para perturbar o espírito dos vivos. Nos Camarões, ela
protege as mulheres contra os acidentes que podem ocorrer ao cultivarem os seus jardins. No
Mali, pendurado no tecto, afasta os espíritos e atrai a boa sorte. Os Mexicanos fabricam
grinaldas de aloés para dar sorte. As jovens Maias besuntam o
rosto com suco de aloés para atrair os rapazes. “A capacidade feronómica” (de atracção) foi
observada e utilizada na África do Sul, onde os Afrikaaners e os Zulus afirmam que o “perfume
do aloés é um potente perfume sexual”.
Os poderes de cura do aloés
As virtudes dos aloés são múltiplas:
-São cicatrizantes em uso externo, colagogos, laxantes e purgativos
em uso interno.
- Têm uma sólida reputação no tratamento de queimaduras, até mesmo
nas queimaduras causadas por irradiações.
- Certas tribos da África do Sul utilizam-no no tratamento anti-sifilítico e antibiótico.
- O Dr. Jefi`rey Bland, que estudou a influência do aloés no sistema
digestivo, verificou que esta planta melhora o pH gástrico e permite uma melhor assimilação
das proteínas.
- A tradição africana e as investigações americanas atribuem ao aloés
uma acção benéfica nas doenças dos olhos; o aloés foi utilizado em oftalmologia pelo Dr.
Vladimir Filátov, autor da teoria sobre os bioestimuladores.
- Finalmente, certos investigadores fazem prova da sua capacidade de
diminuir os riscos das doenças coronárias.
- É também prescrito na cirurgia bucal.
É natural que uma planta como esta tenha suscitado inúmeras investigações, especialmente no
que diz respeito ao estudo dos seus componentes fitoquímicos. Parece que a maioria das
virtudes do aloés está ligada aos heteróssidos antracénicos (pelo menos uma quinzena, entre
os quais a aloína) e a certas substâncias aromáticas. Os outros elementos (vitami
79
nas, enzimas, am inoácidos) não lhe são específicos, já que estão presentes em abundância no
mundo vegetal.
As diferentes espécies de aloés
A grande riqueza das espécies do género aloés, bem como a existência de inúmeras diferenças
bioquímicas, obrigam a identificá-los com rigor. Certas fontes demonstraram que os aloés de
Curaçau não contêm aloína. Thomas Githeres, em Drug Plants of Africa, afirma que os aloés
medicinais se resumem apenas a algumas espécies: o Aloe succotrina, o Aloe perryi e os aloés
do Cabo (A. ferox, A. africana, A. plicatilis).
Aqueles que podemos encontrar são provavelmente misturas de origem incerta. As plantas
cultivadas são mais homogéneas e mais facilmente identificáveis, mas poderemos nós ter a
certeza de que preservamos toda a riqueza bioquímica que se encontra nas espécies selvagens?
A experiência demonstra que as monoculturas empobrecem os componentes genéticos das
plantas, o que tem forçosamente repercussões na sua riqueza bioquímica. Sabemos assim que
certos aloés selvagens contêm até 18% de aloína.
Qual é a situação das plantas de cultura?
Inúmeras espécies estão actualmente ameaçadas pelo homem, e a única forma de as
preservarmos é cultivar aquelas que podemos aclimatar.
O Aloe aIbida está em vias de extinção (o baixo nível de germinação das suas sementes é
provavelmente um dos factores responsáveis desta situação). Restam apenas algumas
centenas ou menos (certas fontes afirmam que existem apenas 200), de Aloe polyphy11a. Ora
é praticamente impossível cultivá-lo fora dos seus locais naturais.
O Jardim Botânico de Kew, a mais prestigiosa instituição nesta matéria, vai recorrer a
manifestações para a sua protecção.
Desconfiem do Aloe vera
Existem actualmente muitos autores e (sobretudo) produtores que transpõem as virtudes
tradicionais do Aloe succotrina para o Aloe vera (planta de cultura). Mas esta prática não é
minimamente aceitável.
80
As diferenças bioquímicas entre as espécies vizinhas devem incitar o
consumidor a uma certa reserva. Os produtos à base de aloés deveriam ser objecto de estudos
sérios antes de serem vendidos como “produtos naturais”. A falta de dados e de comunicações
sobre estes produtos leva-nos a aconselhar os leitores a cultivarem em vaso, nas suas casas,
os seus
próprios aloés e a confeccionarem eles próprios os seus produtos.
Se o aloés foi objecto de estudo dos fármaco-botânicos, não devemos esquecer que inúmeros
charlatães se serviram dele unicamente para ganhar dinheiro. O interesse de todos não será o
de evitar que uma planta tão preciosa seja desacreditada através de simplificações rápidas,
duvidosas e pouco credíveis?
As receitas produzidas à base de aloés
O sumo de aloés espremido
Para obter 80 ml de solução aquosa de sumo de folhas frescas de aloés, Aloeferox, são
necessários 20 ml de álcool a 95%.
As folhas são conservadas em local fresco e à sombra, entre 12 e 14 dias. Em seguida deverão
ser cuidadosamente lavadas com água quente.
- Depois devem ser esmagadas, envolvidas em gaze e comprimidas.
- A suspensão obtida deve então ser filtrada (com gaze ou papel de
filtro). -Este produto filtrado deve ser aquecido durante 8 a ]0 minutos até
atingir o ponto de ebulição e depois vertido num recipiente de decantação. Acrescente a
quantidade de álcool necessária. Deixe esta mistura em local fresco e sem luz durante 14 dias,
mexendo-a uma vez por dia. Para terminar, filtre.
Creme de aloés para a protecção da pele
Composição:
* 6 g de cera de abelhas (branca) * 6 g de óleo de jujuba * 40 g de óleo de amêndoas-doces
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20 g de tintura DI, feita de folhas bioestimuladas de aloés (todos os tipos de aloés, excepto os
que não contêm aloína)
-Misturar para obter um creme.
AS CACTÁCEAS
Esta família conta com cerca de 2000 espécies. A grande maioria cresce em terrenos tropicais e
subtropicais das Américas, mas também se encontram algumas espécies em África, na Ásia e
na Austrália. O Peru e o México possuem uma flora de cactáceas particularmente rica. Um
grande número destas plantas possui um tecido especializado no armazenamento de água, já
que crescem e vivem em terrenos desérticos.
Têm frequentemente flores muito belas, adaptadas à polinização pelos insectos, pelos pássaros
e pelos morcegos. As maiores, como o Carnegia gigantea, podem atingir uma altura de 20
metros.
As cactáceas caracterizam-se pela sua grande riqueza bioquímica em
princípios activos, bem como pelo papel importante que têm na religião
e na mitologia das culturas pré-colombianas.
O Trichocereus pachanoi: planta mágica latino-americana
O Trichocereus pachanoi é uma das plantas mágicas mais antigas da história da Humanidade.
No Peru encontra-se nas imagens, nas pedras gravadas e nos têxteis da civilização chavín que
existiu há mais de 3300 anos. Encontra-se também nos objectos das culturas nasca e inca.
Durante milhares de anos, o Trichocereus panachoi esteve associado a diversos animais: ao
veado, ao colibri e especialmente ao jaguar, que está intimamente associado ao xamanismo da
América Latina. A igreja católica, desde a conquista espanhola, combateu as plantas mágicas,
incluindo o Trichocereus, porque “é a planta usada pelo diabo para enganar os índios”. Mas, nos
Andes, existe uma mistura estranha de catolicismo e de culturas indígenas, que lhe atribuiu o
nome de “San Pedro”, nome muito significativo já que São Pedro possui as chaves do paraíso...
No Peru e na Bolívia, o Trichocereus é actualmente utilizado para tratar certas doenças,
principalmente as perturbações mentais e o alcoo
82
lismo. Serve também como meio de defesa contra todo o tipo de bruxarias, bem como para
garantir o êxito e para adivinhar o futuro. Pensa-se também que esta planta é a guardiã da
casa e que ela produz um assobio lúgubre que afasta os intrusos.
Os xamãs distinguem 4 tipos de cactos Trichocereus, dependendo do número de lados que
possuem. Os mais potentes possuem 4 (representam os 4 ventos, as 4 estradas), mas
infelizmente são muito raros.
Os talos dos cactos, que se podem comprar nos mercados, são cortados aos pedaços e fervidos
em água durante 7 horas. Esta decocção é tomada com outras plantas, o PedilantInís
tilhymaloides (Euphorbiaceae), o Isotoma longiflora (Campanulaceae) e o Neoromandia
macrostibas (Amaranthaceae). Também se mistura, por vezes, com duas outras plantas
alucinogéneas: a Brugmansia aurea e a Brugmansia sanguínea.
Estudos químicos e psiquiátricos demonstraram o papel importante destes aditivos. No
xamanismo - tal como os outros alucinogéneos - a
“San Pedro” permite a separação entre a alma e o corpo, e as pessoas tratadas voam através
das regiões cósmicas. Um dos primeiros oficiais espanhóis que assistiram a estes fenómenos
descreveu-os da seguinte maneira:
“Os magos índios tomam a forma que desejam e deslocam-se nos
ares através de grandes distâncias num espaço de tempo muito curto. Vêem o que se passa,
falam com o Demónio, que lhes responde por meio de pedras ou de outros objectos que eles
veneram.5@
O Lophophora williamsi, “peyotl”: planta sagrada e alucinogénea
O Lophophora williamsi, o “peyotI”, é provavelmente a planta sagrada americana mais bem
conhecida. Tal como o “San Pedro”, e a despeito de vários séculos de luta por parte da igreja e
da administração, esta planta é ainda muito utilizada pelos Mexicanos, e o comércio dos botões
de mescal é ainda florescente nos mercados da América Central e do México. Todos os anos,
após a estação das chuvas e da colheita do milho, organizam a festa do “peyoti” para
comemorar esta planta, que permitiu ao
83
grande chefe Majakugay, há vários séculos, combater os seus inúmeros inimigos e fundar um
império. Todos os objectos das tropas dispersas de Majakugay foram destruídos, e o deus
transformou-os numa planta maravilhosa, que conhecemos sob o nome de Lophophora
williamsi.
O efeito psicológico do “peyotV’ é muito variável e depende das doses absorvidas, das
condições físicas e do carácter receptivo do consumidor. Os seus efeitos alucinogéneos são
muito fortes: provoca visões caleidoscópicas coloridas. Os outros sentidos, como o tacto e o
gosto, também se alteram.
A acção do Lophophora willianisi efectua-se em dois níveis sucessivos:
- Primeiro, aguça a sensibilidade. -Numa segunda fase produz uma grande calma e um
relaxamento muscular; a atenção desliga-se dos estímulos exteriores, para se tornar
introspectiva e meditativa.
O Lophophora williamsi contém cerca de 30 alcalóides (entre os quais a mescalina), e é fácil
entender a importância que esta planta poderá ter no tratamento das doenças mentais.
Outras cactáceas com efeitos alucinogéneos
O Lophophora williamsi e o “San Pedro” não são as únicas cactáceas mágicas e alucinogéneas
da cultura pré-colombiana. Grande parte das plantas alucinogéneas foi designada pelo nome de
“falso peyotl”.
- A Epithelantha micromeris, cujos frutos, os “xilitos”, são comestíveis, foi utilizada pelos índios
Tarahomara. Os feiticeiros ingerem-na para obter visões mais claras e para comunicar com os
outros feiticeiros. Os corredores utilizam-na como estimulante e para combater o cansaço. Os
índios pensam que prolonga a vida e que faz enlouquecer as pessoas maldosas.
- A Ariocarpus retusus, ou “falsa pedra”, foi utilizada pelos habitantes
do Norte do México.
- O maior cacto de todos, o Carnegia gigantea ou “saguaro”, apesar
de não se conhecer a sua utilização pelos indígenas, contém alcalóides com efeitos
psicotrópicos.
84
- O Pelcyphora asseliformis é também considerado como “falso peyotF’.
- O Coryphanta compacta é um pequeno cacto respeitado no Norte do
México por ser uma planta eleita pelos deuses. É também consumida pelos xamãs. -0
Mamillaria senifis é alucinogéneo e cresce na América Central.
Todas estas espécies contêm em abundância alcaloides anteriormente desconhecidos da
ciência.
A utilização terapêutica das cactáceas
A utilização terapêutica das cactáceas não se limita aos seus efeitos psicotrópicos e à
estimulação do sistema nervoso.
- O Lophophora williamsi foi utilizado pelos índios norte-americanos como remédio para
estancar as hemorragias.
- O médico homeopata italiano Rubini foi o primeiro terapeuta a preconizar a utilização do
Cereus grandiflorus. Prescreveu-o para as afecções orgânicas do coração e dos vasos
sanguíneos e, como não tem uma acção depressiva sobre o sistema nervoso, prefere-o ao
acónito, especialmente para os linfáticos e para os nervosos. Utiliza-o também como potente
antipsoríaco (uso externo).
* O suco do Cereus pode também ser utilizado como depilatório e
para eliminar as verrugas. Em 1890, Jones descobriu a acção antinómica deste cacto e da
digitália. A digitália foi prescrita para corações cansados, e o
Cereus grandiflorus para a astenia do coração.
* Sultano isolou o alcalóide que denominou “cactina”. Este alcalóide
aumenta a energia do músculo cardíaco, faz subir a pressão sanguínea e activa os centros
motores da espinal medula.
* Segundo o Dr. Watson Williams, a parte mais rica em princípios
activos é a flor.
* Ele recomenda uma tintura obtida por maceração (durante 1 mês)
dos talos e das flores em 500 ci de álcool e aconselha a sua utilização em doses de algumas
gotas de 4 em 4 horas.
85
O Cereus fimbriatus e o Cereus moníliformis têm propriedades anti-reumatismais. O Cereus
geonietrizans está indicado para as úlceras.
No género Pereskia existem várias espécies terapêuticas:
* O Pereskiaguamacho, produzido como goma utilizada nas afecções
pulmonares catarrais. As folhas têm um sabor acre e utilizam-se em inalações e tisanas. As
flores fornecem tisanas espessas, e os frutos são diuréticos.
* O Pereskia bleo tem virtudes anti-sifilíticas e é também utilizado
contra a febre amarela.
* Os frutos do Pereskia aculeata têm uma acção anti-sifilítica e expectorante.
O talo carnudo do Opuntia contém uma quantidade importante de mucilagem. É por esta razão
que é utilizado como emoliente e para fazer amadurecer os tumores indolentes.
* Segundo Faiveley aplica-se o talo do Opuntia vulgaris em todas
as afecções inflamatórias e flegmónicas: herpes, erisipela, fleumatismos, furúnculos. O talo é
cortado aos pedaços e esmagado e aplica-se cru ou aquecido em excelentes cataplasmas.
* Contra a desinteria, aconselham-se as flores da Opuntia vulgaris.
Os frutos da Opuntia brasiliensis são antiescorbúticos, os ramos
são utilizados em cataplasmas e acalmam as dores ciáticas. O suco é utilizado nos edemas das
pálpebras.
As cactáceas também são comestíveis
Muitas cactáceas dão frutos comestíveis, por exemplo, o Opuntia vulgaris (figo-da-barbárie) ou
o Cereus thurberi dão frutos do tamanho de uma laranja. Também se comem os frutos do
Cereus pruinosus, do Cereus triangularis e do Cereus giganteus. Com o Opuntia produz-se
álcool. Certas espécies servem para a criação de cochonilhas.
Para terminar, as cactáceas são reservatórios naturais de água nas
regiões desérticas.
86
É difícil identificar e obter as espécies de forma fiável
A utilização das cactáceas, tal como a de outras espécies vegetais, apresenta alguns
inconvenientes. A primeira e maior dificuldade consiste em obter plantas cuja actividade seja
uniforme. Na verdade, as condições específicas de vegetação, a época das colheitas, a latitude
e a natureza dos solos alteram de forma significativa os processos de nutrição da planta, bem
como a sua genética. Todos estes factores têm uma repercussão sobre o teor em alcalóides da
planta. Assim, segundo Rouhier, os “peyotIs” do Texas, sendo mais tóxicos, dão menos visões
coloridas do que os “peyotIs” de outras proveniências.
Por outro lado, as leis do mercado fazem com que os produtos sejam frequentemente
falsificados. Isto acontece especialmente com o Cereus grandiflorus. A matéria-prima vendida
no mercado e que é suposto ser
proveniente desta espécie não é senão uma variedade qualquer de Opuntia, com propriedades
diferentes das que lhe são atribuídas. É por isso que é particularmente difícil determinar as
espécies utilizadas pelos indígenas. Mesmo o “San Pedro”, que é bem conhecido, só há bem
pouco tempo foi identificado com exactidão, pois durante muito tempo foi confundido com o
Opuntia cy1indrica.
As cactáceas são plantas resistentes... mas conseguirão resistir à civilização?
As cactáceas são, por natureza, resistentes às condições difíceis: seca, amplitudes térmicas e
poluição. A exploração indígena nunca ameaçou a sua existência, já que os índios colhem
apenas uma parte e salvaguardam a quantidade necessária para a reconstituição da população
vegetal.
Contudo o entusiasmo dos coleccionadores e a moda dos medicamentos produzidos à base
destas plantas constitui uma ameaça séria para este grupo. Assim, em 1976, a população de
Pediocaclus knowIlonú não ultrapassou os 250. A polícia do Arizona estima que o contrabando
de cactáceas representa um mercado de várias centenas de milhares de dólares.
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Actualmente, cerca de 30% das espécies presentes nos Estados Unidos estão ameaçadas.
Seremos nós privados desses “dons terapêuticos fabulosos” que nos legaram as civilizações
pré-colombianas, antes mesmo de conhecermos todas as suas possibilidades?
88
OS REMéDIOS UNIVERSAIS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
OS CHIFRES: a ciência confirma a eficácia dos remédios tradicionais dos Siberianos
A utilização dos chifres fez parte durante muito tempo das receitas populares da Sibéria. É
provável, aliás, que esta prática fosse proveniente da medicina chinesa. Quanto à farmacopeia
de certos povos europeus, ela contém igualmente extractos de chifres. O Dr. Gilibert estudou a
eficácia terapêutica dos chifres de alce para tratar a epilepsia, depois de a ter observado na
Lituânia. As investigações contemporâneas confirmam os efeitos deste remédio popular.
Os três tipos de chifres medicinais
Os médicos russos distinguem três tipos de remédios à base de chifres, cujas propriedades são
função da sua origem.
A pantocrina
A pantocrina foi isolada nos chifres em 1930 pelo professor Pavlenko. Desde então já foram
publicadas várias obras sobre as propriedades desta
89
substância. A dita substância encontra-se em dois tipos de veado: o “sika” (Cervus nippon) e o
“wapiti” (Cervus elaphus), dos quais quatro subespécies vivem na Sibéria.
Para a sua extracção cortam-se os chifres sem magoar o animal, que vive em semiliberdade. A
operação decorre durante o período intenso da sua actividade biológica.
Depois de limpos, os chifres são secos, cozidos, pulverizados e colocados em solução alcoólica.
A sua prescrição faz-se por meio de gotas ou
de injecções intramusculares.
Breckman e Dobriakov determinaram as suas condições de criação de modo a sistematizar e
optimizar a pantocrina. Os investigadores russos e
japoneses conseguiram identificar uma parte dos seus componentes. Estes constituem uma
mistura muito complexa de substâncias inorgânicas e
orgânicas, de aminoácidos (leucina, treonina, lisina, fenilalanina, isoleucina), de lípidos e de
fosfolípidos (lecitina, lisoleticina, esfingomielina).
Além disso, contêm substâncias específicas, tais como o he tacosan (C27H56), 6 colesteróides,
glicóssidos, querâmidos, vestígios de magnésio, de ferro, de alumínio, de titânio, de cobre, de
prata, de nátrio e de cálcio.
A pantocrina é uma substância que parece não ter efeitos secundários. Possui capacidades
antitóxicas e caracteriza-se por uma dupla acção sobre o sistema nervoso, simpático e central.
A rantarina
A rantarina é extraída dos chifres das renas (da Rangifer tarandus, que é a principal subespécie
da Sibéria, e da Rangifer tarandus phylarchus).
A sua composição é semelhante à da pantocrina, contudo contém um
maior número de substâncias orgânicas e um menor número de compostos minerais. No
entanto age de forma diferente, tem uma acção anti-inflamatória e possui propriedades antistress. Certas investigações confirmam a sua acção antitumoral.
A santarina
A santarina é extraída dos chifres do antílope saiga (Saiga tatarica). Esta espécie é explorada
pela farmacopeia chinesa. A santarina é um
90
tranquilizante e um antiespasmódico. É uma substância bastante interessante e que tem, sem
dúvida, um futuro indiscutível porque não diminui as capacidades de trabalho dos indivíduos
tratados.
Possibilidades terapêuticas da pantocrina, da rantarina e da santarina
Os investigadores testaram as possibilidades terapêuticas destas três substâncias. Os
resultados são extremamente promissores no tratamento
de doenças cardiovasculares, de hipotensão e também como adaptogéneos e em casos de
neurastenia (incluindo a insónia).
- A pantocrina tem um efeito antiarrítmico e pode também ser prescrita para as gastrenterites.
A sua utilidade foi confirmada em operações cirúrgicas, em queimaduras e em fracturas.
- A pantocrina (e sobretudo a santarina) age sobre a epilepsia e a
hipertensão.
- A rantarina e a pantocrina são estimulantes e tónicas. Melhoram as
actuações físicas e mentais e agem, ainda, na coordenação, no cansaço, na irritabilidade e no
apetite. Favorecem também a convalescença.
- A rantarina e a pantocrina são prescritas na Rússia para tratar problemas geriátricos
(hipertrofia da próstata, em períodos pré- e pós-operatórios e como adjuvante de diversos
tratamentos).
- Reconhecidas as suas propriedades sobre o sistema nervoso, a santarina
é utilizada como tranquilizante.
- Finalmente, estas substâncias são também indicadas para casos de
perturbações sexuais.
É espantoso que, não obstante todos estes dados (publicados nos jornais científicos), as
substâncias extraídas dos chifres sejam tão pouco conhecidas, excepto no Japão. Certos
biólogos britânicos, contudo, como, por exemplo, o célebre Thomas Huxley, interessaram-se
pela pantocrina, mas as suas investigações não ultrapassaram a fase experimental.
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ADAPTOGÉNEOS E BIOESTIMULADORES OU A BUSCA DA"PANACEIA” MODERNA
O organismo possui grandes capacidades de adaptação às condições exteriores às quais é
submetido. A homeostase é o resultado desta adaptação. Os teóricos da medicina definem a
doença como um resultado da ruptura da homeostase, ou seja, do enfraquecimento destas
capacidades de adaptação.
A homeostase mantém-se por meio de reacções enzimáticas a nível
molecular e de uma acção hormonal a nível do organismo.
Todas as reacções bioquímicas têm um carácter de compensação (asseguram a manutenção do
equilíbrio) ou um carácter exploratório (elas
procuram” novas possibilidades metabólicas).
O envelhecimento é entendido como uma perda das nossas faculdades de adaptação, já que
para lutar contra os factores ambientais nocivos o organismo se desgasta imoderadamente.
A busca de substâncias susceptíveis de aumentarem as nossas
capacidades de adaptação parece ter um futuro promissor
Esta busca não é uma novidade. As plantas “adaptogéneas” pertenciam à “classe imperial” da
farmacopeia chinesa. A sua importância para a
medicina moderna está ligada à independência da sua acção sobre os
factores externos.
Elas aumentam a resistência do nosso corpo contra a poluição química e electromagnética,
contra as infecções, contra o abaixamento do teor de oxigénio na atmosfera e contra as
condições extremas de pressão atmosférica e de temperatura.
Parecem proteger-nos contra as depredações autodestrutivas a que o nosso organismo é
submetido: os radicais livres, a oxigenação natural, os
desgastes hidrolíticos, etc.
Devemos realçar a diferença entre adaptogéneos e bioestimuladores. Estes últimos estimulam o
sistema imunitário, que é apenas um dos nossos mecanismos de adaptação.
92
Esta busca é difícil
A acção adaptogénea é o resultado de uma actividade complexa dos diferentes componentes
orgânicos. Por este motivo é muito difícil estudá-los, sistematizá-los e garantir a repetitividade
dos seus resultados. Pelo mesmo motivo é praticamente impossível obter adaptogéneos
sintéticos. Acrescentemos que nas plantas “panaceia” uma classe de substâncias adaptogéneas
está, por vezes, presente nas raízes e outra nas folhas (é o caso do Rhaponticum
carthamoides).
A acção terapêutica das plantas adaptogéneas
A maioria dos adaptogéneos tem uma forte acção anabólica (comparável à dos esteróides). Eles
favorecem as reacções enzimáticas, participando na síntese dos componentes
macromoleculares, tais como as proteínas, os lípidos e os ácidos nucleicos.
Não obstante a medicina asiática possuir o maior número de adaptogéneos (Schisandra
chinensis, Panax ginseng, Centella asiatica, Angelica sinensis), conhecem-se e estudam-se cada
vez mais plantas provenientes de outros continentes, por exemplo, a raiz de Cimicifuga
racemosa (black cohosh root) da América do Norte, o Harpagophytum procumbens (raiz-dodiabo) de África, as folhas de Turnera aphrodisiaca do deserto do México ou a casca da árvore
Tabebuia impetiginosa.
Vários adaptogéneos parecem ter também uma acção anticancerígena, como por exemplo, os
cogumelos Lentinus edodes (shi-take), Ganoderma lucidum (cogumelo de Reischi) e Pachyma
hoelen (hoelen).
Devemos mencionar também a Rhodiola rosea, planta adaptogénea que pertence à
farmacopeia europeia. Foi cultivada em França, em Inglaterra, em Itália e nos Países Baixos até
ao final do século xvii (actualmente encontra-se em estado selvagem em França). A sua raiz
(vendida sob o
nome de Radix rhodiae) foi utilizada na Europa contra as dores de cabeça e como substituto do
ginseng, demasiado caro nessa época. No Extremo Oriente era conhecida sob o nome de “raiz
dourada” e era prescrita contra o cansaço.
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As investigações contemporâneas confirmaram que a Rhodiola rosea age sobre o sistema
imunitário e hormonal. Tem propriedades adaptogéneas de luta contra o stress físico e
psicológico. Redescobriu-se o interesse da sua prescrição em casos de neurose, bem como em
estados patológicos do sangue: por exemplo, para a leucocitose e para a hipo e hiperglicernias.
Além disso, também se observaram efeitos benéficos desta planta em pacientes em tratamento
citostático.
94
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Neste capítulo descreveremos os tratamentos preconizados na segunda parte deste livro:
-Como utilizar as plantas e de que forma devem ser consumidas ou aplicadas sobre o corpo.
- Como alimentar-se para melhorar o estado de saúde. Através de
conselhos e de uma revisão das teorias existentes - por exemplo, o
“crudivorismo” ou o vegetarianismo - de estudos sobre a germinação dos grãos, sobre o
açúcar, o pão, as bebidas, bem como as suas indicações e contra-indicações. Falaremos
também do jejum, recomendado em quase todas as afecções.
- Como viver melhor graças a exercícios físicos (combinados com um
bom repouso), ao relaxamento, aos exercícios respiratórios e aos
inúmeros efeitos benéficos do riso.
- Finalmente, para fechar o capítulo, examinaremos os remédios preconizados pelo padre
Kneipp e pelo Dr. Bilz, praticados durante muito tempo e actualmente esquecidos pela medicina
moderna ocidental: por exemplo, os duches terapêuticos e os banhos de todos os tipos (vapor,
ar, sol, luz ... ).
COMO UTILIZAR AS PLANTAS
A INFUSÃO
A preparação de uma infusão pode ser feita tanto para um consumo diário como à medida das
tomadas.
95
*Aqueça água até ferver e depois junte-lhe as plantas: o equivalente
para uma chávena serão 2 a 3 pitadas (cerca de 1 colher, de café). Para 1 litro, que representa
geralmente o consumo diário, uma dezena de pitadas é suficiente.
*Deixe a água tremer sem ferver, durante 2 a 3 minutos. Depois deixe
em infusão durante 10 a 15 minutos, filtre e beba morna. Se o sabor da sua tisana for
demasiado amargo, pode acrescentar um pouco de mel. Quando tiver de utilizar várias plantas
para fazer a sua infusão, pode fazer a sua preparação por meio de saquinhos individuais. Neste
caso a
quantidade necessária deve, bem entendido, ser dividida pelo número de plantas.
Se, por exemplo, utilizar 4 plantas diferentes para a sua preparação, a mistura para 1 litro de
água comportará 2 a 3 pitadas de cada planta. Se o desejar, o seu farmacêutico-ervanário pode
preparar-lhe estas misturas.
A DECOCÇÃO
É preferível preparar a sua decocção para 1 dia ou 2 de utilização.
*Utilize uma dezena de pitadas de plantas (cerca de 3 colheres, de
sopa) para 1 litro de água.
*Deixe ferver em lume brando durante cerca de 20 minutos e em
seguida deixe repousar a mistura durante meia hora e, se necessário, junte-lhe um pouco de
mel.
- A decocção pode beber-se fria ou aquecida antes de cada tomada.
AS DECOCÇõES DO PADRE KNEIPP
As decocções do padre Kneipp são utilizadas em banhos, cataplasmas ou compressas.
FLORES DE FENO 91)
Por “flores de feno” entendem-se os talos, as folhas, as flores e os grãos do feno.
96
Utilizam-se 1 a 2 punhados para 1 litro de água. Esta mistura deve ferver em lume brando
durante 15 a 20 minutos.
- Kneipp realça que os fenos secos ou frescos têm o mesmo valor.
- Esta preparação é útil em cataplasmas, compressas ou banhos.
Como alternativa, pode utilizar flores dos campos, dos prados e
dos bosques.
Palha de aveia
Prepara-se fervendo a palha de aveia cortada, à razão de 2 punhados para 1 litro, durante 15 a
20 minutos.
- Esta mistura utiliza-se em compressas e em banhos.
Decocção de cavalinha
1 punhado para 1 litro de água. Deixe ferver durante 15 minutos.
- O padre Kneipp recomenda vivamente a cavalinha, quer em tisana
quer em banhos, compressas ou cataplasmas.
- Esta planta tem uma acção remineralizante.
AS CATAPLASMAS DE ARGILA
Preparam-se com argila desfeita, verde ou branca, que se pode encontrar à venda no comércio.
Coloque-a num recipiente e cubra-a de água. Quando apresentar uma
consistência pastosa, estará pronta a utilizar. A argila é conhecida desde os tempos mais
remotos. Tem os seus fervorosos defensores. As suas aplicações terapêuticas são muitas e
variam em função da sua origem. Revela-se de uma eficácia notável em unguentos,
cataplasmas, máscaras de beleza e compressas,
- Para o padre Kneipp ela tem um papel importante no tratamento
do lúpus e do cancro. É anti-inflamatória e limpa as úlceras pútridas e malignas.
97
- Aconselha-a também para dores de cabeça, de costas, para as
luxações, os tumores e as inflamações. A sua acção antipútrita permite a aplicação em feridas
abertas.
A MACERAÇÃO
Obtém-se deixando as plantas dentro de um líquido durante um período de tempo mais ou
menos longo.
Maceração em água
* Encha um frasco de vidro com ‘/4 de plantas e o restante com água.
* Deixe macerar durante 2 a 3 dias, se possível ao sol.
* Agite o frasco de vez em quando.
* Filtre, de modo a obter o suco.
* Uma alternativa consiste em encher o frasco tal como descrevemos,
aquecê-lo em banho-maria durante cerca de 1 hora e deixá-lo a repousar durante 24 horas.
- Estes preparados são utilizados em banhos, cataplasmas ou misturadas com bebidas, à razão
de 2 colheres, de café, por dia (em média).
- Devemos acrescentar que este tipo de preparado tem um prazo de
conservação muito curto e por conseguinte deve ser utilizado nos dias que se seguem à sua
confecção.
Maceração em álcool (alcoolatura)
* Pode deixar macerar a planta directamente em álcool, que absorve
deste modo os princípios activos da planta. As quantidades geralmente utilizadas são da ordem
de 50 a 100 g para meio litro de álcool.
* Pode também utilizar outros tipos de álcool, como o rum, o calvados
ou o vodka. O tempo de “digestão” dos produtos activos é de alguns dias para as folhas, flores
e rebentos, e de 2 a 3 semanas para as
raízes e cascas. Filtre no final da operação.
98
Tintura-mãe
- O preparado tem um protocolo semelhante ao anterior. É feito por
laboratórios e destina-se à homeopatia.
- A posologia destes preparados varia, segundo os casos, entre 20 a
50 gotas diluídas em água ou sumo de fruta, 1 a 2 vezes por dia.
Maceração em vinho
O vinho é um suporte interessante. É preferível escolher um de muito boa qualidade e, de
preferência, biológico.
* A maceração em vinho fica pronta ao fim de um período de 5 a 6
dias, ao fim do qual deve ser filtrada. A sua conservação é excelente.
* A prescrição é da ordem de meio a 1 copo, de licor, por dia.
Maceração em óleo
* Deve utilizar um óleo virgem de primeira pressão a frio. Os óleos
de azeitona, de cártamo e de germe de trigo são bons para este tipo de operação. Após
terminar a maceração deve proceder à sua filtragem.
- Este óleo pode ser tomado com vegetais crus e saladas, na porção
de meia colher de sopa. Atenção: não utilize este óleo em cozeduras.
- Para uso externo em massagens (especialmente dores musculares, reumatismos, lumbagos,
tratamento da pele, etc.), os óleos de amêndoas-doces e de avelã são mais agradáveis.
* Deixe macerar durante um período de 15 dias a 3 semanas, se possível ao sol.
* Para acelerar o processo, pode aquecer esta mistura em banho-maria
durante cerca de meia hora e deixá-la macerar durante 48 horas. Filtre no final da operação.
99
OS óLEOS ESSENCIAIS
Definição e complexidade da sua estrutura química
É impossível dar uma definição exacta dos óleos essenciais. Contudo, a mais adequada parece
ser a seguinte:
“Substâncias oleosas aromáticas, provenientes de fontes naturais,
frequentemente vegetais, distiladas no vapor.”
Não são corpos químicos simples e homogéneos. Contêm misturas de vários componentes,
podendo alguns deles ser dominantes. Além disso, pode existir sinergia ou antagonismo entre
eles.
É inútil tentar reduzir a acção do óleo essencial a um dos seus componentes, mesmo que
alguns deles sejam predominantes e que as propriedades do óleo possam ser bem definidas. A
título de exemplo, o óleo essencial de cravo-de-cabecinha tem fortes propriedades antibióticas.
As experiências realizadas no século xix por um dos fundadores da microbiologia, Robert Koch
(Prémio Nobel), demonstraram que este óleo age sobre certas bactérias após um período de
apenas 12 minutos de exposição e numa solução diluída a 1%!
Tenta-se frequentemente reduzir o poder antibiótico dos óleos essenciais à quantidade dos seus
componentes fenólicos. Mas o caso do óleo de cravo-de-cabecinha mostra bem que tal
associação carece de uma justificação científica, já que este óleo tem efeitos superiores aos do
fenol. Por este motivo é difícil determinar os inconvenientes associados à sua utilização, mesmo
que, como é o caso do Melaleuca alternifolia (que sabemos ser responsável de inúmeros
eczemas alérgicos), se tenha conseguido isolar o factor causal (d-limenona).
Cinco razões pelas quais os óleos essenciais não são estáveis
A riqueza bioquímica dos óleos essenciais é, sem dúvida, uma das razões da sua eficácia, mas
infelizmente é difícil e, muitas vezes, até impossível realizar investigações comparativas, bem
como repetir os resultados.
100
O problema da garantia e da estabilidade dos óleos essenciais comercializados também se põe.
A quantidade extraída depende do período de vegetação. Os estudos sobre o manjericão
mostraram que ela aumenta significativamente nas folhas, no início, e isto até à floração, e que
em seguida a quantidade baixa nas folhas e sobe nas flores. Depois da fecundação, ela volta às
folhas (mas diminui em quantidade). É por este motivo que, ao longo do dia, a quantidade de
óleo na planta varia, tal como a libertação do seu perfume. Foi possível constatar que esta
variação diária é regular, a tal ponto que no século xviii R. Meusee criou um relógio vegetal
aromático, composto de várias espécies de flores. As horas eram indicadas pelos aromas
libertados ao longo do dia, cada espécie libertando o seu “perfume” em momentos bem
específicos.
O perfume dos óleos essenciais fornece particularidades multifacetadas. Existe em particular
um mundo fascinante no qual os aromas têm um papel preponderante: é o que se utiliza
quando nos
servimos dos seus princípios voláteis para perfumar um quarto de
uma casa.
A composição química (quantitativa e qualitativa) está associada às condições ambientais, tais
como a qualidade do solo, a atmosfera, a utilização de herbicidas e a presença de poluentes.
Pode variar muito dentro da mesma espécie em função da sua origem (por exemplo, a
diferença de quantidade de cetonas de Salvia officinalis pode variar de 1000%). Esta variação
não se verifica apenas no que diz respeito à sua composição química, mas também à reacção
do organismo receptor. A experiência confirma que a acção bacteriostática das várias raízes de
um mesmo germe pode ter reacções diferentes num óleo essencial aparentemente sempre
idêntico. A sua grande diversidade química torna impossível comparar o processo de acção dos
produtos naturais com o dos extractos brutos ou de óleos purificados, e não é possível de modo
algum ter uma garantia de estabilidade na sua produção. Outra dificuldade da homogeneização
está ligada ao facto de os óleos não serem solúveis em água e ser necessária a sua utilização
por meio de um solvente especial - um agente emulsionante que interfere no produto inicial.
101
Um pouco de história a propósito da origem dos óleos essenciais
Apareceu primeiro a aromaterapia
A utilização dos aromas de flores e de plantas é muito antiga. Todos os povos e todas as
tradições utilizaram os “aromas”, com finalidades rituais ou terapêuticas. A Bíblia cita o hissopo,
planta sagrada dos Hebreus
- que a preparavam de uma maneira específica.
A aromaterapia é a arte de recuperar ou de conservar a saúde utilizando a parte volátil ou
olfactiva das plantas.
Depois veio o embalsamamento
O embalsamamento foi praticado por diversas culturas. Há 6000 anos os Egípcios sabiam
extrair a essência das coníferas: a madeira de cedro era aquecida num recipiente de argila,
cuja abertura era coberta por uma
grade de fibras de lã. Bastava espremer a lã para libertar a essência de que esta ficava
impregnada.
A seguir vieram as destilações
O desenvolvimento e o entusiasmo que os óleos essenciais tiveram ao
longo dos séculos só foram possíveis graças à destilação. Este procedimento foi provavelmente
descoberto por sábios árabes no início da Idade Média. A essência de alecrim foi uma das
primeiras a ser isolada e extraída por Ramóri Luil (nascido em Maiorca em 1235).
Em 1370, certos documentos relatam a existência de uma destilação obtida a partir do cedro,
do alecrim e da terebintina, chamada “água da rainha da Hungria”. Mas só a partir do século xv
se começou a praticar a destilação de plantas e de flores. Independentemente da águahúngara, ninguém (à excepção de alguns alquimistas cujos trabalhos são ainda mal
conhecidos) se interessava pelas partes oleosas das plantas que, ao separarem-se, boiavam à
superfície das águas destiladas. Eram consideradas como impurezas, inutilizáveis na produção
de “perfumes”.
102
E são finalmente mencionados
O catálogo das especiarias de Francoforte, editado em 1450, não menciona nenhum óleo
essencial. Um pouco mais de um século depois, em
1587, existe um reportório de 59. A partir do início do século xvii a
destilação é realizada em laboratórios, e a sua produção torna-se mais substancial. No século
xviii começam a melhorar os rendimentos e passam a existir meios que irão permitir detectar e
suprimir as fraudes, que se
tornam frequentes.
O século xix e o início do século xx trazem um melhor conhecimento dos óleos essenciais,
graças às aplicações da química analítica e da fisiologia vegetal. Mas, apesar de ter conhecido
uma fama incontestável, constata-se actualmente o pouco interesse que a ciência oficial tem
por este tipo de investigação. A mais importante base de dados das investigações médicas, a
Medline, relata apenas 57 trabalhos efectuados sobre os óleos essenciais durante os últimos
três anos.
As causas dos poderes dos óleos essenciais
Os óleos essenciais estão entre os remédios mais potentes conhecidos. A sua eficácia reside na
diversidade dos seus componentes químicos. A sua concentração em princípios activos confere-
lhes um poder excepcional.
Deste modo, para extrair quantidades ínfimas, são necessárias grandes quantidades de
matéria-prima. Para obter 500 g de essência de bergamota, por exemplo, são necessários 100
kg de frutos; 300 kg de limões para 1 kg de essência; 1000 kg de flores de laranjeira para 1
kg, e 200 kg de lavanda para 1 kg de essência.
Certas plantas fornecem quantidades ainda mais ínfimas: para se obter
5 g de essência de violeta, são necessários 100 kg de flores de violeta! A título de comparação,
para uma decocção de violeta (20 g para 1 litro de água) utilizam-se 1000 vezes menos de
matéria vegetal do que para produzir uma só gota (1 g) de óleo essencial. Mas este exemplo
tem apenas um carácter demonstrativo, já que a diferença é também qualitativa (os princípios
da decocção são diferentes dos princípios dos óleos essenciais).
103
Verifica-se que os óleos essenciais penetram facilmente no organismo através da pele. Esta
propriedade é um meio precioso para veicular outros tipos de preparações medicinais. Os óleos
são depois eliminados pelos rins e pelos pulmões, onde produzem a sua acção anti-séptica.
Esta facilidade de penetração no corpo é frequentemente subestimada.
O poder dos óleos essenciais sobre o organismo
O seu poder, bem como a heterogeneidade da sua acção sobre o organismo, são as razões
pelas quais é imperativo utilizá-los com prudência!!! A sua utilização deve ter em conta o óleo e
o modo de administração:
- Em uso externo, por inalação, lenço, compressas, máscara de argila,
massagens, fricções, banhos curativos, gargarejos, champôs ou difusão no ar (por evaporação
ou pulverização).
- Por via interna, é necessário o aconselhamento de um terapeuta
competente e não os utilizar puros, mas, de preferência, diluídos ou em cápsulas.
A acção antibiótica dos óleos essenciais
O poder anti-séptico dos óleos essenciais é conhecido desde há muito e foi confirmado pelos
resultados das investigações contemporâneas. A sua acção antibiótica é inegável: em 133 óleos
estudados, 105 demonstraram uma forte acção bactericida, bacteriostática e antifúngica. Além
disso, a lista dos “óleos antibióticos” não terminou e enriquece-se constantemente. Entre as
plantas africanas, o Schinus inollelin, espécie originária do Zimbabwe, tem um poder antibiótico
quase excepcional sobre todos os micróbios examinados (20 espécies de bactérias e 5 fungos).
Esta acção antibiótica já foi realçada no início da microbiologia moderna. Em 1881, Robert Koch
estudou a acção bactericida da essência de terebintina. Além disso, estudos efectuados no
século xix confirmaram a acção particularmente forte das essências de canela, de orégão e de
cravinho-da-índia (em emulsão ou vaporização).
Contudo, pensa-se descobrir ainda as suas propriedades terapêuticas. Em 1893, M. G. Bertrand
e Forne estudaram o poder bactericida do
104
Melaleuca viridi ra (”niauli”). Um século depois, em 1992, certos produtores reivindicam ter
“descoberto” as suas propriedades medicinais.
E, para terminar, notamos que são sempre os mesmos óleos os mais utilizados: de orégão, de
tomilho, de gerânio, de canela, de cravinho, de canela-da-china, de lavanda, de limão, de
zimbro, de laranjeira e de bergamota.
As vantagens dos óleos essenciais
Os investigadores surpreenderam -se (e continuam a surpreender-se)
com a rapidez da sua penetração no organismo:
-Já dissemos que bastam 12 minutos para o óleo de cravinho agir
sobre certas espécies bacterianas. -Os vapores da essência de limão, em suspensão no ar,
agem em 2 horas sobre os estafilococos.
- As afecções das vias respiratórias são atacadas pelos óleos de
eucalipto, de pinho, de mirta, de mirra ou de tomilho em menos de
1 hora.
Em 1936, Risler verificou que era possível prolongar a sua acção acrescentando- lhes elementos
não voláteis, tais como resinas, o que lhes confere um tempo de acção extremamente longo.
Este autor demonstrou assim que as misturas de óleos essenciais são muito mais activas do
que quando estes são aplicados separadamente.
Mas utilizem-nos com prudência!
Independentemente do poder que as essências fornecem durante a sua utilização, deve evitarse misturá-las (salvo sob prescrição médica autorizada) com outros medicamentos.
Verificou-se, por exemplo, que certos antibióticos diminuem o poder antibacteriano do óleo de
erva-cidreira. Em contrapartida, este aumenta a
toxicidade dos antibióticos.
Finalmente, observou-se por diversas vezes a resistência dos microrganismos. É a utilização
abusiva dos óleos essenciais que é responsável deste fenómeno. É também por esta razão que
é necessário utilizá-los com cautela.
105
Outras acções dos óleos essenciais sobre o organismo humano
Os óleos essenciais não se limitam a ter uma acção antibiótica. A riqueza deste grupo de
remédios fitoterapêuticos é tal que não existe praticamente nenhuma patologia que não
responda à sua administração. Apresentamos a sua utilização pormenorizada na 2.’ parte desta
obra, consagrada ao tratamento de 267 afecções.
Mas, de uma maneira geral, podemos afirmar que eles são notoriamente antiespasmódicos. Os
óleos essenciais geram, em doses fortes, um mal-estar que pode ir até à paralisia dos
movimentos espontâneos da musculatura lisa. Em altas diluições são estimulantes.
As múltiplas virtudes terapêuticas dos óleos essenciais
*Os óleos de menta, de mentol e de cânfora são antiespasmódicos e
agem sobre o intestino e a vesícula biliar.
*O tomilho age mais especificamente sobre os pulmões.
*A mistura de mentol, timol, cânfora e cineol, utilizada em aerosol,
é antitússica. Este fenómeno foi demonstrado nas cobaias submetidas a vapores de amoníaco e
no homem submetido a vapores de ácido cítrico.
*As propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias (as últimas investigações relatam a grande
eficácia do Bupleurum frutescens), citofilácticas, tónicas, desintoxicantes e anti-reumatismais, a
acção estimulante sobre as secreções gástricas, biliares e intestinais, os seus efeitos sobre o
sistema circulatório são também frequentemente citados.
*Também se demonstrou o seu poder anticolesterol (menta) e antiparasitário contra vermes e
protozoários (até contra certos parasitas tropicais difíceis de combater).
*As investigações realizadas em 1993 em São Paulo, no Brasil, demonstraram a acção
preventiva do sabão à base de óleo essencial de Pterodonpubescens leguminoseae contra o
Schistosomias mansoni, veiculado pelos ácaros.
106
Eles estimulam as defesas imunitárias e combatem as bactérias
A outra vantagem dos óleos essenciais que não devemos negligenciar é que eles estimulam as
defesas naturais do organismo. Quando, por exemplo, actuam sobre uma infecção, aniquilam
os germes e têm um poder antibacteriano garantido. Não sendo meramente
imunoestlmulantes, reforçam também o terreno e favorecem a reacção orgânica.
Inúmeros trabalhos apontam o largo espectro da sua aplicação: podem ser utilizados em
praticamente todas as afecções bronquíticas, gripes, sinusites, afecções urinárias e micoses.
Mas o mais importante é que, graças ao seu poder de estimulação natural das defesas
imunitárias, eles favorecem o regresso a um bom estado de saúde.
Mas, prudência!...
A aromaterapia é uma medicina activa que deve, contudo, ser utilizada com alguma precaução.
Certos óleos essenciais podem apresentar inconvenientes, em particular a salva, o hissopo e a
artemísia, que podem provocar crises de epilepsia. Devem ser manejados com prudência e ser
prescritos apenas por terapeutas experimentados.
O seu modo de preparação
A destilação mais correntemente utilizada pratica-se em vapor de água. As plantas, depois de
seleccionadas e limpas, são colocadas num alambique. A mistura é então aquecida, e o óleo
essencial sobe à superfície, podendo ser recolhido no final desta operação.
Modo de utilização
Por via interna
A posologia média é de 1 a 4 gotas, duas a três vezes ao dia, dependendo das essências.
Não é necessário tomar quantidades importantes de óleos essenciais, tendo a sua utilização
demonstrado que uma posologia regular de peque
107
nas quantidades dava com frequência melhores resultados. É preferível começar por doses
fracas e aumentá-las progressivamente, sem contudo ultrapassar as doses indicadas pelo
terapeuta.
Certos óleos fenolados, tais como o de tomilho, de segurelha ou de orégão, devem ser tomados
de preferência em preparações específicas, confeccionadas por um farmacêutico-ervanário.
Em supositórios
O seu farrnacêutico-ervanário pode preparar-lhe supositórios à base de óleos essenciais.
Em fricções
Fricções ou massagens podem ser executadas com óleos essenciais diluídos num óleo vegetal
(de avelãs, amêndoas-doces, germe de trigo, etc.). A pele, por capilaridade, absorve os
princípios activos, que penetram deste modo no organismo.
Por vaporização
A vaporização na atmosfera é uma forma interessante de sanear o ambiente e de o purificar de
forma agradável. Os óleos essenciais perfumam a atmosfera regenerando simultaneamente o
meio ambiente.
Existem actualmente pequenos difusores de aromas, baratos e de fácil utilização. Como
alternativa, pode colocar algumas gotas de essência num
recipiente, previamente misturadas com álcool (10 a 20%, ou seja, 1 a 2 gotas para 10 gotas
de álcool). Ao evaporar-se, esta mistura purifica a atmosfera.
Esta utilização é um meio eficaz de prevenção contra os pequenos males do Inverno (essências
de eucalipto, de tomilho, de pinho e de terebintina).
Onde se podem encontrar os óleos essenciais?
O seu farmacêutico-ervanário pode fornecer-lhe todos os óleos essenciais e aconselhá-lo
quanto à sua administração.
108
Também existe uma gama importante à sua disposição nas lojas de dietética.
É preferível utilizar óleos extraídos por vapor de água, se possível de qualidade biológica.
Precauções na utilização
É importante saber que os óleos essenciais não se dissolvem em água (não são hidrossolúveis).
Terá de utilizar um diluente, por exemplo, álcool, óleo, “carvão de Belloc” (vende-se nas
farmácias), um pedaço de açúcar ou de mel ou ainda incluí-los noutras preparações.
Para os banhos, pode utilizar o álcool, numa proporção de 10 volumes de álcool para 1 volume
de óleo essencial. Para fazer esta mistura pode também utilizar um gel de banho ou champô.
N. B.: Nunca deixe os óleos essenciais ao alcance de crianças.
A DRAGEIA
A drageia envolve e protege a planta sem diminuir de modo algum a
sua eficácia, apesar de muitos terapeutas tradicionalistas lhe preferirem a
infusão ou a decocção.
Uma cápsula está doseada de 250 a 400 mg. O invólucro é dissolvido pelos sucos gástricos, e a
planta, ficando em contacto directo com as mucosas do estômago, é rapidamente assimilada
pelo organismo.
Esta modalidade fornece a possibilidade de seguir um tratamento fitoterapêutico de forma fácil
e eficaz. Além disso, sendo cada drageia doseada com precisão, a sua ingestão é sempre
idêntica, fácil e agradável.
Certas plantas têm um sabor particularmente acre, como, por exemplo, a erva-moleirinha.
Graças às cápsulas, podem ser facilmente ingeridas, o
que nem sempre é o caso com a infusão, a decocção ou a maceração, que exigem,
frequentemente, o recurso ao açúcar ou ao mel para alterar o seu sabor inicial.
109
COMO DEVE ALIMENTAR-SE PARA SALVAGUARDAR A SUA SAúDE
A ALIMENTAÇÃO
As teorias alimentares são variadas e antigas
Certas teorias estão associadas a práticas religiosas ou a proibições alimentares, como é o
caso, por exemplo, do catolicismo. De facto, esta religião prescreve a quaresma em
determinados períodos, bem como a
proibição do consumo de carne às sextas-feiras, e aponta os pecados capitais, entre os quais a
gula tem um lugar importante.
Hipócrates conhecia a importância da alimentação e preconizava:
“Que a alimentação seja o teu medicamento.”
E ainda:
---Quando alguém desejar recuperar a saúde, é necessário perguntar-lhe se está pronto a
suprimir as causas da sua doença; só então será possível ajudá-lo. “
Maimónides, médico, filósofo e rabino que viveu em Toledo no século xii enuncia as seguintes
regras:
“Come apenas quando sentires vontade. O homem sábio só come
para acalmar a sua fome.”
Cinco séculos antes da nossa era, os médicos chineses já tinham feito a aproximação entre a
sobrealimemtação e a doença. No Neí Ching, que é um dos mais antigos tratados de medicina,
é sob a forma de diálogos que um médico ensina ao seu imperador as regras que governam a
vida:
110
- Nos tempos antigos - perguntava o imperador - o homem podia, ao
que parece, viver até aos 100 anos; agora, gasta-se muito rapidamente e morre jovem, qual é
a razão de ser assim? -Antigamente - responde o médico - os homens seguiam o Princípio.
Eram sóbrios e levavam unia vida ordenada e regular; actualmente os homens são
destemperados, bebem álcool e cometem abusos. Ainda neste nosso tempo, se o homem
poupar as suas energias, pode viver de boa saúde e tornar-se centenário.
A sua alimentação e o seu modo de vida têm consequências sobre a sua saúde
Para os partidários de uma alimentação saudável, a cozedura e as diversas transformações dos
alimentos implicam alterações de estrutura e
perdas de nutrientes difíceis de avaliar.
Deste modo, as experiências feitas no início do século por dois célebres investigadores,
Simonsen e Pottenger, não deixam qualquer dúvida sobre as consequências que as
modificações nos nossos hábitos alimentares podem implicar.
No âmbito desta experiência, dois grupos de gatos foram alimentados de forma diferente: o
primeiro com carne crua e leite cru; o segundo com
carne cozida e leite fervido. Os gatos alimentados com carne crua permaneceram de boa saúde,
enquanto os do outro grupo, alimentados com carne cozida, sofreram doenças, e as suas crias
apresentaram taras e malformações, em particular ao nível do maxilar e do esqueleto.
Não somos gatos, como é óbvio, mas é mais do que certo que não somos geneticamente
capazes de nos adaptarmos a modificações importantes no nosso modo de vida. A nossa
alimentação já não é semelhante à dos nossos antepassados, que era fundamentalmente crua e
composta de frutos, bagas e raízes.
Os alimentos desnaiurados que consumimos
Actualmente, a nossa alimentação, devido à industrialização da agricultura e à notável
transformação que tem sofrido graças à conservação, ao congelamento e aos pratos prépreparados, tornou-se barata (as despesas neste campo representam em média 20% a 25% do
orçamento familiar).
As prateleiras dos mercados e das grandes superfícies estão repletas de alimentos variados e
abundantes. Mas estes sofreram alterações muito importantes durante as últimas décadas.
Inúmeras substâncias químicas, destinadas a preservar as culturas contra a invasão de
parasitas e de ervas daninhas, são utilizadas para aumentar o rendimento da produção. Estas
substâncias concentram-se no vegetal, e os excedentes contaminam os solos e as camadas
friáticas.
Calcula-se um patamar de tolerância, considerado aceitável, que vai
até um certo teor de contaminação, já que se considera que abaixo desse patamar as doses
ingeridas não têm qualquer incidência sobre a saúde humana. Estas são calculadas em função
de uma quantidade ingerida ao
longo de uma vida e supõe-se que não apresenta riscos apreciáveis. Uma vez estabelecida esta
quantidade limite, aplica-se-lhe um coeficiente de segurança e define-se assim a dose máxima
admitida diariamente.
Este tipo de cálculo deveria ser tranquilizador e pôr-nos ao abrigo de qualquer intoxicação pelos
componentes de síntese que entram hoje em
dia correntemente na nossa alimentação. No plano teórico, estes cálculos têm uma certa
coerência. No plano prático, em contrapartida, podemos considerar que diversos poluentes
alimentares, introduzidos através de técnicas modernas e industriais, representam uni “risco
maior” para a
saúde global das populações, quanto mais não seja porque somos incapazes de avaliar as
reacções específicas de cada indivíduo.
Escolha a qualidade e modere a quantidade
Uma boa parte dos males de que sofremos está directamente ligada ao
nosso modo de vida e, especialmente, à nossa alimentação. É por esta
razão que nos parece especialmente importante insistir neste ponto. Se, por um lado, como
afirmam muitos investigadores, devemos limitar a
quantidade de alimentos que consumimos, devemos por outro lado estar atentos à sua
qualidade. Por esta razão é útil evitar o consumo de pratos pré-preparados, congelados,
cozinhados, etc., e que sofreram, além dos poluentes alimentares durante a sua cultura (ou
criação, quando se trata de produtos de origem animal), manipulações para a sua
transformação que recorrem a conservantes, corantes, emulsionantes, etc.
112
O consumidor, no final desta cadeia, compra, prepara e consome alimentos desnaturados. A
nossa vitalidade e a nossa saúde sofrem as consequências, e perdemos a capacidade de fazer
face às inúmeras agressões exteriores.
As doenças de civilização cardiovasculares, cancros, diabetes, reumatismos, alergias, etc.,
proliferam (consequência de uma mistura judiciosa de stress, de condições de vida trepidantes
e, para cúmulo, de uma alimentação inadequada, rica em gorduras animais e em colesterol ...
).
Conselhos para melhorar a sua alimentação
Escolha bem os seus produtos
É preferível escolher, se possível, produtos provenientes de agricultura biológica. Existem
etiquetas que garantem a origem, por exemplo, a
Ecocert, e que diminuem parcialmente os riscos. Como alternativa existem em muitos
mercados pequenos agricultores que vendem directamente
a sua produção aos consumidores e que utilizam geralmente muito menos
produtos químicos, ou só os utilizam em caso de necessidade.
Quando? Como? O que comer?
O professor Bilz tinha este tipo de discurso:
Quando deve comer? Quando sentir necessidade; o melhor é comer
3 vezes por dia e nunca comer nem de mais nem à noite.
Como deve o homem comer? Deve mastigar bem e durante um período o mais longo possível
todos os alimentos. Por duas razões. A primeira, porque a saliva, tão importante no acto da
digestão, mistura-se convenientemente aos alimentos e facilita o trabalho do estômago. Mas
para conduzir até ao estômago alimentos bem triturados e muito bem desfeitos é necessário ter
bons dentes. Se quiser ter dentes sãos, lave-os várias vezes
ao dia. Não tome bebidas nem alimentos demasiado quentes ou frios pois estes estragam os
dentes e prejudicam a sua conservação.
O que devemos comer? O homem deve comer alimentos fáceis de digerir, em particular:
113
- Frutos e legumes que a terra produz e que o sol faz amadurecer. -Cereais integrais: o trigo,
com o qual se fabrica um pão de farinha
grossa e que é tão alimentício e saboroso. É bom para a saúde porque o seu conteúdo tem
glúten, situado no invólucro do grão. O pão também contém fósforo, magnésio e inúmeros
minerais, indispensáveis ao bom equilíbrio corporal. Pela primeira vez, há cerca de 7000 anos,
os homens colheram gramíneas selvagens e cultivaram-nas.
Todos os cereais estão inscritos nas grandes civilizações e marcaram
a consciência dos povos e a história da humanidade. Eles estão na base de tradições filosóficas
e religiosas. O arroz, o trigo, a cevada, o milho painço, o trigo sarraceno, o centeio e o mais
(em função das épocas e das
regiões) participam na elaboração da estrutura do corpo e das células e têm uma influência
directa nos comportamentos humanos. A sua cultura
contribuiu para sedentarizar os nossos antepassados nómadas, transformando-os em
cultivadores.
A classificação dos alimentos de Shelton
Para Shelton, as perturbações que se verificam no nosso estado de saúde decorrem de um
desconhecimento da higiene alimentar, da sobrealimentação e de combinações erradas de
alimentos. Shelton estabeleceu regras para as combinações alimentares. A sua observação dos
animais selvagens permitiu-lhe constatar que estes comem sobriamente e não misturam
variedades diferentes de alimentos no decurso de uma mesma refeição. Assim a sua
classificação dos alimentos é a seguinte:
*
*
*
*
*
proteínas
xaropes, hidratos de carbono e outros açúcares
farináceos
frutos doces
gorduras
* frutos ácidos
* frutos semiácidos
* legumes verdes
* e, numa categoria à parte, os melões, já que estes não podem ser
misturados com outros frutos nem com qualquer outro tipo de alimento.
114
Os dez mandamentos de Geffroy
Geffroy, fundador da revista Vie Claire, preconizou as seguintes regras de alimentação:
1. Evitar a sobrealimentação, devendo as restrições alimentares aplicar-se sobretudo à carne e
aos subprodutos animais e, obviamente, ao álcool e ao tabaco.
2. Evitar o hipertiroidismo e as radiações ionizantes, as temperaturas
ambientes elevadas (o sobreaquecimento dos apartamentos).
3. Exigir a não eliminação do germe e da base proteica do trigo na
preparação das farinhas e a proibição do mazute para a sua cozedura.
4. A proibição de utilizar, na indústria alimentar, aromatizantes,
emulsionantes e outros produtos que ele desconfiava serem cancerígenos.
5. A proibição da comercialização de óleos refinados, de gorduras
hidrogenadas e de carne de animais alimentados com produtos adicionados de antibióticos.
6. O regresso a processos razoáveis de cultura de frutos, de legumes
e de cereais, de modo a não perturbar a sua composição aumentando o teor em produtos
químicos, nitratos e potássio.
7. Proibição de obrigar seres humanos a trabalharem em condições
insalubres, sem luz e num ambiente viciado, de modo a que, por magia, desapareçam muitas
patologias.
8. Estimular a expressão activa da consciência e o desenvolvimento de
faculdades tais como a memória e a intuição, que permitem ao
homem ultrapassar a sua mediocridade. Quanto à vontade, esta desenvolve-se por meio de
exercícios físicos, tal como os músculos. É simples, basta para tal, perante uma alternativa
possível, fazer algo que tem de ser feito, ou não o fazer porque é cansativo. Qualquer acção
que necessite de esforço deve ser privilegiada. Pretender escolher o caminho da boa saúde
exige um esforço de vontade.
9. Necessidade de optimismo e de auto-sugestão; reconhecer a influência que pode ter o
pensamento sobre o corpo e vice-versa.
10. Agir também sobre certas causas independentes da nossa vontade:
as causas psicológicas, de origem psicossomática, tais como a angús115
tia, os medos, o stress e os desgostos, que geram reacções próprias a cada indivíduo e que têm
por vezes origens ambientais.
O crudivorismo
O crudivirismo preconiza a exclusão da nossa alimentação de qualquer tipo de cozedura e a
ingestão de alimentos no estado em que a natureza os produz. O instinto alimentar deve ser
redescoberto, já que os nossos gostos e apetências foram pervertidos pela transformação dos
alimentos e dos nossos métodos culinários.
O exemplo de um animal doméstico que sempre comeu carne crua, e a quem se dá a provar
carne cozinhada, e a come e pede mais é uma boa ilustração deste facto. Já se observava este
fenómeno em volta dos acampamentos onde os alimentos eram cozidos e onde os animais
selvagens, atraídos pelo cheiro, comiam os restos deixados pelos homens. Um outro fenómeno
relacionado com este é o facto de este tipo de hábito criar dependências e, por conseguinte, se
espalhar facilmente. É assim que trocamos de moradas de restaurantes ou de receitas
culinárias.
Para os adeptos do crudivorismo, só os alimentos produzidos naturalmente no nosso ambiente
devem fazer parte das nossas ementas.
Fomos geneticamente “programados” para os consumirmos assim mesmo, já que estamos
fisiologicamente próximos dos nossos primos, os
macacos, tendo em comum com eles 99% do nosso material genético. Entre o chimpanzé e o
homem existem grandes semelhanças genéticas. Estas semelhanças deveriam inspirar-nos
sobre o nosso tipo de alimentação.
Este método preconiza uma alimentação que terá sido a do homem na sua origem. Alguns
chamam-lhe alimentação paleolítica, pois exclui qualquer tipo de cozedura ou de
transformação, qualquer adição de sal, de pimenta ou de açúcar (mas permanece contudo uma
hipótese de escola). As alterações que decorrem da cozedura predispõem-nos ao consumo de
alimentos cada vez mais modificados, como é o caso, por exemplo, do açúcar, do café e dos
excitantes, o que contribui para o nosso desequilíbrio orgânico.
116
Para o Dr. Devernois de Bonnefon, o carácter recente das transformações que aplicamos aos
nossos alimentos, graças à industrialização da agricultura e às diversas mutações ligadas à
conservação e à preparação da nossa alimentação, têm por consequência o facto de o nosso
organismo não conseguir adaptar-se a estas novas formas e técnicas alimentares. Deveríamos,
por isso, questionar estas transformações, bem como as diversas misturas que fazemos no
decurso de uma mesma refeição.
As fibras cruas agem de uma forma específica sobre a flora intestinal e influenciam os
microrganismos que a compõem. Elas estimulam a função das bactérias úteis e facilitam a
eliminação das bactérias patogénicas.
A acção enzimática da alimentação crua é importante: ela é viva e
facilita a digestão e a boa assimilação dos princípios nutritivos. Daí a
necessidade de uma alimentação em que o cru entre numa proporção importante, para nos
protegermos contra as doenças degenerativas. A cozedura destrói as enzimas e priva o
organismo destes preciosos aliados.
A clorofila é um pigmento essencial, cuja função é a fotossíntese, e
encontra-se em quantidades suficientes nos legumes verdes. Quando estes alimentos são
ingeridos crus, têm poderes protectores espantosos sobre o nosso organismo.
Os grãos germinados
Constituem uma outra forma de consumir os cereais e as leguminosas. Muitos grãos prestamse admiravelmente, com efeito, a esta simples operação: basta colocar os grãos num prato ou
num recipiente e cobri-los de água. Depois devem ser enxaguados, e deve mudar-se-lhes a
água todos os dias. Ao fim de 2 a 3 dias os grãos começam a germinar e podem ser
consumidos misturados em saladas.
O príncipe Sadruddin Aga Khan lembra o seguinte:
1’Para nos livrarmos dos hábitos alimentares suicidas das sociedades industriais e para garantir
aos habitantes do Terceiro Mundo uma quantidade de alimentos suficiente, trata-se de
aprender a
utilizar as tecnologias primárias que livram os primeiros da doença
dos da fome. “
117
Os grãos germinados têm um poder energético extraordinário. Constituem um alimento por si
só e são ricos em vitaminas, enzimas e oligoelementos assimiláveis. Têm uma importância
fundamental em todos os casos de carência e, além disso, não têm quaisquer contraindicações.
Todos os grãos são excelentes: o trigo, a aveia, o centeio, o arroz, a cevada, o milho painço,
bem como as leguminosas: grão-de-bico, lentilhas, feijões de todas as espécies, soja, etc.
O pão na história
A evolução do consumo do pão na história é interessante já que ela
marca a diminuição progressiva do número de cereais utilizados pelo homem. Como alimento
fabricado, é relativamente recente na história alimentar da humanidade e foi colocado em lugar
de honra pelos ricos. Anteriormente consumiam-se essencialmente bolachas e papas.
Rivalidade entre os cereais segundo as épocas
- Para a Roma antiga o pão era um produto novo. Preferiam-lhe o trigo
moído confeccionado em papas. -Na Antiguidade o pão de trigo fermentado era o mais
utilizado. Não boiava à superfície da água e afundava-se, o que nos dá uma ideia da sua
densidade.
- Os Gregos, habituados ao pão de trigo, consideravam que o pão
negro de centeio dos Macedónios e dos Trácios era detestável.
- Os Romanos consideravam o centeio uma planta daninha. Só gostavam do pão de cevada.
Durante muito tempo o pão foi considerado como um produto raro e
caro, que era necessário consumir com moderação e parcimónia. Nas regiões alpinas coziam-no
raramente por falta de lenha, e era conservado com um cuidado muito especial. Encontraramse pães conservados durante vários anos.
- Mais perto de nós, os Anglo-saxões e os Latinos têm uma preferência
acentuada pelo pão branco. -Os Alemães e os Eslavos preferem o pão negro.
118
Também se confeccionou pão de milho painço, aveia e bolota e até mesmo de leguminosas
(sobretudo lentilhas). E foi por causa da noção de luxo associada ao pão de trigo que se
expandiu o pão de batata.
Crenças e doenças
Para certos povos o pão era considerado um alimento “extraordinário”, uma dádiva dos céus.
Basta verificar a importância que ele ocupa nos
mitos, nos contos e nas crenças populares. O pão era utilizado para acalmar a fome e, em
razão dos seus poderes benéficos, para combater as más influências graças às suas
propriedades curativas. Os bolos que se confeccionam em memória do pão milagroso de Santo
Emiliano, bem como os
que se oferecem a Santa Agata no dia 5 de Fevereiro, constituem um bom exemplo deste
fenómeno.
Um ditado popular afirma que “aquele que deixar cair pão ao chão e por cima lhe passar saberá
um dia o que é ter fome “.
O poder estatal descobriu também a importância do pão, que é mencionado no Capitulário de
Francoforte de 794, em documentos emanados de Carlos Magno: este imperador pretendia
fixar um preço máximo para os cereais, independentemente da importância da colheita.
As virtudes do pão
Panificação e simbólica
Segundo o historiador Henirich Edouard Jacob, a origem da primeira panificação situa-se a
cerca de 4000 anos antes da nossa era. Foi o principal alimento dos povos da região do Nilo, e
pensa-se que os primeiros trigos cultivados provinham da Abissínia. Mas é provavelmente do
Egipto antigo que aprendemos a arte da panificação.
A simbólica do pão reveste-se de um carácter muito particular. A segurança alimentar que
oferecia a cultura do trigo foi o ponto de partida da evolução das técnicas e das ciências. Tem
uma Influência importante na construção do pensamento abstracto. As antigas tradições
sempre tiveram uma atitude de respeito para com os seus cereais.
119
Pão integral e pão branco.. Uma explicação necessária
A operação de moagem pulveriza simultaneamente o farelo e o endosperma para fazer uma
farinha integral. Desde há séculos que a farinha é peneirada de modo a fornecer farinhas cada
vez mais brancas. Porque a imagem da brancura imaculada é imposta ao público como garantia
de pureza e de boa saúde!
Todavia tudo milita em favor do pão integral, na condição de este ser
confeccionado com farinha biológica. Porque o pão integral cuja farinha provém de cultura
industrial é mais perigoso do que benéfico, já que o
farelo concentra os resíduos químicos utilizados na agricultura.
O pão integral natural é mais rico em sais minerais e biocatalisadores. A celulose é um
activador hepático. Graças à sua acção laxante, é um anti-séptico das vias biliares e intestinais.
Além disso, a ingestão de farelo favorece a eliminação do colesterol e dos sais biliares e reduz
as litíases, daí a sua importância na prevenção dos cálculos.
O farelo facilita a digestão e combate a prisão de ventre
De um ponto de vista alimentar é nitidamente preferível às outras fibras que se encontram nos
vegetais. Estes contêm todos celulose em
várias quantidades, mas o farelo tem um poder higroscópico várias vezes superior ao dos
legumes.
O professor Bernier considera que 20 g de farelo por dia são suficientes para tratar a prisão de
ventre causada por inércia do cólon (a mais
vulgar). Henri Charles Geffroy, fundador da revista Vie Claire, constata que a prisão de ventre,
mesmo a mais rebelde, desaparece geralmente em
alguns dias quando as pessoas que dela sofrem substituem o pão branco por pão integral.
Realça também que este tem uma acção salutar sobre as
perturbações digestivas, a obesidade, a hemoglíase e os problemas cardiovasculares
decorrentes de uma má assimilação do glúten e do amido.
Mas actualmente só os pães integrais confeccionados com farinhas biológicas respeitam estes
critérios de qualidade.
120
As especiarias: devem ser consumidas com moderação
Estas são, geralmente, muito controversas para todos os adeptos de uma alimentação
saudável, pelo menos nas nossas regiões. Aconselham que sejam utilizadas com moderação.
É também o caso do sal, cujo consumo não deve ser exagerado.
O açúcar
O açúcar na história
O consumo de açúcar é um fenómeno relativamente recente. Os Gregos nem sequer tinham
uma palavra para designar a caria-de-açúcar. Nearco, almirante ao serviço de Alexandre, o
Grande, chamava-lhe o mel sem abelhas.
600 anos antes da nossa era, os Persas descobriram uma técnica de refinação e de cristalização
do suco da cana-de-açúcar, que, ao solidificar, não fermentava.
O exército muçulmano foi o primeiro a constatar os malefícios do açúcar. Os oficiais do sultão
falam do pouco entusiasmo para a guerra que demonstravam os soldados consumidores de
açúcar, da sua falta de combatividade, de resistência física e de coragem.
No século xvi, Léonard Rauwolf, botânico e viajante, descreve o
fenómeno da dependência das guloseimas.
Não se deixem tentar pela “açucarmania”
A hipoglicemia (queda brusca da taxa de glicose no sangue), que se
manifesta por múltiplas perturbações, é, para certos neuropsiquiatras, uma
das causas principais das doenças mentais (psicose, paranóia, esquizofrenia) e tem a sua
origem nas transformações efectuadas nos nossos hábitos alimentares. Para o Dr. Van Meer,
investigador, a correlação entre o aparecimento da poliomielite e o consumo de açúcar não
deixa quaisquer dúvidas.
Combater o açúcar não é, contudo, uma coisa fácil. Este simboliza efectivamente, aos olhos do
público, a doçura e a facilidade. Questionar
121
esta imagem, ou simplesmente lançar a dúvida e sugerir que o açúcar pode estar associado ao
aparecimento de doenças, é insustentável. Como negar tantas ideias adquiridas e conseguir
que as pessoas aceitem que quando dão uma guloseima ou açúcar às crianças estão a preparálas para que elas se tornem no futuro “açúcar-dependentes” e que isto constitui uma porta
aberta para muitos problemas de saúde?
Como todas as dependências, a “mania do açúcar” é uma droga difícil de abandonar. Ela
predispõe e favorece outras dependências: do chocolate, do café, do chá, do tabaco (e, para
algumas pessoas, predispõe à toxicomania).
Nas crianças pequenas podemos constatar por vezes uma hipoglicemia funcional que faz com
que não sejam capazes de assimilar o açúcar e o rejeitem.
Para os médicos tradicionalistas orientais, o açúcar, sendo “Yin”, favorece as doenças “Yin”, ou
seja, os cancros, as doenças cardiovasculares
e as doenças mentais. Inúmeros investigadores ocidentais consideram também que o açúcar é
o alimento privilegiado da célula cancerosa.
Para o Dr. Tintera, existe apenas um único tipo de alergia: a alteração das glândulas supra-
renais pelo açúcar. O Dr. Tintera emite a hipótese de que o recrudescimento (apesar da
vacinação sistemática) da tuberculose está ligada ao consumo de açúcar, que favorece o
desenvolvimento das bactérias patogéneas.
Finalmente, constata-se que o diabetes está em constante progressão: quanto mais os países
consomem açúcar, mais os cidadãos desses países sofrem desta doença. Quanto à mortalidade
em razão dos seus efeitos, esta aumenta nos países onde aumenta o consumo de açúcar.
Dezoito consellios para lutar contra a hipoglicemia
O Relatório da “United States Dietary Goals” (Metas dietéticas dos Estados Unidos) propõe o
regime seguinte:
-aumente os hidratos de carbono naturais;
diminua as gorduras saturadas;
- suprima os açúcares rápidos (ou reduza-os acentuadamente); -restrinja o uso do sal; -use e
abuse de frutos e de legumes frescos, bem como de cereais
integrais;
122
-evite a carne, diminua o consumo de manteiga e de leite (e, ainda,
dos subprodutos lácteos, queijos, pastelaria, etc.); -abstenha-se de tomar café; -evite os
excessos alimentares, não coma demais;
- não coma quando se sentir contrariado, depois de uma emoção violenta, medos, desgostos...
-evite comer pratos demasiado quentes ou gelados; -evite as cozeduras em fornos de
microndas; -evite os grelhadores e os barbecues;
- não coma quando não tiver vontade. É preferível saltar uma ou duas
refeições a forçar-se (ou forçar uma criança) a comer;
- não coma alimentos refinados continuamente (pão branco, açúcar,
congelados, batatas fritas, conservas, produtos de charcutaria, enchidos, carnes frias, pratos
cozinhados, manteigas cozinhadas, gorduras animais, pastelaria e, de uma maneira geral,
todas as preparações alimentares pré-cozinhadas);
- suprima as bebidas açucaradas: sodas, schweppes, coca-cola;
- consuma com bom senso vinho, cerveja, álcool, café, chá;
- evite consumir diversos tipos de alimentos numa mesma refeição;
- de uma maneira geral, evite os aditivos, os produtos de síntese, os
adoçantes, os aromatizantes e os conservantes.
A título indicativo, apresentamos uma lista de alguns produtos que ingerimos com os nossos
alimentos
Os pesticidas vão parar ao seu prato
O rendimento das colheitas duplicou desde a última guerra. Para que isto pudesse acontecer foi
necessário utilizar dez vezes mais pesticidas. Os insectos e as ervas daninhas que estes
produtos supostamente combatem tornam-se cada vez mais resistentes e adaptam-se de modo
a lutar contra os pesticidas utilizados para a sua destruição. Por conseguinte é necessário
utilizá-los em quantidades cada vez maiores e descobrir novos
sem cessar.
Entre os produtos utilizados encontram-se, nos insecticidas, organocloretos (das quais faz parte
o célebre DDT), organofosfatos; nos herbicidas, fenoxil, dinitrofenol, ete.; nos fungicidas,
guanidina, cicio-hexano,
123
carbamatos, etc. Alguns destes produtos, como, por exemplo, o DDT, foram proibidos na
maioria dos países industrializados, mas continuam a ser vendidos nos países
subdesenvolvidos. É por isso que certos produtos alimentares comprados nesses países e
cultivados com a ajuda desses pesticidas aparecem, graças às importações, no cabaz das
compras da dona de casa do Ocidente.
Inúmeros estudos demonstraram que alguns destes produtos podiam ter efeitos na saúde dos
indivíduos e ser genotóxicos, apesar de serem, em
geral, rapidamente metabolizados. Trata-se, em particular, dos organocloretos que
permanecem mais tempo nos tecidos. A toxicidade destes produtos revela-se frequentemente
quando se encontram associados a outros, tais como a certas substâncias farmacêuticas.
Os pesticidas atacam o esperma
Devemos também lembrar que a utilização de pesticidas na agricultura é um dos factores que
contribuíram para fazer baixar de forma notável a taxa de fertilidade do esperma masculino.
Estudos escandinavos e belgas concluem a existência de uma redução de 30% na
espermatogénese, fenómeno que se verificou nos últimos trinta anos. Para Ralph Doughtery, da
Universidade da Florida, a densidade do esperma passou de 90 milhões de espermatozóides
para 60 milhões. Quem é responsável: os bifenilos policloretos (BPC). Todas as amostras de
esperma examinadas continham resíduos de pesticidas.
O tratamento dos animais degrada a carne que consumimos
No que diz respeito aos produtos de origem animal, o processo é idêntico. O animal é, primeiro,
alimentado e engordado com ingredientes que contêm os produtos atrás referidos, e, além
disso, para o proteger contra as doenças infecciosas, a sua alimentação é submetida a
tratamentos preventivos. Todos estes comportam doses notáveis de antibióticos incorporados
nos alimentos. Para além de combaterem as doenças infecciosas, estimulam o crescimento dos
animais. A penicilina, a tetraciclina e a estreptomicina são utilizadas com nitrofuranos
(sulfamidas). A tal ponto que existem criadores que se recusam a consumir os seus próprios
animais e produzem outros animais reservados ao seu consumo pessoal.
Não obstante a maioria destas substâncias serem eliminadas nos excrementos ou se
degradarem no organismo, algumas podem fixar-se nos
124
tecidos do animal e causar, nos humanos sensíveis problemas de intolerância ou alergias. Além
do mais suspeita-se que sejam cancerígenas.
O QUE DEVEMOS BEBER?
A água, esse elemento mal conhecido que nos sacia a sede desde os tempos mais remotos
-O adulto, o adolescente e a criança devem saciar a sua sede com uma bebida: a áGUA. “
Era assim que começava um dos discursos pronunciados pelo prof Bilz.
A água representa mais de 70% da superfície terrestre. É o principal componente do nosso
corpo. A sua origem na terra remonta ao período pré-câmbrico (há 4 mil milhões de anos). É
um elemento extraordinário, presente a todos os instantes da nossa vida e, contudo, tão mal
conhecido.
A água tem a faculdade extraordinária de se regenerar e recielar. Bebemos actualmente a
mesma água que os primeiros seres vivos do nosso planeta bebiam.
No nosso organismo ela está presente de duas maneiras: a água associada e integrada nas
nossas células, e a água livre que circula na linfa e no sangue e assegura desta forma a
nutrição e a eliminação dos detritos.
Para o Dr. Eng. J. Giralt Gonzales, os aspectos das propriedades dinâmicas da água são
desconhecidos, e ela não constitui apenas uma simples combinação de átomos de oxigénio e de
hidrogénio, contendo outras substâncias em dissolução.
A água é indispensável à vida
Reduzir a água a propriedades químicas e físicas tem um significado muito limitado. A realidade
é mais complexa e ultrapassa largamente todas as hipóteses actualmente emitidas. Ela é
indispensável à vida e tem
uma função de intermediário entre o meio ambiente e os seres vivos.
125
A água, no nosso organismo, participa no equilíbrio geral e é um dos factores essenciais na
optimização das nossas defesas imunitárias. Se ela contiver elementos indesejáveis, estas
ficam diminuídas e perturbadas.
A água participa em todas as trocas corporais e é a base de todas as reacções físico-químicas.
Serve como veículo para transmitir os elementos necessários à reconstituição do nosso corpo e
à eliminação dos detritos. É o motor dos nossos intercâmbios extra e intracelulares.
O culto da água em todas as grandes tradições
Em todas as grandes tradições, a água é certamente o símbolo regenerador, mas também
purificador, por excelência. Ela liberta o corpo e alma das suas impurezas. É indispensável e
antecede todas as cerimónias tradicionais. Na Bíblia, este elemento está presente de forma
quase permanente. No Deuteronómio 11:13-17, pode ler-se este trecho perfeitamente
significativo:
“Se obedecerdes às leis que hoje vos imponho amando o Senhor
vosso Deus, servindo-O com todo o vosso coração e com toda a vossa alma, o Senhor
derramará sobre a vossa terra a chuva no seu tempo, chuva de primavera e chuva de fim de
outono, e farás a
colheita do teu trigo, do teu vinho e do teu azeite. Fará crescer a erva no teu campo para o teu
gado, e viverás na abundância. Cuidai para que o vosso coração não ceda à sedução e sejais
infiéis a ponto de servir outros deuses e de lhes prestardes culto. A cólera do Senhor inflamarse-ia contra vós e Ele fecharia os céus: a chuva deixaria de cair, a terra recusar-vos-ia o seu
fruto e vós desapareceríeis rapidamente da boa terra que o Senhor vos destina.1
Desconfiem das águas minerais
A alteração dos nossos hábitos relativamente ao consumo de água nos
últimos vinte anos, derivada em parte da poluição das nossas camadas friáticas, fez com que o
consumidor se tenha virado para as águas ditas
126
“minerais”. É importante realçar que se trata de águas medicinais que têm frequentemente
virtudes específicas.
Estas águas são muitas vezes fortemente mineralizadas e desaconselhamos vivamente o seu
consumo sistemático. É aliás provavelmente por este motivo que cada vez existem mais
pessoas com problemas de cálculos.
Contudo, se desejarem beber uma água pouco mineralizada, existe um
método: consiste em adaptar um aparelho de osmose inversa na torneira de água. Este tipo de
aparelho tem a particularidade de libertar a água dos seus minerais, do calcário, dos pesticidas,
dos microrganismos, etc.
ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA E DIETA
As refeições “fortificantes” não vos curarão
A digestão exige que o organismo mobilize as suas forças. Este trabalho, sendo fácil para um
corpo em bom estado de saúde, torna-se difícil para pessoas doentes, cansadas, perturbadas
ou simplesmente contrariadas. Contrariamente ao que se pensa habitualmente, não se ajudam
os
doentes dando-lhes alimentos ditos “fortificantes”. Estes só fazem, na
melhor das hipóteses, atrasar a cura e, na pior, acentuar as afecções e
provocar recaídas.
Um organismo que precisa de se defender mobiliza as suas forças contra a doença, por
conseguinte restam-lhe poucas ou nenhumas para dedicar à digestão. Um doente que pretenda
encontrar o caminho da saúde deve saber que não é através de excessos alimentares que
encontrará um
remédio para os seus males.
Para Bilz:
“Restringirmo-nos ou privarmo-nos de alimentos produz no nosso
corpo as mais sólidas curas. “
127
Alimentação alternativa de tendência vegetariana: redescubram o sentido de bem comer
Muitas doenças, como já vimos, têm por origem erros alimentares. Estes erros estão
entranhados em nós e foram frequentemente transmitidos de geração em geração, a ponto de
se tornarem imperceptíveis e de já não os considerarmos como tal.
Os legumes, os cereais, as leguminosas, as batatas, os frutos e as bagas devem ter uma parte
importante na nossa alimentação. Se actualmente os
vegetais não chegam para alimentar completamente os homens, é provável que antes de
existir a agricultura compusessem o essencial da alimentação dos primeiros homens.
O cansaço é o resultado de a nossa alimentação ser demasiado forte, mal mastigada,
demasiado rica e abundante e não conter suficientes frutos frescos, que deveríamos consumir
diariamente.
Recentemente a medicina começou a relacionar os alimentos industriais com as doenças e
perturbações que estes podem favorecer (pão branco e prisão de ventre; gorduras animais e
colesterol, doenças cardiovasculares; açúcares e obesidade, diabetes; aditivos químicos e
cancros e alergias, etc.).
O JEJUM PARA DESINTOXICAR
Tal como dissemos anteriormente, para fazer um jejum prolongado é preferível consultar um
médico especialista ou um terapeuta nutricionista e seguir o tratamento sob a sua vigilância.
Em contrapartida, o que toda a gente pode e deve é fazer jejuns de 24 a 36 horas. Estão ao
alcance de todos, são benéficos e não têm qualquer perigo. Além do mais, como o período de
dieta é muito curto, a realimentação não levanta qualquer problema.
O hábito que é necessário vencer é a fome psicológica (que não tem nada a ver com a fome
real), esse pequeno buraco no estômago que sentimos nas horas habituais das refeições. Tal
sensação não dura muito, o que verificamos facilmente quando temos alguma obrigação ou
trabalho que nos faz esquecer esse momento.
128
Para começar faça uma cura de frutos
As pessoas que nunca jejuaram devem, de preferência, começar por uma
cura de fruta.
* Na véspera à noite coma uma refeição leve.
* No dia seguinte de manhã coma fruta fresca, toranjas, laranjas ou
maçãs.
* Ao almoço varie a fruta se puder: peras, melão, fruta da época, etc.
Cerca das 16.00 pode voltar a comer uma ou duas peças de fruta. Esta dieta é acompanhada
de água fresca, à discrição, ou de infusões. À noite coma muito pouco.
Este género de dieta pode praticar-se um dia por semana e, até, mais vezes, podendo ser
eventualmente adaptada. É excelente e permite desintoxicar o organismo. É, em especial,
recomendada após abusos alimentares (refeição copiosa, abuso de bebidas alcoólicas, etc.).
Em seguida, jejue durante 24 a 36 horas
Os benefícios do jejum são inúmeros e recomendáveis para todas as
afecções. As únicas contra-indicações, para certos especialistas, são a
diabetes e a tuberculose.
As pessoas obesas podem jejuar, tal como as pessoas magras; e os jovens, tal como as
pessoas idosas.
Proceda da seguinte maneira:
* Na véspera à noite coma uma refeição ligeira. No dia seguinte beba
apenas água. Se por qualquer razão o jejum se tornar desagradável (o que significa que a
desintoxicação se está a efectuar), interrompa-o com uma refeição de fruta fresca e recomece
2 ou 3 dias depois. Na maioria dos casos, para jejuns de 24 a 36 horas, pode continuar a ter as
suas ocupações habituais.
* Para um jejum de 24 horas, alimente-se ligeiramente à noite, o que
na realidade consiste apenas em “saltar o pequeno-almoço e o almoço,,.
129
Pode terminar este jejum com uma infusão de tomilho, de alecrim ou de outra planta qualquer.
Depois de várias experiências o jejum torna-se tão simples, fácil e
benéfico que certamente conseguirá converter muitos adeptos.
* As pessoas com prisão de ventre crónica podem sentir, eventualmente, um certo mal-estar,
mas sem qualquer gravidade: dores de cabeça, náuseas, etc. Para o evitar basta tomar na
véspera uma compota de ameixas cozidas, à qual pode acrescentar 2 colheradas de farelo, e de
manhã, fazer uma lavagem intestinal com água morna com um pouco de sal (ver também o
tratamento natural contra a prisão de ventre).
* Para jejuar durante 36 horas, proceda da mesma maneira e só volte
a alimentar-se dois dias depois, à hora do almoço, mas faça apenas uma refeição ligeira (ou de
fruta fresca).
* Além de 36 horas é preferível jejuar sob a vigilância de um terapeuta
competente.
CONSELHOS PARA VIVER MELHOR E MAIS TEMPO
DUAS REGRAS ESSENCIAIS PARA UMA BOA SAúDE
1.’ regra: Vigie a sua saúde
“Não se deve começar a pensar no corpo quando este está em
sofrimento, mas, pelo contrário, começar a preocupar-se quando ele está saudável. Com efeito,
é sempre mais simples evitar uma
doença, por grave que seja, do que curar uma simples constipação.
Bilz
Encontra-se este princípio, tal como outros conselhos de temperança, em todos os grandes
médicos da Antiguidade.
130
Quanto mais se vigia a saúde, tomando medidas de prevenção adequadas, menos se terá de
intervir para combater a doença. Mas, mesmo que esta apareça, o doente terá a capacidade de
a enfrentar sozinho.
2.’ regra: Procure um ambiente de qualidade e respire a plenos pulmões
Já vimos, no capítulo que lhe foi dedicado, qual é o papel de uma
alimentação saudável e restrita. Os problemas gerados pelo nosso mundo industrial aumentam
constantemente e são responsáveis por novas
patologias. A qualidade do nosso ambiente, mesmo escapando ao nosso
poder de decisão, tem, por conseguinte, uma importância capital. Por este motivo deve-se
absolutamente, tanto quanto possível, viver num ambiente saudável.
Cinco conselhos para viver de uma forma saudável
A respiração é a nossa necessidade primordial. A vida começa com a respiração e acaba com
ela. A cada inspiração ingerimos ar, e a sua
composição intervém directamente na totalidade do nosso metabolismo e do funcionamento do
nosso corpo. O ar é a nossa necessidade primordial e, juntamente com a água, é totalmente
indispensável. Podemos jejuar, privarmo-nos de certos alimentos na nossa alimentação, mas é
impossível vivermos mais do que alguns minutos sem respirar, É por isso que, se
seguir os conselhos que damos adiante, terá uma boa saúde.
- Evite, se possível, viver nos grandes centros urbanos. As cidades médias ou as aldeias são
sempre, no que diz respeito à qualidade do ar, preferíveis às megalópoles.
- Viva num ambiente agradável.
- Evite os materiais tóxicos. Inúmeros materiais intervêm no nosso ambiente próximo e podem
ter repercussões sobre a nossa saúde. O escândalo recente do amianto é a prova disto. Existe
actualmente a possibilidade de viver num ambiente aceitável. Encontram-se, hoje em dia,
tintas e tratamentos não tóxicos à disposição do público, para a construção ou recuperação de
casas. Para o chão é preferível utilizar a madeira, a tijoleira ou revestimentos naturais tais
como as alcatifas de lã.
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-Prefira as fibras naturais. As fibras naturais são, de longe, superiores aos tecidos artificiais que
perturbam os campos magnéticos do corpo. Evite, se possível, roupas à base de tecidos
sintéticos e prefira o algodão, a lã e a seda.
- Evite usar constantemente sapatos isolantes (com solas de borracha, material sintético, etc.).
O ENDURECIMENTO:
SETE MANEIRAS DE VENCER A DOENÇA
Segundo o professor Bilz e para o padre Kneipp, é indispensável tornar o corpo mais resistente,
de modo a que este esteja apto a fazer face às
variações climatéricas e seja capaz de enfrentar e de vencer a doença. Os seus conselhos
continuam válidos:
-Faça fricções diariamente com loções frias ou frescas em todo o
corpo, durante um período prolongado. Se no início não suportar a
água fria, habitue-se progressivamente, começando com água morna.
-Não hesite em tomar banho na banheira: estes banhos tomam-se
a uma temperatura de 25 a 30’ centígrados e duram entre 5 e 10 minutos. São imediatamente
seguidos de duches frios com uma
duração de 2 a 3 minutos, terminando com uma vigorosa fricção. -Aproveite os banhos de
Verão, de mar ou de rio.
- Ande descalço: o andar deve ser confortável e pode durar de alguns
instantes a várias horas. Deve certificar-se de que os seus pés estão quentes. Ande no jardim
ou na tijoleira. Uma das particularidades deste exercício é permitir ao corpo libertar-se da
electricidade estática.
- _na erva húmida: esta marcha é particularmente vivificante. É
recomendada depois da chuva e também quando aparece o orvalho matinal. A sua duração é
variável, pode durar de alguns instantes a
30 minutos. -...Sobre as pedras húmidas. -... e na água, à beira do mar e dos rios. A água deve
chegar até às canelas (quanto mais fresca for, mais benéfica será). Na falta de mar ou de rio,
pode fazê-lo em casa, dentro da banheira.
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PROCURE NOS EXERCíCIOS FíSICOS A DESCONTRACÇÃO E A EXPRESSÃO CORPORAL
O exercício físico é indispensável ao bom funcionamento do nosso corpo. Este deve sempre
adaptar-se à idade, ao físico e à personalidade de cada um.
Caminhe ao ritmo da sua respiração
Caminhar é o exercício físico por definição. Não tem contra-indicações e pode ser praticado por
toda a gente. Não exige qualquer tipo de equipamento sofisticado nem qualquer infra-estrutura
dispendiosa. Além disso, andar a pé ao ar livre favorece a oxigenação, a circulação sanguínea
e a descontracção.
Um exercício excelente que fornece bem-estar e descontracção é caminhar ao ritmo da
respiração: o andar é lento, com o corpo relaxado, começando por uma expiração lenta e
profunda, de modo a expulsar o ar
dos pulmões.
A inspiração efectua-se durante 3 ou 4 passos, conservando o ar nos
pulmões durante 2 ou 3, e a expiração efectua-se, igualmente, durante 3 ou 4 passos. Este
exercício deve adaptar-se ao ritmo da respiração e
efectuar-se sem brusquidão.
Cultive as benesses dos exercícios físicos
Podem praticar-se inúmeras actividades físicas: andar de bicicleta, natação, jogging, desportos
de equipa, ete. Contrariamente, todos os desportos violentos que buscam hipotéticas
performances, ou as competições desportivas, estão proscritos. Desenvolvem apenas a
agressividade e predispõem à violência. Para nos apercebermos disto basta constatar os danos
e a violência que geram certas reuniões desportivas. Estas competições só existem porque
geram lucros. Quanto aos desportistas de alto nível”, estes sofrem, frequentemente, as
sequelas de um treino que os empurra para além das suas capacidades físicas. Eles são, para
os
promotores de espectáculos desportivos, meras ferramentas das quais
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retiram o máximo de rentabilidade por todos os meios possíveis, incluindo o doping.
Em contrapartida, quando um desporto é praticado como forma de descontracção ou de
expressão corporal, respeitando os recursos físicos próprios de cada indivíduo, ele é sempre
benéfico.
O REPOUSO: INDISPENSÁVEL PARA O SEU BEM-ESTAR
Se, tal como vimos, o exercício físico bem coordenado é indispensável ao corpo, o repouso
também é muito salutar.
O nosso corpo possui a faculdade de se auto-regenerar de forma natural. Possui também um
elo específico que o mantém em estreita relação com o seu meio ambiente. Mas nós temos, por
intermédio do nosso espírito, a possibilidade de influenciar as nossas reacções e as fases que as
compõem.
O segredo de um bom repouso: durma... naturalmente
Existem diferentes tipos de sono que foram descritos por inúmeros investigadores. É simples
consciencializarmo-nos deste facto, basta examinar os períodos e a intensidade do sono. A sua
duração é variável em
função dos indivíduos e da idade. Por isso, durante a infância e a adolescência, as necessidades
são maiores.
Constata-se que as perturbações do sono são cada vez mais frequentes. Contudo, o sono ocupa
ou deveria ocupar um terço da nossa vida, do qual grande parte é feita de sonhos.
Para que o nosso organismo possa recuperar o melhor possível, é necessário que o sono seja
natural. Quando se recorre, para dormir, a
soníferos, antidepressivos ou ansiolíticos, estes alteram as fases iniciais do sono. Estes
medicamentos geram habituação e dependência. Ora o sono pode aprender-se e preparar-se.
Para tal, antes de se deitar, faça exercícios de relaxamento, oiça música clássica e evite os
espectáculos stressantes ou violentos na televisão, que favorecem as insónias.
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Aprenda a descontrair-se e a relaxar
Muitas vezes, é preciso pouca coisa para nos conseguirmos descontrair. As técnicas são
variáveis em função dos indivíduos. As decorrentes do hatha-yoga já demonstraram a sua
eficácia: treino autogéneo, sofrologia de Edgar Cayce, auto-hipnose, relaxamento Schultz,
método Vittoz, stretching postural, Rebirth, etc. Todas elas visam o mesmo objectivo, que é o
de nos predispor à descontracção.
Um método muito simples
Existe um método simples: deite-se de costas, em cima de um tapete no chão. Escolha um
local silencioso e com pouca luz e vista-se confortavelmente. A posição deve ser agradável.
Descontrair-se: um método para se conhecer melhor
Com os olhos semicerrados comece por respirar calmamente, lentamente. Passe em seguida
em revista todas as partes do seu corpo e todos os seus músculos. Visualizando interiormente
as várias partes do seu
corpo, descontraia-as mentalmente. Para tal pode utilizar frases do tipo:
* “Estou calmo, calmo, calmo... descontraído, descontraído... o meu
corpo está pesado, pesado... já não o sinto. Está a afundar-se no chão. Uma doce sensação de
calor invade-me...”
* Depois, comece pelo rosto: “0 meu rosto está descontraído, as minhas
faces estão descontraídas, os meus lábios estão descontraídos.” A língua é importante: no
início, deve atentar em deixá-la repousar tranquilamente na sua cavidade bucal.
* Desta forma, cada vez que pensar num órgão ou num músculo, visualize-o descontraindo-o
simultaneamente.
Trata-se aqui apenas de um resumo de uma técnica que deu provas da sua eficácia. O que
podemos esperar e obter do relaxamento acompanhado de exercícios respiratórios é, em
primeiro lugar, um melhor autoconhecimento. Estar mais calmo, na vida quotidiana. Aumentar
a nossa
resistência física, a nossa memória, a nossa atenção, o controlo das nossas emoções e da dor.
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Relaxamento e visualização criativa: positive-se e cure-se!
*/* A LER E A MARCAR
A importância do querer, a forma e a intensidade com as quais o
formulamos, eis o que, sem contestação possível, constitui um dos factores de qualquer tipo de
êxito. Não existe qualquer objectivo alcançado sem que previamente tenhamos formulado o
nosso desejo.
O derrotismo, a autodesvalorização, as imagens parasitas e negativas devem, numa primeira
fase, ser identificados, examinados e controlados, para que possam, em seguida, ser
transformados em imagens positivas. Um dos factores do mal-estar reside no sentimento de
culpa e de falta de auto-estima que mantemos e que perturbam as nossas relações com os
outros.
A descontracção criativa é um meio de evolução. Para tal, comece a
analisar as suas tensões e os seus pensamentos negativos. Anote-os e
classifique-os por ordem de prioridade. Examine-os sem tentar combatê-los frontalmente;
contorne-os e quando tiverem perdido alguma intensidade, transforme-os em imagens
positivas.
O nosso corpo tem a possibilidade de se curar a si mesmo da maioria das doenças. Os sintomas
com que somos confrontados são sinais que o
corpo nos envia de modo a alterarmos o nosso comportamento.
Podemos assim encurtar o tempo de cicatrização das feridas, consolidar mais rapidamente
fracturas, aumentar a eficácia de um tratamento médico e participar activamente na cura.
A ajuda mais preciosa que podemos dar ao nosso corpo, quando este está doente, é imaginá-lo
a curar-se, pouco a pouco, pormenorizando todas as fases dessa cura, e visualizá-lo, em
seguida, de boa saúde, fazendo aquilo que gostaríamos que ele fizesse.
Em casos de infecção, ajude a cura, visualize e ajude as suas células saudáveis a vencerem o
mal. Elimine pouco a pouco o mal, erradique-o, volte incansavelmente a essa imagem. Arrefeça
ou aqueça, conforme o
caso, a parte do seu corpo que de tal necessita. Ao fim de um certo tempo e com um pouco de
prática, verificará que pode perfeitamente visualizar uma parte do seu corpo e que o seu
espírito concebe a forma como este se pode curar.
Esta visualização criativa dá-lhe a possibilidade de canalizar a sua
energia mental de modo a permitir ao seu corpo pôr em acção todos os
mecanismos que activam a cura.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A RESPIRAÇÃO E O RELAXAMENTO
O homem, tal como todos os animais, respira instintivamente. É um
acto indispensável que se faz e se pratica sem a intervenção do nosso
intelecto, da nossa vontade ou da nossa reflexão. Sem respiração a vida pára.
Aprenda a controlar a respiração por meio de exercícios
Os exercícios respiratórios começam no momento em que fixamos a
nossa atenção nesta função. O simples facto de pensarmos nela modifica o seu curso e o seu
ritmo.
Aperfeiçoaram-se inúmeras técnicas. Na índia, os yogues utilizam várias dezenas: cada uma
delas tem uma acção específica, por exemplo, para ajudar a suportar o frio, o calor, a fome, a
controlar os pensamentos, etc. Descreveremos apenas algumas que estão ao alcance de todos
e que são fáceis de entender e de executar. Não comportam qualquer perigo, e os
benefícios decorrentes são frequentemente imediatos.
Salvo em casos bem específicos, a inspiração e a expiração fazem-se sempre pelo nariz.
Começa-se pela expiração, que se efectua expulsando o mais completamente possível o ar dos
pulmões, sem brusquidão e sem
esforçar demasiado. A inspiração faz-se naturalmente, sem esforço, deixando o ar penetrar por
si. A respiração é controlada, dirigida, mas de modo suave. Como dissemos antes, este
exercício pode ser praticado em qualquer lado. Ajuda a
descontracção, combate a agressividade, expulsa o stress e predispõe ao autocontrolo.
Dois exercícios simples
- Uma variante consiste em contar mentalmente o tempo de inspiração
e de expiração; por exemplo, 3 para a inspiração, 2 para a retenção,
3 para a expiração, 2 para o período em que os pulmões estão vazios.
- Uma outra variante pode fazer-se ao caminhar. Neste caso, o ritmo
da marcha adapta-se à respiração; por exemplo, 2 passos para a
inspiração, 2 passos para a retenção, 3 passos para a expiração,
2 passos para o período em que os pulmões estão vazios.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Como é evidente, estes exercícios devem fazer-se o mais naturalmente possível e devem ser
sempre agradáveis. Devem ser interrompidos se
apresentarem algum desconforto.
O canto ou a emissão de sons para esvaziar os pulmões
Assemelha-se à oração, aos cantos litúrgicos, às melodias e canções de embalar que
escutávamos quando éramos crianças e nos adormeciam. Um método simples consiste em
emitir sons expirando profundamente e esvaziando totalmente os pulmões. Todas as letras do
alfabeto servem, mas as vogais são particularmente indicadas.
Escolha a sua música: o seu corpo está à escuta
A Bíblia conta que o rei Saul, doente e deprimido na sua velhice, chamava David (que lhe
sucedeu no trono de Israel) para que este lhe tocasse harpa. A história realça que o rei Saul
melhorava. Todas as tradições falam da música e dos sons que eram utilizados na oração, na
descontracção e para aliviar os doentes.
A tradição chinesa, durante a dinastia de Chu (1030 a 480 a. C.) já falava das influências
musicais, e, em 1980, foi criado um grupo de estudo das medicinas tradicionais chinesas de
Hunan (na China). Os seus autores, musicólogos e musicoterapeutas, elaboraram uma série de
cinco peças harmónicas, denominadas Música I Ching, para a saúde. (Estas músicas estão
disponíveis na Livraria Chinesa de Paris.)
Mas os Ocidentais não ficaram de mãos a abanar. Com efeito, existem muitos cientistas,
médicos e terapeutas que trabalham sobre a influência sonora: o nosso corpo e as nossas
células estão em constante vibração. Para Georges Lakhovski, tudo são vibrações, e a
desordem orgânica e a
doença perturbam essas vibrações.
O nosso corpo, na sua totalidade, apreende, por conseguinte, as vibrações emitidas por esses
sons. A música, quando é bem escolhida, permite-nos desligarmo-nos do ambiente. Existe
todavia o risco de se tornar nociva, é preciso lembrá-lo, quando os sons são inadaptados,
violentos, e de um ritmo que não corresponde às nossas realidades biológicas. É o
caso em particular das músicas que se ouvem nos concertos de hard rock, nas rave-parties ou
por intermédio dos walkmans. Muitos jovens começam, de facto, a sofrer os efeitos
devastadores destas músicas.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A osteofonia: faça vibrar a sua voz
Este método utiliza a voz como ferramenta para reestruturar o corpo
e o espírito. Ajuda a “colocar” em fase o timbre da voz e a estrutura interna do ouvido e a
alargar a tessitura para um espectro maior. É uma
boa preparação para os cantores e actores que desejam desenvolver a “sua aura” e expressarse com maior facilidade.
A osteofonia permite reencontrar o eixo fundamental de evolução, sintonizando-nos com as
energias de base e evacuando as perturbações físicas e psíquicas. Ela entra no processo de
limpeza dos stresses vibratórios.
Visualize cores
Podem utilizar-se as cores como suporte do relaxamento. A visualização efectua-se por
inspiração, fixando uma cor, visualizando~a de olhos fechados e efectuando em simultâneo
exercícios respiratórios.
Cada estação permite igualmente contemplar as cores presentes na natureza e associar-lhes
exercícios respiratórios e visualizações. Com um
pouco de prática é possível sentir as cores e associá-las a sentimentos, cheiros ou a certas
imagens mentais.
O riso: uma terapia com mil virtudes benéficas
“Se pretender estudar um homem, não dê atenção ao modo como
se cala, fala, chora, ou até se comove com as ideias nobres. Observe sobretudo quando ele ri.”
Dostoiévski
O riso é um meio de expressão variável até ao infinito. Não nos rimos todos da mesma
maneira, nem pelas mesmas razões. As expressões sobre o riso são inúmeras: rimo-nos até
dilatar o baço, até dar murros nas coxas, à s gargalhadas, divertimo-nos, torcemo-nos a rir...
Melhor do que tudo isto, rir é bom, é saudável, é convivial e, além do mais, trata e cura! O riso
sob prescrição médica? Será preciso prescrever o riso? Existirá em breve um ensinamento do
riso nas Faculdades de Medicina e, para cúmulo de tudo, exigiremos nós ser tratados pela
“risoterapia”?
139
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
O riso é uma terapia de direito próprio, a tal ponto que certas enfermeiras americanas nos
hospitais colocam nas batas o slogan:
---Atenção: rir é perigoso... para a sua doença.”
Os seus benefícios fazem-se sentir tanto no plano físico como no plano psíquico. O riso faz
trabalhar os músculos do rosto e atrasa o aparecimento das rugas. Os músculos das costas e
do abdómen são estimulados. Favorece a eliminação de detritos, activa o fígado, o coração e o
baço. Liberta endorfinas e, por conseguinte, tem uma acção sobre o stress, a angústia e a
ansiedade. Todos os deprimidos deviam dar grandes gargalhadas. Os insatisfeitos, os nervosos
e os bulímicos podem abusar do riso.
O riso (quem o diria?) é nutritivo: é portanto recomendado a todos os que pretendem perder
peso.
O riso acalma os agressivos e os hipertensos e controla a dor! O riso é um verdadeiro
medicamento, é o único que se aconselha a ultrapassar a dose prescrita. Então, não hesite.
Ria!!!
OS TRATAMENTOS ESQUECIDOS
OS DUCHES TERAPÊUTICOS
Os duches e afusões prescritos pelo padre Kneipp e pelo Dr. Bilz têm uma vantagem nos nossos
dias: podem, com efeito, ser facilmente praticados. Todas as casas de banho estão equipadas
com um duche de “telefone”. Além disso existem actualmente no mercado aparelhos de duche
de pressão variável, que permitem aumentar a intensidade do jacto e, por conseguinte, a sua
eficácia. Contudo os princípios de base enunciados pelos seus fundadores e demonstrados pela
prática e pela experiência de inúmeros praticantes permanecem os mesmos.
Todavia, acautele-se, já que as práticas hidroterapêuticas devem ser
sempre personalizadas e adaptadas a cada um. O que significa que se deve interromper o
tratamento em caso de reacção violenta ou de cansaço, e
retomá-lo moderadamente no dia seguinte.
140
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Testados e adaptados pelo Dr. Bilz, os duches (afusões) de Kneipp fizeram a prova das suas
virtudes. Este utilizava-os contra o esgotamento, o cansaço, o nervosismo, a prisão de ventre,
as hemorróidas, a histeria, as psicoses, os tremores, a gota, a diabetes e a obesidade, bem
como para as doenças cardíacas (afusão das pernas) e a fraqueza sexual (afusão das costas e o
meio banho).
A técnica de base preconizada
Trata-se do duche ou do banho frio curto, de cerca de 1 a 2 minutos, sobre determinadas
partes do corpo. A excitação assenta sobre as reacções cutâneas ao jacto de água fria.
Todavia, para indivíduos frágeis e sensíveis, deve-se graduar o efeito e proceder por etapas,
para que se habituem progressivamente. Por exemplo: no primeiro dia, água morna, no
segundo, um pouco mais fria, etc. As temperaturas das nossas águas correntes são geralmente
aceitáveis para estas práticas.
Duche terapêutico do rosto
* Com o corpo ligeiramente inclinado para a frente, as partes tratadas
são a testa, os olhos, as faces e o queixo.
* Utiliza-se um jacto suave. Passa-se de um olho para o outro várias
vezes, e depois volta-se a passar na testa. O movimento é lento, circular.
* Dura de 1 a 2 minutos.
Duche terapêutico do peito
* Pratica-se sobre o peito, em movimentos circulares e, em seguida,
de baixo para cima, da direita para a esquerda e em ziguezague.
* A duração deste duche é de 1 minuto (máximo 2).
Duche terapêutico, da cabeça
* Utiliza-se particularmente para as doenças dos olhos e dos ouvidos.
* Com o corpo inclinado para a frente, vira-se o jacto para o topo da
cabeça e todo o coro cabeludo, em movimentos circulares e rotativos.
141
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Duche terapêutico dos braços
*Vivamente aconselhado em caso de constipações rebeldes e corrimento nasal. Estes duches
acalmam também a dor e previnem contra os reumatismos e a gota.
*Começa-se pelas mãos, e sobe-se até às axilas, passando pelo interior e pelo exterior dos
braços.
*Dura 1 minuto, em cada braço.
Duche terapêutico das coxas
*Começa-se pelo pé, subindo ao longo da perna. Em seguida começa-se pelo calcanhar e sobese até aos rins. Volta-se a descer, em movimento lento. Em caso de dificuldade, deve-se pedir
ajuda.
*Quando o jacto se encontra na parte dianteira da perna, pode também
duchar o ventre e o baixo-ventre, o que tem uma influência notável nos intestinos, combate a
prisão de ventre e age favoravelmente nas
dilatações do estômago e nos gases de origem nervosa.
Duche terapêutico dos joelhos
*Molham-se as pernas a partir do pé e até ao joelho. O Dr. Bilz
comenta que, quanto mais extenso for, mais eficaz será.
*Quando se chega ao joelho efectuam-se vários movimentos de rotação. O padre Kneipp dizia
que era um meio excelente para facilitar o trabalho de parto e estancar as hemorragias.
Repete-se a operação várias vezes em cada perna.
* A duração é de 1 a 2 minutos, em cada perna.
Duche terapêutico das costas
- Parte da planta do pé e sobe até à base do crânio. O importante é
a regularidade do movimento. Sobe-se ao longo de uma perna até à nádega, continua-se
subindo pela borda externa das costas até ao
ombro. O jacto é depois dirigido para a omoplata e volta-se a descer
142
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
até à cintura. A projecção de água faz-se, em seguida, ao longo da coluna vertebral, de baixo
para cima, depois de cima para baixo. Depois realiza-se a mesma operação no outro lado do
corpo. Esta afusão fortalece o coração. A insistência nas partes lombares constitui um excelente
meio de combater as hemorróidas. Deve ser evitada em caso de menstruação dolorosa ou
demasiado abundante.
Duche terapêutico rectal
* Como todas as outras afusões, o duche rectal pratica-se quando o
corpo está quente e, de preferência, de manhã, ao sair da cama. É relaxante e é útil em
inúmeras afecções: reumatismos, insónia, doenças nervosas, abdominais, insuficiência
hepática, impotência, hemorróidas, etc.
* O ideal é praticá~lo sentado no bordo da banheira, ou sobre uma
prancha atravessada, com as nádegas de fora, de modo a que o ânus fique bem acessível ao
jacto do duche. A água pode ser fria (de preferência), fresca ou morna.
Duche terapêutico fulgurante
- Pratica-se em todo o corpo. Começa-se pela face interna, partindo
do pé, subindo ao longo da perna, parando ao nível do umbigo, depois prossegue-se, da
mesma maneira, sobre a outra perna. Sobe-se, em seguida, ao longo do peito. Desce-se pelo
meio do corpo c
sobe-se até ao pescoço. Procede-se do mesmo modo para o outro lado do peito. Em seguida
efectua-se uma afusão completa das costas e dos braços. * 6 a 8 minutos são necessários para
efectuar correctamente esta operação. * O Dr. Bilz lembrava que esta afusão só se devia
aplicar a pessoas robustas (e bem preparadas) e endurecidas por outras aplicações. Deve-se,
portanto, actuar de forma gradual. Recomenda-se aos obesos. O padre Kneipp recomendava-a
para os casos difíceis.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
NOTA: todos os duches terapêuticos podem ser seguidos de fricções, com a ajuda de um pano
grosso em linho ou de uma luva de crina. Por outro lado, as deslocações do jacto devem
sempre ser
executadas lentamente.
OS BANHOS MEDICINAIS
O banho dos pés derivativo
* Faz-se com água fria. Mas as pessoas sensíveis podem começar com
água morna (1 8'C). Durante todo o banho, devem esfregar-se os pés um contra o outro.
Esfregam-se também as barrigas das pernas com a planta dos pés. A duração é de 3 a 5
minutos. Este banho deve ser seguido de uma vigorosa fricção, até os pés ficarem quentes.
* Uma segunda maneira de proceder consiste em meter os pés em água
morna durante alguns minutos e terminar mergulhando-os em água fria durante alguns
instantes. Termina-se a operação com uma vigorosa fricção.
Os banhos de assento
São provavelmente os mais célebres e mais úteis em casos de digestão difícil, afrontamentos,
doenças abdominais e hemorróidas. Os seus efeitos salutares surgem, muitas vezes,
rapidamente. Existem diversas formas de proceder: as descritas pelo padre Kneipp e retomadas
pelo Dr. Bilz, bem como o banho de assento com fricções recomendado por Louis Kuhne.
- Utilize um alguidar grande de plástico, mais prático do que o bidé
tradicional porque permite um melhor contacto com a água. Para certos banhos as nádegas
devem ficar dentro de água, e também as partes genitais e o baixo-ventre.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Os banhos de assento Kneipp
Fazem-se com decocções de cavalinha, de flores de feno” ou palha de aveia.
* Deite a planta escolhida na água a ferver (um pequeno punhado para
1 litro de água) e deixe-a ferver durante alguns instantes. Deite em seguida a decocção no
alguidar e acrescente água quente suficiente. Este banho deve durar 15 minutos.
* Todos os cinco minutos, alterne com um banho de assento frio que
deve durar de 30 segundos a 1 minuto.
Estes banhos são recomendados para as seguintes afecções:
-0 banho de aveia, para a gota. -0 banho de cavalinha, para os reumatismos, nefrites, doenças
dos
rins, da bexiga e cálculos. -0 banho de feno, para as cólicas ou prisões de ventre difíceis.
O banho de assento quente
Utiliza-se para acalmar as dores, cãibras, espasmos da bexiga, dores intestinais, estomacais,
etc.
* A temperatura da água deve ser quente (30’ ou mais). A duração do
banho é de 20 a 25 minutos. No fim do banho aplica-se uma loção fresca (ou um duche) nas
partes tratadas. Termina-se com fricções manuais vigorosas,
* Aconselha-se, durante este banho, a beber um pouco de água em
pequenos goles.
* Mas atenção: este banho deverá ser interrompido em caso de
transpiração excessiva, palpitações, náuseas, etc.
O banho de assento frio
Este tem uma reputação de soberania em muitos casos. Para o Dr. Bilz, é um regulador da
circulação sanguínea: deve por conseguinte aplicar-se em caso de corrimentos sanguíneos,
clorose, problemas ligados ao baixo-ventre, em caso de digestão difícil e contra as
sensibilidades excessivas às mudanças de temperatura.
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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
* Deve ser tomado, de preferência, de manhã. A única condição expressa é que o corpo esteja
quente. É excelente contra a insónia e
as doenças nervosas.
* Dura de 1 a 5 minutos, mas pode ser prolongado para além deste
período.
O banho de assento com fricções (ou banho Kuhne)
Utiliza-se o banho de assento com fricções para excitar os órgãos digestivos, os intestinos, os
rins e, sobretudo, para provocar a excreção de substâncias mórbidas (segundo o autor).
O nosso sistema nervoso deixa-se influenciar num único lugar do nosso corpo: as partes
sexuais. Sempre segundo Kuhne, os banhos de assento praticados nestas partes fortificam os
nervos condutores e transmissores da nossa força vital, já que é precisamente nestas partes
que estes se encontram reunidos. Por conseguinte, têm uma acção sobre todo o nosso sistema
nervoso.
Kuhne afirmava também que a entrada de materiais estranhos, acumulados no nosso
organismo, conduz à doença: uma digestão mal feita, os
maus hábitos alimentares e os abusos permitem que as doenças penetrem nos nossos órgãos.
O atrito e a afluência de substâncias estranhas não evacuadas produzem no corpo alterações de
temperatura. O corpo é refrescado durante o
banho, e a pele é aquecida. O doente não sente o frio mas, pelo contrário, um calor agradável.
Quanto mais fria for a água, mais eficazes serão os
banhos. Quanto ao seu número e duração, são variáveis conforme o estado da pessoa. Mas,
regra geral, devem durar entre 10 e 60 minutos.
O corpo não deve ficar em contacto directo corri a água. Se se utilizar um bidé, basta colocar
uma prancha atravessada e sentar-se em cima da mesma. No caso de se utilizar um alguidar,
deve colocar~se um pequeno banco, para que a água alcance a altura do banco, sem molhar a
sua parte superior e sentar-se sem que as nádegas fiquem em contacto com a água.
O recipiente deve estar cheio de água fria. Pega-se num pano grosso e lavam-se suavemente
as partes sexuais. Não se deve esfregar, e de cada vez voltar-se a mergulhar o pano na água.
As mulheres só
146
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
devem lavar as partes exteriores dos lábios vaginais (como é óbvio, este banho não deve ser
praticado durante o período menstrual).
- Os homens devem lavar a ponta do prepúcio, mantendo-o entre o
polegar e o indicador, sempre com a ajuda de um pano grosso.
OS BANHOS DE VAPOR PARA TRANSPIRAR
Actualmente é possível encontrar no comércio saunas aquecidas electricamente. Estes
aparelhos, concebidos para uma ou mais pessoas, podem ser facilmente instalados em casa. Os
seus preços variam em função dos aparelhos. Na maioria dos salões de desporto existem
saunas, e alguns possuem mesmo hammams (vapor e calor húmido).
A sauna é agradável, dilata os poros da pele e acelera o ritmo sanguíneo. Infelizmente, poucas
casas estão equipadas com saunas.
Comentários importantes sobre os banhos de vapor
São desaconselhados, salvo indicação médica favorável:
- em caso de temperatura alta;
- doenças cardíacas;
- insuficiência respiratória ou doenças dos pulmões.
A sua duração oscila entre 15 e 60 minutos. Deve ser praticado enquanto for agradável; caso
contrário, pára-se e recomeça-se no dia seguinte, eventualmente.
Para acelerar a transpiração
Existem contudo vários meios de transpirar de uma forma pouco dispendiosa, caso não se
possua uma sauna e não exista nenhuma próximo de nós.
Basta tomar um duche quente ou um banho quente de curta duração (5 minutos bastam), não
secar o corpo, tomar antes e durante o
banho infusões quentes de rainha-dos-prados, tomilho ou sabugueiro, beber água durante o
banho e envolver-se, em seguida, num
roupão húmido e deitar-se coberto.
147
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A CAMISA DE 4 (FLORES DE FENO” (SEGUNDO O PADRE KNEIPP)
Esta camisa deve ser feita em pano grosso e deve ser ampla e comprida. Como alternativa
pode utilizar um roupão velho.
Mergulhe esta camisa numa decocção quente de flores de feno. Esprema-a e vista-a contra a
pele. Proteja a sua cama com um
pedaço de nylon e coloque dois cobertores para se tapar. Conserve a camisa durante 1 a 2
horas.
N. B.: A camisa deve ser agradável de vestir, caso contrário é melhor despi-Ia.
Para as pessoas em bom estado de saúde, o Dr. Bilz recomenda aplicar todos os 15 dias um
camisa fria de curta duração (4 a 5 minutos), procedendo da mesma maneira que para a
camisa de flores de feno”. Apenas mudam a duração e a temperatura do líquido.
Esta camisa fortalece o baixo-ventre, o fígado e os rins.
O CINTURÃO DE NEPTUNO (COMPRESSA ABDOMINAL)
Comentários do Dr. Bilz: “Se existissem remédios universais, a compressa corporal mereceria
este nome. A compressa nocturna é extraordinariamente útil nas mais variadas doenças e
perturbações da saúde. Para a tosse, constipação, afrontamentos, dores de cabeça, dores de
dentes, inapetência, vertigens, inflamação dos olhos, difteria, pneumonia... numa palavra,
todas as doenças agudas.
Deve-se usar a compressa durante todo o período da doença, de alguns minutos a várias horas,
com pequenas interrupções.
Quase tudo cede à compressa corporal: hemorróidas, flatulência, doenças estomacais, gases...
148
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A acção das compressas corporais é maravilhosa nas doenças da mulher. Inúmeras doenças
deste tipo foram curadas com compressas no corpo e banhos de assento. Para a insónia das
crianças a compressa corporal é um remédio soberano.”
Material
- Um cinto de flanela suficientemente comprido e largo para dar duas
voltas à cintura.
- Dois panos de algodão cru.
Proceda da seguinte maneira:
Coloque na cama um plástico e um ou dois cobertores. Pegue num
ou dois panos que mergulhará numa água a cerca de 20’. Esprema-os. Coloque-os, em seguida,
sobre o seu corpo, ao nível do ventre e do baixo-ventre, incluindo as costas. Pegue em seguida
no cinto de flanela e enrole-o em volta da cintura, de modo a segurar os panos. É preferível
que os panos molhados ultrapassem ligeiramente, de 1 ou 2 cm, o cinto de flanela. Fixe o cinto
com agrafos ou alfinetes-de-ama, e cubra-se.
Comentários importantes
- É preferível aplicar a compressa à noite, ao deitar. -Nunca a aplique no corpo se este estiver
frio. Neste caso, aqueça-o
previamente por meio de fricções, banhos quentes ou de vapor. -Nas pessoas robustas,
habituadas às compressas corporais, pode utilizar-se água mais fria (15’) ou mesmo fria. O
aquecimento dá-se neste caso mais depressa. Johanna Brandt preconiza a utilização de cubos
de gelo colocados dentro dos panos; este modo de proceder deve ser efectuado com
precaução.
- Deve-se estar atento a que a compressa aqueça o corpo e que
a sensação de frio desapareça rapidamente (em geral, ao fim de 1 a
2 minutos). -Se pretender agir mais especificamente no estÔmago, coloque um
pano húmido dobrado em quatro sobre este órgão.
149
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
-Se retirar a compressa sem a renovar, faça uma fricção geral do
corpo com água morna (a uma temperatura de cerca de 20’).
- Durante o dia, as compressas devem ser mudadas de 2 em 2 ou de
3 em 3 horas. -A acção da compressa é amplificada com uma alimentação ligeira,
pobre e não excitante (veja o capítulo dedicado a este assunto). -As lavagens com água morna
podem também favorecer a acção da
compressa.
- A compressa aplica-se o tempo que for necessário. Retire-a de tempos a tempos, para a
renovar (de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas).
Como se verifica, o Dr. Bilz considerava esta compressa corporal uma ferramenta necessária
aos seus tratamentos. É espantoso que ela tenha sido completamente esquecida pelos adeptos
da actual medicina naturopática.
As suas explicações a propósito da eficácia desta compressa eram as seguintes: “ Ela age ao
nível dos milhões de vasos capilares que percorrem a pele. Quando o vaso se contrai com o
frio, contém pouco sangue. A pele tem então um aspecto pálido, o seu toque é fresco: onde
falta o sangue falta o calor. Se pelo contrário os vasos se dilatam, o que acontece com o calor,
ficam cheios de sangue. Quanto mais o sangue correr vivamente na pele e para ela, menos ele
provocará no interior acúmulos e, a partir daí, inflamações. Além disso, arrastará consigo as
impurezas para a pele sob a forma de suor.
A compressa húmida está mais fria do que a pele. No momento da sua aplicação, o sangue
recua, por assim dizer, amedrontado, e os vasos capilares contraem-se. Todavia,
imediatamente a seguir, o corpo envia mais sangue, porque está organizado para tal, aos locais
cobertos pelo pano frio e húmido, de modo a aquecê-los vivamente. Ao mesmo tempo que a
pele, os panos húmidos também aquecem. O calor é retido pela compressa. Daí resulta uma
chegada contínua e vigorosa de sangue para os vasos capilares dilatados pelo calor, bem como,
simultaneamente, um calor elevado nos locais por ela cobertos. Os órgãos internos nobres são
libertos do excesso
de sangue que os perturbava e podem assim curar-se.”
150
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
OS BANHOS DE AR LIVRE E DE SOL: UM TRATAMENTO NATURAL QUE DEVE SER PRATICADO
COM MODERAÇÃO
Uma moda ridícula e nefasta exige que actualmente, para se ser bonito ou bonita e parecer
saudável, o homem ou a mulher estejam bronzeados, tenham uma cor acobreada, de modo a
responder aos critérios da nossa actual concepção de estética. Esta moda recente tem apenas
cinquenta anos.
Abusar do sol e querer a qualquer preço, após um curto espaço de tempo, ter uma pele
trigueira pode implicar vários perigos, entre eles os
temíveis “escaldões”, que ocasionam frequentemente graves queimaduras. Predispõem às
rugas e ao envelhecimento da pele e são, além disso, responsáveis por inúmeras doenças
cutâneas. Além disso favorecem a
evolução dos cancros.
Todavia o ar e o sol, tomados de modo sensato, são ainda um meio que faz parte dos
tratamentos naturais possíveis.
Théodore Hahn, no século passado, para grande sorte dos seus doentes, fazia-os tomar banhos
de ar e de sol, duas vezes por dia, durante o Verão no vale da Goldach. Estes banhos eram
acompanhados de loções quentes. Apresentamos abaixo os conselhos que ele dava e que nos
parecem ser ainda actuais:
“0 sol é medicinal e, como tal, deve ser utilizado com uma certa
cautela e sobretudo sem abusos.”
O Dr. Bilz procedia da seguinte maneira: “0 doente deve estar deitado naturalmente, nos dias
quentes de Verão, num local iluminado pelo sol, pouco exposto ao vento, sobre um saco de
palha ou um colchão, envolto num pano leve e com a cabeça protegida por um guarda-sol. Ao
fim de uns instantes deve voltar-se.
Quando o doente está transpirado, deve tomar duches frescos ou frios. Se o pano leve for
insuficiente para causar transpiração, deve ser envolvido num cobertor de lã. Como estes
banhos de sol servem sobretudo para o tratamento de doenças crónicas, devem ser utilizados
com precaução e ser apropriados à doença e à pessoa. Devem ser prescritos por um médico
naturista.”
151
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A FOTOTERAPIA: UMA CIÊNCIA EM MARCHA
A luz medicinal
O jornal científico Nature, no final do século xix, publicou um artigo sobre os trabalhos do Dr.
NieIs Finsen, que valorizava a fototerapia no
tratamento da varicela.
NieIs Finsen isolou os seus pacientes num quarto onde a luz era velada por vidros e tecidos
vermelhos. Observou que sob esta influência as
pústulas supuravam menos e que, quando a doença acabava, as cicatrizes eram inexistentes ou
pouco pronunciadas. A observação era importante devido aos estigmas que esta doença
frequentemente deixa. Em vários países, em França e no Japão, existe um método que consiste
em colocar no escuro os doentes com varicela ou com outras doenças com sintomas cutâneos.
Finsen pensava que a eliminação de certos raios luminosos devia assegurar uma atenuação da
inflamação. Depois das suas experiências com a
varicela, procurou aplicar o seu método a outras doenças. Os microbiólogos já conheciam,
nessa época, a acção antibacteriana da luz sobre certas espécies de bactérias.
Finsen tratou as dermatoses de origem bacteriana (como o lúpus) com
a luz (solar ou eléctrica). Para a concentrar e simultaneamente diminuir a sua acção térmica,
construiu um sistema óptico complexo. Graças a este
aparelho, os raios solares eram projectados sobre a parte doente do corpo. A superfície exposta
era reduzida e limitada no tempo.
Numa primeira fase, Finsen utilizou unicamente a luz, depois besuntou a pele com loções para
que esta ficasse mais flexível e a penetração dos raios se efectuasse em melhores condições.
Os resultados obtidos foram significativos na maioria dos casos, tal como o testemunharam os
jornais da época. Conseguiu curar “deformidades, mutilações graves, ulcerações extensas. Mas
a fototerapia tem um campo bem mais vasto: a luz é o elemento regenerador e vivificante por
excelência. Tudo na natureza sofre a sua influência benéfica”. Nessa época utilizaram-se
também os banhos solares para ti-atar os reumatismos, a obesidade e a ma-nutrição.
152
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A luz permanece um grande mistério
O papel da luz em diversos processos é mal conhecido. É certo que é um dos factores mais
importantes da saúde. O médico alemão F. A. Popp dirigiu um grupo de investigadores que
trabalhou sobre os problemas da estrutura física das substâncias cancerígenas. O 3,4benzopireno é uma substância conhecida pela sua forte acção cancerígena. K. Bauer, pioneiro
das investigações alemãs sobre estas patologias, descreveu esta substância como sendo a mais
fatal de todas as substâncias produzidas pelas sociedades industrializadas.
Mas existe um facto muito surpreendente: o 1,2-benzopireno é uma
substância muito próxima do 3,4-benzopirénio (a diferença entre as duas substâncias reside
apenas na diferença de posição dos dois anéis aromáticos) que parece ser neutra, inofensiva e
não cancerígena. Este facto é tanto mais surpreendente que entre as substâncias cancerígenas
encontram-se substâncias muito variadas do ponto de vista químico e que não têm, do ponto
de vista físico, nenhum denominador comum.
Elucidar este mistério significaria compreender os mecanismos de desencadeamento do cancro
Por que razão duas substâncias tão próximas uma da outra podem agir de uma forma tão
diferente sobre o organismo? É evidente que se conseguíssemos determinar a razão de uma
delas ser cancerígena conseguiríamos compreender, pelo menos em parte, os mecanismos de
desencadeamento do cancro.
O grupo dirigido por A. Popp descobriu que estas duas substâncias se
distinguiam pelo espectro de luz que absorviam. O 3,4-benzopireno, substância cancerígena,
absorve a luz ultravioleta numa faixa de cerca de
800 mm. É exactamente este tipo de luz que é necessária à fotoactivação de uma célula, ou
seja, para activar os mecanismos de auto-reparação do seu material genético. Será possível
que as substâncias cancerígenas sejam as que privam a célula dos mecanismos necessários à
sua auto-reparação?
153
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Desde a descoberta dos médicos alemães que o mundo da ciência se começou a interrogar
seriamente sobre o papel da luz. Mesmo que este esteja longe de ter sido claramente
demonstrado, é certo que estes dados devem ser levados em conta no que respeita à
investigação das possibilidades da fototerapia, já que as células do nosso corpo necessitam de
luz para se poderem proteger contra a destruição do seu património genético. Mas, por outro
lado, está bem demonstrado o papel preponderante dos raios ultravioletas no processo de
cancerização: devemos, por conseguinte, ser prudentes na sua utilização e proibir os
bronzeamentos artificiais!
154
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE
ESQUECIDOS
AS SANGUESSUGAS VÃO VOLTAR
AOS NOSSOS HOSPITAIS?
Existem muitos estudos que permanecem desconhecidos, apesar do seu
grande interesse para a história da medicina e para a terapia. É infelizmente o caso da maioria
das teses. O excelente estudo da Sr.’ Elisabeth Kind sobre A Escola Fisiológica de Broussais e a
Utilização das Sanguessugas no Século xix está entre os trabalhos que mereciam uma
publicação de grande tiragem. A autora descreve neste livro a utilização das sanguessugas ao
longo da história.
O tratamento pelas sanguessugas na história
As sanguessugas fazem parte dos tratamentos médicos desde os tempos mais remotos (vêm
mencionados na Bíblia sob o nome de “aluca”). A sua utilização foi redescoberta pelos Gregos,
pelos Hindus, pelos Árabes e pelos Chineses. No século xvi, este animal foi estudado pelo
grande naturista Conrad Gesner.
A utilização das sanguessugas era muito vulgar na época das sangrias terapêuticas. Voltaram a
ter o seu lugar na medicina graças à escola e à doutrina de Broussais. Foi a vitória da teoria de
Pasteur que diminuiu a presença deste anelídeo nos hospitais. Contudo as investigações
demonstraram a sua grande utilidade. Em 1884, Haycraft descobriu a hirudina e o seu poder
anticoagulante. Sete anos depois, Heidenhain observou a
155
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
acção do extracto de sanguessuga. Em 1895, Ledoux confirmou o seu
poder anti~infeccioso ao constatar a imputrescibi 1 idade do sangue das sanguessugas.
As sanguessugas segregam uma proteína com poderes medicinais
Sali demonstrou que a injecção intravenosa de hirudina combatia a
formação de coágulos durante a penetração de um corpo estranho por via intravascular.
Demonstrou, assim, que não era à sangria local provocada pela sucção da sanguessuga que se
deviam atribuir os efeitos terapêuticos, mas sim à penetração no organismo da proteína que ela
segrega: a hirudina.
Muitos autores confirmaram a sua eficácia nos tratamentos médicos e cirúrgicos. Assini, em
1946, Durant utilizou a hirudina no tratamento de crises de asma. Bach descobriu as suas
propriedades diuréticas e utilizou-as para a eclampsia. Mohard concluiu que:
“as indicações da sanguessuga relacionam-se em primeiro lugar
com as doenças do sistema venoso, em particular com as tromboses e as embolias, as flebites,
as hemorróidas, as inflamações fleumonosas e os abcessos das amígdalas, bem como as
inúmeras afecções oculares. Certas perturbações mentais são melhoradas, bem como as
ocasionadas pela menopausa.”
Diversos países utilizaram várias espécies: a Hirudo officinalis (espécie protegida) e a Hírudo
trochina, na Europa; a Hírudo mysomelus no Senegal; a Hirudo granulosa, na índia, e a Hírudo
sinica, na China.
Actualmente as sanguessugas continuam a ser utilizadas em certos campos da medicina
A utilização da sanguessuga pertence a uma arte terapêutica específica.
O médico é, de facto, obrigado a escolher a frequência das aplicações, e
também o local e o número de hirudíneas aplicadas. A hirudinoterapia
156
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
comporta certas complicações, tais como, eventualmente, hemorragias ou
a transmissão de doenças contagiosas.
Actualmente, a indústria farmacêutica utiliza estes anelídeos para produzir a hirudina. As
sanguessugas são ainda utilizadas actualmente num
dos hospitais mais modernos de Nova Iorque, no serviço de microcirurgia pós-operatória.
Outros hospitais (por exemplo, o Hospital Pellegrin de Bordéus) utilizam-nas em cirurgia
cardiovascular e plástica. São também utilizadas nos reimplantes de dedos seccionados, quando
o cirurgião não descobre veias pequenas.
No passado as sanguessugas fascinavam, actualmente continuam a espantar-nos
As sanguessugas fascinam o homem desde há séculos. Heródoto descreve a tarambola’ do
Egipto que procura a sanguessuga de origem egípcia Ozobranchus quatrefagesi na goela dos
crocodilos. Os viajantes contam que na Ásia vivem grandes sanguessugas “vampiras” que
atacam os
homens. Estas sanguessugas exóticas de grande dimensão, da família dos Haemapsidae,
nidificam nas árvores ou nas ervas altas. Quando o homem passa na sua proximidade, atiramse a ele às dezenas ou mais e fazem-lhe múltiplas sangrias, a tal ponto que o sangue continua
a escorrer muito depois de se terem desligado da sua vítima.
Os inúmeros caracteres biológicos dos hirudíneos permanecem desconhecidos. Os biólogos
espantam-se com a sua extraordinária resistência ao jejum. Com efeito, as sanguessugas
medicinais suportam privações de alimento durante 6 meses. Foram mesmo observados jejuns
de 300 dias nas Hemiclepsis marginata.
A sua capacidade de conservar o sangue é também espantosa. Durante semanas o sangue
ingerido pelo animal não apresenta qualquer alteração: é possível desta forma observar corpos
imunizantes e bactérias patogéneas assimilados pela sanguessuga juntamente com o sangue.
São necessárias várias semanas e, por vezes, meses até começar a bemólise.
‘ Tarambola: ave pernalta que vive à beira de água.
157
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
As cinco principais indicações das sanguessugas
No passado, as sanguessugas eram utilizadas em 3 ópticas diferentes (segundo o Tratado de
Zoologia de Grasset):
- Para efectuar sangrias importantes (a colocação simultânea de uma
vintena de sanguessugas pode, em poucas horas, retirar meio litro de sangue).
- Para uma sangria local numa região inflamada, de modo a acalmar
os fenómenos dolorosos e congestivos.
- Para uma sangria em locais suspeitos da formação de um coágulo (flebites).
Eram particularmente aconselhadas nas partes do corpo onde não era
possível colocar ventosas. -Graças à acção da hirudina, a sangria tem também uma acção antiinfecciosa. Todavia o papel das bactérias simbióticas dos hirudíneos é ainda mal conhecido.
Contudo a bactéria intestinal Pseudomonas hirudinis tem uma acção antibiótica particularmente
eficaz contra o
estafilococo dourado.
- Por outro lado, existem inúmeros autores que afirmam a acção
antialérgica (anti-histamínica) das hirudíneas.
AS VENTOSAS NA TERAPIA MODERNA
As ventosas foram abandonadas pela medicina moderna e substituídas por outros métodos
terapêuticos, em particular pelos antibióticos e pelos medicamentos antálgicos. Podemo-nos
interrogar se o abandono deste método não terá sido prematuro. Na verdade, quais são as
razões (científicas ou técnicas) que motivaram o seu desaparecimento? Teria a medicina vivido
um mito durante vários séculos?
A crise que defrontam os métodos que as substituíram justificaria o
retorno a esta terapia. Desta forma, nos Estados Unidos e na Europa central assiste-se ao seu
regresso. Seria, por conseguinte, desejável lançar o debate sobre a utilidade das ventosas.
158
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Um inquérito médico prova a incontestável eficácia das ventosas
Este debate é tanto mais necessário que se prevê que as ventosas serão provavelmente
reutilizadas nos próximos anos.
No catálogo da Biblioteca Interuniversitária de Medicina encontrámos apenas um único trabalho
recente sobre esta matéria, datado de 1973. Contudo a excelente tese de doutoramento em
Medicina de Alain Sonneville e algumas investigações históricas permitiram-nos encontrar
respostas para várias perguntas sobre as ventosas.
A. Sonneville fez um inquérito a 100 pacientes hospitalizados em
diversos serviços, submetidos a uma terapêutica revulsiva por ventosa seca. Informou-se sobre
os tipos de afecções para as quais estavam a ser aplicadas e os alívios resulantes em casos de
dispneia, dores ou febres, bem como a influência dos modos terapêuticos que fizeram com que
elas tivessem deixado de ser aplicadas.
O efeito positivo sobre as dificuldades respiratórias é incontestável
* 92% dos doentes sentiram, com efeito, um alívio imediato nas horas
que se seguiram à aplicação de ventosas secas; * 32% observaram também uma diminuição
da dor; * 26% observaram um abaixamento da temperatura.
Entre as afecções tratadas com êxito, o inquérito de Sonneville enumera 55% de bronquites,
7% de lumbagos, 25% de afecções gripais, 10% de asma, 8% de congestões pulmonares e 7%
de pleurisias.
Por outro lado, o mesmo inquérito interrogou 100 médicos de clínica geral franceses que
tinham utilizado ventosas. As perguntas diziam respeito aos efeitos no plano funcional, sobre o
aparelho broncopulmonar e circulatório (mecanismo meramente físico e mecanismo
imunológico), sobre o aparelho neurológico e também as eventuais contradições e a
necessidade de um estudo patogénico completo, fisiológico e anatómico, sobre as ventosas.
Os médicos e os doentes ficam, na sua maioria, satisfeitos
82% dos médicos estão persuadidos dos seus efeitos objectivos, enquanto 78% que utilizaram
as ventosas com êxito acreditam nos seus
159
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
efeitos subjectivos. Apenas 11 % pensam que os efeitos objectivos das ventosas são nulos.
14% dos médicos ignoram o seu mecanismo de acção
‘
63% adiantam diversas hipóteses, entre as quais algumas não foram verificadas ou
permanecem meras suposições. 70% consideram este método inofensivo, mas 26% evocam as
suas diversas contra-indicações, em particular nos casos de hemoptise e de tuberculose. 6%
observaram efeitos nocivos em afecções cardíacas e em perturbações da crase sanguínea.
O inquérito revelou que os doentes tratados por ventosas se mostravam satisfeitos com os
resultados dos tratamentos. Os médicos que as tinham preconizado também tinham ficado
satisfeitos com os resultados obtidos.
Por conseguinte, devemos deplorar que este método terapêutico tenha sido abandonado, sem
que os mecanismos da sua acção no corpo tivessem sido analisados.
Uma terapia já apreciada na Antiguidade
As ventosas já eram utilizadas na Antiguidade. A história da revulsão torácica por meio de
ventosas está ligada à da sangria e das sanguessugas. Os médicos da escola de Alexandria
criticavam a utilização demasiado frequente da sangria e preconizavam a emissão localizada de
sangue por meio de ventosas. Há 2000 anos, Asclépio da Bitínia aplicou ventosas secas e
escarificadas.
Segundo Próspero
Alpinus, eram utilizadas pelos Egípcios para a
extirpação de sangue viciado. Os médicos árabes reservavam-nas para tratar crianças com
menos de 14 anos.
Dioscórides preconizava a sua aplicação na região epigástrica em afecções hepatobiliares.
Qual é a verdadeira acção das ventosas?
Ao longo dos séculos diversas teorias propuseram uma explicação para o mecanismo das
ventosas. A teoria depurativa ou desintoxicante foi provavelmente a primeira hipótese emitida
ao longo da história. A experiência mais importante, inspirada nessa teoria, foi realizada por
Bier. Foram efectuadas sucções por ventosas em dois grupos de cães nos quais tinha sido
injectado veneno de cobra. Todos os animais submetidos à
160
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
1
sucção sobreviveram e desenvolveram uma patologia mínima, enquanto os animais picados e
abandonados à s suas próprias defesas apresentaram perturbações convulsivas gravíssimas.
Várias respostas não convincentes
*A teoria derivativa ou descongestionante passiva baseia-se no
fenómeno de um afluxo de massa sanguínea no território subcutâneo, libertando os órgãos
profundos de uma estase nociva.
*A teoria reflexa recorre a uma observação da diferença de reacção
dos vasos sanguíneos sob a influência de uma excitação sensitiva. Segundo esta teoria as
ventosas beneficiam o tecido pulmonar por meio de um impulso arterial acrescido e de uma
estimulação periférica.
*A teoria imunológica considera que a acção das ventosas implica a
produção de anticorpos contra as proteínas eventualmente desnaturadas pelo extravasamento,
ou contra as substâncias produzidas por catabolismo celular. Outros partidários desta teoria
evocaram o
fenómeno do choque coloidal ou peptónico.
*A teoria sedativa considera em primeiro lugar a acção antálgica das
ventosas. Ela recorre aos diversos fenómenos físicos, eléctricos e
radioterapêuticos que podem inibir os reflexos. Deve acrescentar-se que os efeitos sedativos
das ventosas foram observados desde a
Antiguidade, muito antes da utilização farmacológica de substâncias calmantes. A sua acção
antálgica não se limita às pontadas pneumónicas. Foi assinalada em inúmeros campos. É por
esta razão que os cinesioterapeutas as utilizaram para aliviar algias, lumbagos ou torcicolos.
Verificamos que foram propostas várias teorias para a acção das ventosas, todas elas mais ou
menos criticáveis ou aceitáveis. Mas nenhuma delas foi capaz de dar uma explicação
satisfatória.
Três certezas científicas sobre a acção das ventosas
Alain Sonneville, pela sua parte, não limitou as investigações a estudos estatísticos e
bibliográficos. Para entender o modo como agem as ventosas fez uma série de experiências em
animais e uma série de observações
161
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
clínicas no homem. Estudou os factores hematológicos e biológicos. Examinou os parâmetros de
tensão, as medições da numeração globular vermelha e branca, os valores espirométricos, tais
como a ventilação máxima/minuto, o volume corrente, o volume expiratório máximo/segundo,
os
gases do sangue, as impressões deixadas pelas ventosas e os factores de coagulação por meio
de trombociastogramas.
Depois de efectuar estes estudos, propôs três processos diferentes de acção das ventosas:
- um sistema reflexo imediato: melhoria funcional em caso de afecção
infecciosa ou inflamatória, queda tensional moderada, leucopenia inicial, activação do sistema
simpático;
- um sistema humoral secundário: melhoria a longo prazo dos estados
infecciosos e dispneicos, leucocitose tardia, libertação de substâncias humorais e de histamina;
- e fenómenos acessórios.
Uma alternativa aos antibióticos e aos antálgicos?
Passaram-se vinte anos desde os estudos de Alain Sonneville. Actualmente estamos em plena
crise dos antibióticos e dos calmantes. Por outro lado, o nosso conhecimento dos mecanismos
imunológicos progrediu muito. Dispomos de técnicas e de investigações que há alguns anos
eram inacessíveis. Talvez seja então o momento de retomarmos os estudos sobre as ventosas?
Existem muitas terapias que tenham uma tal unanimidade, com 92% dos pacientes satisfeitos
com a sua acção?
Tentativa de explicação da terapia das ventosas mediante as teorias da medicina chinesa
O dorso é percorrido por quatro meridianos. Também possui outros, conhecidos e utilizados em
acupunctura e moxibustão (pontos de acupunctura aquecidos com a ajuda de cigarros de
artemísia ou de cones de
162
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
artemísia colocados sobre a pele). São estes os meridianos da “bexiga”, do ‘triplo aquecedor” e
do “intestino delgado”. Todos estes meridianos são Yang, por oposição aos meridianos que lhes
estão acoplados e que são chamados Yin (ex.: bexiga [Yang] acoplado ao dos rins [Yin] ... ).
O meridiano da bexiga parte do ângulo interno do olho, sobe até à testa, passa por trás da
cabeça e percorre as costas em duas linhas distintas, paralelas à coluna vertebral. Em seguida
desce, ao longo da face interna da coxa terminando no dedo mindinho do pé.
Este meridiano possui pontos, chamados Yu, que têm a particularidade de estarem em ligação
activa com todos os órgãos do corpo. Estes pontos são aliás utilizados para expulsar o excesso
de Yang (calor, dor, etc.). Desta forma temos uma relação com os rins, os pulmões (daí a
relação da ventosa com as doenças causadas pelo frio), o fígado, a vesícula biliar... Entende-se
melhor agora a importância que os médicos e os doentes atribuíam a esta terapia que lhes deu
plena satisfação durante séculos.
As indicações das ventosas são inúmeras
Tosses, constipações, bronquites, doenças derivadas do frio, febres, lombalgias, reumatismos
articulares, traqueítes, cansaço, nervosismo, perturbações digestivas, torcicolos...
Como se colocam as ventosas?
As ventosas assemelham-se a pequenos frascos de iogurte. Colocam- ~se, geralmente, entre 6
e 24, conforme a afecção tratada e a corpulência do doente. Enrolado num pauzinho um pouco
de al godão-em -rama, previamente embebido em álcool, incendeia-se no frasco já próximo da
parte do corpo que vai ser tratada. Em seguida retira-se vivamente (1 segundo basta para
efectuar o vazio no frasco), e coloca-se a ventosa sobre a pele. Recomeça-se a operação para
todas as ventosas que se pretenda aplicar.
- Através da acção de vácuo, a pele é atraída e incha ligeiramente no interior da ventosa. As
ventosas ficam sobre a pele entre@ ]0 e 20 minutos.
163
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
A LITOTERAPIA, OU TERAPIA PELOS MINERAIS
Os minerais são um elemento importante na medicina tradicional. Realmente, o homem utilizou
desde sempre as pedras para tratar certas doenças.
As duas faces da litoterapia
A litoterapia, tal como a fitoterapia, tem duas faces. Uma delas, “científica”, procura nos
minerais uma fonte de microelementos, cuja acção pode ser demonstrada. A litoterapia
científica demonstrou, por exemplo, a acção da dolomite. Este mineral deve o seu nome a um
naturista e viajante suíço que lho atribuiu em honra de um geólogo francês, D. Dolomieu. A sua
fórmula química é CaC03 Mgc03’ Nos anos 30 descobriu-se, graças aos trabalhos do Prof.
Delbet, que em França as
arterioscleroses e os cancros eram menos frequentes em terrenos ricos em dolomite. Explica-se
assim o papel protector do magnésio na regulação enzimática e na permeabilidade das
membranas celulares.
De qualquer modo a litoterapia é pouco estudada pelos cientistas.
O aspecto esotérico-místico, a sua segunda face, que procura a relação entre as partes do
corpo humano e as pedras, é provavelmente uma das razões desta situação. É difícil encontrar
um equilíbrio entre estas duas correntes de pensamento, apesar de a biologia electrónica e de a
física moderna reconhecerem que os “amuletos de pedra”, desprezados pela medicina oficial
cartesiana, podem influenciar o estado energético do organismo e ter um papel no equilíbrio
saúde-doença.
As pedras medicinais
É interessante notar que a origem dos nomes de certas pedras está ligada às práticas médicas
ancestrais. Assim a “nefrite” deve o seu nome à acção curativa do pó dessa variedade de jade
nas doenças dos rins (do grego, nephros). Além disso, na quase totalidade das grandes
tradições medicinais (e religiosas) encontram-se práticas nas quais a utilização das pedras
preciosas era corrente.
164
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Também não é um acaso o facto de as investigações dos alquimistas sobre a “pedra filosofal”
os ter levado a transmutar os metais em ouro e a tratar todas as doenças.
Acreditava-e que as pedras protegiam o seu possuidor contra as grandes epidemias, e os
amuletos orientais sobreviveram aos impérios orientais.
- As pedras assírias serviram durante vários séculos para facilitar o
parto. -0 beosar (produto mineral proveniente do estômago dos antílopes e
das cabras) era um detector e um antídoto dos venenos. Os povos nómadas da Ásia Central
utilizam-no até hoje. -0 berilo trata a rinite e protege contra os abortos.
- O crisólito elimina a falta de ar e diminui os riscos das doenças
respiratórias.
- O quartzo foi apreciado porque prevenia e curava a cólera, as intoxicações digestivas, as
enxaquecas e era um antídoto contra o arsénico.
- A ametista foi utilizada para tratar as ulcerações. -0 jaspe permitia estancar as hemorragias. 0 rubi era a pedra da juventude eterna e tinha a capacidade de
regenerar os tecidos.
- A safira é ainda utilizada nas doenças dos olhos. Alguns pretendem,
até, que a sua radiação é tal que pode fazer desaparecer os cancros.
-Os antigos médicos utilizavam o pó de coral misturado com azeite
para curar problemas auditivos e de surdez. Quanto a Paracelso, este prescrevia o coral branco
para tratar a epilepsia e as intoxicações.
- O pó de pérolas misturado com leite preservava e permitia manter
uma bela voz. Na índia, ainda hoje, esta preparação serve para lavar os olhos dos recémnascidos de modo a preveni-los contra futuros problemas oculares.
Inúmeros investigadores pensam que o estado de saúde se caracteriza pelo equilíbrio
energético do organismo. Avançam a hipótese de que os
minerais estão em relação com as radiações cósmicas e têm um campo magnético semelhante
aos dos diversos órgãos do corpo humano. Os campos magnéticos emitidos pelas pedras
preciosas têm, por conseguinte, a capacidade de reequilibrar o campo magnético corporal. Esta
teoria
165
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
energoterapêutica explica por que motivo certos doentes se sentem aliviados quando estão na
presença de pedras preciosas. Desta feita, os
cristais de quartzo acalmam as personalidades stressadas e, além disso, teriam a capacidade
de rearmonizar as emissões energéticas.
QUADRO DAS RELAÇÕES ENTRE OS PLANETAS, OS óRGÃOS E AS PEDRAS
Sol, Lua ou planeta
órgão do corpo humano
Pedra
Sol
Coração, circulação sanguínea.
Diamante, rubi, crisólito, calcedónia (crisópraso e heliótropo).
Lua
Linfa, figado, estômago, garganta, mucosas.
Esmeralda, opala, berilo (variedade de água-marinha), selenite, malaquite, pedra da Amazónia,
coral branco, nefrite.
Mercúrio
Cérebro, sistema nervoso.
Jaspe, crisólito, topázio, calcedónia (cornalina).
Vénus
Seios, góriadas.
Esmeralda, ágata, pérola branca, coral rosa, berilo (variedade de água-marinha), safira,
topázio, quartzo, turmalina.
Marte
Veias, góriadas, metabolismo geral.
Rubi, diamante, granada, opala, espinela, hematite, coral vermelho.
Júpiter
Fígado, desenvolvimento celular, aorta.
Safira, ametista, turquesa, lápis-lazúli e
todas as pedras azuis.
Saturno
Ouvido, boca, dentes, baço, sistema ósseo.
Ónix, pérola preta, calcedónia, ágata, espinela azul-marinho.
úrano
Sistema nervoso central.
Alexandrite, âmbar, turquesa verde, zircónio, jacinto.
Neptuno
Olhos, cérebro, capacidades mentais.
Turmalina, berilo (variedade de água-marinha), ametista, coral branco.
Plutão
Sistema imunitário.
Granada.
166
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Quatro substâncias minerais com poderes de cura
Entre as inúmeras substâncias minerais utilizadas em terapia, seleccionámos quatro que vos
apresentaremos, a seguir, com mais pormenores.
O MÚMIO, OU “BÁLSAMO DAS MONTANHAS”
O múmio (múmia, mummy ou bálsamo das montanhas) é uma substância balsâmica que se
encontra nas montanhas da Sibéria, nos Himalaias, no Irão e na Mongólia. Os cientistas
confirmam que as propriedades do múmio, independentemente da sua origem, têm as mesmas
características terapêuticas.
As propriedades curativas ancestrais do “bálsamo das montanhas”
Desde há mais de 2000 anos que os povos asiáticos o utilizam por via interna e externa para
tratar entorses, asma, doenças gastrointestinais, diversos problemas respiratórios e a
gangrena. Para os povos siberianos o múmio tem o mesmo papel que os antibióticos para os
ocidentais. Ele fazia parte da farmacopeia de Avicena.
Engelbert Kampfer, viajante, médico e naturista (a quem devemos também a descoberta do
Gingko biloba), foi provavelmente também o
primeiro europeu a descobrir e descrever os estranhos poderes do “bálsamo das montanhas”.
Em 1717, Kampfer, convidado pelo xá da Pérsia, constatou que os habitantes do Golfo Pérsico
consideravam o múmio, uma substância cara e preciosa, como uma dádiva dos céus. A sua
utilização era estritamente reservada às pessoas próximas da família imperial. A descoberta, a
verificação e a autenticidade dos novos jazigos eram
acompanhadas de grandes festejos. O soberano cedia, por vezes (mas raramente), um pouco
de múmio aos guerreiros nobres, feridos nas batalhas.
Esta substância, na época de Paracelso, conheceu também uma voga excepcional. Finalmente,
os Egípcios chamavam ao múmio “ensani”, o que significa “substância humana por excelência”.
Engelbert Kampfer observou-lhe as capacidades curativas e no seu Ameonitum exoticarum
167
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
descreveu a consolidação de fracturas em três dias, nas crianças, e num
dia, nos pássaros feridos.
Os Siberianos utilizam os animais para descobrir novos jazigos’ já que os mamíferos feridos
procuram o múmio para se tratar. A mitologia siberiana associa a presença do “bálsamo das
montanhas” aos mamutes, animais mágicos e omnipresentes nas crenças do Norte da Ásia.
Em 1956, o Dr. Shakirov de Tachekent descobriu um jazigo muito rico
de uma substância betuminosa que ele utilizava no tratamento de fracturas e para a
regeneração tissular. Os institutos de investigação, tanto soviéticos como americanos,
demonstraram a heterogeneidade dos múmios provenientes de diversas regiões. Actualmente
só existem vinte locais de exploração.
A riqueza da composição química do múmio
Os químicos russos falam da existência de nove classes diferentes. Estas diferenciam-se pelas
suas propriedades físicas: a estrutura granular, resinosa (chamada na Sibéria “manteiga de
pedras”) ou líquida, a solubilidade na água e a composição química. De qualquer forma, todas
as
classes são suficientemente parecidas para terem sido repertoriadas num mesmo tipo.
A análise química do múmio mostra a grande riqueza da sua composição. O “bálsamo das
montanhas” contém proteínas, nove aminoácidos, esterídios, ácido hipúrico, ácido benzóico,
resinas e compostos inorgânicos: sílica, alumínio, magnésio, cálcio, nátrio, potássio, manganês,
níquel, cobalto, crómio, molibdeno, berílio, cobre, paládio, zinco, gálio, bário, fósforo e titânio.
A riqueza química do múmio é tal que os químicos russos dizem que contém todos os
elementos conhecidos.
A controvérsia acerca da origem do múmio
As teorias relativas à origem do múmio são muito controversas. A datação isotópica fornece
uma hipótese que vai dos 800 milhões aos
3 milhões de anos. Certas categorias de múmio contêm resíduos vegetais entre os quais uma
parte é composta de restos de espécies cambricas. Outras amostras não contêm nenhuns
vestígios de plantas. Além disso, os
investigadores avançam várias hipóteses: seria de origem animal, vegetal, vulcânica ou mesmo
cósmica? Quanto a certas teorias originais e, por
168
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
vezes, muito fantasistas, essas são mais que muitas e pretendem que o
múmio seria proveniente de restos de mamutes ou até de dinossauros.
As incríveis proprieda(les do múmio
As investigações e as experiências clínicas confirmam a grande capacidade regenerativa do
múmio. Esta capacidade polivalente permitiria tratar com a mesma eficácia tanto a
consolidação de fracturas como as
doenças degenerativas. A imprensa russa menciona a eficácia do múmio em inúmeros casos
reconhecidamente incuráveis. Todavia, até à data, ainda não foi apresentada nenhuma
explicação cientificamente válida sobre o mecanismo do múmio. Os médicos ocidentais
confirmaram também a sua forte acção bacteriostática. O múmio é por conseguinte um
“antibiótico natural” por excelência.
Finalizando, o múmio está, provavelmente, na origem dessa misteriosa pomada antiinflamatória utilizada pelos médicos do exército russo durante a guerra contra o Afeganistão. A
grande surpresa dos médicos russos foi a de constatar as capacidades regenerativas do múmio
em patologias que surgiam no seguimento de irradiações. Mas neste campo as investigações
continuam em fase experimental.
Um último comentário interessante: esta substância está disponível (e a preços acessíveis) em
todos os países da Europa Central e Oriental.
A 0ZOQUERITE: UMA CERA NATURAL
O nome ozoquerite provém de duas palavras gregas: ozein (sentir) e keros (cera). A substância
também é chamada “cera das montanhas” ou
14 cera natural” e é comparável à cera de abelhas. Além disso é uma resina mineral com uma
origem idêntica à do petróleo.
O jazigos de ozoquerite, existem em diversas regiões do mundo: na Roménia, na Polónia, na
Ucrânia (o maior jazigo do mundo encontra-se na Boristávia), na Áustria, na Eslovénia, nos
Estados Unidos, no Tajiquistão e no Usbequistão. A ozoquerite da Escócia, de França (vale do
Loire) e do País de Gales distingue-se das de outras proveniências e por este motivo é chamada
elateríte ou “hatchetin”.
A sua cor pode ir do amarelo-esverdeado ao castanho, passando pelo preto. É facilmente
combustível, e o seu cheiro é semelhante ao da cerasina.
169
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
É utilizada na indústria de cosméticos e de têxteis e pode substituir a cera
de abelhas.
A ozoquerite: uma penicilina mineral
Avicena prescrevia-a para o tratamento de hemorragias, fracturas e
dores de cabeça. Mas a ozoquerite está muito divulgada na medicina popular russa. Além disso,
neste país esta substância é muito acessível e
pouco dispendiosa. A sua grande reputação começou na ex-URSS em
1942, quando foi utilizada pelos médicos do exército para tratar feridas e fracturas nos
soldados. Descobriram-se então os seus poderes bactericidas e antibióticos, que são
comparáveis e, por vezes, até superiores aos da penicilina.
As indicações da ozoquerite
A ozoquerite pode ser utilizada por via externa, oral, rectal ou vaginal. O seu mecanismo de
acção é pouco conhecido. Durante o trata~
mento observa-se uma melhoria da circulação sanguínea (daí a sua
utilidade no tratamento da arteriosclerose), mas também estimula a regeneração dos nervos
periféricos e melhora as polinevrites. Na Ucrânia é prescrita na balneoterapia e nas curas
termais. No tratamento de gastrites e de doenças intestinais os médicos russos prescrevem-na
como
terapia complementar.
A série de experiências feitas no início dos anos 40 está na base da sua prescrição em
ginecologia. Tem efeitos ostrogénicos e, por conseguinte, é utilizada em casos de insuficiência
ovariana e em inflamações.
Em pediatria é prescrita contra inflamações, broncopneumonias e
poliomielite. Uma das suas vantagens, a não negligenciar, está ligada ao
facto de não ter qualquer efeito secundário sobre o sistema imunitário das crianças.
Referir, ainda, que a ozoquerite diminui as alterações dermatológicas ligadas à radioterapia. Em
razão da sua acção vascular está indicada no
tratamento de certas doenças corno as úlceras e os eczemas crónicos.
As experiências russas demonstraram que quando é utilizada localmente aumenta a
permeabilidade capilar e melhora a circulação. A sua
170
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
acção fortemente anti-i n fiam atória é cada vez mais reconhecida pela medicina oficial.
E, para finalizar, a ozoquerite opõe-se à decomposição da matéria viva, daí o fenómeno de
conservação de animais pré-históricos encontrados em
perfeito estado de conservação. O mais célebre é provavelmente o rinoceronte de Estarúnia, na
Galícia (exposto no Museu de Zoologia de Cracóvia, na Polónia).
O MISTÉRIO DA “PEDRA DAS SERPENTES”
Quando se consultam os antigos jornais e publicações, encontram-se informações enigmáticas
e misteriosas.
Uma história enigmática
Assim, na revista mensal Nature, de 1906, o Dr. A. Gartaz fez um comunicado sobre a pedra
indiana das serpentes. Na índia os répteis são responsáveis, todos os anos, por várias dezenas
de milhares de acidentes mortais. Os indígenas serviam-se deste talismã contra as mordeduras
de serpentes e outros animais venenosos. As pedras eram preparadas pelos brâmanes e,
segundo as crenças populares, eram dotadas de poderes sobrenaturais. Protegiam a vida dos
encantadores de serpentes, frequentemente vítimas das mordeduras dos seus répteis.
Faraday, no início do século, fez a análise química de uma delas, proveniente da região de
Hyderabad. O seu primeiro comentário foi a
constatação de que a pedra não passava de um fragmento de osso calcinado cheio de sangue e
passado no lume.
Por seu lado, o Dr. Watkins-Pitchford, de Pietermaritzburgo (África do Sul), testou a pedra de
acordo com a directivas indianas. Aplicou-as no
local da mordedura, depois de molhar previamente a ferida com um pouco de água. Mas os
testes sul-africanos não confirmaram a sabedoria popular indiana.
Seis perguntas continuam em suspenso
A diferença entre as espécies de répteis sul-africanos e indianos e por Conseguinte entre os
venenos seria, talvez, a causa?
171
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
A pedra agiria apenas em pequenas doses de toxina? Seria ela eficaz apenas nos humanos (a
experiência foi feita em coelhos)?
A pedra, talvez, não tivesse suportado a longa viagem (nessa época eram necessárias várias
semanas para ir da índia até África)?
As pedras testadas, talvez, não fossem verdadeiras “pedras das serpentes”?
A pedra seria uma mera crença, a última esperança que resta às pessoas mordidas por uma
cobra?
Seria, sem dúvida, interessante examinar de novo esta pedra misteriosa de modo a ficarmos
definitivamente elucidados e sabermos enfim se esta “pedra das serpentes” tem algum poder
terapêutico.
O ÂMBAR: UM PRECIOSO MEDICAMENTO DESDE A ANTIGUIDADE
Desde a mais recuada Antiguidade que o âmbar foi um dos medicamentos mais preciosos da
farmacopeia europeia.
A sua prestigiosa história
DiócIes foi o primeiro médico grego, conhecido dos historiadores, a
aconselhar a sua utilização em preparações médicas. Atribuía a esta pedra capacidades
purgativas, anti-reumatismais e anti-hemorrágicas.
Os naturistas gregos foram também os primeiros a tentar explicar a
origem do âmbar. Para eles esta pedra provinha da urina de certos animais, em particular do
lince.
Dioscórides, Teofrasto e Galiano mencionaram o valor médico desse “ouro do norte”. Plínio, o
Antigo, e Callistratus citam-no nas suas obras que descrevem os remédios que receitavam.
Acreditava-se que o âmbar ajudava contra os males da garganta e protegia as amígdalas. Foi
também prescrito como colírio associado a óleo de rosas e mel. Era, ainda, utilizado na
preparação de um vinho para tratar a icterícia. Contudo, é difícil saber se o conhecimento
antigo das virtudes do âmbar provinha das observações dos médicos gregos, romanos ou
árabes.
A tradição da Idade Média coloca o âmbar entre os seis medicamentos mais eficazes. Segundo
Santa Hildegarda, o âmbar macerado em vinho ou
172
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
cerveja trata as dores de estômago. No livro de Agrícola (1554), o âmbar em solução tem uma
acção anti-hemorrágica e, no vinho, trata as doenças do estômago. Santa Hildegarda e
Culperer aconselham-no para resolver problemas urinários. Os médicos dessa época utilizamno também para tratar os reumatismos, a epilepsia e também, segundo Alberto, o Grande,
para... examinar a virgindade.
Durante as grandes epidemias era utilizado em fumigação para prevenir contra a peste. Era por
conseguinte um dos remédios mais caros nessa época. A sua utilização era reservada aos
privilegiados, aos reis e aos papas. A Ordem dos Cavaleiros Teutónicos tentou monopolizar a
sua
exploração. A comercialização em territórios polacos e lituanos era aliás controlada por estes
cavaleiros teutónicos.
Actualmente as investigações recomeçam
Actualmente, entre os célebres pacientes tratados com âmbar podemos citar Martin Luther
King, que graças a este medicamento se livrou dos cálculos renais. Compreende-se, aliás, mal
que esta pedra medicinal tão rica não tenha sido devidamente estudada. Mas ultimamente a
sua grande capacidade de produção de iões negativos, bem como alguns dos seus
componentes aromáticos, é objecto de investigações aprofundadas.
O âmbar continua a ser utilizado na medicina popular de certas regiões da Polónia e dos Países
Bálticos, como medicamento anti-reumatismal. Preparações homeopáticas de âmbar são
comercializadas na Alemanha e na Polónia. Na Rússia os médicos utilizam a vitamina D3,
extraída do âmbar.
Como se utiliza o âmbar?
Ao longo dos séculos e de acordo com os autores, foram preconizadas diversas preparações.
Seleccionámos algumas receitas, fáceis de preparar:
- O âmbar jóia: @@)loea-se directamente em contacto com a pele, em
medalhão, especialmente no Inverno durante o tempo frio. É particularmente recomendado a
pessoas sujeitas aos inconvenientes derivados das mudanças de estação (resfriamentos, gripes,
constipações, bronquites, tosse, dores de garganta, etc.).
173
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Macerado em vinho: escolha um vinho tinto de boa qualidade. Deixe macerar o âmbar durante
24 horas e depois ferva-o. Esta preparação era especialmente utilizada para as dores de
estómago (úlceras?), os cálculos renais e as hemorragias. óleo de âmbar: deixe macerar um
pedaço de âmbar, durante 8 dias, num litro de azeite. Este azeite pode ser utilizado no tempero
de saladas e outros vegetais crus.
Esta preparação está mais indicada para combater o stress, a angústia e as depressões.
A ESPELEOTERAPIA OU TERAPIA NO SUBSOLO
A espeleoterapia é uma terapia baseada na acção curativa das caves e
das formas subterrâneas.
Nas grutas e nas minas de sal
Desde 1949 que existe uma estação termal subterrânea na Áustria, na
região de Salzburgo, perto de Badenstein. Nesta estação os médicos austríacos obtêm
excelentes resultados no tratamento de afecções reumatismais (reumatismos degenerativos),
perturbações da circulação e em certos casos
de artrite. Por outro lado, na Hungria, na região de Braradala, o Dr. Dudech criou uma cura
para asmáticos, situada a 50 metros abaixo do solo.
As primeiras experiências de espeleoterapia datam do século xix. O Dr. Crogham, para tratar os
seus pacientes tuberculosos, fazia-os passar cinco meses numa gruta do estado de Kentucky.
As minas de sal têm um lugar muito especial na espeleoterapia. Já em
1740, uma carta endereçada a Henry Baker, secretário da Royal Society, por John Mouney,
médico inglês do exército russo, descrevia o perfeito estado de saúde dos mineiros que
trabalhavam nas minas de sal de Wieliezka, perto de Cracóvia, na Polónia. Nessa época um
naturista francês, Jean Étienne Guettard, dedicou uma obra completa a essa mina de sal.
Actualmente a mina de Wieliczka está protegida e faz parte do patri174
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
mónio mundial da UNESCO. Uma parte contém um museu, e a outra foi transformada em
hospital onde, a 210 metros abaixo da terra, desde há trinta anos, são tratados com êxito casos
de asma e todas as doe"cas respiratórias.
A eficácia da espeleoterapia está relacionada com a especificidade do meio
É difícil explicar o fenómeno curativo da espeleoterapia e, em particular, das minas de sal.
Evoca-se a especificidade do clima, a estabilidade da pressão atmosférica, a ausência de
alergénios e de microrganismos patogénicos, a presença de pequenas quantidades de
movimentos impetuosos e os efeitos da ionização das pequenas partículas de sal.
Como é evidente, todas estas condições favorecem uma boa ventilação dos pulmões, mas as
investigações feitas na Rússia demonstram também a acção da espeleoterapia e das minas de
sal no que diz respeito à estimulação directa do sistema imunitário do homem. Finalmente,
todas as investigações sobre as diferentes formas de vida mostraram que estas beneficiam de
um ecossistema bem particular, muito distinto dos outros ambientes.
175
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA
A EVITAR
O
reducionismo é a causa principal da crise do pensamento médico ocidental da nossa época. Se,
por um lado, não nos é difícil entender que uma teoria que reduz os fenómenos complexos a
um único factor seja sedutora, sabemos também que é a investigação científica que obriga os
investigadores a tornarem-se reducionistas. Porque é impossível estudar a vida e a saúde em
toda a sua complexidade e permanecer cientificamente credível. Este tipo de fenómeno é bem
conhecido.
COMO SE CHEGOU AO REDUCIONISMO
NA MEDICINA?
Em primeiro lugar escolhem-se os problemas acessíveis aos estudos e aqueles que têm a
possibilidade de ser resolvidos. Não nos preocupamos com aqueles que, no estado actual dos
nossos conhecimentos, não têm qualquer hipótese de solução, como sabemos de antemão.
Considera-se que são inexistentes. Desta forma obtém-se uma caricatura do método
cartesiano, pelo facto de se rejeitar tudo o que é duvidoso ou incerto.
A ciência moderna só se preocupa com o acessível, cuja solução lhe parece possível. Além
disso, considera-se que a realidade de laboratório, totalmente artificial, é idêntica à que se
encontra na Natureza. Em seguida, pretende-se que o conhecimento do comportamento de
algumas moléculas é suficiente para descrever todos os parâmetros dos organismos vivos.
Esquece-se facilmente que, por exemplo, a física clássica (newtoniana) é incapaz de descrever
sistemas compostos por... três bolas de bilhar e que a ciência moderna não consegue
compreender o mecanis177
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
mo da formação... das bolhas de champanhe. Desta forma, a ciência, que deveria ser uma
ferramenta de conhecimento do mundo, transforma-se na força criadora de um novo mundo
que, infelizmente, está nos antípodas do mundo real.
A medicina reduz os factos a uma causa única
Podemos pensar que estas reflexões sobre a ciência moderna não têm nada em comum com os
problemas de saúde que defrontamos diariamente. Mas a medicina é provavelmente o mais
reducionista de todos os nossos conhecimentos. Além disso, é o mais hipócrita porque,
contrariamente à física ou à biologia modernas, os médicos continuam à procura de meios
milagrosos. Pretendem compreender a maioria dos problemas, que sã o muito mais
complicados do que, por exemplo, a formação das bolhas de champanhe.
A medicina é reducionista nas suas investigações sobre a causa das doenças ao tentar quase
sempre limitá-la a um único factor. É também reducionista na investigação dos mecanismos
patológicos e dos remédios, porque, se a doença é causada@ por um factor (microrganismo,
carência de um elemento, gene, etc.), basta agir sobre esse factor único (antibiótico,
suplemento alimentar, terapia genética) para recuperar a saúde.
Pensamos que esta lógica é eficaz apenas em alguns casos raros. Nos restantes, para preservar
a saúde, é indispensável agir sobre vários factores. O nosso principal conselho é, por
conseguinte, vigiar as nossas condições de vida e agir de modo a proteger o nosso meio
ambiente.
LUTAR PARA QUE A MEDICINA NATURAL NÃO CONSTITUA UMA AMEAÇA PARA A NATUREZA
“... a fauna e aflora selvagens constituem um elemento insubstituível dos sistemas naturais,
que deve ser protegido contra a sobreexploração pelo comércio internacional.”
O desaparecimento das espécies e o empobrecimento da riqueza natural são as consequências
mais graves da actividade humana. Ninguém pode fornecer um número exacto das espécies
animais e vegetais que
178
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
vivem no nosso planeta, e ninguém tem a possibilidade de fornecer números sobre a extinção
total de algumas delas. Contudo, as estimativas são muito pessimistas, já que os botânicos
afirmam que todos os dias desaparecem uma ou duas espécies de plantas superiores. Do início
dos anos 80 até ao final do século, 40 000 plantas superiores terão definitivamente
desaparecido.
Como foi possível chegar-se a esta situação?
As principais causas desta situação foram a alteração do ambiente e a destruição dos habitat
naturais. Todavia não devemos negligenciar o
papel da colheita e da comercialização incontrolada das espécies selvagens. Com uma
facturação de cerca de 30 mil milhões de francos, o tráfico relacionado com a fauna e a flora é
considerado como a terceira actividade comercial ilícita, a seguir à das drogas e das armas.
O transporte de plantas e de animais selvagens gera diversos problemas: em primeiro lugar,
favorece a extinção das espécies. Em segundo lugar, a introdução de organismos novos na
natureza do país destinatário tem consequências: podemos citar a tartaruga da Florida que
constitui uma ameaça para a cístude (tartaruga) indígena de França, ou a rã sul-americana
introduzida em Itália. Além disso, os organismos transplantados podem ser os vectores de
diversas doenças (a tortue-salmonelose). Para finalizar, é importante realçar as condições
cruéis de transporte, responsáveis pela mortalidade de 62% dos pássaros provenientes do
Senegal e de 55 % dos provenientes do México.
Qual é o papel da medicina natural neste tráfico indigno9
O carácter ilícito, bem como a determinação difícil dos destinatários de certas orquídeas,
cactáceas ou corais, tornam impossível avaliar o
impacto da medicina natural na destruição das espécies ameaçadas. Todavia, desde o
desaparecimento do “sifilon” - planta contraceptiva da Grécia antiga, cuja colheita intensiva
ocasionou a sua completa extinção
- sabemos com exactidão que a prática medicinal (mesmo dita natural) pode ser a causa
directa da destruição total de uma espécie.
179
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
Os historiadores das ciências e os botânicos dedicam uma grande parte das suas investigações
à descoberta das plantas dos Antigos. Frequente- mente, não conseguem determiná-las nem
inseri-ias no nosso sistema taxinómico. Estará esta dificuldade exclusivamente relacionada com
as dificuldades linguísticas? É muito provável que, pelo menos em certos
casos, seja o seu desaparecimento que torna a identificação impossível.
As principais espécies de fauna ameaçadas
Entre as espécies ameaçadas pelo mercado da medicina natural podemos até encontrar animais
de grande porte.
Desta forma, na medicina chinesa utilizam-se os ossos de tigre para tratar as úlceras, os
reumatismos articulares e musculares, o paludismo, a febre tifóide e para aliviar as dores. O
grande mercado de pó de osso
(aplicado debaixo das unhas dos pés para queimaduras e erupções cutâneas) e as bebidas
alcoólicas, fabricadas com ossos, são a principal causa da caça furtiva a este animal. Estima-se
que no ano de 1991 mais de 30 000 garrafas de bebida de osso de tigre foram enviadas da
China para Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailândia e para todos as partes do mundo onde
existe uma diáspora chinesa, particularmente na Europa Ocidental e nos
Estados Unidos. O preço dos ossos varia muito: na fronteira chinesa, 1 kg pode valer até 270
dólares (um tigre de pequeno porte tem um esqueleto de cerca de 7 kg). É por isso que em
certas regiões a situação dos tigres se torna muito crítica devido à caça furtiva supostamente
“medicinal”. Desta forma, o número de tigres no Parque Nacional de Ranthaombar, índia, é
inferior a 14.
Os efectivos mundiais de rinocerontes passaram de 80 000, nos anos
70, para 11 000 actualmente. A caça furtiva de rinocerontes é a razão principal da sua
progressiva extinção. Esta situação persiste apesar de mais de 100 países perseguirem os
traficantes e os indivíduos que comercializam os cornos destes animais. A procura de cornos é
muito grande porque a medicina tradicional chinesa utiliza-os contra as febres, a epilepsia, a
malária, os envenenamentos, os abcessos e, especialmente, a impotência. Três anos de prisão
e uma multa constituem a sanção para as pessoas que comercializam ou utilizam o corno de
rinoceronte na
180
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
Formosa (centro mundial deste tráfico). Mas as inúmeras apreensões efectuadas por diversos
países, por exemplo, 21 chifres apreendidos ultimamente pela polícia belga a um comerciante
de Bruxelas, mostram que os
caçadores furtivos não hesitam em arriscar a sua liberdade.
Por outro lado, a utilização de “castóreo”, sedativo nervoso, antiespasmódico, estimulante
vascular e um dos seis remédios panaceia da Idade Média, foi provavelmente uma das causas
da caça e do desaparecimento do castor na Europa. Graças à sua reimplantação podemos
encontrá-lo em
diversos rios da Europa Ocidental e Central. Infelizmente, existem provas de que este animal se
tornou, de novo, alvo dos caçadores furtivos.
A caça ilegal ameaça também a população de arganazes nos Cárpatos. A gordura deste animal
é utilizada como remédio contra os reumatismos.
Os ursos pretos asiáticos, os ursos dos coqueiros e os baribalas estão ameaçados pela
comercialização da sua vesícula biliar. A Coreia do Sul é o centro mundial do comércio e do
tratamento deste produto. As vesículas biliares são secas e reduzidas a pó e, em seguida,
utilizadas em chá ou sob a forma de infusão para tratar as hemorróidas, as infecções
intestinais, a hepatite e a icterícia.
As serpentes são, frequentemente, também objecto de tráfico. Em certas culturas africanas os
amuletos de pele de serpente protegem contra as
doenças dos olhos. Na América Latina utilizam-nas para tratar as fracturas. Na Ásia são
preconizadas contra os reumatismos. Na medicina grega a serpente é um dos componentes da
célebre “grande teriaga”. Este medicamento foi utilizado na Europa durante mais de dez séculos
como
remédio contra as mordeduras de serpentes e contra a raiva, a peste e a varíola. Ao longo da
história existiram outras substâncias que serviram para tratar as mordeduras de serpentes, em
particular o corno do unicórnio marinho. Foi aliás por este nome que os Antigos designaram o
narval, mamífero actualmente raro e ameaçado de extinção total.
A utilização do almíscar, produzido por certos mamíferos e por um pequeno cervídeo, pela
indústria de cosméticos e pela farmacopeia tradicional é uma ameaça para as populações. Ora a
colheita do almíscar pode ser feita sem matar o animal, e existem na China unidades de
produção especializadas nisso. Mas a procura desta misteriosa substância (o almíscar é
composto de hormonas sexuais, de colesterol e de substâncias cerosas) é tão importante que a
caça furtiva persiste, especialmente nos Himalaias
181
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
e na Sibéria. Ele é depois revendido na Europa e na América, e é impossível distinguir do
almíscar proveniente da caça furtiva o almíscar proveniente das unidades legais de produção.
A abertura das fronteiras na CE agrava ainda mais a situação de diversos animais, entre os
quais se encontram as víboras da Europa Central e Ocidental, que servem para confeccionar
pomadas (certas serpentes são mesmo utilizadas vivas), os alces e os veados por causa dos
seus cornos, que são utilizados depois de pulverizados. Na Checoslováquia existem vários
“estabelecimentos turísticos” especializados em viagens a África, a Espanha, a França ou à
Alemanha. Estes “turistas” de um género muito especial importam animais exóticos, em
particular répteis, insectos e aranhas provenientes de África, e comercial utiliizam-nos em
França ou na Alemanha.
As principais espécies de flora ameaçadas
Certas explorações medicinais põem em perigo inúmeras espécies vegetais. A Prunus africana é
uma árvore africana cuja casca é utilizada para tratar problemas de micção nos homens idosos,
entre os quais o
tumor da próstata. infelizmente, a sua sobreexploração colocou em perigo a maioria das
árvores. É desta forma que uma planta pode desaparecer antes mesmo de todas as suas
virtudes terem sido descobertas.
As florestas de teixos nos Himalaias foram, praticamente, destruídas desde que se conhecem as
propriedades anticancerígenas das substâncias extraídas da casca desta árvore. Além disso, a
publicação sobre a acção antitumoral do “taxoi” foi a causa directa da destruição de várias
espécies de árvores na Europa graças a uma colheita selvagem, apesar de ser
praticamente impossível isolar esta substância sem uma aparelhagem especializada.
O Aloe polyphy11a (aloés espiralado) é uma planta originária das montanhas do Lesoto. A
descoberta das suas propriedades medicinais gerou um tráfico internacional, e foram feitas
tentativas do seu cultivo nos Estados Unidos. Infelizmente, este aloés só cresce no seu solo
natal, onde é cada vez mais raro.
182
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
O dragoeiro (Dracaena draco) das ilhas Canárias pode atingir uma
idade de 6000 anos. Os habitantes destas ilhas utilizaram-no para mumificar os mortos e para
tratar várias doenças (é fortemente imunoestimulante); a sua madeira também serve para
fabricar violinos de grande qualidade. Esta árvore desapareceu totalmente de quatro das sete
ilhas Canárias. Existem apenas cerca de 200 exemplares desta árvore no conjunto destas ilhas.
Ainda será possível preservá-la?
O que pode fazer a medicina natural para remediar esta situação?
É certo que a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e de Flora
Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), bem como a acção de organizações como a WWF
ou TRAFFIC, melhoraram a situação de certas espécies. Mas uma acção meramente legislativa
não tem capacidade para fazer face a todos estes problemas. É, por conseguinte, indispensável
que certos princípios de deontologia profissional sejam aplicados pelos praticantes da medicina
natural, de modo a evitar uma catástrofe que precipitaria a extinção de várias espécies. Apesar
de ser difícil distinguir as plantas cultivadas das plantas selvagens, é sempre possível verificar e
exigir certificados de proveniência. Porque o desaparecimento de espécies limita a riqueza
natural e pode privar-nos, no
futuro, de inúmeros novos medicamentos.
Uma das forças da medicina natural é o seu paradigma holístico, ou seja, a sua visão da doença
como um estado de desequilíbrio entre o corpo humano e a Natureza. De acordo com esta
visão, é impossível tratar ou prevenir as doenças se, paralelamente, destruímos a Natureza. A
aplicação de uma ética sobre as colheitas e a utilização das plantas medicinais deve, portanto,
ser um dos principais dogmas do código de deontologia do médico naturista.
Os praticantes de medicina natural rejeitam a vivissecção como base do conhecimento médico.
Eles podem, por conseguinte, ter também um papel na acção de protecção dos primatas que
são actualmente alvo de caça furtiva com o objectivo de investigações experimentais.
183
267, DOENÇAS E OS SEUS TRATAMENTOS*
NATURAIS
O asterisco que acompanha certos tratamentos assinala que estão amplamente explicados na
parte “DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS LITILIZADOS”, da página 97 à página 156. À mínima
questão sobre a forma de aplicar qualquer um
deles, não hesite em consultá-la!
185
SIMBOLISMOS VISUAIS QUE ACOMPANHAM CERTOS TRATAMENTOS
*/* para ver com o livro
-4
14 0)
Alififfinffição (p. 110)
ÁRO/7/los * ~ pós, de assento) (p. 144)
sonhos de vapor @@=0l (p, 147)
c
at ,qpl
405m95 * compressás 11
(p. 97)
CIliturão de Noptuno (p. 148)
DOMOS (111g10170 ~
Á0r8901.95 (p. 109)
Falmacopela chinesa
Altoteripla
Gargorejos Ágochechos
117fu.qão * Deco~o (pp. 95-96)
jejum (P. 128)
Ráscora
óleos essenci.TIS (p. 100)
;r1J7t1118-1nãO * (p. 99)
Tratamentos descritos em pormenor nas páginas mencionadas
186
*
*
*
*
Abcessos - furúnculos
Acidez de estômago (azia gástrica)
Ácido úrico (uremia)
Acne
* Afrontamentos
* Aftas
* Albuminúria
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Alcoolismo
Alergias e doenças ditas ambientais
Anemia
Anginas, dores de garganta
Ansiedade - angústia, medos
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
Artrites
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
* Asma
* Astenia nervosa
Abcessos - furúnculos
Abcessos - furünculos
*/* a corrigir
Trata-se de vermelhidão frequentemente acompanhada de inchaço purulento e de dor, com
diminuição de mobilidade e eventualmente febre.
DIV90i
475 * ZIMbro - Escablosa
- Salsaparrilha
1 drageia de cada planta, 3 vezes ao dia, antes das principais refeições. @
OU IMUSÃO ZIMbrO - Escablosa
-” salsaparrilha
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver durante 1 minuto e deixe em
infusão 10 minutos.
- Beber 3 chávenas por dia, entre as refeições, durante uns 15 dias.
óIOM OSSOMI.115
ESSênCI.7 o& ZIMbrO
2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia.
- Cura de 15 dias (a repetir).
c
offipi ,wn,95 * IM Feno-grego + Endro
Em meio litro de água deite 2 pitadas de cada planta e leve a ferver. Apague o lume e
acrescente 3 boas pitadas de urtigas para fazer uma decocção. Deixe macerar 2 horas.
Aplique em compressa. Repetir frequentemente.
ou Cataplasmas da decocção de:
F--no-grogo -i- Argíl27
Outras cataplasmas possíveis:
Foffias de Couve ou de Cebola (cort27d27 em 2) ou ArgIla
* A borragem: as folhas frescas
bem esmagadas e aplicadas nos abc&ssos em cataplasmas ajudam a amadurecê-los.
* As virtudes desta planta foram
descritas por Alberto, o Grande. Este considerava-a como “geradora de um bom sangue”. Os
médicos da Idade Média também a utilizavam para tratar fraquezas cardíacas.
* A brunela, tomada em decocção
e aplicada em cataplasmas suprime os firúnculos e cura as feridas (Cefal p i no).
* O saláo aplica-se com êxito (em
decocção) nos panaríclos.
8917h05 de lissento *
- Banhos de assento frios, diários.
188
Abcessos - furúnculos
UÇAO ÁRRIffiOS dO 1140p0.r *
- Banhos de vapor completos, 2 vezes por semana.
cilitulio de Neptu170
Fálmacopelo C17117050
A casca de “tse king”, G&rcis chinensís, misturada com tc17ang (canforeiro) GInnamornum
camp17oia e com vinho chinês. Só se utiliza em aplicação externa, depois de macerada em
vinho, à razão de 30 g para 1 garrafa, durante 8 dias. Aplique por meio de compressas, 1 ou 2
vezes ao dia. Ou, ainda, em infusão: 30 g para
1 litro de água. Leve a ferver durante 4 minutos e deixe em infusão durante 10 minutos.
Aplique em compressas, 1 ou 2 vezes ao dia. A raiz de Ilyuen hoall Dap17i7&
919~8. “Tse hoa” (Violeta, talos) víola patrínil
O pó de 9eu lu” Ec171nops da17uricus. Estas 3 plantas preparam-se quer em infusão quer em
maceração em vinho. Em Infusão: 10 g para 1 litro de água. Leve a ferver durante 2 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Em maceração em vinho: 20 g de planta para 1 garrafa de
vinho. Deixe macerar 8 dias e depois filtre.
- Tomar 1 ou 2 pequenos copos,
de licor, por dia.
A1117701MOÇãO
* Alimentação sóbria, supressão
de carnes gordas, de pratos com molho, charcutaria, caça, manteigas cozinhadas, bebidas
alcoólicas, papas de aveia.
* Alimentos privilegiados: Alho
cebola, germe de trigo (consu
cereais integrais.
ma em abundância), todos os frutos, legumes frescos e
ou&” ã~Mentos
* Para acelerar a maturação dos
abcessos, aplicar cataplasmas de folhas de figueira Fícus carIc.7 (Moraceae). As virtudes desta
árvore foram mencionadas na Bíblia, e o profeta Isaías utilizou-a para curar Ezequias.
* Os figos também fazem parte da
farmacopeia de Maimónides (médico, rabino e filósofo do século xii). As suas inúmeras
utilizações foram descritas no Código de Melétios, monge bizantino do século IX. Estes frutos
estão igualmente presentes na farmacopeia mediterrânica da Idade Média.
* Dioscórides preconiza o “s.71
viperuiW como antídoto. Este não é mais do que a carne de serpente cozida com figos, sal e
mel.
189
Acidez de estômago (azia gástrica)
Acidez de estômago (azia gástrica)
A
ia, acidez, dores de estômago, seguidas, por vezes, de vómitos. Pode @ser provocada por
inúmeras doenças digestivas, bem como por uma alimentação ou uma mastigação insuficientes.
Lembremos que todos os alimentos devem ser bem mastigados, que todas as refeições devem
ser tomadas em posição sentada, num estado calmo: devem constituir um momento de
descontracção.
DIW0611
479 * Énula-c.7mpana - Hortelã-pímenta
* 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia, de manhã.
PrópolIS - Endro
* 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia, de tarde.
ou 11MUSJ0 * Énula-c,gmpana - Hortelã-pímenta , Endro
1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água; leve a
ferver 3 minutos e deixe em infusão 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia. Z
õleos essenciais Lavanda
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Fazer curas de 10 dias, várias
vezes ao ano.
ÁS017hOS £fO OSSOIMO *
Banhos de assento, com massagem do baixo-ventre, seguidos de fricção vigorosa
(diariamente).
ES/7/105 £f0 mpor *
2 vezes por semana.
Afusões *
* Depois do duche: Afusão dos
braços + coxas, alternadamente, 1 dia para cada.
* Fulgurante: afusão rectal.
CintUI*O de Nopt,1170
- Pode ser experimentado.
190
Acidez de estômago (azia gástrica)
Recol~ fitomIspêuticas Betóníc.7-ofikinal
Em infusão: 15 g para 1 litro de água. Leve a ferver durante 2 minutos, deixe em infusão
durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, depois das refeições. É uma das plantas
considerada panaceia na Idade Média. Era utilizada para tratar nada menos do que 40 doenças,
das mais diversas. A sua eficácia foi demonstrada nos casos de catarro pulmonar e estomacal e
de cólicas e nas doenças de rins e da bexiga.
Camomíl27 (matrícárlá) e Camornila-romano
* Em infusão: 15 g para 1 litro de
água. Leve a ferver durante 1 minuto e deixe em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia, entre
as refeições.
Centáurea-poquena
* Em infusão: 10 g para 1 litro de
água, 1 chávena antes de cada refeição.
* Para suavizar o sabor particular,
pode aromatizá-lo com uma mistura de endro ou de angélica.
* Pode também macerar a planta
em vinho.
Hortélã-PIM--17ta
Em infusão: 20 g para 1 litro de água; tomar 1
chávena de manhã e outra à noite.
PIMpi17ela
Em infusão: 10 g para 1 litro de água. Leve a ferver durante 3 minutos e deixe em infusão
durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Nos Alpes esta planta tem o nome comum
de “bouquetine” ou “salsa-de-bode”, devido ao cheiro característico da sua raiz.
Tanc173~ Trata-se do ‘Plai7tago major”, bem como de outras espécies de tanchagem
(Plantagínac&ao Decocção de tanchagem: 20 g de raiz ou de folhas em 1 litro de água; tomar 4
chávenas por dia (esta preparação pode ser feita com vinho branco puro ou cortado com água).
A azia estomacal não é a única indicação para a utilização da tanchagem. As suas propriedades
mucilaginosas e acistringentes foram aproveitadas (e podem continuar a sê-lo) nas patologias
das vias respiratórias e digestivas. No século xix, nas regiões alpinas utilizava-se esta planta
para tratar a disenteria. A tanchagem foi também utilizada em cataplasmas para tratar feridas,
mordeduras de insectos e queimaduras.
191
Ácido úrico (urernia)
Finalmente, certos médicos, como o Dr. Dubois, preconizavam a decocçâo de tanchagem,
aplicada em uso externo, no tratamento de úlceras.
O suco das folhas jovens misturado com mel (1 parte de mel para 5 partes de suco) é uma
excelente bebida popular na Europa Central.
J@JI A1,1k7entação *
- Regime sóbrio (se possível vegetariano).
* Evitar: todos os abusos alimentares, álcool, aperitivos, cerveja, bebidas gaseificadas,
charcutaria, manteiga cozinhada, pratos com molhos, caça, especiarias, enchidos, vinagres,
etc. Vigie o sal e o tabaco.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, azeite, couve e lacticínios.
jejum
1 vez por semana ou, pelo menos, uma cura de fruta.
CONSELHOS
Ver também, na parte Descrição dos tratamentos utilizados:
- Caminhar de pés descalços (p. 132).
- Exercícios físicos (p. 133). -Repouso (p. 134). -Respiração (p. 13 7).
Jw Acido Úrico (uremia)
rE
um aumento anormal da taxa de ureia no sangue. O ácido úrico ocasiona: cansaço, dores de
cabeça, vertigens, náuseas, cãibras, for- migueiros e insensibilidade nas extremidades do
corpo.
É indispensável um acompanhamento médico.
192
Ácido úrico (uremia)
LL(@@j
* 1.8 semana: 1 drageia de cada
planta, 2 vezes ao dia.
Zímbro - AmíeIro-preto
* 2.8 sernana: 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia.
Donto-dê-l&ãO - Bétula
* Repetir.
@ OU IMU5J0
1.8 semana:
Zímbro -i- Bétula
* 2.8 semana:
Dente-de-l&ão + Ami&iro-preto
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver durante 2 minutos e deixe em
infusão 10 minutos. * Tomar 1 chávena de cada planta, 2 vezes ao dia.
óleos essenciais *
1 a 3 gotas de zimbro, 2 vezes ao dia, por períodos de 15 dias. Repetir.
8917hos de assento *
Banho de assento morno, acompanhado de massagem do ventre e do baixo-ventre. Este banho
de assento deve ser seguido de fricções no corpo, vigorosas e mornas, com a ajuda de uma
luva de tela ou de crina.
SoMios de vapor *
1 por semana (de curta duração, no início), de 20 a 30 minutos.
AI1M0174a~
* A alimentação vegetariana é a
mais recomendada, ou uma alimentação muito sóbria. (Beber de preferência apenas água.)
* Contra-indicações: carnes vermelhas, em sangue, pratos com molhos, manteigas cozinhadas,
salmouras, charcutaria, caça e bebidas alcoólicas.
* Diminuição acentuada do consumo de sal.
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, limão.
JOjUM
* Refeição de fruta.
* Jejum de 24 horas. Repetir.
193
Acne
CONSELHOS
- Dormir com as janelas abertas, se possível. -Andar a pé. -Caminhar de pés descalços. -Evitar
preocupações e enervamentos.
-Actividades desportivas devem ser praticadas com moderação.
- Repouso.
- Ver, eventualmente, Obesidade (página 479).
Ame
O
corre especialmente na adolescência, deixa marcas no rosto, no pescoço, na nuca, no peito e
nas costas. Estas marcas são pequenos nódulos desagradáveis, na extremidade dos quais se
encontra um pequeno ponto escuro. A pele é geralmente gordurosa.
MiMoffias rAquIleÃâ) - Amor-perfeito * 1.1 semana: 1 drageia, 2 vezes ao dia. * 2.1 semana: 1
drageia de cada planta, ao acordar, e 1 drageia de cada, durante a manhã.
GêniáUroa - Zk7bro
* 2 vezes ao dia, a seguir ao almoço e ao jantar. Repetir,
Devem fazer-se, várias vezes ao ano (no início de cada estação), curas de 3 semanas, de
drageias de própolí s, ou de extracto líquido, 10 a 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ou IMUSãO *
Míl-foffias + Amor-perf&Ito Centául-ea + ZImbro
1 pitada de cada planta para 1
194
Acne
chávena de água, leve a ferver e deixe em infusão 15 minutos. A miMoffias (aquileia) não deve
ser utilizada durante o período menstrual.
ó1005 e55e17CARIS * (P~MeIMO dO rOStOj
Loção de Leptoso&imum (Méial-euca alterolfolla) -,- Águ.?-d---rosgs (20 ml) * hamamélIs (20
ml) * 25 g o& mistura de flores o& Lavanoa, MIl-foffias e Sabugu--lro
Outros óleos:
caioputo, Límão, Palma-rosa, Sâncalo
comp/essas * Énula-camo.7na ,, Escabiosa ‘. c,9momí/,9
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver e deixe em infusão 10
minutos. * Aplicar durante alguns minutos, de manhã e à noite. Termine com uma afusão do
rosto. * Esta loção pode também servir como desmaquilhante.
MIísca/0 Énuia-CaMpa170 + ESCabIOS.7 @@ + Algíla
Fazer uma infusão com 2 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver e
misture com a argila.
- A infusão mistura-se com argila
desfeita, de modo a fazer uma pasta homogénea. Esta máscara conserva-se 20 minutos, e
deve repetir-se todos os dias (ou, pelo menos, 3 vezes por semana). Terminar com uma afusão
do rosto.
Outra máscara de argila:
Lavanda + Argila verde
* 4 ou 5 gotas de óleo essencial misturadas em 1 colher, de sopa, de óleo de amêndoas-doces,
adicionadas a 1 copo de argila verde. Acrescentar água, de modo a obter uma pasta
homogénea e untuosa. * Aplicar e conservar cerca de 20 minutos, 3 vezes por semana.
n@@ ESIMIOS *
* Cuidados rigorosos com a pele.
* Loções totais seguidas de fricções diárias.
8,7171105 dO MSOMO
* Banhos de assento frios, todas
as manhãs ao acordar.
LÇApi ÁRY171;os de vapor *
- Banhos de vapor, 2 vezes-por
semana.
195
Afrontamentos
A fusões *
Afusão fulgurante. Afusão rectal, 3 vezes por semana, depois da toMette.
C117M110 dO NOPtUI1O
AllInenffiÇão *
Alimentação sóbria, se possível vegetariana. Contra-indicaçô«: charcutaria, fritos, carnes
gordas, gorduras animais, manteiga cozinhada, ovos (excepto ovo escalfado), queijos fortes,
vinho, álcool, cerveja, pratos com molhos, especiarias (atenção ao sal), açúcares e pastelaria.
* Alimentos aconselhados: legumes, fruta, cereais integrais (arroz integral, trigo sarraceno,
etc.), pão integral, peixe, carnes magras e bem cozinhadas, papas de aveia (se não se retiver o
regime vegetariano).
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja (a cada refeição), germe de trigo,
* Atenção.*vigiar também as causas possíveis: dentição, doenças digestivas, obesidade, etc.
@u
J¥11177
Deve, pelo menos, fazer uma dieta de fruta (2 vezes por semana).
CONSELHOS
Evitar a maquilhagem e as exposições ao sol.
Afrontamentos
v i
gie especialmente a tensão arterial. Ver, eventualmente, Menopausa, p. 459.
Drageias * Valeriana - Escabiosa - Nogueira (folhas) - Betónica Espinheiro-alvar
2 drageias de cada, 1 vez por
- 1 pita dia.
cháve
ou Infusão * Valeriana + Escabiosa + Nogueira (folhas) + Betõnica + Espinheiro-alvar
da de cada planta para 1 na grande de água. Fer196
Afrontamentos
ver durante 3 minutos e deixar em infusão durante lOrninutos.
- Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
óleos essenciais Bagas de Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
O u -.
Manjerona
- 2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
Banhos de assento *
- Banhos de assento frios.
Banhos de vapor
vez por semana.
Duches e afusões
Da face e dos braços, alternando com as coxas e o peito.
Alimentação
* Alimentação sóbria. Mastigar
bem.
* Contra-indicações: bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, café, chá, charcutaria, doces, carnes
vermelhas, salmoura, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: legumes frescos, cereais integrais, pão integral, fruta fresca, saladas,
vegetais crus, levedura de cerveja, alho, cebola, couve, limões, laranjas.
Jejum *
* 1 dia por semana. * Praticar também cura, de 1 dia, de fruta.
CONSELHOS
-Caminhar'de pés descalços (ver Endurecimento, p. 132). -Banhos de ar livre e de sol (p. 15 1).
- Cinturão de Neptuino (p. 148).
197
Aftas
Aftas
C
onsultar também Boca (p. 261). Inflamação provocada por pequenos nódulos que cobrem o
interior da boca.
Escovar regularmente os dentes e lavar frequentemente a boca.
~veias *
Urz& - Cavalínha - SaIka
1 drageia de cada, 2 ou 3 vezes ao dia. Cura de drageias de própolis-. 4 drageias por dia,
durante 1 mês, ou, em solução, 10 a 20 gotas,
2 a 4 vezes ao dia, durante 1 mês. Repetir.
ou 117fusfo * Urz& - Cavalính.7 - Salva
1 pitada de cada para 1 chávena grande de água. Ferver durante
4 minutos e deixar em infusão durante um quarto de hora. Tomar 3 chávenas por dia.
óleos essenCI.Tis Gravo-d&-cabecínha
* 2 gotas, 3 vezes ao dia. Outros õleos essenciais:
Mal7jerICãO, C8M0M170, LImão, Fúncho, Segureffia, Gorânío
711MIMO-MãO * MIrra (15 1771)
* Algumas gotas misturadas numa infusão de alecrim, 3 vezes ao dia. * Ou em vinho quente,
para lava- gem da boca. * 2 ou 3 lavagens por dia.
Mi
LOVO_~M £47 bOCO
Carva117o * Buxo (foffias) * Decocção: 2 pitadas de cada planta para meio litro de água.
Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão durante meia hora. * 3 ou 4 lavagens por dia
(de preferência, depois das refeições).
Hig10170 dos melmes
Faça uma pasta de argila, acrescente-lhe 5 ou 6 gotas de essência de tomilho e obtém uma
pasta dentífrica pronta a utilizar.
198
Aftas
0817h05 dO OSSOMO *
Banhos de assento (Kneipp), todos os dias.
Á%1/71;05 dos
Banhos dos pés derivativos (3 vezes por semana).
ÁRO/MIOS de vapor *
1 ou 2 vezes por semana, seguidos de uma fricção vigorosa.
Afusios
Afusão diária da face.
- Afusâo fulgurante (3 vezes por
semana).
AlIMeIMOÇj0
* Regime sóbrio.
* Evitar: carnes gordas, manteiga
cozinhada, especiarias, mostarda, doces, frutos secos, álcool, charcutaria, conservas,
chocolate, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, papas de aveia, frutos frescos
lavados ou descascados, lacticínios, carnes grelhadas ou bem passadas, manteiga crua.
JOJU177
Cura de fruta e jejum, muito aconselhado.
A L GumA s REcEirA s ürEis
-As lavagens da boca com quintefõllo + erva-d"ão-lourenço (ou consolda-pequena) em infusão,
várias vezes ao dia, curam as
aftas: 10 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
CONSELHOS
Ver também:
- Endurecimento (p. 132)
- Respiração (p. 137). -Banhos de ar livre e de sol (p. 15 1).
199
Alburninúria
Albuminúria
igie as causas, que podem ser inúmeras.
L&1J@I ~geios *
Zimbro - salva
* 1 drageia de cada, 2 vezes ao dia (de manhã).
BétUla - TOMI1170
* 1 drageia de cada, 2 vezes ao dia (de tarde).
ou MAISão *
Zírnbro - salva * Bétula + TOMi1170
* 1 pitada de cada para uma chávena de água; leve a ferver durante 5 minutos e deixe em
infusão durante 15 minutos.
* Beber 4 chávenas por dia.
ó10OS OSSO0CAVIS
Zimbro - Sétilla
- 1 ou 2 gotas de cada, alternadamente, 2 vezes ao dia.
8317h05 dO 35501M0 *
Frios ou banhos de assento com fricções (Kuhne). Diários.
8a1717os de mpor *
1 vez por semana, seguidos de uma fricção vigorosa.
* Afusão do rosto + braços + pernas.
* Afusão fulgurante. Alternadamente, 1 dia cada.
AIAMOIMOP#O
Alimentação sóbria, vegetariana se possível. Evitar: ovos, lacticínios, queijos, álcool, vinho,
charcutaria, carnes gordas, pratos com molhos, caça, enchidos, crustáceos, moluscos, etc.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, legumes, frutos, saladas, cereais, carnes magras
bem cozinhadas.
JejUM
1 vez por semana, mas também cura de fruta.
200
Alcoolismo
outMS ã~Mentos
secas de giesta, 8 g de barbas
de milho e 10 g de bagas de Infusão ou decocçâo da seguinzimbro. te mistura: rãbano
silvestre,
- Estas plantas podem também ser
10 g para 2 litros de água, à qual tomadas separadamente, em inse acrescentam 15 g de
flores
fusão ou decocção.
CONSELHOS
Ver também:
- Endurecimento (p. 132)
- Exercícios físicos (p. 133)
- Respiração (p. 137)
Alcoolismo
rE
um dos flagelos da nossa época que favorece e predispõe a um grande
número de afecções, doenças vasculares, artrites, reumatismos, gota, cancro, etc. Constitui
também um factor agravante nos acidentes de viação.
Tal como o tabagismo, o alcoolismo atinge todas as camadas da população.
Foram feitos inúmeros estudos sobre as populações alcoólicas, frequentemente vítimas de
carências. A carência em magnésio atinge-as especificamente, já que os alcoólicos eliminam
esta substância mais facilmente do que os abstinentes.
O Prof. Delbet demonstrou que a indústria agrícola e as grandes quantidades de adubos
potássicos empobrecem os solos em magnésio e
carenciam as culturas. Esta situação agrava-se em razão da transformação dos alimentos e do
consumo de pão branco (que contém 5 a 6 vezes menos magnésio do que o pão integral).
Quando um organismo está deficiente, procura aliviar este estado. Se este persiste, a ordem
orgânica
201
Alcoolismo
é perturbada, o instinto é enganado e a resistência enfraquecida. Podem então manifestar-se
diversas perturbações: abuso de drogas, de medicamentos, de açúcares, acompanhadas de
várias desordens indefiníveis, tais como cansaço geral, lassidão, instabilidade emocional,
dificuldade em seguir o pensamento, etc.
As curas de desintoxicação constituem um paliativo, uma ajuda momentânea e passageira que
devern, para evitar recaídas, ser seguidas de uma vigilância séria.
Existem diversas associações que provaram a sua boa prática e eficáela: os “Alcoólicos
Anónimos”, as “Cruzes de Ouro”, etc. Associaçoes como estas existem na maioria das cidades.
D189eias * Tânchagem - Absínto - M//-folhas
* 1 de cada, 3 vezes ao dia, durante uma semana, alternando com:
Torment11178 -Angélica - Tancha~ * na outra semana; depois, recomeçar. * Própolis ou
extracto líquido: 3 vezes ao dia durante 3 semanas. Várias vezes por ano.
OU IMUSãO *
O padre Kneipp aconselhava:
Tanchagem - Absinto - M//-f0117aS
* Alternando 1 semana de cada
planta com:
Tormentíffia - Angélica - TanC17-9geM
* Em infusão: 1 pitada de cada
planta para uma chávena de
água. Leve a ferver e deixe em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 vezes ao dia. Estas
infusões podem ser substituídas por drageias (ver acima). Recomendações formuladas pelo Dr.
Bilz: “AqU&I&S qU& plelênOeM OeSintoxicar-so devem fazê-lo de Lima só V&Z & nunca mais
tecome-Çar, poís poderíam tornar a ficar deoendenies.”
SOMIOS dO .95501M0 *
- Frios ou com fricções (Kuhne).
BY17lios de vapor *
Frequentes ou mesmo diários (constituem um excelente meio de desintoxicação); no início 1 ou
2 por dia. Devem ser seguidos de um fricção fresca e vigorosa.
202
Alcoolismo
A fusões *
* Do rosto, das coxas, dos braços,
fulgurante.
* Várias vezes ao dia, se possível.
* Use e abuse dos duches, afusões frescas ou frias todos os dias.
Receitas Lf AtotelaPdUticas
ÁS.7r0
Esta planta tem uma forte acção vomitiva, comparável à da ipeca. Era utilizada antes da
importação desta. O seu segundo nome,
11 cabaret”, provf5m do facto de ser utilizada para fazer vomitar os bêbados. Tomar infusões
de folhas frescas ou do pó do rizoma.
ATENÇA01 Esta planta é perigosa o deve ser prescrita por um especialista.
Erv.7~Mate
Entre as plantas utilizadas no tratamento do alcoolismo, a erva-mate parece ser um dos
remédios mais eficazes. A garantia de não produzir efeitos secundários e a sua acção suave
tornam-na num precioso aliado. Mas, paradoxalmente, continua desconhecida como meio de
luta contra a dependência etílica e os malefícios do álcool.
A história da erva-mate é espantosa. Esta planta foi descoberta no final do século xvii pelos
Jesuítas. A ciência classificou-a, graças à descrição de Auguste Saint-Hilaire, um século depois.
Tal como inúmeras plantas pertencentes às civilizações pré-colombianas, a erva-mate está
associada a uma cultura e a um cerimonial de colheita e de consumo. Esta bebida é o
equivalente do chá na Ásia. Os colonizadores aperceberam-se rapidamente que se tratava de
uma planta com virtudes excepcionais. No século xix, a bebida preparada à base de erva-mate
era muito popular na Europa Ocidental. A colheita da erva-mate é um trabalho penoso mas
simultaneamente uma aventura rocambolesca. Uma equipa, constituída por uma quinzena de
“hervateiros” (nome dado aos colhedores de mate), dirigida por um chefe, parte para a colheita
do
11 chá do Paraguai”. Esta primeira busca consiste em encontrar u m a A rwwriá brasillensls, u
m a árvore de grande porte que vive em simbiose com a erva-mate. Infelizmente, a sua
hiperexploração é responsável pelo desaparecimento dos locais naturais desta planta. Mas o
homem aprendeu a cultivar esta planta há um século, e ela continua a
203
Alcoolismo
ser a bebida preferida de uma grande parte dos habitantes da América Latina. No Brasil as
culturas de erva-mate cobrem uma superfície de 65 000 ha (a produção anual é de cerca de
100 000 toneladas). As folhas de erva-mate contêm
1,8% de cafeína, 9,3% de taninos, várias vitaminas (ainda mal identificadas), 20% de resinas e
O,1% de óleos essenciais. A sua acção é múltipla. Ela é em primeiro lugar um forte estimulante
cardíaco: dilata os vasos sanguíneos e combate o cansaço. O mate é também um antialcoólico
notável. Mas grande parte das suas virtudes permanecem ainda desconhecidas. Vários autores
científicos observaram que as populações consumidoras de mate estão protegidas contra os
malefícios do alcoolismo que dizimam actualmente as populaçõ es indígenas. Esta situação
provém do facto de os bebedores de mate consumirem menos etanoi e nunca caírem numa
dependência alcoólica. Esta bebida, que tem um sabor muito agradável, merece ser
redescoberta.
* A infusão de erva-mate prepara-se tal como o chá.
MeiMe17drO
* Os seus princípios activos são
utilizados como sedativo nervoso contra as dores nevríticas,
as doenças mentais, a melancolia, a ansiedade e também para tratar o alcoolismo.
ATENÇA01 Esta planta é tõxica. Só deve ser utilizada sob receita médica.
Vi17C~XíCO
Utilizam-se os rizomas (nome popular: raiz-de-asclepíades).
O seu nome provém do facto de ter a capacidade de libertar os intestinos de certas
substâncias. Era considerada como um antídoto de vários venenos e era até utilizada contra a
peste. Mas, apesar da sua acção real (e do facto de continuar a fazer parte de certas
preparações farmacêuticas), tais virtudes parecem exageradas. ATENÇÃO1 Esta planta é tõxica.
Só deve ser utilizada sob receita médica.
AliMeIM~O
Uma alimentação saudável, de tendência vegetariana, rica em magnésio (pão integral, cereais
integrais, frutos frescos, frutos secos, legumes, etc.). A proscrever: refeições ricas, pratos com
molhos, charcutaria, carnes gordas, conservas, fritos, guloseimas, pastelaria. Quanto mais
gorda e gastronómica for a
204
Alcoolismo
alimentação, mais ela necessita de ser acompanhada, como é lógico, de vinho e bebidas
espirituosas. Diminuiçã o do consumo de batatas.
Alimentos privilegiados: papas de aveia (a aveia é utilizada devido às suas propriedades
desintoxicantes), levedura de cerveja, germe de trigo, alho, cebola, salsa, couve.
jejum
É fortemente recomendado, tal como a cura à base de fruta. Aconselham-se as curas de uvas
(biológicas), da é poca.
Bebid,75 *
O vinho é um remédio comprovado caso não se abuse dele de modo a criar dependência.
O Cânone de Avicena dizia, a propõsIto do vinho que utilizava como remédio:
Sob a designação de vinho entende-se o “verdadeiro vinho”, bebida fermentada preparada a
partir de uvas secas ou de tâmaras. (Este vinho bastante espesso necessita de ser filtrado. O
vinho da época de Avicena era semelhante aos vinhos gregos do tipo “Retsina”.)
* As principais virtudes que este
lho reconhecia oram as seguintes: reforça as vísceras, preserva a saúde geral e a digestão,
conserva o corpo, regenera as fracturas e purifica os humores. Segundo Avicena, o vinho activa
o funcionamento do fígado e ajuda-o em caso de obstrução. Influencia a formação dos ossos e
ajuda, em doses moderadas, a “clarificar” o cérebro. Além disso, fornece uma boa disposição e
permite vencer a melancolia.
* O vinho branco leve é preferível, segundo Avicena, para as pessoas “excitadas” (nervosas)
pois não causa dores de cabeça. Pode ser consumido misturado com mel (depois de macerado
durante 2 horas).
* O vinho branco pesado, quando é doce, é indicado para todos aqueles que pretendem
engordar e recuperar as forças. Quanto mais agradáveis forem o aroma e o sabor do vinho,
mais benéfico será para o organismo. Ajuda a digestão e a assimilaçâ o dos alimentos. Torna os
humores mais móveis e participa no equilíbrio do corpo.
* O vinho velho é como um bom
médico, mas o vinho novo é como o fel e pode provocar desordens hepáticas. Se ficarmos
doentes depois de ter bebido vinho, no dia seguinte devemos
205
Alcoolismo
beber água fria, absinto e comer romãs. Para prevenir problemas desagradáveis ocasionados
pelo excesso de bebida, Avicena recomendava que se tomasse (antes de beber vinho) um
xarope de suco de couve branca, misturado em partes iguais com suco de romã verde, aos
quais se acrescentava o dobro do volume de vinagre. É interessante assinalar a influência (e a
concordância) dos conselhos de Avicena na medicina medieval.
Citamos aqui alguns aforismos e conselhos da célebre Escola de Salerno (segundo o 1?egímon
Sabítatís Saleiniatum, de Bleusen de Ia Martinière, em 1749. Editado pela Union Latine
d'Éditions):
* Sobro a escolha e as marcas de bons vinhos:
Quanto ao vinho,- sobre a sua escolha, eis aqui a nossa doutrina.Bebam pouco,- mas que s&ja
bom
O bom Vil7170 é UM3 boa M&díCina,
O mau vonho é um veneno. EVItar OS V11717OS faISIfICadOS POIS dão CabO do pWtO
* Sobre os afeitos dos bons vinhos:
Sempre aos me117ores vil717os dêem a vossa preferêncla, Produzem sempre os me117ores
humores. Dêsprezem o vinho n&gro, espesso, sem transparência Est& envia ao cérebro vapores
grosseiros; Carr&9a o &stômago causa uma sensação o& peso E torna nos suj&ltos a pr&guiça
CONSELHOS
- Cura de magnésio: 3 semanas várias vezes por ano, salvo em
caso de insuficiência renal grave (em saquetas de 20 g, dissolvido em 1 litro de água de boa
qualidade): meio copo de manhã, em jejum. Ver também:
- Endurecimento, exercícios físicos, repouso, respiração, relaxamento - yoga (pp. 133 a 139).
206
Alergias e doenças ditas ambientais
Alergias e doenças ditas ambientais
S
ão inúmeras, e as suas manifestações podem ter diversas formas. As causas são múltiplas e,
por vezes, iatrogé neas (envenenamento por medicamentos).
Contudo, as alterações no modo de vida e no regime alimentar produzem sempre uma
melhoria.
Veja também as diversas formas de alergias e as suas manifestações sintomáticas (asma, asma
dos fenos, etc.).
INFLUÊNCIA DAS ALTERAÇõES NATURAIS
DO AMBIENTE SOBRE A SAúDE
A meteopatologia ou a biometeorologia
As condições atmosféricas têm um papel importante na nossa saúde. Conhecemos desde
sempre o “mal do vento”, que se caracteriza por astenia, irritabilidade ou, ainda, por dores
reumatismais nos adultos e perturbaçõ es digestivas ou respiratórias nas crianças.
A meteorologia age sobre a saúde
Certos ventos são mesmo responsáveis por perturbações específicas, apesar de estas serem
frequentemente difíceis de definir.
* Assim a síndroma do vento suão perturba o cicio do sono e provoca
insônias, pesadelos, enxaquecas e dores ao nível do tórax.
* O mal do vento mistral ocasiona nevralgias e insónias. O vento
sharav, em casos extremos, é responsável por anomalias hormonais, cortico-supra-renais ou
hipertiroidismo.
* Também foi observada a síndroma da trovoada: antes da trovoada os
bebés lactentes têm diarreias, convulsões e uma agitação anormal.
207
Alergias e doenças ditas ambientais
* No século xvi, o padre jesuíta d'Acosta descreveu o mal de “Puna”
que dizimava as expedições espanholas durante a travessia dos recifes montanhosos. Os
sintomas são comparáveis ao mal da montanha, com dificuldades respiratórias e aceleração do
ritmo cardíaco. Foram descritos por Saussure durante a sua escalada ao cimo do monte Branco.
Inúmeras observações feitas por viajantes e praticantes foram retomadas e estudadas pelos
naturistas. (É provavelmente daí que decorrem as investigações feitas sobre os
efeitos da electricidade do ar realizadas por Nollet, Franklin, Saussure e de Candolle.) Por outro
lado, o desenvolvimento da aviação permitiu constatar que os pilotos estão sujeitos à mesma
doença que os
alpinistas, apenas muda a altitude em que surgem os sintomas (2000 metros para os alpinistas
e cerca de 6000 para os aviadores).
* A guerra trouxe novas constatações: o mal causado pelo “vento da
bala” é responsável por hemorragias capilares. Sabe-se perfeitamente que o tempo pode
agravar ou melhorar certas patologias.
* O mistral e a tramontana provocam acessos de congestão e hemoptíses
nos tuberculosos. Aliás, em certos casos, uma simples previsão meteorológica permite fazer um
prognóstico sanitário. Nesta perspectiva, os investigadores gregos utilizam eficazmente o índice
termo-higrométrico (medida da humidade e da temperatura diárias) para prever a mortalidade
em Atenas.
Por que razões reagirá o organismo desta forma?
Quais são as causas das patologias meteorológicas? Incriminou-se a
rnodificação da pressão atmosférica, os fenômenos eléctricos, as alterações na quantidade de
oxigénio e de óxidos de carbono, bem como vários outros factores. Estas modificações
(naturais) teriam o poder de modificar o nosso meio ambiente e a nossa homeostase.
Paradoxalmente a explicação destes fenômenos biológicos é sempre vaga. Dispomos de
inúmeras constatações, mas temos falta de explicações fisiológicas. Porque são raros os casos
que se podem resumir a um fenômeno único, como é o caso do mal do mistral em que o vento
é acompanhado de uma
ionização positiva. (Neste caso um simples regresso a uma ionização negativa basta para curar
o doente.)
208
Alergias e doenças ditas ambientais
Quais são os mecanismos da acção do estado do tempo sobre as afecções?
Devemos em primeiro lugar considerar a acção geral sobre o orgaIlisnio.
- A acção directa das condições meteorológicas influencia as reacções
fisiológicas.
- A acção indirecta, por sua vez, modifica-as indirectamente, favorecendo a hipersensibil idade.
Foi por este motivo que os investigadores se interessaram pelos efeitos dos climas continentais.
Todavia as explicações propostas são variáveis: pensa-se alternativamente num
enfraquecimento geral do organismo que favorece o aparecimento de infecções microbianas, o
desenvolvimento de novas patologias bacterianas, uma falha do sistema enzimático, o
desregulamento dos mecanismos de termorregulação, a modificação dos parâmetros físicos dos
líquidos (a viscosidade), uma actividade anormal do sistema nervoso autónomo, alterações na
permeabilidade das membranas celulares e a interrupção do funcionamento do metabolismo
proteico.
As estações agem sobre o corpo e sobre o espírito
- Por outro lado, entre as várias meteo-sensibilídades, devemos mencionar, para além das
alergias, as bronquites e as insuficiências respiratórias, as tuberculoses pulmonares e os
enfartes. As condições atmosféricas intervêm também de uma forma predominante nas
doenças vasculares cerebrais. Quanto ao aparecimento do reumatismo, este está relacionado
com o frio, com a humidade e com a natureza dos solos.
- Além disso, em muitos países observa-se um agravamento das doenças mentais por ocasião
da Primavera. Certos investigadores até emitiram a hipótese de a criminalidade e o nascimento
de esquizofrénicos serem sensivelmente mais elevados nos primeiros dias de Primavera. Outros
estudos demonstraram que os acidentes no trabalho aumentam quando a temperatura
ambiente é diferente da temperatura óptima para o organismo humano (entre 11 e 24'C).
Aplica-se o mesmo comentário aos suicídios, mais frequentes no Inverno do que no Verão.
209
Alergias e doenças ditas ambientais
Aliás o sol intervém de forma tão benéfica no nosso corpo que até a cárie dentária parece
(segundo certas fontes) sofrer a influência dos
raios de sol.
- As doenças infecciosas têm, também elas, um carácter sazonal. Manifestam-se tanto sob a
forma de epidemias como pela diversidade dos seus tipos. Na Europa Central as doenças
infecciosas dividem-se em três categorias:
* estivais (febre tifóide, poliomielite, disenteria);
* hiberno-vernais (patologias rinofaríngicas, sarampo, varicela
e varíola);
* hibernais (escarlatina, difteria, gripe, pneumonia).
- As condições atmosféricas podem fazer baixar o teor de ácidos gordos (que têm um papel
protector) da pele, o que tem por efeito facilitar a penetração de bactérias patogénicas.
- A observação dos fenómenos naturais demonstra que o ar seco e frio
estimula a mucosa nasal, enquanto o ar húmido a inibe. Isto explica a razão de as doenças das
vias respiratórias serem muito menos frequentes no Norte da Europa.
-0 estado do tempo tem também uma influência apreciável sobre a
taxa de anticorpos. Ele altera a composição hormonal (sobretudo supra-renal). O frio
caracteriza-se pela excreção urinária de esteróides e por um aumento da resistência
antibacteriana.
A meteorologia: um meio de prevenir muitas doenças
O conhecimento dos elementos meteorológicos permite neutralizar certos inconvenientes e tirar
proveito de certos remédios elementares bem conhecidos, tais como a benéfica “mudança de
ares”.
A título indicativo, consulte o quadro que apresentamos adiante. Este mostra o aumento do
número de certas patologias em relação com as
perturbações climáticas sazonais nos vários meses do ano.
210
Alergias e doenças ditas ambientais
MÊS
Doenças de risco e fenórnenos patológicos
Janeiro
Aumento significativo das doenças cardíacas, de apoplexias, de úlceras pépticas, riscos de coma
diabético, raquitismo, gripe, pneumonia, meningite cérebro-espinal, aumento da fragilidade
capilar, riscos de deficiência em vitaminas A, Li e K, hipertensão.
Fevereiro
Fortes crises de arteriosclerose, de doenças cardíacas diversas, apoplexias, bronquites, úlceras
pépticas, aumento de risco de comas diabéticos, doenças mentais, raquitismo, riscos de
pneumonia, meningite cérebro-espinal, deficiência em vitaminas A, D e K, descalcificação,
hipertensão, tuberculose e perda de fosfato.
Março
Reumatismos, doenças mentais, risco de tuberculose, meningite cérebro-espinal, varíola,
fragilidade capilar acrescida, hipertensão, descalcificação e perda de fósfato.
Abril
Doenças mentais, risco de tuberculose, meningite, agravamento da fragilidade capilar.
Maio
úlcera duodenal, bócio, asma dos fenos, febre tifóide, poliomielite, risco de deficiências em
vitamina B.
Junho
Asma dos fenos, febre tifóide, poliomielite, disenteria, deficiência em vitaminas B e C.
Julho
Apendicite, conjuntivite, febre tifóide, poliomielite, disenteria, deficiência em vitamina C.
Agosto
Propício às febres tifóides, asma, poliomielite, disenteria.
Setembro
Asma, cólera, disenteria, poliomielite.
Outubro
Reurnatisinos, escarlatina, gripe, hipertensão.
Novembro
úlcera do duodeno, acréscimo de casos de glaucomas, reumatismos, difteria, gripe, crises de
hipertensão.
Dezembro
Bronquites, úlceras pépticas, aumento do risco de coma diabético, raquitismo, gripe,
pneumonia, meningite cé rebro-espinal, possibilidade de dericiência em vitaminas A, D e K,
hipertensão, acréscimo de leucócitos.
211
Alergias e doenças ditas ambientais
INFLUÊNCIA DAS ALTERAÇõES ARTIFICIAIS
DO AMBIENTE SOBRE A SAúDE
Qualquer tipo de actividade utiliza energia e gera poluições que têm freq uentem ente
repercussões nefastas, que só consideramos quando temos a possibilidade de as medir e
identificar. Isto é possível quando as consequências se fazem sentir imediatamente, mas difícil
quando estas só surgerri muito tempo depois.
O nosso mundo está doente de poluição
Certas espécies animais e vegetais, ditas bioindicadoras, apresentam uma sensibilidade
particular e testemunham do desaparecimento de certas formas de vida.
Quando uma indústria polui com os seus detritos (o que acontece com todas) e surge o
escândalo à luz do dia, instaura-se um regateio entre os
industriais aliados dos sindicatos da empresa que defendem o direito ao emprego. A vida, as
alterações nos ecossistemas, as repercussões biológicas e as eventuais consequências sobre a
saúde têm pouco peso face aos
argumentos económicos.
Caminhamos para uma diminuição da poluição?
Os factores criadores de poluição acentuaram-se nos últimos anos, particularmente graças à
intensificação da industrialização. O crescimento
e a alteração do consumo dos indivíduos são em grande parte os factores responsáveis desta
situação. E seria uma ilusão pensar que os progressos realizados fazem ou farão inverter este
processo de degradação que constatamos na nossa vida quotidiana.
O estado global de nosso meio ambiente, desde que tomámos consciência da sua degradação,
não melhorou por isso. Alguns cientistas, desde os anos 30 (a escolha desta data, sabemo-lo, é
puramente arbitrária, já que os primeiros trabalhos sobre os efeitos nocivos dos fumos datam
do século xvii) começaram a avaliar os efeitos nefastos da industrialização sobre a Natureza.
Apresentaram as suas reservas relativamente à poluição gerada pelas actividades humanas e
acautelaram os poderes públicos. As
212
Alergias e doenças ditas ambientais
primeiras medidas significativas foram tomadas nos anos 70, mas o estado do planeta continua
todavia a degradar-se.
Existem me(lidas possíveis de prevenção?
As ineclídas preventivas são quase ínexístentes. Mesmo que um país tornasse a decisão de
respeitar totalmente o seu meio arribiente (o que é impossível no nosso mundo
industrializado), esta decisão teria poucas repercussões porque a poluição não tem em conta as
fronteiras e estas, numa perspectiva proteccionista, não nos servem de nada.
Quando sornos confrontados com uma poluição que nos obriga a agir de modo a neutralizá-la,
limitá-la ou substituí-la por uma técnica “com efeitos nocivos aceitáveis”, o mal já está feito.
Além disso, o que poderia à primeira vista parecer uma boa medida demonstra ser irrealista e,
grande parte do tempo, apenas substituímos um tipo de poluição por outro, cujos efeitos ainda
não se manifestaram.
Tomar consciência (lo meio ambiente significa a(laptarmo-nos ou adaptá-lo às nossas
necessida(les?
O problema reside na percepção que o homem tem do seu meio ambiente. As outras espécies
vivas, sejam elas animais ou vegetais, vivem em osmose com o seu meio ambiente. Uma
espécie adapta-se e aclimata-se em função do seu meio: se não consegue encontrar o seu
lugar, desaparece; pelo contrário, se as condiçõ es lhe são favoráveis ela persiste e prolifera.
Para o homem a situação é muito diferente. Este adapta o meio ambiente à suas necessidades’
. Enquanto estas apenas exigiram a energia fornecida pela força dos animais, as repercussões,
apesar de terem algumas consequências, perinitiram contudo um modus vivendi. O homem
explorava a natureza em função das suas capacidades limitadas, e esta podia, mal ou bem,
reconstituir-se.
Com a chegada da era industrial, a relação de forças alterou-se em
grande escala e a exploração dos recursos naturais acentuou-se ainda mais, aumentando
paralelamente os seus efeitos desagradáveis. O raciocínio do homem fá-lo pensar que aquilo
que não conseguiu resolver ontem
1 As alterações feitas pelos animais também existem, mas têm um carácter limitado.
213
Alergias e doenças ditas ambientais
estará ao seu alcance amanhã. Mas, no estado actual da situação, nada indica que os
problemas para os quais não encontrámos uma resposta sejam resolvidos num futuro próximo.
Além disso, o nosso sistema imunitário tem a capacidade de indentificar as substâncias
patogénícas que encontramos e deveria neutralizá-las. É o
que norrnalmente acontece. Mas quando somos confrontados com agentes tóxicos novos, que
enganam as nossas defesas, o nosso organismo não consegue ídentificá-los, e estes são, assim,
assimilados e armazenados.
O progresso gera exclusão e inatlaptação
Destas perspectivas decorrem dois sistemas de pensamento:
- O primeiro consiste em afirmar que o homem, desde os tempos mais
remotos, soube adaptar-se ao seu meio arribiente.
- O segundo consiste em acreditar que o homem, no futuro, será capaz
de encontrar a solução para os problernas que tem sido incapaz de resolver no passado.
Este tipo de raciocínio optimista, que defende o progresso “a todo o custo”, não é sério e não
resiste a uma análise profunda. Dizer que o
homem vai conseguir adaptar-se é uma pura abstracção especulativa e
revela mais do desejo do que da realidade observável que decorre dos factos. Basta, para
ficaririos convencidos, enumerar as espécies que desapareceram ao longo desta última década
e verificar que inúmeros rios e
lagos perderam a totalidade ou uma grande parte da sua fauna aquática.
Um outro aspecto que não se deve negligenciar e que é esquecido é que, longe de resolver os
problemas do homem, a industrialização marginaliza socialmente os indivíduos mais fracos (os
que não podem ou não sabem adaptar-se às condições sociais ou económicas) e exclui-os,
perante a indiferença geral da colectividade (à excepção de algumas associações de caridade
com meios limitados). Para estes problemas, e isto independentemente do tipo de governantes
no poder, não foi ainda encontrada qualquer solução. A sociedade continua a produzir
progresso e a
acentuar o fenómeno da inadaptação e da exclusão.
Quanto aos outros, aqueles que estão “provisoriamente” adaptados, têm consciência da
precariedade da sua situação. Esta é uma das razões pelas quais os países ricos necessitam
cada vez mais de drogas (legais ou
ilegais) para os ajudarem a suportar o seu “mal-estar”.
214
Alergias e doenças ditas ambientais
A POLUIÇÃO ELECTROMAGNÉTICA
A fada boa da electricidade
Uma das primeiras pessoas em França a apontar os riscos ligados a
este tipo de poluição invisível, e por isso insidiosa, foi o Dr. Maschi. Como é o caso de todos os
precursores, isto não só lhe valeu um grande número de transtornos e processos, como
tarribém o ter sido, durante mais de vinte anos, excluído da ordem dos médicos. Actualmente
toda a gente parece concordar, ou quase, e inúmeros cientistas admitem que a corrente
eléctrica não é talvez tão anódina como normalmente se pensa.
Com efeito, os responsáveis e os produtores de electricidade de todos os países fizeram crer ao
público que a electricidade só tinha vantagens. Durante muito tempo ela só teve qualidades, a
tal ponto que os publicitários, ao gabarem os seus méritos, apresentavam-na sob a imagem
tranquilizadora de “fada boa do lar”. Mas, por detrás desta fada radiosa e dispensadora de
tanto conforto e facilidade, esconde-se talvez uma terrível bruxa, pronta a fazer-nos pagar o
cêntuplo por todas as vantagens que nos fornece.
As investigações finalmente reveladas
As primeiras investigações dissonantes datam de 1954. Foram efectuadas nos Estados Unidos.
Na mesma época os Polacos também trabalharam sobre esta questão polémica.
A evolução da técnica teve como resultado o facto de o conjunto de radiações
electromagnéticas da atmosfera terrestre ter ficado “carregado” de forma considerável. Tratase de uma poluição ignorada, ocultada, mas
cuja presença se torna cada vez mais evidente.
Já nessa época se suspeitava que este tipo de poluição era responsável por certas patologias
degenerativas tais como as leucemias ou a doença de Parkinson.
Em 1976 um estudo americano apresentava os resultados de um relatório do Pentágono que
realçavam que “os fornos de microndas poderiam produzir crises cardíacas, alterar o
comportamento dos diplomatas e
influenciar as pessoas submetidas a um interrogatório”.
215
Alergias e doenças ditas ambientais
Milhões de dólares foram investidos neste tipo de investigação, tanto rio Ocidente como no
Oriente. Mas com que finalidade? Esta questão continua actual.
Em 1979, WertheIrner e Leeper observaram um excesso de mortalidade por doenças
cancerosas em crianças que viviam em casas com campos magnéticos muito elevados. Três
anos depois Milham realça que as pessoas que têm uma actividade associada à exposição a
campos inagnéticos podem manifestar um risco acrescido de leucemia.
Nos anos 80 e 90 foram realizados estudos epiderniológicos em pessoas que manifestavam
exposiçoes não só residuais, mas tarribém profissionais. Na Suécia confirmaram que o aumento
dos riscos relativos cresce proporcionalmente à frequência e aos níveis de exposição. Este
estudo conclui “que os resultados trazem mais argumentos em favor de uma relação entre
campos magnéticos e cancro do que contra ela”. Esta evidência é ainda mais acentuada no caso
da leucemia infantil.
As doenças desencadeadas pelos campos electromagnéticos
O Prof. Cyrí1 W. Smith realça o papel fundamental das radiações não ionizantes nos processos
vitais e os perigos potenciais que resultam da exposição regular às radiações
electromagnéticas, mesmo de fraca potência. Estas favorecem o aparecimento do cancro, de
leucemia, de alergias e de depressões. Estas doenças são agravadas ou desencadeadas pela
maioria dos nossos sistemas e campos eléctricos, tais como os cabos de alta tensão, os fornos
de microndas, as ondas de rádio, os radares e certas
aplicações militares. Estes exemplos edificantes mostram a enorme complexídade dos
problemas e dos fenómenos que podem resultar das consequências das actividades industriais.
Localizar e conhecer o nível e o grau de exposição aos campos electromagnéticos do nosso
meio ambiente é uma etapa indispensável para combatermos estes perigos com conhecimento
de causa e nos mantermos afastados das suas fontes.
Máquinas de costura efetos
As mulheres grávidas que trabalham com máquinas de costura eléctricas arriscam-se a expor
os seus fetos a radiações electromagnéticas,
216
Alergias e doenças ditas ambientais
susceptíveis de provocar leticemia. Com efeito, a Dr.’ Claire Infânte-Rivard, da Universidade
McGill de Montreal, recenseou um número importante de leucernias em crianças filhas de
costureiras. Esta investigadora tinha primeiro atribuído este fenómeno ao pó e às fibras
sintéticas.
Campos magnéticos e cancro do cérebro
“As pessoas que trabalham em instalações eléctricas duplicam o risco de contraírerri cancro do
cérebro”, afirmam os investigadores da Universidade da Carolina do Norte.
Os resultados mais significativos estabelecem uma relação de causa e
efeito entre exposiçao e cancro do cérebro. Esta doença provocou 144 mortes entre os 140 000
indivíduos que trabalhavam numa central eléctrica (foram escolhidos ao acaso para o
estabelecimento da amostra analisada).
Este risco alarga-se também a outros tipos de cancro, por exemplo, ao
cancro do sangue. Com efeito, a exposição prolongada aos campos magnéticos duplica as
“possibilidades” de desenvolver um tumor deste tipo.
Por outro lado, na Bélgica, certos criadores de gado constataram o
aparecimento de perturbações fisiológicas no gado depois da colocação de um cabo de alta
tensão nos seus terrenos. Podemos também mencionar o teor anormal de astrocitomias em Los
Angeles e o número elevado de cancros entre o pessoal da central telefónica Pacífic Bell; na
Polónia e na Ucrânia, constata-se um aumento de leucemias crónicas e agudas, bem como
casos de cancro em instaladores e técnicos de rádio e a multiplicação de arterioscleroses e
também de problemas de esterilidade nos
condutores de carros eléctricos.
É possível preservarmo-nos da poluição electromagnética?
É preciso, em primeiro lugar, medir os campos magnéticos do nosso
meio ambiente para identificá-los e protegermo-nos. Existem diversos meios:
- Aparelhos de medição;
- Detecção efectuada por especialistas. Além disso, é necessário:
* que a instalação eléctrica esteja bem feita;
* que as tomadas estejam ligadas à terra;
217
Alergias e doenças ditas ambientais
* que não existam perdas de corrente;
* evitar ter nos quartos despertadores eléctricos, reduzir o número de
tornadas e proceder de modo a que os candeeiros de cabeceira tenham uma iluminação
mínima;
* evitar as camas metálicas;
* evitar as fibras sintéticas;
* limitar o tempo passado diante de aparelhos de televisão, ecrãs de
computador, evitar também os telemóveis, os microndas, etc. (ver o
capítulo dedicado ao cancro, p. 279). A acumulação de electricidade estática provém do facto
de estarmos permanentemente isolados da terra. Com efeito as nossas estradas são
alcatroadas, os solos das nossas casas estão isolados e os nossos sapatos com sola de borracha
isolam-nos do solo. Desta forma acumulamos electricidade sem podermos libertar-nos dela.
* O primeiro método consiste em retomar o contacto com a terra,
andando a pé, sempre que possível, de pés descalços sobre a terra, na erva húmida, etc.
* Outro meio, contudo menos eficaz, é lavar, várias vezes, ao dia as
mãos com água fria e agarrar, durante alguns instantes, na torneira com as duas mãos, o que
permite fazer uma ligação à terra. Mas, como é óbvio, o melhor meio consiste em penrianecermos, se possível, afastados de campos electromagnéticos.
A irradiação alimentar
É um outro aspecto da utilização da ionização destinada a proteger a nossa alimentação e a
prolongar o seu tempo de conservação.
Se nos é possível, quando compramos um produto alimentar, ler nas etiquetas os componentes
químicos - conservantes, aromatizantes, adoçantes, emulsionantes e outros - que são
necessários ao seu fabrico, é-nos muito mais difícil saber se o produto em questão foi tratado
com raios ionizantes. Contudo, uma lei de 8 de Maio de 1970 torna obrigatória a
indicação de qualquer produto que tenha sido sujeito a irradiação. Mas esta lei nunca é
aplicada. A 15 de Novembro de 1989, o Parlamento Europeu, com a finalidade de proibir a
irradiação dos alimentos frescos na CEE a partir de 1 de Janeiro de 1993, adoptou uma
directiva. Mas a
218
Alergias e doenças ditas ambientais
França ultrapassou esta directiva e continuou a irradiar os queijos “camembert” confeccionados
com leite cru. Quanto à Alemanha, não obstante ter proibido a irradiação dos produtos
destinados ao seu mercado interno, autoriza-a para os produtos destinados à exportação.
As consequências da irratfiação
- Em todos os casos, a permeabilidade das membranas celulares é afectada, os raios ionizantes
dissociam as moléculas e libertam radicais livres. As batatas irradiadas, por exemplo, têm uni
tempo de conservação mais longo, mas perdem a vitalidade, estão mortas.
- Destrói a germinação e opõe-se à vida: os cereais tratados não germinam ou germinam muito
mal. O estudo feito com raios infravermelhos mostra o aparecimento de deformações
estruturais. Os açúcares e os amidos alteram-se. Quanto aos frutos, os processos são idênticos:
a irradiação mata os micróbios, mas altera o teor de vitaminas e acarreta uma perda
enzimática importante.
Inúmeros produtos agrícolas, tanto em França como noutros países, são actualmente
irradiados: frutos frescos, cebolas, alhos, frutos secos, aves, leite, etc. É, por conseguinte,
preferível consumir apenas produtos de qualidade biológica ou comprados a pequenos
produtores.
Os metais são necessários, mas em doses altas são tóxicos
O organismo tem necessidade de inúmeros metais para assegurar o seu
funcionamento. Mesmo que só os utilizemos em quantidades infinitesimais, não podemos viver
sem eles. Em contrapartida, certos metais podem estar na origem de graves perturbações
orgânicas. Por exemplo, o cobre é um elemento necessário, mas, ingerido em quantidades
importantes, torna-se nocivo. A toxicidade dos metais obriga-nos a utilizá-los com precaução
nos complementos alimentares e nas amálgamas dentárias.
As fontes de intoxicação podem ser variadas. Na Silésia, por exemplo, constataram-se vários
casos de intoxicação em crianças que brincavam em
parques infantis onde a areia de jogos continha doses anormais de chumbo.
Por outro lado, devemos sempre ter em conta que não basta, em caso
de carência, tomar apenas o elemento que falta para remediar a carência, já que vários
factores podem ser responsáveis. Por exemplo, a anemia
219
Alergias e doenças ditas ambientais
maligna é frequenternente o resultado, não de falta de vitamina B12 (ver “Cobalto” no quadro
adiante), mas da incapacidade que o organismo tem de a assimilar. Ela só pode ser utilizada
sob a forma de um complexo com
uni factor interno (glicoproteina produzida pelas mucosas do estômago).
O exemplo do zinco
O caso do zinco demonstra bem a evolução dos nossos conhecimentos sobre o papel dos
microelementos metálicos no nosso organismo. Em
1869, Raulin descobriu que o zinco era necessário ao desenvolvimento do cogumelo Aspergilliís
niger. Mas foi preciso quase um século para se
descobrirem as consequências das carências desse metal e as suas funções no organismo. Em
1961 demonstrou-se que uma carência em zinco é a causa de graves perturbações
metabólicas, de anemia severa, de estagnação ponderal, do atraso no crescimento e de
hipogonadismo.
Os bioquímicos descobriram que este elemento é necessário ao funcionarnento de várias
enzimas: desidrogenases, aldolases, peptidases, fosfatases, isomerases e transfosfiralases.
Sabemos que ele participa no processo de sintetização proteica e de divisão celular. Continuam
a ser estudadas as relações com os ácidos nucleicos. As graves consequências da sua
carência e a sua múltipla acção retiram a atenção dos terapeutas.
Utilizou-se primeiro o zinco para tratar certas patologias. A sua
toxicidade não era ainda conhecida. Todavia, certos metais vitais são, em
certas formas e em determinadas doses, fortemente tóxicos. As primeiras intoxicações
causadas pelo zinco foram descritas nos mineiros e operários da indústria metalúrgica. A “febre
do zinco” tem os sintomas seguintes: arrepios, febre, vómitos, cansaço, fraqueza,
acompanhados de secura bucofaríngica. Contudo os efeitos tóxicos do zinco a longo prazo
foram durante muito tempo ignorados. Além disso, casos de intoxicação próximos dos
observados na indústria foram considerados como efeitos secundários do tratamento
terapêutico pelo zinco.
Actualmente a toxicidade dos sais e compostos de zinco é mais bem conhecida. A base de
dados Medline comporta 74 publicações sobre este assunto. Inúmeras informações falam da
sua toxicidade em animais de laboratório, também observada no meio natural. Para estas
investigações utilizam-se culturas celulares in vitro (fibroplastas humanos) e estudam-se as
zonas ecologicamente devastadas. A acção tóxica dos compostos de zinco é muito variada.
220
Alergias e doenças ditas ambientais
Os metais: doenças de carência ou de excesso
METAL
Efeito de carência
Efeito de excesso
Crómio (Ci-)
Metabolismo
Desconhecido.
anormal da glicose.
Cobalto (Co)
Anemia maligna,
Insuficiência das artérias
porque este metal
coronárias e hipergIobulia.
faz parte da
Nos anos 1965-1966, no
vitamina B,,,
Canadá, acrescentou-se
necessária à síntese
sulfato de cobalto à cerda hemoglobina.
veja (I mg para 750 ml)
A falta de cobalto
de modo a estabilizar a
na alimentação dos
espuma. Detectaram-se
animais provoca
então nos consumidores
doenças que,
casos de cardiomiopatia,
outrora, dizimavam
20 deles mortais. O pó de
os rebanhos de
cobalto provoca tumores
ovelhas na Austrália.
malignos nos músculos.
Lítio (U)
Depressão maníaca.
Desconhecido.
Magnésio (Mg)
Convulsões.
Parestesia.
Manganês (Mn)
Deformações ósseas.
Inércia locomotora.
Funcionamento
A inalação de pó de óxido
anormal das
Alergias e doenças ditas ambientais
METAL
Efeito de carência
Efeito de excesso
Potássio (K)
Doença de Addison.
Selénio (Se)
Necrose do figado.
Cenurose nos anirriais, efeito desconhecido no homern.
Sódio (Na)
Doença de Addison.
Cálcio (Ca)
Deformação óssea, Tetania.
Catarata. Cálculos da vesícula biliar.
Ferro (Fe)
Anemia.
Hematocromatose (acompanhada de cirrose do fígado). Sideritose.
Cádmio (Cd)
Inflamação renal, doença “Itai Itai” (intoxicação crónica). Várias centenas de pessoas morreram
dos efeitos desta intoxicação no Nordeste do Japão, numa região mineira (antigas minas de
metais não ferrosos). O cádmio acumula-se nos rins e no figado. Este metal fragiliza também
os ossos.
Chumbo (Pb)
Anemia. Encefalomielite. Neuropatia.
222
Alergias e doenças ditas ambientais
óLEOS ESSENCIAIS, LEGIONELOSE E POLUIÇÃO
MICROBIOLóGICA DO AR
Uma doença misteriosa...
A história começa corno um policial americano. Em 1976, durante uma reunião comemorativa
do 58.O aniversário da Legião Americana, no
Hotel Bellevue Stratford de Filadélfia, 182 antigos legionários, cidadãos arnericanos, são vítimas
de uma estranha doença. A “nova” pneumonia causou a morte de 29 pessoas. A imprensa
avançou a hipótese de um
atentado “biológico” contra estes antigos mercenários. O FBI fez uma
investigação pormenorizada, mas foi preciso um ano para se descobrir a
solução deste mistério.
Em Dezembro de 1977, a equipa de investigadores do Centro de Controlo de Doenças de
Atlanta conseguiu isolar e determinar o bacilo incriminado. A “nova” bactéria recebeu o nome
de Legionellapneumophila, e descobriu-se que o seu vector era o sistema de ar condicionado.
A doença dos legionários seria realmente uma nova doença? Ou teríamos nós conseguido
finalmente encontrar uma explicação para certas patologias pulmonares inexplicadas até 1977?
Isto porque a análise de amostras de soro responsáveis por antigas pneumonias determinou a
implicação da Legionellapneumophila na epidemia de febre de Pontiac em 1968, e também:
-na morte de 14 pessoas entre as 81 contaminadas no Hospital de
Santa Elizabeth, em Washington em 1965; -em 11 pneumonias, entre as quais 2 mortais, no
mesmo hotel em
Filadélfia, em 1974. Além disso, as epidemias ocorridas em diversos países mostram o
carácter universal da legionelose: em hotéis de Itália, em 1980; em centros comerciais na
Suécia, em 1979, em hotéis nos Estados Unidos, na Austrália, em Porto Rico, em hospitais
franceses em 1989. Basta lembrar que todos os anos a legionelose atinge 400 000 pessoas nos
Estados Unidos e que uma única epidemia num pequeno clube de golfe em Inglaterra provocou
a morte de 43 pessoas, para compreendermos a importância desta doença.
223
Alergias e doenças ditas ambientais
Desde 1976 descreverarri-se cerca de 30 espécies e 80 estereótipos diferentes de legionela.
Contudo, a Legionella pneuniophila, estereótipo 1, é responsável por 90% das infecções. Mas as
outras espécies também podem ser patogénicas. Além disso, o nosso conhecimento sobre este
grupo de bactérias é ainda muito limitado. A capacidade patogénica da Legionella anisa só foi
descoberta na Austrália em 1990, ou seja, catorze anos depois do início das investigações sobre
a legionelose.
A responsável finalmente descoberta
A legionela é uma bactéria muito cornum. A investigação mostrou a
sua presença em 64% de torneiras de água fria e em 75% de torneiras de água quente, em
Paris. Os aerossóis e a transmissão de pequenas gotas contendo bactérias favorecem a
contaminação. Os sistemas de climatizaçã o e humidificação do ar são as principais fontes de
risco de legionelose. Mas não devemos contudo esquecer os riscos ligados aos simples duches e
trabalhos de construção.
A legionela vive em simbiose com o Flavobacteriutn breve ou Fischerella sp. Estes
microrganismos assegurarn-lhe uma fonte de ferro. A legionela pode também sobreviver em
períodos difíceis graças à sua
simbiose (parasitismo?) com as arnibas. É uma bactéria muito resistente que consegue viver no
seu meio, mesmo depois de um tratamento por meio de cloro, ozono, raios UV e calor. A
utilização dos biostáticos, que se julga limitar o seu desenvolvimento, não forneceu resultados
comprovativos. É por isso que os meios utilizados para a esterilização dos contentores de água
dos climatizadores devem ser limitados, já que são tóxicos e serão posteriormente dispersos no
meio ambiente pelo sistema de climatização.
Os sistemas de ar condicionado são os culpados
A doença dos legionários deve incitar os investigadores a trabalharem sobre a flora e a fauna
dos reservatórios e dos sistemas de ar condicionado. Porque certas condições físicas, como a
temperatura e a humidade, criam um ambiente ideal para a proliferação de bactérias. Desta
forma, a análise biológica dos sistemas de ar condicionado pode inquietar todas as pessoas que
trabalham em edifícios “modernos”, equipados com siste224
Alergias e doenças ditas ambientais
mas de clirriatização do ar. A análise mostrou que, além das bactérias do tipo legionela, cerca
de 50 espécies de bolores e esporos (AspergilIus, Cl(ido,@I)orini@i, Alternaria, Mucor,
Alirebasidiui7i, etc.), mais de 20 espécies de bactérias também vivem nos ares condicionados
(Baciflus cereus, Baciffiíssubtilis, etc.), bem como amibas, do tipo Acanihamoeba e Nagleria, e
algumas algas.
Alguns destes microrganismos são susceptíveis de ter uma acção patogénica. Desta forma, 26
casos de aspergilose invasiva forarri diagriosticados em pacientes imunodeprimidos, em
tratamento no Serviço de Hematologia do Hospital Henri Mondor. A aspergilose parece ser uma
das doenças microbiológicas iatrogénicas mais frequentes rios hospitais franceses. Por outro
lado, certos organismos de “ecossisternas de ar condicionado” têm um papel de agentes
patogénicos directos, e outros são
responsáveis por patologias de origem alérgica. As arnibas poderri também ter um papel de
“reservatórios de vírus” e, como já dissernos anteriormente, podem constituir um veículo para
as legionelas.
O Prof Ragnar Rylander da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, trabalha desde há anos
sobre o papel das bactérias Gram-, diferentes da legionela, e das suas endotoxinas, nas
doenças do ar condicionado. Os resultados mostram os perigos de diversas bactérias e das suas
toxinas dispersas rio ar através dos sistemas de climatização.
Como diminuir os riscos de contaminação pelos sistemas de ar condicionadrp?
A patologia do ar condicionado provém essencialmente de uma concepção errada na instalação
da climatização e está frequentemente associada ao sistema de hurnidificação. As soluções
eficazes continuam, por conseguinte, nas mãos dos engenheiros e técnicos mais do que nas
mãos dos médicos. Em certos casos é necessário conceber novamente e substituir totalmente o
sistema de climatização. Trabalhos dispendiosos deste tipo permitiram deste modo eliminar os
riscos rios edifícios da BBC em Londres. É certo que uma instalação e humidificação correctas,
filtros eficazes, uma temperatura da água desfavorável à proliferação microbiana e limpezas
regulares são as precauçõ es necessárias para diminuir estes riscos.
225
Alergias e doenças ditas ambientais
O que é evidente é que é preferível não criar condições artificiais patogénicas. Mas,
indiscutivelmente, a “escolha técnica” não está ao alcance de um indivíduo obrigado a trabalhar
ou a tratar-se em locais climatizados.
Os óleos essenciais podem resolver uma parte dos problemas?
Faltam-nos dados sobre a acção antibiótica contra a legionela, mas
existem estudos, infelizmente desconhecidos, sobre a desinfecção contínua do ar por meio de
óleos essenciais. Como é óbvio, a dispersão de substâncias tão potentes exige uma certa
prudência, mas esta solução deve ser encarada e, além disso, é facilmente aplicável. Em 1960,
M. L. Joubert de Lyon estudou a desinfecção contínua. Por este meio demonstrou a eficácia dos
aparelhos “aerolizores” (em relação aos brumizadores e pulverizadores), o que resultou na
diminuição quantitativa dos germes patogénicos quando se utilizam aerosóis com óleos
essenciais, bem como numa importante diminuição de bactérias.
Observou também a atenuação da virulência destes microrganismos, mas, o que é mais
importante, que a taxa de germes “saprófitos” (encarregados da defesa) permanecia estável.
Quanto à acção broncodilatadora e apneizante, esta melhorava. Além disso, notou também a
diminuição da poluição química do ar ambiente (como a do amoníaco, por exemplo).
AS ALERGIAS ALIMENTARES E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
Certas doenças não respondem aos tratamentos clássicos. Sintomas diversos, tais como
cansaço, dores de cabeça, dores abdominais e diarreias não parecem corresponder a uma
doença com características bem determinadas. Perante casos deste tipo, um grande número de
terapeutas classifica estas perturbações na categoria das patologias psicossomáticas. É certo
que pode ser verdade para certos pacientes, mas outros apresentam simplesmente uma
intolerância a uma substância alimentar, a um aditivo químico ou uma reacção ao contacto com
um determinado produto.
226
Alergias e doenças ditas ambientais
Quando se poderá suspeitar que as alergias têm uma origem alimentar?
- Em casos de diarreias rias crianças: estas cólicas poderri por vezes
ocorrer se a criança é alirrientada ao peito e a mãe abusa de produtos lácteos.
- Dores de garganta repetidas, rinites (suspeitar também do tabaco e
das poluições ambientais).
- Sinusite.
- Dores de cabeça.
- Cansaço, ansiedade.
- Doenças da pele tais corno eczema, psoríase (neste caso podern
existir também alergias ao contacto com fibras sintéticas ou com produtos químicos).
- Asma.
- Reumatismos.
Artrite, artrose, artrite reurnatóide (incluindo as inflamatórias).
- Certas doenças gastrintestinais, inchaços.
- Doenças card lovascu lares.
- Hiperexeitabilidade.
Instabilidade, stress, irritabilidade.
- Insónia.
Quais são os produtos suspeitos de causar alergias?
O leite e os seus derivados (manteiga - queijo)
Basta, muitas vezes, eliminá-los durante algum tempo para que a alergia desapareça, em
particular em problemas nas crianças pequenas, mas
também em casos de diarreias, prisão de ventre, doenças da pele, asma, rinites, sinusites e
também nas doenças card iovascu lares e intestinais.
Conhecem-se actualmente 20 substâncias alergizantes além dos antibióticos, todas elas
contidas no leite.
O mito de que os produtos lácteos contêm cálcio e são, por conseguinte, saudáveis só é
alimentado pela publicidade e contradiz os factos.
227
Alergias e doenças ditas ambientais
Os países onde existe inenos osteoporose são os que não consomem ou consomem poucos
produtos lácteos (a China, os países africanos e certos
países do Extremo Oriente). O Prof. Kervran dernonstrou que não bastava consurnir produtos
lácteos para cobrir as necessidades em cálcio do organismo, e que estes tinham, muitas vezes,
um efeito oposto.
Certos produtos de origem animal
Os ovos, os peixes, sobretudo os fritos. Esta alergia manifesta-se frequentemente à distância,
veiculada unicamente pelo cheiro (a peixe frito).
O glúten e os cereais
Especialmente nas perturbações intestinais, na artrite, na artrose e rias poliartrites
reurnatismais, bem como nas diversas alergias (à excepção do arroz).
O açúcar, o café, o chá, o chocolate
Estes podem, em certa medida, acentuar os fenómenos alergizantes e
devem ser proscritos em todas as abordagens desintoxicantes.
O que fazer para descobrir uma alergia?
Para descobrir uma alergia alimentar, basta, muitas vezes, deixar de consumir o produto
suspeito até se fazer sentir uma melhoria. Esta chega normalmente ao fim de alguns dias. Mas
não se trata de uma regra absoluta: em certas alergias é necessário esperar mais tempo, às
vezes algumas semanas. Além disso, os sintomas, no início, podem acentuar-se. Se isto
acontecer, é porque existem fortes probabilidades de que o produto em questão seja o
responsável desta situação. Se nada acontecer, volte a
introduzir o elemento na sua alimentação e retire outro.
Uma outra técnica consiste em jejuar alguns dias e voltar a introduzir os alimentos suspeitos de
toxicidade, uns a seguir aos outros, espaçando
228
Alergias e doenças ditas ambientais
a ingestão de cada um de alguns dias, o que permite observar o
reaparecimento do sintoma e identificar a substância com uma margem de erro mínima.
Existem testes de electroacupunctura (Võll, moraterapia) que permitern, na generalidade dos
casos, diagnosticar as alergias e tratá-las.
Quando o excesso de sensibilidade provém da acumulação de metais pesados, os testes de
moraterapia, de Võll, do perfil proteico, e a análise
do cabelo são tarribém de uma grande utilidade e podem orientar o tratarnento. A queloterapia
permite, na maioria das vezes, corrigir estas situações. Em caso de intoxicações deste tipo, o
alho tem virtudes desintoxicantes que tornam este boibo particularmente interessante.
Em casos de artrite, artrose e patologias reumatóides tais como a
poliartrite, existem motivos para se suspeitar que estas possam ter unia,
origem alimentar. É importante intervir pr ioritariam ente neste factor.
Como realçámos anteriormente, inúmeros investigadores começam a
pensar que os alimentos, a sua escolha, a sua origem e a forma como são
preparados, podem ter uma incidência sobre a nossa saúde. A assimilação
e a utilização dos alimentos pelos nossos organismos são variáveis em
função de parâmetros pouco ou mal conhecidos.
Os outros alergizantes
Os ácaros
É uma das alergias mais frequentes. Está ligada à presença dos ácaros no meio ambiente. Estas
alergias são cada vez mais nurnerosas e provêm das alterações no nosso modo de vida,
particularmente do sobreaquecimento dos apartamentos que lhes permite viverem e
reproduzirem-se em condições ideais.
Os produtos cosméticos, de limpeza, lixívias, sabões
A alergia é causada pela presença de certos diluentes e de certas
substâncias aromáticas.
229
Alergias e doenças ditas ambientais
ALGUNS TRATAMENTOS NATURAIS RECOMENDADOS
EM CASOS DE ALERGIAS
Receitas da medicina monãsticas, arte medicinal dos lrmàos de São João de Deus (Pato 0e17e
Frateliii
117fUSiO dS MIStUrO
TanCha_Q0M (f0117as), Veróníca (érva), CavalInha (erv.7), Sempt----r,0íVa (erV8), Gal--Opse
(--rva), GraMa (ríZOIn.7), Ácoro- Verdadelro (rizorna), TUSS11.7~ (f0117aS), Torment1117a
(flZOMa), Bétula (f0117as), De17te-Oe-leãO (raIZ),
ou
Amor-perfeito (erv,9), Eufrasi.g~oficin.71 (erv.7) Erva-de-são~joão (erva), cava&7ha (erva),
BÓIS-7-0é_Pastor (erv29), CoenIros (frutos), Urtíga (folhas), ArtemIsía (erva), Arnieiro-preto
(casc.7), B&tó17iC.7 (erVa), Gr8Ma (riZO/77.7)
Depois de misturar estas plantas em proporções iguais, deite uma colher desta mistura num
copo de água a ferver. Cubra e
deixe em infusão durante 3 horas. Em seguida filtre e aqueça ligeiramente. Tomar 3 copos por
dia (20 minutos antes das refeições).
ó1005 055e17C1215 *
Berg-7mota, B010,O, Bélula,
1-7ra17);9, AleCriM
Em vaporização.
ATENÇÃO: estas preparações dizem respeito apenas aos sintomas; o tratamento propriamente
dito, tal como foi dito anteriormente, consiste em eliminar a (ou as) causa(s)!
230
Anemia
Anemia
E @iagnóstico médico indispensável, de modo a conhecer as causas exactas. Manifesta-se por
diversos sintomas: pele macilenta e fria, rosto pálido, abatimento, palpitações ao mínimo
esforço, vertigens, etc.
ÁDroffoi ,as * CaValí17ha-Fucus VeSIGUIOSUS
* 2 drageias de cada, no primeiro dia.
Eleuterococo
* 3 drageias, no segundo dia. Alternando com:
Própolis
2 drageias, no segundo dia.
ou 117fus,10 * Cava11n17a + Alecrom + seglirelha + Salva
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água, deixar ferver
5 minutos; deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 4 chávenas por dia, fora das
refeições. Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fata
Sono FratelIV
Ilifusão dS mistura
Urtíga (folh&S, 100 9), Rosa (fruto loog) cássís (f0117as, 50 camomila (50 g) Dente-de-l&ão
(raiz 50 g),
Angélica - arGal9gélIC.7 (r.?IZ, ‘50 g), Grama (ri--oma, so g), Gentáurea (erva, 20 g)
*Misturar as plantas. Uma colher
para um copo de água a ferver. Deixe em infusão durante 20 minutos e filtre.
*Tomar quente, 2 ou 3 vezes ao
dia, depois das refeições.
ó100.9 055017CARIS (@@ 7otr~17/à
1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia.
- Cura de 15 dias, várias vezes
ao ano.
Outros õleos essenciais:
Angélica, Manjeticão, Genoura, Limão, Funcho,
1 aranja, Salsa
7117NIO-MãO Urtiga (20 g de urtIyas coffiidaS /70 MêS dO Malo)
-Introduzir as urtigas em meio litro de álcool a 450 durante 10 dias. Deite em seguida esta
mistura numa garrafa opaca, e tome um copo pequeno ao deita r.
231
Anemia
* Pode misturar esta tintura com
uma tintura-mãe de raiz de dente-de-leão, sumo de alperce e vinho tinto.
* Para meia garrafa de vinho tinto
acrescente sumo de alperce, ou, melhor ainda, alperces frescos cortados em pequenos pedaços
(cerca de 400 g). Acrescente em seguida 30 ml de tintura.
* Tomar 2 ou 3 cálices, de licor,
por dia.
SO/7/705 dO áSSOIMO *
Frios, diários, ou com fricções Kuhne.
0M71705 dO V8POr *
1 vez por semana, seguidos de fricções totais, frescas ou frias.
Duches o 7fusios *
- Alternadamente, 1 dia cada uma: -coxas + braços, no 1.O dia; -fulgurante, no dia seguinte
‘seguida de uma fricção vigorosa.
Alimelmação
Deve ser simples e sóbria. Evitar: charcutaria, salmoura, conservas, caça, carnes gordas, fritos
e tudo o que seja difícil de digerir. Consumir de preférència: frutos frescos, secos, legumes,
legumes secos, saladas, cereais,
arroz, aveia, azeite e óleos vegetais de primeira pressão a frio (milho, noz, caroços de uva,
etc.) germe de trigo, levedura de cerveja, ovos, alho, cebola, mel, peixe, pão integral,
lacticínios, queijos, etc.
* Alimentos privilegiados: papas
de aveia, levedura de cerveja, germe de trigo salpicado em cima dos alimentos, cebola, alho,
couves e alface-de-cordeiro.
* Papas de aveia o mais frequentemente possível.
JejUJ 7 7 *
1 vez por semana, no início. Cura de fruta: especialmente uvas, alperces, pêssegos, marmelos
e quivis.
OU~ fistOMOIMOS
* Azeda comum o azeda-pequena Utilizar as folhas colhidas no momento da floração, secas e
preparadas em decocção. As folhas também podem ser comidas em saladas. É a “planta
medicinal” dos animais: as ovelhas doentes procuram-na.
* Azeda-crespa
O consumo desta espécie aumenta a taxa de hemoglobina e o número de glóbulos vermelhos.
A raiz e as flores são excelentes remédios que facilitam o trabalho do estômago.
232
Anginas, Dores de garganta
. CONSELHOS
-Cura de magnésio.
- Dormir de janela aberta. Ver também:
- As regras para uma boa saúde (p. 130).
- Endurecimento (p. 132).
- Repouso (p. 134).
Anginas, Dores de garganta
A
primeira fase começa, geralmente, com uma pequena dor de garganta, com dificuldade de
engolir a saliva. Podem sobrevir dores violentas, respiração difícil, com pieira, espirros,
zumbidos nos ouvidos, etc. A pele fica quente, o pulso torna-se mais acelerado e a temperatura
sobe.
Àolwffeias * L&"J, Espil71701r0 - M.7/V.7
2 de cada, de manhã.
l_av.?nda - Verbena
2 de cada, de tarde.
OU Infu.5J0 * EspInhelro -@- Malva Lavand.7 “ verbena
Uma pitada de cada. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15. Acrescentar o
sumo de meio limão. Adoçar com mel. Tomar 5 a 6 chávenas por dia.
M
G8137,91vios i R&sta-bol + ESPInh&1r0 Em decocção: 3 pitadas de cada para meio litro de
água. Leve a ferver durante 20 minutos. Deixe em infusão 30 minutos.
* Várias vezes ao dia.
* Com uma infusão de:
Sal14.7 (fOffids, 20 g), C.7177017711.7 @10 g), Hortélã-pImei71,7 ffioffias, lOg), Cr.gvo-dedefui7to (flor&s, log)
* Misturar as plantas e deitar 3 colheres numa chávena de água a ferver. Deixar em infusão 20
minutos. Filtrar.
233
Anginas, Dores de garganta
Utilizar em gargarejos, várias vezes ao dia.
ó/005 055017CI.815 Mauli
1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia.
117SAlaÇãO de OSSênCia d& Sálva-Euca11p10 Deitar algumas gotas num prato ou num difusor
de aromas.
Outros Meos essenciais:
Carnomíla, 1_1@não, Eucaliplo, CtaVO-de-CabOCInha, ILOUrO, L a Va17da L@@J 8817hOS
* Banho total a 300. Este banho
total é seguido de um duche morno.
* Duches e afusôes frescas da
nuca.
* Pode beber água fresca em goles pequenos durante os banhos.
80/7/105 £05 ~ *
* A mistura seguinte permite activar a transpiração:
Lavanoa + Sábuqueiro + EucalIpto
* 2 pitadas de cada para meio litro
de água. Ferver durante 20 minutos.
* Deitar numa bacia e acrescentar
água quente.
* Este banho de pés dura de 20 a
30 minutos. Deve ser seguido de uma loção fresca ou morna com fricção.
8917h05 dO V0POr *
Este banho deve ser seguido de uma loção fresca com fricção.
CI1MUrJO dO NOPN170 *
F,11M8C0P81.7 C1,117eso
* Raiz ou flores de “Yuen hoa”, “Dafne genkwa”: a planta deve ser fervida em vinagre 10
vezes. Retira-se o vinagre e deixa-se macerar a planta em água durante uma noite. Em seguida
deve secar ao sol. * 3 pitadas para uma chávena de água. Deixe ferver 10 minutos. Deixe em
infusão durante 20 minutos. * Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Receltas AtoterapéuMM5 oréqão- vulgar
* Infusão de 15 g de planta em
1 litro de água a ferver. Deixe em infusão 20 minutos.
* Tomar, quente, 3 ou 4 chávenas
por dia.
* A sua acção pode ser reforçada
com tomilho, camomila e salva.
Salva-oricli7a1 ou Tom1117o~
- Vulgar
* Infusão de 15 g de folhas cortadas finas em 1 litro de água fria. Leve a ferver e deixe
repousar (para gargarejos).
234
Anginas, Dores de garganta
* A salva era conhecida dos Gregos antigos. Chamavam-lhe então “chá da Grécia”. A sua
infusão é ainda em certas regiões uma bebida muito popular. Linné dá-lhe o seu nome latino
salvia que é um derivado de salvare (salvar), para realçar os seus efeitos benéficos.
Tomilho erva~ursa
* Infusão de 15 g de planta cortada em 1 litro de água fria. Deixe em infusão sem ferver.
* Esta planta possui inúmeras virtudes. Na Sabóia era utilizada tradicionalmente (as
extremidades floridas misturadas com amor-de-hortelão amarelo): preparava-se uma
maceração que servia para coalhar o leite. (0 nome popular do amor-de-hortelão é “coalhaleite”).
Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus @Fate Sono
,Frotelli)
IMUsão do mistura T111a (1@7170reSCê17G1è7, 20 g), camomIla (10 g),
Frainboesa ffiolhas, 10 g), Anis (fruto, 10 g), PIMP11701a (raIZ, 10 g), sé7/Va (f0117as, /o g),
Hortelã-pÁrnenta (foffias, lOg) Misturar as plantas e da mistura deitar uma colher num copo de
água a ferver. Deixar em infusão 30 minutos. Filtrar. Beber quente, 2 vezes ao dia, depois das
refeições.
OU~ tratamentos MO1V180118c05.1 CamomIla (1n8tr1@!ár13) e CamomIla-roma17.7
10 9 de planta para 1 litro de água. Deixar em infusão sem ferver. Na Suíga também se utiliza
para aromatizar a cerveja.
Alimentação
A alimentação deve ser fresca, pouco abundante, composta sobretudo de sopas de legumes,
compotas, bebidas: infusões, sumos de fruta fresca.
CONSELHOS
Banhos de ar livre.
Arejar bem os quartos. Se se é sujeito a anginas frequentes, deve-se mudar a alimentação,
praticar o endurecimento (ver p. 132) e fazer, várias vezes ao ano, curas de drageias de
própolis-elleuterococo, à razão de 4 por dia de cada, durante períodos de 4 semanas.
235
Ansiedade - angústia, medos
Ansiedade - angústia, medos
Pode caracterizar-se por estados de agitação geral, de excitação, entusiasmo, seguidos de
estados de prostração ou abatimento.
U ‘~gei (@I
as
Erva-cIdroíra - Alecrim
* 2 de cada, de manhã.
Erva-mo1eír1@717.? - Lúpulo
* 2 de cada, de tarde.
Cura de dragelas:
Elouterococo
4 drageias por dia, durante 4 a
6 semanas.
OU 117fUSãO
Erva-cidrelra + Alecrim + Erva-moleIrínha + Lúpulo
1 pitada de cada para uma chávena de água. Leve a ferver durante 3 minutos. Deixe em
infusão durante 15 minutos. Tomar 4 chávenas por dia, repartidas ao longo do dia, uma delas
ao deitar.
óleos essenc1.915
Lavanda
2 gotas por dia. Utilizar também a lavanda num difusor de essências.
U@@ Sanhos *
* Todos os dias: banhos dos pés
alternados com banhos dos braços, com uma decocçâo de:
Erva-cíOreíra #- 13v317da +
1 ouro
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Leve a ferver durante 20 minutos e
acrescente 3 ou 4 litros de água quente. * Estes banhos duram cerca de
10 a 20 minutos e terminam com uma fricção fresca.
ES17hos de essento
* Banhos de assento, frios ou mornos, de 1 a 3 minutos. * 1 ou 2 vezes ao dia.
ÁRonhos de vapor *
- 3 vezes por semana, seguidos
de uma fricção fresca e vigorosa.
Afus~ *
Afusões do rosto (diárias). Afusão fulgurante (diária) seguida de uma fricção vigorosa. Afusão
rectal.
236
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
l@ @’ AI1M0I7M00 *
* Não sobrecarregar o organismo.
Escolher um regime sóbrio. Mastigar lentamente.
* Evitar os excitantes: chá, café e
estimulantes: álcool, vinho, cerveja, charcutaria, fritos, carnes gordas, enchidos, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, limão, laranja, salsa, couve, alface, abóbora,
cebola, cereais integrais, pão integral.
jejum
*
* Aconselha-se 1 vez por semana.
* 1 dia da fruta. * Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
Evitar os ruídos fortes, as contrariedades.
Ver também:
-Regras de uma boa saúde (p. 130).
- Endurecimento (p. 132).
- Exercícios fisicos (p. 133)
- Respiração (p. 137).
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
D
evemos desconfiar das falsas perdas de apetite, que consistem em não comer nada às refeições
e passar o dia a encher a barriga de cornida. Devemos por conseguinte evitar este erro que
consiste em depenicar chocolate, doces, pastelaria, etc., entre as refeições.
Para as verdadeiras perdas de apetite, vigiar as causas exactas e a
prisão de ventre.
As crianças não devem ser obrigadas a comer, nem ser castigadas, nem
suplicar-se-lhes que corriam.
237
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
j@@j D~01.15
*
1.a semana:
BetónIca - C17icoria solvagem
2 drageias de cada por dia.
2.8 semana:
EndrO - CentáUWa Manj--ron.7
-2 drageias de cada por dia.
- Alternadamente.
Cura de dragelas, 2 ou 3 vezes
ao dia:
Géleia-real
- 2 por dia, durante 30 dias.
Alternadamente com:
Eleuterococo
2 a 4 por dia, durante 30 dias.
ou Infusão * Betónica , C17icorla + Endro
* 1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 3 minutos. Deixar em
infusão
15 minutos. * Tomar 2 vezes ao dia.
COntáUrOa + ManjêrOna
* 1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos. Deixar em infusão 15
minutos. Adoçar a gosto com mel ou açúcar amarelo.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, entre as refeições.
ó1005 055017CATIS Orégãos
1 ou 2 gotas, 2 vezes ao dia.
Outros õleos essenciais:
Alho, Garnomi7a, Cenoura, Alcaravia Coentros
8217h05 0f05 ~ *
Fazer uma decocção de:
Salva + 1>erónIca
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água, ferver durante 20 minutos, apagar o lume,
acrescentar 2 pitadas de urtigas. Deixar em infusão 30 minutos. * Acrescentar a 3 ou 4 litros
de água quente e tomar um banho dos pés durante 20 a 30 minutos. Terminar com uma afusão
fresca dos pés e uma fricção vi- gorosa.
00/7/705 dO .75501M0
* Banhos de assento frios ou com fricções (Kuhne), diários.
Ranhos de vapor *
2 vezes por semana, seguidos de fricções frescas e vigorosas.
238
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
A fu~S *
Duches diários de braços + coxas, alternando com afusão fulgurante. Afusão rectal, seguida de
fricçôes vigorosas.
Receitas fitoteIspêutic-15 Acoro- verdadeiro
Infusão de 10 g de rizoma cortado fino para 1 litro de água a ferver. Deixe em infusão, meia
hora; beber morna. Tomar duas chávenas por dia. * Na antiguidade esta planta era utilizada
para as afecçôes pulmonares, hepáticas e ginecológicas. Para os povos ameríndios, a raiz de
ácoro é considerada “fonte de juveritude”. Os idosos mastigavam as raízes (um pedaço
equivalente a um dedo por dia) para se manterem jovens e saudáveis.
ATENÇÃO1 Esta planta fresca é tõxica.
A17gá#Ca-alIC.917géAW
Infusão de 15 g de planta para 1 litro de água. Ferva durante 2 minutos e deixe em infusão 10
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. É uma planta medicinal de origem nórdica, cultivada
no século xvi. Espalhou-se por toda a
Europa. Na época das grandes epidemias era um dos principais remédios contra a peste. Deve
o seu nome à sua acção benéfica (planta dos anjos). A maceração alcoólica desta espécie é
muito apreciada como bebida na região dos Cárpatos.
Gei7clana-amarel.7
* Infusão de 15 g de raiz cortada
para 1 litro de água. Ferver e deixarem infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* Pode também ser preparada com
vinho: 30 g de raiz macerada em
1 litro de vinho branco durante 8 dias. Filtrar.
* Pode também acrescentar a esta
preparação 10 g de alecrim e
10 g de salva.
* Tomar 2 pequenos cálices por
dia. É uma das plantas mais potentes com poder aperitivo. As propriedades da genciana já
eram conhecidas de Teofrasto e de Dioscórides. Deve o seu nome a Gentius, último rei da Ilíria,
que foi o primeiro a reconhecer o seu valor terapêutico. Para Dioscórides, a genciana é um
antídoto contra as mordeduras de cobras o também um remédio para as doenças de estómago
o do fígado. É certo que, independentemente da sua acção no sistema digestivo, a genciana
fortalece o
239
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
organismo e ajuda-o a combater as infecções. Os habitantes das montanhas utilizam-na
também em decocção para limpar feridas e partes inflamadas, pois é um bom anti-séptico. As
folhas servem para o transporte de queijos. A aguardente de genciana tem propriedades
vermífugas.
0~ loceitas fitotelapêuticas
As tisanas de plantas que possuem princípios amargos podem ser tomadas meia hora antes das
refeições.
Absínto-o,fícinal ou Art&inísía-Mutelína
10 g para 1 litro de água. Deixar em infusão, sem ferver. Tomar 1 chávena por dia, fora das
refeições, durante 3 semanas. Repetir. Os autores antigos tinham notado que o uso frequente
de absinto podia provocar dores de cabeça e dos olhos. Vinho de absinto.- 30 g de folhas secas
para 3 litros de vinho; filtrar após 24 horas. Consumir um copo por dia, só por receita médica.
Esta planta é a base de um licor, o absinto, produzido desde
1570.
ATENÇA0I O uso prolongado e limoderado deste licor conduz à dependència o ao alcoolismo,
descrito sob o nome de “absintismo”.
Aftemísía comum
*10 g de planta para 1 litro de água fria. Ferva e deixe em infusão. *Tomar 1 chávena, meia
hora antes de cada refeição.
C.3stan17eiro
*50 g de casca para 1 litro de vinho branco; deixe macerar durante uma semana. Beber 1 copo
antes das refeições. *Tomar 1 chávena, meia hora antes de cada refeição.
Gentáurea pequena, CW71aUriUM
*10 g de planta para 1 litro de água. Ferva e deixe em infusão. *Tomar 1 chávena, meia hora
antes de cada refeição. *Pode utilizar-se como vinho medicinal: 2 litros de vinho para
30 g de planta, acrescentar 10 g de camomila, o sumo de 3 laranjas, 30 g de casca de laranja
amarga. Engarrafar, tapar e deixar macerar durante 3 semanas ao sol. Filtrar. *Tomar um copo
antes de cada refeição. Esta planta é conhecida desde a Antiguidade pelas suas propriedades
cicatrizantes. De acordo com a mitologia, o centauro Quíron utilizou-a para curar as
240
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
suas feridas durante o combate contra Hércules.
Híssopo
* 10 g de planta para 1 litro de
água fria. Ferver e deixar em infusão.
* Tomar 1 chávena, meia hora antes de cada refeição.
* Desde 1754, também se utiliza
em óleo essencial. Os talos foram utilizados em aspersórios nas cerimônias da igreja católica.
ATENÇA01 O óleo essencial é opileptizante.
Míl_folhas
* Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água. Deixe repousar.
* De acordo com a mitologia,
Aquiles utilizou esta planta para tratar as suas feridas.
* Tomar 1 chávena, meia hora antes das refeições.
Hortelã-p~17ta
* Tisana de 10 g de planta para 1
litro de água fria. Deixar em infusão sem ferver.
* Tomar 1 chávena meia hora
antes de cada refeição.
Trevo-de-água
* 20 g de folhas para 1 litro de
água fria. Ferva e deixe em infusão 15 minutos.
* Beber uma chávena antes de
cada refeição.
* Pode ser tomada sob a forma de
tintura-mãe (30 gotas para um copo de água). * Para o padre Kneipp, esta planta constitui um
excelente depurativo do sangue. Foi por vezes utilizada em substituição do lúpulo na
preparação da cerveja.
ZIMbro-COMUM
* 20 g de bagas e de ramos preparados em tisana, em 1 litro de água a ferver. * Tomar 1
chávena, meia hora antes de cada refeição.
AI1M0I7MÇAO *
* Alimentação sóbria.
* Evitar: contrariamente ao que se
pensa geralmente, os pratos supostamente fortificantes, tais como carnes gordas, bebidas
alcoólicas, guisados, charcutaria e miúdos (vísceras), etc,
* Preferir: legumes cozidos em
água (ou no vapor), frutos frescos e secos, peixes, etc.
* Alimentos privilegiados: leve- dura de cerveja, germe de trigo,
nabo preto, rábano, laranjas, limôes, toranjas, quivis, uvas, alperces.
* O gengibre é um estimulante do
apetite.
jejum
Muito aconselhado (1 vez por semana), bem como a cura de fruta.
241
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
V@r Alergias (p. 207) - Cancro (p. 279).
E indispensável um controlo médico. Verifique a sua tensão arterial, o teor de colestrol, etc.
ÁVIw90i35
A título indicativo, mas de preferéncia sob receita médica:
EleuterOCOCO
* 3 drageias por dia - 1.1 dia Erva-mo1è1@-1nha
* 2 drageias por dia - 1.1 dia. aZIOlIdónía
* 2 drageias por dia - 2.O dia * N.B.: o eleuterococo pode ser tomado sozinho durante um
período prolongado (cura de 6 semanas), à razão de 6 drageias por dia.
SaIV.7 - ESP11717&1r0 IlVar Alternadamente-.
2 drageias por dia - 2.1 dia
OU IMUSiO * Erva-molelrin17a + Salva + EspInheiro-alvar + QuelidónIa
1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 3 minutos. Deixar em
infusão 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, fora das refeições, durante 3 semanas.
Repetir.
8.71711OS*
Banhos dos pés derivativos morn@s, seguidos de fricções suaves.
2 por semana, inicialmente.
80/7/105 dO OSSOIMO
Banhos de assento mornos.
2 por semana, inicialmente.
Afus~ *
* Afusões das coxas e dos joelhos. * 1 de cada por semana, morno, inicialmente.
;r/WtOMO/MOS
COMP101M7MIOS
Tanto quanto sabemos, não existem remédios fitoterapêuticos para
242
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do míocárdio
tratar directamente esta doença. Todavia, certas plantas influenciam favoravelmente a cura,
fazendo baixar a tensão arterial.
Alcachofra
* 250 g de folhas frescas (ou 100 g de folhas secas) para 1 litro de água fria. Ferver durante 3
minutos. * Tomar uma chávena antes de cada refeição.
Affio
* 25 gotas de alcoolatura antes das refeições, por períodos de 2 dias entre os quais se faz um
repouso de 2 dias. * Na antiguidade também era utilizada contra as mordeduras de cobras.
Affio-dos-ursos
* Consumir as folhas cortadas em saladas.
C&17trântía
* Tem as mesmas propriedades que a valeriana. Em Itália consornem-se as folhas em saladas.
Graças à sua riqueza em vitamina C, é um excelente remédio contra o escorbuto.
ESPM170h`0~alVar
* 20 gotas de alcoolatura para um copo de água, 3 vezes ao dia.
QUOlIdól71.9
* Os seus princípios activos diminuem as contracções e a tensão arterial. Supõe-se que poderia
ser utilizada para a arteriosclerose, mas não se conhece ainda muito bem a sua posologia.
ATENÇÃO1 A quel111c16nia pode provocar graves Intoxicações.
*0 suco de quelidónia é utilizado
para eliminar as verrugas.
*Misturada com água serve para
tratar as oftalmias.
Valeriana-ofícinal
*Ferver lentamente 10 g de planta cortada em meio litro de água fria e deixar em infusão 10
minutos.
*Tomar 1 a 3 chávenas por dia.
M117701M1~
* Os abusos, a má alimentação, a
insuficiência de exercício físico, o stress, os ruídos, a poluição, o álcool, o tabaco, o aumento de
peso são os factores directamente ou indirectamente responsáveis pelos acidentes
cardiovasculares.
* Alimentação pobre em collosterol: suprimir ovos, queijos fortes (c@?memb&1-t, bríe, etc.),
fritos, carnes gordas, chocolate, gorduras animais, manteiga cozinhada, charcutaria, aparas e
miudezas (vísceras), café, chá, pimenta (atenção ao sal), vinho, doces (pastelaria, etc.)
cerveja, álcool e, como é óbvio, o cigarro.
243
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
A alimentação vegetariana é o ideal. Alternativamente: carne magra, legumes verdes, peixes
(brancos): linguado, carapau, pescada, azevia, etc.; iogurtes, lacticínios, um pouco de
manteiga crua. Alimentos privilegiados: frutos e legumes frescos, saladas, limão, cebola, alho,
óleo de milho, pão integral, cereais integrais, levedura de cerveja, germe de trigo, cenouras,
papas de aveia.
JejUM
Deixar o estômago repousar é proporcionar uma segunda juventude ao seu coração. Cura da
fruta.
O jejum ou a cura de fruta devem ser praticados após todos os abusos alimentares.
PARA EVItAR OS ACIdENtES CARdIOVASCULARES
-Alimentação vigiada (os vegetarianos não sabem, na maioria das
vezes, o que são as doenças card iovascu lares).
- Desconfiar dos desportos violentos (sobretudo depois dos 40 anos
de idade).
- Estar especialmente atento ao excesso de peso.
- Evitar os abusos alimentares, de bI@@bidas alcoólicas, de açúcar e
pôr de parte o tabaco.
- Evitar também os medicamentos de conforto e o abuso de todos
os medicamentos.
- O pão integral, os cereais integrais, a levedura de cerveja são
excelentes alimentos preventivos dos acidentes cardiovasculares.
CONSELHOS
-Desporto moderado: marcha, hatha-yoga, etc. -Evitar preocupações, contrariedades,
enervamentos.
- Praticar exercícios respiratórios (ver p. 137).
244
Artrites
Artrites
v
er também Alergias (p. 209) São inflamações nas articulações. Podem sobrevir no seguimento
de inúmeras causas e devem ser vigiadas.
M1171a1710(20 ml), Owei
8.9 *
RaIz do Aryélica (20 m@, Sabugueiro - ZIMbro
crespa (20 m@,
2 de cada, dia sim dia não, e:
Can&1a (15 Mg,
SãlSaCarríl17.7 - B0IónIC.7
Azeda-
Alcaçuz (10 m/)
* 2 de cada, dia sim dia não.
- Deitar as tinturas num frasco de * Alternadamente,
semana sim,
vidro opaco. Agitar com força. semana não.
-Tomar
algumas gotas num copo Cura de dragelias:
de água quente, 3 vezes ao dia.
- Durante 1 mês, 4 drageias por
dia.
-Rebentos de cássia em maceOU IMUSãO
ração ou
tintura-mãe (20 a 30 Sabugueiro + Zimbro +
gotas, 2 ou 3 vezes ao dia).
Salsaparr1117.7 -k BelónIca
1 pitada de cada planta para 1 chávena, ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15
minutos. Tomar 3 a 4 chávenas por dia.
~
Zimbro
1 a 3 gotas, 2 vezes ao dia. r[@]j
rintíllw-mfe *
Mistura de tinturas:
Erva-de~são-joão (30 ml), Aipo (30 1771),
As pessoas sujeitas ao artritismo, ao reumatismo, à gota e às contusões devem preparar a
maceração seguinte, indicada por Chornei
Ti-atado das Plantas Úsuais@.
Meio litro de azeite virgem (pode ser substítuído por óleo de amêndoas-doces), 30 g de
sabugueiro, um punhado de camomila (20 cabeças). Expor ao sol durante 8 a 10 dias ou, para
activar a preparação, aquecê-la em banho-maria, em lume brando durante 30 minu245
Artrites
tos, e deixar repousar várias horas.
Esta mistura utiliza-se tal qual, em fricção sobre as partes doentes ou misturada com álcool
canforado para aquecimento. Chomei aplicava esta preparação para resolver inchaços,
convulsões e tremores de origem nervosa.
COMPIOSS.M
O COM.VAM7,75 *
Decocçâo de@
SabugueírO -@- Lav.Ind,9
2 pitadas de cada planta para meio litro de água, ferver durante 20 minutos, deixar em infusão
30 minutos. Aplicar em compressas, várias vezes ao dia. A cataplasma utiliza a mesma
decocção, que se mistura com argila de modo a obter uma pasta homogénea. Repetir várias
vezes ao dia.
88/717OS do .75S0J7t0 *
Banhos de assento frios (ou mornos).
0817h05 dre vapor *
2 vezes por semana, seguidos de fricções frescas.
A fusies *
Diárias.- braços e coxas, alternadamente com fulgurante - afusão rectal.
CI1MUIão de Neptu17o *
AI1M0I7MÇãO
A mais conveniente é a alimentaçâo vegetariana.
Evitar: caça, carnes vermelhas, gorduras, gorduras animais, manteigas cozinhadas, fritos,
charcutaria, pratos com molhos, pimentos, pimenta (atenção ao sal), vinho, cerveja, álcool,
doces.
Alimentos privilegiados.- levedura de cerveja, alho cru, cebola, alface, uvas, papas de aveia,
cereais integrais, pão integral, legumes e frutos frescos.
L@U Jejum
*
É provavelmente a terapêutica ideal e indispensável.
Fazer também cura de fruta fresca.
246
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
o Artrose, Reumatísmos artículares, Poliartrites
Ver tarribém Alergias (p. 207), Reurnatismos (p. 538).
V Estas afecções podem ser acompanhadas de febre, vermelhidão e deformação das
articulações, que se tornam dolorosas.
Sabemos actualmente que este tipo de afecção tem origens plurifactoriais. A artrose é uma
patologia que afecta um grande número de indivíduos. Suspeita-se que acima dos 55 anos de
idade os indivíduos sofrem de problemas articulares passageiros ou crónicos em proporções que
atingem os 40%.
Até há pouco tempo existiam poucos tratamentos fláveis, as dores eram associadas ao
envelhecimento, a problemas decorrentes de fracturas, de erros alimentares, de factores
hereditários, etc,
Esta afecção caracteriza-se por uma limitação dos movimentos que surge após o aparecimento
de dores. As deformações articulares são frequentes. As crises são geralmente agravadas pelo
frio e a humidade e melhoram com o calor.
Nota-se também que o envelhecimento favorece naturalmente a anquilose e a perda da
mobilidade bem como as sobrecargas ponderais.
São actualmente propostos diversos tratamentos pela medicina alopática. Os anti-infiamatórios,
em particular, com os seus efeitos secundários bem conhecidos, deveriam ser reservados
apenas aos momentos de crise aguda.
A poliartrite reumatóide pode surgir após um choque emocional (ou agravar-se em resultado
desse choque).
Para o Dr. Polak, as dores da artrose não se devem, como geralmente se pensa, à cartilagem,
mas sim aos espasmos musculares. É por isso que este médico afirma que as dores são sempre
reversíveis tratando o músculo através da mioterapia.
Quanto aos partidários da complementação alimentar, estes consideram que a vitamina C
associada à vitamina E é um tratamento que favo- rece o restabelecimento do metabolismo e
simultaneamente impede a sua deterioração.
247
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
o~eA ‘75 *
1@fl BéNIa - Fr&ixo - Ra1@7ha~oos-Pr-7dOS - AlqUOqU&17j& - Salguelro - HárPagó&ó
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia, por períodos de 3 semanas. Repetir.
ou Infusão Sétula ><- Fr&lxo * Rainha-dos~pr-7dos -,- Alqu&quenje Salqu&Iro + Haroagófilo
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. * Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
óleOS 055017CAW715 Bélu127, monta
* 2 ou 3 gotas de cada, alternadamente com:
N127U11 - PInho - ZíMbro
* Cura de õleo de onagra : 4 a 6 cápsulas de cada por dia, durante períodos de 4 a 6 semanas.
Repetir 3 vezes por ano.
COffiPI.OSMOS
As aplicações de cataplasmas de cebola, de folhas de couve crua e de argila são recomendadas.
ÁRMI1OS OÇO OSSOIMO *
Frios ou mornos, 2 ou 3 vezes por semana.
Lovagens *
3 por semana com uma infusão de camomila-. 10 a 12 cabeças de camomila para meio litro de
água. Ferver, deixar arrefecer e aplicar. Conservar se possível durante cerca de 20 minutos.
E5717hos de mpor *
2 ou 3 por semana, seguidos de loções frescas.
Duches O afi~ *
O Dr. Bilz recomenda em particular aplicações frescas e de curta duração sobre a parte doente,
várias vezes ao dia.
Recoffim rItotelapéuticas
GáSSI19
* Demolhe a frio em meio litro de
água 40 g de folhas secas de cássia. Aqueça em lume brando até ferver. Deixe em infusão um
quarto de hora.
* Beber 3 chávenas por dia (entre
as refeições).
Mistura de:
Folhas de Cássía (80 g), Folhas de Frel)(o (40 g), Floies de Rainha-dos-Pr-7dos (150 9), Flores
de urze
248
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
* 1 colher, de sopa, desta mistura para uma chávena de água a fe rve r. * Tomar, de
preferência, à noite.
2)
Flores o& Sábugue11-0 (309),
V&rbe17a-oÀci@7a1 @1,5 g), Ma17j0r0n3 @10 g)
* Misturar as plantas e acrescentar a meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20
minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
3)
cardo-bonto po g),
Anémona pulsátil @15 g), Flores de Verbasco br.917C0 @15 g)
* Ferver e deixar em infusão durante 30 minutos em 1 litro de água.
* Tomar 2 vezes ao dia durante 6
dias. Fazer uma pausa durante
4 dias e recomeçar (a cura dura ao todo 20 dias).
* Existe também uma preparaçao
à base de cãssia e de “harpagophytum” pronta a utilizar que se encontra nas farmácias ou lojas
de dietética.
* Para um cientista alemão, o
Dr. Hauschka, o bambu-cie-tabashir, utilizado há 2 ou 3 milénios no Extremo Oriente, facilita a
reconstrução ó ssea. As farmácias e lojas de dietética vendem preparações ou tintura-mãe de
bambu-de-tabashir.
Ca Va15n17.7
Recomendada graças à sua riqueza em sílica que favorece a assimilação do cálcio.
Flores de Camomil.7 romana
* Em infusão: 20 cabeças de
camomila para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia,
durante períodos de 15 dias a 3 semanas.
Pás de Coreja -@- Cáss/a UrtIgas + MIrlilo + CamomIla + Orégão + TOM11170
* Em infusão, 2 ou 3 pitadas desta
mistura para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão 5 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
1?ai1717a-olos-prados
* 1 grande colherada num copo de
água a ferver- deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 1 chávena durante 15
dias, de 2 em 2 meses.
Gemotelwpla
* Um tratamento de base pode ser
feito com:
PInus montana, Ríbes nIgrum, WIS Vi171fOra (éM f.7rMáClá)
* O sumo de luzerna pode ser
tomado como complemento alimentar (30 g por dia).
* Fazer uma decocção com uma
mistura (partes iguais) de folhas de Freixo, de H~agophytum e de luzerna. Deitar 50 g de
mistura em 1 litro de água. Ferver.
* Beber 5 chávenas ao dia.
249
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
Unção local de óleo de camomila canforada, enriquecida com louro e essência de manjerona.
Alímonffipão *
Num dossíordedicado à poliartrite, o Professor Seignalet, do laboratório de imunologia de
Montpellier, comenta que as terapias clássicas têm efeitos limitados e que a remissão completa
é rara e discutível. De facto, o tratamento deste tipo de patologia limita-se, na maioria das
vezes, a uma acção sobre as dores.
O tratamento que testou em doentes com poliartrite reumatóide dita evolutiva consiste em
seguir um regime dietético. Em 85 doentes que tentaram este tratamento, apenas 46
conseguiram segui-lo; as directivas fundamentais eram as seguintes:
comer alimentos crus, de preferência biológicos; suprimir todos os produtos lácteos; suprimir
os cereais, à excepção de pequenas quantidades de arroz.
Os resultados positivos obtidos são particularmente interessantes porque, segundo diversos
estudos, atingem-se quase 80% de
resultados positivos, após um ano de alteração do regime alimentar inicial. Esta orientação
alimentar deve ser feita de forma imperativa e sem qualquer tolerância e pode incluir peixe e
carne crus. (Ver Alergias, p. 207). Alimentos privilegiados: Todos os alimentos crus, couves,
beterraba, cenoura, frutos frescos e secos, cebola, alho, aipo, ba~ gas maduras de groselha, de
cássia, etc.
jejum
É um excelente regenerador.
* Praticar 1 ou 2 dias por semana.
* Cura de fruta, especialmente de
uvas, no Outono.
OU&« fl~Mentos
* As massagens, a electroterapia
e a acupunctura podem complementar um tratamento.
* A horneopatia, por seu lado, utiliza diversas substâncias, entre as quais Sulphur, Kalium carb,
Bryonia alba, Arnica, Nux vomica, Medorrhinum, Thuya, em diluições que variam de 5 a
30 CH.
* A autornassagem das partes
situadas próximo das zonas doentes permite também aliviar as dores, com óleo de sabugueiro
do Dr. Chomel: 30 g de sabugueiro para meio litro de azeite
250
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
(ou óleo de amêndoas-doces). Acrescentar 20 cabeças de camomila. Deixar macerar 8 dias ao
sol ou aquecer a mistura em banho-maria durante 30 minutos
para acelerar a preparação. Deixar repousar 2 dias, filtrar e misturar em partes iguais com
álcool canforado. Fazer 1 ou 2 massagens por dia.
RECEI7A ANrL4R7R0SE
Esta receita é citada por inúmeros autores. Teria principalmente
uma acção remineraiizante. Prepara-se da seguinte maneira:
- Uma casca de ovo, de preferência biológico. Depois de retirar as
aderências no interior, reduzi-ia a pó; espremer 2 limões. Deixar a casca dentro do sumo de
limão durante toda a noite: esta dissolve-se,
- Tomar 2 colheres, de sopa, por dia, se possível em jejum ou
antes das refeições, durante 8 dias. Parar durante 4 dias e recomeçar.
- A mesma preparação pode ser feita utilizando vinagre de cidra.
O tempo de diluição e a posologia são idênticos.
SOPA
- 2 cenouras, 3 dentes de alho, salsa, 2 cebolas. Moa tudo. Acrescente 1 litro de água, ferva
cerca de 10 minutos e deixe repousar meia hora. Beba esta mistura morna ao longo do dia.
CONSELHOS
As actividades devem ser adequadas a cada caso. Não devem de modo nenhum ser
constrangedoras, mas devem, contudo, ser diárias de modo a não permitir que se instalem
endurecimentos musculares prejudiciais.
251
Asma
Asma
P
odem ser consideradas várias causas: alérgicas, respiratórias, nervosas, alterações no modo de
vida, acção de certas substâncias odoríferas, etc. (ver também Alergias, p. 209).
‘0189ei
495 *
Hor,@ - TassIlag&m
2 drageias de cada, dia sim dia não, com:
V.71kiána - Salva
* 2 drageias de cada. * Seguir o tratamento durante 1 semana, alternando com:
atlelidónl.? - ~basco-branco
* 2 drageias de cada, dia sim dia não, com:
V,glorIána - AngélIc.7
* 2 drageias de cada.
OU IMUSiO * Hwa 1 Tussíla_~ + V.71enana + SaIV.7
* 1 pitada de cada planta para
1 chávena grande de água. Ferver 2 minutos e deixar em infusão 15 minutos. * Beber 4
chávenas por dia, durante 1 semana, alternando com.QU&IldónIg + Vorbasco-branco +
Valáriána + A ngélIc.7 * 1 pitada de cada, ferver durante
2 minutos e deixar em infusão
15 minutos.
- Tomar 4 chávenas por dia.
ReceIMs lf rItotelopoutica-9
Alcar.9via
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água.
* Tomar 1 chávena depois das refeições. É utilizada para a produção do kumm&l (álcool à base
de cominhos).
Angé1À@a-oo,s~bosqu&s
15 g de raiz para 1 litro de água a ferver. Deixe em infusão 10 minutos.
* Tomar meia chávena por dia.
Arnica-da-montanha
ATENÇÃO1 Este planta é perigosa em doses elevadas, por via oral. Provoca vertigens e
vómitos. Só deve ser tomada sob aconsolhamento de um especialista.
* A infusão e a decocção de flores
faz-se à razão de 5 g para 1 litro de água; de folhas, 10 9 para
252
Asma
1 litro de água; de raízes, 4 g para 1 litro de água.
* Tomar 1 a 3 chávenas por dia,
sob receita médica.
* Antigamente, os habitantes dos
Alpes utilizavam-na como tabaco, fumando as folhas ou aspirando-a pelo nariz como rapé.
Aspéru127-odorífera
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água. Não deixar em infusão mais de 8 minutos, de modo a evitar um gosto amargo.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Esta planta pode também ser
eficazmente utilizada para perfumar a roupa e preservá-la contra os insectos. Em certas regiões
produz-se “ vinho de Maio”, uma excelente bebida preventiva obtida por maceração de
aspérula em vinho branco.
Assafétid.7
Planta originária do Irão e do Afeganistâo e cultivada em França como planta ornamental.
ATENÇA01 É uma planta abortival Tem também uma forte acção sedativa.
Betóníca-oficInal
Infusão de 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, depois das refeições.
Carnornila (matricárlá) e c.7morní127-rom.717.7
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
Catalpa
As folhas e os frutos contêm uma substância chamada catalpina, útil no tratamento da asma e
da tosse convulsa.
* 10 g de folhas para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixarem infusão 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Drós&ra-de-fol17as-r&dondas
* Infusão de 10 g de planta seca
para meio litro de água a ferver. Deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
* Tintura-mãe*: 1 litro de álcool a
700 para 200 g de planta. Tapar a garrafa e deixar macerar 2 semanas à temperatura
ambiente. Agitar, 2 vezes por dia.
* Tomar 15 gotas misturadas a
água, 2 vezes ao dia.
Efedra
* Em infusão ou tintura-mãe.
ATENÇÃO1 Não utilizar esta planta sem consultar um especialista.
* Utilizam-se diferentes espécies
de efedra na medicina asiática para tratar as afecçôes pulmonares.
No Iraque, em cavernas do neanderthal, encontraram-se restos de efedra, provavelmente
253
Asma
utilizada para cerimônias e oferendas funerárias. Os indios da América do Norte bebem-na em
decocção, como estimulante e como suporte para a adivinhação.
É17U13-CaMpa17a
* Infusão da raiz: 30 9 de raiz para
1 litro de água fria. Deixar macerar 12 horas, aquecer sem deixar ferver.
* Beber uma chávena morna por
dia que pode adoçar com mel.
* Pode também ser tomada
macerada em vinho branco durante pelo menos 1 semana,
* Na Alsácia prepara-se o vinho
11 reps” misturando a parte subterrânea seca da planta com mosto de uva preta fermentada
durante o Inverno.
Erv.?-cldrelra
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Beber 2 chávenas por dia, quente e adoçada com mel.
* As folhas maceradas em vinho
serviam antigamente para tratar as mordeduras de escorpião, de aranhas e de cães.
Estr29Mónio
* Utiliza-se sob a forma de cigarro
ou em pó. ATENÇA01 Esta planta é tõxica. Não utilizar sem o conselho de um especialista.
Encontrámos um trabalho sobre
os efeitos antiasmáticos dos cigarros de estramónio, de beladona e de meimendro. Estas 3
plantas pertencem à mesma família do tabaco. Estes cigarros foram considerados por
Trousseau como “quase milagrosos”. Eles foram até há pouco tempo muito utilizados em
França. O autor deste trabalho confirma que fumar estes cigarros tem um efeito calmante em
ataques de asmas.
M917j6eron.7
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 3 chávenas por dia durante 1 mês. Repetir.
Menta
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Beber 2 chávenas por dia.
Pímpínela
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
S.7114.7-OfIC117.71
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água.
* Tomar 3 chávenas por dia fora
das refeições durante 3 semanas. Repetir.
Ta17c17.7gem
* Decocção de 20 g de raizes ou
de folhas para 1 litro de água
254
Asma
(ou eventualmente de vinho branco).
*Beber 3 chávenas por dia durante 3 semanas.
Tussilagem
*Infusão de flores, 10 g para 1 litro de água a ferver. Deixar em
infusão durante 15 minutos.
*Beber em média 4 chávenas por
dia, depois de filtrar a tisana de
modo a retirar os detritos que podem irritar a garganta. Dioscórides aconselhava-a em
fumigações para tratar doentes asmáticos. Plínio, o Antigo, era partidário de utilizar as folhas
frescas. Na antiguidade servia para fazer amadurecer os abcessos dos seios.
Para evitar os ataques de asma
D~0A15
*
*Cura de drageias de prõpolis: 2
a 4 drageias por dia durante
1 mês.
*Ou em extracto líquido, 10 a 20
gotas 2 vezes ao dia.
*Fazer o tratamento no Outono e
na Primavera. A seguinte preparação dá bons resultados:
117fusão é
QU&Ildó171a -@- LaVanda Valeroana + TomIlho
* 1 pitada de cada planta + 5 ou
6 rodelas de nabo; ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos; adoçar com mel.
* Beber à noite, de preferência.
Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fato Beno
F~01IV
IMUSãO d.9 SOgUI1M0 Misturl?..
TussIla~ (foffias, 20 g), TIlía (flores, 20 g), Altel,9 (ralz 10 g), PíMpínela (raíz lo g), MaIv,7
(flores, 10 g), Sabugueír0 (flores, 10 9), Marroio branco (erva, 10 g), Alcaçuz (r.71z, 10 g),
Hortelã-pím--nta (foffias, log)
* Misturar as plantas e deitar uma
colher da mistura numa chávena de água a ferver. Deixar em infusão 30 minutos, filtrar e
adoçar com sumo de framboesa ou de cássis.
* Beber 3 chávenas por dia, depois das refeições.
ó10OS 055017CIOIS
Por instilação num difusor de aromas, algumas gotas de Ilavanda ou de oucalipto.
255
Asma
Outros óleos essenciais:
Alho, AngélIca, Bomeol Ca/opute ESP117h01ro alvalHortelã P~17la, IríS, V.71&- ,ríana,
Verbena-aroinátíca
7ZIMUrOS-MãO
Mistura de tinturas-mãe:
HIssopo (25 m,9, --nula-campana (20 rng, Tomíl17o (20 ml), CaMOM17.7 (20 m,9, Extracto
fluído de Dróser.7 (10 m,9, Extracto flulolo de Alcaçuz (5 M/)
Deitar todos estes líquidos num
frasco de vidro opaco. Agitar bem. Tomar algumas gotas numa chávena de água, 3 vezes ao
dia, antes das refeições.
8m7hos de vapor *
Banhos de vapor curtos, de 20 a
30 minutos aproximadamente. Repetir 3 vezes por semana, seguidos de um duche morno ou
de uma fricção.
8M71705 dO V27POr dos ~
1 ou 2 vezes por semana, seguidos de uma fricção fresca.
Para parar os ataques de asma
- Mergulhar os pés e as mãos em
água quente e fazer aplicações de compressas quentes no esterno. Mergulhar, em seguida, os
pés e as mãos em água fria (5 minutos em água quente e meio minuto em água fria). Repetir
se necessário.
08/711OS de OSSeIMO
Banhos de assento frios, 3 vezes por semana.
Afus~ *
- Afusâo das coxas, de manhã.
Afusão dos joelhos e do rosto, à noite.
A111n01M80o
Alinientação sóbria e variada. Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, legumes e frutos
frescos, alho, cereais integrais, pão integral, etc.
JOjUJ77
Fazer, de vez em quando. E também cura de fruta.
256
Asma
OutMS MOMMOIMOS
Todas as medicinas oferecem um
grande leque de tratamentos para esta doença:
* A horneopatia preconiza, entre
outros: Kalium carbonicum, Arsenicum album, lpeca, Lobelia, Kalium nitricum, Sambucus,
Turbeculum.
* O tratamento isoterapéutico,
especialmente em casos de alergia às poeiras caseiras, pode ser prescrito, ou uma
dessensibilização por isoterapia urinária em diluições de 7-12 ou 30 CH.
* Acupunctura
* Osteopatia
* Quiroprãtlca
* Mioterapia
* Curas termais
* Espelleoterapia, etc.
A asma segundo a mecânica biótica
A “verdadeira” asma instala-se no seguimento de uma falsa asma, tratada com cortisona e
broncodilatadores.
Para a mecânica biótica, a “falsa asma” provém dos stresses vibratórios tóxicos, acumulados
nos pulmões. Pode ser erradicada graças a uma limpeza destas acumulações.
A origem tóxica ocorre nas crianças, especialmente no seguimento de poluições por vacinação
(B.C.G.), climáticas e urbanas. A transmissão hereditária da memória da água para a memória
do ar, passada erradamente no nascimento ou no seguimento de partos com epidural, bem
como problemas afectivos ou de identidade podem também ser responsáveis por alergias. A
qualidade da gestação e do nascimento tem uma grande importância na gênese desta doença.
Todavia a asma é, antes de mais, a manifestação de um problema de identidade e de
hipersensibilidade face ao meio ambiente.
Repondo em fase o movimento biótico das células pulmonares, a aplicação biótica faz
desaparecer as manifestações da falsa asma e torna os pulmões aptos a efectuarem trocas.
257
Astenia nervosa
CONSELHOS
-A marcha é muito aconselhada.
- Ver Endurecimento (p. 132).
- Vigie também o excesso de humidade, as poeiras ambientais, o
ar condicionado e, obviamente, o tabaco.
- Exercícios respiratórios (p. 137).
Astenia nervosa
R~IMS fitoffiMpétItica-9 Á,coro- verd27dehro, ou 1.7 v,17nd.7
Utiliza-se em tisana ou em banhos. Para os banhos: 30 g de raiz ou
30 g de flores para 1 litro de água a ferver. Deixe ferver durante 15 minutos e deixe em infusão
20 minutos. Filtre e mis- ture na água do banho.
ATENÇÃO1 Não tomo banho à noite o não ultrapasse os 15 minutos.
Alecrim
Em vinho, infusão ou em banhos. Vinho de alecrim: 100 g de planta fresca para 1 litro de vinho
de boa qualidade; deixar macerar durante 15 dias. Filtrar. Tomar 1 pequeno cálice, de licor, por
dia, durante 15 dias. Repetir.
* Banhos de alecrim: 100 g de
alecrim para 2 litros de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
Acrescentar à água do banho.
* 1 ou 2 banhos por semana.
Ginse/79
* Ferva 20 g de raiz para 1 litro de
água durante 1 minuto. Deixe em infusão durante 15 minutos.
* Tomar uma chávena, de manhã
e à noite.
* Esta planta é considerada uma
panaceia e um afrodisíaco. Foi apreciada pelos imperadores da China, que, todos os anos,
organizavam uma expedição à Manchúria para a sua colheita. Foram os diplomatas russos que
popularizaram esta planta na Europa.
258
B
-
Blenorragias, Gonorreia - Esquentamento
Boca (Afecções bucais, Estomatites, Piorreia, etc.)
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Bursite (Higrorna)
Bienorragias, Gonorreia - Esquentamento
Blenorragias, Gonorreia Esquentamento
E
stas afecções caracterízam-se por um corrimento muco-purulento dos
órgãos sexuais. Este surge alguns dias após o coito com urn(a) parceiro(a) contamínado(a). É
indispensável um tratamento médico.
Note-se que, mesmo em casos de relações sexuais duvidosas, o parceiro ou a parceira podem
não ficar obrigatoriamente contaminados. É portanto indispensável que exista um terreno
predisposto à doença. A relação sexual neste caso específico é apenas o catalisador de várias
fraquezas, que poderiam ter-se manifestado numa outra ocasião, sob uma
forma diferente. Compreende-se por conseguinte o interesse de um tratamento das causas
profundas, de modo a que o corpo fique apto a defender-se em caso de agressões exteriores.
Banhos de 05501M0 *
* Banhos de assento quentes
* Ou banhos de assento Kneipp,
2 vezes por semana.
8817h05 de vapor *
- 2 por semana, seguidos de
duches frescos e refeições vigorosas.
LL(@'j Dragelas SoIsg d-- p,7stor - AgrImôniã
2 drageias de cada, alternando dia sim dia não com:
7aiw17agem - Zimbro - Bardai7a
- 2 drageias de cada.
~
L a V.717da
- 2 gotas, 3 vezes ao dia. ou..
S27ssafrás @citido por G170m01)
* 1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
ou TerebIntIna
* 2 gotas, 2 vezes ao dia.
Diárias: do peito e das costas fulgurante. (@@
Vegetariana, de preferência.
260
Alimen&Ção *
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
* Contra-indicações: carnes gordas, álcool, cerveja, vinho, especiarias, sal (reduzir), agúcar
(reduzir), conservas, aparas e miudezas (vísceras), charcutaria, maionese, caça, etc.
* Alimentos privilegiados: saladas cruas, levedura de cerveja, romãs, laranjas, limões, cereais
integrais, amêndoas, amendoins, tâmaras, frutos sécos, uvas.
jejum
Pode ser utilizado como terapêutica de purificação e de limpeza. Cura de frutos, especialmente
de uvas e alperces.
CONSELHOS
Vigie a higiene sexual e o tratamento simultâneo do(da) parceiro(a).
Boca (Afecções bucais,
o Estomatite, Piorreia,, etc.)
V
igie particularmente a dentição, o fígado, a vesícula biliar, o estômago, etc. Faça uma higiene
rigorosa da boca, escove os dentes com frequência. Consulte o seu dentista para limpar o
tártaro.
Veja também “Aftas”, p. 198 - “Dentes”, p. 356.
Cura de prõpolis:
4 drageias por dia durante 1 mês. Repetir várias vezes ao ano.
OU JAIMUSiO * Salva - Espinheiw alvar + Erva-benta + Malva
1 pitada de cada planta para uma chávena grande de água. Fer~gei ,is Salva - Espin17eii-o
alvar
* 2 drageias de cada, durante a manhã.
Erva-benta - Malva
* 2 drageias de cada, durante a tarde.
261
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
ver durante 3 minutos. Deixar em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia, fora das
refeições, durante 3 semanas. Repetir.
óleos essenclois
Cr.7VO-de-cabecinha
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
Limão
2 gotas, 2 vezes ao dia. In
LIVOgons do bow
Decocção (para fortificar as gengivas):
Carvalho (lo'117as) -k Brun&1a * Bístorta
* 1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em
infusão 20 minutos. * Fazer várias lavagens por dia, seguidas de uma massagem das gengivas
com um pedaço de pano de algodão. Terminar com uma lavagem com água morna.
O padre Kneipp aconselha:
- Lavagens da boca com uma
decocção de:
S.?/V.? + Cav,911n17,9
@]1 PefiffiffiCO
Confeccione este dentífrico para
fortificar as suas gengivas. Ingredientes:
- Uma pequena colher de sal marinho não refinado, cerca de 15 gotas de uma mistura de óleos
essenciais de crevinho, orágáos, monta, segurolha. Deixar embeber, acrescentar água e argila
verde, misturar tudo muito bem de modo a obter uma pasta untuosa.
8,117/705 *
* Banhos dos pés derivativos, 2
vezes por semana.
* Banhos de assento frios ou banhos de assento com fricções, dia sim dia não.
ÁRiviffios de vapor *
- 3 vezes por semana.
Duches o Offisões *
* Diários.
* Afusão das pernas e dos braços, alternando com uma afusão do rosto e da cabeça.
* Afusão rectal.
CintUI§O £0 NO.ONJ7O
Recomendado.
262
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
Receitas fitoffimpéu~S
Carvaffio-comum
* Decocção da casca-. ferver 20 g durante 15 minutos em 1 litro de água. * Fazer 3 lavagens
da boca por dia,
GerânIo Ervg-de-são-roberto
* 10 g em 1 litro de água fria. Deixar em infusão e em seguida ferver durante 10 minutos. * As
folhas frescas podem ser mastigadas. * Fazer 3 lavagens por dia.
SalVa 011C1M1 O 7ÕM11170
* Preparação como para as anginas (p. 233). * Fazer 3 ou 4 lavagens por dia.
Tor~ntIlha
* 1 g (equivalente a uma ponta de faca) de pó do rizoma (em água ou vinho tinto), 4 vezes ao
dia. * Utilizada também para o corrimento branco das mulheres (10 9 do rizoma para 1 litro de
água).
Affineaffi00*
Como em todas as doenças digestivas, a alimentação tem um papel preponderante.
* Ver eventualmente Prisão de
ventre (p. 522).
* Contra-indicações: álcool, vinho, cerveja, tabaco, gorduras animais, manteiga cozinhada,
fritos, conservas, charcutaria, maionese, especiarias, açúcar, doces, etc.
* Aliniontos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja, limôes, laranjas, toranjas, legumes e frutos frescos, óleo de milho,
cereais integrais, trigo, arroz, trigo sarraceno, cevada, aveia, pão integral, etc.
* Vigie a mastigação.
* Não comer alimentos dema~ siado quentes nem tomar bebidas geladas.
jk, /um
* Acompanha e completa judiciosamente o tratamento natural da piorreia e de outras afecções
bucais. * 1 dia por semana, a fruta. * Cura de fruta de estação; pêssegos, peras, uvas.
263
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Bronquites, Traqueites, Catarro das vias respiratórias
v
er também Anginas (p. 233).
O corpo deve, em qualquei- circunstância, ter a possibilidade de resistir às agressões
exteriores. As bronquites, as traqueítes e outras afecções de Inverno são uma expressiva
ilustração da diminuição das defesas naturais.
Por que razão é capaz um indivíduo de fazer face sem problemas a um
Inverno rigoroso enquanto outro, nas mesmas condições, fica doente? A resposta é simples: o
organismo resistente adapta-se às condições climáticas enquanto o fraco cede. Temos de
concluir que o frio não é a causa profunda da afecção, mas apenas o seu “detonador”.
80/7h05 *
* Banhos dos antebraços e dos pés com uma decocção de:
L31,ar`da -@- SablIgUeIrO + EUC.711p10 * 2 pitadas de cada planta para meio litro de água.
Ferver durante 15 minutos, deixar em infusão 20 minutos. Acrescentar 4 ou 5 litros de água.
Proceder aiternadamente, 5 minutos para os braços e 5 minutos para os pés. Passar por água
fresca.
01v90i
OS * É17U18-CaMpana - ESCabIOSa
2 drageias de cada.
Marro/o - TOMílho - S&1ó17À@a * 2 drageias de cada. * 1 vez por dia, alternadamente, dia
sim dia não.
£!U IM/5J0 * Enula-campano Escabiosa + “arrolo Tomiffio -@- BêtónIca
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água. Acrescentar 3 cravos-de-cabecinha.
Ferver 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. * Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ó10OS OSSOMISIS Orégãos
2 gotas, 3 vezes ao dia.
LLWi =J 8.717hOS dO V.T.00r
- 2 vezes por semana, seguidos
de uma afusão fresca e de uma fricção.
264
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Ouches e vfu~s
Das coxas e do peito. Rectal, 2 vezes por semana.
Receit,75 fitoterapêutic.vs A11s0íro
* Comer os frutos.
Amor-perfeito
* Infusão de 10 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos,
* Tomar 2 chávenas quentes por
dia.
EUGalIpto
* Infusão de folhas secas: para 1
litro de água deitar 10 g de folhas secas e deixar em infusão
10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Banho: 20 g de folhas secas (podem misturar-se com uma
quantidade igual de folhas de tomilho). Deixar em infusão em
1 litro de água a ferver e acrescentar ao banho (duração do banho: cerca de 15 minutos).
Falso-escarnbro&lro
* A compota dos seus frutos é
utilizada na Europa Central como antiescorbútico.
Glecoma @erva-de-são-joão)
* Infusão das pontas (frescas ou
secas) em água a ferver.
* Tomar 2 chávenas ao dia.
* A tintura-mão (composta de
metade de sumo e outra metade de álcool a 700, que se deixa
repousar durante 1 mês) tem as mesmas propriedades que a infusão. É também diurética.
Pínho
* Infusão dos rebentos. Deixar
macerar a frio e em seguida ferver 3 minutos e deixar arrefecer.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
PO/í ‘919/27
* Dec~o de 10 g de planta para
1 litro de água.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
Sanícula-europeía
* Infusão de 10 9 para 1 litro de
água, adoçada com mel.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
Saponária-ofícl@7a1 Decocção do rizoma (10 g de plantas) para 1 litro de água. Deixar em
infusão durante pelo menos 6 horas, ferver e deixar arrefecer.
* O nome desta planta curiosa
provém da sua capacidade de fazer espuma na água. Foi utilizada no passado para lavar
tecidos de lã e branquear rendas.
TomIlho o Tom1117o-erv.7-ursa
* Mesma preparação que para a
asma (p. 252)
TUSSil-790m
* Infusão de 10 g de folhas ou
flores para 1 litro de água a ferver. Deixarem infusão 10 minutos.
* Toma-se à razão de 3 chávenas
ao dia.
265
Bronquites, Traqueites, Catarro das vias respiratórias
Verb.7SCO
* Infusão das flores acabadas de
abrir, secas e conservadas no escuro, 1 ou 2 pitadas para uma chávena de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
* As flores cozidas em leito utilizam-se em aplicações externas contra as dores, as hemorróidas
e as úlceras. (@@ -411M0IMOÇãO * Alimentação quente: privilegiar as sopas e os purés de
legumes. Frutos frescos, laranjas, limões, toranjas, quivis. Contra-indicações: alimentação
gorda, difícil de digerir, fritos, conservas, charcutaria, etc. Alimentos privilegiados: figos, uvas,
maçãs reinetas, jujuba, tâmaras, cebolas, puré de trigo, mel.
MUM
*
Obtêm-se melhorias notáveis por meio de jejuns curtos.
1 dia a fruta. Cura de uvas e de alperces.
RECEM
- Macerar durante a noite 1 ou 2 cebolas cortadas finas num
pouco de azeite. Comê-las no dia seguinte, adoçadas com mel (segundo Chornel).
rRAMMEN70 KNEIPP
De manhã, lavar o corpo todo com água fresca, em seguida fazer uma fricção e voltar para a
cama. Todos os dias, fazer uma afusão superior fresca, se o corpo estiver quente. De manhã o
à noite, tomar uma tisana de casca de carvalho + cavalinha. Casos dificeis: fazer uma loção fria
no corpo ao sair da cama, depois voltar para a cama durante 1 hora. Todos os dias, duches e
afusões dos joelhos. Todas as semanas, 2 banhos frios curtos (30 segundos). Tisana de urtigas
(2 a 6 chávenas por dia): 20 9 de planta fresca para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos.
Deixar em infusão
10 minutos.
266
Bursite (Higroma)
CONSELHOS
Suprimir o tabaco.
Ver Endurecimento (p. 132). Arejar os quartos. Lavagens eventuais com uma infusão de
camomila: Deitar 8 a 10 cabeças em meio litro de água, ferver e deixar em infusão 15 minutos.
Fazer a lavagem, morna, 1 a 2 horas antes de deitar.
Bursite (Higroma)
rE
indispensável um acompanhamento médico. Trata-se de uma reacção inflamatória específica
que afecta um tendão, uma rótula, um cotovelo, etc.
Os autores americanos relatam bons resultados obtidos graças à acupunctura e a quiroprática.
Todavia é, muitas vezes, necessária uma intervenção cirúrgica. Em fitoterapia aconselham-se
geralmente diversas plantas anti-inflamatórias. Existem, contudo, poucos dados convincentes
sobre o tratamento desta doença. Certos homeopatas prescrevem Rlius toxicodendron em
diluição de 30 CH, bem como Bryona 5 CH, Calium iodatum 5 CH, etc., mas na nossa opinião
trata-se apenas de tratamentos preventivos ou para evitar recaídas.
Atençãol Esta planta é perigosa. Não utilizar sem consultar um especialistalli
* Em tintura-mãe em álcool a 400.
* Pode também utilizar-se misturada com tintura de consolda.
267
7117tUM-MiO
Em uso externo:
AMICa 1n0171.717a
Cabeça (dores de) Cabelo (queda do), Caspa Cãibras Cálculos biliares (litíases) Cálculos
urinários Cancro Catarata Celulite Ciática Cicatrização de feridas e hemostáticos Cistite
Colesterol Colibacilose Cólicas hepáticas Cólicas intestinais Comichão Conjuntivite, inflamações
oculares Constipação (de cabeça) Contusões - Golpes Convulsões Coqueluche - Tosse convulsa
Coração - Afecções cardíacas Coreia (Dança de São Gui) Corrimento branco Costas (dores nas)
Cuperose
Cabeça (dores de) 1 Cabelo (queda do), Caspa
Cabeça (dores de)
v
er Enxaquecas (p. 377).
Cabelo (queda do), Caspa
A
queda do cabelo é frequente, particularmente em certos homens depois dos 40 anos. As outras
causas possíveis são: herpes, tinha, tratamentos médicos, etc.
Deve observar uma higiene minuciosa e utilizar champôs à base de essências de plantas ou de
óleo de cade.
F131c00 Fricções com uma decocção de:
Tomíl17o + Bélula
3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e acrescentar
3 ou 4 pitadas de urtigas. Deixar em infusão durante 30 minutos e filtrar. Fricção diária, depois
da lavagem com champô.
Afusão
Da cabeça, 3 ou 4 vezes por semana.
Massagem do couro cabeludo.
Alin701MO-00
Consumo de legumes crus, cereais integrais (arroz), levedura de cerveja, frutos secos,
amêndoas, nozes, etc. Se tiver a pele gordurosa e caspa: vigie obrigatoriamente a alimentação.
Suprimir: gorduras, manteiga cozinhada, fritos, charcutaria, salmoura, cerveja, vinho, etc.
Apresentamos algumas receitas antigas, esquecidas por quase todos, e
que poderiam, como parece, fazer milagres.
270
Cabelo (queda do), Caspa
Para fazer parar DOCOCÇãO V117053 C0P11,ar de MOIMPOIller
Adianto + Híssopo
1 litro de vinho tinto de boa qualidade e 10 boas pitadas de cada planta. Aquecer em banhomaria até ficar reduzido em metade. Fazer fricções diárias com esta
a queda dos cabelos
mistura. Este tratamento faz parar a queda de cabelo e, ao que parece, fá-lo voltar a nascer.
Como alternativa ao adianto, utilizar:
Foto + Mksopo
- Mesmas proporções, mesma
mistura, mesma utilização.
Para fazer voltar a nascer o cabelo
* 50 nozes verdes, esmagadas,
misturadas em meio litro de azeite. Acrescentar 50 g de alume. Mexer e deixar esta mistura
repousar durante 3 meses. Moer e depois filtrar.
* Friccionar o couro cabeludo todas as manhãs. Esta mistura faz nascer o cabelo.
* Uma decocçâo de musgo dos
prados teria as mesmas propriedades.
* Estas receitas não têm qualquer
perigo,
ouãws fficeitas Bardana-cofnum
* Em tintura-mãe: 30 g para meio
litro de álcool a 700. Deixe macerar uma semana e acrescente um copo de água destilada.
Filtre.
(citado por autores antigos)
Deve ser utilizada como loção.
Bélula-branca Um copo (cerca de 250 mi) de seiva de bétula fresca em 250 ml de álcool a 450.
Aplicar em loção (é possível fazer esta loção utilizando as folhas. Neste caso, deixe-as macerar
durante 5 dias e depois filtre).
Noguelra Utilizar uma decocção de folhas (30 g) para 1 litro de água a ferver, para lavar o
cabelo (receita grega).
Urtíga Em tintura-mãe: 200 g de folhas frescas para meio litro de álcool a 700. Deixe macerar 3
dias. Utilizar em loção depois de diluída em água.
CONSELHOS
Não utilizar champÔs anticaspa, são demasiado agressivos. Alimentação sóbria. Alimentação
com tendência vegetariana.
271
Cãibras
Cãibras
P
odem manifestar-se por meio de contracções persistentes dos músculos ou contracções corri
relaxamentos variáveis. Podem também ocorrer
em certas posições: corpo inclinado, mão crispada (cãibra dos escritores), etc.
Á0m90i ‘75 * ArgOn&W (001e1711117a) AbSI@7tO
* 3 drageias de cada no momento da crise e durante os 3 ou 4 dias seguintes.
GOA91a_rW1
* 3 drageias por dia, durante 1 mês (repetir várias vezes por ano).
OU IMUSãO * Arwn,117.7 (potent,717.9) + AbSI@7t0
* 3 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos. Deixar em
infusão 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
ó10OS OSSO17C1815
CaMOM17.1
- 2 gotas, 3 vezes ao dia.
8.9J7h05 *
- Banhos de assento frios e curtos, 2 vezes por semana.
Ágo17hos de mpor *
Tomado no momento da cãibra, o banho de vapor permite o relaxamento rápido dos músculos.
Banhos de vapor da parte ou do membro afectado, seguidos de uma loção fresca e de uma
fricçâo.
OUCI1OS o ‘MUS495 *
Duche quente da parte doente (mão, pé, nuca, etc.) terminando com uma afusão curta, mais
fresca. Afusão dos joelhos. Afusão das coxas e do baixo-ventre, afusão rectal.
Affi77e17M00
* Ligeira, fácil de digerir, sem excitantes.
* Contra-indicações: álcool, vinho, cerveja, tabaco, especiarias, conservas, manteiga cozi272
Cãibras
nhada, charcutaria, maionese, carnes gordas, ovos, pratos com molhos, doces e pastelaria, tc.
e’ Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, pão integral,
frutos frescos: laranjas, limões, ananás, alperces, uvas, legumes verdes: alhos-porros, salsa,
couves, espargos, funcho, feijão-verde, alcachofras, etc. w jejum *
Descontrai e relaxa. Também aconselhamos: * Cura de fruta. * 1 dia, a fruta.
A£ GUNS CONSELHOS DO PADRE KNEIPP
*Se os estados espasmódicos afectam a cabeça ou a nuca, dar
banhos de vapor a essas partes do corpo (efectuam-se com um recipiente cheio de água a
ferver, com a cabeça coberta. O vapor provoca a sudação).
*No abdômen: banhos de vapor de assento + camisa molhada
quente de “flores de feno”.
*Espasmos no estómago:
-Camisa de flores de feno quente, 2 ou 3 vezes por semana. -Cinturão de Neptuno.
- Dia sim dia não, semicúpio frio (banheira) muito curto (3 segundos).
*Cãibras no útero:
-Todos os dias- de manhã, andar descalça sobre a pedra molhada (ou sobre a erva húmida, ou
sobre tijoleira fria); ao deitar aplicar uma loção fresca completa.
- 2 banhos de assento frios por semana.
*Espasmos do peito, cãibras dos pés o das mãos- Todos os dias uma afusâo superior e uma
afusão dos joelhos,
3 vezes por semana. -Andar descalço sobre a erva húmida 5 a 15 minutos, dependendo da
estação.
* Cãibras abdominais com cólicas:
- Banhos de assento com “flores de feno” + maillots quentes
sobre o baixo-ventre + infusão de argentina.
- Recomendam-se também:
Banhos dos pés quentes seguidos de loções frias.
273
Cálculos biliares (litíases)
- Infusão recomendada:
Mil-follws * Erva de-sãoyoão -k Camomila -@- Funcho
1 pitada de cada planta. Deixar levantar fervura. Deixar em infusão 15 minutos. Tomar, de
preferência, à noite.
* Kneipp preconiza tomar argentina em infusão em leite quente.
* O cioreto de magnésio pode também dar bons resultados.
CONSELHOS
-Praticar o endurecimento (ver p. 132).
Cálculos biliares (litiases)
C
aracterizam-se frequentemente por dores na região do estômago (espasmos estomacais),
muitas vezes, seguidas de vómitos. Em caso de cólica hepática, o doente sente dores violentas
na região do fígado e do estômago, e estas dores podem subir até ao ombro direito.
As causas: abuso de alimentos gordos, de gorduras animais, vinho, temperamento colérico,
desgostos, preocupações, etc.
- 1 pitada de cada planta para uma
chávena de água. Ferver duDente-de-loão - saxífi-ag8
2 drageias de cada.
fusão 15 minutos.
Urtígas - P.71-1etáría
rante 3 minutos e deixar em in-
- Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
01/ IMUSãO * DoMO-de-leãO I’ S8Xffir8g.7 + Urtígas + Pgríetár127
Viir
ó100.9
Alecrín7
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia. Ou:
274
Cálculos biliares (litíases)
L imão
2 gotas, 3 vezes ao dia.
80/71,05 de Ossento *
* Banhos de assento quentes, com
massagem do baixo-ventre, 2 vezes por semana.
* Banhos de assento frios. @w
00/7/705 dO V2POr
2 banhos de vapor por semana.
Receitas da medIcina monástica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus ffiata Se/7o
Frat0111)
QuelIdóma rkervz?, 20 g), Camom11.7 @20 g), Erva-cIdrelra ffioffias, 20 g).
* Misturar as plantas e deitar 1
pitada desta mistura em 1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão 3 minutos e depois
filtrar.
* Beber 1 chávena quente, 3 vezes ao dia.
DUCI705 o ?fusões *
Afusões das coxas e do baixo-ventre.
Receitas fitOMIspêuticos Alcachofra
Infusão de 100 g de folhas em
1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 15 minutos. Beber 3 chávenas por dia.
C171córIa selvagem Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver durante 3 minutos.
Deixar em infusão coberta. Beber 2 chávenas ao dia. A mistura de raizes de chicória e de
ruibarbo é ligeiramente purgante, aconselhada às crianças.
Fumáría
10 g de planta para meio litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 15 minutos. Filtrar.
Tomar 1 chávena antes de cada refeição. ATENÇÃO1 Esta planta é ligeiramente tõxlcal A
medicina popular utiliza-a para tratar as afecçôes crónicas da pele.
Potasíte
Infusão de 10 g de raiz em 1 litro de água a ferver. Ferver 2 minutos e deixar em infusão 15
minutos. Beber 2 chávenas por dia. <2i1elIdónia
Infusão de 15 g de raizes secas (eventualmente 30 g de planta) em 1 litro de água fria. Ferver
e deixar em infusão 10 minutos. Tomar 3 chávenas ao dia, entre as refeições. ATENÇÃO1 É
uma planta tóxica, deve ser tomada sob prescrição de um especialistal
275
Cálculos urinários
l@ M
AlimelMação *
Alimentação sóbria. Vigiar a boa mastigação dos alimentos.
* Contra-indicações-. manteiga
cozinhada, fritos, pratos cozinhados, maionese, charcutaria, carnes gordas, gorduras animais,
pastelaria, cremes, chocolate, chá, café, especiarias, vinho, cerveja, álcool, açúcar, etc.
* Alimentos privilegiados- alcachofras, nabos pretos, azeite, limôes, toranjas, tomates, ceboIas,
alho, morangos, alcaparras, uvas, dente-de-leão, azedas, aipo, salsa, espargos, funcho, alhosporros.
- Beber muita água (limonada). w
JOjU,07 *
É evidente que deixar repousar os órgãos digestivos durante algumas horas só pode ser saiuta
r.
* Dias a fruta.
* Cura de fruta, por exemplo, uvas
ou morangos.
CONSELHOS
Atenção à cólera, ao nervosismo, às contrariedades. Ver também:
- Exercícios físicos (p. 133).
- Repouso (p. 135).
- Respiração (p. 137).
- Cinturão de Neptuno (p. 148).
Cálculos urinários
C
aracterizam-se, muitas vezes, por dores frequentes e Insuportáveis na
região da bexiga, acompanhadas de vontade frequente de urinar, suores frios, febre, prisão de
ventre, dificuldade em urinar, urina com sangue, etc.
Ver também Âmbar (p. 172).
ÁO
ÁrigeÃOS Bétula - samo de Tílía-selvagem - VIlOurea (Solídago)
* 2 drageias de cada.
GInómodo - Grama * 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não.
276
Cálculos urinários
OU IMUSãO * Sétula -k samo de TIlía-se/va
yoM * Vir~rea + Ginórrodo + Grama
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos. * Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ó/005 OSSOMIZIS (@@ GerânIo
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ZImbro
- 2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPrOSS.65 *
Chomel preconizava:
* Uma compressa quente sobre o
baixo-ventre com uma infusão de Coroa-de-rei + Camomilia.
* Aplicar e repetir várias vezes ao
dia.
8817h05*
Banhos de assento quentes (de
10 a 20 minutos), seguidos de um banho de assento frio (de 2 ou 3 minutos). Banhos de
assento com fricções, seguidos de fricções no baixo-ventre.
Duches o afusões *
- Duche das coxas e do baixo-ventre, diários.
- Fulgurante.
Receitas da medicina monãs. tica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fato 8e17e
Fratelli)
Camornila (20 g) sétula (fO1)@as, 10 g), ca Valinha (erva, 10 g), Gr~-PeqUeA9 (rlZOMa, /o g),
Rosa (frutos, 10 g), Aspérul.7 (10 g), Sabuquelro (flores, /o g), Urtig-9S (f011WS, 10 g).
* Misturar as plantas, 1 pitada da
mistura para 1 chávena de água a ferver; deixar em infusão 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, entre
as refeições.
FOIMOCO~O C1M17058 Trígonella foenum-graecum Feno-grego
- 10 g de feno-grego para meio litro de água.
Tomar 2 chávenas ao dia.
Recei~ fitoteMpêutícas A1quequ&i7j@9
Consumir as bagas (conhecidas sob o nome de cerejas de Inverno) cruas ou em decocção: 30 g
de frutos secos para 1 litro de água.
277
Cálculos urinários
Geteraque 00h',adin17.?)
*Ferver a planta e beber 1 copo
desta decocção por dia.
E179OS
*Infusão de 15 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
*Tomar 2 chávenas ao dia.
M11170
*A tradição peruana preconiza
beber água obtida por decocção das “barbas” de milho (jovens).
*Retire as “barbas” de 3 maçarocas de milho e deite-as em meio litro de água.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
S.@/S.?
*Infusão de 10 g de grãos de salsa
para 1 litro de água a ferver. Deixar macerar coberta durante 20 minutos.
*Tomar 1 chávena à noite.
ZIMbro
*A infusão das bagas de zimbro
esmagadas em leite de cabra a
ferver, em aplicações durante vários dias sobre as partes doentes, faz desaparecer os cálculos
(receita popular).
Alimentaçjo
* Beber muita água.
* Contra-indicações: chá, café,
chocolate, carnes gordas, charcutaria, aparas e vísceras, man~ teíga cozinhada, espinafres,
azedas, sardinhas, anchovas, fritos, conservas, salmoura, açúcar, pastelaria, etc., vigiar o
consumo de sal.
* Alimentos priviligoados: castanhas, grão, cebola, alho, morangos, framboesas, frutos
maduros, pêssegos, alperces, laranjas, cereais integrais, pão integral, sumo de mirtilos, etc.
jejum
* Na condição expressa de beber
muita água.
* Cura de morangos ou de uvas.
CONSELHOS
Não negligenciar: -os exercícios respiratórios (p. 137); -os endurecimentos (p. 132); -andar a
pé, descalço, na á gua e na erva húmida, na Primavera.
278
Cancro
Cancro
A DEVASTAÇÃO DO CANCRO
Uma das certezas que temos sobre esta doença é que as mortes
provocadas por cancro estão em progressão constante. A mortalidade tripl icou desde os anos
30. Era então de 60 mortes por ano por 100 000 habitantes. Actualmente os números sã o da
ordem de 190 por 100 000 habitantes; certos cancros têm um crescimento quase exponencial,
como
o do pulmão, por exemplo, cuja taxa de mortalidade foi multiplicada por
7. Se em matéria de tratamentos a medicina e a cirurgia podem reivindicar alguns êxitos e se
os cancerólogos consideram que 40 a 50% dos cancros são curáveis, estes números não levam
em conta as recaídas após cinco anos. Isto não altera em nada a realidade dos factos, porque
actualmente cada vez mais pessoas contraem cancro e morrem.
Em 1971 o presidente americano Richard Nixon declarou a guerra ao cancro. Cinco anos
deviam bastar, segundo ele, para vencê-lo e erradicá- ~lo defin ítívam ente. Apesar de todas as
promessas dos cientistas da época e de vários milhares de dólares gastos em investigaçã o, os
êxitos prometidos transformaram-se num grande fracasso. Desde então continua-se a
investigar, mas sem se saber muito bem o quê.
Conseguem-se, contudo, algumas remissões em certas formas de cancro: é o caso do cancro
dos testículos nos jovens, da doença de Hodkin e dos cancros do estômago.
Para Yvan Illitch, a taxa de sobrevivência durante cinco anos para o
cancro da mama é de 50%. Não se demonstrou, contudo, que esta taxa diferisse da dos
cancros não tratados.
Certos povos não conhecem o cancro
Ainda existem actualmente povos que não conhecem nem o cancro
nem as doenças cardiovascu lares (os Hunzas, os Abkhazes, os habitantes de Vilcacamba, do
Altai, de Lacutia, etc.). Também é um facto que estes povos só foram parcialmente tocados
pelas benesses da civilização ocidental. Talvez se deva aqui observar uma relação de
causa/efeito.
279
Cancro
2 pessoas em 3 morrem de uma doença degenerativa
No nosso mundo civilizado e hipermedicalizado, 1 pessoa em 4 é ou será vítima de cancro. E o
Dr. J. P. Willem (presidente e fundador da associação Médicos de Pés Descalços) conclui que, se
acresce ritarm os a iriortalidade por doenças cardiovascu lares, pode-se afirmar que 2 pessoas
em 3 vão morrer no seguimento de uma doença degenerativa. Somos obrigados a reconhecer
que se trata do mais desastroso fracasso para o
niundo científico médico.
A única constatação que se impõe e que é irrefutável é que o fiagelo progride, apesar de todos
os esforços desenvolvidos para o erradicar. Progrediu até muito mais rapidamente nestes
últimos trinta anos, corri a
generalização da utilização dos métodos intensivos de produção na agricultura, os adubos, os
pesticidas, a propagação dos efeitos nocivos da indústria civil ou militar, da energia nuclear,
etc.
Todavia, já desde os anos 20 que os investigadores tinharil feito uma
aproximação entre o cancro, a alimentação e certos tipos de poluição.
E já falavam também do papel do siress. Estes trabalhos só agora começam a ser considerados
pelos poderes públicos:
“Temos a prova de que os cancros e os vários tumores variam de
país para país e de região para região. Entre os riscos de cancro, nenhum é mais importante do
que a nutrição e o tipo de alímentação” (Advances in cancer research, 1980 - Academic Press,
New York).
A alimentação é a causa
A diferença das taxas de mortalidade por cancro da mama em função dos países não deixa
qualquer dúvida sobre o papel da alimentação no
mecanismo de cancerização.
Com efeito, com 28,7 mortes por 100 000 habitantes, a Grã-Bretanha é o líder incontestado da
mortalidade por cancro da mama entre todos os países industrializados. A Espanha tem 17,1, a
França está na 23.’ posição com 19,7 por 100 000 habitantes. Os países do Extremo Oriente
são os
que têm as taxas de mortalidade mais baixas: a China tem 4,6, e o Japão
6,3. Veja-se que estes dois países consomem poucas gorduras animais e
poucos ou nenhuns produtos lácteos.
280
Cancro
Há cinquenta anos Delbet, professor catedrático de medicina, coristatava que a deficiência de
magnésio dos nossos alimentos era, ria sua opinião, uma das principais causas do cancro.
Realçava tarribém que esta carência tinha corno causa os adubos agrícolas à base de potássio.
Para André Voisin, que era professor na Escola Veterinária de Maisons-Alfort, os adubos
azotados acumulados na agricultura desnaturam os
solos e geram carências em cobre. Considerava também que esta carência é uma causa
provável do crescimento do mecanisi-no de cancerização.
A despistagem funciona?
Quanto à despistagem precoce, o Dr. André Gernez comenta que, apesar de haver progressos
reais no diagnóstico do cancro da mama, este só é descoberto tarde de mais. Quando atinge 1
g, a sua massa comporta então 1 milhar de células (para 1 cm de diâmetro), ou seja, já está
no 8.’ ano da sua evolução. Abaixo desta dimensão é praticamente irripossível de diagnosticar e
daí a dificuldade das despistagens precoces. Além disso, o tratamento actualmente proposto só
se faz quando o tumor maligno é localizado.
As nossas actuais condições de vida implicam uma multiplicação dos factores de risco de
cancerização. Contudo, André Gernez afirma que a
reversibilidade da cancerogénese é possível em certos casos porque as células mutantes são
frágeis no início e basta um reforço do organismo para as erradícar. Realça que para que um
cancro seja viável são necessárias circunstâncias excepcionais. Só então se torna irreversível. O
tempo necessário a essa irreversibil idade exige cerca de cinco anos. O que significa que todos
nós, em certos momentos das nossas vidas, produzimos cancros, mas, na maioria das vezes,
eliminamo-los. Para o Dr. Gernez, basta precipitar a erradicação destas células antes que o
cancro seja diagnosticável graças às nossas técnicas actuais, pondo o corpo em estado de
acidosel .
‘ Escolhemos certas teorias sobre a origem e o tratamento, das muitas existentes, entre as
quais algumas são muito controversas. Quanto a nó s, estamos convencidos de que para fazer
recuar este flagelo e explicar a origem das doenças, é impossível recorrer a um único factor,
porque é o conjunto de circunstâncias ambientais e genéticas que são responsáveis pelo seu
desenvolvimento. Pensamos também que só um
retorno a um modo de vida saudável e a um estrito respeito pela Natureza pode inverter de
forma significativa esta situação.
281
Cancro
A prevenção não é suficiente
A prevenção preconizada pelos Poderes Públicos não é totalmente inútil, mas é insuficiente pois
Iii-nita-se a desaconselhar o álcool e o tabaco.
Tal corno vimos anteriormente, inúmeros tipos de poluição podem ser causas detonadoras,
como aconteceu no caso de Tchernobil. A explosão desta central nuclear causou, realmente, a
morte de muitas pessoas e será responsável por um aumento de cancros, particularmente o
cancro da tiróide.
Pode-se também pôr em causa a poluição electromagnética, a poluição do ar, da água, dos
alimentos pela industrialização da agricultura, mas
também pela utilização de agentes cada vez mais eficazes utilizados para a sua conservação,
aromatização, coloração e emulsionização. Utilizamos na alimentação do gado um número cada
vez maior de antibióticos. Certas bactérias tornam-se mutantes e acabam por se tornar
resistentes a muitos destes antibióticos. Transformam-se então, nos nossos intestinos, num
reservatório potencialmente virulento, para o qual os tratamentos clássicos não são eficazes.
O intestino: um órgão-chave na luta contra o cancro
As bactérias da flora intestinal formam, por si só, um ecossistema. Têm múltiplos papéis vitais
no nosso organismo. Constituem também uma verdadeira barreira imunológica capaz de se
opor à implantação de bactérias estranhas (particularmente germes patogénicos), sejam elas
de espécies microbianas externas às da flora intestinal ou provenientes de famílias estranhas às
suas próprias espécies. Demonstrou-se também a
acção antitóxica desta barreira. Certas toxinas mortais (como as citotoxinas e as enterotoxinas
de Clostridium difficile) são neutralizadas e tornam-se inofensivas graças a esta barreira
intestinal.
A flora participa em vários outros processos fisiológicos, como a degradação do colesterol ou a
transformação dos sais biliares e das hormonas sexuais. São verdadeiros “aliados internos” que
sintetizam as vitaminas do grupo B (13,2) e a vitamina K. As suas interacções com o organismo
são extremamente complexas. Existe, por conseguinte, um equilíbrio real entre o nosso sistema
imunitário e as bactérias dos nossos intestinos.
Apesar das investigações e dos diversos métodos de análise desenvolvidos durante o último
século (estudo da flora fecal, métodos de análise
282
Cancro
diferencial, quantitativa, testes respiratórios, técnicas de criação de anirnais estéreis, métodos
genéticos e cromatográficos), o nosso conhecimento sobre este assunto continua muito
modesto. O que é certo é que qualquer desequilíbrio da flora bacteriana intestinal pode ter
consequências graves sobre a saúde.
OS ANTIBIóTICOS: UMA GRANDE AMEAÇA PARA A SUA SAúDE
O regime alimentar pode alterar a sua composição, mas este fenômeno não é suficientemente
conhecido para que nos seja possível tirar conclusões definitivas. O que podemos dizer é que os
antibióticos são uma grande ameaça para a nossa flora intestinal.
Os antibióticos alteram sempre o ecossistema intestinal
* Em primeiro lugar destroem as bactérias que asseguram as defesas
imunitárias. É certo que não eliminam as espécies (e mesmo se
assim acontecesse, estas recon stitu ir-se- iam), mas são nocivos para o equilíbrio interno
porque o modificam. Novas bactérias passam a
dominar, e estas são, por vezes, espécies nocivas ou, pelo menos, são incapazes de assegurar
o funcionamento da nossa imunidade.
* Os antibióticos diminuem também inúmeras funções metabólicas,
por exemplo, a redução e a produção de ácidos gordos voláteis. Esta redução é responsável
pela má absorção do açúcar e do sódio, pela não degradação dos ácidos biliares e pela retenção
de água nos intestinos.
* Se ainda não conhecemos a influência dos antibióticos sobre a
motricidade intestinal, as experiências demonstram, em contrapartida, uma diminuição da
resposta imunitária no seguimento da destruição da flora intestinal.
Sabemos também que o organismo permanece em equilíbrio graças à flora bacteriana, que tem
um papel em inúmeros processos metabólicos.
283
Cancro
Se este equilíbrio é perturbado, a flora pode tornar-se a fonte de estados patológicos. O
desequilíbrio do pH gástrico, a imunodepressão, a desnutrição, a quimioterapia, as anomalias
anatómicas, as doenças tais como a
cirrose podem favorecer a expansão dos geri-nes presentes em pequenas quantidades, que
graças à sua actividade enzii-nática transformam os nitratos em nitritos. Estes podem então
associar-se a aminas secundárias de origem alimentar e formar nitrosaminas cancerígenas. É
assim que a
deturpação da acção enzimática da flora pode tornar-se responsável por certos cancros
gástricos.
Os antibióticos geram aberrações no intestino
A transformação bacteriana é o segundo perigo ligado à degenerescênia da flora bacteriana. No
seguimento de uma fragilização da barreira bacteriana (antibioterapia ou SIDA), as bactérias
patogénicas podem infiltrar-se nos gânglios linfáticos e causar uma infecção geral.
Uma proliferação anon-nal da flora pode também ser a causa da síndroma de má absorção. As
bactérias desviam em seu proveito, por acção enzimática, as vitaminas e os alimentos e privam
os seus hospedeiros das substâncias que lhes são necessárias. Finalmente, o desequilíbrio entre
o
nosso corpo e as bactérias intestinais pode favorecer a acção dos microrganismos patogénicos,
tais como as salmonelas, as chigelas e as iersínias.
O papel da flora bacteriana intestinal é por conseguinte tão importante que certos
investigadores pensam que o seu desiquilíbrio é a causa maior do aparecimento de diversas
doenças, tais como os cancros, a SIDA e as doenças infecciosas. Mas a medicina moderna tem
poucos conhecimentos sobre esta matéria.
O PONTO DE VISTA DOS NATUROPATAS
Todas estas teorias confiri-nam a abordagem empírica de certos naturopatas que pensam que,
ao se impedir a doença febril de se manifestar com a ajuda dos antibióticos, evita-se ou
diminui-se a febre. A evacuação da doença pelas vias naturais tais como a transpiração não
pode
284
Cancro
fazer-se. A consequência é que esta peri-nanece e manifesta-se alguns anos
depois sob a forma de doenças degenerativas. Foram aliás observadas rernissões e curas de
cancros no seguimento de uma hiperterinia importante.
Quanto aos naturopatas do século passado, que começavam a observar certos cancros, as suas
conclusões nã o diferiam muito.
* Para o padre Kneipp, um mau tratamento médico podia ser uma das
causas desta doença. O que o fazia afirmar que um cancro era a fase final de doenças
abortadas. Ele dizia também que a cura só é possível se o mal for atacado logo no seu início.
Utilizava compressas de argila, de alume, de aloés, de tormentilha, de cavalinha (tratava em
particular lesões externas). Acompanhava o seu tratamento com uma alimentação saudável,
pouco salgada e sem especiarias.
* O Dr. Bilz preconizava uma alimentação estritamente vegetariana,
banhos de vapor e afusões frescas.
* Para Kuhne, a alimentação vegetariana estrita impoe-se, acompanhada de banhos de assento
com fricções.
DOIS CASOS DE CURA NATURAL
A cura de uvas de Johanna Brandit
Johanna Brandt, no seu livro A Cura de Uvas, conta-nos a sua vitória sobre a sua doença.
Tendo contraído um cancro no estômago em 1921, os médicos davam-lhe seis semanas de
vida. Começou então a fazer curas de jejum umas a seguir às outras e, se a doença regredia
durante o jejum, parecia retomar o seu vigor quando recomeçava a alimentar-se. Concluiu que
o seu cancro prosperava em razão de uma alimentação rica em proteínas animais. Johanna
começou então a alimentar-se apenas de uvas e, como por milagre, o tumor desapareceu em
seis semanas. Ela apresentou então ao mundo inteiro a sua descoberta e conseguiu convencer
alguns cépticos. O seu método foi experimentado com êxito em casos em que os
especialistas tinham falhado.
285
Cancro
Guy Claude Burger redescobre os instintos originais do homem
Mais perto de nós, Guy Claude Burger, dotado de uma sólida fori-riação científica, canceroso
aos 26 anos, põ e em causa todas as teorias alimentares existentes, incluindo o(s)
vegetarianismo(s). Recorre à instintoterapia, segundo a qual a cozedura e a arte culinária que
dela decorre perturbaram o nosso instinto inicial. Esta teoria preconiza uma alimentação
estritamente crua e exclui os produtos lácteos. Propõe-nos redescobrir o nosso instinto original
de modo a sermos capazes de escolher a nossa alimentação em função das nossas
necessidades organicas.
O jejum parcial é preventivo
No que toca a prevenção, a maioria dos autores parece estar de acordo: para o Dr. Gernez e
para o Dr. J. P. Willem, autor de Laprévention active des cancers, a colocação do corpo em
estado de acidose é a melhor maneira de o evitar. Este método consiste em reduzir a nossa
alimentação uma vez por ano, no final do Inverno. Este jejum parcial obriga o organismo a
queimar as suas reservas e favorece a eliminação de células malignas.
- Este regime consiste em consumir alimentos ricos em indolos: couve, brócolos, salsa, alecrim,
e dar um lugar importante aos legumes crus. Esta cura inicial comporta a supressão dos
produtos considerados alcalinos: bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio, magnésio.
- Este regime é acompanhado de um complemento de selénio associado às vitaminas A, C e E,
e a um conjunto de oligoelementos: crómio, cobalto, enxofre e, acessoriamente, vanádio e
sílica.
- Esta cura dura 30 dias e termina com a ingestão de colquicina e de
hidrato de cloral.
286
Cancro
44 MÉTODOS DE PREVENÇÃO DO CANCRO
27 conselhos para uma alimentação saudável
1 .O jejum (ver o capítulo que lhe é dedicado na página 128), a
efectuar particularmente em caso de stress, de contrariedades, de medos e, evidentemente,
quando tiver praticado abusos alimentares.
2. Evite o álcool e o tabaco.
3. Faça frequentemente curas de fruta, coma legumes, especialmente couves, brócolos,
beterrabas, nabos. De uma maneira geral, dê preferência a alimentos ricos em vitamina A, B
(segundo certos autores), C e E, e privilegie os alimentos integrais: cereais, arroz, trigo, pão,
biscoitos, bem como óleos de primeira pressão a frio: azeite, óleo de girassol, de cártamo, etc.
4. Varie a sua alimentação consumindo produtos provenientes de
todos os grupos alimentares.
5. Coma alho. Inúmeros estudos confirmam: o alho tem um poder
antioxidante. Mostra-se eficaz na prevenção do cancro, de certas patologias cardíacas e de
patologias ligadas ao envelhecimento. Segundo o Dr. Pianto, director de Investigação no
Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, o alho diminui de forma significativa os
riscos de cancro da mama e da próstata e impede o aparecimento de tumores. A Universidade
de Michigan realça a sua acção sobre o cancro do estômago. Em Sidney demonstrou-se que o
alho reduzia a dimensão dos tumores da pele.
6. Dê preferência aos alimentos naturais, provenientes de cultura
biológica ou tradicional. Prefira os alimentos provenientes de pequenas explorações agrícolas
vendidos directamente nos mercados.
7. Evite sistematicamente os alimentos com corantes (E123),
conservantes (E220), conservadores (E250), antioxidantes (E321), bem como os produtos que
contêm estabilizantes, espessantes, emulsionantes, gelificantes, agentes de textura, agentes de
sapidez, aromatizantes (particularmente os artificiais), etc.
8. Coma alimentos frescos e crus.
9. Evite comer e beber alimentos demasiado quentes ou gelados.
287
10.
Consuma produtos tais corno o pólen de flores, a espirulina, a
levedura de cerveja, as algas marinhas, os trigos e grãos gerrilinaZ-1
dos, a geleia real, a acérola, o espinheiro (estes dois frutos são ricos em vitarnina C), etc.
11. Consuma alimentos ricos em magnésio. (0 papel do magnésio
foi demonstrado pelo Prof. Delbet.) A carência dos nossos alimentos provém da utilização
maciça de adubos potássicos na agricul- tura. O magnésio encontra-se nos solos férteis e nos
organisi-nos vivos, na clorofila (todas as plantas com pigmentação verde, saladas, etc.). A
sobrecarga de potássio rompe a harmonia sódio-potássio-cálcio-magnésio, e daí a
impossibilidade de produzir uma
alimentação adequada às necessidades reais dos homens e dos animais. O ser humano tem
necessidade de assimilar diariarnente magnésio, e a sua carência implica sempre um processo
pré-degenerativo.
O magnésio intervém também na utilização dos açúcares pelo organismo. Se existir carência de
magnésio, os açú cares e a glicose (incluindo os naturais) tornam-se inutilizáveis e podem a
longo prazo tornar-se cancerígenos e favorecer o aparecimento de doeuças ateromatosas. Eis a
título indicativo o teor em certos alimentos de magnésio (mg/kg):
-
Amêndoas
..............................
Trigo integral
................... ........
Amendoins
................... ............
Arroz integral
..........................
Salada .
........ ..............................
Avelãs
.......................................
Figos, tâmaras, alperces
..........
Frutos frescos e legumes
........
2500
1600
1800
700
350
1400
850
60 a 250
* A quantidade de magnésio diária aconselhada é de 350 mg, o
que corresponde a 3 ou 4 fatias de pão integral.
* O consumo de cloreto de magnésio (ou produtos equivalentes)
só deve fazer-se sob prescrição médica ou de um especialista e
deve ser proscrito em casos de insuficiência renal.
Cancro
12. Evite as cozeduras prolongadas. Prefira as baixas terriperaturas
e a cozedura no vapor.
13. Evite os pratos complicados, feri-nentados, envelhecidos, a charcutaria, as carnes fumadas
ou grelhadas.
14. Evite as misturas complicadas numa mesma refeição.
15. Evite toda e qualquer sobremedicação, se possível dê sempre
preferência a tratamentos sem toxicidade e sem efeitos secundários.
16. Beba água de boa qualidade.
17. Só coma quando sentir fome, abstenha-se quando não tiver apetite. Nunca se esforce para
comer.
18. Coma com tempo, mastigue com cuidado.
19. Faça curas de frutos (especialmente de uvas).
20. Faça frequentemente curas com infusões desintoxicantes.
21. Evite as manteigas cozinhadas.
22. Evite os açúcares e os alimentos que os contêm.
23. Modere o consumo de sal e de especiarias.
24. Evite o café, o chá e o chocolate.
25. Evite os queijos fortes.
26. Repouse, durma bem.
27. Adopte uma alimentação vegetariana ou lacto-vegetariana que
lhe pareça apropriada. Não existem, contudo, estatísticas oficiais comparativas da taxa de
cancros nos vegetarianos e nos não vegetarianos. Mas estes apresentam, todavia, uma maior
resistência às doenças cardiovascu lares, aos reumatismos e ao eczema.
17 maneiras de viver melhor para evitar o cancro
1. Evite fazer análises de sangue e dar sangue repetidamente.
Segundo Georges Beau, a perda de plasma provoca uma estimulação da divisão celular que
permite compensar as perdas e restabelecer o equilíbrio.
2. Preocupe-se em ter uni bom trânsito intestinal.
1
289
Cancro
3. Favoreça a oxigenação natural por meio de exercícios respiratórios, transpiração e
actividades físicas. Excreite-se: o cansaço físico é indispensável ao bom funcionamento corporal
e ao relaxamento.
4. Habitue o seu corpo a ser mais resistente, ande a pé, descalço,
pratique o endurecimento (ver o capítulo dedicado a este assunto
na p. 132).
5. Evite as exposições ao sol.
6. Tenha hobbies, paixões, etc.
7. Se tiver de fazer longas viagens de avião, com mudança de fusos
horários ou de estação, habitue-se progressivamente.
8. Privilegie os materiais naturais no seu meio ambiente. Evite o
amianto, use vernizes naturais e tintas sem diluentes: existem actualmente no mercado
produtos garantidos não tóxicos.
9. Prerira sempre os tecidos e lençóis naturais (lã, algodão, seda,
linho) aos tecidos sintéticos, especialmente os triboeléctricos, na
roupa que usar em contacto com a pele.
10. Evite as exposições frequentes à poluição electromagnética limitando:
* Os exames médicos repetidos, tais como radiografias ou scanners.
Estes só devem ser feitos se forem absolutamente necessários.
* A exposição frequente e permanente diante de aparelhos de televisão. A ilha de Santa
Helena, famosa por ter sido a prisão de Napoleão, tem uma particularidade: as crianç as desta
ilha não têm praticamente perturbações comportamentais. Para o fisiólogo Tony CharIton, isto
deve-se a uma estabilidade da célula farniliar, a uma ética de trabalho na escola e também à
ausência total de aparelhos de televisão. Para este investigador, a incidência entre o
comportamento, o stress e a depressão não pode ser mais evidente. A sua conclusão é a
seguinte: quanto maior for um número de televisores maior será o número de depressões. As
hiperfrequências compreendidas entre 100 kHz e 300 kHz têm um poder de penetração nos
tecidos.
* Os telemóveis, os fornos microndas, os ecrãs de computador, os
C. B.
* Os radares civis e militares e as antenas de satélite.
* A proximidade de cabos de alta tensão.
Cancro
li. Evite viver em locais onde a intensidade sonora é elevada. Na
Argentina alguns médicos pediram a proibição da venda de walkinans portáteis que
ultrapassem os 80 decibéis. Segundo a Dr.’ Monica González, “a música rock arriplifica os sons
graves, o que não modifica imediatamente a capacidade de audição, mas pode desenvolver
posteriormente uma diminuição da capacidade de percepção dos sons agudos e desenvolver por
conseguinte uma surdez precoce”.
12. Evite o sobrcaquecimento dos apartamentos.
13. Evite os estrogéneos (escolha outro método contraceptivo, o método Billings, por exemplo).
14. Se tiver de fazer uma biópsia, tirar uma verruga, um sinal ou qualquer outro tipo de
excrescência, aconselhe-se sempre antes com
o seu médico naturopata.
15. Não ataque de maneira brutal a febre, em caso de doenças infecciosas, gripe, constipação,
anginas, por meio de uma antibioterapia sistemática. A febre acelera a fagocitose e participa na
destruição da célula cancerosa.
16. Utilize antioxidantes naturais tais como a vitamina C.
17. Verifique as obturações dentárias e substitua as que contêm mercúrio.
MÉTODOS DE DESPISTAGEM E TRATAMENTOS COMPLEMENTARES E “ALTERNATIVOS” DO
CANCRO’
Para parafrasear o Prof. Bilz, é muito mais simples evitar uma doença, mesmo muito grave,
mas é certamente muito menos espectacular do que curá~la. É por conseguinte preferível não
ter de recorrer a um tratamento médico, mesmo se este for classificado como suave ou
diferente.
2 Apresentamos apenas alguns métodos marginalizados pela medicina oficial. Fornecemo-los,
evidentemente, apenas a título informativo, e não devem opor-se a um
eventual tratamento em curso. Alguns deles apresentam (tal como os tratamentos oficiais)
alguns inconvenientes e devem ser administrados por praticantes experientes.
291
Cancro
A despistagem através da fotometria
Elaborado pelo Dr. Arthur Vernes, este método consiste em fornecer ao corpo a possibilidade de
lutar contra o cancro de modo a tornar o terreno refractário aos tumores.
A evolução da doença cancerosa pode por conseguinte ser seguida corri uma grande eficácia.
São utilizados 16 solutos para fazer regredír os
tumores que podem ou tornar-se facilmente operáveis ou mesmo desaparecer.
A ionoquinésia
Foi elaborada pelo Dr. Janet, discípulo de Arthur Vernes. A íonoquinésia mobiliza os iões
positivos e complementa o tratamento do Dr. Vernes. O campo eléctrico fica regulado, e os
valores bioelectrónicos voltam ao normal.
Inúmeros cancros são influenciados pelos efeitos deste método: o cancro do cólon, da mama,
da próstata, os tumores no fígado, no colo do útero, etc. Nos casos avançados este método tem
a vantagem de exercer
uma acção calmante sobre as dores.
A biologia electrónica
Elaborada em França pelo Prof. Vincent, não se trata de um método para curar o cancro, mas
apenas para avaliar o estado do terreno. Permite seguir a evolução da doença e a eficácia do
tratamento aplicado. Em funçã o dos dados recolhidos, as alterações permitem agir com
precisão sobre a alimentação e sobre a medicação.
Na verdade, o terreno canceroso é alcalino, e à medida que o alimento ou os medicamentos
alteram as curvas do pH e do rH2, aumentando-o e
diminuindo a sua resistividade, precipitam a alcalinização e a cancerização. Deve-se por
conseguinte escolher uma alimentação e medicamentos que tenham um pH e um rH2 fracos e
uma resistividade importante de modo a tornar o terreno ácido.
292
Cancro
A cristalização sensível
Foi elaborada em 1930 pelo Dr. Pfelffer. Quando uma fina camada de cloreto de cobre em
dissolução se cristaliza numa placa de vidro, produz-se um ajuntamento repartido de fori-na
mais ou menos difusa. Acrescentando pequenas diluições orgânicas, os
cristais ordenam-se tomando uma configuração especial. A experiência repetida milhares de
vezes demonstra que as imagens obtidas variam em
função da qualidade do produto examinado. Consegue-se assim definir o
sinal específico da doença bem como o do órgão doente.
É portanto possível obter, a partir de um exame extremarnente simples, o estado de uma
patologia degenerativa vários anos antes do seu aparecimento. Pode-se então intervir eficaz e
preventivamente, através de meios simples utilizando métodos imunoestimulantes.
O tratamento Solomidès desacreditado
Em 1977 as Edições J. J. Pauvert publicaram um livro, LAffaire Solomidès, de André Conord.
Esta obra descreve um trabalho de investigação sobre o cancro e as dificuldades que Solomidès
teve com o corpo médico que rejeitou sistematicamente as suas descobertas. Todavia os seus
diplomas não têm conta: Licenciado em Ciências Físicas, Ciências Naturais, doutor em Medicina
e ligado ao Centre National de Ia Recherche Scientifique do Instituto Pasteur. Poderíamos
pensar que tais qualificações o poriam ao abrigo dos detractores e que os seus trabalhos
seriam, pelo menos, examinados pelos seus pares. Nada disso. Sob a direcção do Prof. Van
Deinse, em 1945, Solornidès estuda a oleólise das culturas tuberculosas. As suas investigações
permitem-lhe elaborar um produto sem qualquer toxicidade que inibe a proliferação bacteriana.
Em 1949 injecta ao seu próprio pai, canceroso, uma das suas preparações e, em
poucas semanas, o tumor desaparece. Perante um tal êxito, o Instituto Pasteur despede-o.
Então Solornidès continua o seu trabalho sozinho e sem meios. Ninguém no universo científico
quer testar os seus produtos. Solomidès é combatido, posto na lista negra, tratado como um
vulgar charlatão. No entanto, as peroxidases de Solornidès são melhoradas, e inúmeros
médi293
Cancro
cos prescreveni-nas (oficiosamente), ultrapassando a fúria dos seus mandarins. Mas a oi-dei-n
dos médicos recusa-se a receber os pacientes curados. A recorripensa deste médico foi ter sido
perseguido... por prática ilegal da medicina, apesar das inúmeras provas de nielhorias e de
curas obtidas pelo seu método. O que nos faz concluir que é permitido morrer com a
bênção da Faculdade, mas proibido viver sem a sua autorização...
O Dr. Gernez face à medicina oficial
Escrevíamos no ri.’ 4 da nossa revista Reussir votre Santé o seguinte: “Dr. Gernez, lá por ter
tido razão antes dos seus colegas não vale a pena dizer-lhes isso!”
Efectivamente, Gernez incomoda, é o homem que impede a cancerização. Há mais de quarenta
anos que afiri-na praticamente o contrário dos seus colegas e realça que, apesar dos milhares
de dólares investidos, os grandes laboratórios só gastaram dinheiro e não descobriram nada.
Destacou também inúmeras vezes nos seus esci,itos e nas conferências que deu a derrota da
cancerologia oficial: “A confusão é tal que nos interrogamos se se deve manter a amputação de
uma mama cancerosa e
constatamos com pavor que os cancerosos do pulmão tratados vivem menos tempo segundo as
estatísticas, que aqueles que são abandonados...
Prevenir para não ter de remediar: é a teoria do Dr. Gernez
A célula saudável tem uma função específica e divide-se em 2 grupos: célula somática e célula
reprodutora.
O cancro prolifera por uma razão simples: as suas células são reprodutoras. Assiste-se assim a
uma proliferaçã o celular. A explicação da doença, se esta teoria for aceite, é simples: ela é
apenas a tentativa desesperada do organismo de aliviar o esgotamento das suas funções
normais.
O Dr. Gernez afirma que se deve tratar o cancro antes de este ser detectável, que não serve de
nada procurar detectá-lo sistematicamente, já que quando este se torna identificável através
dos meios clássicos já se
encontra num estado irreversível. A detecção precoce proposta pelos
294
Cancro
médicos oficiais é um objectivo sem qualquer interesse, já que ela implica a constatação de que
já é dernasiado tarde para agir. A única solução consiste em prever uma política preventiva
geral.
Temos duas possibilidades:
*A primeira: conservar um ambiente celular desfavorável à célula
cancerosa, agindo em particular sobre os factores alimentares. Já se provou milhares de vezes
que, quando a alimentação é quantitativamente reduzida e qualitativamente melhorada nos
animais cancerizados, a curva do cancro baixa de 50% em relação ao grupo testemunha. Esta
demonstração é concludente se nos referirmos aos povos que ignoram o cancro e as doenças
card iovascu lares.
* A segunda: acrescentar ao tratamento complementos vitamínicos e
2 antimitóticos menores.
A electroacupunctura do Dr. Võll
Em 1953, com a ajuda de um engenheiro, Võll concebeu um aparelho capaz de medir a
actividade celular e demonstrou que os sinais electromagnéticos são um reflexo do
metabolismo. Sabe-se, com efeito, desde
1922, graças aos trabalhos de Gutwirtsch, que as trocas são responsáveis por descargas ao
nível da membrana. Quando uma célula fica doente, esta corrente fraca altera-se.
A partir destas experiências Võll seleccionou 200 pontos repartidos pelo corpo de modo a
estabelecer um diagnóstico e determinar a presença de um foco patológico tóxico, bacteriano,
viral, químico, intoxicação por vacinas, por metais pesados ou por medicamentos alopáticos. A
intervenção efectua-se, por conseguinte, sob a forma de um inquérito policial, detectando os
agentes culpados e neutralizando-os com a ajuda de substâncias homeopáticas.
O ozono e o cancro
Sabemos que a parede das células cancerosas se caracteriza por uma alteração na
permeabilidade das membranas. A ionização e os transportes activos no selo destas paredes
são específicos ao seu estado patológico e
isto reflecte-se na receptividade aos agentes extracelulares, quer se trate
295
Cancro
de elementos nutritivos, tais como os oligoelementos, quer de co-factores vitamínicos,
essenciais ao bom funcionamento da célula.
A cancerização depende da fragilidade do material genético, da sua
sensibilidade, que depende de condições exteriores, tais como os raios
cósmicos ou lonizantes cujo impacte pode ser modificado em função da anoxia ou da
oxigenação. Desta foriria podemos conceber que uma boa oxigenação poderia diminuir os riscos
e a frequência dos acidentes genéticos cuja sorna comanda a cancerização.
O ozono, em doses maciças, modifica certas constantes físico-químicas, tais como o pH do
sangue e a sua resistividade.
Devemos assinalar que o ozono, não obstante os seus partidários o
negarem, tem uma acção ao nível dos radicais livres e é por conseguinte genotóxico (o que
pode também ser considerado como prova da sua eficácia).
A lei de ferro do Dr. Hamer sobre o cancro e a SIDA
Tendo contraído cancro no seguimento da morte brutal do seu filho,
as suas investigações permitiram-lhe formular uma lei que tem por base a síndroma DirkHamer.
Para Hamer, o cancro começa com um choque afectivo violento, de origem psicológica e vivido
num isolamento total. A partir desse momento o cérebro sofre uma ruptura no seu campo
eléctrico e emite ordens contraditórias que perturbam o bom funcionamento dos órgãos que se
encontram sob a tutela da zona cervical atingida. Constata-se então que a evolução do conflito
e a evolução do cancro estão associadas.
Em função deste raciocínio, o fim do cancro não é necessariamente a morte. É possível parar o
processo de proliferação das células malignas quando o conflito, que foi o ponto de partida da
doença, cessa. O cérebro comanda então a regeneração dos órgãos atingidos. A fase de cura
tem todavia a mesma duração que a fase conflitual. Mas o Dr. Hamer explica, através desta
teoria, o aparecimento de outras doenças tais como a diabetes, a esclerose em placas, a
doença de Parkinson, etc.
Assinale-se que existem cada vez mais investigadores interessados na
relação do psiquismo com o aparecimento de certas patologias degenerativas.
296
Cancro
O germânio
Há vários anos que o Dr. Serge Jurasunas tenta estirnular as funções imunitárias para ajudar o
organismo a vencer o mal. O estudo da célula mutante permitiu-lhe compreender certos
mecanismos que esta utiliza para se defender ou para desestabilizar uma célula normal.
Nesta perspectiva, Serge Jurasunas utiliza o germânio. O germânio é um metal muito
quebradiço, análogo ao silício e exímio na sua acção de estimulação das jefesas imunitárias. A
sua acção situa-se ao nível da produção de iiiterferon S3 . Esta técnica foi vivarnente criticada,
mas, contudo, inúmeros trabalhos científicos sobre o germânio foram publicados na base de
dados Médline. Algumas destas comunicações, mais de 200 repertoriadas na MédIffie, afirmarri
que o germânio é anti-radicular e genotóxico.
Os ácidos Le Foll
O tratamento Le Foll agrupa um conjunto de preparações homeopáticas injectáveis ou bebíveis.
Estas preparações são compostas por três ácidos acéticos à base de cloro, de flúor e de iodo,
complementadas por um tratamento de acupunctura.
As enzimas: uma terapia de acção sistémica
Max Wolf, nascido em Viena em 1885, professor em medicina, interessa-se e apaixona-se pela
genética aplicada. Retoma os trabalhos do Prof. Errist Freund, que tinha descoberto uma
substância capaz de atacar e de destruir as células cancerosas. Depois de vários anos de
investigaçõ es, elabora dois produtos que agem sobre as afecções inflamatórias e
degencrativas. Trata celebridades do mundo artístico. Em 1976, graças ao
‘ interferon: proteína produzida pelas células infectadas por uni vírus e que torna essas células
resistentes a todas as afecções virais.
297
Cancro
seu composto enzimático, Max Wolf trata o seu próprio cancro gástrico que cede ao seu
tratamento.
As enzimas penetram no organismo directamente e estimulam as defesas imunitárias. Estas
enzimas têm, além disso, propriedades anti-inflamatórias e antiedematosas e apresentam
poucos ou nenhuns efeitos secundários ou contra-indicações. Esta concepção está na base de
várias outras concepções de tratamento enziiiiático do cancro.
A Dr.’ Kousmine e o cancro
Jovem médica confrontada com o problema do cancro, a Dr.’ Kousmine tentou primeiro, como
boa investigadora curiosa, compreender por que se
forma um tumor. O seu trabalho leva-a a concluir que o cancro é a reacção do organismo a
uma agressão. A hipótese que avança confirma a de um grande número de médicos
naturopatas. A doença não é senão a expressão de um mal-estar, um mecanismo que visa
restabelecer a saúde por esta via.
Os elementos incriminados provêm, em primeiro lugar, das alterações alimentares dos povos
civilizados. Refinação, modo de preparação, alimentação carenciada em vitaminas e
oligoelementos, intoxicação da flora intestinal por aumento do consumo de açúcares e ausência
de cereais integrais.
Ela pensa, e com razão, que qualquer tratamento deve começar por uma alteração dos hábitos
alimentares. A Dr.’ Kousmine aconselha também lavagens intestinais com camomila e a
instilação de óleo de girassol virgem no seguimento dessas lavagens. O tratamento comporta
também um regime desintoxicante e a utilização de vitaminas e de ácidos gordos poliinsaturados.
A medicina do Dr. Nieper
Especialista em doenças auto-imunes, entre as quais o cancro e as
doenças cardiovascu lares, o Dr. Nieper é membro de inúmeras sociedades científicas.
298
Cancro
Elaborou os orotatos de magnésio e de cálcio, que são transportadores de minerais que agem
rios estados carenciados. Para a protecção da membrana celular, o Dr. Nieper utiliza a Vit. Mi,
que a mantéiri estanque. A análise espectral permite avaliar as carências e tratá-las.
Os orotatos, tal corno a Vit. Mi, são nutrientes e não têm contra-indicações. O orotato de
Njeper tem a propriedade de transportar a substância
activa até ao seu destino, o que reforça a sua eficácia.
Esta abordagem terapêutica, bem como todas as outras, leva em conta o perfil específico de
cada indivíduo e é acompanhada de um regime alimentar reequilibrador comparável ao que
atrás descrevemos.
A oxígenação bicicatallítica
René Jacquier é um investigador muito particular. O seu trabalho e a sua metodologia
assentam no “método dos paradoxos”, que, segundo este investigador, leva rapidamente à
solução dos problemas através de uma
lógica muito simples. Para descobrir é preciso, antes de mais, um sentido crítico e um certo
hábito. Não se deve tão-pouco ter ideias preconcebidas e acreditar absolutamente nos livros e
nos pontífices... Não se deve por conseguinte hesitar em questionar o establishment e o
conhecimento oficial.
O Prof Warburgjá avançava, em 1955, a hipótese de o cancro ser uma
doença que só se desenvolve quando a respiração celular se torna anormal.
As células saudáveis alimentam-se de substâncias doces, e o oxigénio do sangue serve para
queimá-las; enquanto as células cancerosas fermentam os açúcares e transformam-nos em
ácido láctico.
A partir desta reflexão tratava-se de descobrir um meio de reoxigenar a célula. Renê Jacquier
elaborou um processo de oxigenação biocatalítica chamado “malga de ar Jacquier”, que
consiste em respirar peróxidos de terpenos que permitem a assimilação do oxigénio.
A cura pode ser feita para tratar doenças microbianas que não 3e curam pelas terapias
habituais - doenças metabólicas, cansaço, doenças cardíacas, alergias - e como tratamento
complementar de casos de cancro e de SIDA.
299
Cancro
Pierre Tubéry
Sabernos que muitas plantas têm virtudes ii-nunoestli-niilantes.
O Dr. Tubéry elaborou, a partir de plantas africanas, três produtos cujos efeitos sobre o cancro
parecem prornissores. Algumas destas substâncias agem em particular sobre os cancros de
evolução lenta, na leucernia e nos cancros da próstata.
A outra característica é que os extractos fitoterapêuticos de Tubéry minoram os efeitos
secundários da quirnioterapia.
Uma destas substâncias, o DPG, é uma solução injectável corriplementar a uni tratarnento
clássico e reforça os seus efeitos. Mas este produto pode ser utilizado em substituição da
quiiiilotei-apia nos casos em que esta não pode ser aplicada.
Rudolph Steiner e a antroposofia
Para os discípulos de Rudolph Steiner, os cancros têm a particularidade de ser diferentes em
função do seu hospedeiro. O homem deve portanto ser considerado na totalidade das suas
dimensões. A expressão da doença por meio de realidades físicas é apenas um reflexo de um
mal-estar geral. As substâncias que se utilizam em terapia, sejam elas químicas,
fitoterapêuticas ou outras, inscrevem-se na célula e, por reflexo, marcam
o corpo etérico e o corpo astral. Estas substâncias são portadoras de informações que vão
recondicionar o ambiente celular e inculcar uma nova memória.
Mas o cancro não é apenas o efeito de um acaso. Se ele existe fisicarnente é porque ele
tarribém está presente nas outras dimensões. Ora o eclipse do espiritual no mundo da matéria
não ocorre sem obstáculos. A matéria engendra de certa forma o cancro que é a expressão de
uma
supra-i rid iv ld ual idade que se tentou dissimular.
Destruir as células cancerosas não pode, nesta perspectiva, resolver o
problema. Se se considerar o cancro no seu aspecto multidimensional, é necessário, com a
eventual ajuda de tratamentos clássicos, restabelecei- o
equilíbrio entre os diversos mundos espirituais e materiais.
Uma das plantas utilizadas é o visco (Visicum albuni), uma planta semiparasita. O que
demonstra uma abordagem terapêutica corri uma
300
Cancro
relação óbvia corri o cancro, que é tarribém uma manifestação parasita das nossas células.
A imunoterapia em doses inímitesimais
Os Drs. Jenaer e Marichal partiram da seguinte reflexão: a medicina está impotente face a
patologias pesadas, i-nas as suas investigações não são totalmente desprovidas de interesse.
A ideia destes médicos foi a de utilizar, em doses liorneopáticas, péptidos que constituem
factores de regulaçã o. Podem por conseguinte utilizar produtos que, em doses ponderadas,
apresentam efeitos secundários tais que se tornam inutilizáveis, o que não lhes permite ser
receitados por períodos prolongados.
Para Jenaer e Marichal, a imunoterapia infinitesimal, apesar de ter no
seu currículo resultados promissores, é um tratamento complementar que pode ser
acrescentado e reforçar a panópIla dos tratamentos actualmente existentes.
As acções terapêuticas do selénio
O selénio age a nível molecular o que Ilie confere efeitos anticancerígenos. Conhecc-se a sua
acção preventiva do cancro da coluna vertebral e da marna. Observou-se também a relação
directa entre um baixo nível de selénio e a frequência do cancro da laringe.
A administração de selénio tem um efeito protector contra as intoxicações do mercúrio e, mais
especificamente, para combater a acção nefasta do mercúrio a nível renal. Por outro lado, os
investigadores alemães demonstraram que a adição de selé nio no regime alimentar dos porcos
tem uma acção preventiva contra as intoxicaçoes causadas por antibióticos. Os investigadores
russos, por sua vez, demonstraram a capacidade antídota do selénio inorgânico corno
neutralizante das perturbações ocasionadas pelos campos magnéticos rias células sanguíneas
do homem. Além disso, o selénio foi utilizado com êxito como protector contra certos tipos de
radiações. Finalmente, parece ter a capacidade de proteger os
organismos contra a poluição biológica nas doenças virais, já que se
301
Cancro
observou que certos vírus se tornam virulentos em condições de carencia
de selénio.
O selénio é provavelmente o mais potente antioxidante nutricional. É um oligoelernento cuja
poderosa acção anticancerígena e antirilutagénica foi corriprovada e que, em doses
extremamente baixas, reduz, com resultados significativos, os riscos de doenças card lovascu
lares. Além disso, é uni agente anti-inflamatório natural.
Um nutriente anticanceroso
É provavelmente este o efeito antipatológico mais importante do selénio:
a sua capacidade de prevenir e de tratar o cancro. O selénio previne e faz regredir em larga
medida os tumores espontâneos, induzidos quimicamente e transplantados, o que foi
demonstrado por estudos feitos sobre os animais. Estes grandes estudos cpidemiológicos
confirmaram a actividade do selénio no campo da prevenção do cancro, e as experiências
clínicas deram resultados promissores.
Selmaget Selzimag
Trata-se de bebidas suplementativas, elaboradas por investigadores israelitas. Contêm duas
formas de Se, selenite e selenato, vitaminas antioxidantes (E e C) e pirodixina, que reforçam a
absorção do selénio de forma directa e indirecta, bem como do zinco e do magnésio.
O 714 X
Gaston Naessens, investigador francês instalado no Canadá, constatou que, em certos sujeitos
saudáveis, um cancro implantado era rejeitado, enquanto proliferava num sujeito doente.
Esta constatação levou-o a pensar que as defesas naturais do organismo podiam ser
estimuladas e opor-se à formação de células mutantes. Constatou também que as células
anormais consomem mais glicose e
hidratos de carbono do que as células normais, o que lhes perrnite crescer e parasitar o
organismo.
302
Cancro
A particularidade do 714 X é que este não é antimitótico nem antimetabólico; ele ajuda a inibir
o FCX e devolve ao sistema imunitário a sua função normal.
Para fazer as análises, a equipa de Naessens utiliza um microscópio que lhe permite observar
com uma precisão inigualável os líquidos biológicos. No sangue das pessoas saudáveis observou
somátidos, bem como
uma hormona indispensável à divisão celular. Os efeitos perturbadores diminuem de forma
significativa os seus ciclos. Os resultados obtidos por Naessens podem já ser considerados
significativos.
BeIjanski e as promessas da biologia molecular
Entre os vários trabalhos de biologia molecular, existem alguns que permitem compreender
melhor certos aspectos do cancro. A descoberta em 1953 da estrutura em dupla hélice do AND
por Watson, Crick e Wilkins, a decifração do código genético, a descoberta do esquema da
hereditariedade (passagem do ADN durante a divisão celular) e o esquema da realização da
informação genética (AM para ARN e a síntese das proteí nas) fazem parte destes trabalhos.
Robert Weinberg induziu tumores em animais de laboratório por transferência de um único
gene. Descobriu-se assim que esta doença está ligada a uma alteração genética. Um gene
normal “proto-oncogene” está presente na célula e é transferido (como todos os genes) em
cada divisão celular. Este gene, por razões ainda mal definidas, transforma-se em
41oncogene”, responsável pela transformação de uma célula sã numa célula cancerosa. Esta
transformação é o início molecular da génese do cancro. Todavia não se conhecem todas as
condições desta transformação. Sabe-se que pode ser provocada por várias substâncias
químicas (substâncias cancerígenas) ou por outros factores do mau funcionamento do sistema
reprodutor das células.
É evidente que a descoberta de uma substância que bloqueia um
oncogene ou que é capaz de destruir selectivamente as células cancerosas ou os seus ácidos
nucleicos pode fornecer imensas possibilidades de tratamento para esta doença. Há vários
anos, aliás, que as maiores instituiçõ es de investigação trabalham neste sentido.
303
Cancro
Mas trata-se de processos muito complexos e ainda mal conhecidos.
O trabalho ao nível molecular é difícil (em certos casos, impossível). Ninguém é capaz de dizer
se as substâncias em questão existem e se, além disso, são susceptíveis de ser utilizadas num
tratamento. Devemos portanto ter grandes reservas relativarnente às prornessas feitas por
laboratórios que anunciam a “descoberta de uma substância milagrosa”, mesmo
que essas certas substâncias, à prirrieira vista, pareçam prornetedoras.
Em França, o tratarnento do Dr. Beljanski conhece uma certa voga. Segundo certos
cornunicados da imprensa, o produto (uma substância extraída de unia árvore originária do
Brasil, o pau-pereira, utilizada neste tratamento, inibe o ADN e torna impossível a síntese do
ARN. Parece também que só penetra nas células doentes. O PB 100 teria também a capacidade
de inibir a acção dos vírus.
Até à data os conhecimentos em biologia molecular permitem afirmar que a formação do cancro
está ligada a um mau funcionamento do sistema genético, favorecido em certos casos pela
agressão de factores externos (substâncias cancerígenas, radiações, poluição electromagnética
... ). Sabemos também que existem antioncogenes, ou seja uma categoria específica de genes
cujos produtos têm a propriedade de bloquear a acção dos oncogenes (formação dos cancros).
Pensamos e afiriríamos e repetimos incansavelmente que só a limitação dos factores
genotóxicos e mutagéneos constitui a melhor forma de prevenção do cancro.
AS PLANTAS IMUNOSTIMULANTES E O CANCRO
A unha-de-gato
A unha-de~gato, também chamada ---ufia de gato” ou ---cat's claw”, é originária da floresta
tropical peruana. A sua grande fama provém do facto de ter incontestavelmente efeitos sobre o
sangue. Assinalamos que o que reteve especialmente a atenção dos investigadores foram os
resultados obtidos na Áustria e na América Latina com o tratamento de certos tipos de cancro e
de SIDA.
Esta planta, venerada pelos índios Ashninka, parece ser um imunostimulante com poder quase
excepcional.
304
Cancro
A unha-de-gato activa a fagocitose (um dos mecanisi-nos de defesa celular do corpo) do
sangue. As células estimuladas tornam-se mais agressivas contra as células estranhas, e a sua
acção é reforçada. Tarribém ti-ata as colites, as hei-norróidas e as gastrites. Esta planta
também age dirrunuindo a tensão arterial e inibindo a degradação dos vasos (daí o seu
interesse nos enfartes e nas artrites). Finali-nente, esta planta minimiza os
inconvenientes ligados ao tratamento com AZT (nos casos de SIDA) e corri radioterapia.
Durante as experiências clínicas, os médicos peruanos obtiveram resultados interessantes no
tratamento de catorze tipos de cancro.
Razões para esperar, quando já não há esperança? A fitoterapia face ao cancro e às doenças
virais
Os historiadores da medicina consideram que a quimioterapia ou riascéu em 1935 com a
publicação por A. P. Dustin do relatório sobre a
capacidade antimitótica da colquicina 4(alcalóide tóxico extraído das sementes de cólquica), ou
em 1938 corri o início das investigações sobre a
influência das toxinas bacterianas sobre os tumores.
A medicina admite dificilmente as suas origens
Contudo, a grande maioria dos médicos e dos biólogos moleculares admitem dificilmente
encontrar as raízes das suas descobertas na botânica e na medicina antiga. No entanto,
Dioscórides já aconselhava às pessoas com cancro os bolbos de Narcisus sp. E os resultados
das investigações contemporâneas mostram que esta planta contém colquicina entre os seus
vários princípios activos. Uma outra planta, a Aristolochia clematis? da farmacopeia de
Dioscórides, contém ácido aristolóquico, uma substância antitumoral “descoberta” em 1969. O
Journal of lhe American Cheinical Society fala do poder de acção anticancerosa da elactricina,
que provém da Eebalium elaterum, planta já utilizada por Dioscórides e Plínio no tratamento do
cancro e citada na Bíblia.
Colquicina: alcalóide tóxico extraído das sementes de cólquico.
305
Cancro
A medicina redescobre as virtudes terapêuticas das plantas
Entre as plantas anticancerosas de que se serviam os Gregos, os químicos do século xx
isolaram várias substâncias recuperadas pela quirmoterapia: a raiz de Ricinus communis, que
fornece a viriblastina e a vincristina, preconizadas no tratamento de leucemias, bem como a
cantaridina, que provém da Catharanlhus roseus.
Foram também descobertas substâncias citostáticas na couve, panaceia da medicina romana. A
acção antitumoral de certas substâncias de origem animal, tal como uma substância obtida a
partir do Afflabris phalerata, foi confirmada. Ora este animal faz parte da farmacopeia
tradicional chinesa.
O mesmo fenômeno repete-se nas investigações virológicas. O questionamento da medicina e
da química modernas vai obrigar-nos a
redescobrir as plantas da farmacopeia tradicional. Os investigadores “descobrem” com surpresa
as virtudes antivirais de plantas muito conhecidas e facilmente acessíveis a todos. Por exemplo,
os çxtractos de zimbro inibem os efeitos do vírus do herpes. Citamos algumas espécies da flora
francesa que têm uma acção antiviral reconhecida: o goiveiro, o hissopo, a manjerona, a ervacidreira, a hortelã-pimenta, o morrião-vermelho, o tomilho.
Mais de 3000 plantas anticancerígenas repertoriadas
Jonathan L. Hartwell isolou os princípios anticancerosos da podofila. Esta podofila
Podophyllumpeltatum é uma planta utilizada pelo menos há
2000 anos pelos índios norte-americaios no tratamento dos tumores malignos. As experiências
realizadas demonstraram, por outro lado, a sua
acção em diversos tipos de sarcomas. Estes resultados encorajaram HartWell a realizar um
trabalho que intitulou Plants used against cancer, que agrupa uma lista de plantas que, ao
longo da história, serviram de remédio contra o cancro. E esta lista é composta por mais de
3000 espécies!
Estas pertencem a várias famílias, provêm de todas as regiões do mundo e pertenceram a
todas as tradições medicinais: a medicina árabe com a Anisotes trisucla, os indígenas da
Austrália com o Mesembryanthemum aequa-literale, os índios sul-americanos com a Euxolus
muricatus
306
Cancro
sob a forma de cataplasmas, o Uruguai onde se utilizava uma decocção de uma espécie de
bordo americano, o Acer pensylvanicuiii, e as plantas dos escravos negros, como a Miniosa
pudica.
No trabalho de Hartwell encontrarnos citações de Aviceria, de Galiano e de Dioscórides sobre
inúmeras espécies, tais como a Alisina plantago-aquatica, e plantas da farmacopela da Europa
da Idade Média, como a
Acanthus sl-)., citada por Nicolau de Salerno no século xiii.
Constata-se que várias plantas citadas pelos autores antigos fazem sempre parte da
farmacopeia da medicina popular actual, como a Agave americana, citada por Garcilazo de Ia
Vega e ainda utilizada no México, na Venezuela e nos Estados Unidos. Uma outra constatação
etnobotânica curiosa é que, muitas vezes, culturas muito diferentes e muito distanciadas
geograficamente utilizavam plantas que pertencem ao mesmo gênero e
consideradas muito próximas. Podemos tentar explicar este fenômeno pela eficácia destas
espécies que fez com que fossem seleccionadas durante séculos pelos curandeiros. Na lista de
Hartwell encontram-se, por exemplo, as provas da utilização anticancerosa de 17 espécies do
gênero Acacia. E de facto as acácias foram prescritas nos cinco continentes, praticamente em
todo o lado onde existem.
Plantas correntes contra o cancro
Podemos constatar com espanto que certas plantas preconizadas, durante séculos em diversas
tradições, para tratar o cancro são especies banais.
* A cebola é citada por 42 fontes, entre elas o papiro de Eber do
Egipto Antigo, os trabalhos de Dioscórides, na Europa da Idade Média (Bartolomela Alemã), na
medicina popular checa, russa e
também peruana e chilena. A cebola foi utilizada sob diversas formas em injecções,
cataplasmas com sal ou mel, consumida crua ou preparada em vinagre, sumo de
limão (Malásia) ou com azeitonas e pétalas de lírio branco (índias Orientais Holandesas).
* Por outro lado, as citações de espécies banais, como o Quercus ilex
para o cancro do estômago, no Chile, e as bolotas ria Ucrânia, são inúmeras.
307
Cancro
* Entre as plantas antitumorais da flora francesa, podemos citar a raiz
de beterraba vermelha, as folhas de alcachofra, a casca de espinheiro, o rizoma e a raiz de
morangueiro. Os leitores interessados neste assunto podem consultar a lista de Hartwell (ver
Bibliografia, p. 641 ).
* Os aloés são também muito citados (73 vezes). São utilizados no
tratamento da leucemia na medicina chinesa. No Brasil aplica-se a
polpa de Aloe africana sobre os turnores. O Aloe arabica, dissolvido em água, é utilizado na
Florida para os cancros do ânus e do pénis. Nesta região é, aliás, consumido na alimentação, a
título preventivo. As cataplasmas antitumorais de aloés são preconizadas no Egipto. Nas índias
Orientais é macerado em vinho. Na América Central o Aloe arborescens é assado, descascado e
colocado em óleo vegetal. Nesta região deita~se nos banhos uma decocção para tratar os
cancros do estômago. Quanto à tintura-mãe, esta é utilizada actualmente em todos os
continentes.
* O aloés também era conhecido na Europa. É citado na antiga medicina alemã (Reichenau
antidotaruni e Berlin antidotarum do século ix) e inglesa (Glasgow antidotariitil do século x). As
propriedades anticancerosas desta planta foram redescobertas pelo padre Kneipp (sumo de
aloés). É impossível citar aqui todas as plantas anticancerosas ou descrever todas as formas de
as utilizar. Todavia, é certo que entre mais de 3000 espécies utilizadas pelo homem em todos
os continentes, ao longo da histó ria, ainda é possível encontrar plantas eficazes que podem
complementar um tratamento clássico ou substituí-lo nos casos em que a medicina oficial não
tenha soluções a propor.
óleos essencisis *
Certos terapeutas associam às suas prescrições óleos essenciais para o tratamento do cancro.
Utilizam entre outros.VIÓIeld - Gravo-de~defulmo OrégãOS~de-eS,0a1717a - ÁrVoi@&-d.7cane1a - Tom1117o
CONSELHOS
- Ver também o conteúdo da moldura sobre o Saw Palmetto (p. 528).
308
Catarata
Catarata
U
m grande número de cataratas necessita de uma intervençao cirúrgica
que dá excelentes resultados pois está actualmente muito bem controlada.
A catarata manifesta-se por uma opacidade do cristalino. Esta perturbação afecta mais espec i
ficam ente as pessoas idosas, mas existem actualmente jovens com estas afecções.
Podemos supor, corno causa possível, o agravamento dos efeitos dos raios ultravioletas
motivados pelo consumo de certos medicamentos. Devemos lembrar que, tanto nas crianças
como nos adultos, os efeitos indesejáveis dos medicamentos sobre a retina foram
demonstrados, particularmente os efeitos dos corticóides, dos colírios midriáticos, dos
antiespasmódicos, dos psicotrópicos, da beladona, dos medicamentos para a doença de
Parkinson, dos hipotensores, etc.
Os diabéticos apresentam mais riscos de contrair esta doença. Não encontrámos nenhum
tratamento credível nas medicinas complementares. Os conselhos que damos aqui são
meramente preventivos.
É indispensável consultar um médico.
,L L(2J õ/005 essenciais
1 arícío - Gengibre - P5n17o~ _Sílv&Stro
* Os óleos essenciais de larício, gengibre e pinho-silvestre teriam uma acção preventiva
benéfica. * 1 ou 2 gotas de larício, de gengibre ou de pinho silvestre, 2 ou
3 vezes ao dia.
C0177pre,55.85
1, I_MI MIósói;ig ffiores, 30 g)
Utilizar as flores de miosótis.
Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos (30 g de flores para 100 ml de água). Aplicar
compressas mornas, de manhã e à noite.
,411177e17A100 *
Recorre-se cada vez mais a uma planta injustamente esquecida: a c u rc u m a, Curcuma longa
(s e rvia també m para tingir os hábitos dos monges budistas). Utiliza-se ainda o rizoma seco,
por via oral,
309
Celulite
Segundo a tradição oriental, certos pratos saborosos temperados com um molho picante à base
de curcuma e outros ingredientes têm uma acção protectora contra as cataratas. Alimentos
privillegiados: os frutos ricos e os legumes crus, o alho pelas suas virtudes regeneradoras, a
cebola, a cenoura,
a couve e de uma maneira geral todos os alimentos ricos em beta-caroteno e em vitamina E:
espinafres, abóbora, óleos vegetais de primeira pressão a frio, azeite, óleo de cártamo, de
girassol, de sésamo, de grãos germinados (trigo, luzerna, cevada, aveia, soja, lentilhas, etc.) e
levedura de cerveja.
Celulite
E xistem diversos tipos de celulite que podem localizar-se em diferentes
partes do corpo: nas ancas, nas nádegas, em volta das coxas, no
ventre e no baixo-ventre, nas barrigas das pernas, etc.
A celulite afecta com mais frequência as mulheres
A celulit& afecta mais especificamente as mulheres, mas os homens não são totalmente
poupados. Inúmeros trabalhos questionam a pílula anticoncepcional bem como a prescrição de
hormonas para a menopausa. Durante os períodos de gravidez, em razão da secreção de
prolactina, a
mulher pode ser sujeita a este tipo de fenômeno, que se atenua e desaparece depois do parto.
As glândulas supra-renais são também importantes porque favorecem a retenção de água. As
hormonas que agem mais especi icamente sobre a celulite são os estrogéneos, a prolactina, a
insulina, a adrenalina, a aldosterona, etc.
O que diferencia a obesidade da celulite é que a celulite caracteriza-se por um desequilíbrio
endócrino e um ari-nazenamento anormal de água nas células que estão “saturadas” e não são
capazes de eliminar este excedente.
310
Celulite
Podemos, por isso, considerar que se trata de uma inflamação do tecido que surge
progressivamente. A primeira fase “congestiva” passa muitas vezes despercebida. Observa-se
uma dilatação dos vasos sanguíneos e uma má circulação do sangue e da linfa. É então que se
produz a retenção de água, a pele torna-se menos flexível e instala-se uma certa sensibilidade.
Esta situação manifesta-se por um fenômeno chamado “pele de laranja”. A primeira fase passa
rapidamente e é importante agir logo que surgem os primeiros sintomas, que indicam sempre
uma disfunção.
Existem diversos tipos Z celulite, a Mole, a dura e a edematosa. Esta última distingue-se
porque torna a pele mais sensível ao toque.
As causas psicológicas da celulite
Independentemente das causas hormonais que acabámos de descrever, a celulite pode ter uma
origem psicológica. Pode ser uma resposta ao stress, à angústia, a uma contrariedade e surgir
após um choque afectivo. Estes factores, muitas vezes negligenciados, têm a sua Importância
pois estão na origem de perturbações que favorecem um consumo excessivo de comida, de
bebida e de açúcar. É frequente as pessoas (particularmente as mulheres) compensarem um
desequilíbrio afectivo com o consumo de guloseimas (os homens procuram mais facilmente
refugiar-se no álcool). Verificamos portanto que se trata de um fenômeno complexo, e é por
esta razão que não se devem negligenciar nenhuns aspectos deste problema.
Paradoxalmente, afirmamos que todos os tratamentos dão bons resultados ou falham. Alguns
são mais eficazes que outros, é certo, mas para que o êxito seja total necessitam de
perseverança.
Quanto à cirurgia estética, somos obrigados a constatar que esta obtém resultados notáveis e
até espectaculares. Mas estes resultados só duram se
forem complementados por uma tomada de consciência e uma transformação dos hábitos que
desencadearam o desenvolvimento desta afecção.
E se começasse imediatamente?!
Este tipo de decisão é excelente. Comece de imediato mas sem brusquidão, sem tentar mudar
tudo imediata e sistematicamente. O motivo
311
celulite
é simples: a motivação forja-se e só se transforma em vontade pouco a
pouco. O que é importante é começar. A abordagem que propornos para a obesidade pode ser
adaptada para vencer a celulite.
É indispensável fazer um balanço antes de começar, e este deve ser tão pormenorizado quanto
possível. Não hesite em olhar-se ao espelho, em
tirar fotografias, em tirar regularmente as suas medidas e anotá-las para comparar a sua
evolução. Isto é muito importante e condicionará tanto o seu êxito como a sua dei-rota.
Ver também Prisão de Ventre (p. 522), Nervosismo (p. 474), Diabetes (p. 361), Obesidade (p.
482), Alcoolisi-no (p. 201), Tabagisi-no (572), Alergias (p. 207) e o capítulo reservado ao
Relaxamento (p. 137).
@ZJ ÁgIsgol-as *
Rah7ha-alos-pn?aIos - Sabugu&íro - Hamainéli@-, - Salva
2 drageias por dia.
ou 117fusgo R.71n17.7-dos-pr.?dos -@- Sabilguelro + H.9mamélIs + Salva
1 pequena pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia, entre as
refeições.
óleos essenciais
L imão
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Z1@nbr0
2 gotas, 2 vezes ao dia. Alternadamente, dia sim dia não.
Nos casos mais graves
IMUSãO * Fueus vesiculosus
Pes d& cereja -@. 01-1osffion Sabuguelro
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
11 @@ Águciles e O&Sje.9 Dos braços, das coxas, do ventre e do baixo-ventre, todos os dias.
Efectuar movimentos rotativos curtos, insistindo particularmente nas partes afectadas. Duraçâo
1 ou 2 minutos.
312
Celulite
8.717h05
São especialmente indicados à razão de 1 a 2 por semana, aos quais se acrescenta uma
solução pronta a utilizar à base de FuctIs vesIculosus que se encontra à venda nas farmácias
ou nas lojas de dietética, e 11.1 de copo de vinagre de cidra. Este banho termina com um
duche fresco (ou frio) seguido de uma fricção vigorosa.
80/7/705 dê? OSSOIMO
Frios, diários.
LOMI_q0175 117teSMIMIS
1 de 2 em 2 dias no início, depois, 2 por semana, com uma infusão de camomília.
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão 10 minutos, filtrar
e tomar morno.
Banhos de v.9por *
2 ou 3 vezes por semana. Terminar com um duche fresco e uma fricção vigorosa. @C@1
C117M100 dO NOPN170
Conservar durante a noite. Melhora de forma notável os resultados obtidos.
O cinturão de Neptuno é particularmente indicado para combater a celulite localizada em volta
das ancas e ao nível do baíxo-ventre.
F¥@ AffineIffi?~
* Eviltar: o açúcar e os produtos
com açúcar: pastelaria, bebidas doces incluindo as ligN, o leite e os produtos lácteos,
charcutaria, os enchidos, a caça, os pratos com molhos, a maionese, os fritos e
sistematicamente todas as gorduras cozinhadas, manteiga, carnes gordas, pratos apurados,
álcool, cerveja, vinho, aperitivos, chá, café, chocolate, queijos fortes e, obviamente, o tabaco.
* Alimentos privilegiados: a preparação das refeições é preponderante bem como a forma de as
consumir. Devem ser consumidas, se possível, tranquilamente. Lembramos também que todos
os alimentos devem ser cuidadosamente mastigados para que a ensalivação permita a sua
assimilação.
* Todos os frutos e legumes frescos crus, saladas, alface, chicória, agrião, pepino, tomate, alho
e cebola (em razão das suas propriedades desintoxicantes), cenoura, aipo, salsa, nabo, couve
branca ou roxa, chucrute (sem os acompanhamentos), ra313
Celulite
banetes ‘cogumelos, alperces, ananás, maçãs, peras, amoras, cássias, limão, cerejas,
groselhas, pêssegos, melancia, uvas.
* Os cereais e as leguminosas
devem ser consumidos com moderação.
* Os grãos germinados - trigo, girassol, etc. - podem também ser consumidos, bem como os
óleos vegetais de primeira pressão a frio, azeite, girassol, sésamo, cártamo, etc.
* Devem introduzir-se progressivamente na alimentação os alimentos crus, de modo a não agir
de forma demasiado brusca sobre os hábitos alimentares.
- É preferível utilizar os produtos
da agricultura biológica ou provenientes de pequenas explorações.
o jejum
*1 dia por semana pode completar eficazmente a cura anticelulite, bebendo água ou infusões
(ver acima). *Cura de fruta. *Dia de fruta: uvas, ananás, alperce, etc. (em função da estação).
OUZIros t10Mmentos COMPIMI7MÉRIVS possiveis
São propostos inúmeros métodos para fazer face a este problema.
os métodos cifúlvicos
Trata-se da lipossucção e da lipoaspiração que visam a obter efeitos rápidos por intervenção
corporal. Estes métodos só têm interesse se existir um desejo real de agir sobre a causa, caso
contrário o risco de reaparecimento da celulite é quase inevitável a médio ou longo prazo.
Pensamos, por isso, que antes de fazer um tratamento deste tipo é preferível começar por
transformar progressivamente os hábitos de vida. Quando surgirem melhoras, é então possível
encarar uma intervenção para perfazer o resultado. Como é óbvio, uma intervenção deste
gênero só se justifica em casos sérios.
A 171d1utempla do có/0/7
Efectua-se em consultório especializado, não tem inconvenientes e ajuda ao reequilíbrio
intestinal. Os benefícios são inúmeros: uma digestão melhor, uma melhor assimilação e o
restabelecimento do trânsito intestinal.
AS n78558g0175
Existem diferentes tipos, e certos cinesioterapeutas propõem asso314
ciar-lhes sessões de electroterapia.
* A drenagem linfática VõdcIer,
praticada em consultório de estética, pode ser indicada como método de acompanhamento
excelente.
* A acupunctura, a auriculoterapia,
a mesoterapia, a homeopatia, a
Ciática
vertebroterapia, particularmente quando estas afecções são acompanhadas de dorsalgia,
lombalgia, desequilíbrio postural, etc. Neste caso a osteopatia, a quiroprática, a etiopatia,
praticadas por profissionais, são tratamentos que também não devem ser negligenciados.
MATAMEN70 KNEIPP
- Durante períodos de 4 semanas.- semicúpios frios, curtos (30
segundos a 1 minuto).
CONSELHOS
- Exercícios respiratórios e de relaxamento, acompanhados de
visualização criativa.
- Andar de pés descalços na erva húmida.
-Andar descalço na água, com a água até às canelas.
- Exercícios físicos, desportos, bicicleta, fioting, etc.
Ciática
V
r também Artrose (p. 247), Nevralgias (p. 478), Costas (p. 349), eLombalgias (p. 455). A
ciática manifesta-se por dores, cãibras extremamente violentas ao
nível dos rins e nas faces anterior e exterior da parte dianteira e inferior da coxa. Esta dor pode
descer até à parte inferior da perna.
A menor flexão resulta geralmente numa acentuação da dor, que pode durar de alguns minutos
a algumas semanas.
A título preventivo: vigiar o peso (ver eventualmente Obesidade, p. 479), evitar os esforços
violentos, os movimentos bruscos, etc.
315
Ciática
IMUSãO *
Durante 3 semanas, no início da Primavera e do Outono, fazer uma cura de:
B&tó17iCa
3 ou 4 pitadas para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar repousar 10
minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
ÁLOVOg0175 *
Com uma infusão de centaúrea, que também alivia as dores.
20 9 de planta para meio litro de água. Ferver e deixar repousar
20 minutos. Fazer com a ajuda de uma “pêra”, de manhã, de preferência, e conservar durante
20 minutos.
RECEIrA ANrIGA CIrADA POR DIO~RIVES E GALIANO
Em aplicação externa, uma decocçâo de énula-campana em vinho tinto: 20 g de planta para 1
garrafa de vinho. Deixar macerar
3 dias. Aplicar 2 ou 3 vezes por dia, em compressas. (Para acelerar a preparação, pode aquecer
em banho-maria durante cerca de 20 minutos e deixar macerar 5 a 6 horas, antes de utilizar).
Em seguida aplicar com um pano para aliviar as dores.
A EMBROCAÇÃO ÁOO PR. CHOMEL rEM UMA A CÇÃO
SENÉFICA SOBREA3,00RES Meio litro de azeite + 30 cabeças de camomilia + 30 g de erva-desào-João. Deixar macerar 8 dias ao sol ou perto de uma fonte de calor, filtrar (para acelerar a
preparação, aquecer em banho-maria durante 20 a 25 minutos, filtrar). Misturar em partes
iguais com álcool canforado. Fazer penetrar massajando a parte dolorosa, várias vezes ao dia.
O ÁI7R. ÁRIIIZ RECOMENÁa41
Todos os dias- um banho de vapor na cama, ou um banho de vapor dos pés. Escolher o mais
bem tolerado e em seguida fazer uma fricção quente completa. Banhos de assento quentes de
20 minutos. Compressas de panos quentes bem cobertos nas partes dolorosas (1 a 2 horas).
Fique em repouso massajando a parte dolorosa, várias vezes ao dia.
Cicatrização de feridas e hemostáticos
CONSELHOS
Alimentação ligeira. Outros tratamentos possíveis: Massagens, acupunctura, vertebroterapia,
etc.
Cicatrização de feridas e hemostáticos
r Feridas (p. 396).
Recoltos lf Atoffi~dut~
Arl71c,g-da-mo17tai717a
* 1 colher, de sopa, de tintura-mãe para um copo de água, em compressas.
BOIS.?-de-pastor
Antigamente utilizava-se contra as hemorragias (em decocção) e para tratar inflamaçôes.
Depois esta planta foi completamente esquecida. Mas as suas virtudes hemostáticas foram
oficialmente reconhecidas durante a 11 Guerra Mundial, e desde então é frequentemente
utilizada. * Reduzida a pó, estanca eficazmente os sangramentos do nariz.
Castan17a-ale-áqu.7
* As folhas em cataplasmas são
anti-inflamatórias.
conso/da
* As raízes frescas utilizam-se
raladas, em compressas.
Cr.7VO-d&-~U17t0 * Arlstolóquia-comum Galnornila-pequena ffior-es) -@- HainamélIs ffioffias)
* Em infusão aplicada em compressas.
Erva-d&-são:ffião
* Utiliza-se em compressas, em
óleo.
EvónImo
* Uma decocçâo de 15 g para 1
litro de água. Ferver 10 minutos e deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar em compressas.
* Activa a cicatrização das feridas.
317
Cistite
GerânIo, Erva~de-são-robertô
* Utilizam-se as folhas moídas.
P~17101r0-da~aMériCd
* Aplicam-se directamente as folhas sobre as feridas.
Romã
* Utiliza-se a casca pulverizada
dos frutos.
* 80 g de planta para 1 litro de
azeite. Agita-se frequentemente e deixa-se macerar ao sol durante 2 semanas. Filtrar.
Sanícul.7 europela
* Utilizam-se as folhas moídas.
Esta planta é uma das panaceias da Idade Média.
* Aplica-se em uso externo em
banhos e para envolver as feridas, em casos de hemorragia, feridas, contusões, equimoses. A
sanícula acelera a cicatrização. ATENÇÃO1 A grande procura desta planta é a razào pela
qual ela é frequentemente substituída pela De17taria
017e8~110.
Tomil170 - CaMOM//27 Oregão Vulgar Aplicação idêntica à da Asma (p. 252)
ulmei;10 A decocção da casca, das folhas ou dos frutos trata as feridas de cicatrização difícil e
as dermatites. As propriedades desta árvore foram descritas por Dioscórides.
30 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão 30 minutos.
Aplicar em compressas. Repetir
2 ou 3 vezes ao dia. Pode também preparar um unguento composto por 80 g de pó de casca de
ulmeiro misturado em 1 kg de vaselina.
Cistite
As
suas origens e causas são diversas. Pode ou não ser acompanhada de dores.
Áo~ei ‘65 * Tomíl17o - Lavanda - MaIv.7
- cInórrodo
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Alternadamente, dia sim dia não.
Zimbro - Mirtilo - Énula CaMp817.9
- 2 drageias de cada, 1 vez ao
dia.
318
Cistite
ou Infusão * ZIMbrO + MIrMO -@- ÉMIa campana + Tomil17o lavanda + MaIV.7
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar repousar 15 minutos. Tomar 4
chávenas por dia.
~
2 gotas, 2 vezes ao dia.
ÁMO/7/105 dO V8POr
3 banhos de vapor de assento com uma infusão de cavalinha (5 ou 6 boas pitadas para meio
litro de água, ferver e acrescentar 4 a 5 litros de água a ferver).
3 vezes por semana.
OUCI1OS o ofusios *
Mornos de 5 a 10 minutos, das coxas e do baixo-ventre, insistindo no ânus e no umbigo.
Diários, seguidas de um banho quente.
Recoltos
Infusão de 10 g de folhas secas ou frescas em 1 litro de água a ferver. Deixar repousar 10
minutos. Beber 3 chávenas por dia.
Herníola comum
*Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar em infusão 12 horas. Aquecer.
*Beber 3 chávenas por dia.
L ígástica
*Infusão de 15 g de raiz para 1
litro de água. Ferver e deixar repousar 10 minutos.
*Beber 3 chávenas por dia.
Medronheíro ou erva-de~ui-so
*Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar 12 horas. Aquecer.
*Beber 3 chávenas por dia.
Resta-bol-espin17osa
*Infusão de 10 g de planta migada (ou raiz) em 1 litro de água a
ferver. Deixar repousar 20 minutos.
*Beber 3 chávenas por dia.
Zímbro cornum
*Infusão de 30 g de bagas para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar meia hora.
*Beber 2 chávenas por dia. (@@ A111n017m00 *
A alimentação mais adaptada e que tem um efeito sinérgico com os tratamentos naturais acima
descritos é, sem qualquer dúvida, uma alimentação vegetariana.
-Contra-indicações: açúcar, doces, pastelaria, compotas, álcool, vinho, cerveja, cidra, carnes
gordas, charcutaria, enchidos, aparas e vísceras, caça, queijos fortes, especiarias, pi319
Cistite
menta, pimento, mostarda, maiorabanetes, endívias, figos, ananese. Atenção ao sal.
nás, bananas, morangos, etc. Alimentos privilegiados: cereais integrais, germe de
trigo,
iVO/M levedura de cerveja, couve, couAã ve-flor, chucrute (sem as carnes
. É aconselhado na condição de que a acompanham normalmense beber
bastante água fresca. te), tapioca, beterraba, tomates,
- Cura de fruta.
7RA7AMEN7O KNEW
* Para as pessoas robustas, meios banhos frios curtos (alguns
segundos).
* As pessoas fracas e delicadas começam com banhos mornos
curtos para progressivamente tomarem banhos cada vez mais frios.
* Em infusão preconizava uma mistura chamada “Mistura reguladora T, preparada e composta
da seguinte maneira:
- 2 colheres de funcho moído; -3 colheres de bagas de zirnbro-1 .-3 colheres de raiz de engos;
- 1 colher de feno-grego;
- 1 colher de aloás. Fazer uma mistura homogénea.
1 pequena colherada desta mistura é suficiente para uma chávena. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão 15 minutos. Atenção, esta infusão toma-se na porção de 4 a 6 colheres à
noite (1 chávena dura cerca de 2 dias).
* Durante o dia, as infusões de cavalinha são também recomendadas.
* Cinturão de Neptuno, morno.
CONSELHOS
- Quando houver uma melhoria, praticar o endurecimento (ver p. 132).
- Ver também a moldura sobre o Saw Palmetto (p. 528).
320
Colesterol
Colesterol,
V
igie a tensão, a obesidade, as doengas digestivas, etc., e... a taxa de colesterol.
Será o colesterol ínjustamente acusado?
Desde há alguns anos que os meios de comunicação, os laboratórios de produtos farmacêuticos
e uma parte de corpo médico acusam o colesterol de ser o inimigo ri.’ 1 da saúde. Nesta
campanha, com tonalidades histéricas, dissimulam-se factos desconcertantes e que podem
desacreditar o
lobby anticolesterol. Está fora dos nossos propósitos contestar que os
riscos de doenças coronárias aumentam em função de uma taxa de colesteroi elevada.
Mas será que basta mudar o regime alimentar ou tomar um medicamento supostamente contra
o colesterol para diminuir os riscos ligados a
este tipo de patologia? Será este tipo de tratamento anódino, ou terá ele inconvenientes? Será
a mortalidade menos importante nos países onde, graças a um regime alimentar apropriado, a
taxa de colesterol diminuiu?
Não é nossa intenção pôr em causa os tratamentos de hipercolesterolemia, que são necessários
em certos casos bem específicos mas limitados. Em contrapartida, parece-nos importante
sermos cépticos quanto ao
valor de uma propaganda anticolesterol exageradarnente amplificada e a
psicose dela decorrente.
Um dos componentes da membrana celular
Se nos fiarmos nos meios de comunicação, podemos pensar que o
papel essencial do colesterol é afectar a nossa saúde e que a sua responsabilidade na
arteriosclerose está comprovada. Contudo, esquecem-se frequentemente de dizer que o
colesterol é um elemento-chave da composição da membrana celular, Nenhum organismo vivo
pode continuar a
viver se for privado deste elemento que está na base da arquitectura das nossas células.
321
Colesterol
Dois investigadores americanos, Michael Brown e Josepli Goldstein, receberam o Prêmio Nobel
em 1985 pelos seus trabalhos que demonstravam os mecanismos de transporte do colesterol
no interior da célula. Descobriram que este transporte só é possível graças à existência, na
membrana celular, de receptores de colesterol. Mas os seus trabalhos também salientam que a
h i perco lesterolem ia só é possível quando existe um defeito genético ao nível destes
receptores da merribrana celular, porque se estes funcionam mal, ou não funcionam de todo, a
célula fica sem material de base à sua disposição para elaborar as suas membranas e sintetiza
então o seu próprio colesterol. Neste caso específico, o mecanismo de autocontrolo não existe
praticarnente (porque a taxajá não depende destes receptores), e o organismo fica condenado
a produzir colesterol.
Estes trabalhos demonstram que não somos todos iguais perante a
arteriosclerose e que o aparecimento desta doença não depende exclusivamente do regime
alimentar e do modo de vida.
E os factores de risco?
É lógico que uma célula privada de colesterol procure sintetizá-lo e
que a importância da taxa de colesterol esteja ligada ao número e ao funcionamento dos
receptores e que, neste caso, um regime hipocolesterolémico só possa ter um efeito limitado. É
certo que todos sabernos que o café, o cigarro, a diabetes e o excesso de peso são factores de
risco para as doenças coronárias e contribuem para o aumento da taxa de colesterol. Mas
poderemos nós deduzir que o colesterol é responsável por estas patologias ou que se trata
apenas de um efeito secundário e não de uma causa inicial? Por outro lado, alguns cientistas
britânicos verificaram que em muitos casos a doença das coronárias está provavelmente
programada desde os primeiros momentos das nossas vidas.
A polémica em torno do colesterol pretende frequentemente que uma
taxa de colesterol baixa é sinónimo de boa saúde e que diminui os riscos de acidentes
cardíacos. Contudo, sabemos actualmente que as pessoas que conseguem reduzir a sua taxa
de colesterol morrem menos de acidentes coronários, mas mais de cancro.
Esta constatação vem juntar-se à dos fisiólogos do início deste século que pensavam que o
colesterol tinha um papel primordial na regulação da
322
Colesterol
permeabilidade celular e que, além disso, era um dos elementos-chave da autodefesa do nosso
corpo contra a infestação de células cancerosas.
É certo que o nosso conhecimento dos mecanismos da cancerogénese é ainda insuficiente para
podermos afirmar ou rejeitar esta hipótese, mas
está bem demonstrado que a redução do colesterol aumenta o risco do cancro. Recentemente
os investigadores japoneses observaram vários milhares de habitantes de Osaka. Esta hipótese
foi, mais uma vez, confirmada: a relação entre o cancro (especialmente nos homens) e uma
taxa de colesterol baixa parece ser evidente.
Certos médicos pensam também que a queda da taxa de colesterol antecede a morte em
pacientes que sofrem de doenças prolongadas. Os investigadores do Centro Médico de
Baltimore constataram que uma taxa baixa de colesterol em pessoas idosas implica
frequentemente a morte.
Terá o colesterol alguma incidência sobre a duração da vida?
Em 1981 os investigadores chegaram a conclusões perturbadoras. As pessoas que têm uma
taxa de colesterol baixa não vivem estatisticamente muito mais tempo do que o resto da
população, mas, para sua enorme
surpresa, os investigadores constataram que estas tinham uma taxa de suicídio muito mais
alta. Um grande nú mero de investigadores pensa actualmente que uma taxa de colesterol
demasiado baixa está na origem de depressões, suicídios e morte precoce. Os psiquiatras
finlandeses observaram que os indivíduos particularmente agressivos se caracterizam por uma
taxa de colesterol baixa. As inúmeras experiências feitas em
animais confirmam a relação entre a taxa de colesterol e a agressividade.
Todas estas investigações realçam também que a moda dos medicamentos anticolesterolémicos
é duvidosa e que o abaixamento da taxa de colesterol feita de forma inconsiderada pode ter
consequências graves para a nossa saúde.
Deve-se falar do colesterol com muito cuidado
É um assunto escabroso e que exige uma grande prudência, já que os
estudos contraditórios sucedem-se. Tal como acabámos de ver, o colesterol está presente em
todas as células e no sangue, bem corno na bílis. Este
323
Colesterol
esterol encontra-se nas gorduras animais, no tecido cerebral e no leite e é sintetizado pelo
figado. O seu papel é particulaririente importante na
síntese das hormonas esteróides.
O excesso de colesterol é perigoso: bloqueia as artérias e dá origem à arteriosclerose. Se
houver formação de placas no sangue, existe risco de trombose. Mas só o excesso de colesterol
que provém das gorduras saturadas que se encontram nos produtos de origem anirrial, na
carne, no toucinho, nos produtos lácteos, no chocolate, tem inconvenientes notáveis. Em
contrapartida, as gorduras não saturadas, presentes rios óleos virgens, têm uma incidência
protectora notável.
O único “senão” é que ignoramos por corripleto qual é o papel exacto do colesterol nas doenças
cardiovascu lares. É por isso que, tal como
virrios, nos podemos perguntar se ele estará verdade i ram ente na sua origem e, se esse for o
caso, é normal e oportuno agir para o controlar e neutralizar, mas, se ele for apenas a
consequência, estaremos a agir apenas sobre um sintoma e o efeito protector será apenas
ilusório.
No plano prático, quando se consome uma quantidade exagerada de alimentos ricos em
colesteroi e este não é eliminado, fixa-se na parede dos vasos e forma uma placa que se torna
mais espessa com o tempo e chega até a provocar a obstrução dos vasos sanguíneos.
Mas, como nada disto é simples, certos investigadores avançam a
hipótese que o colesterol exerceria uma protecção contra os radicais livres e seria até
antioxidante (daí a sua influência protectora em caso de cancro). A sua toxicidade só apareceria
depois do fenômeno de oxidação, ele próprio directamente ligado às nossas condições de vida.
Estudos surpreendentes
Fabricamos todos os dias cerca de 15 gramas de colesterol, mas o que é essencial é que a sua
taxa de concentração esteja num nível óptimo, tal como para a glicemia e todos os outros
elementos indispensáveis ao bom funcionamento do nosso corpo.
Em Israel certos investigadores estabeleceram taxas de comparaçao entre as esperanças de
vida: as pessoas cuja taxa se situa entre 2 e 2,30 têm uma esperança de vida superior às que
têm uma taxa situada entre
1,5 e 1,9. Aqui também não devemos tirar conclusões demasiado rápidas,
324
Colesterol
porque verificamos que o modo de vida, apesar de ter, por vezes, repercussões (mas nem
sempre) sobre a taxa de colesterol, tem uma incidência indiscutível sobre a esperança de vida.
Os ovos, por sua vez, estiveram muitas vezes, e sem razão, no banco dos réus, mas verificouse que o que se utilizava nos estudos era ovo em pó desidratado! Foram também realizados
outros estudos contraditórios que demonstram que os ovos, consumidos cozidos ou escalfados,
mesmo em quantidades importantes, têm uni papel menor sobre a taxa de colesterol. É mesino provável que a lecitina contida nos ovos seja um agente fortemente protector. Além disso,
contêm também proteínas, aminoácidos e
nutrientes diversos que os tornam num alimento-chave.
Os verdadeiros inimigos
O colesterol não é um inimigo a abater a qualquer preço. Pode ser o
reflexo de erros alimentares e (ou) ser geneticamente hereditário, característico de certas
famílias; mas é também provável que, nestes casos, os
hábitos alimentares familiares tenham um papel predominante.
A tudo isto podemos acrescentar a hipertensão, a sobrealimentação, o excesso de peso, o
cigarro, o álcool, os produtos lácteos (suspeitos para muitos investigadores) e especialmente os
cozinhados com manteiga, os fritos, o excesso de gorduras animais, as charcutarias, os
enchidos, os açúcares artificiais, bem como todos os produtos que os contêm (bebidas doces,
sodas, pastelarias, compotas, chocolate, etc.), a diabetes, o stress, a inactividade física e certos
produtos farmacêuticos.
Combater naturalmente o colesterol
* Os nutrientes tais como o óleo de onagra, o óleo de caroços de
cássia têm uma acção anticolesterolemiante.
* A lecitina diminui a taxa de lípidos, tal corno os óleos de peixe (contêm ácidos gordos
poliinsaturados óniega 3), os óleos vegetais (de primeira pressão a frio), tais como os óleos de
linhaça, de noz,
de soja, de sésamo e de girassol.
* Os cereais integrais, o arroz, o milho painço, todos os frutos frescos
e os legumes verdes, as alcachofras, as saladas verdes, o limão, a
325
Colesteroi
toranja, as uvas, as cenouras, as beringelas, a couve, a cebola, a
cebolinha, o alho (tem uma acção específica sobre a estrutura das artérias, demonstrada por H.
Heinle, por adjunção de alho à comida) fazem baixar de forma substancial a taxa de colesterol
e têm uma acção benéfica sobre a hipertensão.
* O estudo sobre o alho foi confirmado pelo Prof. A. Arekhov de
Moscovo, que constatou que o consumo regular de alho impede a
acumulação de colesterol e a formação de placas ateromatosas nos
vasos saudáveis e também nos vasos já afectados. Curiosamente, este professor constatou
também que o alho diferencia os colesteróis, combatendo os nocivos (LDL), mas privilegiando
os bons (HDL). Por outro lado, é também um agente antioxidante e opõe-se aos efeitos dos
radicais livres.
* Isto explicaria o motivo de os regimes “mediterrânicos” serem protectores contra as doenças
coronárias e o facto de as pessoas que vivem no Norte da Europa serem mais sensíveis as estas
afecções.
* Assinale-se que o ácido O-linoleíco contido no azeite teria também
uma acção protectora.
* Devem privilegiar-se também as vitarninas uo grupo A, C e B, o
selénio e o magnésio.
LM ÁO~6,1 ,os *
Sardd17a - GraMa
* 2 drageias de cada. Sax,fraqa - Oliveira - Grama * 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia
sim dia não. @
ou IMU5J0 *
8arda17a ‘/- GiaMa + 5.9Xífraqa -@- 011vgIra
Ferver durante 3 minutos, deixar repousar 15 minutos.
- Tomar 4 chávenas por dia.
O chá chinós “Yunnan” precipita a digestão das gorduras.
Tomar 1 chávena depois de cada refeição, em infusão.
ó/005 OSSOMÁTIS
1-11não
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
ou Gerânio
2 gotas, 2 vezes ao dia.
86/7/105*
Banhos de assento quentes com massagem do baixo-ventre, 2 vezes por semana. Banhos de
assento frios.
326
Colesterol
Banhos de vapor *
Banhos de vapor 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de fricçôes frescas e vigorosas.
ouc/jos o afusões E`6j1* i
Das coxas, alternando com fulgurante - Afusão rectal.
Receitas AtotelaPéuticos
As plantas que combatem o colesterol@
Alfafa, Denté-de-leão BéIÚIa@ Oliveíra, samo do Tffia, Bardanal Grama, SaxífrIV-71 Alecrim,
SolIdago, casca de Freixo, Eupatóría
* Todas estas plantas podem ser
preparadas sob a forma de decocção à razão de 10 9 para
1 litro de água. Ferva durante
15 minutos e deixe repousar 30 minutos.
* Tomar 4 ou 5 chávenas por dia,
fora das refeições.
A11h7017toÇão
A alimentação actual, demasiado rica, demasiado abundante (gorduras animais, pratos
cozinhados preparados, etc.), favorece a colesterolemía.
* Contra-indicações: todas as
gorduras animais, manteiga cozinhada, queijos, charcutarias, enchidos, salmouras, carnes
gordas (borrego, porco), chocolate, açúcar, bebidas doces, pastelaria, compotas, ovos
(especialmente a gema), fritos, álcool, vinho, cerveja, conservas, peixes gordos (sardinha,
carapau, etc.). Atenção também ao consumo de sal.
* Alimentos privilegiados: alcachofras, saladas verdes, legumes crus, limões, toranjas, uvas,
maçãs, couves, cebolas, alho, cereais integrais, pão integral, papas de aveia, óleos de milho e
de girassol, etc.
* Bebidas: água (com um fio de
limão).
@@ JeJUIn *
Praticar regularmente.
1 dia, a fruta. Cura de fruta (uvas).
KI7h0 SIMICOIOSMIVI
Folhas de bétula + casca de freixo em 1 litro de vinho tinto de Bordéus (se possível biológico).
Deixar macerar 1 semana, filtrar e beber um cálice por dia, fora das refeições.
327
Colibacilose
CONSELHOS
Tente praticar, se possível:
* o endurecimento, andar a pé descalço na erva húmida (p. 132);
* os exercícios fisicos (p. 133). Atenção às tensões, contrariedades e acessos de cólera.
Colibacilose
v
igiar eventualmente a prisão de ventre.
gás EtIcalipto - Llrz&
* 2 drageias de cada. Grama - chi@@órla-SOIV.7g&rn
- Madr&Ssilva
* 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não. @
ou Infusio * E11c1911p10 + Urz& + Grama + ChIcórIa + iv<9ofressIlva
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar repousar
15 minutos. Tomar 4 chávenas por dia.
óleos essenciais ZImbro
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
BO/7/105 de OSSOMO *
Banhos de assento quentes (Kneipp) com uma infusão de cavalinha, 3 vezes por semana,
seguidos de um banho de assento frio, curto.
88/7/105 de V27por
por semana.
* Afusão diária dos braços e das
coxas.
* Afusão dos braços e da cabeça,
3 vezes por semana. P@@
328
MIMUIW0 de Neptuno
Cólicas hepáticas
AliMeIffi?Çj0
Alimentação sóbria, não excitante, se possível com tendência vegetariana. Alimentos a evitar:
álcool, vinho, cerveja, águas gasei
i: cadas, sodas, enchidos, charcu taria, conservas,
salmouras, manteiga cozinhada, fritos, especiarias (pouco sal), carnes gordas. Atenção ao
açúcar.
Alimentos privilegiados.- couve, beterraba, aipo, maçãs, mirtilos, cássis, uvas e todos os frutos,
legumes verdes, cereais integrais, pão integral, peixe magro, etc.
jejum
Recomenda-se beber muita água fresca (ou com limão).
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Após melhoria, praticar:
endurecimentos, andar a pé descalço na erva húmida (p. 132); afusões fulgurantes (p. 140);
banhos de assento frios (p. 145).
Cólicas hepáticas
C
aracterizam-se por dores na região do fígado e do estômago. A dor pode subir até ao ombro
direito e ser acompanhada de vómitos.
G171CÓr1;9 (r.?!--) - AlqU&~171&
2 drageias de cada.
01/ 1/Musão * C171córId + Alqu&~nio * Amlél@-o-pr&to -k Soldo
1 pitada de cada planta para 1
AMÁgIro-Preto - Soldo HarpagófIlo
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
329
Cólicas hepáticas
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* Neste caso, tomar 2 drageias de
harpagófito.
óleos 0s56.17C1,91.9
Alecrím
3 gotas, 2 vezes ao dia.
ou 1imão
* 2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia.
ou Pil7170
* 3 gotas, 2 vezes ao dia.
R.017h05 *
- Banhos de assento quentes com
massagem do baixo-ventre, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de um banho de assento frio,
curto.
Ulq0
E.9171jos efe vapor *
2 banhos de vapor por semana.
Afusâo das coxas seguida de uma fricção vigorosa.
Afusâo rectal.
MIMUI00 dO NO.Offil70 *
Alimentação *
Sóbria e ligeira. Contra-indicações: fritos, conservas, salmouras, carnes gordas, caça,
charcutaria e outras carnes de porco, pastelaria, doces, chocolates, cremes, manteiga
cozinhada, álcool, vinho, cerveja. Não comer alimentos demasiado quentes nem bebidas
geladas. Alimentos privilegiados: purés de legumes, iogurte, frutos frescos, salada, chicória,
dente-de-leão, azedas, morangos, aipo, salsa, alhos-porros, funcho, cebola, limões, azeite,
papas de aveia. Beber muita água.
JOjUII7
Aconselhado. Cura de fruta da estação (morangos, uvas, etc.)
CONSELHOS
- Praticar o endurecimento, (p. 132).
330
Cólicas intestinais
Cólicas intestinais
anifestam-se por dores violentas na região do umbigo, seguidas de diarrelas e de gases
intestinais. A dor diminui geralmente quando se exerce pressão no local.
L@J ‘010g01.m *
Feno-gr&go - Garva117o
- Verbasco branca - Trevo
- AlcaravIa
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Feno grego + Carva117o + Verbasco branco -i- Trevo + Alcaravía
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão 15 minutos. * Beber 3 chávenas por dia.
ó/005 0550J7C1015
canela
- 2 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao
dia.
COMP/VSSOS
*
* Quentes, sobre o abdômen.
* Infusão de (receita de Kneipp)-.
“Flores de fei7o” + AnIs + Func17o + Hortalã-,olmenta
1 boa pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em
infusão 10 minutos. Molhar um pano, espremer ligeiramente e aplicar. Manter no local com a
ajuda de uma ligadura. Repetir.
ÁSW/7/105 â9 OSSOIMO *
Kneipp Ç'flores de feno”). Ou banho de assento quente com massagem do baixo-ventre,
seguido de um curto banho de assento frio.
Lavogem *
Infusão de carnornila: 10 cabeças de camomila para meio litr,,, de água. Ferver durante 1 nuto
e deixar em infusão 15 @-nínutos. Aplicar e conservar durante 15 a
20 minutos.
331
Cólicas intestinais
Quando desaparecerem as dores
8017h05 *
Banhos de assento quentes com massagem do baixo-ventre. Banhos de assento frios.
@@JJ 88171705 dO V.RpOr *
2 por semana, seguidos de uma afusão fresca e de uma fricção vigorosa.
A fusão *
Das coxas e do baixo-ventre, 3 vezes por semana. Fulgurante, 2 vezes por semana.
Afusão rectal.
n(-il) AlimeIMOÇãO
- Mastigar bem.
Contra-indicações: todos os alimentos pesados e indigestos, manteiga cozinhada, creme,
molhos de manteiga, fritos, conservas, salmouras, charcutarias, carnes gordas, pastelaria,
doces, caça, etc. Evitar os alimentos demasiado quentes e as bebidas geladas. Alimentos
privilegiados: amêndoas, noz-moscada, gengibre, canela, legumes e frutos frescos, cereais
integrais, azeite, levedura de cerveja, etc.
jejum
Especialmente aconselhado. Repousa os órgãos digestivos. Cura de fruta.
CONSELHOS
Não negligenciar: -o endurecimento, andar de pés descalços (p. 132); -C inturão de Neptuno
(p. 148).
332
Comichão 1 Conjuntivite, InflamaÇões oculares
Comichão
V
er sobretudo as causas: hepatisino, perturbações digestivas, prisão de ventre, etc. Ver também
Abcessos (p. 188), Impigeris (p. 438), Eczema (p. 372), Herpes (p. 426), etc.
Decocoo * @@ OuelIdónía -i- ÊnZ -campana
4 ou 5 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver em lume brando durante 10
minutos. Deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar numa compressa (várias
vezes ao dia).
* Se a comichão é súbita e violenta e surgir após um tratamento médico (injecção,
medicamentos, etc.) consultar imediatamente o médico.
Conjuntivite, Inflamações oculares
V
r também Olhos (p. 485). As inflamações podem ser diversas: inflamação da pálpebra, da
conjuntiva, da córnea, etc. Manifestam-se por veri-nelhidão e incliaços.
De manhã a pálpebra está colada, as lágrimas escorrem, os olhos estão vermelhos, sente-se
uma sensibilidade excessiva à luz. As causas podem ser inúmeras: esfregar os olhos, poeiras e
diversas doenças.
A água chamada “quebra-õculos” CO/” [91
40ress,65 *
é suposto que clarifica a
vista e Rosa + Tancha~
éexcelente para as inflamações * 2 ou 3 pitadas d,-, cada
planta
e vermelhidões (Tragus).
- Receita da água “quebra-óculos”: para 1 chávena de água, ferver,
3 PItadas de
1,10res de apagar o lume e deixar em infuC&17taUr&a-aZUI são 30 minutos (Dr.
Chomel).
+ 1 Pe~17a P11a0'.7 dO * Aplicar em compressas.
Açalr5ão
333
Conjuntivite, inflamações oculares
+ 1 pequena pit.7da de Cânfora
* Fazer uma infusão, ferver meio
litro de água e deixar macerar a mistura durante 24 horas. Filtrar. Utiliza-se em compressas.
* O alecrim em infusão (aplicado
em compressa) fortalece a vista (segundo Chomel).
Recoffim fitoteMpêUtic-Ts Áqua-d1V1@7a
Em 1 litro de bom vinho tinto deitar 50 g de folhas de tanchagem bem limpas e ferver durante
35 minutos. Em seguida deitar um punhado de pétalas de rosa em 500 g de água (destilada) e
ferver durante 5 minutos. Misturar as 2 soluções e deitá-las em frascos bem fechados.
Á5tèr~.@MO1O Loção para tratar inflamações oculares, em decocção para uso externo (10 g
de raiz ou 20 g de folhas para 1 litro de água).
G-?mom11a-m.71ricári@q e Camorni7a-romana
30 cabeças para 1 litro de água, em aplicação local.
EufrásIa~OfICIM71
Decocção para loções e compressas, 20 g para 1 litro de água (podem também acrescentar-se
20 g de funcho e de absinto).
-Esta planta é conhecida e aconselhada como remédio para os olhos desde o fim da Idade
Média. No século xvi o célebre botânico suíço Jean Bauhin aconselhava-a em compressas e em
colírio para lavar e tratar as inflamações oculares. É um anti-inflamatório e um anti-séptico
utilizado com êxito nas oftalmias dos recém-nascidos e também nas conjuntivites e fotofobias
dos adultos.
Mírtílo
Em loção, para tratar as inflamações oculares. Fazer uma decocção de 20 g de bagas para
1 litro de água.
Pé-de-leão-comuin
Sob a forma de loção e de colírio e em decocçâo para uso externo. Esta planta foi utilizada na
Alemanha no século xvi. Está representada num quadro de Hans MemIing (1484) onde o pintor
mostra uma série de plantas medicinais aos pés de três curandeiros, São Cristóvão, Santa
Maude e Santo Egídio.
QUOlIdó17k?
Na medicina popular é utilizada (diluída em água) contra as doenças dos olhos; daí um dos
seus nomes vulgares de “grande alumiadora”.
ATENÇÃO1 Esta planta é tóxica sob cortas formas. Consulto sempre um especialistal
334
Conjuntivite, inflamações oculares
sabugueíI_O
Decocçâo de 10 g de flores secas para 1 litro de água. Contra a conjuntivite e as oftalmias
crónicas.
Tanchagem
10 g de folhas em 250 ml de água (1 copo) a ferver à qual se pode acrescentar 8 g de flores de
trevo (MelMolus offIcInalis) e
8 g de centãurea (Contauwa cyanus). Antigamente a decocção de tanchagem misturada com
ãguado-rosas, à qual se acrescentavam algumas gotas de sulfato de zinco, substituía
eficazmente os colírios comercializados em farmácia.
Tre vo
Infusão para loções ou compressas (20 g para 1 litro de água).
V.71e1-1a17a-OfíCíl7.91
* As fontes antigas mencionam a
utilização da valeriana para as oftalmias. O uso da valeriana está codificado na obra La
Médecino o Ia C17murgie des Pwvr&s (Paris, 1749). Nessa época era prescrita para a “vista
fraca”. Supunha-se também que o pó da raiz desta planta ( ValerIanae s#ws1ri@q radZ@, seca
ao sol e tomada todas as manhãs, restabelecia a vista nos idosos.
* A loção ou o colírio obtidos a
partir desta planta é suposto curarem as manchas e as pintas dos olhos.
* Também se podem fazer compressas de infusão de camomila pequena, de carvalho-rubro e
de funcho.
MANCHAS NA CóRNEA Compressas *
* A quelidónia em infusão, aplicada em compressas, faz desaparecer as manchas brancas.
* A quelidónia (5 9) + rosa (cerca de 15 pétalas) em infusão: ferva
meio litro de água, apague o lume e deixe macerar durante 24 horas. Dissipa a inflamação dos
olhos e é també m útil nas doenças da pele e comichões.
Receita da Tabena Montanus para as manchas na córnea (só com
receita médica):
- Escabilosa (3 ou 4 pitadas) + um pouco de b6rax + um pouco
de cánfóra, em infusão + Maceração durante 24 horas.
335
Constipação (de cabeça)
Constipação (de cabeça)
M
anifesta-se por inchaços e vermelhidão nas mucosas do nariz. Tern-se uma sensação de
obstrução e
de secura, dificuldades respiratórias, irritações e inflamações das glândulas
lacrimais, olhos lacrimejantes e secreções de mucosidades aquosas. A constipação pode ser
acompanhada de cefaleias, de dores nas costas, de sede, de febre e de cansaço.
Ver também Anginas (p. 234), Bronquite (p. 264), Gripe (p. 420).
D189ei &vs o TOM/Mo - Verbasco~br.7nco
- Marrolo - Sabuguelro
* 1 drageia de cada por dia. * Cura de própolis em dragelas:
2 a 4 por dia. * Ou em solução: 10 a 20 gotas,
2 ou 3 vezes ao dia.
01/ Infusio * TOM11170 * V&l-basco-branco + Marrolíq + Sa&Ig£101r0
* 1 pequena pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
em infusão 10 minutos. * Tomar 3 a 6 chávenas ao dia. Também se aconselham infusões de:
AbsInto, Azevinho, EupatórIo-can/7.7moso, QuInquina, Raính.7-dos-prados, Roseir.7-br.7V.9,
S.7bUgUOirO, Tílía.
* 10 g de uma destas plantas para
1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. E fumigações de:
Hortelã~pImenta, TomIlho-crespo, Oréqão~vulgar
* 20 g de planta para 2 litros de água. Ferver durante 2 minutos. * Respirar esta mistura num
recipiente durante alguns minutos.
ó1005 055017CARIS L/Mão
2 gotas, 3 vezes ao dia.
B.917hOS *
Banhos quentes, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de envolvimentos húmidos para estimular
a transpiraçãio.
6-J]
Das coxas e dos braços. Alternadamente do peito e da cabeça, todos os dias.
336
Constipação (de cabeça)
ClImuljo ofe Neptu170
AI1M017MÇj0 *
Em caso de constipações repetidas há todo o interesse em ter uma alimentação saudável.
Suprimir: charcutaria, maionese, manteiga cozinhada; vigiar o excesso de sal e de açúcar,
álcool, vinho, cerveja; banir o tabaco, etc.
Alimentos privilegiados: cereais integrais, trigo, arroz, aveia, germe de trigo, legumes e frutos
frescos, limão, laranja, toranja, alperce, maçã, pêra, uvas, cerejas, saladas, feijão-verde, aipo,
couve, etc.
jejum
É uma excelente terapêutica, que deve ser praticada 1 vez por semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
RECEI7AS A N7IGAS
* Cobrir a cabeça com um pano embebido numa infusão de orégãos:
10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Para curar as constipações rebeldes, deitar uma colher de cevada (farinha) num caldo de
carne de vaca e ferver até ficar reduzido a 11, (cerca de 15 minutos). Toma-se de manhã e à
noite (segundo o Dr. Chornel).
CURAS DO PADRE KNEIPP
* Banhos de pés quentes ou banhos de vapor de pés.
* Banhos de vapor.
* Afusões da cabeça, do peito e do pescoço.
CONSELHOS
~Exercícios respiratórios (ver p. 137). -Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). Endurecimentos (ver p. 132).
337
Contusões - Golpes
Contusões - Golpes
v r Feridas (p. 396).
10 compreSSOS
Aplicar a decocção de:
Alecrím + Arníca + Tomílho -k Lav.717d27
* 3 pitadas de cada planta para
meio litro de água, ferver durante 20 minutos e deixar em infusão 30 minutos.
* Aplicar em compressas.
* Cataplasmas de argila misturada com a decocção acima descrita.
* Cubos de gelo aplicados na parte lesionada.
* Para acalmar as dores, aplicar
loções frescas (repetir).
Receios fitotOMOUticas
Abóbora
* As folhas frescas utilizam-se em
cataplasmas.
Alface
* As cataplasmas de alface morna e embebida em azeite curam
as contusões, os hematomas e as irritações de pele.
Ancólia
O suco fresco desta planta é utilizado para tratar feridas. (As sementes são diuréticas. A planta
utiliza-se em gargarejos para as dores de garganta. Era muito apreciada na Idade Média. Está
presente em certos quadros, por exemplo, a Adoraçãodos ReIs Magos de Van der Goes.)
A17tíllda
Em decocção: 20 g de planta inteira para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar
em infusão 30 minutos. Filtrar. Aplicar em compressas. Pode utilizar-se a planta fresca
esmagada em aplicação directa, para cicatrizar feridas e curar contusões. A utilização desta
planta é antiga e remonta à Idade Média.
Armolês
As cataplasmas de folhas misturadas com mel reduzem as contusôes (o mel tem propriedades
cicatrizantes).
338
Contusões - Golpes
Arníca-da-rnonlanha
* Tintura-mâe.- 10 g de flores,
raizes e folhas secas em 100 ml de álcool a 900. Pode acrescentar também 5 g de anis verde,
Pin7pInella anísum ( Uinbellif&ra&), de canela, de cravo-de-cabecinha. Deixe macerar durante
15 dias num recipiente fechado.
* Aplicar em diluição, acrescentando 9 vezes o seu volume de água.
Consolda
* Cataplasmas de raiz fresca. (Em
certos países comem-se as folhas e as extremidades desta planta).
Erva-de-sãÓ@íÓão
* A maceração desta planta fresca em óleo quente pode utilizar-se em compressas.
HarnamélIs
* Em infusão: 20 g de folhas ou de
casca para 1 litro de água fria; ferver 15 minutos e deixar em infusão meia hora.
* Utiliza-se em compressas.
Hissopo
* Em decocção: 20 g de folhas e
de extremidades fervidas durante meia hora em 1 litro de água. Filtrar.
* Aplicar em compressas.
Míl_folhas
* O suco fresco ou uma infusão
em água ou em vinho (10 g das
extremidades floridas ou das folhas para meio litro de água ou de vinho a ferver).
* Aplicar nas feridas que não sangram e nas contusões.
P&rV1@7Ca
* As folhas são utilizadas sob a
forma de cataplasmas devido ao seu poder cicatrizante.
salão
* As folhas esmagadas ou o sumo
fresco, em aplicações directas.
* O saião é antiespasmódico,
antipirético e adstringente.
Sanícula-&uropela
* Banhos ou envolvimentos de
decocção: 20 g para 1 litro de água, em aplicação quente.
Salva-OfIcínal
* Infusão de 20 g para 1 litro de
vinho a ferver. Deixar repousar
1 hora e filtrar.
* Aplicar em cataplasmas sobre o
peito. Repetir várias vezes ao dia.
Sélo-de-Salomão
* A polpa deste rizoma serve para
fazer cataplasmas.
TâMIó
* Raiz reduzida a pasta e fervida.
* Ferver durante 10 minutos e
deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar em cataplasmas, 1 ou 2
vezes ao dia.
339
Convulsões
Convulsões
T
rata-se de convulsões violentas e súbitas, acompanhadas, muitas vezes, de dores de cabeça,
vertigens, palpitações, movirrientos bruscos e
desordenados. O rosto fica vermelho, azulado, a respiração torna-se rápida e ofegante, os
maxilares ficam crispados.
* 2 drageias de cada.
Valériana (raiz) - Erva-cidr&íra
* 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSãO * ArtêMISia -k Lava17da + V.7/0r1.7na (r.?Iz) + Erva-cídrelra
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água; ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
15 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* A valeriana, segundo Tragus, é o
remédio específico para a epilepsia.
* Kneipp recomendava a tisana de
valeriana e camomila.
ó/005 eSSelW1015
2 gotas, 3 vezes ao dia.
oLI Erva-clalreIr,9
1 gota, 2 vezes ao dia.
00/7h05 *
*Quentes (adicionados de “flores
de feno” em infusão), seguidos de uma fricção fresca e vigorosa com massagem do ventre e do
baixo-ventre.
* Todos os dias.
Senhos de OSSOMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, diários.
Lavagem
* A lavagem morna é também
indicada.
IM/7/105 £fe vapor *
Banhos de vapor curtos (15 a 20 minutos), 2 vezes por semana. Logo que surjam melhoras,
podem aumentar para 3 vezes por semana e com uma duração de
40 a 45 minutos.
- Dos pés e das coxas e fulgu340
Coqueluche - Tosse convulsa
rante seguida de uma fricção vigorosa. Afusão rectal. Várias vezes ao dia.
MIMUI00 de Neptu170 *
Alime17MÊdo
A alimentação tem um papel preponderante. Deve ser sóbria, ligeira e variada.
- Contra-indicações: todos os
excitantes: café, chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, chocolate, bem como a sobrealimentação,
manteiga cozinhada, charcutaria, fritos, especiarias, pratos com molhos, etc. Alimentos
privilegiados: frutos frescos, legumes, pepino, couve, chucrute, alface, alhos-porros, cerejas,
maçãs, peras, cereais integrais, pão integral, sumo de fruta, levedura de cerveja, etc.
JejUI77
Recomendado, água fresca. Cura de fruta. Dia de fruta.
mas deve beber
CONSELHOS
Ver também:
- Endurecimento (p. 132).
Coqueluche - Tosse convulsa
M
anifesta-se por acessos de tosse bruscos e espasmódicos, febre mais
ou menos forte, acompanhados de constipação, garganta seca, rouquidão, olhos vermelhos e
lacrimejantes, etc.
ÁO
MOO/85 * IZI
/-00J0 - Violeta - iwaiva
- Erva-tirsa
* 1 drageia de cada, 1 vez por dia. ou o& Própolis * 3 drageias por dia.
01/ IMUSãO * PO&J@2 + VIol&t3 -@- MglVa ,, Erva-tirsa
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver, apagar o lume e deixar em infusão
341
Coqueluche - Tosse convulsa
10 minutos. Adoçar com mel.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia (+ Drageias de Própolis).
óleOS OSSO17C1015
2 gotas, 2 vezes ao dia.
EM7h05
Banhos quentes de pés (”flores de feno”). Passar por água morna e esfregar vigorosamente.
1 vez por dia.
88/7/105 dO MSOIMO
Banhos de assento quentes. Terminar com um banho de assento morno.
801711OS dO MpOr *
2 ou 3 banhos por semana estimulam a transpiração e a eliminação (beber infusões ou água
fresca durante o banho).
3
Recoffivs
31@ fitotelapêuticos
G9S1d17170írO
Infusão de 20 9 de folhas para 1 litro de água a ferver; deixar
repousar 15 minutos. Toma-se à razão de 3 chávenas por dia.
Drósera-ale-folha-redonda Infusão de 15 g de planta seca para 1 litro de água a ferver,- deixar
repousar 15 minutos. Beber 2 chávenas por dia.
Hor.7 Infusão de 10 g de planta para 1 litro de água fria; ferver durante
3 minutos e deixar repousar 15 minutos. Beber 3 chávenas por dia, muito quentes.
TOMil170 Infusão de 10 g de planta para 1 litro de água a ferver. Deixar repousar 15 minutos
Beber 3 chávenas por dia.
AlIMOIMOfio *
Ligeira, essencialmente composta por puré de legumes, fruta e sumos de fruta. Alimentos
privilegiados: nabo (caldo), figos, uvas, funcho, cebola, sopa de cevada, de trigo, de alho (picar
2 ou 3 dentes de alho em 1 copo de leite, ferver e adoçar com mel), laranjas, limões, fruta
fresca, frutos secos.
RECEIrAS úrEIS
1 cebola, cozida no forno ou em água, esmagada e misturada com um pouco de azeite. Adoçar
com mel. Esta receita acalma a tosse e alivia a asma (Chomei).
342
Coração - Afecções cardiacas
Coração - Afecções cardiracas
X7,
v
er Arteriosclerose (p. 242). Vigilância médica indispensável.
Drageias *
Eleuterococo
4 drageías por dia.
Espinheiro alvar - Erva-cidreira - Valeriana
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão *
Espinheiro-alvar + Erva-cidreira + Valeriana
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água; ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos (neste caso, tomar também 2 drageias de eleuterococo).
Receitas da medicina monástica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fate Bene
Fratelli)
Infusão da mistura:
Castanheiro (casca, 50 g), Agripalma (erva, 10 g), Mil-folhas (erva, 20 g), Arruda (erva, 10 g),
Sempre-noiva (erva, 10 9), Alcaravia (frutos, 10 g), Erva-cidreira (10 g), Helianto (flores, 10
g).
* Misturar as plantas. 1 colher da
mistura para uma chávena de água a ferver. Deixar em infusão 30 minutos, filtrar.
* Beber quente 3 vezes ao dia,
entre as refeições.
óleos essenciais Limão
3 gotas, 3 vezes ao dia.
Zimbro
- 2 gotas, 2 vezes ao dia.
Outros óleos essenciais:
Alecrim, Alho, Bétula, Cebola, Limão, Tomilho, Zimbro
343
Coreia (dança de São Gui)
CONSELHOS
Fortemente desaconselhados:
-abusos alimentares, álcool, vinho, cerveja, tabaco, gorduras anímais. -tensões, fricções,
disputas, enervamentos, contrariedades, ruídos,
etc.
Indispensáveis:
-calma, repouso, descontracção, andar a pé, relaxamento, etc. -Recomendações gerais, ver
Arteriosclerose (p. 242), Alimentação, Exercícios Físicos, Respiratórios, Afusões, Banhos, Jejum.
Coreia (dança de São Gui)
V
er também Convulsões, p. 340. Atenção aos acidentes e às feridas decorrentes, especialmente
com
garfos, facas, objectos cortantes ou pontiagudos.
A dança de São Guí caracteriza-se por movimentos espasmódicos e
incontrolados dos músculos dos braços, das pernas e do rosto. A ímprecisão de certos
movimentos é, muitas vezes, o primeiro indício da doença.
O controlo dos músculos deixa de se fazer, e o corpo acaba por ficar agitado com movimentos
contínuos.
O acompanhamento médico é indispensável.
Drageías * Erva cidreíra - Erva-de-são-joão - Valeriana - Marroio
ou Infusão * Erva cidreira + Erva-de-são-joão + Valeriana + Marroio
- 1 drageia de cada, 1 vez por dia.
344
1 pitada de cada planta para
Coreia (dança de São Gui)
meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar repousar 15 minutos. Beber 3 ou 4
chávenas por dia.
óleos essenciais Camomila
1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Massagem
Fazer a maceração oleosa seguinte: para meio litro de azeite,
5 ou 6 boas pitadas de lavanda + 10 pitadas de erva-de-são-joão + 20 cabeças de camomila.
Expor ao sol durante 4 ou
5 dias, ou, para acelerar a preparaçâo, aquecer a mistura em banho-maria durante cerca de
meia hora e filtrar. Fazer uma fricção todos os dias.
Banhos *
Fricções completas, mornas, várias vezes ao dia. Banhos mornos.
Banhos de assento
Banhos de assento quentes, seguidos de banhos de assento frios e curtos (2 vezes por
semana).
Lavagens
Lavagens com meio litro de água morna ou com uma infusão de
camomila: 10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar
repousar 10 minutos. Efectuar a lavagem com uma ,,pêra”, de manhã em jejum. Conservar 20
minutos.
Duches e afusões *
Rectais e diárias.
Cinturão de Neptuno *
* 2 ou 3 vezes por semana.
Camisa quente *
* Camisa quente húmida, durante
1 hora ou mais, cobrir-se bem e colocar nos pés uma botija de água quente (aplicações diárias)
Alimentação *
* Higiene alimentar indispensável.
Alimentação sóbria e variada.
* Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho, cerveja, chocolate, tabaco, especiarias. E também
açúcar, pastelaria, fritos, charcutaria, manteiga cozinhada, etc.
* Alimentos recomendados: todos os frutos frescos, legumes, pepino, couve, chucrute, alhosporros, cereais integrais, arroz integral, trigo sarraceno, beter345
Corrimento branco (leucorreia)
raba, rabanetes, endívias, alface, amêndoas, passas, tâmaras, figos, ameixas, germe de trigo,
levedura de cerveja.
Jejum *
1 dia por semana. Tem um efeito calmante, relaxa e descontrai. Beber muita água.
1 dia, a fruta Cura de fruta.
CONSELHOS
Andar de pés descalços é indispensável, recomendado por Kneipp (durante a estação fria, deve
fazer dentro de casa). No Verão, andar dentro de água, à beira-mar ou do rio.
Alternativamente, ficar de pé numa banheira meia cheia de água fria (ou fresca) durante 4 ou 5
minutos.
Arejar bem os quartos. Evitar ruídos, emoções violentas, stress. Praticar os endurecimentos, a
marcha, a descontracção, os exercícios respiratórios.
Corrimento branco (leucorreia)
M
anifesta-se por secreções de líquido claro, purulento. A doença pode ser aguda ou crónica e
manifesta-se por inflamações nos lábios vaginais, uma sensação de crispação no útero, dores
violentas no baixo-ventre, nas costas, uma sensibilidade excessiva das partes vaginais internas
e externas, inchaços, etc.
Atenção: pode resultar de uma lesão interna (consulta médica indispensável).
Vigiar também a prisão de ventre.
346
Corrimento branco (leucorreia)
D ,wffei
as * SalsaparIlha - Pervinw
- UrtIga - M//-fo/17.7s
2 drageias de cada, 1 vez por dia.
OU IMUSiO S.71saparíll?a + PervInc.7 @@ + Urliga -@- Mil-foffias
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão 10 minutos. Tomar
2 ou 3 chávenas por dia .
ó10OS OSSO17C1,015
* 2 gotas, 3 vezes ao dia, alternadamente, dia sim dia não com:
S.ISSafrás
* 1 a 3 gotas, 3 vezes ao dia.
Tuía
* 2 gotas, 3 vezes ao dia (unicamente sob receita médica).
BOIMIOS dO OSSOIMO *
Mornos, tos).
diários (5 a 10 minuLOVOgOIM * V0g117RIS
Com
infusões de:
M// foffias ou Folh.7 do carva1170
4 ou 5 pitadas de planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão 15 minutos.
- Fazer a lavagem com uma “pêra”,
de manhã.
ÁOuci>OS e Ofusões
* Das coxas (diárias) e fulgurante,
3 vezes por semana.
* Higiene indispensável, loções
mornas várias vezes ao dia nas partes sexuais e no baixo-ventre. ffi AI1M017h700
Contra-indicações: evitar todos os excessos, chá, café, álcool, tabaco, especiarias (pimenta,
mostarda, pimentos), sal (usar com muita moderação), açúcar, pastelaria, pratos com molhos,
conservas, charcutaria, caça, queijos fortes, etc. Alimentos privilegiados: frutos frescos,
legumes, cereais integrais, germe de trigo, levedura de cerveja, nozes, alperces, papas de
aveia, berinjelas, cebolas, azeitonas, cenouras, aipo, ameixas, rabanetes, uvas, laranjas,
limões, maçãs, tomates, soja, cerejas, toranja, etc. ffl
jejum *
1 dia por semana (ou durante 36 horas).
1 dia a fruta, por semana. Cura de fruta da estação: aiperces, uvas, maçãs...
347
Corrimento branco (leucorreia)
O PADRE KNEIPP A CONSEL HA
* Todos os dias, 1 banho de assento morno e uma irrigação (lavagem vaginal) com uma
decocção de casca de carvalho: 5 ou 6 pitadas para meio litro de água. Ferver durante 10
minutos e deixar em infusão durante 20 minutos. Fazer de manhã, com a ajuda de uma “pêra”.
* E todos os dias, alternativamente:
* abiução da parte superior do corpo,* afusão dos joelhos e das coxas.
A £ GUMA S RECEIM S DO DR. CHOMEL
Em injecção vaginal, infusões de:
* água de alecrim
* argentina
* mil-folhas
* urtiga
* 4 ou 5 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver
durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. Fazer a lavagem ao acordar com a ajuda de
uma “pêra”.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol (ver p. 151). Exercícios fisicos, praticados com moderação.
Exercícios respiratórios e de relaxamento (ver p. 137).
348
Costas (dores nas)
Costas (dores nas)
Ou a perda de 3 milhões e 600 mil dias de trabalho!
É uma das mais frequentes afecções de que se queixam os habitantes dos países
industrializados. Só em França, ao longo de apenas um ano, este mal ocasiona cerca de 208
milhões de consultas médicas; 8 a 9 milhares de francos em despesas de 95 000 acidentes de
trabalho (fonte: Réussir votre Santé 11/1995).
Se tentarmos definir as dores nas costas, apercebemo-nos que se trata de um fenômeno muito
complexo. Certamente que está sempre ligado a
dores situadas na parte dorsal ou lombar do corpo ou na coluna vertebral. Mas estas dores
podem ocorrer em qualquer outra parte das costas, num
ponto bem preciso ou cobrir uma grande superfície. Podem ter uma intensidade variável:
violentas ou ligeiras. São descritas pelos pacientes como sensações de queimadura, de picadas,
de contracções, de tensão. As dores nas costas podem atingir as partes circundantes e até
provocar paralisias. Finalmente, podem surgir bruscamente ou progressivamente. As dores nas
costas podem resultar em dores intensas, sem que exista lesão, e podem também desaparecer
tão depressa como apareceram.
As origens das dores nas costas são múltiplas
As dores nas costas podem ser ocasionadas por diversas patologias, por vezes trata-se de uma
lesão lombar vertebral. Podemos citar também outras causas: a artrite degenerativa da coluna
vertebral, a luxação vertebral, os reumatismos, a osteoporose, a fractura acidental, as sequelas
de diversos traumatismos, etc.
Os praticantes realçam a incidência de más posturas. O exemplo muito frequentemente citado é
o de pesos erguidos com as costas dobradas e as pernas esticadas. Más condições de trabalho
e ausência de actividades físicas são também razões da progressão deste tipo de patologia nos
países industrializados.
Não é por acaso que empregados de escritório constituem, juntamente com os trabalhadores
de mudanças, um grupo profissional de “alto risco”.
349
Costas (dores nas)
Esta constatação permite-nos pôr em evidência o papel primordial dos gestos aparentemente
anódinos que efectuamos diariamente, a fim de nos prevenirmos contra esta doença.
As dores nas costas podem também provir de uma má formação da coluna vertebral ou de um
desarranjo hormonal.
Cada vez mais se demonstra a importância dos factores psíquicos na
gênese dos sintomas somáticos das dores nas costas. Este papel parece estar confirmado pelos
resultados excelentes obtidos nos Estados Unidos com tratamentos placebo. Os terapeutas
californianos realçam que a diminuiçao da ansiedade e as distracções são elementos essenciais
do tratamento.
Em certos casos (felizmente bastante raros), é inevitável uma intervenção cirúrgica. Contudo,
inúmeros estudos americanos demonstram que este tipo de tratamento é, muitas vezes,
praticado de forma abusiva e que nem sempre traz algum alívio. Segundo o Prof R.
Lechtenberg do Departamento de Neurologia do Downstate Medical Center de Nova lorque, a
intervenção deve ser acompanhada de substâncias tais como os esteró ides (cortisona) cujos
inconvenientes estão mais que demonstrados.
MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR
A prevenção deve consistir no consumo de elementos nutritivos. As plantas remineralizantes,
tomadas em infusão, como a urtiga ou
a cavalinha, constituem um excelente meio de prevenção.
Os exercícios físicos constituem o segundo elemento. Existem diversos tipos de exercícios
possíveis. Certos terapeutas aconselham especialmente a postura sentada ancestral (a postura
utilizada antes da descoberta da cadeira, que consiste em sentar-se sobre os calcanhares, de
braços cruzados sobre os joelhos e com a cabeça inclinada para a frente. Esta posição pode ser
mantida enquanto não causar mal-estar. Uma variante desta posição é sentar-se no chão, de
pernas cruzadas.
Contudo não devemos esquecer que, em certos casos, o melhor remédio em caso de dor é ficar
deitado. Por vezes, basta isto para parar a
progressão da dor.
Entre os procedimentos propostos pela medicina não convencional, três técnicas manuais dão,
de uma maneira geral, resultados excelentes.
350
Costas (dores nas)
Trata-se da etiopatia, da osteopatia e da quiroprática. Estas terapias podem ser preventivas ou
curativas. Não têm contra-indicações e não usam medicamentos.
As curas termais e a acupunctura são também indicadas, especialmente para as osteoartrites.
A estimulação transcutânea eléctrica dos nervos é cada vez mais utilizada nos Estados Unidos e
dá resultados significativos.
O papel do tratamento por hipnose e auto-hipnose leva em conta os factores psicossomáticos
que podem estar na origem da doença e
permitem obter, por vezes, remissões espectaculares.
Para o Dr. Hauschka, as “dores nos rins” são funcionais. Não são os nervos da coluna vertebral
que estão em causa quando o disco está em mau estado. A dor provém, na realidade, dos
nervos ligados aos músculos e dos ligamentos que funcionam em más condições. Estes não
podem ser
vistos nas radiografias clássicas.
O seu tratamento assenta numa associação fito-ortomolecular à base de bambu-de-tabashir,
planta utilizada no Sul da índia há mais de 25 séculos, à qual ele associa o harpagófito e o
cássis. Excelente remineralizante, o bambú-de-tabashir contém 97% de sílica, razão da sua
utilidade em casos de fragilidade óssea.
A mioterapia
O procedimento aqui é sensivelmente diferente. Com efeito, para os
partidários desta técnica, utilizar um medicamento, seja ele químico ou
natural, apenas encobre o problema sem o resolver. O mioterapeuta vai procurar a origem
traumática esquecida que é responsável pelo espasmo que ocasionou a dor. Verifica-se que
esta se localiza quase sempre longe do ponto doloroso.
A outra particularidade deste método que não se pode esquecer é que ele é totalmente indolor.
O médico “mioterapeuta” faz desaparecer a dor, qualquer que seja a sua origem. O músculo
reencontra a sua amplitude máxima e a sua função normal. Finalmente, a importância desta
técnica é que ela tem resultados interessantes em muitas outras patologias, por exemplo, as
vertigens, a asma, a insônia e diversos tipos de dores.
351
Costas (dores nas)
A osteobiótica ou o lado “psico” das dores nas costas
As niemórias de stress inscrevem-se nas células do cérebro e ocasionam sequelas ao nível do
esqueleto que estão ria origem das dores rias costas.
Todas as idades podem ser afectadas, mas em particular a partir das idades críticas que se
situam entre os 40 e os 50 anos e que marcam uma
reorganização hormonal.
Se estes vestígios traumáticos despertam, repercutem-se no físico e no psíquico. A técnica da
osteobiótica consiste em limpar todas estas memórias a firri de aliviar as dores nas costas.
A mecânica para socorrer as dores nas costas
O Affiletic training é fabricado e distribuído pelo seu inventor, J. Frelat. Esta máquina propõe o
“trabalho muscular excêntrico dos membros inferiores e superiores”. Este tipo de movirriento
assemelha-se a descer as escadas e baseia-se na tensão máxima das fibras musculares. A
eficácia deste dispositivo é que ele permite uma reeducação funcional duas vezes mais rápida
que os aparelhos mais fláveis actualmente existentes no mercado. É recomendado a todas as
vítimas de traumatismos. O aparelho de Jean Frelat foi testado pela Unidade de Formação e de
Investigação em
Ciências Técnicas das actividades físicas e desportivas de Dijon.
352
Cuperose
Cuperose
v
igie a digestão, a prisão de ventre, as doenças intestiriais, etc.
D~el,is *
11@@JI Amor-porfeíto - I-abaça Fuináría - H.7177.7inélis
-.2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
PróPo11@q * 4 drageias por dia. * Ou em solução- à razão de 10 a
20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia (curas de 1 mês).
ou Infusão Amor-perfeito - Labaça Fumária
* 1 boa pitada de cada planta para
1 chávena de água. Ferver, apagar o lume e deixar repousar 15 minutos. * Tomar 3 chávenas
por dia.
ó1005 O.95017CAVIS C.717&1a
2 gotas, 2 vezes ao dia.
M
oCO/w00 *
200 g (ou 200 cl) alo óleo dO A~17d03S-CoC&S “ @abaÇ.7 + Énula-campana
3 ou 4 boas pitadas de cada planta, misturadas no óleo de amêndoas-doces. Deixar repousar
durante 12 horas. Aquecer em
seguida esta mistura em banho-maria durante 30 minutos. Filtrar. Aplicar de manhã e à noite
nas partes doentes. Esta preparação é excelente para os cuidados do rosto e para o cieiro
(segundo o Dr. Chomel).
02/7/105*
Banhos dos pés derivativos de feno, dia sim dia não. Banhos de assento frios todos os dias.
Einhos de vapor
- Recomendados.
Mé;'@4 ÁoUches
óó
- Das coxas e dos braços.
Alimentação *
Formalmente proibidos: todos os álcoois e bebidas alcoólicasvinho, cerveja, cidra, aperitivos,
etc,
353
Cuperose
* Contra-indicações: tabaco, todos os alimentos pesados e indigestos, pratos com molhos,
charcutaria, enchidos, morcelas, carnes gordas, açúcar, manteiga cozinhada, pastelaria.
Atenção ao sal.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, todos os frutos, couves, chucrute, legumes
verdes, cereais integrais, pão integral, frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs), salsa, alho,
cebola, feijão verde, pepino, espargos, mirtilos, melão, beterraba, etc.
JejUM
*
Descongestiona (é um excelente rejuvenescedor), melhora o estado da pele. Beber água. Cura
de fruta.
CONSELHOS
-Atenção ao sol, ao frio e ao vento.
- Desaconselham-se: a montanha, os banhos de sol e os banhos de
mar prolongados. Ver Endurecimento (p. 132).
354
D
-
Dentes
Depressão nervosa
Descalcificaçâo - Desmineralização
Diabetes e hipoglicernia
Diarreias
- Disenteria
- Dores e nevralgias
Dentes
Dentes
Xp
v
r tarribém Afias (p. 198), Boca (p. 261), Consulta médica indispensável.
ff
LOVOg0175 47 bOCO ] Cr,?vo-de-cabecí17ha
Em decocção e lavagens da boca: 7 ou 8 cravos-de-cabecinha para 1 chávena de água. Ferver
durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
* Lavar a boca 4 ou 5 vezes ao
dia.
Orégão
* Em decocção: 3 ou 4 pitadas
para 1 chávena de água. Lavar a boca várias vezes ao dia.
Útil em casos de nevralgias dentárias.
Vei^àysco~br,9=
Em infusão: 5 pitadas para 1 chávena de vinho tinto de boa qualidade. Ferver durante 3
minutos e deixar em infusão 15 minutos. Lavar a boca várias vezes ao dia. Acalma a dor
(Tragus).
Dentes móveis (Piorreia)
Lovogons CO bom
A cocleãria em infusão para lavagens da boca, várias vezes ao dia, firma os dentes nos alvéolos
dentários (Dr. Chomel). Pode ser utilizada para lavar a boca depois de escovar os dentes.
A brunela e a bistorta têm poderes idênticos.
A1M7Onffifão
Evitar: açúcares, álcool, tabaco, pastelarias, etc., bem como os alimentos demasiado quentes
ou gelados.
356
Depressão nervosa
Depressão nervosa
v e
r tarribém Prisão de ventre (p. 522), Insónia (p. 446), Nervosismo (p. 474), etc. Manifesta-se
de várias forinas: excitabilidade, cólera, alegria intensa seguida de depressão, abatimento,
lassidão, medos frequentes, insônia, i-nau humor, vertigens, contracções, etc.
Os choques emocionais ou afectivos repetem-se ao longo da vida. Têm sempre uma
repercussão sobre a saú de física e, como acontece frequentemente, podem acarretar
alterações de ordem fisiológica.
Por conseguinte, um indivíduo “stressado”, com medo, em pânico ou
colérico mobiliza as glândulas supra-renais que segregam um excesso de adrenalina, libertam
glicogénio no fígado que o descarrega no sangue sob a forma de glicose de modo a poder fazer
face a esta situação e reagir. Para satisfazer estes gastos energéticos mobilizamos ácidos
gordos e colesterol. É uma reacção de autodefesa natural face a um eventual perigo. Este
processo é acompanhado de um aumento do caudal sanguíneo e do ritmo cardíaco.
Em condições normais de vida estas sobrecargas são canalizadas e não ocorrem danos. Volta
tudo rapidamente à normalidade, e tornamos a acertar os nossos relógios biológicos pela hora
da Vida. Mas a maioria das pessoas tem uma existência artificial e muito distante da dos nossos
antepassados “primitivos”, que sabiam gerir as situações perigosas ou “stressantes”.
Não é possível evitar estas situações pois elas são quase sempre independentes da nossa
vontade. É necessário, por isso, reaprender a enfrentá-las.
357
Depressão nervosa
,olwffei des * LLL@j Eleillei-0C0C0
* Tomar 4 drageias por dia, durante 1 mês. Repetir no início da Primavera e do Outono.
Erva-cIdreIr.7 - Erva-moleli-ínha - A1&cr1@n - Válorlan.7
* 1 ou 2 drageias de cada, 1 ou 2 vezes ao dia.
Gélela-re.71
* 3 drageias por dia durante 1 mês. (Repetir 2 ou 3 vezes por ano, se necessário).
ou 117fusio Erva-cIdreIri + Erva-moleIrínk? “ AlecrIM ‘@- Váler18n8
* 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia
817/711OS*
Banhos dos braços. Banhos dos pés, todos os dias. Alternadamente, com uma decocção
de.Erva-cídreíra -@- Lavinda + L ouro
2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Aquecer, sem ferver, durante 20 minutos e
acrescentar 4 a 5 litros de água muito quente. Estes banhos fazem-se alternadamente 5
minutos para os antebraços, 5 minutos para os pés. Terminam com uma fricção fresca.
88/7/105 Oro assento
*Banhos de assento frios ou
*Banhos de assento com fricções,
todos os dias.
*De preferência, de manhã ao
acordar, na condição de o corpo estar quente.
Áganhos de mpor *
São um excelente meio de eliminação e de descontracção.
3 vezes por semana, seguidos de fricções frescas e vigorosas. (Beber água durante os banhos.)
Afusão completa, quente e de curta duração, seguida de uma fricção fresca e vigorosa em todo
o corpo com uma luva de crina ou um pano grosseiro. Depois de alguns dias, estas afusões
deverão ser menos quentes e depois frescas. Afusão rectal.
C-MiSO IlúMIdO
Camisa embebida em água quente e espremida, que deve ser conservada no corpo envol358
Depressão nervosa
vida em cobertores. Fazer 2 vezes por semana.
Banhos de or livre e de sol *
Exercícios físicos indispensáveis: andar a pé todos os dias. O cansaço físico é uma terapêutica
excelente.
E17dUfficimeIMO
Andar de pés descalços na erva húmida ou dentro de água.
Alimelmição
Sóbria e variada, mas evitar todas as sobrecargas alimentares. Evitar: chá, café, tabaco,
especiarias, álcool, vinho, cerveja,
chocolate, doces, pastelaria, charcutaria, salmoura, fritos, manteiga cozinhada, carnes gordas,
alimentos gelados ou muito quentes.
- Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, mel, limão, alface, toranjas,
laranjas, cereais integrais, arroz, trigo, aveia, todos os legumes verdes, saladas, endívias,
frutos frescos e secos: amêndoas, nozes, avelãs, ameixas, alperces, etc.
jejum
Muito aconselhado porque repousa e descontrai.
1 vez por semana, se possível. Cura de fruta fresca.
CONSELLIOS
- Cura de magnésio (20 g para 1 litro de água mineral Volvie, Mont
Roucous): tomar meio copo de manhã em jejum, salvo em casos
de insuficiência renal.
- Vigiar o repouso, evitar as contrariedades, os ruídos, as luzes
fortes e a excitação.
359
Descalcificação - Desmineralização
Descalcificação - Desmineralização
A
descalcificação pode estar ligada ou surgir rio seguirriento de várias doenças: tuberculose,
diabetes, carência de fósforo, de magnésio, etc.
01wffoi ‘95 * C.714.7111717a - R.7bal70 SIM9SIrO
- UrIlg.7 - De17te-d&-leão
Fucus wsiculosus - Éntila-CaMPan9 - Ca14a111717a
1 ou 2 drageias de cada, 2 vezes ao dia.
ou 117fusão * C914d&717a + UrtIga -k
DOnte-d0-1&ãO * Ráb3170-SilVOSMO
* 1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
15 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó100.9 OSSOMIZIS LIMão
1 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
fia/7/705 *
Banhos completos quentes, com algas marinhas (pode comprar algas marinhas prontas a usar
nas lojas de dietética ou em farmácia).
2 por semana, seguidos de um duche fresco e de uma fricção vigorosa.
Banhos de assento
Banhos de assento frios ou Banhos de assento com fricção.
3 vezes por semana.
SaMios de vapor *
Preparar uma decocção de cavalinha: 8 a 10 pitadas para meio litro de água. Ferver durante 10
minutos e acrescentar
5 ou 6 litros de água a ferver. Esta mistura é colocada debaixo de uma banco e deve ser
seguida de uma fricçã o fresca.
2 vezes por semana.
DUCI1OS o afusies *
Das coxas e dos braços, 2 vezes por semana. Fulgurante, 2 vezes por semana.
360
Diabetes e hipoglicemia
Banhos de ar livro e de sol
Aconselhados quando estiver bom tempo.
AI1M017ffição
A alimentação tem um papel preponclerante: a sobrealimentaçâo, o leite e os queijos não
preenchem obrigatoriamente as necessidades em cálcio do organismo (apesar de o leite de
vaca conter 4 vezes mais cálcio do que o leite materno). É preciso favorecer o consumo de
cálcio assimilável através do consumo de tósforo, magnésio, silício, etc.
Evitar: álcool, vinho, cerveja, tabaco, óleos refinados, pão branco. Alimentos privilegiados:
cereais integrais, pão integral, aveia, tapioca, agrião, feijão-verde, couve-flor, chucrute,
cenouras, alcachofras, salsa, cerefólio, cebolas, laranjas, limões, toranjas, morangos, germe de
trigo, azeite, óleo de girassol (1.1 pressão a frio), frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs), etc.
JejUI17
É aconselhado, se possível 1 vez por semana.
1 dia de frutos frescos e secos. Cura de fruta: uvas, alperces.
Diabetes e hipoglicemia
V
igilância médica indispensável. Para os conselhos gerais, ver Alergias (doenças ambientais), p.
207, Alimentaçã o - açúcar, p. 121.
A taxa normal de glicose no sangue situa-se entre O,90 e 1,10 g por litro. Acima destes
números considera-se que existe hiperglicernia, e podem surgir vários sintomas: sede, fome,
emissões frequentes de urina, vertigens, impotência, doenças da pele, perturbações do apetite,
cansaço, doenças cardiovascu lares, etc. A obesidade também constitui, com a idade, uma
factor de agravamento.
Manifestani-se frequentemente várias perturbações, directamente ligadas aos nossos hábitos
alimentares, muito depois da ingestão da substância responsável, o que dificulta a identificação
exacta das causas destas
361
Diabetes e hipoglicemia
perturbações. Mais do que qualquer outra patologia, a desregulação da glicemia está na
origem, directa ou indirectamente, de uma parte importante das doenças que existem
actualmente. A arteriosclerose, as afecções card iovascu lares, a diabetes, todas estas
perturbações do metabolismo estão directamente ligadas aos nossos hábitos alimentares.
A diabetes é uma desregulação da glicernia. Antes do século xix esta doença era ainda mal
conhecida e mal repertoriada porque a sua manifestação era muito mais rara do que nos
nossos dias.
Quais serão os factores que fazem com que se assista actualmente a uma tal epidemía que
acarreta severas complicações?
Em primeiro lugar é útil relembrar alguns números: de acordo com as
fontes consultadas, o consumo de açúcar, que já tinha aumentado em relação ao século
anterior, era em 1820 da ordem de 3 kg por ano e por pessoa; em 1990 o consumo médio de
um americano era de 75 a 90 kg. Observa-se aqui uma alteração de hábitos que faz a fortuna
das empresas de açúcar e dos laboratórios farmacêuticos, mas que, simultaneamente, arruína a
saúde dos consumidores.
Por outro lado, a diabetes é frequentemente precedida por hipoglicemia (insuficiência de glicose
no sangue), que constitui um factor de cansaço, de enxaquecas, etc. Esta reacção orgânica
decorre do esforço exercido pelo organismo para tentar livrar-se do excesso de açúcar,
libertando a
insulina. A insulina é uma hormona segregada pelo pâncreas e que fornece a glicose às células,
armazenada sob a forma de triglicéridos. Quando a
alimentação é normal (e preenche as necessidades do organismo), esta operação decorre
normalmente e a insulina preenche a sua função.
O açúcar e os alimentos refinados
O problema torna-se crucial quando se ingere demasiado acúçar e
alimentos refinados, que se transformam em glicose. A reacção orgânica toma-se anárquica, e
o corpo produz demasiada insulina. O excedente faz baixar a glicemia para um nível inferior ao
aceitável, e por conseguinte o nível de glicose no sangue baixa e manifestam-se os sintomas de
can362
Diabetes e hipoglicemia
saço e uma maior procura de produtos doces por parte do organismo. É o
início da engrenagem e a progressão do desequilíbrio, pois a única solução que se apresenta
para evitar as perturbações é o consumo de açúcar.
Esta constatação é o resultado de um consumo de açúcar e de produtos refinados, marcas de
qualidade e de pureza veiculadas pela nossa sociedade. Com efeito, que haverá de mais puro
do que a brancura imaculada mais branca do que branca? A brancura é sempre sinónimo de
limpeza, por conseguinte é suposto ser protectora. O branco está na moda: refina~ -se tudo,
desde a farinha até ao arroz, e desde o pão até ao sal.
As relações entre os alimentos e a saúde consideradas por Hipócrates e por todos os seus
sucessores como sendo fundamentais têm pouco eco
actualmente entre os nossos médicos. (São efectivamente raros aqueles que dão conselhos
alimentares.)
As perturbações da nutrição podem ser facilmente avaliadas se repararmos que os povos que
não consomem açúcar ou alimentos refinados só raramente contraem doenças cardíacas e
diabetes. Foi o caso dos Islandeses até aos anos 20, dos lemenitas, dos Japoneses, de certas
populações da ex-URSS, os Abkhazes.
Curiosamente verificamos que a modificação dos hábitos alimentares dá origem a perturbações,
por vezes, só passados 20 ou 30 anos. O que significa que os povos protegidos pela sua
alimentação tradicional deixam de o ser quando abandonam os seus hábitos ancestrais. É o
caso dos japoneses imigrantes nos Estados Unidos da América. Estes têm os mesmos
problemas que os outros americanos quando se alimentam como eles. A sua altura aumentou,
passando de 1,60 m (altura média dos Japoneses do início do século) para 1,80 m actualmente,
comparável à altura dos outros americanos. As suas defesas imunitárias baixaram, em grande
parte em
razão do consumo de açúcar, de alimentos refinados e de produtos lácteos.
Realizaram-se inúmeras experiências sobre a glicemia, particularmente por Cohen, que, em
1972, publicou um artigo numa revista especializada sobre o papel dos factores genéticos e
alimentares na diabetes. Este cientista demonstrou que era possível alterar o património
genético dos ratos através da alimentação. Todos estes trabalhos foram confirmados por outras
equipas de investigadores, especialmente por Laube e Pfeiffer. Estes também realçaram o papel
dos hidratos de carbono refinados (farinhas brancas, arroz descascado, etc.) neste tipo de
patologias, que, em
363
Diabetes e hipoglicernia
resultado da refinação, são privados dos nutrientes essenciais e tornam-se inassimiláveis.
Os tratamentos tradicionais
Nas perturbações da nutrição que gerarri este tipo de patologias (supostamente incuráveis), é
possível obter, através de uma alteração alimentar bem conduzida, resultados interessantes.
* Para o Prof. Bilz, esta doença só aparece rio seguimento de um estilo
de vida específico: abusos alirrientares, consurno de bebidas alcoólicas e, obviamente, abuso
de doces.
O essencial do seu tratamento consistia numa alteração dos hábitos alimentares, na prática de
exercícios físicos, bem como na aplicação de banhos de vapor e massagens.
* Para o padre Kneipp, a diabetes é simplesmente uma grave doença
digestiva. Não é possível curá-la com tratamentos de rotina, e é necessário proceder
individualmente. Ele preconizava uma alimentação simples e variada, semicúpios frios e curtos,
banhos de vapor e banhos de assento. Aconselhava também decocções de tormentilha (à razão
de 2 ou 3 chávenas por dia).
ó1005 OSSO17CIOIS * ZíMbro - Eucalípío - CeboIa - Gerânio
2 gotas alternadamente, 2 ou 3 vezes ao dia.
B.61717os de OSSOIMO *
- Todos os dias.
EO/7h05 dO &WpOr *
- 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de uma loção fresca e de fricções vigorosas.
ou
Receito moli,45tico
Foffias de noguelia + foffias de MIrtilo + foffias de Urilga + folhas de Amoreir,7 -@- erva de
AgrIpalma * erva de Morangos-silvastros + vagens de Febfão * erva de Galeça
ErV.7 ale Galkga + bagas de Zímbro + erva a’& Pé-de-leão + t7ores de TílIa + erva de
Morangos-sílvestres + fOffiaS de UVa-UrSI@7a + foffias de MIrtIlo + foffias de Vísco + Ervade-São-pão + Cenlaurea grande
364
Diabetes e hipoglicemia
Em infusão: misturar em partes iguais todas as plantas. 1 colher, de sopa, desta mistura para 1
copo de água a ferver. Deixar em infusão durante 5 minutos. Tomar 2 copos por dia, entre as
refeições.
Afusio
Fresca, das costas e das coxas,
2 ou 3 vezes por semana.
câmiso húmid.9
Aconselhada.
ReceIMS rItoter.10utic-es
PIOMOS 817W~05
* Decocgão em 1 litro de água de
10 9 de raiz de bardana, 30 g de suco de urtiga, 30 9 de cevada, misturadas com sumo de
limão e de agrião (20 g de cada).
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Abacate
* Mencionamos este fruto porque
é um alimento ideal para os diabéticos. Contém poucos glícidos e tem uma grande percentagem
de vitaminas e de proteínas.
AÚ-ela-mirtílo
* Mergulhar as folhas de airela-mirtilo em água morna e deixar repousar durante 24 horas.
Filtrar.
Beber um copo pequeno por dia. Segundo Jules Offner, as folhas de airela-mirtilo são utilizadas
com êxito contra a diabetes, bem como o gerânio, erva-de-são-roberto, Geranium robertl;gnuln (também utilizado para a cicatrização de feridas).
Alcac17ofra
A decocção das folhas é hipogiicerniante, portanto aconselhada aos diabéticos. Tomar meio
copo 2 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Esp117176-1r0 @S11V.7) Um punhado de planta fresca para 1 litro de água. Na medicina
popular grega utiliza-se a decocção das extremidades tenras, à razão de um copo por dia, em
jejum.
Gal--9.7
20 g de planta para 1 litro de água. Tomar 1 a 3 chávenas por dia. Esta planta forrageira
estimula os animais. É também fortemente hipoglicemiante e faz baixar a taxa de açúcar no
sangue.
Noguelra Fazer uma decocção: 10 a 15 g de folhas para 1 litro de água. Tomar 2 ou 3 chávenas
por dia.
011velra
10 a 15 g de folhas para 1 litro de água. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
365
Diarreias
* As folhas de oliveira têm propriedades hipoglicemiantes.
7remoço
* 10 g de planta para 1 litro de
água.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* A infusão é hipoglicemiante (pela
acção da lupanina). Pode-se também fazer café com as suas sementes.
Tupi@7ambo
* Beber a água da cozedura à
razão de 1 ou 2 chávenas por dia.
* Os tubérculos, muito ricos em
insulina, são hipoglicemiantes.
Também:
EUCalipto ZIMbro S-7/14.7
01114e1;la, Ce17OUrZ7, COUVe, Espargos
E:
Cloreto de magnésio, zinco, selénio, vitaminas.
Alimenfi?ção
* Deve ser sóbria e variada. Evitar
todos os excessos alimentares.
* Evitar: álcool, cerveja, vinho,
aperitivos, chá, café, chocolate, especiarias, sal, todos os doces, pastelaria, manteiga
cozinhada, carnes gordas, fritos, enchidos, charcutaria, alimentos refinados, pratos com
molhos, óleos refinados e, de uma forma geral, todo o tipo de alimentos industriais.
* Alimentos privilegiados: óleos
virgens de primeira pressão, especialmente o azeite, mas também alho, cebola, saladas verdes,
espargos, pepino, espinafres, alcachofras, couve (crua), dente-de-leão, agrião, frutos frescos,
mirtilo, groselha, amora, nozes, avelãs, levedura de cerveja, etc.
Diarreias
2
0% a 30% da população sofre, a vários títulos, de problemas digestivos: prisão de ventre,
diarreia, inchaços. Todas estas perturbações podem ter origens muito diversas (alimentares,
parasitárias, stress ou abuso de certas substâncias medicamentosas) e serem passageiras ou
crónicas.
Poucas pessoas afectadas com este tipo de patologia consultam o médico, já que a alteração do
tipo de alimentação tem, na maioria das vezes, resultados apreciáveis.
366
Diarreias
Receitas fitolelaPêutic-es
Alfarroba
* As sementes são esmagadas e
reduzidas a farinha.
* Utilizam-se salpicadas nos alimentos, tal como as especiarias (o equivalente a meia colher de
café).
Cássis
* Beber o sumo extraído das bagas (sem açúcar).
* 3 copos por dia,
Carvaffio-comum
* Tisana ou pó da casca, 1 g, 5
vezes ao dia.
Ca valinha
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia,
antes das refeições.
Cíl70glOSSO-oficínal
* Infusão de 10 9 de ramos
migados para 1 litro de água a ferver. Deixar repousar 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
Erv.9-benta-w-num
* Infusão de 10 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver e deixar repousar 10 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia.
Espính&iro (sílva)
Tisana das folhas: 20 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 3 chávenas por dia.
Hortelã-p~nta
Utiliza-se como para a falta de apetite: infusão de 15 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 2
ou 3 chávenas por dia, no final das refeições.
“irNOS secos
Um centena de mirtilos secos, previamente demolhados.
Mor.7ngueiro
Infusão de 15 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 2 chávenas por dia. É antidiarreico.
Atribuía-se-lhe uma acção protectora contra a lepra, os humores e a fecundidade das mulheres.
As folhas servem para preparar uma tisana que acalma a tosse dos fumadores.
NOSPOreíra
Infusão da casca: 10 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 2 chávenas por dia.
Pé-de-leão-COMUM e Pé-de-leão-dos,71POS
10 g de folhas para 1 litro de água fria. Ferver 2 minutos.
O pé-de-leão-dos-alpes foi utilizado no século xvii pelo médico italiano Allioni.
367
Disenteria
Po te17 P717a - ans &rIna
Decocção: 10 g para 1 litro de água fria. Ferver durante 10 minutos e deixar repousar. Tomar 2
chávenas por dia.
P0101711117a-r.7SIel,71710
Decocção de 20 g de planta para
1 litro de água.
Tomar 2 chávenas por dia.
SOMPr&-nolva
1 g de raiz seca e reduzida a pó,
3 vezes ao dia (com um pouco de água). As folhas tenras podem ser consumidas em saladas. É
uma das plantas várias vezes citadas por Alberto, o Grande. Está também representada no
célebre quadro de Roger van der WeycIen, no qual a Virgem está rodeada por quatro santos,
entre os quais dois são médicos, Côme e Damião.
Tormentilha, GerânIo @èi-v.7-de-são-roberto)
* Utilizar como para a boca (p. 261): 10 g em 1 litro de água
fria. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* As folhas frescas podem ser
mastigadas.
Tom1117o erva-ursa e Orégão- Villgar
* Utilizar como para as anginas (p. 233): infusão de 15 g de planta em 1 litro de água a ferver.
* A sua acção pode ser reforçada
com t~11ho, camomila e salva.
UlmeírO
* Infusão da casca: 10 9 para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Disenteria
ntigamente utilizava-se unia decocção de casca de castanheiro, que é muito rica em taninos.
CI9SC3 de Cas117nhoh-0
- Em decocção: 20 g de casca
368
para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar repousar 30 minutos.
- Tomar meia chávena, 2 ou 3 vezes ao dia.
Dores e nevralgias
Dores e nevralgias
ReCeAt.95 Jr]:] rItotelopêutic-75
A Có17i10
Planta utilizada para as dores nevráigicas, especialmente as do trigémeo e para as
perturbações respiratórias, ATENÇA01 Esta planta é muito tõxica. Em cortas doses pode até ser
mortalill No século xvii observaram-se casos de pastores mortos depois de terem adormecido
perto do acónito (no seguimento da inalação dos vapores). Esta planta deve ser prescrita por
um especialista. Pertence à categoria das plantas “mágicas”, pois dizia-se que as bruxas
preparavam uma pomada de acónito para friccionar o corpo antes de levantarem voo nas suas
vassouras. A cíência tenta explicar esta crença pela acção anestesiante do acónito nas
terminações nervosas. É por conseguinte possível que, ao perderem a sua sensibilidade, “as
bruxas” tivessem a impressão de voar.
Alecrim
Tintura-mãe: 40 g de flores para meio litro de álcool a 900. Deixar macerar num frasco ao sol
durante 2 semanas. Filtrar.
* Friccionar as partes dolorosas.
AnéM0173
* As anérnonas foram citadas por
Dioscórides. Há 2300 anos o poeta grego Nicandro utilizava-as como antídoto contra os
venenos dos animais.
Anémona-pulsát11
* Para as dores uterinas, a anémona pulsátil é eficaz. ATENÇA01 Esta planta é perigosa. Deve
ser preparada por especialistas.
A Veia
* Banho: 500 g de palha de aveia
para 3 litros de água. Deixar de molho durante 3 horas, filtrar e acrescentar à água do banho.
Caldo-morto
(utiliza-se também a erva-de-sào-tiago).
* Decocção para dores diversas e
para as perturbações da menstruação.
Erva-d&-são-joão-ofIcli7a1
* 80 g de folhas esmagadas em 1
litro de azeite. Deixar macerar durante 3 semanas ao sol numa garrafa bem fechada. Filtrar.
* Friccionar as partes dolorosas.
369
Dores e nevralgias
Hei@g
As folhas em uso externo são eficazes contra as dores e as úlceras.
L a vaiwla
Tintura-mãe: 40 g de flores para meio litro de álcool a 900. Deixar macerar num frasco ao sol
durante 2 semanas. Filtrar. Friccionar as partes dolorosas.
MO1M91701r0
As folhas frescas utilizam-se em cataplasmas.
ATENÇA01 Em uso interno esta planta é t6xica. Não utilizar sem consultar um especialistalil
Salguelro-bianco
Infusão de 20 g de casca esmagada em 1 copo de água. Ferver 5 minutos e deixar em infusão
15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Tom1117o-crespo @é1-va-ursa)
Utiliza-se imediatamente em compressas ou em loção. Alivia as dores nevrálgicas e a ciática.
370
* Eczerna
* Edema
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Enfarte do miocárdio
Enjoo
Entorpecimentos
Entorses - Luxações
Enxaqueca (cefaleia, dores de cabeça)
Epilepsia
Erisipela
Escaldão (golpe de sol)
Escarlatina
Esclerose em placas
Escrófulas - Adenites - Alporcas
Espasmofilia (Tetania)
Esterilidade
Estomatite - Gengivite
Eczema
Eczema
Ver tanibém Alergias (p. 207), Impigens (p. 438), Pele (p. 506).
V Pode recobrir todo o corpo ou, pelo contrário, estar disserninado aperias em certas partes:
mãos, costas, pernas, torso. Pode ser escamoso, húmido e dar origem a febre e comichão.
DM90A
as * SalSapar1117a - ESCabIóS.7
Labaça -Amor-perfeito ErVa-MOleIr117178
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia, alternadamente, 2 a 4 drageias de prõpolis durante 1
mês, ou em soluçã o: 10 a 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ou 117fusio * SalSapar11173 + ESCabIOSa + Labaça + Amor-perfelto + Erva-molelr11717a
* 1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
compressas *
Em uso externo:
Escabiosa + Gamomíla
*Fazer uma infusão: 2 pitadas de
cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 20 minutos.
*Aplicar em compressas ou cataplasmas de argila, de manhã e
à noite e conservar se possível durante cerca de 20 minutos.
Receitas rItotempêuticas Arístolóqtila-comum Infusão de 10 g de planta para 1 litro de água
fria. Ferver 1 minuto e deixar repousar durante meia hora. Utilizar em compressa, 1 ou 2 vezes
ao dia, durante 10 a 15 minutos.
Con.solda Infusão de 20 g de raiz descascada para 1 litro de água fria. Ferver 5 minutos e
deixar repousar 15 minutos. Beber 2 chávenas mornas por dia, fora das refeições.
NO ,queira
20 g de folhas secas para 1 litro de água fria. Ferver e deixar repousar 10 minutos. Tomar 2
chávenas por dia. Esta infusão pode ser aplicada em compressa, conservada durante 10 a 20
minutos, 1 ou 2 vezes por dia.
CONSELHOS
Para a aplicação de afusões, banhos, banhos de assento, conselhos gerais, alimentação,
alimentos privilegiados, aplicações externas, ver: Impigens (p. 438), Comichão (p. 333) e Pele
(p. 504).
372
Ederna
Edema
1
nchaço de certas partes do corpo provocado pela acumulação de líquidos
nos tecidos subcutâneos. Vigilância médica indispensável.
Ál21wffoi ‘95 * Glêsta - Freíxo - Bélula
- ZIMbro - Ortosíf017
1 ou 2 drageias por dia.
ou Infusio * Gí,está + FrKvO + Bétula + ZIMbrO + OrtOS1f017
1 ou 2 pitadas de cada pIIant@ para 1 litro de água. Ferverdu rante 2 minutos e deixar em
infusão 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
COMP/w55.65 cícl~
* Utilizar os tubérculos esmagados em cataplasmas (também para o tratamento das glândulas
entupidas). * 50 g de planta para meio litro de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em
infusão 20 minutos. * Aplicar em compressas nas partes atingidas. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia.
* A preparação pode também fazer-se em cataplasmas, com meio copo de argila, à qual se
acrescenta a preparação acima
descrita. Mexer de modo a obter uma pasta untuosa.
- Aplicar em compressas nas partes atingidas. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia.
óleos essenciais cebola
2 gotas, 3 vezes ao dia. @@I Duches e ?fusôés
- Suaves e mornos, em função do
doente.
Alimentação *
Regime alimentar indispensável. Contra-indicações: álcool, vinho, cerveja, doces, pastelaria,
sal, charcutaria, pratos com molhos, manteiga cozinhada, maionese, pimentos, queijos fortes,
etc. Alimentos privilegiados: alcachofras, cebola, alho, salsa, funcho, legumes, frutos frescos,
etc.
jejum
*
- Recomendado.
373
Enfarte do miocárdio 1 Enjoo (de barco) 1 Enjoo (de automóvel, transportes)
Enfarte do miocá'rdio
v
r Arteriosclerose (p. 242), Coração (p. 343).
Enjoo (de barco)
Bebida i- Imão
Receita grega: beber um copo de água do mar misturada com sumo de 2 limões.
Enjoo (de automóvel, transportes)
190M4?
*
Vinho de abalinto: macerar 25 g de absinto durante 2 ou 3 dias
em 100 ml de álcool. Em seguida juntar esta mistura a uma garrafa de vinho tinto (Bordéus).
- Tomar 1 ou 2 colheres diluídas
em meio copo de água, 1 hora antes da partida.
CONSELHOS
-Para os casos díficeis, ver Náuseas, p. 472.
374
Entorpecimentos
Entorpecimentos
o s tratamentos diferem em função da duração do entorpecimento.
- Se o membro for passageiramente submetido a um entorpecimento, no
seguimento de uma posição desconfortável:
UU- FlIcop-9
Fazer fricções frescas com massagem . Esta sensação cede ao fim de alguns instantes,
Se o entorpecimento for prolongado, acompanhado de formigueiro e
picadas nas extremidades, consultar um médico de modo a identificar
as causas.
Para prevenir os entorpecimentos
.4 filsão
Afusões frescas dos braços e das coxas, 3 vezes por semana. ::(@11 ÁMO17hOS dO V.~ *
Banhos de vapor, 2 vezes por semana.
A11k7entação - Alimentação variada, com diminuição de gorduras animais e, se possível,
supressão do álcool e do tabaco.
375
Entorses - Luxações
Entorses - Luxações
C
ertificar-se de que não se trata de uma fractura. Em caso de entorse, existem vários
tratamentos que dão resultados muito bons e rápidos. Estes podem acompanhar as receitas
que damos abaixo e são os seguintes:
* A acupunctura tem muitas vezes uma acção imediata na síndroma
dolorosa.
* As massagens, endireitamentos, quiroprática, osteopatia, etiopatia.
Estes especialistas devem sempre ser consultados em caso de recaídas frequentes, que podem
ter uma causa postural.
@
ÁOeCOCOO *
T27si7elra + Verbona-oficli7a1
A decocção de tasneira alivia as entorses e as luxações: misturar 10 g de verbena oficinal e
10 g de tasneira em 1 litro de água.
* Aplicações quentes, repetidas.
Agr~171,7, Murta, PIM&nIO, AlecrIm, T2w7elra, Wrbo17,9-comum, ArtemIslã, Boldo
G&17láUr0.7, P.7p0118-SlIV&Stre, Cravo-alé-defunto
* Em infusão: misturar as plantas
em partes iguais. 20 g da mistura para 1 litro de água a ferver. Deixar repousar durante 10
minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia no
momento das refeições.
óleOS OSSOMIZIS M.717j6-MA9 Tratamento externo: 2 ou 3 gotas de óleo essencial de
manjerona, em aplicação por massagens suaves.
COMPAISMOS*
* A agrlmõnla, misturada com a
farinha de trigo, fervida durante vários minutos em vinho tinto, produz um emplastro que cura
as entorses e as luxações.
* Cataplasmas de argila fria: aplicar após ter misturado a argila com água. A preparação deve
ter o aspecto de uma pasta untuosa.
rMAIMOMO de C1;offiei
* óleo de erva-de-são-jollo: 20 g
de planta para meio litro de azeite (ou óleo de amêndoas doces), acrescentar 20 cabeças de
camornila. Deixar macerar 8
376
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
dias ao sol (para acelerar a predurante 20 minutos e filtrar). paração, aquecer a mistura
em
Misturar, em seguida, em partes banho-maria, em lume brando,
iguais corri
álcool canforado.
CONSELHOS
- Entorses na prática do esqui, ou consequência de um movimento
em falso: pôr o pé ou a mão em contacto corri a neve, cubos de gelo, ou alternativamente em
água fria, continuando sempre a
massajar. Estas aplicações dão muito bons resultados e suprimem a dor.
- As pessoas sujeitas a entorses frequentes devem andar de pés
descalços na erva húmida ou dentro de água e fazer exercícios para fortalecer as canelas.
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
V
er eventualmente Hipertensão (p. 430), Prisão de ventre (p. 522). A enxaqueca pode ser
passageira, moderada ou persistente e até extremamente violenta. Pode sofrer as mais
variadas alterações, desde um pequeno mal-estar até à mais insuportável dor de cabeça. Estas
afecções podem durar muito pouco tempo e persistir durante anos.
As suas causas são variadas: choques, traumatismos, corpos estranhos nos ouvidos ou no
nariz, picadas de insectos, escaldões, luzes fortes, ruídos violentos, prisão de ventre, emoções,
stress, cólera, tristeza, alegria excessiva, alimentação defeituosa, má ventilação dos quartos,
dos locais de trabalho, poluição atmosférica, abuso do álcool, do tabaco, falta de sono, doenças
intestinais, hepáticas, deslocação vertebral, etc.
Devem tratar-se as causas iniciais (consultar eventualmente um
acupunctor, um quiroprático, etc.). Mas se as enxaquecas não têm uma
causa aparente e resistirem a todos os tratamentos, experimente os remédios seguintes.
377
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
L7Mffoias * Valeríana - Primavera Erva-ursa - Cardo-berlo
- Verbena
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Absinto-oficil7.91 raiz de Pepíno-selvagem
* Recelita do Dr. Chornei: ferver
folhas de absinto com raiz de pepino selvagem (atençáo, esta planta é perigosa), em 2 partes
de água e 1 parte de azeite.
* Tomar 1 chávena por dia. Sob
receita médica. E também:
Erva~cídreíra
* lnfusào de 20 g de folhas em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia, quentes e adoçadas com mel.
* Tintura-mâ9 (utilizar em fricções
na testa e nas têmporas). Utilizar também infusões de:
R.71,717.7 dos pr.?dos (flores) Salguelro-bra17co (casca, C1781nada as01r117.7 178tUr3,@
V.710r7a179-OfIC117a1 (ra!Z), Lava17da ffiores), PrImavera (17or&s)
* Fazer uma preparação com uma
mistura de 10 g de cada planta. Deitar 2 ou 3 pitadas para 1 chávena de água, ferver e deixar
em infusão durante 10 minutos.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Válerlana + Prímavera “ Erva~ursa 1 Cardo-bento ./- Verb017a
* 1 ou 2 pitadas de cada planta
em 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão 15 minutos. * Tomar 2 ou 3
chávenas por dia.
ó100,5 055017C1015
1@@ Ilav:7170a
3 gotas, 3 vezes ao dia.
compressas *
- Compressas frescas ou mornas
na testa, nuca e têmporas.
E.9171105 *
* Quando os pés estiveram frios,
proceder ao seu aquecimento por meio de banhos quentes dos pés e banhos de vapor dos pés e
paralelamente as loções frescas ou mornas na cabeça.
* A fricção prolongada das têmporas, com as mãos previamente mergulhadas em água fria,
permite diminuir a intensidade das cefaleias.
* Semicúpio curto e frio: 3 vezes
por semana (de 10 segundos a
1 minuto).
80/7/105 dO 05501740
* Ou banhos de assento com fricções, 3 vezes por semana.
LOVOgOJIS *
Com uma infusão de Carnomila.378
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
Meio litro de água para 7 ou 8 cabeças de camomila. Ferver e aplicar quando a preparação
estiver morna. Conservar durante cerca de 20 minutos. Inúmeras dores de cabeça persistentes
foram aliviadas de forma notável graças a lavagens. @w
B217h05 dO V0POr *
Banhos de vapor 3 vezes por semana.
Duches e &fusões *
Duches e afusões superiores: braços, tórax, nuca, cabeça, aiternadamente, dia sim dia não,
com uma afusão das coxas, seguida de fricções mornas dos pés e das pernas.
AlimenffiÇão
* Muitas cefaleias são de origem
alimentar, por isso deve vigiar os excessos.
* Evitar: tabaco, álcool, vinho,
cerveja, cidra, charcutaria, manteiga cozinhada, gorduras animais, fritos, pratos com molhos,
pastelaria, doces e todos os excessos alimentares.
* Alimentos privilegiados: frutos,
legumes verdes, saladas, etc.
jejum
Indispensável, dá frequentemente resultados inesperados. 1 dia por semana. Cura de fruta
(uvas).
1 dia, a fruta.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
*Uma infusão de cominhos + funcho: 2 pitadas de cada planta
para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
*Também: afusões, banhos, banhos de assento frios (seguidos de
um duche muito quente), banhos quentes, banhos de vapor, fricções, etc.
A£ GUNS CONSELHOS DO OR. EW PARA O rRArAMEN7O
DE VÃRIOS rIPOS DE ENXAQUECA
* Dores de cabeça gãstricas: origem alimentar, indigestão. Sintomas, hálito nauseabundo,
opressão, fezes preguiçosas, enjoo, hemorróidas possíveis.
* Evitar as causas e vigiar a alimentação.
* Exercícios físicos e respiratórios.
379
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
Banhos de vapor seguidos de fricções. Camisa de Neptuno. Lavagens intestinais diárias. Dores
de cabeça reumatismais: não têm sintomas específicos. São violentas e agravadas pelos
movimentos, os esforços, a flexão, a tosse, os espirros, uma sensação de tensão na nuca.
Quanto à dor, esta piora com a pressão (Ver Reumatismos, p. 538). Banhos de vapor, duche
morno da cabeça (diários). Fricções. Em caso de prisão de ventre, fazer lavagens intestinais.
Dores de cabeça nervosas: periódicas. Acompanham o período menstrual, as emoçõ es. A dor é
surda ou violenta, e aumenta geralmente com a pressão. Banhos de vapor dos pés e das
pernas, acompanhados de compressas frescas na cabeça e na nuca. Banhos mornos com
afusão fresca da cabeça e da nuca. Lavagens intestinais eventuais, em caso de prisão de
ventre. Dores de cabeça com sensação de frio: Afusôes quentes, repetidas várias vezes por dia.
Compressas quentes no pescoço. Dores de cabeça opressivas: manifestam-se por fortes
pulsações nas veias temporais e no pescoço. Surgem após uma excitação, um golpe de sol,
consumo de álcool. Banhos de assento frios prolongados, acompanhados de um banho de vapor
dos pés (ou de um banho quente dos pés).
A £ GUMA S RECEMA S A NMA S Sumo de hera tomado pelo nariz cura as enxaquecas mais
violentas (receita popular). As folhas de matricãrla em decocção, aplicadas em cataplasmas na
cabeça, são particularmente convenientes quando os doentes se queixam de frio na cabeça
(segundo Cheneau). A cataplasma de verbena em decocçâo: 20 g de planta em 1 litro de água.
Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão 10 minutos. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia, com
uma compressa embebida na mistura. Uma cebola cortada em duas metades iguais- pôr de
molho em álcool a 900 durante 15 minutos e aplicar durante algum tempo na testa e nas
têmporas (segundo Chomel). Cataplasmas com uma decocção de manjericão + lavanda.- 3
pitadas de cada planta em meio litro de água. Ferver durante 20 minutos, misturar em partes
iguais com vinagre. Aplicar por meio de uma compressa ou de um pano, 2 ou 3 vezes ao dia.
380
Epilepsia
Epilepsia
A
epilepsia era chamada, antigamente, mal caduco, mal comicial, mal sagrado, etc. Manifesta-se
por uma inconsciência e uma insensibilidade súbitas, acompanhadas de convulsões. Deve
colocar-se o doente na cama, de modo a que este não possa magoar-se. Coloca-se, se possível,
um lenço na boca, de modo a evitar que o doente morda a língua. Não se deve forçar o doente
a abrir as mãos. Deve-se aliviar-lhe o colarinho e o cinto das calças.
0m90i
às * Val&rIana - CardO-b&17t0
Tasneir.7 - Mil-folhas
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSiO Valeriâna + Cardo bento + Tasneíro -k MíMolhas
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 3 chávenas por dia.
ó10OS OSSOIMi.VIS
23@ Erva-cIdreIr.7
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. (Essências aconselhadas: nardo, artemísia, mas só sob receita
médica).
Sonhos *
Banhos quentes adicionados de “flores de feno” em infusão, todos os dias.
* Banhos de assento frios, 3 vezes por semana.
LOMOgOM
* As lavagens são recomendadas
com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila em meio litro de água. Ferver e deixarem infusão durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem morna com uma
11 pêra”, de manhã em jejum.
ÁSIânhos de vapor
- 2 vezes por semana. @R MIMUI§O de NOPN170
2 vezes por semana.
W¥ Aliment.7Ção
Não excitante, pode fazer a doença evoluir de forma favorável.
381
Epilepsia
Evitar: excitantes, café, chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, sobrealimentaçâo, pratos com
molhos, especiarias, manteiga cozinhada, charcutaria, fritos, aipo, etc. Alimentos privilegiados:
levedura de cerveja, fruta fresca, legumes verdes, couve, beterraba, limão, alface, endívías,
pepino, espinafres, uvas, alperces, figos, cereais integrais, etc.
jejum
* Acalma e descontrai. * 1 dia por semana, se possível. * 1 dia, a fruta. * Cura de fruta.
CONSELHOS
- Banhos de ar livre e de sol: são indispensáveis.
- Praticar o endurecimento, andar de pés descalços na erva húmida,
na água, na tijoleira, na pedra húmida, etc.
Durante o ataque
COMPIV5M5
Se a cabeça estiver fresca: compressas muito húmidas, mornas, em volta da cabeça, da nuca,
dos pés e no baixo-ventre, ao nível das partes genitais.
Repetir frequentemente. Fazer também massagens no pescoço. Se a cabeça estiver
quente.compressas frias. Manter a cabeça alta, esfregar os pés com as mãos previamente
molhadas em água fria.
Roceit,15
ArtemIsia-comum
Certas fontes dizem que a raiz de artemísia reduzida a pó tem fortes propriedades
antiepilépticas. Polvilhar por cima dos alimentos, como condimento.
Para evitar os ataques
GalíUm Vorum
A planta inteira ou as extremidades floridas em infusão: sob receita médica.
Nabo-do-dIabo ATENÇÃO1 Esta planta é muito perigosa, pode provocar acidentes mortais.
Deve ser receitada por um especialista.
382
Erisipela
V.710r1a17a
* As raízes da valeriana possuem
propriedades antiespasmódicas que podem ser aproveitadas na epilepsia e também nas
neuroses, nas histerias e na coreia (dança de São Gui). Foi um médico italiano, Fabio Colonna,
que descobriu, no século xvii, a acçã o antiepiléptica da valeriana.
* Infusão: 20 g de raiz em 1 litro
de água fria, durante 12 horas.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
* Banho: 100 g de planta em infusão em 1 litro de água fria, durante 24 horas. Acrescenta-se a
preparação à água do banho.
visco
Esta planta foi venerada pelos Celtas. Utiliza-se há muito tempo para tratar a epilepsia e as
convulsões. Podem comprar-se preparações nas ervanárias ou nas farmácias. Esta planta é
utilizada em certos países como forragem, e observa-se então um aumento da produção de
leite nas vacas e nas ovelhas, daí a possibilidade de ter uma acção hormonal.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Andar de pés descalços todos os dias. Andar na água (no Inverno, ficar de pé na banheira, ‘14
cheia de água fria) durante 5 a 10 minutos.
Erisipela
V
er Eczerna (p. 372), Impigens (p. 438), Pele (p. 504). A erisipela manifesta-se por vermelhidão
na pele acompanhada de inchaços, precedidos de arrepios, febre, sonolência, náuseas e
eventualmente vómitos. A febre pode desaparecer logo que surgem as primeiras vermelhidões,
ou pelo contrário, persistir; também pode haver sensação de calor, comichão, dores, a língua
fica carregada e constata-se uma perda de apetite. O hálito é fétido.
A erisipela pode atacar todas as partes do corpo.
383
Erisipela
OMPOi @@JJ/
‘95 * Sabugueíro - Labaça
- Erva-ursa - Tussíl,9~ (Passo-de-asno)
1 ou 2 drageias de cada 1 vez ao dia.
OU ll7fUSãO
sabugueli-O + labaça + Erva-ursa - Tussílagem
1 ou 2 pitadas de cada planta em 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Erva-urs.7
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMP/M_9.95
* Alternadamente quentes e frias,
de meia em meia hora. Repetir.
* Na erisipela do rosto, molhar um
pano em água morna (25 a 30OC) e aplicar. Repetir a partir do momento em que a compressa
aquece as partes tratadas (geralmente ao fim de 10 a
15 minutos).
ÁMonhos de mpor
Curtos, de 20 a 30 minutos, 3 vezes por semana.
LOVOg0175 *
* Fazer com água morna, todas
as manhãs.
MIMIUS
* MailloIsde corpo constituídos por
uma camisa molhada morna, conservada durante 1 a 2 horas, se possível. Estes InalIlots
devem ser repetidos até desaparecer a febre.
Alimen~10 *
Simples, exclusivamente composta de caldos de legumes e de sumos de fruta (fresca). Beber
líquidos suficientes e comer poucos alimentos sólidos. Em geral, o doente não sente fome e não
deve ser obrigado a comer. Evitar: todo o tipo de álcool, vinho, cerveja, tabaco, chocolate,
café, doces, pastelarias, carnes, crustáceos, charcutarías, salmoura, pão, etc. A realimentação
deve ser feita por meio de pequenas refeições, essencialmente compostas de fruta e de
legumes.
384
Escaldão (golpe de sol) 1 Escarlatina/ Esclerose em placas
Escaldão (golpe de sol)
v
er Queimaduras (p. 534).
Escarlatina
r fundamentalmente uma doença infantil, geralmente epidérnica. A febre Epode atingir os 400
ou mais, e surgem na pele mancliasi vermelhas escarlates que se espalham rapidamente e
provocam inflamações. Diminuiçã o da urina, náuseas, vómitos, amígdalas inchadas.
Tratamento idêntico ao do Sarampo (ver p. 554). Vigilância médica indispensável.
Recoltas lf fitotempêuticas
Borragem
*No início da doença, fazer uma lavagem com uma infusão de flores de borragem. *20 g de
planta em 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 20 minutos.
* Aplicar com uma “pêra”, de preferência de manhã, e conservar durante 20 minutos.
* Os rebentos jovens podem ser
consumidos em saladas e as folhas servem de aromatizante.
* Esta planta também tem a fama
de tratar a irritação e a congestão dos rins.
Esclerose em placas
v
er Poluição electromagnética - Alergias e doenças ambientais (p. 207).
385
Escrófulas - Adenites - Alporcas
Escrófulas - Adenites - Alporcas
r
das estas afecções estão ligadas aos gânglios linfáticos. vigilância médica indispensável.
ÁO/0 .90AOS * Cr.7vo-de-defu171o - Fraxínea
- Salv.7 - Lúpulo - Fucus VeSICUIOSU$
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infus#O Cr.?vo-de-defui7to -@- Fraxínea :^] , SaM7 ,<- /_úPU/O
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 3 chávenas por dia (+ drageias de Fticus veslculosus).
MOSSO90M
Com a seguinte preparação: meio litro de azeite (ou óleo de amêndoas doces + 30 g de ervade-sâo-Joâo + 20 cabeças de camornila. Expor ao sol durante 8 dias ou aquecer em banhomaria durante 30 minutos. Utilizar tal qual em fricções.
OSIMIOS *
Com algas marinhas (preparação pronta a utilizar que se encontra nas lojas de dietética ou nas
farmácias). Lave o corpo com água morna, envolva-se numa toalha sem enxugar o corpo e
deite-se.
L.N~Ofi7 *
Lavagem com água morna. Conservar durante 20 minutos.
COMIS.MS
Camisas de Mores de feno” quentes, com envolvimento, à noite.
Ágonhos dlo vopor *
Banhos de vapor seguidos de um banho quente, 3 vezes por semana.
Alimentação *
Alimentação rigorosa, não excitante. A alimentação vegetariana é a mais adaptada. Evitar:
tabaco, álcool, vinho, cerveja, charcutaria, pratos com molhos, manteiga cozinhada, doces,
pastelaria, carnes gordas, queijos fortes, caça, etc.
386
Espasmofilia (Tetania)
Alimentos privilegiados: legumes verdes, levedura de cerveja, sopas de legumes, papas de
aveia, saladas, fruta, etc.
ioiuln
* Recomendado. * 1 dia, a fruta.
Espasmofilia (Tetania)
M
anifesta-se por contracções musculares, de forma e intensidade variáveis.
Diversas causas são possíveis.
ÁO #13901 &9.9 *
GaVal11717.7 - MIMOlhaS (Aquileía) - Urtíga Elouterococo - Fucus VeSI;5VI0SUS
- 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
por dia.
Cura de dragelas: * 2 drageias de elouterococo + 2
drageias de Fucus wsIculosus. * Várias vezes por ano, especialmente na Primavera e no
Outono: geleia real (segundo indicação do apicultor) e cápsulas de onagra (4 por dia). * Cura
renovável de 1 mês.
ou /MUSA0 *
Gavalínha + MIl-folhas (4quilela) + Urtíga
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
óIOM OS5017C1015
Alpa
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternadamente, dia sim dia não, com: &rva-cidreíra
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
@@I] 88/7/108*
Banhos completos quentes com preparações à base de algas marinhas (de manhã, de
preferência).
8,717hOS dO OSSOIMO
Mornos e depois frios, com uma duração de 5 a 10 minutos, dia sim dia não.
387
Espasmofilia (Tetania)
8s17hos de vapor *
1 a 2 por semana, com uma duração de 20 a 30 minutos, seguidos de uma fricção fresca.
Duchos eafilsões *
Diárias, dos braços, das coxas, do rosto e do pescoço. M
A1M7e17M0o *
Atenção à sobrealimentação. Evitar: carnes vermelhas, açúcar e seus derivados, pastelaria, sal,
charcutaria, fritos, salmoura, maionese, álcool, cerveja, vinho, especiarias, óleos refinados, pão
branco, café, chá, tabaco, gorduras animais, manteiga cozinhada, queijos fortes, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germen de trigo, óleos de caroço de uva e de
girassol, papas de aveia, trigo, pão integral, frutos e os legumes frescos, couve, chucrute (sem
charcutaria), aipo, cenouras, amêndoas, nozes, avelãs, figos, tâmaras, cebolas, alho,
alcachofras, espinafres, uvas (secas e frescas), alperces, ameixas, salsa, saladas, limão,
laranjas, toranjas, ananás, etc.
* Mastigue bem os alimentos.
Jejum
* Aconselhado 1 ou 2 dias por
semana.
* Cura de fruta.
CONSELHOS
-Proceda a uma boa ventilação dos quartos.
388
Esterilidade 1 Estornatite - Gengivite
Esterilidade
c
onsulta médica indispensável.
RECEIM AN77GA
-Sementes de &mio, em pó. 3 ou 4 pitadas em infusão em leite
ou vinho. Tomar esta infusão 4 ou 5 dias seguidos, 3 horas antes do jantar. Durante o
tratamento, abster-se de relações sexuais.
- Esta receita é citada por Mathiole, Feitagius e Simon Pauli, que
acrescentam que esta semente é o melhor tratamento para o corrimento branco.
Estomatíte - Gengivite
er Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
onsulte o dentista.
389
* Fadiga - Convalescença - Esgotamento - Fraqueza
* Febre
* Feridas
* Feridas abertas
* Fibroma uterino
* Fígado
* Fístulas anais
* Flatulências - Gases intestinais
* Flebite
*
*
*
*
*
Fracturas
Fragilidade capilar
Frieiras
Frigidez
Furúnculos
Fadiga - Convalescença - Esgotamento - Fraqueza
Fadiga - Convalescença
- Esgotamento - Fraqueza
A
fadiga pode decorrer de uma actividade física ou intelectual demasiado intensa ou, pelo
contrário, de uma inactividade prolongada. Em qualquer dos casos deve procurar as causas:
doenças, alimentação, etc.
Nas crianças e nos adolescentes que se queixam de fadiga, atenção à música e aos sons
violentos (hardrock, músicas ditas “tecrio” ... ); suprimir os auscultadores individuais
extremamente nocivos para o equilíbrio nervoso, para as faculdades de memorização e para a
atenção. A música violenta pode também predispor às perturbações cardíacas, auditivas, ete.
Ver tarribém: Anemia (p. 231), Insónia (p. 446).
ÁOM .VOA
465 * M27nj&ivi7a - Ar1@@1o1óqtií.9 M.7rroló - Segurelha
* 1 ou 2 drageias por dia. * Fazer curas várias vezes por ano de -.
Fucus vosIctilosus @â1gas marIniws), ElouterOCOCO
* 3 drageias de cada, durante períodos de 1 mês.
ou Infusão Mai7jerona + ArístolóquIa Mal-roló + Seguroffia
- 1 pitada de cada planta para 1
chávena de água.
ó100,5 VS5VOCAVIS AlecrIm
2 gotas 3 vezes ao dia.
392
Massagem ErV.?-d&-SãO@1óãO + G.717701ník7
Com óleo de erva-de-são-joáo, segundo Chomei: Para meio litro de azeite (ou óleo de
amêndoas-doces), 30 g de erva-de-são-joâo e 20 cabeças de camomila. Deixar macerar
durante 8 dias ao sol. Filtrar. Para acelerar a preparação: aquecer a mistura em banho-maria
durante 20 minutos. Filtrar.
2 massagens por semana. @33@ Banhos dos antebraços e dos pés com a seguinte decocção:
Eucaliplo ,, AlecrIM -k S.?/va
2 ou 3 pitadas de cada planta
Fadiga - Convalescença - Esgotamento - Fraqueza
para 1 litro de água. Ferver durante 5 minutos e acrescentar 4 ou 5 litros de água quente.
Tomar alternadamente durante 5 minutos banhos dos antebraços e dos pés. Passar por água
fresca. Friccionar. Repetir 3 vezes por semana.
SOMIOS C0177.010t05
Com algas marinhas (preparaçâo pronta a utilizar que se pode comprar nas lojas de dietética
ou nas farmácias).
8M71105 dO V0POr *
Durante uma hora, todos os dias, seguidos de uma fricção fresca total.
COMISO qUOMO Molhada e espremida. Conservar durante 1 hora, 1 vez ao dia, e terminar com
uma fricçã o total.
9@ A1197701M900
Os excessos alimentares não
resolvem de modo nenhum o problema da fadiga. Muito pelo contrário, a mobilização anormal
dos órgãos da digestão podem fazê-la aumentar.
* Evitar: todos os excitantes, café,
chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, charcutaria, pratos com molhos, enchidos, salmoura, fritos,
manteiga cozinhada, abuso de matérias gordas.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, geleia real, mel, limão, laranjas,
quivi, mirtilos, uvas, alperces, cássis, salsa, cerefólio, legumes verdes, cereais integrais, flocos
de aveia, papas de trigo, arroz integral, pão integral, etc.
Jejum
Contrariamente ao que normalmente se pensa, o jejum combate eficazmente a fadiga. Deve
ser praticado, se possível, 1 dia por semana.
1 dia, a fruta.
Crianças fracas
S6J7h05 @avando
Banhos de lavanda: 150 g de planta fresca para 2 litros de água. Ferver durante 15 minutos e
deixar repousar durante 20 minutos. Acrescentar à água do banho. Duração do banho: 10 a 20
minutos, 2 ou 3 vezes por semana. Estes banhos também são antiparasitários.
393
Febre
Fadíga e fraqueza geral
tinto: 10 g de cada planta maceCO/8
Marmelelro-COMUM
Filtrar.
Tomar um copo pequeno, de li- Infusão fria dos frutos em vinho
rados em vinho durante 8 dias.
cor, 1 vez ao dia.
CONSELHOS
- Se a fraqueza for muscular e tiver por origem a exaustão física:
repousar e descontrair-se. Ver Relaxamento, Exercícios respiratórios, p. 137.
- Se a fadiga tiver por origem uma inactividade física prolongada,
aconselham-se a marcha e os exercícios físicos. Quando surgirem melhoras:
* Afusões frescas.
* Endurecimentos, andar de pés descalços (ver p. 132)
Febre
A
febre não é uma doença independente, mas sim o estado que resulta do esforço extremo do
organismo para se libertar de uma doença e
restabelecer o estado normal. Ela traz um calor excessivo e um aumento do ritmo cardíaco.
Este calor alterna com sensações de frio e é acompanhado também de sede persistente, dores,
cefaleias, urina escura, etc.
Harless dizia o seguinte:
“Dêem-me os meios de provocar a febre e curarei todas as doenças. “
A transpiração nas doenças febris é útil e indispensável.
394
Febre
Olveias * Bard.7178 - Cel7táUrOd Gênciana - Rai1717a-aos-prados - Carolo-eslrelado
- 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
ou Infusão Bard27na -@- Centáurea + Gênciana + Rainha-olos~prados + Cardo-estrelado
* 1 ou 2 pitadas de cada planta em 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. * 4 chávenas ao longo do dia.
ó10OS OSSORCAVIS Eucalipio
1 gota 3 vezcs ao dia.
- óleos essenciais recomendados:
tomilho, niauli, canela, Iavenda.
80171105 *
Banhos dos antebraços e dos pés com a seguinte decocção: @aV.?nda + Sabugueiro
Eucalipio
2 ou 3 pitadas de cada planta
para meio litro de água, acrescentar 4 a 5 litros de água quente e tomar alternadamente um
banho dos braços e dos pés durante 5 minutos. Friccionar com água morna. Deitar-se
imediatamente.
* Fricção morna total do corpo.
* Banhos mornos acompanhados
de um duche cuja temperatura deve ser inferior à do banho. Envolver-se num roupão, sem
secar o corpo, e colocar uma toalha em volta do pescoço. Deitar-se e cobrir-se e permanecer
assim, de 30 a 60 minutos. Colocar eventualmente nos pés uma garrafa de água quente,
envolvida num pano húmido.
ÁILZ~607 *
* Ver Prisão de ventre, p. 522.
* Com meio litro de água morna.
Conservar durante 20 minutos.
8817h05 dO V8POr *
Banhos de vapor dos pés, de 20 a 30 minutos, seguidos de uma fricção morna.
Se a febre continuar
AlIMOMOÇãO
Um doente com febre tem pouco ou nenhum apetite.
A alimentação fundamental deve consistir em caldos de legumes, alguma fruta e sumos de
fruta.
395
Feridas abertas
O DR. 8IIIZ RECOMENDA E CONSIDERA
COMO MUI7O EFICAZ
*2, 3 ou até 4 envolvimentos do corpo húmidos mornos durante cerca de 15 a 30 minutos (no
máximo), sendo os primeiros os mais curtos. *Em seguida, banhos mornos acompanhados de
duches. Secar o corpo, friccioná-lo bem, sobretudo os pés, e ir para a cama. *Se os pés não
aquecerem, aplicar uma garrafa bem quente envolvida num pano muito húmido e quente.
Feridas abertas
D
ependendo da importância da lesão, pode ser necessário executar uma sutura ou proceder a
uma intervençã o médica. Os tratamentos abaixo descritos deram provas e podem ser
utilizados em todo o tipo de feridas. Nã o esquecer que a supuração, tal como a
transpiração, é um meio utilizado pelo corpo para eliminar os detritos e os venenos acumulados
no organismo.
ÁO
54.offoi ‘75 * @LfJJ Gardo-bento - Tanchagom
2 drageias, alternadamente, dia sim dia não, com:
C.7Vali1717a - UrtIga * 2 drageias de cada, tomadas ao longo do dia. * Nas feridas purulentas,
que não cícatrizam:
El&uterococo - Levedura de c&rveja * 2 a 4 drageias de cada por dia, em cura prolongada.
* Também uma cura de cioreto de
magnésio: * 20 g para 1 litro de água (meio copo de manhã em jejum, durante 3 semanas,
excepto em casos de insuficiência renal grave) ou 117fusão C3r0'0-b&17t0 Ta17C173geM +
CaVaffi717a Ul-t1
qa
- 1 pitada de cada planta para 1
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
396
Feridas abertas
Beber 3 a 5 chávenas por dia.
OS.9enci óleos
ais (@@ “,;Ira
Algumas gotas numa compressa. Aplicar.
COMIPANSMOS
12 ou COMPfessas Compressas de:
Cardo-bento + Cavalinha + foffia de Carva117o + M11- _folhas *1 pitada de cada planta para 2
chávenas de á gua, Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão meia hora. *Aplicar e
repetir a compressa várias vezes ao dia. Ou cataplasmas de: argila, misturada com a decocçâo
anterior.
*A couve também pode ser utilizada: folhas, lavadas e esmagadas, aplicam-se na ferida.
*Compressas com decocções de
urtiga + tanchagem + erva-de-são4ourenço.
*Chomei dá também a seguinte
fórmula:
Consolda-pr.7noe + Erva-ao-são-lourenço + Brune12? + Saxífraga + Erva-ao-são-j@2àÓ +
Wróníca + Salva + Oréqão + Híssopo + Monta
* Artemh91a + Escrofulária
* Betónica + ArIstolóquia
*Esta preparação pode ser obtid
em farmácia: para 1 litro de vinho branco, deitar 60 a 70 g de plantas misturadas em partes
iguais. Deixar esta mistura em infusão durante 3 dias, perto de
uma fonte de calor moderado. Em seguida aquecer em banho-maria de modo a reduzir a
mistura de ‘13. Filtrar e conservar num frasco bem fechado. Esta água vulnerária utiliza-se
sobre as feridas, inchaços, supurações, etc.
8,7/7/105 £0 MpOr
2 por semana, dependendo do estado da ferida. No início dar banhos de curta duração: 20 a 30
minutos.
AlimelMaÇão *
Tal como vimos acima, as feridas purulentas acentuam uma disfunção orgânica. Deve-se
portanto vigiar muito particularmente a alimentaçao.
* Vegetariana, de preferência.
* Contra-indicações: carnes gordas, charcutaria, caça, vinho, cerveja, álcool, queijos fortes
(came~rt 1Ivarot, brie), conservas, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: cereais integrais, trigo sarraceno, aveia, frutos frescos e secos,
legumes, saladas, óleos virgens (azeitona, girassol, caroço de uva), levedura de cerveja. W
jejum *
Praticado 1 dia por semana, acompanhado de uma cura de fruta, constitui um meio excelente
de purificação interna.
397
Fibroma uterino
CONSELHOS
Praticar:
- Cinturão de Neptuno (p. 148.). -Banhos de ar livre e de sol (p. 15 1). -Endurecimento (p.
132).
Fibroma uterino
gílância e consulta médicas indispensáveis.
2j aravelas *
Argentina - Bolsa-ce-pastor
- carva1170 (10117as) - 1 âmio-branco - Cr.7vo-de-defunto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Argentína , Bolsa-de-pasior @- Carv.71170 (10N17as) + LâMIO-branco + Cr.?vo-dedefunto
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ó100.9 essenci-sis Cípr&ste (sob receita médica)
2 gotas, 2 a 3 vezes ao dia.
Á9W17hVS dO OSSOMO *
Banhos de assento mornos, com massagens suaves no ventre e no baixo-ventre. Banhos de
assento frios, 3 vezes por semana.
MIMeIMIÇJ0
Deve vigiar a alimentação. Evitar: álcool, vinho, gorduras animais, manteiga cozinhada, queijos
fortes, charcutaria, enchidos, salmoura, carnes gordas, conservas, sardinhas, peixes gordos,
condimentos, especiarias, pimenta, mostarda, vinagre. Diminuir substancialmente o consumo
de sal, de açúcar e suprimir pastelaria, Alimentos privilegiados: leve398
Fígado
dura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, flocos de aveia, todos os frutos frescos e
secos, saladas, vegetais crus, legumes verdes.
Jejun7
1 dia por semana, se possível. Cura de fruta (uvas).
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Entre outras coisas, a aplicação da camisa húmida, 2 vezes por semana.
Fígado
r também Cólicas hepáticas (p. 329), Flatulências (p. 403), Diarreias p. 366).
Para descongestionar o fígado
DIwffoi ‘os * Agrímóní& - Denté-de-1.9ão
- Angélica - Ouelidónia Erva-moloírín17.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Agrimónía + Dente~de-leão
- Angélica + Quolídónia + Erva-moloírín17a
* 1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão 20 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
ó*~ 055017c1.915 * Bétula (sob prescrição médica)
- 1 gota, 2 vezes ao dia.
ÁS:61711os dos ~ *
Até meio da barriga da perna, com uma decocçâo de:
Alocrim + louro
L1@@J MIMUI00 dO NO.Offi170
- 2 vezes por semana.
399
Fígado
Receit,Ts
9f1 fitotempêuticlas
A /C.? ch o fr.7
* Decocção: 30 g para 1 litro de
água a ferver.
* Tem uma acção diurética, depurativa, digestiva e estimulante das secreções biliares.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Também é possível beber a água
da cozedura de alcachofra (à razão de meio copo, 2 vezes ao dia).
solda
Pela sua capacidade de fazer aumentar a formação de bílis e a sua fluidez, esta planta é
utilizada sob a forma de tintura-mãe, de extracto fluido ou de infusão em diversas afecções do
fígado. É originária do Chile.
Gardo-bel710
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar macerar durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Cardo-marí.7no
* Infusão de 10 g de sementes
para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, meia
hora antes das refeições, durante 1 mês.
Erv.?-de-são-louren.ço
* A infusão estimula a secreção
biliar.
* 10 g de planta para 1 litro de
água.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Eupatóríg-can17amosa
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta, durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Ou macerar 40 g de folhas em 1
litro de vinho durante 1 semana.
* Tomar 1 copo pequeno, de licor,
1 vez ao dia.
Grain.7
* Tisana de 10 g de raiz para 1
litro de água, que deve ferver devagar. Pode-se acrescentar alcaçuz e cevada.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Híbisco
* Esta planta regula a secreção da
bílis.
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Perpétua
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Vínhê?
* Infusão de 20 g de folhas para 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante pelo menos 1 mês.
400
Fístulas anais
Para:
Afusões Banhos Banhos de vapor Alimentação Jejum
CONSELHOS
Ver Cólicas hepáticas, p. 329.
Fístulas anais
T
rata-se de lesões húmidas que frequentemente ocasionam pruridos. Ver Alergias (p. 207),
Eczerna (p. 372), Pele (p. 504).
DIw901
às * Centáuroq-poquena - 1,9baça
- Esc.7b1osa - Ainor-perfolto * 1 ou 2 drageias de cada por dia. * Cura de prõpolis em drageias
ou em solução: * 3 drageias de cada por dia, durante 1 mês, várias vezes por ano.
OU 11MUSãO Gentáurw-pequena + La'@gÇ'q + Esc,9biosa + Amor-p&rfelto * 1 pitada de cada
planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 2 ou 3
chávenas por dia, fora das refeições.
ó10OS OSSOMIOIS sassafrás
1 gota, 3 vezes ao dia. Aplicação externa:
Lavanda
2 vezes por dia (diluída em óleo de amêndoas-doces).
ÁRN/7h05 0f0 OSSeIMO *
Banhos de assento quentes com uma infusão de cavalinha: 5 ou
6 pitadas para meio litro de água. Ferver e acrescentar à água do banho de assento. Duração:
20 a 25 minutos. Passar por água morna.
3 vezes por semana.
401
Fístulas anais
L~g0175 *
*Com uma infusão de cavalinha
ou uma decocção de carvalho.
*Para meio litro de água, 5 pitadas de uma ou de outra.
*Fazer uma lavagem morna, 3
vezes por semana.
* Dos braços e das coxas, alternadamente com uma afusão superior do peito e das costas. * 3
vezes por semana.
MWUffio de NO.Offil70 ou comisã d10 ffio/VS dO M170’” *
- 2 ou 3 vezes por semana.
9@ AlIMOMOÇA0 *
Como em todas as doenças da pele, o factor alimentar é determinante.
* Evitar: gorduras animais, manteiga cozinhada, carnes gordas, carnes vermelhas, excitantes,
café, tabaco, chá, álcool, vinho, cerveja, pimenta, mostarda. Vigiar o consumo de sal, açúcar,
pão branco, queijos fortes, crustáceos, enchidos, charcutaria, maionese, pratos com molhos,
etc.
* Alimentos privilegiados: agrião (macerado em iogurte, tomado
de manhã em jejum: receita do Dr. Chornel), levedura de cerveja, fruta fresca, laranjas,
toranjas, ananás, legumes verdes, cenoura, saladas, cereais integrais, papas de aveia, salsa,
morangos, etc.
J¥11177
Indispensável. É um meio curativo activo para resolver todos os problemas da pele. Se
possível, 1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
-Atenção: usar roupa interior em fibras naturais e mudá-la todos
os dias. Evitar o contacto de fibras sintéticas com a pele.
- Para as aplicações complementares externas, ver em Impigens as
receitas úteis do Dr. Chornel, p. 440. -Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1
402
Flatulência - Gases intestinais
Flatulência - Gases intestinais
S
ão sintomas isolados de perturbações da digestão. Estas emissões podem ser passageiras ou
persistentes. As diversas causas são as seguintes: mastigação deficiente, ausência de
actividade física, úlceras gástricas, consumo excessivo de cerveja, de couve, de chucrute, etc.
0109ei
as *
Aipo - Zimbi-o - AngélIc.7
- Poejo-bravo
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou 117fusão
Aipo + ZImbro + AngélIcz? + Po ejo - b r.? vo
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão durante 20
minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
óleos asse/IC1,61.9
MOSC.7d27
* 1 gota, 2 vezes ao dia.
ou Ma17jorona
* 2 gotas, 2 vezes ao dia.
SP/MIOS Oro assento
Banhos de assento quentes com massagem do ventre e do baixo-ventre, seguidos de um banho
de assento frio curto.
Lovapens *
COM ‘12 litro de água morna. Conservar durante 20 minutos.
ouchos o ofusões *
* Das coxas e do baixo-ventre,
seguidas de uma fricção vigorosa. 3 vezes por semana.
* Afusão rectal.
cilituloo £f6 Noptulio *
Praticar.
ReceIffis
A~líc-7-arcai7gffic.7 Infusão de 10 g de raiz para 1 litro de água fria. Ferver durante
2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Anis verdé
* Infusão de 10 9 de sementes
esmagadas para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
403
Flebite
Func17o
* 15 g de frutos esmagados para
1 litro de água fria. Ferver. * Tomar 3 chávenas
Rábal70-SlIVOStr& É aconselhado contra a preguiça do aparelho respiratório. É diurético e
antiescorbútico. Reduzido a papas, pode ser utilizado
em cataplasmas para tratar a ciática.
A11177e1M9~
Alimentos privilegiados: aipo, anis, alho, funcho, nozes, avelãs, gengibre, pimenta
(moderadamente), canela.
ALGUMAS RECEI7A5 ÜrEIS
* 150 g de nozes moídas e maceradas durante 1 noite inteira em
1 litro de vinho rosé curam os gases (segundo Chomel). Tomar
1 a 3 cálices por dia. * A infusão de anis + funcho é aconsethada por Kneipp: 1 pitada de cada
planta para 1 chávena de água. Ferver 2 minutos e deixar em infusão 10 minutos, Tomar 2 ou
3 chávenas por dia.
CONSELHOS
- Colocar uma garrafa de água quente sobre o baixo-ventre (eventualmente envolvida numa
toalha molhada em água quente).
- Actividade física, indispensável.
Flebite
VI, (
r também Varizes (p. 598). Vigilância médica indispensável.
404
Flebite
ÁOlogoi
OS * Hamamélís - Zimbro Amor-perfeíto - Bólula
- 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
OU IMUSiO hamamélis -k Zimbro ,A morPeneito * B01u1.7 ff0117as) * 2 pitadas de cada
planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 3 ou 4
chávenas por dia. Também:
hamamélIs, Consolda, T7evo-coroa-oe-rei
* Infusão de 10 g de planta (à
escolha) em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
*Tomar 5 chávenas todos os dias.
Rua-fétída (sob prescrição médica)
*Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
*Tomar 2 chávenas por dia.
ATENÇA01 Esta planta é perigosa, pode provocar hemorragias o gastrenteritesi
*Tem também propriedades
vermífugas e regula o ritmo da menstruação. É conhecida pelas suas propriedades abortivas.
Está presente no “bagaço” italiano: a grappa.
2
ó1005 OSSOMIOIS ?111 Cípreste
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
ou Canela
- 3 gotas, 3 vezes ao dia.
MIMUI*O dO NOPtUI7O
- 2 ou 3 vezes por semana.
AlimelMã.Ção *
* Regime severo, com tendência
vegetariana se possível.
* Contra-indicações: os excitantes como chá, café, chocolate, tabaco, álcool, vinho, cerveja,
aperitivos, bem como charcutaria, carnes gordas, enchidos, caça, carne de cavalo, fritos,
conservas, açúcar, sal, pimenta, pimentos, mostarda, queijos fortes, pratos com molhos, etc.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, pão integral, legumes cozidos em água, saladas, vegetais crus, levedura de cerveja,
cenoura, beterraba, ananás, cerejas, mirtilos, maçãs, tomates, toranjas, salsa, funcho, couve
rôxa, espinafres, alho, limão, laranjas, etc.
Jejum
1 dia por semana, Cura de sumo de cenoura, de couve, de limão, de toranjas.
405
Fracturas
CONSELHOS
-
Evitar ficar muito tempo de pé.
Lavagens contra a prisão de ventre, se necessário.
Banhos de pés (biquotidianos), mornos, seguidos de uma passagem por água fresca.
Massagens (1 vez ao dia) assíduas, começando pelo meio das
coxas - face interna -, com os polegares previamente molhados em água fresca ou em óleo de
amêndoas-doces. Subir lentamente até ao baixo-ventre (segundo o Dr. Bilz).
Fracturas
T
ratamento médico indispensável. Ver também o capítulo sobre o Múmio, p. 167. Não existe
nenhum tratamento que possa reduzir as fracturas sem uma intervenção médica. Desde
sempre que os especialistas tiveram por dever intervir. Recorria-se a um “endireita”. Durante
muito tempo estes “endireitas” fizeram concorrência aos médicos. Alguns tinham uma tal
dexteridade que os períodos de consolidação eram muito curtos. Outros, infelizmente, tinham
falta de habilidade, e os pacientes ficavam estropiados para o resto da vida. Poucos “
endireitas” correm o risco (no Ocidente) de se dedicarem a tais práticas nos nossos dias.
Devemos dizer que, neste campo específico, certos médicos competem, em virtuosismo, com
os antigos praticantes tradicionais.
Assinalamos, a título de pequena história, que na América do Sul, particularmente no Peru, os
xamãs “reparam os membros partidos” envolvendo-os numa serpente que os mantém no lugar
até à cura total.
Os nossos conselhos limitar-se-ão, por conseguinte, a algumas receitas que têm como
finalidade activar a consolidação e, eventualmente, a cicatrização.
406
Fracturas
CIMPIOS/7785 *
As cataplasmas quentes de argila podem ser utilizadas depois de se retirar o gesso (nos
estados inflamatórios aplicam-se cataplasmas frias). A argila tem propriedades
descongestionantes descritas por inúmeros autores.
Receitas fitotelaPêuticas
As plantas remineralizantes são particularmente recomencladas-.
C.7valínim?
* 30 g de planta para 1 litro de água fria. Deixar repousar 6 horas e em seguida ferver
lentamente durante 30 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. * Beber 4 chávenas
por dia.
ESP-7dana-de-á_qua
* 30 g de raiz seca para 1 litro de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em infusão 10
minutos. * Tomar 1 chávena de manhã e à noite, durante 20 dias.
Pulmonái-í2?
* Ferver durante 20 minutos 30 g de raízes em 1 litro de água. * Tomar 1 chávena todas as
manhãs durante 1 mês.
GeMOtOMPAI
* Obtèm-se bons resultados com
a gemoterapia, por meio de preparações à base de rebentos de abeto (Abíes), cãssis @Rib&s) e
sequõia. O seu farmacêutico poderá executar este tipo de preparação.
* Toma-se à razão de 30 a 40
gotas num pouco de água, 1 vez ao dia.
Outras plantas que podem ser utilizadas:
Urtíga, Rábano-sllvestro, Fucus vesiculosus
AlIMOIMOÇJ0
* Evitar: álcool, açúcar, café, pratos pesados e indigestos, charcutaria, queijos fortes, carnes
gordas, fritos e todos os excessos alimentares.
* Alimentos privilegiados: couve,
aipo, cenouras, rabanetes, agrião, aveia, grãos germinados, pólen, geleia real.
* O sumo de nabo é também um
remineralizante extraordinário. Prepara-se moendo 3 ou 4 nabos de tamanho médio numa
centrifugadora, de modo a obter cerca de 314 de copo. Prefira os nabos novos.
* Tomar essa dose 1 vez ao dia.
407
Fragilidade capilar
Fragilidade capilar
O
comprimento da rede capilar no corpo humano é de 6300 metros. A resistência das vénulas
está adaptada à pressão sanguínea. As perturbações circulatórias, os dedos dormentes e os
hematomas frequentes são
as suas consequências.
Ver eventualmente Hemorróidas (p. 423), Sangue (p. 549).
‘01wffoi
os * H.91namélis - Gardo~bento
- Erva-de-São-10ão
- Mil-foffias (AquIlela)
- 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
01/ Infusão H,gmamélIs @. Cardo-bento @, Erva-oe~sào@1oào Mil-f01173S (AqUil01.7) * 1
ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia. Também:
GIni(-go bIloba
- Em infusão ou tintura-mãe.
óleos CIPresté
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
Áy817h05*
Banhos do corpo quentes, com
preparações à base de algas marinhas (prontas a utilizar, à venda nas lojas de dietética ou nas
farmácias), seguidos de uma loção fresca e de uma fricção vigorosa.
SoMIOS de wPor *
2 banhos por semana, seguidos de 1 fricção fresca.
J:ó@@ó@è
66 ô
- Dos braços e das pernas, alternando com uma afusâo fulgurante.
A11117017~O
Evitar: álcool, vinho, cerveja, pratos com molhos, charcutaria, carnes gordas, gorduras
animais, manteiga cozinhada, enchidos, conservas, anxovas, peixes gordos, açúcar, pastelaria.
Atenção ao sal.
408
Frieiras
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, fruta fresca, couve, chucrute, legumes verdes,
cereais integrais, pão integral, frutos secos, amêndoas, nozes, avelãs, uvas, salsa, cerefólio,
alho, cebola, saladas, espargos, mirtilos, cássis, etc.
jejum
Descongestiona e melhora a flexibilidade dos vasos sanguíneos.
1 dia, a fruta, Cura de fruta.
CONSELHOS
-Praticar os exercícios respiratórios e os endurecimentos.
Frieiras
C
ontrariamente ao que habitualmente se pensa, o álcool não protege contra o frio e as suas
consequências. Só a sua acção analgésica permite suportá-lo temporariamente.
As pessoas sujeitas às frieiras podem fazer duas vezes por ano, na Primavera e no Outono, as
seguintes curas:
0m90i8.9 * Própolís - Levedura de cerveja
- 2 drageias de cada, durante 1 mês.
Prevenção das frieiras
O Dr. Chomel preconiza fazer, no Verão, aplicações de morangos frescos esmagados nas partes
atingidas no Inverno.
Estas aplicações fazem-se sob a forma de cataplasmas que se colocam durante 4 ou 5 noites
sucessivas.
409
Frieiras
Quanto às lesões, tratam-se da seguinte maneira:
D0C0C00
Decocção de nabo aplicada nas lesões. Repetir. [o C~PIOSM85
De figos cozidos em mel, colocados nas feridas, aliviam rapidamente. De cenoura ralada,
aplicada directamente. Pode-se também misturar couve o cenoura com argila, para fazer um
emplastro.
compresmS
*
* Compressas húmidas e mornas
que se conservam e renovam nos locais lesionados.
Fric~
* Fazer fricções frescas (nunca
aquecer um pé, uma mão, aproximando-os de uma fonte de calor) até o membro ficar quente.
* Ou fricções frescas parciais da
parte superior do corpo.
881711OS *
Banhos locais mornos, seguidos de fricções frescas. Quando os membros aquecerem, podem
aplicar-se compressas quentes.
Fazer afusões frescas dos membros, da cabeça e do pescoço.
&7difIVOAM0~ *
Andar de pés descalços na Primavera e no Verão.
AlIMO1M300
Evitar: álcool, pratos demasiado quentes ou gelados, alimentos difíceis de digerir. Alimentos
privilegiados: alho, cebola, nozes, avelãs, amêndoas, bananas, alperces, aipo, cenouras,
azeitonas, agrião, alface, espinafres, endívias, legumes secos, fruta fresca, cereais integrais,
germe de trigo, levedura de cerveja, tomate, salsa, figos, tâmaras, ananás, mel e os produtos
da colmeia, etc.
Â9JUM
Praticar como medida de prevenção. Cura de fruta, indispensável.
1 dia, a fruta: neste caso específico, as curas de fruta devem ser feitas na Primavera, no fim do
Verão e no Outono (especialmente aconselhada a cura de uvas) .
410
Frigidez
Frigidez
r a incapacidade, na mulher, de atingir o orgasmo. A ausência de desejo, Eos problemas
afectivos e psicoló gicos e as lesões funcionais (raras), etc. estão na sua origem.
Vigiar: o álcool, a diabetes, a obesidade e as doenças nervosas.
DIw901
os * LL(@JJ GInS&ng-VerMO1170
4 a 6 drageias por dia. Ou:
Eleutêrococo
- 4 a 8 drageias por dia. Complementos sinérgicos eventuais:
Própolís, Gel&ia-leal Levedura do cerveja, Fucus vesículosus
Em drageias ou qualquer outra forma de preparação.
ó16M OSSOMASIS
Gei7CI.9M
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRO/7/105 dO OSSOIMO *
* Banhos de assento quentes, seguidos de um banho de assento frio curto. * 3 vezes por
semana.
LLo=J Ág:Rnj>os de V.I.Dor *
- 2 vezes por semana.
Duches o ?fusões *
Das coxas, do baixo-ventre e dos braços.
MIMO/MOÇãO
Alimentação sóbria, evitar todos os excitantes e euforizantes que tenham efeitos contrários aos
pretendidos. Evitar: álcool, vinho, cerveja, tabaco, açúcar, pastelaria. Atençâo aos excessos de
chá e de café. Alimentos privilegiados: alho, alcachofra, germe de trigo, levedura de cerveja,
aipo, amêndoas, nozes, avelãs, óleo de amendoins, canela, gengibre, açafrão, pimenta preta.
JeAUM *
É recomendado como desintoxicante. Cura de fruta.
411
Furúnculos
CONSELHOS
- O relaxarnento e os exercícios respiratórios são indispensáveis (ver p. 137). -Andar de pés
descalços, na erva húmida, e praticar o endurecimento são também exercícios aconselhados
(ver p. 132).
Furúnculos
O
s furúnculos devem-se à infecção dos folículos pilosos por um
estafilococo. Forma-se uma bolsa de pus que amadurece a acaba por rebentar.
Ver Abcessos, p. 188.
Aplica-se em compressas ou em cataplasmas, que se preparam da seguinte maneira: Argila
verde (meio copo) à qual se acrescenta uma parte da preparaçao anterior, de modo a obter
uma pasta untuosa. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
TOM11170-OrV.7-Ursa - orégão-Vulg-7r - S-7nícula-&urop&1-7
10 g de folhas moídas para meio litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão
20 minutos. Aplica-se em compressas ou em cataplasmas, que se preparam da seguinte
maneira: Argila verde (meio copo) à qual se acrescenta uma parte da preparaçáo anterior, de
modo a obter uma pasta untuosa, Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
=@jjr Receitas MotelaPêuticas F&no-gr&go ou Malva
10 g de planta para meio litro de água. Ferver durante 10 minutos. Aplicar em compressas, 2
ou 3 vezes ao dia.
L inária
Em pomada para uso externo (utilizada também para as hemorróidas).
selo-de-s19101não
Utilizar o rizoma seco e reduzido a pó: 10 g para meio litro de água. Ferver durante 10 minutos
e deixar em infusão 20 minutos.
412
G
- Gaguez
-Gangrena
-Gastrites
-Gengivas
-Gota
-Gretas
-Gripe
Gaguez
Gaguez
D
efeito da fala, pode ocorrer a qualquer momento: a meio de uma palavra ou de uma conversa.
Apesar dos esforços, a palavra fica bloqueada. Na maioria dos casos está presente uma
respiração ofegante ou irregular.
de loções frescas acompanhadas de fricções.
OUCI7OS o &fusões *
Diárias, do rosto e do peito, alternando com os braços e as coxas - afusão rectal.
AI1M0I7M00
Alimentação saudável, equilibrada, pouca ou nenhuma carne (sempre bem passada), fruta
fresca, iogurtes, lacticínios, frutos secos, amêndoas, nozes, avelãs, pão integral. Alimentos
privilegiados: cereais integrais, trigo germinado, levedura, uvas, cenouras, ananás, alho,
cebola.
jejum
Recomendado. Fazer também curas de frutos frescos.
Lav.7nda - Prím~ra
2 ou 3 drageias de cada por dia.
ou 117filsio * Lavand2?
3 pitadas para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
Tomar 3 ou 4 chá venas por dia (segundo Chomei, Abrégá d& IMSt01r0 ~ Pla171&S).
ó10OS OSSOO7CAVIS Lav.7nda
1 ou 2 gotas, 2 vezes ao dia. @@3
ÁRRIMIOS dO OSSOMO
Quentes, 1 vez por semana. Banhos de assento com fricções,
2 vezes por semana. @w
ÁRI/7/105 dO V8POr
2 vezes por semana, seguidos
414
Gangrena
Gangrena
T
rata-se de uma mortificação local de uma parte do corpo que se torna
insensível. As origens podem ser diversas: queimaduras, traumatismos, feridas, etc.
Vigilância médica indispensável.
DIw90i
w.9 * Cava11n17a - Urtga - ZImbro
- Salsaparr1117.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Cavalín17.7 + Urtiga + Zimbro + S,71saparr11178
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ó/WS OMOMMIS
Cravo-de-cabecínha
2 gotas, 3 vezes ao dia. Também os óleos essencias de oucalipto e de tomilho.
@=L-U COMPrOSSOS *
Aplicações externas: em decocção e em compressas de:
casca de CarVI?1h0 Arístolóquí8
Aplicações de cataplasmas:
Co~ - Argíla
B017hOS dO V0POr
Locais, se forem suportáveis. ffl .411/no~00 *
De preferência, vegetariana. Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho, cerveja, especiarias,
carnes gordas, charcutaria, gorduras animais, manteiga cozinhada, fritos, chocolate, chá, café,
enchidos, crustáceos, moluscos, caça, etc. Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes
cozidos em água, cereais integrais, levedura de cerveja, germe de trigo, etc. Ai
jejum *
Indispensável, 1 ou 2 dias por semana.
- 1 dia de fruta.
415
Gastrites 1 Gengivas
CON$EÁLHOS DO ÁUR RIÁLZ
-Uma higiene corporal perfeita. -Compressas de cavalinha ou, alternativamente, compressas de
água morna frequentemente renovadas.
Gastrites
v
er Inchaços (p. 443), Digestão difícil, Flatulências (p. 403), úlceras (p. 592), etc.
Gengivas
v
r também Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
3
Receitas f1 fitolefaPêuticas
cai-V.71170
As folhas de carvalho em infusão em vinho tinto com mel, aplicadas sob a forma de gargarejos,
eram antigamente utilizadas com eficácia em casos de “relaxamento das gengivas” (piorreia).
M.?rm&lelro-coinum
Utilizar sob a forma de gargarejos os frutos cortados em fatias e macerados em vinho.
SANGRAMENTO DAS GENGIVAS
Recoltos lf fitoterãpdutlcas
Agrião
O agrião fortalece as gengivas enfraquecidas e sanguinolentas.
* Tintura-mãe: 80 g em meio litro
de álcool a 700. Deixar macerar durante 3 semanas.
* Utilizar com água destilada: lavar a boca várias vezes ao dia.
416
Gengivas
Cardo morto (utiliza se também a Erva-de-são-liago)
* Decocção recomendada para
dores diversas (também para as perturbações da menstruação).
* Infusão de 20 g de plantas em 1
litro de água fria. Ferver e apagar o lume. Deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Pimentoira-da~&mérica
* A goma resinosa é a substância
que se obtém depois de se entalhar a casca de uma árvore (como a bétula, o choupo, etc.),
quando sobe a seiva.
* Aplicar massajando as gengivas
durante alguns minutos, 1 vez ao dia.
T&rOffi71ina
* A resina, utilizada como goma
para mastigar, fortalece as gengivas.
GENGIVITES
Receitas fitote~UtICOS
Arníca~d,g-rnontanha
* Tintura-mãe: 80 g de flores em
llitro de álcool a 700. Deixar macerar durante 15 dias. Filtrar.
* Deitar 2 colheradas num copo
de água morna e lavar a boca durante 15 minutos todos os dias.
* Utilizar a tintura não diluída para
os locais inflamados.
Malva
* Infusão de 10 g de folhas em 1
litro de água fria. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão
10 minutos.
* Lavar a boca com esta mistura
morna.
Mirtílo
* 20 g de bagas secas em meio
litro de água fria. Ferver durante
10 minutos.
* Lavar a boca com este líquido
quente.
Silva & Framboeselro
* A infusão das folhas é utilizada
como colutório (anti-séptico que age na faringe) + consumo de amoras de estação.
* Infusão de 30 a 40 g por litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Pode ser utilizado por via oral,
mas também na água de lavagem dos dentes.
Tormontíffia
* 20 g de raiz para 1 litro de água.
Ferver 5 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Para lavagem da boca, depois
de escovar os dentes.
417
Gota
Gota
C
s candidatos à gota têm, muito antes do aparecimento dos primeiros ) sintomas desagradáveis
e precursores desta doença, hemorróidas, perturbações do sono, palpitações, mau humor,
perturbações digestivas, opressão, etc.
A gota manifesta-se sob a forma de uma dor violenta no dedo grande do pé que fica inchado e
vermelho. A urina fica escura e surgem então diversos sintomas: transpiração, sede intensa,
febre, pulso rápido. Estas crises podem durar entre 4 e 9 dias e ser mais frequentes no fim do
Inverno.
A gota afecta sobretudo as pessoas que comem muito.
ÁO/090/OS * Sétonic.7 - Enços - Zimbro
- Cal-Val171n17a - Raíl7h8-dos-prados
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 11MUSJ0 Betonica + Engos + Zimbro * Carva1171n17.7 + Raínha-dos-pr.7dos
2 ou 3 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ólws OSSO/7CI.TIS Sassafrás
* 1 gota, 3 vezes por dia.
N.8550g0177
* Massagem das partes gotosas
418
com óleo de erva-d"ão-joão (receita do Dr. Chomel): Para meio litro de azeite, deitar
30 g de erva-d"ão-joão e 20 cabeças de cornornilo. Deixar macerar 8 dias ao sol e filtrar. Para
acelerar esta preparação, aquecer em banho-maria durante 20 minutos e acrescentar um
quarto de álcool canforado.
SOMIOS dO OSSOIMO *
Quentes com “flores de feno” ou palha de aveia, 3 vezes por semana. Banhos completos
quentes com infusã o de palha de aveia, 3 vezes por semana.
OUC/105 e afusões *
Loções totais frias (fulgurantes),
Gretas
3 vezes por semana, de manhã ao acordar.
* Ou afusão dos joelhos, 3 vezes
por semana e semicúpio frio, curto (30 segundos).
* Afusâo rectal.
AlIme17M0o
A alimentação tem um papel determinante em todas as afec~ ções gotosas. Não existe solução
durável sem um regime ali~ mentar severo. Evitar: todos os álcoois, vinho, cerveja, bebidas
espirituosas, digestivos, aperitivos, carnes gordas, enchidos, caça, charcutaria, salmoura, fritos,
ovos, crustáceos, queijos fortes, maionese, moluscos, manteiga, chocolate, chá, café, açúcar,
pastelarias, etc. Usar pouco sal. Afirrientos privilegiados: a alimentação vegetariana é de longe
superior a todos os regimes (não existe gota nas pes~ soas que praticam o regime vegetariano
há muito tempo), alho, cebola, couve, couve roxa, alho-porro, saladas verdes, frutos frescos,
maçãs, peras, ananás, limão, laranjas, toranjas, morangos, cássis, mirtilos, salsa, cereais
integrais, etc.
jejum
Indispensável, 1 dia por semana. Beber muita água. Cura de fruta.
D~MOIMO KM1,pp ~0 gOtá
* Envolver as partes inchadas com compressas de infusão de “fiores e feno
* Repetir de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas.
Gretas
v
419
r Frieiras (p. 409).
Gripe
Gripe
N
-as essoas idosas esta afecção pode ter um carácter grave. Os sintomas ca'racterizam-se por
arrepios, dificuldades respiratórias, cabeça pesada, vertigens, febre, pieira, etc.
Ver Bronquites (p. 264), Febre (p. 395), Rouquidão (p. 544) e eventualmente Prisão de ventre
(p. 522).
D/0901
às * Verbasco-br,9nco
- TUSSIl.Igem - Afarrolo
- Ervzi-ursa - Veró171ci
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Wffi.7sco-br.inco
Tussilagem * «arrolo Erva-urs,9 , VerónIc.7
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
um quarto de hora. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
2
óleos essencimis @1] Pínho
3 gotas, 3 vezes ao dia. Em vaporização: os óleos essencíais de:
Híssopo ~ Euc.711pto
- Lavanda
CONSELHOS
Para os conselhos gerais, ver Bronquites, p. 264: -Banhos dos braços e dos pés. -Banhos de
vapor.
- Tratamentos Kneípp.
- Alimentação.
- Jejum.
420
H
. Hálito (mau)
- Hernofilia - Hemorragia
- Hemorróidas
- Hepatismo
- Herpes - Zona
- Hidropisia
- Hipertensão
- Hipocondria
- Hipotensão
- Histeria
Hálito (mau) 1 Hemofilia - Hemorragia
Hálito (mau)
D
evem tratar-se as causas: o tabagismo, o abuso do álcool, as doenças biliares, as afecções do
estômago, da boca, as doenças digestivas, da dentição, etc.
infusão * Alcaçuz ou Anis - Coei7tros
Infusão à razão de 3 ou 4 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 ou 4
minutos e deixar em infusão 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 855817C10.1q * Hortelã-pirnonta Canel.7 ou ErV.?-C1dre1@-a
1 gota, 2 ou 4 vezes ao dia.
Hemofilia - Hemorragia
igilância médica para as hemorragias acidentais. Transporte imediato do doente para o hospital
mais próximo.
Dw61
595 * ‘1:5111 Aqu1101a (MI-foffias)
- T.717C17.7~ - TOrMO17t1117a
- Bolsa-d&-pastor - Urtiga
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou IMUS90 * AquIlek? + T-717c17.79em -k Torment1117.7 + BOIM-de-Pastor + Urtiga
* 1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
422
Hemorróidas
Hemorróidas
A
s bemorróidas podem ocorrer devido a uma predisposição hereditária, mas também doentia, de
origem alimentar. Os homens são mais sujeitos a esta doença do que as mulheres.
Caracterizam-se por um inchaço do baixo-ventre, inapetência, prisão de ventre, comichão.
Dão origem a uma inflamação das mucosas rectais, com dor durante a evacuação.
Ver Fragilidade capilar (p. 408), Sangue (p. 549), eventualmente Prisão de ventre (p. 522).
D12901
as * Verbasco-b1.7nco - Bolsa-de -Pastor - Mírtílo - A quíleia (MIl-foffias) - hamamélis
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Vorbasco-branco + Bolsa-de-pastor + Mírtílo + Aquíleía + Harnamélís * 1 pitada de cada
planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
ó180.9 essenciais ZIMbro
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
c
Apresentamos várias aplicações locais que deram resultados muito úteis ao longo dos séculos:
Figos esmagados, misturados com mel (segundo o Dr. Chomel). Cebola migada fina misturada
com manteiga fresca. Marroio misturado com mel. Verbasco-branco + Alteia em decocção em
leite fresco.
ÁRV/71;05 *
Banhos de assento quentes, todos os dias. N.B.: os banhos de assento quentes, durante as
crises, acalmam as dores. Logo que surjam melhoras, os banhos de assento devem ser
tomados mornos e depois frios.
“~8178 * dIUMUS
A arlisto16quia em infusão e lavagem cura as hemorróidas internas (segundo o Dr. Chomel):
3 ou 4 pitadas de planta para
423
Hemorróidas
meio litro de água. Ferver durante 3 ou 4 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem com uma “pêra”
e conservar durante cerca de 20 minutos.
* Camomila em infusão e em lavagem (preparação idêntica à anterior).
8017hOS £fO Vã"r *
* Banhos de vapor de assento
durante 5 minutos, 2 vezes por semana.
* Banhos de vapor dos pés,
à noite, 2 vezes por semana.
ÁOI/CI1OS e afilsões
* Das coxas, 2 vezes por semana.
* Afusão rectal.
ffl
CIMUIO0 dO NOPtUM
Dia sim dia não.
Recolffis
AqiMek? - Mil-foffias
Banho de assento: fazer uma infusão com 50 g de flores em 1 litro de água a ferver. Deixar em
infusão 1 hora, filtrar e acrescentar à água do banho.
8011h79e/19
*Receita popular italiana. Fazer
uma pomada com sumo de beringela cozida em azeite, à qual se acrescenta cera virgem e
sulfato de cobre. Esta mistura aplica-se nas partes doentes.
GaMOMIla-p-9~17a
*Em banhos de vapor de assento:
20 g de flores em água a ferver. Duração do banho: 15 minutos.
H29m.imélIs
*Infusão de 20 g de casca (eventualmente também de folhas) em
1 litro de água fria. Ferver durante 5 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
*Tomar 2 chávenas por dia.
*Pode utilizar-se esta infusão sob
a forma de compressa. Neste caso deve utilizar-se o dobro das plantas.
*A hamamélis era conhecida das
civilizações pré-colombianas.
O extracto das folhas e da casca é vasoconstritor e adstringente.
Marmelelro-comum
*Utilizam-se os caroços do marmelo (fruto do marmeleiro-comum) e a casca, fervidos em leite.
Coloca-se esta mistura em pequenos sacos de pano e aplicam-se (quentes) sobre as
hemorróidas. Renovam-se estas cataplasmas de meia em meia hora.
* Também todas as plantas
adstringentes.
424
Hepatismo
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Potênti117a ansorina
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante meia hora.
* Fazer compressas.
Alimentação
Deve ser muito sóbria e ligeira. Evitar: especiarias, gorduras animais, fritos, carnes gordas,
manteiga cozinhada, peixes gordos, sardinhas, carapaus, caça, carnes envelhecidas, álcool,
vinho, cerveja, charcutaria, enchidos, queijos fortes, crustáceos, chá, café, chocolate, açúcar e
doces. Consumir pouco sal.
- Alimentos privilegiados: fruta
fresca, mirtilos, cássis, pêssegos, alperces, uvas, toranjas, ananás, legumes verdes, cereais
integrais, pão integral, levedura de cerveja, amêndoas, nozes, avelãs.
jejum
* Aconselhado para descongestionar. * 1 dia, a fruta.
CONSELHOS
-Vida regular, sem excitações. -Exercícios físicos.
- Praticar o endurecimento e andar de pés descalços (ver p. 132).
Hepatísmo
v e
r Cálculos biliares (p. 274), Cólicas hepáticas (p. 329), Prisão de ventre (p. 522), Diarreias (p.
366), Fígado (p. 399), etc.
425
Herpes - Zona
Herpes - Zona
A
fecções cutâneas nas quais se formam pequenas bolhas. Podem ser
precedidas de febre. Encontram-se principalmente no baixo-ventre, nas partes genitais, no
rosto, etc.
Ver também Impigens (p. 438) e Eczema (p. 372).
DIw901
os *
Esc.7b10sa - Labaç.7 - Doce-am-9rYa - Amor-perf&íto
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Escabiosa + I-abaça + Doce-amarga + Amor-Perffiíto
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Em aplicação externa:
óleo de Erva-de~são-joão
* Meio litro de azeite (ou óleo de
amêndoas-doces) + 30 g de erva-d"ão-joão + 20 cabeças de carnomila. Expor durante 8 dias
ao sol e filtrar. Para acelerar a preparação, aquecer a mistura em banho-maria durante 20
minutos.
* Aplicar sobre as lesões.
PessegueírO
* As folhas, piladas e esmagadas,
utilizam-se sob a forma de cataplasmas (também para casos de úlceras).
50/7/105 * 47u017t05
Seguidos de um duche morno,
2 vezes por semana.
B017h05 dO 35501M0
Banhos de assento mornos, seguidos de um banho de assento frio curto. Todos os dias.
ÁRanAios de va~ *
3 banhos de vapor por semana.
Das coxas e dos braços, 3 vezes por semana. Afusão rectal.
CIntuffio de Noptulio*
AI/MO/MOÇOO Deve ser sóbria e ligeira.
426
Hidropisia
Evitar: todos os abusos, álcool, vinho, cerveja, chocolate, café, chá, gorduras animais, fritos,
manteiga cozinhada, conservas, enchidos, maionese. Vigiar o sal e o açúcar, etc. Alimentos
privilegiados: alimentação vegetariana, de preferência, sobretudo nos casos difíceis. Fruta
fresca, legumes verdes, saladas, couve, espargos, agrião,
levedura de cerveja, ananás, toranja, cereais integrais, nozes, avelãs, figos, uvas, alperces,
etc.
jejum
*
1 dia por semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
Hidropisia
A
cumulação de líquidos nos tecidos e nas cavidades do corpo. Diversas doenças podem dar
origem a esta afecção: doenças do coração, dos pulmões, do fígado, dos rins, do baço e a gota.
Os poros da cara ficam inchados, os tecidos distendidos e as pernas incham.
Esta doença,é acentuada pelos excessos de comida e de bebida. Devem tratar-se as causas
principais.
Ver também Edema (p. 373).
ÁO~01
495* sabugueíro - verônIca
- Cardo bento - Zimbro
- Salsaparríl17.7
1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia.
ou 117fusão * GíeSla
Infusão de 10 g de flores em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia.
* A giesta é também cardiotónica
e diurética (utilizar, contudo, em doses fracas).
Resta boi espinhosa * Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão
durante 20 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
Sabugueíro + Veróníca + Cardo bento + Zimbro + Salsaparríl17.7 * 1 pitada de cada para 1
litro de
427
Hidropisia
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Ou:
salsa
* Infusão de 15 g de sementes ou
de raizes em 1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
ó10OS O.95017C1,015
ZIMbro
2 gotas, 2 vezes ao dia.
80/7/705 *
Banhos de pés (até ao meio da barriga da perna) com uma decocção de:
Zimbro @. Giést.7
3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Manter em lume brando durante 20 minutos.
Acrescentar à água do banho de pés. Depois do banho, passar por água fresca e friccionar.
Duração do banho: 10 minutos,
3 vezes por semana, de preferência à noite.
ÁRRIffiOS dO OSSOfitO *
Banhos de assento mornos de
15 a 20 minutos, 2 vezes ao dia,
seguidos de afusões frescas e de fricções.
£8V27g0175
Lavagens todas as manhãs com água morna ou com uma infusão de camomila: 3 ou 4 pitadas
de planta (cerca de 10 cabeças) para meio litro de água. Ferver durante 1 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Fazer a lavagem com uma “pêra” e conservar durante cerca de 20
minutos.
ÁRO17h05 dO VO~1- *
- (Se forem suportáveis), curtos,
seguidos de uma fricção fresca.
@@n C117tUI*O OFO NeptUI7O
Dia sim dia não. H@
Alimentação
Não deve de modo nenhum ser excitante. Evitar: álcool, vinho, cerveja, legumes feculentos,
charcutaria, pratos com molhos e, de uma maneira geral, uma alimentação rica, fritos,
manteiga cozinhada, açúcar, pastelaria. Atenção ao sal, etc.
428
Hidropisia
Alimentos privilegiados: fruta e legumes frescos, frutos secos, cebola, nozes, avelãs, limão,
toranja, agrião, rábano silvestre, . 1 dia por semana, se possível. cereais integrais, pão
integral,
- 1 dia, a fruta. papas de aveia, etc.
- Cura de fruta fresca (uvas,
alperces, pêssegos, etc.).
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
- Semicúpios frios, curtos (30 segundos a 1 minuto), 4 vezes por
semana.
- Banhos de vapor, de assento, 3 vezes por semana, com uma
decocção de “flores de feno”. E também:
- Infusões de cavalinha + zimbro, alternando com infusões de
absinto + aloés.
- 1 de cada, 1 vez por dia.
AILGUMAS RECEIMS ú7EIS
- Vinho de qlesta: ramos de giesta reduzidos a cinza (ou então
flores de giesta), misturados com vinho branco. Deixar repousar durante 1 ou 2 dias. -Tomar 3
colheradas, de manhã e à noite (Dodonée).
- Bagas de zlrnbro esmagadas e misturadas com vinho tinto (20
a 30 por litro). -Tomar 3 colheradas, de manhã e à noite (Mathiole).
- Vinho d alecrim: um punhado de alecrim pilado fino e misturado
com vinho branco. Deixar repousar 12 horas. -Tomar 3 colheradas, de manhã e à noite
(Kneipp).
CONSELHOS
Exercícios Físicos (ver p. 133). Endurecimento e andar de pés descalços (ver p. 132). Exercícios
respiratórios (ver p. 137). Banhos de ar livre e de sol (ver p. 151).
429
Hipertensão
Hipertensão
A
enção às perturbações persistentes, tais como dores de cabeça, zum- `bidos nos ouvidos,
vertigens, insônia, fadiga, perturbações da visão, etc. Controlar frequentemente a tensão
arterial. Vigiar a exaustão física e intelectual, evitar os ruídos, as contrariedades e a excitação.
Ver também Prisão de ventre (p. 522), Colesterof (p. 321).
DIw901
40.9 * Espinheiio-alvar - Erva-benta - Bolsa-de-pastor Oliveira (folhas) - Salva
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Espin17eíro-alv,ar + Erva-benta + Bolsa-de-pastor Oliveira (f0117OS) + Salva
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
repousar durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
~
2 gotas, 2 vezes ao dia (sob receita médica).
8817hOS dOS ~
Com uma infusão de:
Cornomil,9 + Espinheiro-alvar + Salva
2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Aquecer em
lume brando durante 20 minutos. Acrescentar 4 ou 5 litros de água.
* Este banho dos pés dura entre
10 ou 15 minutos. Em seguida passar os pés por água fria.
* 3 vezes por semana.
ÁRVIMIOS CtO OSSOIMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 3 vezes por semana.
1,0~017.9 *
* Com uma infusão de alho: 5 ou
6 dentes de alho migado fino para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos.
* Fazer esta lavagem, dia sim dia
não.
DUC/MS O.ofus~
* Dos braços e da cabeça, alternando com as coxas.
* Afusão rectal.
430
Hipocondria
AlimelMaÇão
O factor alimentar tem um papel preponderante na tensão arterial. O regime alimentar deve ser
feito sob vigilá ricia médica. Evitar: todos os excitantes, chá, café, chocolate, tabaco, álcool,
vinho, cerveja, gorduras animais, manteiga cozinhada, fritos, charcutaria, caça, carnes gordas,
mostarda, maionese. Pouco sal e pouco pão. Alimentos privilegiados: comer alho a todas as
refeições (sobretudo cru) e, caso seja insuportável, consumi-lo em drageias; legumes e frutos
frescos, limão, óleo de milho e de girassol, cereais integrais, arroz, aveia, cebola, tomate,
beterraba, aipo, dente-de-leão, cenoura, peras, maçãs, couve, etc.
jejum
E indispensável. Produz bem-estar e favorece a eliminação.
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
N.B.: deve praticar-se um regime severo até surgir uma melhoria
substancial.
- Vigiar continuamente a tensão arterial.
- Exercícios fisicos moderados.
- Importante: praticar o relaxamento (ver p. 137), estar calmo
e descontraído. Evitar todas as contrariedades.
Hipocondria
O
doente observa--se e interpreta os sintomas. Anda silencioso, triste, gostada solidão... anda
atormentado pela angústia, por inquietações irrazoáveis e sofre de dores, de calores e de
suores frios.
Para o tratamento, ver: Depressão nervosa (p. 357), Neurastenia (p. 477) e eventualmente
Prisão de ve;itre (p. 522).
431
Hipotensão
MUITO ACONSELHADO PELO PADRE KNEW
Banhos de assento frios ou com fricções, todos os dias, bem como loções e fricções totais,
frescas e diárias.
CONSELHOS
-Exercícios físicos (ver p. 133).
- Endurecimento, andar de pés descalços na água (ver p. 132). -Exercícios respiratórios (ver p.
13 7).
Hipotensão
V
er também Fadiga, p. 392. A hipotensão pode provocar mal-estar, vertigens, síncopes. É
necessário fazer um exame médico para determinar a sua origem.
Á0m961 ‘15 *
Alecrim - Zímbro - Monta
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Golola rm71 - Eleuterococo
Alternando com 4 a 6 drageias por dia, durante 1 mês.
ou /IMUSSO *
Alecrírn + Zimbro + Monta
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia, entre as refeições.
08/7/105 d05 PóS Alocrim + Lavanda
2 ou 3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Aquecer durante 20 minutos e
acrescentar 4 ou 5 litros de água. Duração do banho: 10 a 15 minutos. Em seguida passar os
pés por água fria e friccionar.
432
Histeria
8617h05 dO 85501M0*
Banhos de assento frios ou com fricções, dia sim dia não.
B817h05 dO V0POr *
- Curtos (sobretudo em caso de
fadiga), 2 vezes por semana.
Das coxas e dos braços, alternando com uma afusão fulgurante, dia sim dia não.
Aliment.9p10
Evitar: todos os excitantes, chá, café, tabaco, álcool, vinho, cerveja. Alimentos privilegiados:
cereais integrais, germe de trigo, arroz integral, nozes, avelãs, espinafres, beterraba, couves,
salsa, cerefólio, alho, cebola, laranjas, alperces, tâmaras, peras, maçãs, ameixas.
jejum
1 dia de jejum, quando. Cura de fruta.
de vez em
CONSELHOS
- Endurecimento, andar de pés descalços (ver p. 132).
- Exercícios respiratórios (ver p. 137).
Histeria
O
pressão, mal-estar, espasmos no estômago, vómitos, arrotos ácidos, boca amarga, gases
intestinais, dores violentas nos intestinos, pele seca, excesso de saliva, choros, tristeza,
emoção exagerada, gemidos, soluços sem causa aparente, risos súbitos, sensibilidade
excessiva ao sabor dos alimentos: são estas as manifestações mais comuns.
Ver também Nervosismo, p. 474 e, eventualmente, Prisão de ventre, p. 522.
433
Histeria
Z
DIOgoi
4,5 * Aloás (socotrin.9) - Erva1 -cídroíra - Erw-do-são-joão
- V.71ería17.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Eleuterococo
4 a 6 drageias por dia, em curas de 1 mês.
ou 1/7fi/são * Aloás + Erva-cIdroira + POMPOdo #. Erva~de-são-joão .,% Valeriana
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas ao dia.
Ranj>OS de OSS017to*
Banhos de assento frios ou com fricções, dia sim dia não.
ÁRI/7/105 OÇO V0POr2 vezes por semana, seguidos de uma loção fresca e de uma fricção.
Dos braços e das coxas, alternadamente, com uma afusão fulgurante. Afusão rectal.
CI1MU190 de Noptu170
AI1M01m300
Evitar: todas as sobrecargas alimentares, álcool, café, chá, tabaco, açúcar, carnes gordas,
gorduras animais, fritos, caça, charcutaria, etc. Alimentos privilegiados: levedura de cerveja,
cereais, fruta fresca, nozes, amêndoas, alperces, espargos, alface, erva benta, dente-de-leão, o
germe de trigo, produtos da colmeia, feijões, frutos secos, legumes secos, etc.
jejum
Aconselhado.
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
-Andar de pés descalços sobre pedras molhadas ou sobre a erva
húmida, várias. vezes ao dia, vigiando constantemente o aquecimento dos pés. -Loção diária do
corpo com água misturada com vinagre (recomendada por Kneipp).
- Andar dentro de água.
434
1
-
Icterícia
Impetigo
Impigens
Impotência
Inchaço (do ventre) - Acrofagia
Incontinência urinária
- Insectos
- Insónia
- Insónia (sono dificil)
Icterícia
Ileterícia
A
icterícia manifesta-se pelos sintomas seguintes: enfartamento, opressão, rnal-estar, vómitos,
perturbações digestivas, sede, obstruções e
perda de apetite. Depois de alguns dias, a pele e a parte branca dos olhos ficam amarelas e
observa-se também um escurecimento da urina, etc.
ÁOlogoi
os * cr,19VO-de-defunto Alquequ0i7g& - C,?rdoro1.7i7do - Resla boi (r.?iz)
- Erva-fnolelrínl?3
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
01/ Infusão Cr.ivo-de-defunto
-” Alqueque17jé “ Cardo-ro1.7120,O “’- Rest.9-bo, (raIZ) -I. &V,?-Moleirj;717,1
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante
durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Ou:
2 minutos e deixar em infus o
LIMrIa Infusão de 10 9 de planta em 1 litro de água a ferver, Deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 3 chávenas por dia. Utilizar também em caso de prisão de ventre, angiocolite e
perturbações das vias urinárias.
Veró17ica
Foi muito utilizada no passado para tratar a icterícia e a gravela. Também se pensou que podia
tratar a tuberculose. Durante muito tempo foi considerada como uma panaceia. Agora deixou
de estar na moda. Utiliza-se todavia para as digestões difíceis, as enxaquecas e as febres.
20 g de flores secas para 1 litro de água. Tomar 3 chávenas por dia, entre as refeições.
COM~SSOS *
Compressas quentes sobre a re0o do fígado e envolvimentos quentes. Molhar um pano em água quente e aplicá-lo
protegendo-o com um cínturão em flanela. Repetir eventualmente de 3 em
3 horas,
Áwn/708 *
Semicúpios frios curtos (de 15 segundos a 1 minuto), 2 vezes por semana.
Lavagem
Com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila para
436
Icterícia
meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. Fazer a lavagem morna
com uma
11 pêra” de lavagem, de manhã em jejum. Conservar durante cerca de 20 minutos.
Ág317hos
Com alecrim + verbena, em infusão:
2 ou 3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver e acrescentar 4 ou 5 litros de
água quente. Passar os pés por água morna. Duração do banho: 10 a 15 mi~ nutos, à noite, 3
vezes por semana.
ÁRMI#Os de assento
Banhas de assento mornos: todos os dias, durante 20 minutos, com massagem suave do
ventre e do baixo-ventre, tendo mergulhado previamente as mãos em água fria.
ÁRRIMios de vapor *
Banhos de vapor, seguidos de uma fricção morna, 3 vezes por semana,
OUCI1OS o Ofus~ *
Das coxas, 2 vezes por semana. Superior, 2 vezes por semana. Fulgurante, 1 vez por semana.
Rectal.
AlimenmÇão *
* A alimentação deve ser magra e
fácil de digerir,
* Suprimir: álcool, vinho, cerveja,
especiarias, pastelaria, fritos, gorduras animais, manteiga cozinhada, chá, café, chocolate,
maionese, enchidos e, de uma maneira geral, todos os alimentos pesados e indigestos.
* Alimentos privilegiados: alcachofra, caldos de legumes, sumos de fruta, limão, laranjas.
Quando surgirem melhoras, começar a comer progressivamente fruta, legumes cozidos em
água, cereais integrais, papas de aveia, ameixas, germe de trigo, levedura de cerveja, etc.
jejum
É necessário.
1 dia por semana,
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Quando surgirem melhoras: -Endurecimentos (p. 132).
437
Impetigo / Impigens
Impetigo
v
r Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372), Pele (p. 504).
Impigens
r uma inflamação da pele que surge em vários sítios. As impigens Efurfuráceas ou a pitiríase
surgem especialmente no pescoço, no peito, nas costas, nos braços e nas mãos e formam
pequenos pontos amarelos ou castanhos. Mais tarde surgem grandes manchas amarelas,
semelhantes ao farelo (do qual lhe vem o nome, “furfur”).
- Impigem com prurido (líquen): pequenos nódulos duros que provocam uma comichão
violenta.
- Impígem purulenta: forma pequenas bolhas que deitam pus.
- Impigem corrosiva (lúpus): nódulos que se espalham progressivamente, ficando o centro com
o aspecto de uma cicatriz. Ataca o rosto.
- Impigem seca, impigem escamosa: tão frequente corno o eczema.
Forma escamas pálidas que depois se tornam avermelhadas, sanguinolentas. Afecta as
articulações do pescoço, dos joelhos e atinge menos frequentemente as outras partes do corpo.
Ver também Eczerna (p. 372), Erisipela (p. 383), Herpes (p. 426) e
Alergias (p. 207).
Á~01
405 * L.7b.7ç.7 - Énula-campan,9 Escablosa - Erva-moleírlnha
- Lúpulo
1 ou 2 drageias por dia, alternadamente, semana sim semana não, com:
Fucus vesIculosus - Própolís
2 ou 3 drageias de cada, na semana seguinte. Recomeçar.
438
Impigens
OU 117fUSãO *
1.7baÇa ‘ É17Ula-campana + Escabíosa + Erva-1n0101r11717.9 + LúpUlO
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia,
ÁRO/7/705 *
Semicúpio frio ou fresco, curto, seguido de uma ligeira fricção.
2 vezes por semana.
ÁMO17hos de 85501M0
Banhos de assento frios, ou Banhos de assento com fricções.
3 vezes por semana.
So17hos de vapor*
Banhos de vapor na cama ou em posição sentada, 2 vezes por semana, seguidos de uma ligeira
fricção.
A fusão *
Afusão diária das coxas e dos braços, alternando com uma afusâo superior.
UM
401110t0.1
Ma1110t31,,: prepara-se como uma camisa de “flores de feno”
humedecida com água morna, que se conserva até evaporar a água (caso seja suportável e
sem causar mal-estar).
3 vezes por semana.
AlIMOIMIÇão
* Quanto mais antiga for esta
afecção, mais vigiada deverá ser a alimentação.
* Evitar: álcool, vinhos, cerveja,
tabaco, açúcar, pastelaria, pão branco, ovos, queijos fortes, carnes gordas, charcutaria, caça,
salmoura, enchidos, maionese, Limitar o consumo de sal.
* Alimentos prilvillegiados: agrião (macerado em iogurte, tomado
de manhã em jejum: receita do Dr. Chornel), levedura de cerveja, frutos frescos, ananás,
laranjas, toranjas, cenouras, couves, legumes verdes, alface, dente-de-leão, cereais integrais,
aveia, salsa, cerefôlio, cebola, morangos, etc.
jejum
* útil e indispensável. * 1 dia por semana ou mais dá excelentes resultados. Também se
recomenda: * 1 dia, a fruta. * Cura de fruta.
439
Impigens
ALGUMAS RECEIrAS úrEIS
Aconselhadas por Chornei, Tragus e Paulli.
* Aplicação externa:
IlabaÇa + ÉMI.7 campana
- 3 ou 4 pitadas de cada planta para meio litro de água, em
decocção. Aquecer sem ferver (30 minutos), acrescentar 10 g de flores de enxofre e deixar
macerar durante 1 hora. -Aplicar 2 ou 3 vezes por dia.
* Escabilosa macerada em alcool canforado:
- Para um frasco de 100 ci utilizar 15 g de planta. Deixar macerar
durante 2 dias. Aplicação idêntica à anterior.
* Erva-d"áo-João + buxo macerados em álcool:
-Para 100 ci de álcool macerar 15 g de cada planta durante 1
semana. Filtrar e aplicar.
* Sobre o lúpus o Prof. Bilz preconizava aplicaçôes de cataplasmas
de argila misturada com uma decocção de cavalinha.
- Repetir 2 ou 3 vezes ao dia.
CONSELHOS
- Higiene minuciosa da pele com sabonete suave (sabonete preto). -Ver também Banhos de ar
livre e de sol, p. 15 1.
- Atenção, mude a roupa interior todos os dias, evite roupas em
fibras sintéticas, prefira as roupas em fibras naturais (algodão, lã, seda, etc.)
Impotência
Impotência
.mpotência atinge os homens e manifesta-se pelos seguintes sintoA mlras: pênis flácido, em
certos casos incapacidade de erecção ou tensão insuficiente apesar do desejo.
A ejaculação precoce, apesar de permitir o coito, pode ser considerada como uma forma de
impotência. As causas são diversas: alimentação incorrecta, desentendimento entre os
parceiros, abuso de certas substâncias medicamentosas, exaustão física e intelectual,
preocupações, desgostos, stress, mágoa, nervosismo, lesões orgânicas (raras), diabetes, etc.
Vigiar também a obesidade e a prisão de ventre. Ver também o capítulo sobre os remédios
universais de origem animal e vegetal, p. 89.
DIZffoi
4,5 *
EleutêrOCOCO
4 a 6 drageias, 1 vez ao dia.
Espírulii7a - Seguro117.7 - AleCrIM
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Fazer também curas por períodos
de 1 mês, de:
G117Sffig- VerMO1170 * 6 drageias por dia, alternando com:
Própolís * 6 drageias por dia.
ólWS OSSO17CATIS Alpo
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
5617h05 *
- Banhos de algas (preparação
pronta a usar que se pode comprar nas lojas de dietética ou nas farmácias), 3 vezes por
semana, seguidos de uma afusão fresca e de uma fricção vigorosa.
BO/7/705 dO JISSOIMO
Banhos de assento frios ou com fricções, todos os dias. E banhos de assento mornos com
massagem do baixo-ventre,
3 vezes ao dia.
88/7/105 dO V.TpOr
- 2 vezes por semana.
Das coxas e do baixo-ventre, alternando com fulgurante, insis441
Impotência
tindo nas nádegas e nas partes dorsais. Acabar com fricções vigorosas.
ReceIffis Átotempéuticos
* Pau-listado (RiC17eria gra17d15),
casca originária das Antilhas, macerada em álcool.
* 1 colher, de café, 1 ou 2 vezes
ao dia.
* loimbina (sob receita médica)
em infusão ou tintura-mâe.
* Esfbndílio em maceração em
vinho ou álcool: 30 9 para 1 litro de vinho ou meio litro de álcool.
* Orquídeas, pervinca, ylang-ylang, hortelã-pimenta, rinchão, gengibre, muira puarna,
cimicifuga: todas estas plantas podem ser tomadas em infusão, em álcool, em vinho ou em
tintura-mãe, etc.
AffineIM?00
* Evitar todos os excessos alimentares. Efectivamente, a obesidade e a sobrealimentação
constituem a causa maior da impotência.
* Evitar: álcool, vinho, cerveja,
aperitivos, digestivos, gorduras, manteiga cozinhada, fritos, especiarias, açúcar, pastelaria, etc.
* Alimentos privilegiados: alcachofra, germe de trigo, cereais integrais, amêndoas, nozes,
avelãs, saladas, peras, abacates, azeitonas, beterraba, couves, espinafres, alperces, uvas,
frutos frescos, legumes frescos e secos, etc.
JeJUM
* Fortemente aconselhado. * 1 dia por semana. * Cura de fruta. * 1 dia, a fruta.
RECEMAS úMIS
Vinhos afrodisíacos:
ZiMbrO -@- GW7ela @. Segure117a * Alocrím , Múscada , Cola
15 g de cada planta (5 ou 6 pitadas) para 1 litro de bom vinho tinto. Deixar em repouso ao
abrigo da luz durante cerca de 10 dias, filtrar, adoçar. Tomar 3 ou 4 colheres por dia.
CONSELHOS
De modo a permitir uma melhor regeneração, evitar a excitação sexual durante algum tempo
(variável segundo os indivíduos).
442
Inchaço (do ventre) - Aerofagia
Inchaço (do ventre) - Aerofagia
A
contece muito em pessoas que engolem as refeições, não importa
onde, não importa como, que comem sem mastigar e bebem demasiado. Pode ser
acompanhado de gases intestinais.
Quando surgirem melhoras, os banhos devem ser tomados cada vez menos quentes.
ÁLOVOg0175 *
Com uma infusão de camomila.
3 pitadas de camomila (cerca de
10 cabeças) para meio litro de água. Ferver, apagar o lume e deixar em infusão durante 15
minutos. Filtrar. Fazer a lavagem morna (com uma “pêra”).
89/7h05 dO V0POr *
2 por semana, seguidos de loçôes frescas.
LL(@j Á@1wg0I-as
*
Enula-campa17a - GengIbre
* 2 drageias de cada: 1.O dia. NogueIr-7 - Orégão * 2 drageias de cada: 2.O dia. *
Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSãO * ÉMIa-C~Pal73 + Gengibre + NógiíeIra + Orégãos
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó10OS OSSO/MIRIS Alcaravia
1 gota, 2 vezes ao dia. Outros óleos essenciais:
A17is- verde, ManyérIcão, Ganela, LImão, Muria, orégãos, Estragão
5917h05 dO OSSO/MO *
Banhos de assento quentes, com massagem do ventre e do baixo-ventre.
j DUCIles o afusões *
Diários: coxas, alternando com fulgurante e afusão rectal.
1@@ Alimentação *
Mastigue bem os alimentos, de forma a ensalivá-los convenientemente.
443
Incontinência urinária
* Contra-indicações: beber líquidos durante as refeições, pratos demasiado quentes, bebidas
geladas, álcool, vinho, cerveja, águas gaseificadas, tabaco, chá e café.
* AllimentaçAo aconselhada: pão
integral, cereais integrais, fruta fresca, saladas, óleos vegetais, carnes bem passadas e
grelhadas, etc.
Alimentos privilegiados: limão, marmelos, estragão, cravo-de-cabecinha, levedura de cerveja.
11
Jejun? *
É uma excelente terapêutica para todas as perturbações gástricas. Praticar 1 vez por semana,
alternando com 1 dia de fruta (curas de uvas durante a estação).
CONSELHOS
Ver também:
- Exercícios fisicos, (p. 133).
- Repouso (p. 134).
- Cinturão de Neptuno (p. 148).
o Ir 00 Incontinência urinaria
r também Próstata, p. 527.
IMUMIO * LM!J Mil-folhas
3 ou 4 pitadas de planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos.
- Tomar 1 chávena durante a
tarde.
N@@ 801717os de assento *
- Banhos de assento mornos, de
10 a 15 minutos, seguidos de um banho de assento frio, curto e de fricções. Semicúpio frio, de
5 a 10 segundos, de preferência de manhã ao acordar.
Das coxas e dos joelhos, 3 vezes por semana.
444
Insectos
O PADRE KN, EW RECOMENÁ a4 VA
-Comer 10 bagas de zimbro todos os dias.
3 CONSELHOS 170 PROFESSOR BILZ
Não beber à noite, comer pouco e abster-se de fruta fresca (sobretudo maçãs). Urinar antes de
ir para a cama. Fricções completas, mornas, 2 vezes por dia.
CONSELHOS
Atenção, nem vexames nem violência resolvem o problema. Devemos ser pacientes.
Insectos
orno protecção, para os afastar:
Píretro
Verdadeiro insecticida natural que substitui eficazmente (com poucos inconvenientes) os
produtos de síntese como o DDT
Tas17eir.7
O odor forte e específico desta planta protege a roupa dos insectos. As capítulas reduzidas a pó
podem substituir certos insecticidas. É uma planta anti~ parasitária, vermífuga, que por isso
mesmo é chamada, normalmente, de “planta dos vermes”,
445
Insónia
Ins ônia
A
s causas das perturbações do sono são múltiplas e podern ter como origem uma perturbação
funcional. Só recentemente se constatou que o sono se divide em 5 ciclos: - A primeira etapa
chamada adormecimento é essencial. É de curta duração e
dá acesso - ao sono leve, durante o qual as funções cervicais abrandam.
- Vem em seguida o sono profundo, que permite o repouso do corpo; é
* momento em que se faz a recuperação das forças despendidas durante
* dia. - Depois vem a fase 4, que é a do sono muito profundo. As nossas funções vitais fazemse ao ralenti. - O sono paradoxal que lhe sucede é muitas vezes acompanhado de alterações de
posição, agitação, aceleração do pulso, da respiração: é o momento em que sonhamos.
Cada período é importante, mas o mais crucíal é a fase de adormecimento, e a maioria das
insônias derivam das perturbações ligadas a esta
etapa. Quando sofremos stress ou contrariedades, ou quando atravessamos períodos de
excitação, de sobrecarga de trabalho, quando temos maus
hábitos alimentares, quando abusamos do cigarro, do álcool, das drogas, dos medicamentos,
sem por outro lado praticarmos actividades físicas, a
fase de adorrnecimento não pode efectuar-se em condições óptimas. É por este motivo que
pretender agir sobre a insônia sem decidir mudar os hábitos que estão na origem desta
perturbação só pode ter efeitos ilusórios e, na pior das hipóteses, com a utilização da panóplia
de soníferos e de
tranquilizantes químicos que têm efeitos catastróficos.
As perturbações do sono não devem ser encaradas com ligeireza pois constituem, tal como os
outros sintomas, indicações extremamente significativas de que o nosso corpo reclama de
forma imperativa alterações no
nosso modo de vida.
Ver também Nervosismo (p. 474), Repouso (p. 134), Relaxamento (p. 13 7).
446
Insónia
DM90i8.9 * Trevo-coroa-de-roí - Erva-cídreir.7 - Wffiasco-br.Inco
- Valería17a
- 1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia,
conforme as necessidades.
ou AnAUM~O * Trevo-coroa-do-r&1 - Erva-cldr&lra - Verbasco-br.?nco
- V.710riân8
*1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. *Tomar 2 ou 3 chávenas por dia (pode-se
acrescentar a esta preparação algumas gotas de flor de laranjeira).
ó1005 OSSOMÁTIS
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia. Também os óleos essenciais de:
L ar-7niãs-amarg-7s, C~Mí/27, Iver0111, M-7n .1&ricão A medicina monãstica preconiza:
*A mistura de folhas de erva-cidreira + erva-de-aspérula aromática + erva-de-trevo-coroa-derei + erva-de-agripalma + raiz de valeriana + Lúpulo + Artemísia + flor de sabugueiro + flor de
urze + erva-de-são-joão + erva-de-primavera.
*Em proporções iguais, misturar
1 colher, de sopa, em infusão durante 3 horas e aquecer ligeiramente.
*Tomar 3 chávenas por dia, 20
minutos antes das refeições.
ÁRI/7h05 *
* O padre Kneipp aconselha tomar
1 banho morno à noite, antes de ir para a cama.
80/7/705 dO 1550fitO
* 3 vezes por semana.
LIVOg0177 *
* Com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos.
* Fazer esta lavagem morna com
uma “pêra”, de manhã, em jejum. Conservar durante cerca de
20 minutos.
E17du~MOIMO
* Passear de pés descalços na
erva húmida. Exercícios físicos. Muitas vezes o simples facto de andar a pé antes de ir para a
cama permite obter um sono reparador.
COMIS0 húMida
* Os efeitos relaxantes da camisa
húmida fazem-se rapidamente sentir.
19@
AlIffielMação
Contra-indicações: as refeições copiosas, excitantes tais como chá, café, tabaco, álcool, vinhos,
açúcar, gorduras animais, pratos com molhos, manteigas cozinhadas, charcutaria, enchidos,
447
Insónia (sono difícil)
caça, carnes envelhecidas, excessos de sal, de especiarias e, de uma maneira geral, todos os
alimentos pesados e indigestos. Alimentos prívilegiados: uma alimentação ligeira é essencial
para obter um sono reparador de boa qualidade. Devem privilegiar-se todos os alimentos
vegetais crus, acompanhados de óleo vegetal de boa qualidade, se possível biológico e sempre
de primeira pressão a frio, em particular os óleos de azeitona, de cártamo, de girassol.
Também se devem consumir
saladas, especialmente alface, agrião, erva-benta, legumes como couve, cenoura, funcho, bem
assim frutos tais como maçã, alperce, uvas e, mais especificamente, fruta de estação e da
terra.
JeJUI77
É uma terapia essencial, particularmente nos indivíduos que sofrem de insônia de origem
alimentar. Curas de fruta fresca de estação: uvas, maçãs, alperces.
Insônia (sono dificil)
ratar sempre as causas. Ver também: Pesadelos (p. 517), Depressão nervosa (p. 357), etc.
Á0/0901 ‘75 * Erva-cídrelra - Valeríana
- Mla - Endro - Artêmi'slá
1 drageia de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão * Erva-cídwIra + Valerlana Tília + Endro -k Artemísia
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 1 chávena à noite ao deitar (eventualmente também 1 durante a
tarde).
80/7h05 *
Banhos dos antebraços e dos pés com uma infusão de:
Louro + Erva-cidrelra + L a vanda
- 3 ou 4 pitadas de cada planta
para 1 litro de água. Ferver e acrescentar a 4 ou 5 litros de água quente.
448
Insónia (sono difícil)
* Mergulhar 5 minutos os braços
e depois os pés e, passar em seguida por água fresca.
0817h05 de assento
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 4 vezes por semana.
Lavagem *
* Lavagem morna com uma infusão de camomila: 10 cabeças para meio litro de água. Ferver e
deixar em infusão durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem morna com uma “pêra”, de manhã, em jejum.
Conservar durante cerca de 20 minutos.
* Fazer em seguida uma lavagem
fresca.
Sanhos de vapor *
- 3 vezes por semana.
L ,,: o, ‘1,4,,
ó@ó @`óJ111õO@ Dos joelhos,
- ou das coxas e do baixo-ventre.
L@@J
cintulgo de Neptu170
3 vezes por semana.
Recoltas lf fitotelaPêuticos
Alf27co
- Utilizar o látex de alface fresco (que se obtém por compressão
ou numa trituradora eléctrica, seco ao abrigo da luz).
* Tomar o equivalente a 1 colher,
de sopa, diluída num copo de água, ao deitar.
Esc17sc17olizía-da-calífórnía
* Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber uma chávena à noite.
Func17o, ou Anís-verde
* 10 g de frutos esmagados em
meio litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia, 1 ao
deitar. /_ úp UIO
* Infusão de 20 g de cones em 1
litro de água.
* Beber 1 chávena durante a tarde e outra ao deitar.
M.717j--ríCãO
* Infusão de 15 g de folhas frescas para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 chávena durante a tarde
e outra ao deitar.
PassMor.7
* Infusão de 15 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 chávena à noite.
* Beber 1 chávena durante a tarde e outra ao deitar.
Valoríana ofícInal
* Infusão de 15 g de raiz em 1 litro
de água fria. Aquecer lentamente até ferver, apagar o lume e deixar em infusão.
* Tomar 1 chávena à noite ao deitar.
* Pode também ser utilizada sob a
449
Insónia (sono difícil)
forma de banhos: 40 g de planta para 2 litros de água. Ferver durante 5 minutos e deixar em
infusão durante 20 minutos. Acrescentar à água do banho. Tomar um banho morno durante
cerca de 10 minutos e terminar com uma loção fresca. Este banho deve ser tomado, de
preferência, durante a tarde.
2 ou 3 vezes por semana.
Vorb017.7 É a pimenta dos monjes de Rabelais e de Arnauld de Villeneuve. A planta é
conhecida pelas suas capacidades anafrodisíacas e é citada por Plínio e Dioscórides. É também
aperitiva. Infusão de 20 g das folhas ou das extremidades floridas para
1 litro de água a ferver.
Allim917tição
Deve ser sóbria e ligeira, sobretudo à noite; as sobrecargas alimentares predispõem às
insónias. Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho, cerveja, tabaco, café, chá, chocolate, fritos,
charcutaria, manteiga cozinhada. Comer pouco à noite. Alimentos privilegiados: alface, maçã,
abóbora, fruta, legumes verdes, cereais integrais, levedura de cerveja, etc.
JeJUM
* Predispõe ao relaxamento.
* Cura de fruta.
BANHOS KNEIPP
- Os muito nervosos devem tomar banhos completos quentes durante 20 a 25 minutos, antes
de ir para a cama. Estes banhos devem ser seguidos de aplicações frescas.
- Para os outros, a melhor forma (para Kneipp) de vencer a insônia
é o semicúpio frio curto (de 10 segundos a 1 minuto). -ou o banho de assento frio (10 a 15
minutos).
CONSELHOS
Ver também: os exercícios respiratórios, o relaxamento (p. 137).
- Evitar os espectáculos violentos, os ruídos, a música de forte
intensidade, a cólera, a excitação, as contrariedades, etc.
- Praticar o endurecimento: andar de pés descalços na erva húmida
ou na água.
450
L@M
* Lactação
*Laringite
*Litíases
*Lombalgias (Lumbago)
*Magreza
*Melancolia
*Memória (perdas de)
*Menopausa
*Menstruação
*Metabolismo (perturbações do)
*Micoses
*Mucosas (inflamação das)
Lactação 1 Laringite
Lactação
Para favorecer a subida do leite
ffiffiSiO *
Também se po
G.71e9.7
Infusão de 15 g de plantas em 1 litro de água fria. Ferver durante
5 minutos e deixar em infusão
10 minutos. Beber uma chávena à noite, ao deitar.
dom utilizar as seguintes tisanas:
Feno-gieço, Anís-verde, Alcaravia
* Infusão de 10 g da mistura para
1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia.
Para parar a subida do leite utilizava-se:
Mercuría1 annua (o suino fresco díluído em água) Unicamente sob prescrição médica.
ATENÇÃO1 É uma planta tõxica cuja acção é ainda mal conhocidal
Laringite
S
urge por ocasião de um resfriamento, ataca as mucosas nasais e a laringe. Manifesta-se por
irritação da garganta, perda de voz, secreção de mucosidades, etc.
Ver também: Anginas (p. 234), Bronquites (p. 264), Gripe (p. 420).
o
5m90i ‘15 *
- Escabíos& - Agrimón1.7
- Espin1701r0 (SI/V.7)
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Énu1.7-C'yMpan,a @. EscaNosa + AgriMó17í8 EspInhoIro (silv.7)
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver du452
Laringite
rante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
* Em caso de laringites frequentes, fazer curas de drageias de própolis: 4 por dia, por períodos
de 1 mês.
Gengibr-* Infusão de 15 g do rizoma em
1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
ól~$ 055017CA1IS pInho
2 gotas, 3 vezes ao dia. InstilaçÁo da esséncia de:
Solva 11 EucalIpto Por meio de um difusor de aromas, instalado no quarto. Alternativamente
pode deitar algumas gotas num prato, previamente dissolvidas em álcool, e dissolver esta
mistura em 2 vezes o seu volume de água.
COMPUSSOS *
* Compressas no pescoço: alternadamente mornas e muito quentes.
* Duração: 1 a 2 horas. Fazer em
seguida uma fricção no corpo. Repetir.
GRIMIVOS ReSta b01 “ ESP11717&1110
15 @S//V-?)
Em decocçâo-. 2 ou 3 pitadas de
cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos.
* Fazer vários gargarejos por dia.
Malvagrande ffiores e
foffiss) ou Salva Oficinal (foffias) ou PIMPInela-pequena-dé-Saxífr&ga (raIZ)
* Em infusão: 20 g de uma destas
plantas para 1 litro de água fria. Ferver durante 15 minutos (para a malva: 1 minuto). Deixar
em infusão durante 10 minutos.
* Fazer gargarejos 5 vezes ao dia.
ÁSW171705 dOS ~ Lav.~27 * Sabugueiro + Eucalipto Em decocção: 2 pitadas de cada planta
para 1 litro de á gua. Aquecer durante 20 minutos. Acrescentar 4 ou 5 litros de água.
* Duração do banho: 20 a 30 minutos.
0817h05 dO OSSOIMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 3 vezes por semana.
EsMios de m~ *
Banhos de vapor seguidos de um duche morno, insistindo particularmente na região em volta
da laringe, da nuca e das costas. (0 banho de vapor pode ser
453
Litíases
substituído por um banho muito quente).
8917/105 dO V3POr dos pós
3 vezes por semana, com uma duração de 20 minutos, seguidos de uma fricção fresca.
AI1M017ATÇão *
Fresca, composta sobretudo de sopas, caldos de legumes, compotas, tisanas, fruta fresca,
laranjas, toranjas, limões, quivis, etc.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
- 1 loção total fresca todos os dias.
- Cinturão de Neptuno com uma infusão de “flores de feno”, 2 vezes por semana.
- 3 semicúpios frios por semana de 10 a 30 segundos.
- Afusões no peito.
- Gargarejos de: verbasco-branco + maiva, em infusão, várias
vezes ao dia.
CONSELHOS
- Exercícios respiratórios (ver p. 137).
- Quando surgirem melhoras: endurecimento, andar de pés descalços (ver p. 132). Imperativo: supressão total do tabaco.
Litiases
r Cálculos (p. 334).
Lombalgias (Lumbago)
Lombalgias (Lumbago)
V
er Costas (p. 349), Artrose (p. 247). Dores súbitas na região lombar. A lombalgia surge no
seguimento de esforços, de movimentos bruscos, etc.
Nos lumbagos frequentes, principalmente na Primavera, vigiar o fígado e a vesícula biliar.
ÁVIOSS-690M
* Com óleo de erva-de-s&<>Jc>âo (Chomel).
* Para meio litro de azeite ou de
óleo de amêndoas-doces, deitar
30 g de erya-d"&o@o&o e 20 cabeças de camornila. Deixar macerar durante 8 dias ou, para
acelerar a preparação, aquecer a mistura em banho-maria durante 20 minutos. Misturar em
seguida em partes iguais com álcool canforado.
* Massajar 2 ou 3 vezes ao dia.
COMPANSMOS £0 0k. C1701n01
Mel e vinagre. Ferver sementes de feno-grego (4 ou 5 pitadas
para 1 copo de vinagre e 5 ou 6 colheres de mel) até estarem perfeitamente dissolvidas,
mexendo de vez em quando.
- Aplicar sobre as partes dolorosas, protegendo-as com um pano.
801717OS *
Banhos quentes, aumentando progressivamente a temperatura da água.
ÁRRI717OS £fO V0~ *
* Banhos de vapor com compressas quentes e húmidas sobre os rins, seguidos de uma fricção
morna total.
* Envolvimentos quentes.
455
Magreza 1 Melancolia
Magreza
P
ode ser a consequência de várias perturbações hepáticas, gástricas, endócrinas, de
subnutriçào, de preocupaçõ es, de desgostos, de rejeição da alimentação, etc.
É necessário tratar as causas.
Ver também: Anemia (p. 231), Apetite - falta de, perda de (p. 237).
AlimoIMP~*
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, frutos secos, amêndoas, nozes,
fruta fresca, uvas, figos, alperces, quivi, laranjas, limões, alho, cebola, mel, cereais integrais,
trigo sarraceno, aveia, trigo, etc.
Melancolia
7,er Depressão nervosa, p. 357. v Sinais: abatimento, tristeza, mutismo, depressão, desânimo,
instabilidade anormal, ideias fixas. Pode ser acompanhada de perturbações digestivas, náuseas,
vertigens, etc.
E
Á2/29018.9 *
3 Erv.?-d&-são-joão
- Valei-Iana - Er
va-cIdroIra
- PolIpodo - AlecrIm
- 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
EleulerOCOCO
Alternadamente, dia sim dia não, com,.
Própolís
- 4 drageias de cada por dia durante 1 mês, ou em solução, à
razão de 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ou Infusão Erva-de-são-joão + Valeri.7na + Erv.9-cidreira + POMPOdo + Al&Crim
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
456
Melancolia
Decocção Gelrei-9
De acordo com fontes antigas (Fernel e Clément), a decocção de cerejas secas cura a
melancolia.
30 g de cerejas para 1 litro de água. Ferver durante cerca de
10 minutos e deixar em infusão durante 30 minutos. Beber 1 ou 2 chávenas por dia. É também
possível preparar um
vinho de cerejas com 200 g de cerejas para 1 garrafa de vinho tinto de boa qualidade. Deixar
macerar durante cerca de 10 dias e filtrar. Tomar o equivalente de um copo de licor por dia.
50/7/705 *
Com uma preparação à base de algas rnarinhas (que se pode comprar pronta a utilizar nas
lojas de dietética ou nas farmácias), 3 vezes por semana.
ÁMOMIOS Ofe OSSOIMO *
Alternadamente, dia sim dia não: Banhos de assento frios. Banhos de assento com fricções.
ÁRI/MIOS dO Vã~ *
Banhos de vapor 3 vezes por semana.
DUCI1OS e ofus&5*
Afusões quentes e curtas, seguidas de afusões frescas das coxas e dos braços, dia sim dia não,
alternando com afusões fulgurantes.
C117~ drO NO.ON170 *
Mergulhado em água quente e espremido, 2 vezes por semana.
A111n01M000 *
Evitar todas as sobrecargas alimentares, os excessos e os excitantes. Evitar: café, álcool, chá,
vinho, cerveja, açúcar, pastelaria, charcutaria, fritos, manteiga cozinhada, carnes gordas,
salmoura, pratos pesados e indigestos, etc. E, obviamente, o tabaco. Aliiinentos privilegiados:
levedura de cerveja, germe de trigo, limão, alho, cebola, erva-benta, salsa, cerefólio, toranja,
laranjas, quivi, alperces, cereais integrais, trigo, arroz, aveia, legumes verdes, fruta fresca,
frutos secos, saladas, legumes secos, etc.
jejum
Benéfico, 1 dia por semana. Cura de fruta.
1 dia, a fruta.
457
Memória (perdas de)
CONSELHOS
-Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). -Exercícios físicos indispensáveis e diários (p. 133).
- Exercícios respiratórios (p. 137).
- Endurecimento, andar de pés descalços na erva húmida (ver p. 132).
Memória (perdas de)
A
diminuição da memória pode ser devida ao cansaço, à exaustão, à falta de exercício ou à
ausência de capacidade de concentração. Se a falta de memória ocorrer no seguimento de uma
doença, é necessário tratar as causas.
-No caso de nervosismo e de excitabilidade excessiva, ver: Ansiedade (p. 23 6).
0/0901.95*
* Cura de:
Ginseng- vermelho
* 4 a 6 drageias por dia durante 1 mês. * Possível cura de:
Eleuterococo - Gelel,7 re.91
- Própo1I@9 - G~90-b110b17
* Em drageias: 4 a 6 por dia, por períodos de 4 a 6 semanas, ou em tintura-mãe.
AI1M0IMOÇãO
* Evitar o álcool, os abusos de excitantes tais como o café, o chá, o tabaco.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, levedura de cerveja, mel, cereais integrais, fruta e legumes frescos em abundância.
* Receita antiga: a eufrãsia pulverizada e fervida em vinho restabelece a memória e a visão
(segundo A. de Villeneuve).
458
Menopausa
CONSELHOS
-Exercícios respiratórios seguidos de relaxamento (ver p. 137).
- Actividade física indispensável, em função das possibilidades (ver
p. 133).
- Evitar os ruídos violentos e a excitação e procurar a tranquilidade
que favorece a concentração.
- Trabalhar diariamente a memória pela leitura, decorando pequenos textos, números de
telefone, datas, etc.
- Existem diversos métodos para melhorar as faculdades de memorização, em particular os do
Dr. Lefebure; ver a sua obra Le mixage phosphénique en pédagogie, ou o desenvolvimento da
memória e da inteligência pela mistura dos pensamentos com os fosfenos(*).
(*) Os fosfenos são os círculos luminosos que se vêem de olhos fechados, depois de se fixar
previamente um ponto luminoso (lâmpadas, sol, etc.).
Menopausa
A
nossa época adquiriu o péssimo hábito de considerar sistematicamente as etapas da vida como
doenças. Cada idade é assim desta feita medicada. Desta forma trata-se a gravidez, o feto, a
infância, a puberdade e, para finalizar, a velhice, que mobilizam um grande número de
especialistas. Com a esperança de vida actual as mulheres têm, por conseguinte, um tempo de
viver a menopausa quase idêntico ao do seu período de fecundidade.
A característica fundamental da menopausa é a paragem do período menstrual. Certos efeitos
acompanham todavia este fenômeno no seu
início: afrontamentos, palpitações, náuseas, transpiração, dores lombares e insônias. E a todas
estas perturbaçõ es ligeiras podem associar-se certas alterações do comportamento.
459
Menopausa
A menopausa é vivida de forma distinta pelas mulheres. Para algumas mulheres tudo se passa
bem. E a cessação do período menstrual, em vez
de as perturbar, livra-as de uma limitação. Mas existem outras, em contrapartida, que aceitam
menos bem esta passagem e consideram, erradamente, que perderam a sua feminilidade.
Com a idade os ovários perdem a sua sensibilidade às hormonas segregadas pela hipófise. A
vantagem de um tratamento à base de plantas é que ele se associa plenamente à regulação
orgânica. Então, e se a vida de uma mulher começasse na menopausa?
Ver Afrontamentos, página 196.
3@_k-
“ CIprest& + Erva-pesseguelra-.?cre +
f0117.7S de Vin17.7- VIrgem * 1 pitada de cada planta para
1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar
3 chávenas por dia.
Agríp.71m.?-cardl,7ca * 1 colher, de café, de planta para
1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 1 chávena de
manhã e outra à noite, durante 3 meses.
Decocção de Pé-de-leão- _COMUM (OU alpIno) * 2 colheres, de café, para 1 chávena. Ferver e
deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 1 chávena todas as manhãs e à noite durante 3
meses.
Salv27
Utilizar regularmente a salva em infusão. Pela sua riqueza em hormonas vegetais esta planta
tem o
poder de regularizar as perturbações hormonais neste período da vida. * 1 pitada de flores ou
de folhas
para 1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão durante
15 minutos. * Tomar 1 chávena por dia, 21 dias por mês. @@3
Muito úteis, 1 vez ao dia.
ÁELMhOS dO V8POr *
1 vez por semana, seguido de uma loção fresca.
L(@@j antUI#O de NO.Oft1170
- 2 ou 3 vezes por semana. (@j FOIMO~1.7 C11117OSO
A raiz de Salva míffiorr17ízae ou a raiz de Reffina17níapraeparat8
460
ÁURMIOS dO OSSOMO
Menopausa
ou, ainda, a raiz de Scutellaria &?À@a1&nSh9.
* Em decocção: 4 g de raiz (mesma proporção para todas as plantas) para meio litro de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
ROCOItos lf fitotempêutICOS
Erva-de-são-joão
* Infusão de 10 g de flores em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Pé-de-leão-comum e pé-de-leão-dos-alpos
* Infusão de 20 g de folhas em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
AI1M017ffiÇãO
Evitar: álcool, especiarias, todos os excitantes, café, chá, chocolate, tabaco, pratos pesados e
indigestos, charcutaria, enchidos, caça, carnes gordas, queijos fortes, manteiga cozinhada,
fritos, maionese. Vigiar o consumo de sal. Alimentos privilegiados: todos os frutos de estação,
especialmente uvas, pêssegos, alperces, cerejas, cássis, amoras, toranjas, laranjas, quivis,
legumes frescos, saladas, agrião, endívias, alfaces, cenouras, cebolas, alho, etc. Utilizar óleos
de azeitona, de cártamo ou de sésamo virgens, de primeira pressão. Utilizar também
abundantemente a levedura de cerveja.
Para os fenômenos psicológicos associados à nienopausa
Irritabilidade e insônia
Balota
Em infusão: 3 pitadas de planta para 1 chávena de
água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos. Beber bem quente à noite, ao deitar.
Para fazer face aos fenómenos depressivos
Salgu--1r1n178
Infusão de 4 pitadas de flores para 1 copo de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, ao almoço e à
noite.
461
Menopausa
Para os afrontamentos (ver também Sangue, pág. 549)
Vinha- virgem (15g de folhas)
água. Ferver e de
Balota (15g de Abies)
são durante 5 min ./é100.7 @1,5 g dO 110reS)- Tomar 1 chávena,
- Infusão da mistura à razão de 1
dia (entre as refei@
colherada para 1 chávena de
ixar em infuutos.
3 vezes ao ões).
Para as hemorragias (consulta médica necessária)
G.9rdo-morto, 30
MIl-foffias, 20 g Artemísía, 20 g Bolsa-de-pqstor 1,f g
* Absínio, lo g
* Cravo-de-defunto, 20 g
1 colher, de café, da mistura para
1 chávena de água. Deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia,
CONSELHOS
Praticar actividades físicas, footing, caminhar de pés descalços, natação, relaxamento, bicicleta,
massagens e todas as formas de hidroterapía. Para evitar os problemas decorrentes da
disfunção hormonal e, em particular, a osteoporose (ver o capítulo que lhe é dedicado, página
488) ou, pelo menos, para os limitar, deve observar-se uma higiene de vida rigorosa e evitar
imperativamente o álcool e o tabaco. A medicina chinesa aconselha, para reequilibrar o interior
do corpo e eliminar o excesso de caloryang, a prática de actividades desportivas e evitar o
consumo de alimentos yang (fritos, carnes vermelhas e gordas).
462
Menstruação dolorosa e difícil (Dismenorreia)
Menstruação dolorosa e difícil (Dismenorreia)
Es
tes remédios vão ajudar a suportar as dores na região renal, no ventre, no baixo-ventre, as
dores de cabeça, a opressão, os vómitos, etc.
0m901
46.9 * Monta - Camomila - AnIs Amiéh-o-preto - Espínheh-o (Sí/va)
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Monta + Gamomíla + Anís + Amíeíro-preto + Espinheiro @S#Va)
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 a 15
minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia, entre as refeições.
ó/O« 055017CAVIS calepute
2 gotas, 3 vezes ao dia.
50/7/705 dO OSS~O
Mornos, com massagem do ventre e do baixo-ventre. * 3 vezes por semana.
ÁRwilos dos ~
* Com uma infusão de:
Énula-campana + I-avanda * 1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e
acrescentar a 4 ou 5 litros de água quente. * Duração do banho de pés: 4 ou
5 minutos. * 3 ou 4 vezes por semana.
ÁDUChes o afi/SÓ05 *
* Das coxas e do baixo-ventre, dia
sim dia não.
* Afusões fulgurantes, 1 ou 2 vezes por semana.
Recoltas lf fit040180uticos
U7NCáría
* Infusão das capítulas: 10 g para
1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Urtíga-branca
* 30 g de planta em 1 litro de água
fria. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* A infusão concentrada (120 g
463
Menstruação frequente
para 1 litro de água) serve de loção de lavagem em casos de leucorreia (corrimento branco) e
para tratar feridas.
AlIMORMO0 *
Evitar: os excessos, especialmente álcool, vinho, uma alimentação demasiado rica e o tabaco.
Alimentos privilegiados: fruta fresca: laranjas, toranjas, morangos, alperces, uvas, legumes
frescos, salsa, cerefólio, saladas, cereais, couve, levedura de cerveja, germe de trigo, trigo,
tomates, etc.
Jeil/M
Día de fruta fresca e de sumos de legumes.
CONSELHOS
- Vigiar também a prisão de ventre (ver Prisão de ventre, p. 522). -Equilíbrio de vida
indispensável e evitar as saídas nocturnas, os
locais com fumo, as contrariedades, o stress, etc.
- Exercícios respiratórios (ver p. 137).
- Exercícios fisicos (ver p. 133). -Repouso, relaxamento (ver p. 134-137).
Menstruação frequente
Á~Ma
Receita grega:
Peieim-selv,9gem
Ferver as raízes desta árvore em vinho tinto. Utilizar esta decocção como café. Torná-la sem
açúcar, várias vezes ao dia.
464
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
A
sua causa pode ter diversas origens: a obesidade, os choques emocionais, os problemas
afectivos, etc.
ÁI2M901
ws * Énu127-camp.7na - ZImbro Sálva - Minjorona - 7omIlho
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Énu1.7 c.7mpon.7 , ZImbro + Salva + Manjerona TOMíl170
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 3 chávenas por dia. EEI//ft] ólWS O~017C1015
Cípi-este
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
av/7h08 dos ~
* Até meio da barriga das pernas, com uma infusão de:
Énu127-C8Mpana -@- Lovanda
* 1 pequena pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver
e acrescentar 3 a 5 litros de água quente. Duração do banho: 5 minutos. Terminar com uma
fricção fresca dos pés e das barrigas das pernas.
00/7/IOS Ore ISSOnto
Mornos, durante 5 a 10 minutos por dia, com uma ligeira massagem do baixo-ventre. Aplicar
compressas quentes sobre o baixo-ventre.
OUC/105 o Ofusões *
Das coxas, todos os dias. Ver eventualmente Prisão de ventre (p. 522), se for o caso.
A111n017t000
Suprimir: tabaco, álcool, cerveja, vinho, excitantes tais como café, chá, pimenta, chocolate,
vigiar o consumo de açúcar e de sal, diminuir ou suprimir a charcutaria, os pratos indigestos,
465
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
conservas, caça, fritos, manteigas cozinhadas, etc.
- Alimentos privilegiados: cenouras, aipo, salsa, cerefólio, legumes frescos, germe de trigo,
levedura de cerveja, legumes verdes, chucrute (sem os acompanhamentos), couves, saladas,
endívias, limão, morangos, framboesas, etc.
jejum *
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
- Exercícios fisicos.
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
onsulta médica indispensável. Tomar 3 ou 4 dias antes e durante o período menstrual:
ÁDIWffoiãs * carv.71170 (casca) Tórmentiffia - Bolsa-de-pastor - cava11n17a
1 a 2 drageias de cada, 1 -vez ao dia.
ou Infusão Carv.71ho (casca) +
7õrmontilha + Bolsa-de-pastor + cavalin178
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos.
- Tomar 2 chávenas por dia.
ó10OS
Ggno1.7
2 gotas, 3 vezes ao dia. K@
Mornos, todos os dias.
466
ÁRRIMIOS dO 855017A0*
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
Á9:017hOS dO V0POr *
Tomar fora do período menstrual.
1 ou 2 vezes por semana.
ÁQue*Os O &fusões
- Das coxas e dos braços, todos
os dias.
@9jj CI1MUI*O drO
Recoltos
Bolsa-de-pasíor
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas, todos os dias.
Cardo morto (utiliza se t.?mbém a &rva-de-são-tiago)
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 2 chávenas todos os dias (sob receita médica).
Cravo-de-defunto
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 2 chávenas todos os dias.
Pé-de-leão-comum
Infusão: 20 g de planta para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia, 10 dias antes do início e até ao fim da menstruação.
Sab117.7
Planta utilizada na medicina popular nas regiões alpinas (também como planta abortiva),
sobretudo em Itália. Também é utilizada em uso externo para destruir as verrugas. ATENÇÃO1
Esta planta é muito t6xica o em cortas doses é mortalili Evito utilizã-la, mesmo se lho for
aconselhada.
Lirtiga-branca
Infusão de 20 g de planta num copo de água a ferver Deixar em infusão durante 15 minutos.
AJA.11n00M0~
* A alimentação deve ser sóbria.
* Suprimir: todos os excitantes
tais como tabaco, café, chá, álcool, bem como charcutaria, especiarias, excesso de sal, de
açúcar, pastelaria, conservas, pratos com molhos, carnes vermelhas (especialmente de cavalo),
caça, etc.
* Alimentos privilegiados: cereais integrais, creme de aveia, germe de trigo, cerefólio, salsa,
467
Metabolismo (perturbações do) 1 Micoses
cenoura, alho, couve, nabo, alho-porro, saladas, frutos secos, amêndoas, nozes, azeite,
levedura de cerveja, legumes secos, etc.
JOJUJ77
Particularmente indicado, 1 dia por semana. Cura de fruta fresca e de legumes crus.
CONSELHOS
- Dormir e repousar.
- Exercícios respiratórios.
Metabolismo (perturbações do)
Recel~
3f1 ROMIZOUticas
Donto-de-leão Infusão de 10 g de raízes (eventualmente das folhas) em 1 litro de água fria.
Ferver 1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos. Beber 2 chávenas por dia, durante 1
mês.
Grama Infusão de 20 g de rizomas em
1 litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Beber 2
chávenas por dia, durante várias semanas.
Gramín1.7 aromátiw
Banho: 200 g de flores para 3 litros de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 20
minutos. Filtrar e acrescentar à água do banho.
Micoses
v
r Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372).
468
Mucosas (inflamação das)
Mucosas (inflamação das)
SOMUO It SeMPI-e-noiv,?
* Em vinho: 50 g de planta em
1 litro de vinho tinto: deixar macerar durante cerca de 10 dias e filtar.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia,
* Esta planta é citada inúmeras
vezes por todos os autores e tem fama de ser excelente contra as hemorragias. É citada por
Dioscórides e Teofrasto, que a utilizavam contra a diarreia e o fluxo sanguíneo. É também um
bom remineralizante por causa do seu elevado teor de silícia.
469
N@O
- Náuseas
-Nefrite - Pielite
-Nervosismo
-Neurastenia
-Nevralgia
-Obesidade
-Odores
-Olhos (inflamação) - Oftalmia
-Osteoporose
-Otalgia
-Otite
-Ouvidos - Surdez
Náuseas
Náuseas
podem ser provocadas por certos odores, por perturbações digestivas,
etc. Podem resultar em mal-estar e vómitos. Para tratar esta afecção é necessário identificar as
suas causas.
Infusão Menta + Uva-OSPIM
2 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Também:
AIC.7c17ofi-a (f0117.7S) * Beber meio copo da água de cozedura de alcachofra, 2 ou 3 vezes
ao dia.
Erv.7-bon43-comum, Hortolã-pimei7t29 * 15 g de uma ou de outra para 1 litro de água. Ferver
durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
O PADRE ANEW RECOMENDA
- Loções frescas totais.
- Semicúpios curtos e frios (10 a 30 segundos). -Tomar 10 gotas de tintura de absinto ou de
genciana, desde o
aparecimento das perturbações.
CONSELHOS
- Evitar os odores que provocam náuseas. -Praticar uma alimentação muito moderada, fácil de
digerir.
- Tomar banhos todos os dias, acompanhados de fricções totais
frescas.
472
Nefrite - Pielite
Nefrite -, Pielite
T
rata-se de um ataque inflamatório dos rins. Vem acompanhado de febres altas ou de arrepios,
dores violentas na região renal e na bexiga e também de edemas, de vómitos, de sede, de
perturbações digestivas, de urina ensanguentada, etc.
Vigilância médica indispensável.
2
Dw611 ‘es * @3]1 Erva-de-são-joão - Avenca
- Bétul.7 - M.71va - 7õmiffio
1 ou 2 drageias de cada, 2 vezes ao dia.
ou Infus#o
Erva-dè-sãÓ@íoãÓ + Avenca + Sétula + Malva “ TOMIlho
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
óIOM OSSOMIOIS
ZIMbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRI/7/705 0f0 OSSOIMO *
Banhos de assento mornos, diários, com um cântaro de vapor nos pés (ou um banho quente
dos pés). Ou banhos quentes ou frios dos pés com uma duração de 5 a 10 minutos.
Ou banhos de assento com fricções, dia sim dia não.
LO~0175 *
Com uma infusão de carnomila-.
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. Fazer a lavagem, morna. Conservar durante 20 minutos.
5917hOS £0 V0POr *
Banhos de vapor acompanhados de compressas húmidas, localizadas na região dos rins. Podese também acrescentar um maillothúmido e uma garrafa de água quente envolvida num pano
húmido nos pés. Terminar com uma fricção total. Fazer 3 vezes por semana.
AI1M01m800 A
Alimentação ligeira. Contra-indicações: todos os alimentos demasiado salgados,
473
Nefrite - Pielite
especialmente charcutaria, fritos, pratos com molhos, enchidos, álcool, vinho, cerveja,
condimentos, café, mostarda, vinagre, maionese, manteiga cozinhada, carnes gordas, etc.
- Alimentos privilegiados: toda
a fruta fresca e legumes verdes: limôes, laranjas, quivis, toranjas, maçãs, peras, alperces,
uvas,
feijão verde, couve, erva-benta, beterraba, germe de trigo, levedura de cerveja, cogumelos,
etc.
jejum
*
Recomendado, mas beber bastantes líquidos.
1 dia, a fruta.
O PADRE KNEW RECOMEM4
- Afusões seguidas de fricções frescas totais, 2 ou 4 vezes por dia.
- Semicúpios frios, curtos, 2 ou 3 vezes ao dia (se o doente estiver
rte . -Se houver febre: banhos mornos, 1 ou 2 vezes ao dia.
CONSELHOS
Quando houver melhoria do estado de saúde:
- Endurecimentos, andar de pés descalços na erva húmida, dentro
de água.
- Afusões frescas: dos braços, das coxas e fulgurantes.
Nervosismo
O
nervosismo manifesta-se por uma excitabilidade fácil, por empolgamentos seguidos de
fraqueza, de queixumes, de soluços, de medos frequentes, de palpitações, de insônia, de
transpiração excessiva, de tremores, de vertigens, de cãibras, etc.
Ver eventualmente Ansiedade (p. 236), Depressão nervosa (p. 357).
474
Nervosismo
0m90i
os * Erva-cIdroín? @ Valeriana
- Gamomíla - Erva-de-São-joão - Aspérula
1 a 2 drageias por dia.
ou Infusão* Erva cídrelra + V.71erla17.7 + Camomíl27 + Erva-de-são- @íóãó + Aspórula
Infusão: misturar as plantas e deitar 20 g da mistura em 1 litro de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante
15 minutos. Beber 2 chávenas por dia.
ó/O~ OSSOMISIS M.717jer017.7
3 gotas, 3 vezes ao dia. /_ a Vanda Em instilação num difusor de aromas: algumas gotas de
essência de lavanda nos quartos ou, alternativamente, algumas gotas num prato, dissolvidas
em álcool, diluídas no dobro de água.
8317h05 @@3 Ervg-cldreír& ffioffias)
Infusão de 100 g de folhas de erva-clidreira em 2 litros de água a ferver. Deixar em infusão
durante 30 minutos. Acrescentar à água do banho. Duração do banho: 15 a 20 minutos.
* Banhos dos pés alternadamente
com banhos de braços, com uma decocção de:
Erva cídr&ira + Lavanda L ouro
* 2 pitadas de cada planta para
meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e acrescentar a 4 ou 5 litros de água.
* Duração do banho: 10 a 20 minutos.
* Terminar com afusôes frescas.
ÁRanhos de assenio*
* Banhos de assento quentes com
um cântaro de vapor nos pés (ou banho quente de pés).
* Duração do banho: 15 a 20 minutos.
* Terminar com um banho de
assento frio, curto.
Quando houver melhoria:
* Banhos de assento frios.
* Ou banhos de assento com fricçôes.
* Todos os dias.
Lo vagem
* Morna, com uma infusão de
carnomila em meio litro de água:
10 cabeças de camomila, ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Conservar durante 20 minutos. @w
uma fricção fresca.
475
89/7/105 de voPor3 vezes por semana, seguidos de
Nervosismo
Duches o ?fusões *
Dos braços e da cabeça, alternando com as coxas, 3 vezes por semana. No início estas afusões
podem ser feitas mornas, e depois a temperatura será progressivamente diminuída.
Aliffiel~ão
Alimentação sóbria. Mastigar bem os alimentos. Contra-indicações: todos os excessos e os
alimentos excitantes tais como café, chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja,
mostarda, maionese, charcutaria, pratos com molhos, enchidos, salmoura, pastelaria, etc.
- Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, trigo, arroz,
cevada, trigo sarraceno, nozes, amendoins, beterraba, aveia, saladas (alface), espargos,
couves, cebolas, cerejas, peras, tâmaras, figos, legumes secos, ananás, tomates, espinafres,
toranjas, alperces, mel, salsa, etc.
M Jeju/n
*
É uma excelente terapêutica:
1 dia por semana.
1 dia, a fruta.
ERArAMENAOS KNEIPP
Durante 4 semanas:
- Loção total diária.
- 3 semicúpios curtos por semana. -Afusões das coxas. -Andar dentro de água (pode ser feito
numa banheira), de 30
segundos a 5 minutos. Para as pessoas vigorosas: -Cinturão de Neptuno molhado em água
fresca com vinagre: 3
vezes por semana.
- Infusão de absinto: 2 ou 3 pitadas de planta para 1 chávena de
água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por
dia.
476
Neurastenia
CONSELHOS
Evitar os ruídos violentos, o stress, a música demasiado alta e síncopada, as luzes vivas, as
contrariedades, as discussões, etc. Fazer exercícios iFisicos moderados. Praticar actividades de
lazer, de acordo com as preferências pessoais: jardinagem, bricolage, pesca, modelagem, etc.
Exercícios respiratórios diários seguidos de relaxamento. Eventualmente reeducação
respiratória, halha-yoga (ver p. 137). Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 132).
PARA ACALMAR UMA CRISE DE NERVOS
Infu., 9 @ fo * Camomila, ou Erv.7-cídrelra, ou Valeríana, ou Tíl1.7
2 ou 3 pitadas para 1 chávena. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10
minutos.
- Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Um duche quente, seguido de um duche frio.
Neurastenia
V
er Ansiedade (p. 236), Depressão nervosa (p. 3 57), Nervosismo (p. 474) etc. Para os
conselhos gerais, ver Depressão nervosa.
Infus#o * ArtemIsía
Erva-cídreir.7 LdranjeIm
Váleriana + TIlía
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 15 minutos.
477
NevraIgia
Nevralgia
A
nevralgia manifesta-se por dores frequentes e difusas, seguidas de intervalos sem dor, e em
seguida voltam novos acessos de dor. Pode provocar tremores musculares involuntários. As
mais frequentes são as dores faciais, no pescoço, no occipício, nos braços, no peito, nas
costas, no cóccix, nas ancas.
É necessário, se possível, identificar as causas.
Ver também: Dores (p. 369), Lombalgias (p. 455), Enxaqueca (p. 377), Reumatismos (p. 538),
etc.
D~61
ws * @@jjI Harpagéfito
2 drageias, 3 vezes ao dia.
ou /~ão HarpagófIto
3 pitadas da planta para 1 chávena de água. Ferver em lume brando durante 10 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
Ralnha-dos-prados
Também tem propriedades antálgicas.
3 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Em aplicação externa: óleo de erva-desão-João do Dr. Chomel: para meio litro de azeite (ou óleo de amèndoa"oces),
30 g de erva-de-são-joâo e 20 cabeças de camomila. Deixar macerar durante 8 dias ao sol.
Filtrar. Fazer penetrar a preparação por meio de massagens suaves. Para acelerar a
preparação, aquecer a mistura em banho-maria durante 20 minutos.
AlIMOMOÇOO *
Contra-indicações: todos os excitantes: álcool, vinho, cerveja, especiarias, que favorecem o
aparecimento das dores e excitam a sensibilidade. Alimentos privilegiados: alimentação sóbria
e simples: legumes e fruta fresca.
JOJU117
Sedativo, alivia as dores.
1 dia, a fruta.
478
Obesidade
rRA M MEN 7 OS KNEW
- Camisa de “flores de feno”, 2 vezes por semana.
- Afusões mornas e suaves, seguidas de loções e de fricções.
DE A COMO COM O DR. BILZ
Todas as nevralgias se acalmam com compressas de vapor, seguidas de banhos a 301360 C.
- De manhã e à tarde, uma loção total suave e morna.
- Banhos de vapor seguidos de um envolvimento das partes doentes. -Banhos de vapor dos pés
e das mãos, de 20 a 30 minutos,
alternando com banhos de vapor na cama. Aplicar uma compressa húmida no baixo-ventre
(duração: 1 a 2 horas) seguida de fricções e de massagem suave do ventre e do baixo-ventre,
dos braços e das pernas. N.B.: Assinala-se que os exercícios respiratórios acompanhados de
relaxamento produzem calma e descontracção. Praticar várias vezes ao dia.
CONSELHOS
-Exercícios físicos moderados.
Obesidade
A sua origem tem vários factores
A massa de gordura e o desenvolvimento excessivo de sobrecargas ponderais no corpo
decorrem em primeiro lugar do excesso de comida, que não permite, por esta razão, a
eliminação do excedente que se transforma em gordura.
479
Obesidade
Modifique os seus hábitos alimentares
A transformação dos nossos hábitos alimentares tem por objectivo fazer de nós potenciais
obesos. Esta doenç a encontra-se em todas as camadas da sociedade, independentemente das
origens étnicas.
Pensar que se pode emagrecer sem alterar os hábitos é um contra-senso. Todos os médicos
milagrosos que propõem tratamentos que “funcionam” sem, fundamentalmente, agirem no
comportamento alimentar, têm por único objectivo lançar o “isco” aos tolos para lhes ficarem
com
o dinheiro.
Os excessos de peso são nocivos: predispõem a inúmeras perturbações e doenças tais como a
diabetes, o colesterol, as hemorróidas, as varizes, os reumatismos, as doenças cardiovascu
lares, o cancro, etc.
Faça um balanço
Perder peso é um processo que consiste em primeiro lugar em tomar consciência do nosso
estado. É importante conhecermo-nos bem e desta forma identificarmos os agentes
responsáveis destas sobrecargas.
A primeira abordagem consiste, portanto, em fazer um balanço. Um meio muito eficaz é anotar
sistematicamente, durante cerca de 15 dias, tudo o que comemos, sem alterar os nossos
hábitos. Deve-se anotar tudo: desde a pequena guloseima que se consome maquinalmente até
ao depenicar de vários alimentos, pequenos copos de sumo de fruta, álcool, açúcar, etc. As
bebidas também devem ser anotadas neste repertório. Para aperfeiçoar esta técnica, pode-se
também anotar o dia e a hora.
Este método pode parecer fastidioso à primeira vista, mas é muito eficaz pois permite ver
muito rapidamente a quantidade de alimentos ingeridos ao longo do dia e, por conseguinte,
intervir sem brusquidão e
progressivamente sobre alguns dos nossos maus hábitos.
Neste repertório podemos também anotar o nosso peso, as nossas medidas, as nossas
alterações e os nossos progressos.
Tenha cuidado com o stress...
Mas existem outros factores que podem condicionar a ingestão de alimentos. Com efeito, o
nervosismo, a educação, etc. podem ser factores indirectos da obesidade.
480
Obesidade
e com as misturas
As misturas alimentares e as más combinações de alimentos são também responsáveis por
uma má assimilação (comer pratos com molhos, cozinhados com manteiga, misturar muitos
alimentos na mesma refeição, etc.).
Não salte refeições
Saltar uma refeição sem alterar os hábitos alimentares não serve de muito. A eliminação não
tem tempo de se fazer, e o pouco peso perdido é automaticamente retomado na refeição
seguinte.
Obesidade inata e obesidade adquirida
A obesidade pode ser inata - família obesa (raro), ou adquirida, que é a mais vulgar.
A nossa sociedade favorece as relações alimentos = satisfação; alimentos = recompensa;
alimentos = felicidade; alimentos = saúde. Este tipo de fenômeno observa-se desde a mais
tenra infância: a guloseima-recompensa oferecida à criança de forma sistemática é o primeiro
passo que predispõe a uma obesidade futura e à dependência do açúcar.
Mude os seus hábitos
O problema que tem de ser resolvido é o da sensação de fome que sentimos quando se
aproxima a hora das refeições. A fome é teoricamente uma campainha de alarme que nos avisa
que o nosso corpo está a exigir que as reservas gastas sejam reconstituídas. Mas esta definição
é teórica porque a fome que sentimos não tem estritamente nada a ver com as
nossas necessidades reais. Ela é apenas desencadeada pelos nossos hábitos alimentares.
O refúgio, o reconforto e a segurança que procuramos nos alimentos é um processo idêntico ao
que se pode encontrar no tabaco, no álcool ou na droga. O processo é semelhante, só muda o
suporte de dependência.
Para emagrecer só deve contar consigo
A tomada de consciência é, portanto, a primeira coisa que podemos fazer e que nos pode
conduzir a alterar progressivamente os erros que datam, por vezes, de vários anos.
481
Obesidade
Mas voltemos à nossa agenda: deve consultá-la frequentemente para tomar notas. Para se
motivar, peça que lhe tirem uma fotografia de frente, de perfil e em fato de banho. Observe
estas fotografias e imagine a sua
futura transformação, a silhueta que terá com alguns quilos a menos.
Depois, quando tiver começado a transformar os seus hábitos alimentares, olhe para essas
fotografias, compare e anime-se.
Saiba que todos os programas de emagrecimento são tão eficazes como
decepcionantes. Por paradoxal que possa parecer, o êxito ou a derrota só dependem de si.
Ver também Prisão de ventre (p. 522), Colesterol (p. 321), Diabetes (p. 361), Nervosismo (p.
474), Tabagismo (p. 572).
@
Infu
u#o Erw-cidroIra - Espinheiro-alvar - Verbena - Camomíl27
2 pitadas de cada planta para
1 litro de água. Ferver durante
1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos.
Se estiver ansioso(a) ou nervoso(a)
- Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
óleos
essenci
oÁs
Tíntura de Lavanda
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Nos casos mais severos, se não conseguir deixar de comer aquilo
de que gosta
o ,woi
ws * Sabugueiro - Cavalinha Fucus VOS/CU/Osas
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Alternadamente, dia sim dia não, com:
Vínha Vírgem - Bétul.7 OrtOS1f017
2 drageias por dia.
OU IMUS#O SabUgUeIrO + Ca Val11717a + Bétula + OrtosIfon + VInha- Vilgem
1 pitada de cada planta para 1
litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 a 5
chávenas por dia.
ó~
1 imão
3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Alternando, dia sim dia não, com:
Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia. E também:
Uva-oa-américa
O pó da raiz, em infusão ou tintura-mãe.
482
Obesidade
- 2 pitadas de pó de raiz para 1
chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
80/71,05*
* Banhos quentes com uma mistura de algas marinhas (que se podem comprar prontas a usar
nas lojas de dietética ou nas farmácias) 3 vezes por semana, seguidos de um duche fresco e de
uma fricção vigorosa.
Lé~gen7 *
* Com uma infusão de camornila,
de preferência de manhã.
* 10 cabeças de camomila para
meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Fazer a lavagem com uma “pêra”
e conservar durante 20 minutos.
0017hos de 055017t0 *
* Devem ser tomados mornos com
massagem do baixo-ventre.
SO/7/705 dO V0~ *
2 vezes por semana, seguidos de um duche fresco e de uma fricção vigorosa. @9
de NOPN170
MIMUI*O
Morno (aproximadamente 250 C), conservar durante 1 a 2 horas, se for suportável.
2 ou 3 vezes por semana.
Duchos e vfusies *
Devem ser diários, das coxas e do baixo-ventre.
AIAMO1M00o *
- Como complemento alimentar: óleo de onagra (em cápsulas): 4
a 6 por dia, durante 1 mês. Repetir de 3 em 3 meses.
* Evitar: sal e açúcar, pastelaria,
bebidas doces, maionese, enchidos, pratos com molhos, charcutaria, gorduras animais.
* Diminuir o consumo de manteiga, compotas, carnes gordas, porco (incluindo o presunto),
aves, pato, peru, salsichas, rins, salmão, arenques, sardinhas em óleo, queijos, farináceos,
legumes secos, pratos apurados, fritos, produtos lácteos, etc.
* Alimentos privilegiados: todos
os frutos frescos: toranjas, ananás, laranjas, limões, maçãs, peras, pêssegos, framboesas,
groselhas, cerejas, e também couve, chucrute (sem os acompanhamentos), batatas cozidas,
tomates, beterrabas, espinafres, espargos, cenouras, alhos-porros, etc.
* O chá, l'YÚnanI’ de China favorece a eliminação das gorduras.
JOJUJ77
Se praticado 1 ou 2 dias por semana, é desintoxicante. Beber bastante água (Mont Rouscous ou
Volvic)
483
Odores
OS CONSELHOS 00 PROF ÁRILZ
Antes de mais abstenha-se de bebidas espirituosas: vinhos, cervejas, álcool, licores, bem como
de manteiga, gorduras, toucinho, ó o, carnes gordas, natas, alimentos farináceos, açúcar, sal
pastelarias.
CONSELHOS
Exercícios risicos diários. Fazer, conforme os gostos: passeios,footing, bicicleta, natação, etc.
Automassagem depois dos banhos.
Odores
P
ara os maus odores libertados pela transpiração corporal, das axilas, dos pés, etc., mantenha
uma higiene corporal conveniente. Vigie especialmente a sua alimentação: evite as
charcutarias, os excessos de sal e de açúcar, etc.
Ver eventualmente Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
Aplique o desodorizante seguinte: * 50 ci de álcool ao qual se acrescentam 50 gotas de
essência de IIrnÁo, 10 gotas de patchuli, 10 gotas de sãndalo. Misturar com água em partes
iguais. * Em loção ou vaporização, 1 vez ao dia.
ÁRN17h05 £0 OSSOMO *
Diários, frios, ou banhos de assento com fricções.
ÁRRI71;05 dO VZ~r
2 ou 3 vezes por semana.
‘è':ó
Afusões diárias dos braços e das pernas, alternadamente, dia sim dia não. Afusão fulgurante.
484
Olhos (inflamação) - Oftalmia
Olhos (inflamação) - Oftalmia
C
aracteriza-se por vermelhidão, tumescências e, de manhã ao acordar, pelas pálpebras coladas,
secreção de lágrimas, uma sensibilidade ex- cessiva à luz e vermelhidão do globo ocular.
Vigilância médica indispensável, em particular nas oftalmias purulentas.
Para a aplicação de diversas formas de tratamento, ver Conjuntivite (p. 333).
Recoltas fitotolwpâutlcos
Algumas plantas podem ser utilizadas como colírio:
cainom11.7 Bi-edo - Trevo-coroa-de-rei.
- MaIV.7 - QU&lidól71.7
* 10 g de 1 das plantas para meio
litro de água. Ferver durante
1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. * Colocar 2 ou 3 gotas, 3 ou 4 vezes ao dia.
CONSELHOS GERAIS DO PROF. BILZ
Para os doentes dos olhos, uma alimentação não excitante, cuidados rigorosos com a pele,
fricções diárias, banhos, afusões, etc., são úteis. Para conservar uma boa visão e melhorá-la,
devem praticar-se lavagens de olhos todos os dias, de manhã e à noite. Fazem-se unicamente
com água e devem durar de 1 a 2 minutos. * 3 a 5 banhos de 200C para os pr»bitas. * Para os
míop«: 25OC.
Estes banhos devem ser seguidos de um repouso de 5 a 10 minutos, com os olhos fechados.
Evitar a exaustã o física e intelectual, as luzes insuficientes ou demasiado fortes, a passagem
brusca da obscuridade para a luz. Andar frequentemente ao ar livre: nas planícies verdejantes,
nos bosques, etc. Massagem no pescoço, na nuca, nos ombros e nas têmporas.
485
Osteoporose
Osteoporose
v
r Descalcificação - Desmineralização (p. 360).
Os riscos para a mulher e para o homem
São inegáveis os riscos de fracturas na mulher, na menopausa, devidas à osteoporose.
Considera-se geralmente que 1 mulher em 4 pode ser
afectada de descalcificação associada às alterações hormonais.
A medicina alopática propõe exames da densidade óssea de modo a determinar as eventuais
perdas ósseas e a avaliar os riscos de fracturas. As medidas terapêuticas propostas comportam
estrogéneos e, por vezes, progestativos bem como o consumo de cálcio, etc.
Mas esta terapia hormonal não está isenta de inconvenientes. Certos investigadores pensam
que poderia mesmo favorecer o aparecimento de
certos cancros.
Considera-se geralmente que a osteoporose é acentuada por diversos factores: o álcool, o
tabaco, a ausência de actividades físicas. Além disso, o consumo de certas substâncias
medicamentosas tais como a cortisona, as hormonas tiroidianas, etc., favorecem também a sua
ocorrência. O factor genético pode também influenciar esta patologia.
A osteoporose atinge principalmente as mulheres, mas os homens também podem ser
atingidos, particularmente os diabéticos e os doentes com insuficiência renal.
Ela é também responsável, independentemente das fracturas frequentes, por uma compressão
vertebral.
Questionar os efeitos dos produtos lácteos
Os partidários das medicinas alternativas questionam, cada vez mais, os produtos lácteos como
meio preventivo da osteoporose: apesar do consumo importante deste tipo de produtos e
subprodutos, esta patologia não está de modo algum em regressão.
Os comentários do Prof Kervran sobre este assunto são edificantes. Ele considera que a perda
de silício é responsável pela desmineralização
486
Osteoporose
e que o tratamento da artrose deve associar o magnésio sob a forma de cloreto ou de
carbonato, de silício e de carbonato de potássio. Para o
Prof. Kervran, estes produtos são susceptíveis de fazer regredir a osteoporose.
Terapêuticas de acompanhamento
- A osteopatia, a quiroprática, a acupunctura, a mesoterapia, a
electroterapia (de Võll), a moraterapia.
- A estimulação eléctrica tem, muitas vezes, resultados interessantes
no aspecto de atenuar e suprimir as dores.
- A homeopatia utiliza em particular: Acte racemosa, Bryona,
Camomilla, Hypericum, Thuya, Sepium, em diluições que variam de
5 a 15 CH.
DIw9010.9 * Cássís - cavalín17.1 - Urtiga
- Raínha-dos-prados
2 drageias de cada por dia, por períodos de 3 semanas. Fazer várias vezes ao ano.
OU IMUSfO * Cássis + Cávalínha + Urtiga @@ * Raínha-dos-prados
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, antes das refeições.
ó10OS OSSOMARIS
Bétula
1 gota, 1 a 3 vezes ao dia.
O u -.
1 ímão
2 gotas, 2 vezes ao dia. @@3
ÁRIMIOS *
Banhos quentes com uma mistura de algas (Fucus vesiculosus), de cavalinha e de urtiga,
seguidos de fricções frescas. * 20 g de cada planta para 2 litros de água. Ferver durante 5
minutos e deixar em infusão durante
20 minutos. Filtrar e acrescentar à água do banho.
08/717OS de OSSOIMO
* Banhos de assento frios. * 2 ou 3 por semana.
88/7/705 £f0 V8POr *
1 ou 2 por semana, seguidos de loções frescas.
487
Osteoporose
DUCI1OS O.Ofusão.9 *
Frescas das pernas e das costas, várias vezes por semana. [@1
A.TIm.I~1.7 Ch117050
raiZ o& CffithUla OffiCinalíS
Decocção de 10 g por litro de água. Deixar repousar meia hora. Tomar 2 chávenas por dia
durante 1 mês. Repetir várias vezes.
ROCOM95 lf fitoffimpêutICOS
Bambu-ce-labas171r
- O extracto de bambu, comercializado sob o nome de bambullex, foi elaborado na Alemanha
pelo Prof. Hauschka. Ele age a vários níveis graças à sua composição: harpagófito, cássis e
bambu-de-tabashir. Este produto existe nas farmácias e nas lojas de dietética especializadas.
As outras plantas:
Urtiga Luzerna sementes de Abóbora, Consoldamaior Alecrim Salva
10 g de uma das plantas para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
GOMOtOMPI-O Aiw127-verme117.7, Fruto da SI/V.7 Sequ01.7 cassis
Esta preparação é feita em farmácia. Toma-se, à razão de 30 gotas por dia, num pouco de
água, durante 3 semanas. Repetir 4 ou 5 vezes por ano.
AllInOIMOÇAO
É um factor essencial:
* Evitar: doces, pastelaria, álcool,
produtos refinados, charcutaria, gorduras animais, manteiga cozinhada, fritos, pratos com
molhos, chá, café, chocolate, vinho (pode ser tomado em doses moderadas), cerveja.
* Alimentos privilegiados: cássis,
salsa, dente-de-leão, saladas verdes (ricas em magnésio), couve, cenouras, aipos, cereais
integrais, trigo, arroz, alperces, castanhas, fruta fresca e seca, maçãs, peras, óleo de sementes
de abóbora.
488
Otalgia
RECEIM REMINERALIZANAE
Esta receita é citada por inúmeros autores. Tem principalmente uma
acção remineralizante e prepara-se da seguinte maneira:
- Arranje uma casca de ovo, de preferência biológico. Depois de lhe
retirar as aderências do interior, reduza-a a pó, esprema 2 limões e deixe toda a noite a casca
moída dentro do sumo de limão: esta dissolve-se.
- Tomar 2 colheres, de sopa, por dia, se possível em jejum ou antes
das refeições, durante 8 dias. Pare durante 4 dias e recomece. Pode fazer-se a mesma
preparação utilizando vinagre de cidra: o
tempo de dissolução e a posologia são idênticos.
CONSELHOS
- Não desleixar: a actividade física que deve ser praticada de forma
contínua; os seus efeitos para combater e atrasar o aparecimento da osteop(,rose são
inegáveis. -Andar de pé s descalços na erva húmida.
- Relaxamento (ver p. 139).
Otalgia
D
ores no ouvido, que podem ocorrer sem inflamação e ser um sintoma
de diversas afecções: reumatismos, gota, doenças nervosas, resfriamentos.
Aplicar os tratamentos para a Papeira (p. 495).
489
Otite
3 RECEMAS Ü7 EIS
A parietãrla em decocção em azeite: 30 g de planta para 200 ml de azeite (’15 de litro). Deixar
macerar durante cerca de 10 dias. Filtrar e deitar algumas gotas amornadas no ouvido, 2 ou 3
vezes ao dia; ou em óleo de amêndoas-doces e em instilação no ouvido: alivia a dor. As folhas
de nogueira fervidas em vinagre, aplicadas no ouvido ou atrás da orelha produzem um alívio
rápido (segundo Chornel):
40 g de folhas para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos (reduzir a 113
aproximadamente) e acrescentar o equivalente em vinagre de boa qualidade. Aplicar em
compressas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Otite
1
nflamação do ouvido externo, médio ou interno, a otite ataca as partes cartilaginosas ou ósseas
e, muitas vezes, também as membranas do tímpano. É acompanhada de dores fortes, de
vómitos, de febre, etc.
Vigilância médica indispensável.
MA7AMEN7OS DO PR. SIÁLZ
- Compressas húmidas e mornas (22 a 250C), que devem ser mudadas quando aquecem e
renovadas até diminuir a inflamação.
- Loções frequentes na região do ouvido, banho morno das orelhas. -À noite: malIlot húmido e
morno, nas pernas e nos pés.
- Lavagens da boca.
490
Ouvidos - Surdez
-Aspiração de água quente pelo nariz.
- Lavagens diárias.
- Em caso de febre: banhos mornos (30OC), esfregando vigorosamente a pele.
RSCEM Ür111
-óleo essencial de oucalipto diluído em óleo de améndoas-docos (5 gotas de óleo essencial para
50 gotas de óleo de amêndoas-doces), por instilação no ouvido, várias vezes ao dia.
Ouvidos - Surdez
r também Zumbidos nos ouvidos (p. 611).
Rece~ fitotempêuticos
A água que escorre das extremidades dos ramos de freixo, queimados, é boa para curar a
surdez. Deitar algumas gotas no ouvido ou num algodão que se coloca no ouvido. A casca de
freixo em decocção teria as mesmas virtudes (Lobel, citado por Chomel): 20 g de casca para 1
litro de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Deitar algumas gotas no ouvido,
2 ou 3 vezes ao dia.
* C. Hoffman aconselha para a
surdez a instilação no ouvido, várias vezes ao fia, de algumas gotas de infusão de cardo-bento:
20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante dois minutos e deixar em infusão durante
10 minutos.
* Deitar algumas gotas no ouvido, 2 ou 3 vezes ao dia.
491
Palpitações Papeira Paralisias
Parasitas
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Alzheimer, Esclerose em placas) Pele
Pernas pesadas Pés Pesadelos - Sono agitado
Picadas de insectos
Pneumonia
Poliartrite Pólipos
Prisão de ventre
Próstata
Prurido
Psoríase
493
Palpitações
Palpitações
M
anifestam-se por um aumento da actividade cardíaca, muitas vezes acompanhada de
dificuldades respiratórias. As causas são inúmeras: excitabilidade anormal, exaustão, medo,
des~ gosto, afecções nervosas, cardíacas, etc.
Diagnóstico médico indispensável.
DM901 Esplnheiro-alvar - V.71erlana
- Erva-cídrelra - Marrolo
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Espinhelro-olvar + Valeriana + Erva-CIdreíra + Marrolo
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e
deixar em infusão durante 10 minutos.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1M5 OSSOnc1.815
Flor de 1.7tanjelr& (Nero11)
1 ou 2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Ou:
Lata/7j&ir8
- 3 gotas, 3 vezes ao dia.
Nos casos agudos ou nos quais a causa está ligada a uma emoção,
um stress, um medo, o abuso do alcool,
de excitantes, de medicamentos, etc.
- Banhos de pés mornos (30-C),
seguidos de afusões frescas dos joelhos.
Nos casos
COMP/M9M8 *
Compressas calmantes. Preparam-se com um pano dobrado e molhado em água quente ou
mais graves
numa infusão de camomila: 10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
494
Papeira
- Aplicar sobre o peito, ao nível do
coração, e na nuca. Assinalamos também:
* Os envolvimentos dos pés e das
barrigas das pernas em panos mornos e húmidos.
ÁLOMOgOM *
* Lavagens frescas: meio litro de
água à temperatura ambiente Fazer a lavagem com uma “pêra e conservar durante cerca de 10
minutos. Renovar 1 vez, se necessário.
* As lavagens mornas com uma
infusão de camornila têm uma acção calmante: 10 cabeças de camomila para meio litro de
água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
- Fazer a lavagem morna de manhã, de preferência em jejum.
,;24
6A
- Duches da nuca, mornos e frescos.
LL@@1@?j1 AI1M017ffiÇãO *
* Deve ser sóbria e ligeira.
* Suprimir todos os excitantes.
L@U Jejum
*
- Cura de fruta fresca.
Papeira
Inflamação epidémica, raramente isolada, das glândulas parótidas. Geralmente ataca as
crianças e caracteriza-se por dificuldade em engolir, em mastigar, dores de cabeça, insônia,
perturbações do apetite e febre ligeira.
Nos adultos podem ocorrer complicações (vigilância médica indispensável).
com
Á@O/OSSOS *
101 Verbasco-br.?nco + Altela +
Verbena + Feno-grego
- Decocção: 2 pitadas de cada
planta para meio litro de água.
Ferver em lume brando durante
20 minutos. Aplicar em compressas atrás das orelhas. Repetir várias vezes ao dia.
495
Paralisias
ILOVOgOIM *
Lavagens mornas, todos os dias. @w
ÁRY17hos de vapor *
Com aplicação de compressas quentes no pescoço, seguidas
de fricções mornas (250C). Fazer todos os dias.
no AliMOIMOÇão
Alimentação ligeira, não excitante. Ar fresco.
Contra a inflamação da garganta
Ver eventualmente Anginas (p. 236).
compressos *
Compressas mornas no pescoço com envolvimentos húmidos e quentes das pernas e dos pés,
seguidos de uma fricção total morna.
- 1 ou 2 vezes ao dia.
F*11 .4111melMoçOo
Alimentos privilegiados: fruta e legumes frescos, germe de trigo, agrião, soja, azeite, couve,
limões, laranjas, toranjas, etc.
RECEM Ü 7 X
- Raizes de labaça fervidas em vinho e aplicadas atrás da orelha,
em compressas, aliviam as dores.
Paralísias
P
erturbações dos movimentos que podem surgir subitamente ou progressivamente. As causas de
uma paralisia são variadas: rutura de um vaso sanguíneo, comoção, inflamação, tumores,
emoções, hipertensão, colesterol, diabetes, obesidade.
496
Paralisias
- Se a causa for de origem cerebral, a paralisia atinge a metade do corpo oposta ao hemisfério
cerebral doente (hemiplegia).
- Se a causa for uma doença da medula espinal, as partes do corpo situadas abaixo do local
doente ficam paralisadas, parcial ou totalmente.
- Se a origem for muscular, a paralisia afecta sobretudo uma região específica, geralmente
próxima da afecçã o. Surge no seguimento de um
resfriamento, de exaustão, de abuso de substâncias tóxicas, etc.
Vigilância médica indispensável.
D/w901
w.9 * Príma vera - Cardarnomo
- BetónIca - (Brióní.?, sob receita médica)
- 2 drageias de cada, 1 vez ao
dia.
OU Prímavera + Cárvamomo + Betóníw
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos.
- Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. As plantas seguintes têm uma acção favorável sobre as
paralisias:
peónía - Mía - vísco de Carva117o (sob receita médica) - Salva - Lavanda
- Louro
20 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão 10
minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
~ essenciflis é
2 gotas, 2 vezes ao dia.
ZIMbro
3 gotas, 2 vezes ao dia.
Nas sequelas das paralisias da lingua, com dificuldade
de elocução
Álcool a 900 + 10% de essência Licor de Erva-uma
de erva-ursa. (Faraceiso)
Tomar 10 a 30 gotas, 2 ou 3 vePode-se preparar da seguinte maneira:
zes ao dia, num pouco de água.
Para as paralisias musculares
FrIc~ o In-Os~gen-9
Fricções mornas frequentes (25OC) nas partes atingidas.
* Compressas mornas.
* Massagens, ginástica médica,
etc.
* Com óleo de erva-d~>João (Chomel): 30 g de erviiii-d~>
497
Paralisias
-João e 20 cabeças de camomila para meio litro de azeite.
* Deixar macerar durante 8 dias e
filtrar.
* Para acelerar a preparação,
aquecer a mistura em banho-maria durante 20 minutos e em seguida filtrar.
* Aplica-se em fricções, 1 ou 2
vezes ao dia.
8017hOS dO V0POr *
Banhos de vapor 3 vezes por semana, seguidos de fricções.
L@@'J MIMUI*O dO NOptUnO
- Aconselhado.
AlIMOIMOÇãO
Vigilância geral da alimentação. Contra-indicações: todos os abusos, as sobrecargas
alimentares, todos os excitantes (café, chá, chocolate, álcool, tabaco), carnes gordas,
charcutaria, crustáceos, alimentos pesados e indigestos, queijos fortes, especiarias, maionese,
pastelaria, excesso de açúcar, de sal, peixes gordos: carapau, arenque, sardinha, salmão,
atum, etc. Alimentos privilegiados: couve, chucrute (sem os acompanhamentos), legumes,
saladas, fruta fresca, etc.
jejum
Cura de fruta fresca.
KNEW ACONSELHA
Banhos de vapor. Aplicações de compressas quentes de feno-grego em decocção:
40 g para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
Aplicar em compressa durante 20 a
30 minutos. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia. Afusões frias superiores, alternando:
* com afusões dos joelhos e das coxas;
* com uma camisa de “flores de feno”. Logo que sudam melhoras:
- Semicúpio frio e curto (alguns segundos).
498
Parasitas
Parasitas.
S
ão organismos que crescem, vivem e se desenvolvem no corpo do homem: ácaros, oxiúros
vermiculares, bicha-solitária, triquinose, etc. Em todos os casos observe uma higiene corporal
rigorosa: lave as
partes sexuais e anais, escove as unhas, desinfecte a roupa de cama. Afaste
os cães e os gatos.
DM901
485 * Gravo-de-dofunto - Fraxínoa
- Tasneira - AbsInto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Gravo-de-dofunto -k Fraxínea + T27sneira + Absínto
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 chávenas por dia.
2jJ, ó10~ esse/ICIBIS
EucalIpto
2 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Tuiã
3 gotas, 2 vezes ao dia (sob receita médica).
LSWVO/75 *
Ferver meio litro de leite com 5 ou 6 dentes de alho esmagado. Fazer a lavagem de manhã, em
jejum.
Abóbora ou Abóbora-monIna
30 g de sementes. Retirar a casca das sementes, que se misturam a uma parte igual de açúcar
de cana. Faz-se em seguida uma pasta à qual se pode acrescentar um pouco de leite.
* Tomar uma pequena porção durante 4 dias.
* Terminar a cura com uma infusão de amieiro-p~.
Absinto
* Ferver absinto (50 g) em 1 litro
de leite com alguns dentes de alho.
* Fazer cataplasmas e aplicar no
ventre, à noite ao deitar. Antigamente este método era sobretudo utilizado para as crianças.
Figueíra
O látex desta árvore é um excelente vermífugo. Colhe-se na Primavera fazendo uma incisão no
tronco. Conserva-se em frascos de vidro. Utilizar algumas gotas (5 a 10), diluídas num pouco
de água. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
499
Parasitas
* Se for aplicado imediatamente
após uma picada de abelha, atenua os seus efeitos.
* Também ajuda a extirpar os calos e as durezas.
I- IquídâMbal* A resina do tronco foi antigamente utilizada (sobretudo na medicina árabe) para fazer
pomadas a ntipa rasitá rias, especialmente contra a sarna.
* Depois da extracção, este líquído
utiliza-se em fricções e combate eficazmente os parasitas, os piolhos, por exemplo.
Quássia
* Esta planta tem o nome de um
escravo negro que a utilizou pela primeira vez. É também um insecticida natural e estimula as
secreções gástricas e biliares. A planta toma-se em infusão, à razão de 1 ou 2 pitadas para 1
chávena de água. Ferver durante
1 minuto. Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
RomanzeIr.7
A raiz tem uma acção paralisante sobre a ténia.
30 g de casca da raiz em meio litro de água. Deixar macerar durante 24 horas e aquecer a uma
temperatura baixa. Após 20 minutos aumentar a temperatura e deixar ferver até ficar reduzido
a metade. Dividir em 3 doses, que devem ser tomadas ao longo do dia, acompanhadas de um
purgante.
Esta decocção (muito simples) é também eficaz contra as amibas.
santolina
3 g de sementes de santolina, misturadas com 1 colher, de sopa, de mel, 1 vez ao dia.
pam 4? bICÃO 5011M1A1 gaenla ou M171.a).IMU5,10 * :01:1 Sá-nentes de abóbon? (pevldes)
40 g de sementes para 1 litro de água. Ferver durante 4 minutos e deixar em infusão durante
15 minutos. Beber 3 chávenas por dia.
AMIRMMOÇOO
* A alimentação deve ser sóbria.
* Contra-indicações: carnes de
porco, de cavalo, carnes vermelhas, charcutaria. Comer apenas carnes cozidas, muito bem
passadas. Lavar cuidadosamente todos os legumes.
* Alimentoai privilegiados: alho a
todas as refeições, laranjas, limões, couve, chucrute, grão-de-bico, abóbora, cenoura crua,
salsa, rábano, batatas, óleo de nozes, ameixas.
jejum
*
Acompanhado de lavagens intestinais: dá bons resultados.
500
Parasitas
REmÉmo FAmoso coNrRA A alcHA-sourÁRiA
Durante muito tempo o remédio mais popular contra a bicha-solitária foi o fét<>rnacho.
Segundo o livro do Dr. Gilbert, era preparado da seguinte maneira no século xvii:
“A raiz de feto-macho é um medicamento cujas propriedades
foram bem determinadas pelos Antigos e negligenciadas durante muito tempo pelos Modernos.
Foi preciso que um empírico suíço renovasse a utilização do feto contra a bicha-solitária e disso
guardasse segredo, para chamar a atenção do público para as suas virtudes. Um tal Nousser
percorreu toda a Europa e curou uma multidão de pessoas atacadas pela bicha-solitária. A sua
morte não suspendeu a utilização desse remédio. A sua viúva vendeu o segredo ao célebre
Poutau filho, cirurgião genial, que o administrou até à morte com vantagens suficientes que lhe
aumentaram a fortuna e a reputação. Finalmente, a viúva Nousser vendeu o segredo ao
Governo francês, que o publicou em 1775.” Algum tempo antes, a célebre fórmula de
Henrrenfchward tinha também sido divulgada. Verificou-se, também então, que estes dois
remédios célebres eram conhecidos de Galiano e de Andri, que tinha publicado o seu excelente
Traíado da Geração dos Wermes 17o Corpo Hurnano, e m 17 O 1. “A raiz de feto-macho
forneceu purgantes mais ou menos
drásticos a todos os médicos em todos os tempos. Está na base do famoso remédio de Nousser.
Administrada sozinha, à razão de 3 ou 4 dracrnas, é suficiente para matar a bicha-solitária, e a
natureza provoca a sua expulsão alguns dias depois, tal como observámos em três pacientes;
noutros é necessário purgá-los com gorna-guta, escamónia ou a panaceia mercurial. Nousser
preparava as suas fórmulas com 12 sementes de panaceia mercurial, 12 sementes de
escamónia e 5 sementes de gorna-guta; mas várias pessoas sofreram cólicas horríveis e ardor
nas entranhas depois dos efeitos deste terrível purgante. Muitas vezes basta utilizar a
escamónia para expulsar a ténia, na condição de o doente ter tomado durante 8 dias uma
dracrna de raiz de feto.” “As cinzas de fetos fornecem uma grande quantidade de álcali, por
isso servem para lavar a roupa e as loiças. Podem,
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Aizheimer, Escierose em placas)
tal como as cinzas de giesta, ser prescritas a título diurético para a ascite e os edemas. O pó
desta raiz é um excelente curtume para preparar as peles de cabra. As folhas podem servir de
cama para os animais. Se a raiz seca for cortada oblíqua, ela representa, talvez um tanto
obscuramente, a águia imperial.”
N.B.: A raiz de feto só pode ser tomada sob receita médica.
a Parkinson (Doença de),
o Doenças degenerativas (Alzheimer, Esclerose em placas)
A
doença de Parkinson caracteriza-se por tremores, uma diminuição dos movimentos e uma
rigidez dos membros. A responsabilidade é atribuída a uma degenerescência nervosa.
A doença de Alzheimer caracteriza-se por uma atrofia generalizada pré-senil, com aparecimento
de demência progressiva. O doente perde pouco a pouco as suas referências com o mundo
exterior.
A esclerose em placas, por sua vez, consiste numa afecção degenerativa da espinal medula.
Traduz-se por um défice motor, perturbações da sensibilidade, tremores, etc.
A sua causa permanece desconhecida até hoje. Contudo o Dr. Maschi, nos anos 60, já
suspeitava que as poluições eléctricas podiam estar na sua
origem. Mas outros investigadores, entre os quais o Prof. Bill Huggins, põem em causa as
amálgamas dentárias à base de mercúrio neste tipo de patologias e em certos casos de
leucemia. Parece que em certos casos a sua eliminação teria dados resultados significativos
(maiores intervalos entre as crises).
Não conseguimos encontrar nenhum tratamento credível para estas doenças, nem entre os
métodos naturais nem na medicina oficial.
502
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Aizheimer, Escierose em placas)
Os mecanismos das doenças degenerativas do sistema nervoso permanecem obscuros. Em
contrapartida, certos trabalhos parecem demonstrar a importância dos factores ambientais na
gênese destas patologias. Pensamos que estes merecem uma reflexão e novas investigações.
A geografia da esclerose em placas mostra que a frequência da doença progride nos dois
hemisférios. Esta constatação implica a consideração dos factores ambientais.
Assim, a República Checa é um dos países mais atingidos por esta patologia. Os investigadores
checos conseguiram estabelecer uma cartografia da doença e detectar os locais de alto risco
que, tal como a região de Téplice, são os mais poluídos do país. Contudo, é demasiado cedo
para poder pormenorizar todos os factores.
Os investigadores escandinavos tentam demonstrar a relação entre o
aparecimento da doença e a ausência de ácidos gordos não saturados na
alimentação (o que poderia explicar a cartografia desta doença).
R~Itos fitotelopêuticas Béladona
* Dada a toxicidade desta planta,
não fornecemos nenhuma receita.
* Na Bulgária prepara-se um vinho no qual se dissolvem os princípios activos da beladona para
tratar a doença de Parkinson.
* Também é utilizada no tratamento das dores e para aliviar a asma e a tosse convulsa.
* Em solução, é utilizada na oftalmologia para dilatar as pupilas e examinar o fundo do olho.
* Esta planta deve aliás o seu
nome às damas do Renascimento que, para terem um olhar mais brilhante (graças ao
fenómeno de dilatação da pupila), se serviam dela com colírio.
ATENÇÃO1 Esta plante em cortos dosas é muito tõxlca o até mortaliii 56 deve ser tomada sob
receita médica.
* O seu nome latino Atropinum
indica bem a sua toxicidade, porque Atropos, uma das três Parcas era a que presidia ao início e
ao final da vida e lhe cortava o fio.
CordIáli.9
* Experimentou-se e utilizou-se a
cordiália com alguns resultados positivos no tratamento da doença de Parkinson e na paralisia
agitante. ATENÇA01 Esta plante é muito tõxlcal Em cortas doses pode mesmo ser mortal
(paralisia cardíaca ou respiratõrlai 111). Só deve ser tomado sob receita médica.
503
Pele
Pele
V
e eventualmente Alergias (p. 207), Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372), etc . A pele é
composta por três camadas sobrepostas:
* a epiderme
* a derme
* e a membrana gorda A derme é formada por tecidos conjuntivos e celulares, ricos em vasos
sanguíneos e nervos.
As glândulas sudoríparas situam-se, na sua maioria, nas camadas profundas e atingem a
superficie através de uma conduta excretora que permite a eliminação do suor.
As funções da pele têm uma importância capital:
- eliminação dos detritos;
- regulação do calor corporal; - funções endócrinas. A pele possui, além disso, um metabolismo
específico. Nela vivem 70 fermentos que produzem calor e electricidade.
A pele não é um elemento indissociável do nosso organismo. Ela faz parte dele. O seu estado e
a sua flexibilidade são o reflexo do nosso estado de saúde. Assim, uma pele gordurosa, seca ou
macilenta traduzem um estado doentio, abusos, uma má alimentação e uma higiene de vida
inadequada.
Os inimigos da sua pele
*0 álcool
*0 tabaco
*Os abusos alimentares
*As carências
*Os detergentes
*A sedentaridade, a ausência de exercícios fisicos
*A exposição prolongada ao sol, aos raios U.V. (bronzeamento artificial)
*0 abuso da maquilhagem, etc.
504
Pele
Para conservar uma pele flexível, sedosa e saudável
- Afusões mornas, diárias.
- Afusões frescas das coxas e dos braços, alternadamente, seguidas
de afusões do peito (3 vezes por semana). -Banhos de vapor, 3 vezes por semana.
Ágonhos *
Banhos quentes com uma infusão de folhas de:
Noguelra >, Bétula * 3 ou 4 pitadas de cada planta para 2 litros de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Filtrar e misturar com a água do banho. * Este
banho tem propriedades acistringentes e refirmantes.
80171705 dO V0POr *
- 2 vezes por semana, seguidos
de loções e fricções frescas.
n(8
Aliffielitap#O
- A alimentação deve ser sóbria.
Contra-indicações: carnes gordas ou envelhecidas, manteiga cozinhada, charcutaria, caça,
queijos fortes, gruyèi-&, bleu ioqu&fort, mu17ster, cantál, maionese, álcool, tabaco, pastelaria,
doces, chá, café, etc. Alimentos privilegiados: fruta fresca, alperces, pêssegos, ananás, maçãs,
laranjas, limões, cenouras, couves, nabos, alho, salsa, germe de trigo, levedura de cerveja, etc.
jejum
É o método mais eficaz para o rejuvenescimento. Praticar o mais frequentemente possível. Cura
de fruta fresca.
PELE SECA
II@I máscara de argila
Argila verde esmagada (4 a 8 colheres, de sopa) + leite integral (cerca de meio copo) ou
iogurte. Fazer uma mistura untuosa, de fácil aplicação. Acrescentar algumas gotas de essência
de cenoura + patchuli.
1 ou 2 máscaras por semana.
505
Pele
ó/00 d~77.8qUIMOMO
O dO MODUMOÇãO óleo de Germe de trIgo ou
de Amêndoas-doc&s para
1 frasco de so C/ óleo essencial de Cenoura (15 got-?S)1 óleo essencial de Fatc17u4 (10 got9s), óleo essencial de ZIMbro (15 gotas
Utilizar algumas gotas desta mistura num algodão, 1 vez ao dia.
L
56/7h0 dO V8POr L(@JJ d10 ffisto
* Em 2 litros de água a ferver deitar
algumas gotas de essência de cenoura + esséncia de patchuli (previamente diluídas em álcool).
* Colocar o rosto por cima de um
recipiente com água quente e cobrir a cabeça com uma toalha.
* Duração do banho: 10 minutos.
Em seguida passar o rosto por água morna.
* Fazer 2 ou 3 vezes por semana.
PELE OLEOSA
Evitar as maquilhagens.
Máscam deargila
* Argila esmagada verde (4 a 8 colheres de sopa) dissolvida em água morna, de forma a obter
uma pasta untuosa. Acrescentar 3 ou 4 gotas de essência de lavanda + 3 ou 4 gotas de
essência de toranja. * 1 ou 2 vezes por semana.
LOMO OWSMOqUIM.RIMO
Para 3 ou 4 colheres de leite integral ou de iogurte, acrescentar:
ó/00 OSSOnCIal d& IlaVanCa @2goíàs), óléo essencial de Cenoura (2 gotas),
ol&o essenclal de Camornila (3 goiás), óleo essencial de Toranja (3 gotas). Utilizar, de
preferência, à noite.
ó/00 dO M8I7UMI7ÇãO o de pro&~o óleo de grainhas de Uva num
frasco de 50 C/ óleo essencial de Lavanda (15 gotas), óleo essencial de Cenoura (15 gotas),
óleo essencial de Toranja (1,5 got-7s).
Aplica-se com um algodão depois da desmaquilhagem, à noite.
506
Pele
8917h0 dO V8POr @@JJ0 do Msto
Em 2 a 3 litros de água a ferver deitar algumas gotas de essência de lavanda + essência de
Toranja (previamente diluídas em álcool).
- 2 ou 3 vezes por semana.
PELE NORMAL
@@II Ráscalo demVA?
Às 5 a 8 colheres de argila diluída em água morna acrescentar 3 gotas de óleo essencial de
cedro + 3 gotas de óleo essencial de bergamota, previamente diluídas em 2 colheres, de sopa
de óleo de amóndoae-doces: Misturar tudo de modo a obter uma pasta homogénea e untuosa.
Aplicar durante 20 minutos. Passar por água. Este tipo de máscara pode fazer-se 2 ou 3 vezes
por semana.
óleo de M.TI7UM17ÇãO o de ~~
óleo a,& Amênaloas-oloces num frasco o& 50 c1 óleo essencial de Cédro @10 got-9s), óleo
essencial de Limã o (15 gotas),
óleo eSS&nCIal de SalVa (15 goías), óleo essencial de Berpamo1.9 @lo gotas)Este óleo pode
utilizar-se depois da desmaquilhagem, à noite, antes de ir para a cama.
03/7/10 de vapor @w ofo ~to
Em 2 ou 3 litros de água a ferver deitar 2 gotas de óleo essencial de cedro + 2 gotas de óleo
essencial de IlImIlio + 2 gotas de óleo essencial de bergarnota, previamente diluídas num
pouco do álcool a 900 (os óleos essenciais não são hidrossolúveis). Acrescentar à água a ferver.
* Colocar o rosto por cima do recipiente durante alguns minutos (3 a 5), e em seguida passar o
rosto por água fresca.
* Pode fazer 2 ou 3 vezes por semana.
507
Pele
RUGAS
Ver também Queimaduras (p. 534), Velhice (p. 600). Para retardar os efeitos do
envelhecimento da pele e conservar durante o maior tempo possível a juventude e a saúde,
siga os conselhos seguintes:
Aplicação interna
0f89011OS
Fazer curas de 6 a 8 semanas de cápsulas de onagra (4 a 8 por dia) várias vezes por ano.
Alternando com drageias de eleuterococo (6 a 8 por dia).
Alimelit~O
Contra-indicações: evitar todos os abusos, especialmente álcool, cerveja, vinho, café, chá,
excesso de açúcar e derivados, pastelaria, bebidas açucaradas, excesso de sal, charcutaria,
pratos com molhos, manteiga cozinhada, sobrecargas alimentares (a obesidade é um factor de
envelhecimento), carnes gordas, enchidos, fritos.
Aplicação externa H
Máscafã de my/10
Para 5 colheres de argila verde, misturadas com água:
2 a 4 gotas o& óleo &ssoncial do P.71ma rosa
Alirnentos privilegiados: todos os legumes e frutos frescos: alperces, uvas, maçãs, peras,
laranjas, limões, cenouras, couve, ananás, toranjas, salsa, tomates, alho, cebola, germe de
trigo e levedura de cerveja. Corno bebida, beber água.
jejum
* É o meio mais seguro para conservar a juventude. * 1 ou 2 vezes por semana. * 1 dia de
fruta fresca. * Cura de fruta fresca. * Evitar també m os cansaços excessivos e repetidos, o
stress, as contrariedades, etc., e também os abusos de banhos de sol.
3 gotas de óleo essenclal de cenoura,
3 gotas de óleo essencial o& L8ra17j&lra.
Conservar até endurecer. Passar o rosto por água.
508
Pele
A seguinte preparação devolve o
tónus à sua pele:
- Acrescentar a 50 ci de óleo de
gerrno de trigo:
10 gotas de óleo essencíal de Falma-rosa,
15 gotas de ôleo essenci.71 do Cenotira,
20 gotas de ól&o ossenclal de LaranjeíZ.7. Fazer 1 ou 2 aplicações por dia.
MANCHAS - PONTOS NEGROS
~0 Fazer uma loção com uma decocçâo de:
Verónica + Bétula
3 ou 4 pitadas de cada planta
para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão durante meia hora.
- Em aplicação como loção, várias
vezes ao dia.
CICATRIZES
A
c ,em ‘01 Bétula
A casca de bétula, queimada, reduzida a pó e misturada com azeite, faria desaparecer as
cícatrizes (Chomel). Aplicar com um algodão, 1 ou 2 vezes ao dia. Talvez existam outras
receitas, mas não demonstradas. Para esta utilizámos o condicional,
com todas as reservas que isso implica.
óleo de Rosa-moscad27-do-chlle
Este óleo existe à venda nas lojas especializadas. Teria também a propriedade de atenuar as
rugas (e fazê-las desaparecer). Aplicar com um algodão, 1 ou 2 vezes ao dia.
MANCHAS DE NASCENÇA
COMPffissas*
Utilizar a raiz de borragem, da qual se conserva apenas o coração, macerado em vinagre.
Aplicado à noite, em compressas, faria desaparecer as manchas de nascença (receita antiga).
509
Pele
SARDAS
infusão *
A decocção de améndoas-amargas faria desaparecer as sardas: 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 3
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Por via oral: 2 ou 3 chávenas
por dia. * Em loçâo externa: utilizar como desmaquilhante, à noite antes de ir para a cama.
ACÇÃO BENÉFICA DAS PLANTAS NA PELE
As plantas seguintes têm uma acçâo benéfica sobre a pele:
* Madressilva (uso externo).
* Fumãrla (uso interno e externo).
* Labeça (uso externo).
* Persicãrla (uso interno, doenças
da pele).
* Salva (uso interno e externo).
* Escabiosa (uso interno e externo).
* VerõnIca (uso interno e externo).
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Em uso interno: 2 ou 3 chávenas por dia.
* Em uso externo: utilizar como
água desmaquilhante ou em compressas, à noite antes de ir para a cama.
ReceIffis
Amor-perfoito Infusão de 10 g de planta em 1 litro de água a ferver. Deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 2 chávenas por dia. Pode também ser utilizada em banhos
(com folhas de saponãrla e de nogueira) ou se aplicam directamente as folhas em cataplasmas.
A v&ía
Ferver 500 g de palha de aveia em 2 litros de água durante 1 hora e acrescentar à água do
banho. Tomar 2 ou 3 banhos por semana, com uma duração de 10 a
15 minutos.
Sétula-branca
A água de bétula é um líquido que se colhe por entalhes (a cerca de 5 cm de profundidade)
efectuados no tronco da árvore na Primavera. Tomar 1 ou 2 colheres, de sopa, diluídas em
meio copo de água,
1 vez ao dia. Este líquido também é benéfico para o aparelho urinário. Utiliza-se, há muito
tempo, para
sio
Pele
tratar os cálculos biliares.
* Se se deixar fermentar, obtém-se “cerveja” (ou champanhe) de bétula. Esta bebida foi muito
apreciada no passado no Norte da Europa.
Cavalwha-dos-prados
* Infusão de 10 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Cícut.7
* Na medicina grega esta planta
era utilizada em cataplasmas aplicadas nas partes atingidas, para tratar a psoríase e o cancro
da pele. Atenção!! Esta planta é muito tõxlcal Em cortas doses é mesmo mortalili 56 utlikar sob
receita médica.
Espadana-dãguo
* Rizoma: ferver 20 g de planta
em 1 litro de água durante 10 minutos.
* Em caso de eczema crónico e
outras dermatoses, tomar 2 ou
3 chávenas por dia.
* Esta planta é também depurativa e útil no tratamento dos reumatismos.
Gramé?
* Fazer uma infusão: 10 g de
rizoma em 1 litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 20
minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
SálgUOir11717a
* As extremidades das flores (antidiarreicas, hemostáticas), esmagadas e utilizadas sob a
forma de cataplasmas, curam os eczemas e as úlceras varicosas.
Salgueirínha-oli-cInal
* 10 g de raiz em 1 litro de água
fria. Deixar macerar durante 12 horas.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Z~oço
* A decocção serve para tratar as
doenças da pele (também nos animais).
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
20 minutos.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
* Antigamente esta planta era utilizada (misturada com salitre) para pintar os cabelos de louro.
urtiga
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia durante 1 mês.
* (Pode também utilizar-se directamente o sumo obtido de plantas jovens.)
511
Pernas pesadas
HEMATOMAS
COMP~MSà
As seguintes plantas reduzem os hematomas:
Arnica-da-montanha, Tamíolro, Consolda, Erva- ~d&-SãO@JOãO’ casc.1 Ole Mla, sementes de
Lwh@ça
A planta (qualquer uma) deve ser recluzída a pó e misturada com
água muito quente de modo a fazer uma pasta.
* Aplicar nas feridas durante 10 a
20 minutos. Repetir se necessário.
* Uma outra forma de proceder
consiste em fazer uma mistura com argila, de modo a obter uma pasta homogénea.
* Aplicar nas feridas durante 10 a
20 minutos. Repetir se necessário.
04V7M4S RECEITAS AN77M5
* Farinha de fava embebida em água, limpa e elimina as manchas
na pele.
* A raiz de lírio, em decocção, tem as mesmas propriedades.
Pernas pesadas
E
m caso de perturbações prolongadas deve consultar o inédico. As mulheres, mais do que os
homens, são sujeitas a perturbações da circulação sanguínea pois têm, como é suposto, as
pernas frágeis. A responsabilidade incumbe a vários factores: menstruação, menopausa,
gravidez, saltos altos.
Nas pemas são mais especificamente os tomozelos e as barrigas das pernas que dão uma
sensação de peso. Este fenômeno acentua-se com o
calor, o estar de pé, o álcool, o tabaco, a inactividade física e certos medicamentos. Trata-se de
uma afecção da circulação sanguínea que é’ fundamental não negligenciar.
512
Pernas pesadas
Um dos principais mecanismos consiste numa insuficiência venosa: o sangue estagna, a
oxigenação normal não pode efectuar-se, e os músculos tornam-se dolorosos.
A hereditariedade pode ser um dos factores que faz desencadear ou
acentuar este fenômeno. As profissões mais atingidas são as que obrigam a pen-rianecer de pé
por períodos prolongados. Mas outros elementos podem também favorecer o problema: o
aquecimento pelo chão, os banhos de sol prolongados, os banhos demasiado quentes, as
roupas apertadas e a obesidade.
Ver também Fragilidade capilar (p. 408), Flebite (p. 404), Varizes (p. 598), Sangue (p. 549).
01290À ‘85* S.7bUgU&1r0 - G&râ17i0 ei-va-de~são-roberto Hamamélís - S&Iva
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou &?bUgueiro + G&rânío, erva-de-são-roberto + H.9mamélis + S,91va
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia, fora das refeições.
~ OS5017C1,815*
P/@7/50
2 gotas, 3 vezes ao dia. Nos casos sérios:
cípreste
2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia (unicarnente sob receita módica).
Outras plantas: ver Sangue (perturbações da circulação), p. 549. * Cura de cápsulas de óleo de
onagra: 4 por dia, durante
1 mês. Repetir.
N.R~OfiS
* A automassagem das pernas, das barrigas das pernas e dos pés permite aliviar as pernas
cansadas e pesadas. Faça a massagem com óleo de erva-de-são-João do Dr. Chomel, que se
prepara da seguinte maneira: * 30 g de erva-de-são-João para meio litro de azeite (ou de õleo
de amèndoas-doces). Acrescentar 20 cabeças de camomila e deixar macerar durante 8 dias ao
sol ou aquecer a mistura em banho-maria durante 30 minutos para acelerar a preparação.
Deixar repousar 2 dias e filtrar. Misturar em partes iguais com álcool canforado. * Fazer 1 ou 2
massagens por dia.
513
Pernas pesadas
0817h05 dOS ~
Banho dos pés morno com uma decocção de:
Fucus vesiculosus Hamamélís + Vinha-virgem
* 2 pitadas de cada planta para
meio litro de água. Ferver durante 10 minutos. Acrescentar à água do banho.
* Tomar este banho morno durante
5 a 10 minutos. Passar as barrigas das pernas, os pés e os tornozelos por água fria e friccionar.
* Banho dos pés frio (cerca de
10 litros de água num recipiente ao qual se acrescentam cubos de gelo).
* Banho dos pés quentelfrio:
este tipo de banho pode também fazer-se com 2 recipientes: um de água fria e outro de água
quente, alternadamente, o que tem por efeito uma vaso-constrição pelo frio e uma vasodilatação pelo calor. Este banho melhora a circulação e a resistência dos vasos sanguíneos.
* Começa-se por tomar um banho
dos pés quente durante 1 ou 2 minutos, e depois mergulham-se os pés no recipiente com água
fria durante alguns instantes. Recomeça-se esta operação cerca de uma dezena de vezes.
- É preferível fazer este tipo de
banhos à noite, porque, para além da sua acção sobre a circulação sanguínea, também tem
efeitos relaxantes.
Também se podem acrescentar ao recipiente de água quente 4 ou 5 colheres de sopa de sal
marinho grosso não refinado.
08/7/105 dO V8~ *
2 por semana, seguidos de um duche frio e de fricções vigorosas.
AI1M0I7M00
* Evitar: açúcar, excesso de sal,
álcool, vinhos, cerveja, pratos com molhos, charcutaria, enchidos, gorduras animais, manteiga
cozinhada, fritos, chá, café, chocolate, tabaco, queijos fortes.
* Alimentos privilegiados: o alho
é provavelmente um dos melhores remédios para todos os problemas sanguíneos. Deveria
fazer parte da alimentação diária de todos. E também agrião, salsa, erva-benta, escarola,
cebola, beterraba, cenoura, aipo, couve, pepino, funcho, soja. Os óleos vegetais de primeira
pressão a frio e especialmente o azeite, o óleo de girassol, de sésamo, de cártamo, de germe
de trigo e toda a fruta fresca, especialmente laranja, toranja, limão, cá ssis, uvas, etc.
JOJU177
* 1 dia por semana. * Cura de fruta: uvas, alperces, 1 dia por semana.
514
Pés
1 CONSELHOS
Actividades físicas regulares: andar a pé, de bicicleta, natação, etc. Endurecimento: andar de
pés descalços, na Primavera, no orvalho, nas pedras húmidas, à beira dos rios, das correntes
de água, do mar. Dormir com os pés ligeiramente sobreelevados por meio de uma almofada.
Existem também nas farmácias e nas lojas especializadas peúgas, meias ou collants de
manutenção que têm uma acção relaxante. Podem ser usados ocasionalmente mas nunca
permanentemente.
Pés
v
r Entorses, Luxações (p. 376).
PÉS FRIOS
Ver Fragilidade capilar (p. 408), Sangue (p. 549). É sempre sinal de uma circulação sanguínea
perturbada. Se os sintomas persistirem, consulte o médico.
ÁO
wmf ‘75 * H27mamélIs - ZíMbro Tanchagem - AzevInho-pequeno
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Hamomélís -@- Zimbro Tanchagem + Azevínho-pequeno
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, entre as refeições.
ó1M5 055017CI.R.15* CIprosté (sob receita médica)
2 gotas, 3 vezes ao dia.
515
Pés
Alternando, dia sim dia não com:
canela
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁMO17h05 dros pós
Mornos e frios, alternadamente (2 a 5 minutos), seguidos de uma massagem vigorosa dos pés
e das barrigas das pernas. Fazer à noite, de preferência ao deitar.
ÁRanhos d,O vapor *
Dos pés, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de afusões frescas e de fricções vigorosas.
ÁoUches O offisões *
Das coxas, dos joelhos e do baixo-ventre (todos os dias). Fulgurante, 2 ou 3 vezes por semana.
Afusão rectal.
cintUI*O de Noptu170
Envolvimentos húmidos dos pés e das pernas (até aos joelhos),
3 vezes por semana, na condição de aquecerem rapidamente.
AI.1n701m000
Suprimir: tabaco, cozinha pesada, álcool, manteiga cozinhada. Alimentos privilegiados: cebola,
alho, salsa, levedura de cerveja, couve, mirtilos, legumes verdes, cereais, etc.
Jeil/m *
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
-Endurecimento (ver p. 132).
- Exercícios fisicos: andar de pés descalços na areia, na tijoleira, na
erva húmida.
- Os pés frios aquecem rapidamente se ficarmos em pontas dos pés
durante 2 ou 3 minutos, e elevando-nos e abaixando-nos lentamente (repetir estes exercícios
várias vezes seguidas).
516
Pesadelos - Sono agitado
PÉS INCHADOS
Ver Edema (p. 373), Gota (p. 418). Pés inchados depois de uma longa caminhada, cansaço,
etc.
ÁROMIOS *
10 g d& 17or&s dê AbsInto,
10 g do Lavand27,
10 g de Orégãos,
10 g do Tomíl17o (Tl?ymus vulgarís),
10 g de Salva,
10 g de Ale crím,
10 g de Híssopo.
* Deitar estas plantas em 2 litros
de água a ferver e deixar em infusão durante 4 horas.
* Acrescentar 2 litros de vinho tinto
e fazer um banho dos pés com esta mistura quente.
ouches o afusões *
* Das coxas e dos joelhos, de
manhã ao acordar.
* Andar dentro de água ou na erva
húmida.
* Banhos dos pés, mornos e frios,
alternadamente, com uma duração de 3 a 5 minutos. Terminar com uma ligeira massagem com
óleo de amêndoas-doces.
* Fazer à noite, ao deitar.
TRANSPIRAÇÃO EXCESSIVA DOS PÉS
Ver Transpiração (p. 586).
Pesadelos - Sono agitado
S
onhos oprimentes, com uma sensação de peso nos membros e no peito,
acompanhados de uma sensação de incapacidade de movimentação.
O acordar surge como uma libertação. Os pesadelos são, muitas vezes, seguidos de medos,
palpitações, dores de cabeça, dores musculares, exaustão, etc.
517
Pesadelos - Sono agitado
a
ra
as *
ÇOI
Erva-cidreira - Tília
2 drageias de cada.
Primavera - SalgueÁro
- ArtemísÂ9
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUS#O *
Erva-cidreÁra ,, Mía .@. PrImavel-a + salgu0íro + Artemísía
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em
infusão durante 15 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia (1 delas à noite, 1 hora antes de
ir para a cama).
ó10~ essenciais
Manjerona
- 2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁMO/7/105 *
* Banhos de assento frios, 4 vezes por semana.
LIV.8g0J77*
* 1 lavagem com uma infusão de C8M0M11a. * 8 a 10 cabeças de camomila para meio litro de
água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
- Fazer a lavagem, morna, 1 a 2
horas antes de ir para a cama.
Á9:0/71105 dos ~ ÁRO/7/705 0f05 blOÇOS
Banhos com uma decocçâo de:
Erva-cidroIra + Lavanda + L ouro
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em
infusão durante meia hora. Acrescentar 4 ou 5 litros de água quente e efectuar os banhos de
pés durante 5 minutos. * Passar os pés por água fresca (ou fria) e friccioná-los vigorosamente.
86/7/105 dO VOÁPOr *
3 banhos de vapor por semana.
Da face, dos braços e das coxas.
ClIMUI§O dO NO.OtU17O
Eventualmente à noite, antes de ir para a cama.
518
Pesadelos - Sono agitado
Alimentação*
* Alimentação ligeira, especialmente à noite. Não ir para a cama imediatamente a seguir à
refeição da noite e, pelo contrário, andar um pouco a pé.
* Contra-indicações: café, chá,
chocolate, especiarias, pratos com molhos, maionese, charcutaria, manteiga cozinhada, fritos,
álcool, vinho, cerveja e todas as sobrecargas alimentares, especialmente à noite.
* Alimentos privilegiados: legumes crus, saladas (alface), cereais integrais, trigo, aveia,
levedura de cerveja, alperces, ameixas, pêssegos, uvas, etc. Mastigar lenta e completamente
os alimentos. Não engolir os alimentos antes de estes estarem bem triturados.
JeAVm
* Permite sempre um melhor relaxamento e um sono mais profundo, reparador e sempre
agradável. * 1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Não negligenciar:
- o endurecimento e andar de pés descalços na erva húmida (p. 132);
- os exercícios físicos e o relaxamento (p. 137).
- Evitar: todos os ruídos violentos, as músicas demasiado altas, os
walkmans, as contrariedades, a cólera, os espectáculos televisivos excitantes ou stressantes.
519
Picadas de insectos 1 Pneumonia / Poliartrite
Picadas de insectos
T
irar o ferrão e colocar:
vinagre ou limão ou salsa
ou gerânio ou cebola
PARA AFASTAR OS INSECTOS (especialmente os mosquitos)
ólws essenc1.71.9* @//ft
Lav.~21, ossêncía de Lavand,9, Erv.?-Cldr&lra, EticalípIO Por
vaporização com um difusor
ou num prato. Misturar um dos óleos com álcool, acrescentar um pouco de água de modo a
evitar uma evaporação dema- siado rápida.
Pneumonia
v
r Bronquites (p. 264).
Poliartrite
v
520
r Artrite (p. 245), Reumatismos (p. 538).
Pólipos
P
r o OUPOS
O
s pólipos alojam-se na laringe, no nariz, nos ouvidos ou no recto. Podem ocasionar dores, malestar e eventualmente hemorragias. É, frequentemente, necessário realizar uma intervenção
cirúrgica.
rRAMMEN70 DO DR. SILZ
- Banhos de vapor.
- MaMots completos ou parciais.
- Banhos de assento mornos frequentes com uma decocção de
casca de carvalho (especialmente para os pólipos da vagina):
20 g de casca para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão 20 minutos.
Acrescentar à água do banho, que deve ser tomado morno durante 3 a 5 minutos, todas as
manhãs, e depois mais espaçados quando surgir uma melhoria. Passar o corpo por água fresca.
PóLIPOS DO NARIZ
Ilispiroção
* Inspiração diária de água de
cavalinha, que deve ser preparada da seguinte maneira: 3 ou
4 pitadas de cavalinha para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos.
* Inspirar o líquido por cada uma
das narinas várias vezes e expulsá-lo.
Cileos, essenciais Essêncía de Tuía (sob recolta médica)
- 2 gotas, 3 vezes ao dia.
Recolffis lf MotempêutICOS
Cipr&ste & Fi .gos fr&scos
* O cipreste triturado com figos
frescos, em aplicação local elimina os pólipos (receita da Grécia antiga).
* Algumas folhas de cipreste e 1
ou 2 figos frescos. Triturar tudo de modo a obter uma pasta homogénea.
* Aplicar 1 ou 2 vezes por dia.
Feto
* O pó de feto aspirado pelo nariz
curaria os pólipos do nariz (receita popular).
521
Prisão de ventre
Prisão de ventre
-?@@T? século passado, o Prof. Bilz denunciava a utilização excessiva de @ ‘laxantes para
combater esta afecção. Realçava que a prisão de ventre, incluindo a prisão de ventre rebelde,
provocada por um relaxamento
e uma preguiça dos nervos, dos vasos e dos músculos do aparelho digestivo, devem-se
essencialmente a uma alimentação defeituosa.
Cem anos depois, os mesmos erros alimentares, as mesmas causas, os mesmos efeitos. Os
comentários que ele fazia são ainda actuais.
“As pessoas prestam pouca atenção às funções do seu corpo e
não evacuam diariamente. Além disso, a posição sentada prolongada (em automóvel, em
transportes colectivos), a alimentação e
a inactividade fisica são todos eles factores que predispõem a esta
doença. Quando a situação se repete, as pessoas perdem a faculdade de regular as suas
evacuações. O mal torna-se crónico e acompanha-se de dores de cabeça, mal-estar,
inapetência, vontade de vomitar, etc. “
Note-se que as nossas sanitas de posição sentada são confortáveis, mas
inadaptadas à defecação. Pelo contrário, as sanitas “à turca” preenchem perfeitamente as
condições de uma boa evacuação.
Para prevenir a prisão de ventre, habitue-se, todos os dias, a evacuar, todas as manhãs à
mesma hora; se necessário, faça uma lavagem (ver página seguinte).
Assinalamos também que a prisão de ventre é um sinal de alarme: ela indica que deveríamos
alterar os nossos hábitos alimentares.
522
Prisão de ventre
Prisão de ventre ligeira e passageira
Olagei
às * LYJ Cer`láUrea - Hort;elã-pimeMa
2 drageias de cada,
AlecrIm - A~íro-preto
- Malva
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
ou Infusão * Contáuie.7 , Hortelã-pímentg
-,, Alecrim + AmÃeIro-preto Molv19
1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos.
ó1005 OSSOMARIS Alecrím
2 gotas, 2 vezes ao dia.
Prisão de ventre forte
ÁO/w90A
às * UY Genciar,.-? + Marrolo
2 drageias de cada.
PiNte11-0 - Cássio Monjericão Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSfO * Genciana + Morroío + PlIrIteiro + Cássio + MonIárIcão
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ólvos AlocrIm
2 gotas, 3 vezes ao dia.
88/7/705 dO 85501M0 *
Quentes: muito aconselhados (sobretudo nos casos rebeldes), com massagem do ventre e do
baixo-ventre. Logo que surgirem melhoras, tomar banhos de assento mornos e depois frios
(todos os dias).
Lavagem*
Fazer uma infusão de camomilla: 10 cabeças para meio litro de água. Ferver e deixar em
infusão durante 15 a 20 minutos. Depois de evacuar, pode fazer uma pequena lavagem morna
(200C aproximadamente) com esta infusão, que deve conservar (o equivalente a 1 copo).
523
Prisão de ventre
ÁMO17hOS £0 V0POr *
- Seguidos de uma loção fresca.
Duches o efi/s&s *
Dos braços e das coxas, todos os dias, insistindo no baixo-ventre. Terminar com uma fricção
vigorosa.
Recoltas Motempêuticos AmIeIro-pr&tô Ferver 20 g de casca em 1 litro de água durante 15
minutos e deixar arrefecer. Beber morna, à noite.
cáqui
* Os frutos são laxantes e reguladores do trânsito intestinal. São particularmente aconselhados
às pessoas idosas e às crianças.
Cáscafa_sogarda
* Infusão de 20 g de casca seca
em 1 litro de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 chávena, à noite.
* Esta planta foi utilizada pelos
primeiros colonos hispano-americanos.
cássis
* Come-se em compota, que deve
ser feita sem açúcar (também para as inflamações dos intestinos).
Escambroeiro purgante
* 20 bagas secas ou frescas, de
manhã em jejum (podem servir-se com compota).
* No século xvi Matthiole dava a
seguinte receita de xarope de escambroeiro: esmagar 1 kg de bagas, deixá-las repousar
durante 4 dias num recipiente de vidro num local aquecido e acrescentar 250 g de mel,
aquecendo, a seguir, em lume brando para obter uma consistência de xarope. Passar por uma
peneira e aromatizar com 15 g de gengibre, 15 g de canela em pó e 7 g de cravo-de-cabecinha.
Guardar em garrafas bem fechadas.
* Em certas regiões esta planta
substitui o ruibarbo, daí o seu segundo nome corrente: “ruibarbo dos camponeses”.
* Pode-se também misturar com
maiva.
Funcho
* Em infusão: 100 g de funcho para
1 litro e meio de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante meia hora.
* Beber 4 ou 5 chávenas por dia.
Linhaça
* Demolhar 10 g de sementes em
meio litro de água fria durante 4 horas e engolir a mucilagem juntamente com as sementes.
marmelo @fruto do marmeleíro comuin)
* Demolhar durante pelo menos 8
horas 10 g de caroços de marmelo. Engolir a mucilagem.
Ruffiaffio
* Esta planta é conhecida e utilizada há 5000 anos na China. Foi descrita durante as viagens
524
Prisão de ventre
de Marco Polo. Foi apreciada na Europa durante a Idade Média, mas só no século xix passou a
ser medicinal. Em pequenas doses o ruibarbo é tónico, adstringente e estomacal; em doses
mais elevadas é laxante; em doses ainda mais fortes é um purgante forte.
O ruibarbo, de França R17eum raponticum é nitidamente menos activo.
Sena
* Infusão de 10 g de folhas ou 5 a
6 dentes para 1 litro de água fria. Deixar repousar durante 12 horas.
* Beber 1 chávena, à noite.
Trep&deíra-de-c,ampain17a
* A linhaça e a trepadeira-de-campainha têm uma acção purgante através do aumento dos
movimentos do intestino delgado. Têm também uma acção sobre o intestino grosso.
* Infusão de 6 folhas frescas em 1
chávena de água a ferver.
* As folhas, secas à sombra e reduzidas a pó, misturadas com mel constituem um bom
purgante para as crianças (muitas vezes considerado como o “purgante menos nocivo de
todos”). Os farmacêuticos utilizam frequentemente uma espécie asiática, Gonvolvulus
scarnmoi7ía.
.411menffipf0
Tal como vimos acima, os erros alimentares são uma das causas
da prisão de ventre. Todos os tratamentos indicados visam favorecer a eliminação dos detritos.
Podem melhorar o trânsito intestinal de forma relevante ou notável. Mas para que estes efeitos
sejam duradouros, é indispensável agir sobre a alimentação.
Deve-se, em primeiro lugar, ter uma boa mastigação, de modo a que os alimentos sejam
ensalivados convenientemente e capazes de serem assimilados.
* Contra-indicações: o consumo
de pão branco, de massas e arroz refinados, de salmouras, de conservas, de manteigas
cozinhadas, de charcutaria, de álcool (não tanto o vinho), de cerveja, de tabaco, de chocolate,
de café, de doces, de bebidas gaseificadas, de pastelaria, de bombons, etc.
* Alimentos privilegiados: pão
integral, cereais integrais, aveia, arroz, trigo sarraceno, todos os legumes verdes, frutos
frescos, saladas (dente-de-leão), alcachofra, couves, ruibarbo, ameixas, groselhas, sumos de
fruta (ameixas) sem corantes nem conservantes.
jejum
Aconselhado com um consumo abundante de água e de lavagens intestinais. Cura de fruta
fresca (uvas, ameixas, etc.).
1 dia, a fruta.
525
Prisão de ventre
RWE1J5A DO PROF. BIÁ£Z
Uma receita excelente preconizada pelo Prof. Bilz consiste em preparar de véspera ameixas
socas (7 a 10) à s quais se acrescentam 2 boas colheres de farello ou de farinha de centeio.
Esta mistura deve macerar durante toda a noite num pouco de água. Esta deliciosa marmelada
deve ser tomada de manhã em jejum (e a qualquer momento durante o dia). Favorece a
eliminação.
OU.05 fficoltas úteis
1 - ErV27-CIdMíra -@- C.?SC@? dO lí~ -@- NOZ-MOSWd8 ra18d8 + G0017MOS + GraVO-d6C8beCín17.7 + G.717e1.7
- 4 ou 5 pitadas de cada (cerca de 10 g de cada planta) em
maceração em 1 litro de vinho branco + 113 de boa aguardente.
- Deixar 3 dias esta mistura em “digestão”, ao abrigo da luz (cave, armários) dentro de uma
frasco tapado. Aquecer em
seguida a mistura (retirando primeiro a rolha do frasco) em banho-maria durante uma meia
hora. Filtrar e conservar. Esta água, comparável à célebre receita da “Rainha da Hungria”, para
além de combater a prisão de ventre, era prescrita contra a epilepsia, a apoplexia, os vapores e
a insuficiência urinária. Toma-se cerca de 1 colher, de sopa, de manhã em jejum, diluída num
copo de água.
2 Hipócrates e Dioscórides recomendavam a seguinte fórmula:
3 boas pitadas de sabugueiro para 1 copo de vinho branco (aquecer em banho-maria).
Purgante potente.
CONSELHOS
Ver também:
- O endurecimento e andar de pés descalços na erva húmida (p. 132)
- Passeios a pé, actividades físicas, exercícios ao ar livre, etc. (p. 133). -Cinturão de Neptuno
(p. 148).
526
Próstata
Próstata
A
inflamação da próstata pode ter diversas origens, tais como uma
inflamação da garganta, dos ouvidos ou um abcesso nos dentes. Traduz-se por dificuldades de
micção (com desejo frequente), evacuação dolorosa e ejaculação difícil. Surge geralmente com
a idade.
Diagnóstico médico indispensável. A homeopatia preconiza Mercurius cor, Apis mel, Hepar
su@f, geralmente a 5 ou 15 CH.
Ver eventualmente Prisão de ventre (p. 522), Incontinência urinária (p. 444).
DM901
W., *
rante 1 minuto e deixar em infuBétula - cipreste - BIStort.7
são
durante 10 minutos.
- UrZ& - AlqUOqUO171&
- 3 vezes por dia, durante 8 dias. * 1 a 2 drageias de cada, 1
vez ao
- Alternando com:
dia.
com:
Raínha-dos-pr.7dos + Pé-de~ * Alternando de 8 em 8 dias
-1&ã o + VerónIca , Grarna
R.7íning-aos-ptados - Pé-do- 1 pitada de cada planta para 1 -/&ão - Veróníc8 - Grama
chávena de á gua. Ferver du- * 1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
rante 1 minuto e
deixar em infuao dia.
são durante 10 minutos.
Váriffia ~rma ^r
- 3 vezes ao dia.
p Eleuterococo ou Gíns&ng (wrmoffio de preferêncía)
6 drageias por dia durante períodos de 4 a 6 semanas.
Altemadamente, curas de:
Própolis
3 drageias por dia, durante um período de 3 a 4 semanas.
ou Infuj9J0 *
Bétula + CIprest,- + Bístorta + Urze + Alquequenje
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver duóIOM OSSOMISIS
1@@ TUI.7
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica). Ou:
Murla
- 2 gotas, 3 vezes ao dia.
0817h05 dO OSSOMO *
Mornos, 2 vezes ao dia, com massagem do baixo-ventre.
527
Próstata
8017h05 de vapar *
2 por semana, seguidos de fricções frescas.
OUChes e affisões *
Das coxas e dos joelhos, todos os dias, com massagem do ventre e do baixo-ventre. Afusão
rectal morna.
CilIffi~ dr& NO~170*
2 vezes por semana.
Roce~ RoteI~Ut~ Cloreto de magnésio
1 saco de 20 g dissolvido em 1 litro de água de Mont Rouscous, ou Volvic. A mistura deve, de
preferência, ser feita numa garrafa de vidro.
- Tomar 314 de copo, de manhã,
em jejum. Salvo em caso de Insuficléncia renal.
Mistura das seguintes plantas, em Infusão:
Fr&ixo, Bétu127, Agr~17ia, Alquequenle * 15 g para 1 litro de água. * Tomar 2 ou 3 chávenas
por dia.
“.?/V.? (flores) * 20 g por litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. *
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. * Acção descongestionante.
urze
* 20 g por litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 chávenas
por dia.
E QUAN70 AO ~ PALMEM?
Trata-se, do Solonos re~ (Bartel) Smali, da família Ar~c~. É uma plante alimentar bem
conhecida dos índios. É também utilizada para aromatizar a aguardente o é uma espécie de
melífèra. Há muito tempo que se atribui às suas folhas um poder antitumoral, rejuvenescedor,
tónico, diurético e sedativo. Verificou-se que tem uma acçã o sobre a próstata, mas também
em casos de atrofias tissulares e em inúmeras patologias femininas. Além disso, seria também
afrodisíaca. No século xix os colonos americanos utilizavam-na para tratar as
Próstata
úlceras, as bronquites crónicas e a asma. Verificaram-se bons resultados no tratamento da
diabetes. Os índios eram muito prudentes na sua utilização, usando-a sobretudo para tratar a
disenteria e as doenças de estômago. As investigações modernas confirmam a sua acção
estrogénica. Devido às suas múltiplas aplicações e pelo seu carácter hormonal (presença de
esteróis) e segundo a opinião da Food and Drug AdmínIstraíion, que a classificou como an
17erb of undeli'~safety (planta cuja inocuidade não é garantida), podemos considerar esta
planta anticancerígena, realçando que é utilizada sobretudo para perturbações da próstata e
cistite crónica. A sua prescrição deve contudo ser reservada a terapoutas competentes na
matéria.
AlIMOft~O *
Vigie particularmente a qualidade dos alimentos.
Contra-indicações: álcool, vinho, cerveja, aperitivos (vinho branco, champanhe), charcutaria,
enchidos, caça, carnes gordas, pratos com molhos, conservas, peixes gordos (salmão, arenque,
carapau, sardinha), queijos fortes, etc.
Alimentos privilegiados: alho, cebola, morangos, frutos maduros, laranjas, limões, toranjas,
cerefólio, salsa, tomates, cenouras, pêssegos, alperces, cerejas, cereais integrais, as sementes
e o óleo de abóbora, etc.
jejum
1 dia por semana. Cura de fruta (morangos, laranjas, toranjas, uvas).
CONSELHOS
Endurecimento: andar de pés descalços na erva húmida (ver p. 132). Exercícios risicos, sem
excesso. Exercícios respiratórios (ver p. 137).
529
Prurido
Prurido
O
prurido aparece na pele formando pequenos nódulos e dá comichão. Pode atingir as mãos, os
dedos, os braç os, as articulações, o coro
cabeludo, os órgãos genitais, o ânus, o nariz, os ouvidos, etc.
Eliminar: a roupa demasiado apertada, a roupa de fibras sintéticas, sobretudo a que fica em
contacto directo com a pele. Prefira roupas amplas, de fibra natural.
Ver também Impigens (p. 438) e Alergias (p. 207).
ÁO/2901 ‘15 * Bétul.7 - Fuináría - Énu127-campana - Amor-perf&íto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Bétula + Fumária + Énul&-campana + Amor-perfelto
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Alternando,
semana sim semana não, com drageias de:
Própolís - Fucus vesículosus
3 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ól~ OSSOMISIS ZíMbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRIMIOS dO OSSOIMO *
Frios ou banhos de assento com fricções.
2 ou 3 vezes por semana.
Duchos o Ofusões *
Diários, das coxas e dos braços, alternando com uma afusão superior. Maillot 314 prepara-se
como uma camisa de “flores de feno” humedecida em água morna, que deve ser conservada,
se for suportável, até completa evaporação.
3 vezes por semana.
Aliffielmoção
Evitar todos os excessos, álcool, cerveja, charcutaria, excesso de sal. Alimentos privilegiados:
levedura de cerveja, legumes verdes, cenoura, framboesa, limão, laranja, toranja, couve, aipo,
salsa, agrião, cebola, morangos, uvas.
530
Psoríase
Agrião macerado toda a noite em iogurte teria a propriedade de curar as doenças da pele
(segundo o Dr. Chomel).
JOJI/M *
1 dia por mês. Cura de fruta.
Psoriase
A
psoríase assemelha-se a uma impigem escamosa. Formam-se na pele camadas cómeas secas,
de cores diferentes, que podem atingir várias partes do corpo: o couro cabeludo, o nariz, as
orelhas, as mãos, etc. Pode dar comichão mais ou menos violenta.
Ver tambem Alergias (p. 207), Eczema (p. 372), Pele (p. 504).
DIS
vol
465 * Lavanda - Escabiosa
- Fumária - labaÇa
- G17rdo-bento
1 drageia de cada por dia durante 10 dia. Repetir se necessário.
ou Infus#O * Lav.Inâ? + EscabíOsa :3@@j + Fumáría + Labaça + Gqrdo-bento
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1805 O~017C1015* IVI?Ado
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPIOSMS *
Em aplicaçáo externa, compressas com infusões de:
Énula-campana - EscaNOS8
* 10 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante
10 minutos. * Aplicar em compressas 2 ou 3 vezes por dia (acalma a comichão).
ÁgW/7/705 dO .85S01M0*
Mornos, frescos ou com fricções,
3 vezes por semana.
531
Psoríase
Banhos de vapor
1 ou 2 por semana.
*Dos braços, das coxas e dos
joelhos, todos os dias.
*Afusões fulgurantes, 2 vezes por
semana.
*Afusão rectal.
MIMulgo de Noptuno *
Maillots completos, seguidos de uma fricção morna.
3 vezes por semana.
AlimenIaç#o *
Uma alimentação com tendência vegetariana é indispensável. Evitar: álcool, cerveja, vinho,
charcutaria, carnes gordas, gorduras animais, caça, pratos com molhos, manteiga cozinhada,
fritos, maionese, conservas, açúcar, sal, etc. Alimentos privilegiados: cenouras, laranjas,
limões, toranjas, uvas, mirtilos, salsa, tomates, groselhas, couves, cebolas, cássis, etc.
jejum
1 dia ou 2 por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
- Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). -Exercícios respiratórios (ver p. 137).
532
Q@R
-
Queimaduras
Raquitismo
Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
Resfriamentos
- Reumatismos
- Rins
- Rouquidão
- Rugas
Queimaduras
Queimaduras
O
Dr. Bilz preconizava mergulhar a parte queimada em água morna e depois fria, até ao total
desaparecimento da dor. (0 que podia demorar várias horas.) Quando as partes queimadas não
podiam ser mergulhadas em água, deviam então ser lavadas e cobertas por compressas muito
húmidas, regularmente mudadas.
Para além das aplicações de água: aplicar uma batata crua ralada ou uma clara de ovo.
Para o padre Kneipp, o melhor remédio consiste em aplicar chucrute fresca e, de meia em meia
hora, aplicar argila misturada com água. Neste caso, a argila diluída em água forma um líquido
argiloso.
Seguem-se algumas receitas que deram provas: -Cebola esmagada com um pouco de sal,
aplicada sobre as queimaduras recentes, acalma as dores e impede a formação de bolhas
(segundo Chomel).
-Verbasco-branco em infusão aplicado em compressas (segundo Tragus).
-Azeite misturado com vinho tinto produz um bálsamo adequado às queimaduras (Bálsamo do
evangelho ou do samaritano).
-Camomila em infusão aplicada em compressas. -Couve crua bem esmagada aplicada e coberta
por uma cataplasma de argila.
Queimaduras do sol
O sol é uma das causas mais frequentes das queimaduras. O abuso do sol é nocivo e é
responsável de inúmeras doenças da pele. Para além disso, predispõe a certas formas de
cancro, de doenças pulmonares, etc.
Queimaduras solares
-Aplicação de óleo de amêndoas-doces adicionado de algumas gotas de essência de lavanda.
- Banhos de água fresca frequentes.
- Alimentação fresca. Como é óbvio as queimaduras graves devem ser tratadas em centros
hospitalares.
534
Queimaduras
Queimaduras ligeiras e golpes de sol
Recoltás fitoteMpêut-1c85 Altoía-ofIcínal
* Compressas: 10 g de raízes (eventualmente de folhas), para
1 litro de água fria. Deixar macerar cerca de 7 horas e utilizar o líquido para fazer compressas.
Azeíte
* Acrescentar uma clara de ovo a
20 ml de azeite e besuntar a parte queimada.
* ou o “bãlsamo do samarftno”,
que se prepara da seguinte maneira: azeite misturado com vinho ao que se junta uma clara de
ovo (facultativo). (Os papiros de Ebers já mencionavam a utilização do azeite contra as rugas.
Também é eficaz contra os eczemas (em fricções).
Batata
* Tubérculos ralados, aplicados em
cataplasma.
Carvalho-comum
* Casca preparada como para as
anginas (ver p. 233) As galhas que se formam na folha do carvalho ao ser picada por insectos
(que utilizam a folha para pôr os ovos) são muito ricas em taninos e são por isso muito eficazes
para as feridas sanguinolentas, para as queimaduras e para as dermatites.
Antigamente, eram utilizadas para produzir taninos e, na Idade Média, até para preparar tintas.
ceb0127s
* Utilizar a polpa de cebolas cruas
em cataplasmas (doloroso mais eficaz).
clavo-de-defunto
* Utiliza-se para fazer pensos em
pequenas ulcerações. Em certos países esta planta é utilizada também para colorir a manteiga
e alterar o aspecto do açafrão.
Erva-benta-comum
* 10 g do rizoma em infusão em 1
litro de água a ferver.
* Utiliza-se fria, para lavagens.
* A raiz também serve, em alguns
países nórdicos, para aromatizar a cerveja.
Marmeleíro-comum
* Compressas: 20 g de sementes para 1 litro de água fria (deixar macerar durante 24 horas).
* Utilizar o produto gelatinoso liberto pelas sementes aplicado em compressas.
* São provavelmente as maçãs de
ouro do jardim das Hespérides.
Tor,770ntílha
* Decocção de 20 g do rizoma (5 a
10 minutos) em 1 litro de água.
* Aplicar em banhos ou compressas.
Ulmelro-COMUM ou de M0,7tan17.7
* Infusão: 20 g de planta em 1 litro de água.
* Aplica-se em banhos.
535
Raquitismo
Raquitismo
O
raquitismo caracteriza-se por um atraso no crescimento e manifesta-se por: ventre inchado,
palidez, preguiça, dificuldades motoras, gritos e queixumes, deformação do esqueleto,
sensibilidades corporais e diarreia.
D ‘wffoias * G.7v.711n17.7 - I úPU10 - ÉMIa-campana - Angélica
2 de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Cav.711n17a + Lúpulo -k Énu127-C.7~17.7 + Angélica
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 5 a 10
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
ó10OS OSSOMA1IS Menta & MOSC.7da
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternando entre os dois.
COMPIOSMOS*
Envolvimentos em M.IfflotS 314 (conselhos do Dr. Biiz). Massagem do corpo, suave e
prolongada, com óleo de amándoas-doces, todos os dias.
Áganhos *
Cuidados diários da pele por meio de banhos frequentes mornos a 350C.
ÁoUches e afusões *
Das coxas, dos braços e do corpo todo.
Affine17Mçjo *
Deve ser saudável e variada. Alimentos privilegiados: trigo integral sob todas as formas, sopa,
papas de aveia, fruta fresca, toranja, laranjas, tangerinas, groselhas, maçãs, peras, uvas,
levedura de cerveja, germe de trigo, azeitonas, alho, cebolas, cenouras, beterrabas, couves,
legumes verdes, saladas, aipo, salsa, sumos de frutos.
CONSELHOS
-Banhos de ar livre e de sol. -Estada na montanha aconselhada.
- Exercícios risicos.
536
Reconstítuição (após fadiga ou doença prolongada) 1 Resfriamentos
Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
Receltas lf MOMI~Uticas
1mperatór1à
* Maceração durante 12 horas de
20 g de rizoma em meio litro de água fria.
* Tomar 1 a 3 chávenas por dia,
fora das refeições.
Amoreíra-branc.7 & AmoreIr.7-Pret-7 (Receita da medicina popular grega).
- 200 g de casca de amoreira, 50 g
de quinquina, 100 g de açúcar de cana (ou o equivalente de xarope de bordo ou de mel) e meio
litro de vinho tinto de boa qualidade (Bordéus) Deixar macerar durante 2 dias e beber um copo,
de licor, todos os dias, antes das refeições.
Se170-grãO
Tomar o equivalente a 1 colher de sopa desta planta fresca moída, durante a refeição, 1 vez ao
dia.
Resfriamentos
v
r também Gripe (p. 420).
I
R~Itos fl! fitotelwpdutlcos
AzevInho
Tisana: 20 g de folhas em 1 litro de água fria. Ferver durante 15 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia. Esta planta foi utilizada por Alberto, o
Grand&.
CorlIna
* 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver durante 4 ou 5 minutos e deixar em infusão
durante
15 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. * As cabeças de carlina podem ser consumidas
tal como as folhas de alcachofra.
Erva-de-são-joão (de foffias red017das b~0177 C178,7717d8
537
Reumatismos
Vuln erària -dos -inonges -de - _chartres) Em infusão ou tintura-mãe: 20 g para 1 litro de
água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3
chávenas por dia. Esta planta faz parte da composiçao do célebre licor dos monges de Chartres.
O desenvolvimento desta espécie na serra de Chartreuse fez supor a certos naturistas que ali
teria sido introduzida, no passado, pelos monges de Chartres.
R.?in17a-dos-prados
10 g de flores para meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos. Beber 2
ou 3 chávenas ao dia.
sabugueiro * 20 g de flores em meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Salgueiro-branco * Tisana da casca: 20 g para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
T1118 * 10 g de flores para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos. *
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
VíOleta-aromática * 15 g de planta em 1 litro de água fria. Deixar em infusão. * Tomar 2 ou 3
chávenas por dia.
Reumatismos
V
r também Artrites (p. 245), Dores (p. 369), Alergias (p. 207). Os reumatismos podem afectar
diversas partes do corpo e produzir diversos sintomas: dores, membros rígidos, articulações
inchadas, deformações, impotência, etc.
As causas e origens possíveis são inúmeras (clima, alimentação, etc.).
o
Á0/w901 ‘es * Glest.? - Salsaparr1117a - Buxo
- Betóníca
1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia. Cura na Primavera o no Outono:
Harpagofito - Fucus vosiculosus - cápsulas de On.7gra
2 drageias de cada, durante 3 a
4 semanas.
ou Infi/são * Gíest,9 - Salsaparríffia - Buxo
- Betónica
1 pitada de cada planta para 1
538
Reumatismos
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3
ou 4 chávenas por dia.
óleos essenciais
sétula
* 1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
M.OSSOgOM
* Suaves, com a mistura do Dr. Chomei: * Para meio litro de azeite deitar
30 g de er~~-João + 30 cabeças de camomila. Deixar macerar durante 8 a 10 dias ao sol ou
perto de uma fonte de calor. Para acelerar a preparação, aquecer a mistura em banho-maria
durante 30 a 40 minutos; depois, filtrar. * Este linimento mistura-se em partes iguais com
álcool canforado.
ÁMO/7h05 *
* Banhos quentes de algas. * 2 ou 3 vezes por semana.
L.avapens *
* Com uma infusão de carnornila:
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 10 minutos.
Fazer a lavagem com uma “pêra” e conservar durante cerca de 20 minutos, se possível.
8617h05 dO V,?~r *
* De 30 a 60 minutos. * 3 ou 4 vezes por semana.
C117~ dO NO.Offil70
Envolvimentos húmidos.
Recoltis lf fitoffimpêuticas
Abeto
* Nos casos de reumatismo, lumbago e tosse crónica, os habitantes dos Alpes utilizam
cataplasmas compostas de ‘13 de resina e 213 de cera virgem (esta mistura estende-se sobre
um pano).
Alqu&qUenjo (Erva-n~
* Utilizar em decocção: 60 g de
frutos secos para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20
minutos. Filtrar.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Bétula-branca
* Deitar 1 litro de água a ferver
sobre 20 g de folhas cortadas e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia, entre
as refeições.
539
Reumatismos
Gássiã
*Infusão de 50 g de folhas secas
num litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
*Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
*Pode-se associar a folhas de
freixo.
*As folhas frescas têm pequenas
glandes, na face interior, que podem ser utilizadas para aliviar as dores provocadas por picadas
de insectos.
Dente-de-leão
*Infusão de 20 g de raiz num copo
de água fria. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
Ergos
*As folhas frescas são utilizadas
como cataplasmas.
*Deixar macerar em água fria
durante 12 horas.
*Aplicar a preparação com a ajuda de uma compressa na zona dorida e conservá-la de 20
minutos a 1 hora. Repetir 2 vezes por dia.
FreIxo-M.717á
*Infusão: 30 g de folhas num litro
de água fria. Deixar ferver e de infusão durante 20 minutos.
*Beber 2 ou 3 chávenas por dia,
entre as refeições.
Gramíní.?-adorante -Em cataplasmas e banhos: 10 g
de planta para 1 litro de água.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Harpagoa/7ytum ou Griffo ou diablo
* Infusão de 10 g de planta em
meio litro de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 12 horas.
* Tomar 3 chávenas ao longo do
dia, todos os dias, durante 1 mês.
mostarda-preta
* Cataplasma de uma pasta feita
de 150 g de grãos e meia chávena de água morna. Pode também utilizar-se uma mistura de
mostarda e de linhaça para preparar estas cataplasmas.
Moxa (devo ser p~esdo ~ OS~IIIII~O
* Uma espécie próxima da artemísia vulgar serve para preparar as moxas, com as quais os
Chineses e os Japoneses fazem os cones ou charutos que queimam sobre as partes do corpo
afectadas pela gota e pelos reumatismos.
PIMento- vorme117o
* Tintura-mãe: fazer fricções com
um tampão embebido nesta tintura.
* Eficaz também contra as nevralgias.
540
Reumatismos
*Tomar 2 chávenas todos os dias.
ROdOd&17drO
*0 cogumelo Exobasídium ffiododendrí é um parasita do rododendro. Esta planta, atacada pelo
cogumelo, forma galhas. Estas galhas servem para fazer uma preparação anti-reumatismal.
*Nas regiões alpinas maceram-se
em óleo de sementes de Prunus bi-íganti.?ca. Tem o mesmo nome e as mesmas propriedades
que a gordura de marmota. Utiliza-se em fricções.
*0 rododendro também foi utilizado no passado sob a forma de uma infusão das folhas para
tratar as ciáticas e as artrites, mas a sua toxicidade dosaconselha a sua utilização.
sa/s.?
*Infusão de 10 g de folhas cortadas ou de 10 g de raiz cortada para meio litro de água a ferver.
Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Tuía
*As cataplasmas das folhas (também utilizadas contra as verrugas).
Esta planta, originária da China, foi utilizada no passado
como planta abortiva e vermífuga. Para alguns, é uma planta
11 mística”, porque na China esta espécie foi plantada para decorar os túmulos imperiais e os
templos budistas.
* Ainda se encontram espécimes
de grandes dimensões. A espécie americana, T17ujaplicata, foi uma das primeiras árvores
introduzidas na Europa (século xvi) e é utilizada pelos índios na
construção dos totens. ATENÇÃO1 Esta planta é ligeiramente t6xica em uso Intemo.
UIMárIa
* Infusão das flores: 20 g para 1
litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Urt19.7
* Decocção de 20 g de folhas em
meio litro de água. Ferver durante 1 minuto.
* Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
* Também se utiliza para a gota.
UrtIga--W_2717d0
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
LIva,7n7erIcan.7
* Fazer uma decocção da raiz:
541
Reumatismos
10 g por litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia.
ZIMbro
Em tisana, como para a falta de apetite (p. 237).
.4111n01MOÇãO
Alimentação de tendência vegetariana. Combater imperativamente o excesso de peso. Evitar:
todos os excessos alimentares, álcool, vinho, cerveja, aperitivos, café, chá, chocolate, açúcar,
pastelaria, charcutaria,
enchidos, caça, carnes vermelhas, conservas, queijos fortes, lacticínios, pratos com molhos,
maionese, a cozinha rica confeccionada com manteiga, etc. Alimentos privilegiados: alho,
cebola, salsa, estragão, funcho, toranja, limão, alcachofra, dente-de-leão, cerejas, uvas, alhosporros, couves, tomates, groselhas, aipo, legumes verdes, cenouras, etc.
jejum
É especialmente indicado, 1 ou
2 dias por semana. Cura de fruta, de legumes crus,
1 dia por semana.
RECEI7AS ANnevis úrEIs
Decocção de dente-de-leão: 20 g de folhas e raizes de dente-de-leão para 1 litro de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos. Misturar em partes iguais
com leite. Tomar 1 chávena de manhã e outra à noite. Um saquinho de aveia fervido em vinho
tinto aplicado na parte dolorosa acalma e alivia as dores reumatismais (Dr. Chornel).
542
Rins
R
o ins
v
r Cálculos urinários (p. 276), Lombalgias (p. 415), Nefrites (p. 473).
ROCOMOS lf fitoteIspêuticas
Ananás
* Infusão: cortar a pele de 1 ananás e fervê-la em 1 litro de água durante 5 minutos. Deixarem
infusão durante meia hora.
* Beber 3 chávenas por dia.
07à-de:Iáva
* Infusão de 20 g de planta num
copo de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas todos os dias.
Herniola-comum
* Infusão: 15 g de planta num copo
de água quente, durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
VírgáUr--a
* 30 g de planta em meio litro de
água fria. Ferver e deixar em infusão durante 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PlZIMOS dlUMtICWSPSrâ .8 rOtOflÇãO dO W117.8
paríetáría
* 20 g para 1 litro de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Para além da sua utilização
motivada pela acção diurética (e também emoliente e refrescante), foi utilizada para limpar os
copos que torna brilhantes, e é daí que retira o seu nome: “erva das garrafas”. É também uma
excelente fonte de potássio.
Resta-boi-&Spinhosa
* Infusão: 20 g de raiz em 1 litro
de água fria. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Várbené?
(Antigamente utilizava-se o nome de verbena para outra planta: a Verbena offícin.?1í@.
* Infusão ou licor:
1 lítro de álcool a 701 + folhas de Verbena de tamanho MédIO + casca de
1 zímão + 1 kg de açúcar de cana ou o equIv.71ente do mel ou de xarope de bordo
* Deixa-se macerar durante 1 mês
e filtra-se.
* Tomar 1 ou 2 pequenos copos
de licor por dia, antes das refeições.
543
Rouquidão
Rouquidão
p
ode ser variável e chegar até à ausência total de voz.
Ver Anginas, p. 234.
Infusão Alpo Em infusão- 3 ou 4 ramos de aipo para 1’ litro de água. Ferver durante 10 minutos
e deixar em infusão durante 20 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas mornas por dia. Tragus
curava as extinções de voz com esta preparação.
Passas de uvis (Coríntos)
4 a 6 pitadas para 1 chávena. Ferver e filtrar (as passas podem sem consumidas depois),
acrescentar meio limão e adoçar com mel. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Tomíl17o
10 a 15 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos.
Tomar 2 a 4 chávenas por dia (adoçar eventualmente com mel).
Para o Dr. Chomei, beber aveia fervida com leite (consome-se como se fosse uma sopa) é um
remédio maravilhoso contra a rouquidão.
Nabo -@- Affios-porros Caldo de nabo e de alhos-porros (Chomel). Tomar vários caldos quentes
ao longo do dia.
Vei-basco-branco + MkIva
Em infusão: 10 g de plantas misturadas para 1 litro de água. Fazer vários gargarejos por dia,
com a mistura previamente aquecida. Produz alívio e dissolve as mucosidades.
rRArAMEN7O KNEIPP
Para a rouquidão acompanhada de catarros, um semicúpio frio e curto é o remédio mais eficaz
(e mais barato). Tratamento de 48 horas: -2 semicúpios frios curtos (1 por dia). -2 banhos de
braços, frios e curtos.
- 1 maIllotdo pescoço e dos ombros, que se pode fazer com uma
544
Rouquidão
toalha molhada em água quente enrolada em volta do pescoço e mantida com uma ligadura.
- Infusão de flores de maliva + fóno-grego: 2 pitadas de cada
para 1 chávena de água. 3 vezes ao dia, de manhã, à tarde e
it.
- Banhos de vapor, das mãos e dos pés.
Prevenção contra a rouquidão
MUSIJO *
Praticar a afusão dos braços, das coxas e do tronco.
Rwoltas lf fitótelopêutICOS
AgriMóni.7
* 20 g de planta seca para 1 litro de água fria. Ferver até se obter uma redução de ‘14, adoçar
com mel e aromatizar com 30 g de salva e de tília. * Tomar 2 chávenas por dia. * Esta planta é
provavelmente a eupatória dos antigos botânicos. A lenda diz que o imperador Eupator,
obcecado pelo medo de ser envenenado, imunizou-se consumindo grandes quantidades desta
planta. Esta planta já era conhecida no Egipto antigo.
Affio-porro
* Em caldo ou em xarope, 100 g de alho-porro para 200 g de água e 200 g de açúcar (ou de
mel).
* Tomar 2 ou 3 colheres, de sopa,
por dia.
Alteía-ofícínal
* A decocção das raizes e das
folhas (30 g para 1 litro de água) utiliza-se em gargarejos para as inflamações da cavidade
bucal (e os abcessos nas gengivas),
* Lavar a boca 2 ou 3 vezes por
dia (sobretudo depois de lavar os dentes).
Amorehw-branca e Amoreíra-preta
* Em xarope. Prepara-se com uma
decocção de 15 a 20 9 de planta para 1 litro de água. Ferver em lume brando durante cerca de
15 minutos (até ficar reduzido a metade) e deixar repousar durante meia hora. Filtrar.
Acrescentar cerca de 10 colheres de mel e aquecer lentamente.
* Tomar 1 a 2 colheradas, 2 ou 3
vezes ao dia.
CaMOMIla-peqUO178
* Infusão de 10 g de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
545
Rugas
* Aquecer e fazer gargarejos pelo menos 6 vezes por dia.
Figueir.7 * A decocção das folhas utiliza-se para as tosses persistentes e as traqueítes. * 20 g
de folhas para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3
chávenas por dia.
HIssopo * Infusão das extremidades floridas e das folhas: 20 g para 1 litro de água a ferver.
Deixar em infusão durante 1 hora num recipiente fechado. * Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
L ínhaça * 15 gramas de sementes. Demolhar num pouco de água fria durante 8 horas.
Aquecer. * Fazer gargarejos, 5 vezes ao dia.
Orégão- Vulg-7r * Infusão de 20 g de planta em 1 litro de água a ferver. Deixar repousar
durante 10 minutos.
* Aquecer e fazer gargarejos durante 10 minutos, 5 vezes por dia.
Pé-de-loão-COMUM
* Preparação idêntica à da agrimónia.
* Tomar 2 chávenas por dia.
PIMP1170la, PIMPIn&1,9-1nalOr rumbollíferae)
* A raiz utiliza-se em infusão ou
em decocção: 20 g de planta para 1 litro de água.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
salva-OfIci17.71
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar repousar durante 10 minutos num recipiente fechado.
* Gargarejar, pelo menos, 5 vezes
por dia.
T0177R70
* 2 colheres, de sopa, de folhas
para 1 litro de água fria. Ferver e deixar repousar.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
CONSELHOS
- Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 132). -Evitar o tabaco (ou pelo menos o
abuso) e o álcool.
Rugas
v
546
r Pele (p. 504).
s
- Salpíngite
-Sangue (pertubações da circulação)
-Sarampo
-Sarna
-Seborreia
-Sedativos
-Sede
-Seios
-Senescência
- SIDA
-Síncopes
-Sinusite
-Soluços
-Sudorífico
-Sufocaçâo
-Surdez
Salpingite
Salpingite
A
salpingite é uma inflamação das trompas uterinas. Esta infecção deve ser levada a sério porque
pode acarretar complicações de emissões purulentas, peritonite e esterilidade.
É necessário um diagnóstico médico.
@@11 Lavogons,
Loções vaginais diárias com uma decocção de casca de carvalho: 20 g de casca para 1 litro de
água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
Alifi7017t~O *
Deve ser ligeira e sóbria. Evitar: todos os excessos alimentares, gorduras animais, cozinha com
manteiga, pratos com molhos, charcutaria, vinho, cerveja, álcool, café, chá, chocolate, caça,
doces, queijos fortes.
- Alimentos privilegiados: cereais integrais, germe de trigo, levedura de cerveja, fruta fresca,
laranjas, toranjas, maçãs, peras, uvas, limões, alho, cebola, salsa, cerefólio, saladas, etc.
O PADRE KNEIPPACONSEZ NA
- Irrigações (lavagens vaginais) com uma decocção de cavalinha.
- Banhos de assento mornos com massagem suave do baixo-ventre durante 5 minutos, todos
os dias. -Aconselha a infusão da seguinte mistura: * 3 colheres de funcho moído * 3 colheres
de bagas de zimbro * 3 colheres de raiz de engos * 1 colher de fóno-grego * 1 colher de aloés
em pó
Tomar todos os dias à noite uma infusão desta mistura, à razão de 3 colheres por chávena.
548
Sangue (perturbações da circulação)
CONSELHOS
-Repouso (ver p. 134). -Exercícios respiratórios (ver p. 137). -Endurecimentos: andar de pés
descalços na água (ver p. 132).
Sangue (perturbações da circulação)
V
er também Frieiras (p. 409), Hemorróidas (p. 423), Flebite (p. 404), Menstruação (p. 463),
Fragilidade capilar (p. 408), etc. Atenção às roupas apertadas que moldam o corpo e ao
excesso de peso.
S
JO/w961as * Bétula - HamamélIs Vorbena - Salva
1 drageia de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUS#O * Bátula + Hamamélís + Verb&17.7 + Salva * 1 pitada de cada planta para meio
litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 3 ou 4
chávenas por dia.
ó/WS OSS0J7C18l5 cIprosté
3 gotas, 3 vezes ao dia (sob re. ceita médica).
Bw/7h05*
Mornos, com uma decocção de:
Fucus vesículosus + VInha-vírgem + Urtíg.7
1 pequeno punhado de cada planta para 1 litro de água a ferver. Filtrar e misturar com a água
do banho. Duração do banho: 20 a 30 minutos. Tomar 3 banhos por semana. Para terminar,
passar o corpo por água fresca e fazer fricções frescas.
L(0i ÁR917h05 dO V8POr
- 2 vezes por semana.
549
Sangue (perturbações da circulação)
Duches eofusies *
Dos pés e dos braços, 4 a 5 vezes por semana. y
RecoffiTs fitoteMpêuticas
Plantas com uma acção sobre a circulação sanguínea:
Agripalma
* Infusão de 10 g de planta para
meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia. * A presença desta planta nas proximidades dos castelos parece
provar que foi amplamente cultivada nos jardins medievais de plantas medicinais.
Alecrím
* Infusão: 20 g de folhas para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* Banho: 30 g de folhas para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta durante meia hora e em seguida acrescentar
ao banho.
Alho
* Consumir em abundância durante as refeições, de preferência cru.
G,?nforeiro
* Originário da China, foi introduzido na Europa por intermédio dos Árabes, no século xi. A
cânfora foi durante séculos um medicamento muito caro.
* É um estimulante respiratório,
circulatório e um anti-séptico pulmonar. Tem também propriedades excitantes do sistema
nervoso central.
* Utilização externa, o uso interno
é reservado aos terapeutas competentes.
Gastânheír0
* O extracto dos frutos é vasoconstritor e aumenta a resistência dos capilares.
* O extracto de castanheiro-da-índia existe à venda nas farmácias. Faz parte dos tratamentos
clássicos das perturbações venosas.
* A posologia situa-se em função
do extracto: 20 a 30 gotas em tintura-mâe.
cav811n17a-aos-pr.7dos
* Em banho: 30 g de planta em
infusão durante 1 hora em 1 litro de água. Acrescentar ao banho.
Dígítáliá
* Esta planta é utilizada desde o
século xvii como cardiotónico e contra a arritmia. Nenhum outro produto conseguiu substituir a
digitália. ATENÇÃO1 Esta planta é tõxlcal Não utilizar sem receita médica.
* Por causa da sua toxicidade, não
fornecemos nenhuma receita desta planta.
550
Sangue (perturbações da circulação)
Er27nto
* Propriedades cardiotónicas.
Planta pouco utilizada e raramente citada. Não utilizar sem o conselho de um especiafistall
Erv.7-dos-dontos
* Estimulante da circulação coronária.
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Espin17eim-alv.7r
* Em infusão, 20 g de flores ou de
folhas para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante
20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante vários meses.
* O espinheiro-alvar reforça a acção do coração e é também um tónico vascular e um regulador
da pressão sanguínea.
* Esta planta é também calmante (para insônias e nervosismo).
* Os seus frutos têm uma acção
semelhante à das flores.
Gingko, GingA-o bíloba
* Infusão de 20 g de folhas frescas em 1 litro de água. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* Fortemente estimulante da circulação sanguínea, esta curiosa árvore é uma verdadeira
relíquia da era mesozóica.
* Para os budistas é uma árvore
santa, cultivada nos pátios dos templos. Na Europa foi aclimatada pelo viajante e naturista
alemão Karnpfer. Pensou-se durante muito tempo que só conseguia sobreviver em cultura, mas
há pouco tempo descobriram-se locais naturais de gingko na China Oriental.
Golveil-0-81narelo
* Esta planta foi antigamente utilizada (ver lei das “assinaturas” na p. 57) contra a icterícia.
Parece ter uma acção sobre o coraçâo, mas está ainda mal estudada.
Heláboro
* Planta cardiotónica, com fama de
tratar também as doenças mentais. Atençâol Esta planta é muito t6xica o em cortas doses é
mortaliii 10 9 matam um cão,
100 9 matam
um cavalo. Evitar utilizã-la, mesmo se for aconselhada.
L a Vanda
* 1nfusào: 10 g
de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar macerar, cobertas, durante 25 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
* Esta planta tem fortes propriedades antiasténicas.
* Banho: 20 g de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar durante 1 hora e acrescentar ao banho.
551
Sangue (perturbações da circulação)
Z írí0
ATENÇÃO1 Este planta é tõxical Só utilizar sob receita de um especialista.
L úpu/O
* Infusão: 10 g para 1 litro de água
a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos num recipiente coberto.
* Tomar 2 chávenas ao longo do
dia. Podem também consumir-se os rebentos jovens, tal como os espargos.
M&rroío-branco
* A decocção desta planta inteira
é utilizada sobretudo para tratar as pessoas idosas.
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
O#Veira
* infusão: 20 g de folhas para 1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante meia
hora.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PersíCária
* As manchas vermelhas escuras,
que fazem lembrar sangue, deixadas por esta planta fizeram crer, de acordo com a 1ei das
assinaturas” (ver p. 57) que po~ dia ter uma acção terapêutica nas doenças do sangue e do
aparelho circulatório. A bioquímica moderna confirmou esta
crença antiga. Graças aos seus taninos, ao ácido gálico e a certos compostos glicossídicos, esta
planta foverece a coagulação sanguínea. * 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
P&I-VíMa * As folhas contêm a vincamina utilizada no tratamento da hipertensão e das doenças
da circulação. * 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 chávenas por dia.
Pín170 * Banho: 30 g de caruma fresca (mas também se pode utilizar caruma seca ou as
extremidades de ramos jovens) para 1 litro de água quente. Ferver durante 3 minutos e deixar
em infusão durante meia hora. Filtrar e acrescentar ao banho.
RauVóMa * Utilizar sob receita de um ospeciaiísta. É um anti-hipertensor.
* Planta de origem indiana, utilizada pelos indígenas contra as mordeduras de serpentes,
picadas de insectos e para tratar a epilepsia. Nos anos 50 esta planta esteve especialmente em
voga.
552
Sangue (perturbações da circulação)
* 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 2 chávenas por dia.
V,gleria17a-OfiCil7a1
* Infusão de 20 g de raiz para 1 litro de água fria. Deixar em fusão durante 12 horas. *
Aquecer e beber 1 chávena por dia. * Pode também utilizar-se a tintura-mãe para a
hipertensão.
Vísco
* 20 g de planta para 1 litro de água fria. Deixar em infusão durante 15 minutos e filtrar. *
Tomar 2 chávenas por dia. * Misturar casca de visco (20 g) e
5 folhas de oliveira para 1 chávena de água a ferver.
Alimentação *
* Evitar: carnes gordas, charcutaria, peixes gordos (sardinhas, carapaus, salmão fumado, etc.),
excesso de sal, tabaco, álcool, vinhos.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, cereais integrais, alho, cebola, cenoura,
tomates, couves, salsa, alcachofra, alperces, pêssegos, limões, laranjas, etc.
jejum
Restabelece ou favorece a flexibilidade dos vasos sanguíneos. Fazer 1 dia por semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
CONSELHOS
-Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 134).
PARA A HIPOTENSÃO
Recoltos fitotempoutICOS
Flor d& Adónis
Planta cardiotónica. Utilizar em tintura-mãe.
ATENÇÃO1 Esta planta é tõxical 56 utiliur sob conselho de um especiallista.
Segundo a mitologia grega, as flores de adónis nasceram do sangue do filho de Zeus, Adónis.
G1@7S__n9 Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar
em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
553
Sarampo
PARA REGULARIZAR O TRABALHO DO CORAÇAO
f
Recoltos ] fitoterapéuti~
8 g de wsca de F.7127, 5 g do flores de Lírio-dos-carnpos (sob receita médica),
10 9 o& #ores de Espinh&iro~ -alvIgr
10 g o& flores de L.7ranjeira,
10 g de flores de Gí&sta, Em decocção em 1 litro e meio litro de água.
Tomar 1 chávena e meia por dia.
Cebola-albarrã
Acção semelhante à da cebola-do-mar (unicamente sob receita médica).
C&b01&-M.7r11717.7
Cardiotónica (em tintura-mãe ou em extracto fluido) unicamente sob receita médica.
Sarampo
D
oença infantil contagiosa que surje geralmente entre os 2 e os 4 anos. Caracteriza-se por tosse,
expectoração, olhos vermelhos, erupção cutânea na cara, excesso de temperatura, etc.
17m00i
46.9 * Cardo b&1M0 - ESCabIOSa Sístort.7 - Borra~
1 drageia de cada, 1 vez ao dia. ou, de preferência:
IMU.19A0 * Cardo-bento -kESCaNosé? sIstorta + Borragem * 1 pitada de cada planta para
meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar
3 a 5 chávenas por dia.
ólws essencia(s Mauli
2 gotas, 2 vezes ao dia.
AMP/7h05 *
- Quentes, seguidos de uma fricção do corpo e repouso na cama.
LU ÁMO1711os de vapor
- Tomar na cama.
- Deve ser ligeira e fácil de digerir:
sobretudo caldos de legumes.
554
Sarna
O PA ORE KNEW A CONSEL HA
Uma decocção de erva-de-são-joão, adoçada com mel: 10 g de planta para 1 litro de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar
i fu ão durante 20 minutos. Tomar várias vezes ao longo dia.
A11.78ot do tronco.
OLIMAS RECEMAS ANMAS
A decocção de figos e de passas de uvas alivia o sarampo e as dores de garganta (Foresties): 5
a 8 figos secos (em função do tamanho) e um punhado de passas (todas as variedades:
corintos, málagas...) para 1 litro de á gua. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos. Beber 3 ou 4 chávenas por dia. (As passas de uvas e os figos podem ser
depois consumidos em compota). A decocção de raizes e de sementes de funcho cura o
sarampo e as febres malignas (Simon Pauli): 10 g para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Sarna
A
sarna manifesta-se por uma formação de nódulos na pele, ocasionados por um parasita, o
sarcopto. Estas bolhas localizam-se sobretudo entre os dedos, na dobra dos cotovelos, nas
pernas, no escroto, no pênis, etc. A sama pode ser contagiosa.
Ver também Eczerna (p. 372), Impigens (p. 438), Pele (p. 504).
COMSO/OSMS*
Aplicações de compressas com uma infusão de:
555
Laboça - Esc,9biosa Própolis
1 a 3 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Sarna
QU&Iídó171a + L.7baÇa + VOró17ICa -@- ESCrOfUláría
10 g de mistura das plantas (3 pitadas de cada, aproximadamente) para meio litro de água.
Ferver durante 5 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
2 ou 3 vezes ao dia.
@H Bw7h05 *
- Banhos quentes frequentes. @w
86/7h05 de vapor *
Banhos de vapor seguidos de afusões frescas.
Revoltas lf fitotolwpêutícâs
Affio
* O sumo de alho, misturado
com mel e manteiga, cura as sarnas mais rebeldes (segundo o Dr. Chomel).
* Esmagar 5 ou 6 dentes de alho,
aquecer em lume brando com manteiga sem sal (80 g) e acrescentar 5 ou 6 colheres de mel.
Misturar de modo a obter um unguento homogéneo.
* Aplicar nas partes atingidas, 2 ou
3 vezes ao dia.
AIno-preto
* A casca de aIno-preto pulverizada, misturada com vinagre, cura a sarna (segundo o Dr.
Chomel).
* 5 g de planta para 1 chávena de
vinagre (de boa qualidade). Aquecer a mistura em banho-maria durante 15 minutos.
* Aplicar 2 vezes por dia, com um
algodão.
Lab.7ça
* A labaça em infusão e em compressas.
* Fazer uma infusão com 5 g de
planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 20
minutos.
* Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
A111n017t800 *
*Vigiar a alimentação.
*Evitar: bebidas alcoólicas, cerveja, vinho, tabaco, açúcar, pastelaria, pão branco, carnes
gordas, charcutarias, caça, pratos com molhos, cozinhados com manteiga, fritos, enchidos,
maionese. Consumir pouco sal.
*Alimentos
privilegiados:
agrião, levedura de cerveja, fruta fresca, laranjas, limões, toranjas, morangos, mirtilos,
cerejas, uvas, alperces, couves, couve-flor, cenouras, beterraba, espinafres, bredo, saladas,
dente-de-leão, cereais integrais, salsa, cerefólio, etc.
JoAUM
- 1 dia, a fruta.
556
Seborreia 1 Sedativos
1 CONSELHOS
É indispensável a higiene da pele, da roupa, da roupa interior e
da roupa de cama.
Seborreia
v
r Cabelos (p. 270).
Sedativos
r Insônia (sono difícil) (p. 448).
Recoltos lf fitoffilapêuticos
AnémOno-pUlsátil * Sedativo respiratório e nervoso. ATENÇÃO1 Esta planta é perigosal
Reservar a sua preparação aos especialistas. Esta planta tem uma forte acção sobre o coração,
daí o seu nome latino ‘;wIkatílIa’.’ * Em razão da toxicidade desta planta, não fornecemos
receitas.
caqUI * A decocção das folhas desta planta é calmante. * 20 g de planta para 1 litro de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia, uma
delas ao deitar.
Papoila
* As suas pétalas são calmantes
e eram antigamente utilizadas para as afecções pulmonares e para as cólicas. ATENÇÃO1 É
uma droga poderosal
* Nos países nórdicos é utilizada
como base de um vinho fermentado.
* Por causa da toxicidade desta
planta, não fornecemos receitas.
557
Sede
Pessegueiro Xarope ligeiramente sedativo e laxante.
30 g das flores para meio litro de água a ferver. Aquecer a mistura em banho-maria durante
meia hora. Filtrar e acrescentar
500 g de açúcar de cana (ou o equivalente de mel). Em seguida aquecer a mistura sem ferver
até obter a consistência pretendida.
Tomar 2 colheres, de sopa, diluídas num pouco de água, 2 vezes por dia.
Rai17178-CoS-bOSqUeS Utilizar a infusão das folhas: 1o para 1 litro de água. Ferver 2 rante 2
minutos e deixar em infusãodurante 10 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia. Na Alemanha utiliza-se o Maítrank, que é uma maceração desta
planta em vinho branco.
Sede
e a sede for intensa e sem causa aparente, vigiar a diabetes e o colesterol.
CONSELHOS
Sede no seguimento de febres altas:
- Os figos frescos acalmam a sede (Dioscórides).
- A cevada em infusão tem as mesmas propriedades, bem corno as
infusões de tomilho: 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 4 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. -Beber sumos de laranja, de limão
e de toranja.
Seios
Seios
inflamação e dores durante ou antes do período menstrual, ou no seguimento de uma emoção,
de um choque, de um resfriamento.
O PADRE AMEIPP RECOMENDA
- Compressas com decocções de fóno-grego, 2 ou 3 vezes ao dia:
20 g de planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos.
- Banhos de assento mornos, à noite. -Camisas molhadas quentes e húmidas, à noite.
- Massagens com óleo de amêndoas-doces ao qual se acrescentam algumas gotas de essência
de benjoirn - borneol (4 a 10 gotas de cada). Fazer de preferência à noite, antes de ir para a
cama.
CONSELHOS
-Compressas quentes, frequentemente mudadas.
- Banho de vapor seguido de um envolvimento total, se for tolerado.
- Banhos mornos, com duche no seio.
BELEZA DOS SEIOS
Gretas - Inflamações
MINS5890M
Massagem com õleo de améndoas-doces, ao qual se acrescentam algumas gotas de essência de
cenoura - borneol (5 a
10 gotas para 100 ml de óleo de amêndoas-doces).
- 1 ou 2 aplicaçôes por dia.
559
Senescência
RECEIrA AN77GA
- O pó de alloás socotrina em maceração em vinho tinto alivia
rapidamente as gretas nos seios (citada por autores antigos).
Para manter seios bonitos e refirmá-los
MIR-9-9.190M
Massagem diária com a seguinte mistura:
50 m/ de ó/00 do amândoas-doces,
3 ml de essência de Alpo,
2 ml de essência de Cenouza,
2 ml de essência d& Gerânio
Rolibos de vapor *
- Banhos de vapor, seguidos de
afusões frescas no peito.
Afusões *
Afusão fresca, todos os dias, no peito, seguida de uma massagem suave e prolongada.
L@ QJ, Aliffiolmopio *
Vigiar a alimentação.
CONSELHOS
Exercícios físicos. Evitar: todos os excessos alimentares, o álcool, as gorduras animais, os
excitantes, o chá, o café, o tabaco, etc.
Senescência
v
560
r Velhice (p. 600).
SIDA
SIDA
Informações e estudos anticonformistas sobre esta doença
Publicámos várias vezes na nossa revista “Réussir votre Santé “ artigos sobre trabalhos de
investigadores não convencionais sobre a SIDA, que põem em causa as teorias vulgares sobre
este flagelo. Também informámos sobre a existência de três estudos que demonstram que se o
vírus é responsável pela transmissão desta síndroma, o preservativo é uma
protecção das mais aleatórias. Com efeito, afirmámos entre outras coisas, baseando-nos em
publicações científicas, que em caso algum o vírus permanece dentro do preservativo porque a
estrutura deste não permite contê-lo. Observado ao microscópio electrónico, o preservativo
apresenta falhas que certos investigadores qualificaram de “auto-estradas”. Devemos realçar
que o vírus não é testado directamente, mas sim através de um bacteriófago de 170 nm (nm:
nanómetro, 1 /101), enquanto o vírus HIV tem um diâmetro de 100 nm.
A SIDA e a sexualidade
A contaminação por transmissão sexual não é assim tão evidente
como nos quiseram fazer crer. Com efeito, existem casais em que um dos parceiros é
seropositivo e o outro permanece seronegativo, apesar de terem relações sexuais não
protegidas.
Seria portanto mais certo dizer que a sexualidade pode, em certos casos, ser um factor
agravante, mas que não é o único factor.
Os homossexuais são mais atingidos do que as outras categorias. Se a homossexualidade fosse
o único factor, por que razão os homossexuais só começaram a ficar seropositivos a partir dos
anos 80 e por que razão
só alguns deles foram atingidos? Finalmente, por que razão continuam a ser atingidos, apesar
de serem os que mais precauções tomam?
Para o Dr. Peter H. Duesberg, professor em Biologia Molecular na
Universidade de Berkeley, membro da Academia Nacional das Ciências e considerado como
uma autoridade internacional em matéria de retrovírus por inúmeros médicos e cientistas
americanos e europeus, não existe
561
SIDA
nenhuma prova científica de que o HIV seja responsável pela contaminação. Com efeito, sob o
nome de SIDA agrupou-se um número importante de doenças que sempre existiram. Mas estas
só apareciam quando a
imunidade natural se encontrava comprometida.
O Prof. Duesberg realça que acreditar que o vírus é responsável é uma
mentira grosseira.
Então, quais são as causas mais verosímeis?
Hipóteses sérias sobre as causas prováveis da SIDA
*Para Duesberg, 96% dos casos de SIDA eram consumidores depopers (nitrito de amilo), que é
uma droga particularmente apreciada pelos
homossexuais por ter propriedades vasodilatadoras. Outros estudos também destacam que
97% consumiam popers e, simultaneamente,
58% destes consumiam várias drogas diferentes. A droga torna-se, por conseguinte, numa
causa provável, senão a causa maior.
*Outros investigadores questionam o uso imoderado de uma
antibioterapia sistemática que fragiliza as defesas imunitárias e permitiria o aparecimento de
doenças oportunistas. Só se morre de SIDA porque o organismo se encontra desarmado. Para o
Dr. Lance, as pessoas cujo sistema imunitário é sólido não têm nada a temer desta
“contaminação”.
*Num artigo da nossa revista definimos, pela nossa parte, com todas
as reservas, os grupos de risco: os hernofilicos, os toxicómanos e os homossexuais masculinos.
Mas também assinalamos que as injecções, as transfusões e as inseminações podem ser causas
suficientes desta síndroma, nos casos em que o sistema imunitário se encontra enfraquecido
em função de uma má higiene de vida, de uma má
nutrição, de infecções rej5etidas, etc., e também nos grupos não repertoriados que praticam a
sodomia heterossexual. As pessoas que foram repetidamente vacinadas, tal como as que
tomaram antibióticos de forma abusiva, podem também apresentar um risco acrescido.
* Para outros investigadores, entre os quais Michel Bourian, o aparecimento de novas doenças
e o ressurgimento de antigas constitui
562
SIDA
apenas a expressão de um défice imunitário geral, ligado aos vários tipos de poluição e ao
nosso sistema de vida.
O Dr. De Brouwer, por sua vez, comenta que a OMS efectuou campanhas de vacinas
sistemáticas em África, no Brasil... sem previamente ter feito um balanço de saúde dessas
populações. O princípio das vacinas era ainda defensável no século passado, quando ainda se
ignorava tudo sobre a biologia molecular. Hoje em dia não restam dúvidas que esta prática é
das mais discutíveis. É nos países onde existem mais pessoas vacinadas contra a varíola que se
encontram mais casos de SIDA. Para o Dr. De Brouwer, o sistema imunitário fica não só
diminuído no seguimento das vacinas como também é enganado já que os agentes de defesa
do nosso organismo não possuem uma memória universal.
O que sabemos é que os seropositivos podem continuar a viver normalmente. Ser-se
seropositivo já não significa estar doente e morrer dentro de um prazo mais ou menos longo.
Muitos seropositivos recusaram o
veredicto que os condenava à morte e passados quinze anos continuam vivos. Fizeram
alterações na sua higiene de vida e nos seus hábitos alimentares. Recusam as drogas e o
tabaco, combatem o stress, a solidão e a depressão.
Será a SIDA transmissível pelos insectos?
No início das investigações sobre a SIDA, examinaram-se várias vias possíveis de transmissão
do HIV. Os insectos foram um dos vectores suspeitados. Abandonou-se rapidamente a “pista
entornológica”. Todavia existem inúmeras possibilidades de contaminação pelos insectos. Estes
estão na origem de diversas doenças. O exemplo mais conhecido é o
Plasmodium vivax (doença transmitida pelos mosquitos). Entre estas doenças encontram-se
também as afecções virais, entre as quais a febre-amarela. O vírus da hepatite B foi encontrado
no corpo de um percevejo. Os vírus transportados pelos insectos constituem uma categoria de
AR-BO (Artópodos-Borne) . Será o HlV um AR-BO? Por que não? O tempo de sobrevivência do
vírus fora de um hospedeiro é o argumento principal dos adversários desta possibilidade. É
certo que os mosquitos só raramente
563
SIDA
aspiram o sangue, uma vez por semana aproximadamente. Mas o efeito da picada dupla,
apesar de raro, existe contudo. O insecto obrigado a
abandonar o seu hospedeiro precipitadamente antes de ter terminado a sua
“refeição” procura uma nova presa. Além disso, ninguém, tanto quanto sabemos, estudou o
tempo de sobrevivência do vírus no sangue ingerido pelo insecto. O outro argumento a favor da
“inocência” dos insectos é a diferença entre a quantidade máxima de vírus transportada pelo
mosquito
e a quantidade mínima necessária à contaminação. Ninguém ainda se
debruçou sobre este aspecto da questão. Além disso, segundo os princípios da microbiologia,
em certas condições basta um único microrganismo para desencadear a doença. O transporte
pelos insectos de linfócitos contaminados é, por conseguinte, uma eventualidade
biologicamente aceitável.
A SIDA: esta doença pode ter origens cósmicas
Svante Arrhenius, no século xix, propôs a hipótese original segundo a qual a vida começou
algures no universo e foi depois transportada por ventos provenientes do Sol ou por meteoritos.
Esta teoria é chamada “teoria da panspermia”. Pensa-sQ geralmente que esta antiga teoria foi
abandonada. Nada é mais falso, porque a panspermia é cada vez mais evocada no mundo dos
biólogos e dos físicos que trabalham sobre as
questões da biogénese. Se as condições terrestres fossem desfavoráveis à vida, podemos
perfeitamente imaginar o início deste fenômeno noutros lugares.
Entre os partidários e fundadores da teoria moderna da panspermia, podemos citar Francis
Crick, que descobriu a estrutura do ADN (prêmio Nobel), e Frederick Hoyle, astrofísico,
professor da Universidade de Cambridge e da Universidade de Técnologia da Califórnia.
Segundo Hoyle, os genes (sob a forma de vírus, virions ou mesmo células) chegam
continuamente à terra por intermédio dos cometas. Quando um cometa (como o de Kohoutek)
se aproxima do Sol, o calor faz com que gases voláteis e partículas finas sejam vaporizados do
seu núcleo. A pressão do vento solar dirige estas partículas radicalmente para o lado oposto do
Sol. Os cometas (campo em que Hoyle é uma autoridade a nível mundial) têm um
papel de transportadores e de reservatórios de materiais biológicos. É certo que se encontram
aminoácidos nos meteoritos.
564
Síncopes
Dois investigadores americanos, Claus e Nagy, afirmam ter descoberto nos meteoritos
estruturas comparáveis a micróbios fósseis. A terra era, e
segundo Hoyle continua a ser, “infectada” por materiais que constituem a vida. Por que motivo
os estudos sobre a origem da vida são tão importantes para a medicina moderna? Por um lado,
os investigadores e os
cientistas ocupam-se da vida em condições extremas, por outro, examinam a estrutura e as
origens dos vírus.
A teoria da panspermia tem a vantagem de propor a explicação do aparecimento das grandes
epidemias, já que estas podem ser o resultado de novas infecções da terra por um “material
biológico cósmico”. Há até quem faça a associação entre o aparecimento das epidemias e a
passagem dos cometas no sistema solar. A origem cósmica da SIDA é uma hipótese ainda
pouco divulgada entre os virólogos, apesar de ser tão provável e ló gica como as outras
hipóteses, por exemplo: a origem militar, animal ou uma doença antiga não detectada mais
cedo por falta de meios técnicos suficientemente elaborados.
Para os conselhos, ver Cancro (p. 281).
sr
incopes
-\ 7-C
v
r também Náuseas (p. 472). Consulta médica indispensável. É necessário procurar as causas. A
síncope manifesta-se por sentimentos de incerteza, vertigens e perturbações da visão. O chão
parece ceder sob os pés, os membros ficam frios e surgem zumbidos nos ouvidos, perturbações
auditivas, suores e vómitos. Geralmente os acessos passam rapidamente.
Se as causas parecem inexplicáveis
~ 0550M1015*
Cravo-de-cabecínha
2 gotas, 3 vezes ao dia.
565
ou tintur.7 de Gêncíana
10 a 15 gotas num pouco de
água, 3 vezes ao dia.
Síncopes
Banhos de assefito*
* Frios ou um duche rectal (todos
os dias).
Lavagens*
* Mornas, com uma infusão de
camomila: 10 cabeças para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem, de preferência, de manhã, em jejum, e, se possível, durante cerca de 20
minutos.
Duchos o Ofusões*
- Da cabeça e das coxas, alternando, dia sim dia não, com o peito e os braços.
A1M701M8p10*
Evitar: todos os excessos alimentares, especialmente cozinhados com manteiga, pratos com
molhos, charcutaria, carnes gordas, caça, conservas, bebidas alcoólicas, tabaco, café, chá,
maionese, etc.
jejum *
* 1 dia por semana ou mais. * Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
No momento da síncope:
Deitar o paciente e praticar: massagem no pescoço; compressas frescas na cabeça, nas
têmporas, na nuca e no peito, seguidas de fricções. Fora das crises:
- Vigiar a obesidade, o stress, a emotividade, os ruídos, a sobrealimentação, o tabaco, as
bebidas alcoólicas, os locais nauseabundos.
o PR. OW RECOMENU4
- Compressas no corpo, à noite.
566
Sinusite 1 Soluços
Sinusite
V
er Constipação (de cabeça) (p. 336), Alergias (p. 207), no que diz respeito às receitas gerais.
ó10OS OSSOMARIS*
EucalIpto - Niauli - Zimbro
- Algumas gotas de cada, à noite,
num difusor de aromas ou, aiternatívamente, 5 a 10 gotas de
cada num prato, misturadas em álcool, duas vezes o volume de água.
- Esta mistura coloca-se no quarto de dormir. Purifica e desinfecta a atmosfera e favorece a
respiração.
Soluços
E
spasmos do diafragma que resultam, na maioria dos casos, de uma dilatação do estômago
derivada de um excesso alimentar, da ingestão demasiado rápida de alimentos e de uma
mastigação insuficiente, de uma
acumulação de gases, bem como de histeria, de neurastenia, de lesões orgânicas, etc.
IMUS.10 *
Endro -k Erva-ole-são-joão Valerían,9
- 1 pitada de cada planta para 1
chávena de água. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
- Tomar 2 ou 3 chávenas, repartidas durante o dia.
OS CONSELHOS Á170 DR. SILZ
-Tape os ouvidos com os dedos indicadores ou mínimos e peça
a alguém que lhe dê água fresca. Beba lentamente, a pequenos goles. O êxito é instantâneo. E
também:
- Beber vários goles, sem respirar.
- Para os lactentes: aplicação de toalhas quentes no baixo-ventre,
aquecimento por fricções nos pés e nos braços.
567
Sudorífico 1 Sufocação
Sudorífico
para activar a transpiração:
1
B.79-?S do zimbro
Em infusão, favorecem a transpiração: cerca de 20 bagas para
1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
Beber, quente, 2 ou 3 chávenas por dia.
Raíz d& Bardana
Em infusão: 10 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 4 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 2 ou
3 chávenas por dia.
Sufocação
C
aracteriza-se pela impossibilidade súbita de respirar. A acção deve ser
rápida, senão o paciente corre o risco de morrer em poucos minutos.
Em crianças pequenas
- Suspendê-la pelos pés e dar-lhe pancadas no peito até a respiração voltar ao normal.
Se a criança for mais crescida ou se se tratar de um adulto:
3 métodos ericazes
1. Passar para trás da pessoa, colocar um punho cerrado sob o plexo
e pressionar com muita força (violentamente).
2. Outro método consiste também em passar para trás da pessoa, passar
os braços em volta do peito e apertar brutalmente.
568
Surdez
3. Um terceiro método consiste em dar um murro com algum vigor
ao nível do plexo.
Medidas de prevenção
As pessoas sujeitas a faltas de ar acidentais devem praticar o relaxamento, exercícios
respiratórios, afusões regulares das coxas, dos braços e afusões fulgurantes.
É também muito importante mastigar lenta e prolongadamente os alimentos.
Surdez
v
569
r Ouvidos (p. 491).
T
- Tabagismo
-Tendinite
-Ténia
-Tensão muscular
-Tiques
-Torcicolos
-Tosse
-Transpiração excessiva
-Tremores
-Tumores
Tabagismo
Tabagismo
v
r Alcoolismo (p. 202).
Já não é necessário fazer o auto do tabaco. Os seus malefícios, tais como os do álcool, são
evidentes e realçados tanto pelas autoridades, como pelas instâncias médicas, o que não
acontece ainda em relação a
outros tipos de maleficio (como a alimentação industrial, por exemplo).
A dependência do tabaco é, em primeiro lugar, psicológica. É um
automatismo ou um meio ilusório de fazer face às dificuldades. Mas também é associado aos
momentos agradáveis da existência.
A dependência é também (e sobretudo) física, porque a nicotina é uma droga que tem a
particularidade de aniquilar a vontade e que pode provocar diversas perturbações em caso de
privação: irritabilidade, nervosismo, ansiedade, insônia, perdas de memória, dores de cabeça,
bulimia, etc.
O tabaco deixa um sentimento de derrota e entrava o bom funcionamento intelectual.
Fumar incomoda também as outras pessoas e polui a atmosfera. O tabaco é, ainda,
responsável por acidentes e incêndios.
A luta contra o tabaco não começou ontem. Este fenômeno já causava inquietação no século
passado, apesar de não ter a amplitude actual. A Associação Francesa Contra o Abuso do
Tabaco nasceu a 11 de Julho de 1868. Em 1872 transformou-se na Associação Francesa Contra
o Uso do Tabaco e das Bebidas Alcoólicas, já que os malefícios aumentam quando se associam
estas duas drogas. Em 1939 transformou-se e passou
a ser a Liga contra o tabaco, para dar lugar em 1968 ao Comité Nacional Contra o Tabagismo,
que conhecemos actualmente.
A Academia de Medicina só lançou o alarme em 1972, o que permitiu a tomada de consciência
real do problema, sobretudo graças à posição de Simone Veil.
Com o aparecimento da pílula contraceptiva e a moda das mulheres libertas que fumam, os
riscos cardíovascu lares multiplicaram-se cerca de
22 vezes nas mulheres.
O hábito do tabaco entrou nos nossos costumes, lentamente, é certo, mas está bem enraizado,
e é muito difícil não ver as pessoas sem um
572
Tabagismo
cigarro na boca. Fazendo o papel de advogados do diabo, diríamos, mesmo, que será
impossível nas próximas décadas ou mais.
UM MUNDO SEM TABACO?
Um mundo sem tabaco parece uma utopia quando sabemos o número de pessoas que
trabalham na exploraçã o do tabaco - desde a sua plantação ao seu acondicionamento - e os
lucros que os governos retiram da sua
comercialização (cerca de 47 mil milhões de francos por ano, só em
França). Este desfalque no orçamento de Estado seria obrigatoriamente recuperado sob a forma
de impostos. O desaparecimento do consumo de tabaco criaria novos desempregados (cerca de
200 000). Estas duas considerações bastam só por si para confortar os partidários do
tabagismo nas suas posições. Existem enormes interesses em jogo, e o poder do dinheiro,
como bem sabemos, não é uma palavra vã na nossa sociedade do lucro. Além disso, sejamos
realistas, o tabagismo tornou-se numa segunda natureza para muita gente. Não será através
de truques de magia ou de gritos de alarme... nem de leis restritivas e repressivas que se fará
desaparecer esta droga, que mata, contudo, tanta gente todos os anos.
As doenças geradas pelo tabaco
Será o tabaco o único responsável pelo acréscimo de certas patologias degenerativas? Talvez.
Mas William Dufy, na sua obra publicada pelas edições Trédaniel, Sugar blues (Le sucre, cet
ami quí vous veut du mal), revela que o açúcar, sob a forma de melaço é acrescentado ao
tabaco em percentagens que podem ir de 5 a 20%. Para este autor, a adição de açúcar ao
tabaco é uma das principais causas do aumento do cancro dos órgãos em contacto directo com
o fumo (língua, laringe, pulmões). Outros órgãos também podem ser atingidos (cólon, bexiga,
seios ... ). De uma maneira geral, o açúcar facilita a carcinogénese. Para apoiar a sua
demonstração, o autor comparou as estatísticas de mortes ocasionadas por este tipo de
patologia e chegou à conclusão que quanto mais açúcar contém o tabaco mais ele se torna
perigoso.
As conclusões deste autor podem deixar-nos perplexos. Com efeito, a Inglaterra e o País de
Gales têm as taxas de cancro do pulmão mais altas
573
Tabagismo
do mundo, porque os seus cigarros contêm até 17% de açúcar. Na Rússia e na China, onde os
cigarros são semelhantes aos dos Indianos, esta taxa é muito mais baixa. Além disso, os
cigarros chineses contêm também pouca nicotina e alcatrão.
Certos investigadores londrinos afirmam que é errado pensar que “dez anos depois de se ter
abandonado o tabaco o risco de contrair cancro era idêntico, no antigo fumador, ao dos
indivíduos que nunca tinham tocado num cigarro”. Na realidade, este risco diminui certamente,
mas continua superior ao dos não fumadores. Na mulher grávida prejudica o feto predispondo-o
a diversas patologias respiratórias e fazendo dele um potencial futuro fumador. O tempo de
gravidez diminui, o bebé nasce mais pequeno, e o seu sistema nervoso fica perturbado.
O tabaco envelhece
Fisicamente o tabaco exerce uma acção nas vias respiratórias, no coração, na pele, no sangue,
nos sistemas digestivo e urogenital e nos órgãos dos sentidos. É também um inibidor e um
destruidor da vitamina C.
Além disso, está provado que os cancros da mama e do útero são as principais ameaças para a
saúde das mulheres. “As mulheres que fumam depois dos 65 anos de idade tornam-se mais
fracas e menos ágeis do que as que nunca tocaram num cigarro”, revela um estudo americano.
Apareceram diferenças notáveis entre as mulheres que fumam e as que não fumam. Para este
especialista, a diferença explica-se por problemas cardiovasculares ocasionados pelo tabaco.
Um outro estudo inglês revela que “o tabaco pode provocar uma epidemia nas mulheres
fumadoras, verdadeira ‘espada de Dâmocies'suspensa sobre a cabeça das mulheres”. Segundo
o professor Kay-Tee Khaw, “o tabaco é a principal causa previsível das doenças das coronárias,
que, até à data, atingiam sobretudo os homens”.
O risco cardíaco é multiplicado por 6
O risco é mais elevado quando o fumador é jovem. Quanto aos cigarros com pouco alcatrão,
estes não diminuem mesmo assim o risco: nas pessoas com menos de 60 anos o tabaco é
responsável por 70% dos ataques cardíacos. O que é interessante neste estudo é que ele
mostra que o facto
574
Tabagismo
de parar de fumar diminui o risco, que se torna comparável, ao fim de cinco anos, ao dos não
fumadores. (Rory Collins. Artigo publicado pelo British Médical Journal).
Diabetes e tabaco
“Fumar um maço de cigarros por dia multiplica por 2 o risco de contrair diabetes, enquanto o
consumo moderado de álcool reduz este risco.” É o que afirma um estudo americano efectuado
pela Escola de saúde pública de Harvard, que demonstra que uma pessoa que fuma entre
15 a 25 cigarros por dia tem duas vezes mais hipóteses de se tornar diabética. Mas, se essa
pessoa deixar de fumar, o risco diminui (mas permanece cerca de 30% superior ao de um não
fumador).
Tabaco e impotência
O tabaco tem efeitos desastrosos sobre o sistema respiratório e sobre o coração e seria
também responsável pela impotência sexual entre a
população de homens jovens que sofrem de problemas de erecção. Um estudo realizado em
homens que sofrem de impotência ou de dificuldades de erecção revelou que 81% destes
homens fumavam. Nos jovens, as lesões ocasionadas pelo tabaco podem desaparecer se
deixarem de fumar. A nicotina afecta também o sistema nervoso central: os neurónios
“dopaminergíneos”, que podem ter um papel importante.
Quando os pais fumam...
... não há problema, as crianças também sofrem!
Um estudo publicado nos EUA afirma que os bebés cujos pais fumam correm um risco maior de
serem vítimas de “morte súbita do recém-nascido”. Este estudo também realça que o fumo do
cigarro afecta a criança, mesmo se a mãe deixou de fumar durante a gravidez. Para o Prof.
Thédore Slotkin, farmacólogo da Universidade de Duke (Estados Unidos), a nicotina entrava a
produção de hormonas estimulantes (a adrenalina, por exemplo), que obrigam o coração e os
pulmões a funcionarem em caso de carência breve de oxigénio.
575
Tabagismo
Os não fumadores também sofrem
É bem sabido que os não fumadores partilham os riscos dos fumadores, sobretudo porque o
seu organismo não está nem preparado nem adaptado à inalação permanente do fumo. É o que
afirma o Dr. Stanton A. Glantz, professor de Medicina na Universidade de São Francisco. Para
este investigador, “o tabaco é mais nocivo para os não fumadores do que para os fumadores. O
risco cardíaco é multiplicado por 2 ou por 3 nos não fumadores quando este inalam de forma
regular o fumo de tabaco”. Nos Estados Unidos cerca de 17 000 fumadores passivos morrem
todos os anos e 150 000 sofrem de doenças das coronárias.
Fumar custa caro
Consumir tabaco é fazer uma despesa inútil, pagar impostos suplementares, prejudicando a
saúde e fazendo aumentar o défice da Segurança Social.
Actualmente a população mundial de fumadores é de 1,1 mil milhões. Cerca de 300 milhões de
fumadores vivem em países desenvolvidos (200 milhões de homens e 100 milhões de
mulheres). Um estudo britânico realça que o tabaco pode ser nocivo de 24 maneiras. Além
disso, aumenta os riscos de suicídio, de homicídio e de acidentes diversos.
“MOTIVAR-SE” PARA DEIXAR DE FUMAR
Para se motivar, pense no seguinte:
* acabará com a sua dependência. Deixará de ser escravo, será mais
livre!
* ganhará em vitalidade e recuperará a sua forma física rapidamente,
* terá uma qualidade de vida superior,
* a sua pele terá uma textura mais fresca e clara, e evitará as rugas.
Mas pense sobretudo na sua saúde:
- menos infecções broncopulmonares, menos probabilidades de contrair cancro,
576
Tabagismo
melhor saúde para os seus filhos e um melhor exemplo para eles, mais sensações. olfactivas e
gustativas, economias para a sua bolsa, um hálito fresco, roupas que não cheiram a fumo, um
habitat saudável, uma função sexual melhorada.
Deixar de fumar: sim... mas sem engordar
Muitos fumadores continuam por medo de engordar e até existem antigos fumadores que
recomeçam a fumar voluntariamente na esperança de emagrecer.
Em primeiro lugar, engordar não é obrigatório e, quando acontece, varia muito de pessoa para
pessoa.
Em qualquer dos casos, devem evitar-se absolutamente dois erros:
- A precipitação sobre os doces ou pastéis, incluindo as bebidas açucaradas, quando se sente
vontade de fumar um cigarro. O açúcar chama o açúcar, por libertação de insulina, provocando
um estado de hipoglicemia, ou seja, uma vontade imperiosa de comer açúcar.
- Substituir o cigarro pelo café. O seu efeito ansiogénico provoca
vontade de fumar em razão do efeito sedativo passageiro do cigarro.
O chá deve ser consumido com moderação. Acontece o mesmo com a coca-cola que associa
dois inconvenientes: açúcar + cafeína. Prefira a água natural ou gaseificada, o sumo de limão,
as tisanas, os sumos de legumes e de frutos naturais, em quantidades razoáveis.
Todos os autores reconhecem que certos tipos de alimentos favorecem a dependência do
tabaco:
- Todas as bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, aperitivos, etc., devem
ser evitados pelo menos durante o período de privação.
- Os fritos e de uma maneira geral as gorduras animais, pratos com
molhos ou pratos cozinhados com manteiga.
- As especiarias devem ser consumidas em pequenas quantidades.
Adopte uma alimentação saudável, composta essencialmente de: frutos e legumes frescos da
estação, azeite virgem de primeira pressão ou óleo
577
Tabagismo
de sésamo, levedura de cerveja, germe de trigo ou grãos germinados. Alimentos
particularmente privilegiados: o alho, a cebola, as couves, o limão e os citrinos (vitamina C), os
cereais integrais (arroz, trigo, cevada, de agricultura biológica), a aveia em papas ou em flocos,
especialmente recomendada devido às suas virtudes desintoxicantes e remineralizantes.
As mulheres devem privilegiar as vitaminas B, que se encontram nos
cereais e nas sementes de girassol, de abóbora e no óleo de germe de trigo.
Caso se tenha uma grande vontade de comer, precipitar-se sobre uma
peça de fruta, um iogurte, um ovo cozido ou, eventualmente, um pequeno pedaço de queijo ou
de pão é preferível porque não implica entrar no
círculo infernal dos alimentos açucarados.
Os banhos relaxantes (sauna e banhos de vapor), acompanhados de duches frios, podem
acompanhar judiciosamente as curas de desintoxícação.
10 pontos fundamentaís para deixar de fumar
1 .Uma motivação a toda a prova é a condição sine qua non.
2. Começar no momento adequado: o ideal é uma boa bronquite ou
traqueíte (ou uma infecção respiratória) que nos obriga a deixar de fumar. É uma ocasião ideal
para parar definitivamente.
3. Evitar a companhia de fumadores e parar ao mesmo tempo que o
cônjuge.
4. Nada de meias medidas: nunca mais aceitar um cigarro na vida.
5. Nada de tentações: acabar com os cinzeiros e com os isqueiros.
Evitar durante algum tempo as recepções cheias de fumo e agitadas, os espaços para
fumadores, quer em viagem quer nos restaurantes.
6. Jogar o jogo do autocondícionamento reafirmando regularmente,
em voz alta, a nossa escolha definitiva.
7. Fazer o n.’ 6 respirando profundamente, sobretudo quando nos vem
uma grande vontade de fumar.
8. Mudar de alimentação e mastigar lentamente. Evitar os excitantes (bebidas alcoólicas, chá,
café, especiarias), as carnes e os alimentos
578
Tabagismo
pesados (fritos e molhos). Beber muitos líquidos de modo a eliminar a nicotina. Privilegiar os
frutos e os legumes bem como os
açúcares lentos. Utilizar a levedura de cerveja e o germe de trigo. Limitar o consumo de açúcar
e de feculentos.
9. Estar activo de modo a evitar as sonolências causadas pela falta de
tabaco, praticando regularmente um desporto ou a hidroterapia.
10. Ter um centro de interesse real, uma actividade apaixonante.
Outros métodos que ajudam
Pode optar por um apoio suplementar neste processo.
Acupunetura, auriculoterapia, mesoterapia...
Trata-se da introdução de agulhas em pontos específicos, que provocam a repulsa do tabaco.
Acupunctura
Geralmente são necessárias várias sessões, não obstante terem sido observadas vitórias desde
a primeira sessão em pacientes motivados. Os pontos escolhidos são variáveis em função da
técnica utilizada pelo praticante. Estes têm por objectivo restabelecer um equilíbrio energético e
sobretudo descontrair a pessoa. Este tratamento pode ser associado a sessões de psicoterapia.
O preço depende do número de sessões.
Auriculoterapia
Introdução de algumas agulhas em pontos específicos da orelha ou, mais recentemente,
introdução de um fio de nylon ou de um gancho, com
anestesia local, no centro do pavilhão do ouvido. Este tratamento não é doloroso. Pode durar
até 3 semanas (I ou 2 sessões).
Rosário antitabaco (derivado do método Coué)
Arranje um pouco de cordel e dê-lhe 6 a 7 nós. No primeiro dia, antes de pegar num cigarro,
repita uma ou duas frases curtas em cada nó, por
579
Tabagismo
exemplo: “Não devofumar O tabaco repugna-me.”, de modo a desvalorizar a imagem do
tabaco. Cada frase deve ser pessoal e criada em função da sua sensibilidade. Depois, acenda
normalmente um cigarro.
No dia seguinte, acrescente um nó. No 3.’ dia, acrescente mais outro nó...
Este método (grátis) exige perseverança e dá (a quem tem coragem para o praticar) excelentes
resultados (ao fim de 4 a 15 dias).
Homeopatia
Provoca uma desabítuação progressiva. Consiste em tomar uns granulados. O tratamento pode
ser feito em simultâneo com a acupunctura, a fitoterapia, a relaxoterapia, etc. O mé- dico
preconiza, geralmente:
- Tabacum 5 CH -Caladuin seguina 5 CH
- Avena sativa, sob a forma de tintura-mãe, à razão de 20 a 40 gotas,
1 a 2 vezes ao dia.
Hipnose
Indução da rejeição do tabaco por sugestão, num estado entre a vigília e o sono. Mas o número
de terapeutas é limitado, e o preço é, por vezes, elevado.
Mesoterapia
Microinjecção (em certos pontos de acupunctura) de agulhas múltiplas e de uma mistura de
produtos, entre os quais um anestésico. Tem um efeito complementar à acupunctura, já que se
acrescentam os produtos injectados. Método não doloroso. Preço variável em função do número
de
sessoes.
Fitoaromaterapia
Uma cura de desintoxicação pode ser acompanhada de inúmeras plantas. Em particular: a
canela, o limão, a segurelha, o sassafrás, o espinheiro-alvar ou a árvore-da-canela.
580
Tabagismo
Estas plantas podem ser tomadas sob a forma de drageias, de tintura-mãe ou de óleos
essenciais. O médico fitoterapeuta escolhe a(s) que considera mais adaptada(s) ao seu caso.
O preço do tratamento é variável. Quanto às plantas, o seu preço é abordável... e não
ultrapassa o preço de um maço de cigarros!
Produtos de substituição
Respirar óleos essenciais pode ajudar a vencer a dependência: coentros, funcho, eucalipto,
gerânio, orégãos ou sassafrás. Quando tiver vontade de fumar respire algumas gotas de uma
destas essências, em frasco, dissolvidas em álcool (ou num dispersor). O seu farmacêuticoervanário pode preparar-lhe esta mistura e aconselhá-lo.
Terapia de grupo
Em todos os países existem associações ou ligas que apoiam quem deseje deixar de fumar. Se
é o seu caso, contacte uma dessas associações e siga um dos muitos planos de combate à
dependência do tabaco. Prefira as terapias de grupo, pois, além de serem mais animadas,
permitem que os seus membros partilhem experiências e se apoiem mutuamente.
ó/O~ L1@/ftJ sassafrás
2 gotas, 3 vezes por dia (ajuda à desintoxicação)
CONSELHOS
Certos autores recomendam o consumo frequente de papas de aveia, considerada como
regeneradora e desintoxicante.
581
Tendinite 1 Ténia 1 Tensão muscular
oo Tendinite
r Reumatismos, p. 538.
Te"n i a
r Parasitas, p. 499.
Tensão muscular
S
6 deve aplicar estes tratamentos se a tensão muscular ocorrer depois de um esforço muscular
não habitual. Em todos os outros casos é indispensável consultar o médico.
A~Vio*
Bêtóníca + W19 + Erv.7-ursa + SO/Va
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão durante alguns
minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
j@@j ólWS Ossencisis*
Zímbro
- 3 gotas, 2 vezes ao dia.
582
MOSSOg007
Massagem com óleo de erva-de-são-joâo.
30 g de erva d"âo@oêo e 30 cabeças de camomila para meio litro de azeite.
Deixar macerar durante 8 dias ao sol (ou perto de uma fonte de calor). Para acelerar a
preparação aquecer em banho-maria durante 30 minutos e filtrar. Para tornar esta preparação
calorífica, misturá-la em partes iguais com álcool canforado.
Tiques
A 111nentof #o @
* Evitar: bebidas alcoólicas, especiarias, carnes vermelhas, cozinhados com manteiga, todos
os alimentos difíceis de digerir, pratos com molhos, charcutaria, enchidos, peixes gordos,
queijos fortes, conservas, etc.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, cereais integrais, trigo,
arroz, cevada, aveia, fruta fresca, cerejas, uvas, maçãs, peras, alperces, tomates, rabanetes,
rábanos, legumes verdes, etc.
JeJUM *
Pode ser praticado sem inconvenientes, 1 ou 2 dias por semana.
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
- Repouso, sono (ver p 134).
- Banhos quentes (ver p. 145). -Banhos de vapor (ver p. 147).
- Cinturão de Neptuno (ver p. 148).
Tiques
VC
r Nervosismo, p. 474. s tiques consistem em estremecimentos e movimentos incontrolados.
JO/0901 ‘85* Erw-cIdreIr.7 - Válerlâna Artem[sía - Cámomíl29
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez por dia.
ou Infuma Erw-cídr&íra + Valeriana + Art&mísIa -k Camomil.7
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ÓIOM OSSO0C101.9*
ser
pamota
2 gotas, 3 vezes ao dia. * Alternando, dia sim dia não, com:
Manjerona * 2 gotas, 3 vezes ao dia.
583
Torcicolos
AMOnfios de 1955ofito*
Mornos, 3 vezes por semana: 15 a 20 minutos. Terminar com um banho de assento, curto, frio
(1 ou 2 minutos). Logo que surjam melhoras: banhos de assento, frios ou com fricções, todos
os dias.
08/7/705 CfO Vã~
1 ou 2 vezes por semana.
6, óóóô,
Mornos, na cara, braços, coxas e pernas (frescos), todos os dias.
ALÉJf DISSO, O DR. BILZ RÁ1SCOXEN5I7A
- Fricções vigorosas e massagens nas partes atingidas e aplicação
de compressas quentes, renovadas várias vezes ao dia.
CONSELHOS
Evitar o stress, os ruídos violentos, a música forte, etc.
Torcicolos
V
er Reumatismos (p. 538).
O torcicolo manifesta-se por dores vivas na região do pescoço, que podem entravar e até
impedir os movimentos da cabeça.
Ocorre no seguimento de uma má postura durante o sono, de um resfriado, de um movimento
brusco, etc.
Compressas*
Compressas quentes, repetidas várias vezes ao dia.
584
Tosse
MA SSA GEM COM A PREPA P.4 ÇÃO DO DR CHOMEL
Para meio litro de azeite deitar 30 9 de erva-d"ão-joão + 30 cabeças de carnornila. Deixar
macerar durante 8 dias ao sol ou perto de uma fonte de calor (para acelerar a preparação,
aquecer em banho-maria durante 30 minutos e deixar repousar) e, em seguida, filtrar. Para
tornar esta preparação calorífica, misturá-la em partes iguais com álcool canforado. Massajar a
parte dorida, várias vezes ao dia.
Tosse
r Anginas (p. 234), Gripes (p. 420), Resfriamentos (p. 537).
Cípi-osté
* Utilizam-se os ramos jovens em
tisana para tratar as tosses rebeldes.
* Os cones têm fama de tratar as
hemorragias (a sua grande riqueza em taninos explica a sua acção acistringente,
vasoconstritora e anti-hemorrágica).
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 1 minuto e deixarem infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Funcho
* Utilizar como para a insônia (ver
p. 449).
Gríndéli.7
* Planta californiana, bastante diR~Itos fitotempêutICOS AlIcsçuz-glabro
* Infusão de 20 g de raiz em 1
copo de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Alf.?rrobeira
* Utilizar o xarope dos frutos: espremer o sumo do fruto.
* Tomar 2 ou 3 colheres por dia.
Anís-vorde
* Infusão de 15 g de sementes
esmagadas em 1 litro de água a ferver, Deixar em infusão duran_ te 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
585
Transpiração excessiva
fícil (mas possível) de encontrar na Europa porque é raramente cultivada.
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Murta
* Infusão das folhas (aconselhada
sobretudo aos fumadores).
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PíMP117e1.7
* Infusão de 20 g em 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Um médico italiano do século xvii
dizia que “esta planta dissolve os humores”.
* Utiliza-se para a asma e para as
febres catarrais.
Tanchagem-lanceolad.7
* Infusão de 20 g de folhas em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Pode também tomar-se sob a
forma de xarope: 30 g de folhas para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em
infusão durante 20 minutos. Filtrar e acrescentar 100 g de mel.
* Aquecer em lume brando e tomar à razão de 1 colher, de sopa, 2 ou 3 vezes ao dia.
TOMíl170
* Infusão de 20 g de flores em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Também se pode utilizar em infusão num banho (duplicar a quantidade de planta).
Tomi1170-&rva-ursa
* Infusão de 10 g em 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos (acrescentar 2
colheres de mel).
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Vorbasco-branco
* Infusão de 20 g de flores secas
em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
o Transpiração excessiva
pode ter diversas origens: doenças infecciosas, excesso de bebidas (especialmente cerveja,
bebidas alcoólicas), obesidade ou suores nocturnos.
É necessário procurar as causas.
586
Transpiração excessiva
~vei
46.9*
Centáurea-pequena @ G9valínha - Salva - Noguelra
1 a 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Gentáurea-pequena + Ga Valinha + Salva + Noguelra
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 30 segundos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 O.55017C1,815*
Pinho
1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ÁRRIffios do .05601740*
Mornos, no início, durante 3 a 5 dias, e depois frios ou com fricções. Dia sim dia não.
ÁROMIOS d119 VZ”/’*
2 vezes por semana.
DUCI?eS o ofusões *
Dos braços e das pernas, alternando, dia sim dia não, com o tronco e as costas. Afusões
completas (fulgurantes),
3 vezes por semana.
.411/MI7~0*
Evitar, especialmente em caso de obesidade ou de excessos alimentares e de líquidos: bebidas
alcoólicas, vinho, cerveja, açúcar, pastelaria, chocolate, gorduras animais, carnes gordas,
charcutaria, caça, sal, conservas, queijos fortes, pratos com molhos, maionese, gastronomia
rica, etc. Allimentos privilegiados: legumes verdes, fruta fresca, saladas, alcachofras, cebola,
alho, cenouras, laranjas, toranjas, uvas, couves, couve-roxa, cerefólio, salsa, alperces. Como
bebidas: água ou as infusões acima indicadas.
jejum *
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
- Endurecimento (ver p. 132). -Andar de pés descalços no orvalho, especialmente na
Primavera.
587
Tremores
Tremores
V
er também Nervosismo (p. 474), Trata-se de movimentos ou estremecimentos involuntários,
podendo ocorrer em diferentes partes do corpo.
Podem também resultar de um choque emocional.
Á0/890185* Erva-de-sãó@1oão - Erv.7-cidroIra - Valerlana - Anis- V&rdO
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 11MUSãO Erva-de-são-joão - Erv.?-cídreíra - Valeríam? - A17is- ~de
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 3 a 5
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ól~S OSSOMIZIS M.?nj--rOn.7
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁROMIOS de ~Olito*
* Mornos, durante 10 a 15 minutos.
* Se surgirem melhoras: banhos
de assento frios ou com fricções, todos os dia.
Lavagens*
Mornas, com 10 a 15 cabeças de camomila para 314 de litro de água. De manhã ao acordar.
56/7/105 dO V0P013 vezes por semana, seguidos de fricções frescas.
Do peito e dos braços, alternando, dia sim dia não, com as coxas e os joelhos.
Aliffiolimp#0*
Suprimir: todos os excitantes (chá, café, álcool, tabaco), vinho, cerveja, chocolate, conservas,
pratos com molhos e, de uma forma geral, todos os excessos de mesa, especiarias, cozinhados
com manteiga, sal, açúcar, charcutaria, maionese, etc.
588
Tumores
Alimentos privilegiados: funcho, beterraba, couve, saladas, dente-de-leão, papas de aveia,
fruta fresca, uvas, toranjas, laranjas, pêssegos, alperces, tangerinas, etc.
jejum *
Terapêutica indispensável a todas as doenças nervosas. Praticar 1 ou 2 dias de jejum por
semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
-Fricção total do corpo com água morna.
- Maillots de corpo, à noite: conservar durante 1 a 3 horas.
Tumores
onsulta médica indispensável.
Ver Cancro, p. 279.
TUMORES BENIGNOS
Ver Abcessos, p. 188.
589
O OR. BAZ RECOMEM4
- Aplicação de compressas mornas (25 a 300 C), que devem ser
mudadas quando começam a tornar-se desagradáveis.
- Envolvimentos e cinturão de Neptuno.
- Banhos de vapor na cama.
O PADRE KNEIPP RECOMEN524
- Para “amadurecer” os tumores, compressas de feno-grego, em
infusão: 20 g de planta para meio litro de água. Ferver durante
10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
PAR.4 os -umoRÁFs no EsMÁmoo, KNEIPP REcomENÁ24
- Afusões durante 4 semanas da parte superior do corpo.
- Semicúpio curto de 30 segundos a 1 minuto, 2 vezes por semana.
- Compressas COM 2 13 de água + 113 de vinagre, durante 1 hora
e meia.
- Infusão de cavalinha + bagas de zimbro: 2 pitadas de cada
para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 4 ou 5 chávenas ao dia.
U@V"z
- úlceras
-Uremia
-Urina (incontinência)
-Urina (retenção de)
-Urticária
-Varizes
-Velhice (Senilidade)
-Verrugas
-Vertigens .Vómitos
-Zona
-Zumbido nos ouvidos
úlceras
p, Ulceras
P
oú
dem ter diversas formas: úlcera do estômago, úlceras varicosas ou
Icera do duodeno. Consulta médica indispensável. Ver também Abcessos (p. 188), Pele (p.
504).
úLCERA DO ESTÔMAGO
Consulta médica indispensável.
0/Rgalas * cr.7VO-de-defunto ou&lídóní,7 - UrtIga - sa/v.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU ffiffiSãO Cr.7VO-d&-defunto + QU&Ildóní<g + Urtíga + salva
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ólem essenciais :@1@ Genour.,
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternando, semana sim semana não, com:
C81nomila
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPffissas*
Infusão de “flores de feno”, aplicadas no abdômen durante 1 hora e meia.
100 g de ffiores de feno” para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos.
Quando surgirem melhoras:
* Afusões dos joelhos e do tronco,
todos os dias.
* Semicúpio frio de 1 minuto, 2
vezes por semana.
ÁRO171705 £0 .8556fitO *
* 1 vez por dia, durante 10 a 15 minutos. * Terminar com um banho de assento curto e frio.
ÁILT/7/705 de Va~ *
- Dos pés, 3 vezes por semana.
Afu
5605
- Das pernas e dos braços, todos
os dias.
592
úlceras
Recel~ Motelapêuticos Alcaçuz-gl.gbro Em infusão: 10 g de paus de alcaçuz para meio litro de
água morna. Deixar em infusão durante 30 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Teofrasto
prescrevia-o contra as úlceras e para acalmar a sede.
Camomíla-pequena
* Em infusão: 10 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Couve
* Consumir em sumo.
* O sumo prepara-se num espremedor de legumes com couve crua.
* Tomar 2 ou 3 copos por dia, fora
das refeições.
1m17.9ça
* Em infusão: 10 g de sementes
para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 ou 2 chávenas por dia.
L írío-branco
* Prepara-se cozendo os bolbos
em leite (ou previamente cozidos em água). A cozedura dura cerca de 30 minutos. Consomem-se com leite, em caldo.
* Constituem um excelente alimento, mas também podem servir de cataplasmas para tratar as
úlceras.
Offio-d&-boi
* Utiliza-se por via externa sob a forma de loção e de cataplasmas para tratar as úlceras (e
também as inflamaçõ es e as aftas). * 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 3
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Aplicar 2 ou 3 compressas por dia.
.411me17&ç#o
* Mastigar lentamente os alimentos.
* Suprimir: as bebidas geladas ou
muito quentes.
* Evitar: bebidas alcoólicas, vinho,
cerveja, aperitivos, tabaco, café, o excesso de sal e de açúcar, charcutaria, pratos com molhos,
pratos apurados, cozinhados com manteiga, especiarias.
* Alimentos privilegiados: couve,
cenouras, maçãs, peras, papas de cereais, aveia, cevada, compotas, frutos e legumes frescos,
ananás, uvas, alperces, mel.
jejum
1 ou 2 dias por semana. Cura de fruta.
593
úlceras
O PADRE KNEW RECOMENDA
Uma alimentação sóbria, essencialmente composta de compotas e de lacticínios. E também o
consumo diário, a qualquer hora, da seguinte infusão, em pequenas quantidades:
Galega + Absinto e Galega , Salva Adoçadas com mel e tomadas alternadamente. Absinto elou
galega: 10 g de planta(s). Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 1 chávena por dia. Salva: 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos
e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
úLCERAS VAInCOSAS
Consulta médica indispensável. Ver Flebite (p. 404), Arteriosclerose (p. 242), Varizes (p. 598),
etc.
J0m901 ‘es * Harnarnélis - Cavalinha
- Betónica - Bétula
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Hamamélís + Cavalínha + Betónícz? + Bétula
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 055017CI.81.1 Murta
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPressas*
Com uma decocçâo de:
Casca de Carva117o + Urze -/- Hera
30 g de mistura em partes iguais para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em
infusão durante meia hora. Aplicar em compressas, 2 ou 3 vezes ao dia. E aplicação de: folhas
de couve, previamente lavadas e esmagadas, colocadas sobre a ferida.
8M7h05 OÇO 055017t0 *
Frios ou mornos, todos os dias.
594
úlceras
Affinentãoo *
Alimentação sóbria. Evitar: sal, conservas, pratos com molhos, maionese, especiarias,
cozinhados com an
M x: teiga, fritos, tabaco, álcool, e cesso de açúcar, pastelaria, bebidas instantâneas,
charcutaria, salmoura, etc. Alimentos privilegiados: germe de trigo, cereais integrais, trigo,
aveia, arroz, levedura de cerveja, couve, aipo, cebola, cerefólio, salsa, alho, cebola, maçãs,
peras, uvas, frutos e legumes frescos.
jejum
Fortemente aconselhado, 1 vez por semana. Cura de fruta.
O PA ORE KNEIPP RECOMENDA
Camisas húmidas, previamente embebidas em água salgada, quente ou fria, conservadas
durante 1 a 3 horas, 3 vezes por semana. Também se podem polvilhar as partes doentes com
pó de aioés ou de carvão de madeira de tília. Compressas com infusões de cavalinha. Kneipp
também recomenda vivamente a infusão de cavallnha:
20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
RECE17X5 ANI7GAS
- As bagas de zimbro esmagadas, aplicadas em cataplasmas, aliviam as úlceras. -0 marrolo em
unguento, coberto de mel.
O cardo bento em infusão. A tussilagem em infusão, aplicada em cataplasmas: 10 g de planta
para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
595
Uremia 1 Urina (incontinência)
Urernia
v
r Ácido úrico (p. 192).
Urina (incontinência)
V
er também Próstata (p. 527). Para a incontinência nocturna, evitar as bebidas à noite e
especialmente a cerveja.
‘01w90i8.9 * Lfl Mil-foffias (AquIleia)
Alternadamente, dia sim dia não, com:
Erva-do-são-joão
3 drageias por dia.
Mil-folhas (Aquíleia)
Alternadamente, dia sim dia não, com:
Erva-de-são-joão * 3 ou 4 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em
infusão durante 5 minutos. * Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
ólws O~OnCI.RIS
sassafrás
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
881711OS dO OSSOIMO *
Mornos, durante 10 a 15 minutos. Tomar os banhos cada vez mais frios, 3 ou 4 vezes por
semana.
Afusios
* Mornas, acompanhadas de fricções vigorosas no tronco, 1 ou
2 vezes por dia.
* Semicúpio frio (30 segundos),
andar de pés descalços (em água fria).
* Afusâo rectal, 3 vezes por semana.
n(@@ Alilmentação
* Sóbria.
* Evitar: excesso de bebidas, cer596
Urina (retenção de)
veja, álcool, alimentos pesados, cozinhados com manteiga, pratos com molhos, doces,
pastelaria, charcutaria, salmoura, etc.
Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes verdes, saladas, beterraba, couve, aipo, pão
integral, cenouras, etc.
Urina (retenção de)
onsulta médica. Micção difícil e dolorosa.
O/V90/OS * Alquequ&njé - Cardo-bento
Bredo - Verbasco-branco choupo
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 157AU.590 Alqu&quenje @. Cardo-bento + Bredo + Verbqsco-branco .@. G17OUPO
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
~ OSSOM1,91.9 *
Sassafrás
1 gota, 3 vezes ao dia, alternando, dia sim dia não, com:
TOMI1170
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRI/7/105 dO JISSOMO *
Mornos, todos os dias.
SsIffios de vapor *
Fazer em posição sentada, com uma infusão de cavalinha: 30 g de planta para 1 litro de água.
Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. Esta preparação pode ser
misturada com água e ser utilizada para um banho de assento morno.
A fus~ *
Rectais e diárias.
A111nefitação,*
Evitar: sal, charcutaria, pratos com molhos, maionese, conservas, doces, cozinhados com
manteiga, fritos, etc. Alimentos privilegiados: alho, cebola (crua), couve, funcho,
597
Urticária 1 Varizes
laranjas, toranjas, limôes, aipo, uvas, framboesas, amoras, mirtilos, frutos em geral, legumes
frescos, etc.
JOJU177
1 dia por semana. Cura de fruta.
O PADRE KNEW RECOMENÁVA
-Todos os dias, 2 ou 3 semicúpios mornos (5 a 15 minutos).
- Infusão: engos + salva: 20 g de plantas misturadas para 1 litro
de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
Urticária
v
r Pele (p. 504), etc.
Varizes
VA
er também úlceras varicosas (p. 592), Flebite (p. 404), Sangue (p. 549).
s causas são múltiplas.
DM901~ * Hamafnálls - Cast.7n17a-da- :531 -Indía - Bólsa-do-pastor Cavalínha
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 117fUSãO * hamamélIs + Castanha-da-índia + Bolka-de-postor + Cav.?Anha
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
598
Varizes
O DR. 81,W RECOMEM4
Banhos de vapor dos pés, diários. Terminar com loções frescas. Fricções suaves, com água fria.
FERIDAS DECORRENTES DE VARIZES
Utilizar as mesmas plantas recomendadas para a cicatrização de feridas (p. 396).
117fus~ *
Tr&vo-coroa-d&-roi, Rua-fétida
Trevo-coroa-de-rei: 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Rua-fétida: só sob receita médica.
ULCERAÇõES
=L_J@J cataplasmas A voloir,7
Fazer cataplasmas da casca:
20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
20 minutos. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
AMIROIMOÇãO
Evitar: bebidas alcoólicas, tabaco, excesso de sal e de açúcar, conservas, cozinhados com
manteiga, cozinha pesada e indigesta (pratos cozinhados),
charcutaria, salmoura, carnes gordas, queijos fortes, etc. Alimentos privilegiados: alho, cebola,
cenouras, couves, salsa, cerefólio, groselha vermelha, mirtilos, chicória, castanhas, citrinos:
laranjas, toranjas, limôes; dente-de-leão, rabanetes, tomates, pêssegos, alperces, germe de
trigo, levedura de cerveja, uvas, etc.
jejum
1 dia por semana. Cura de fruta.
599
Velhice (Senilidade)
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
- Afusões frescas das costas, das coxas e das pernas, todos os
dias.
- Envolvimentos e compressas quentes, feitas com decocções de
casca de carvalho: 30 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Fazer 2 ou 3 aplicações por dia.
CONSELHOS
-Evitar ficar de pé por períodos prolongados.
Velhice (Senflidade)
R
tardar os efeitos do tempo e conservar, até uma idade avançada, a
vitalidade, o vigor, a memória, o entusiasmo, a vivacidade, a paixão... Evitar a
sobrealimentação, combater a obesidade (uma das causas do envelhecimento precoce), a
sedentaridade e a inactividade.
Fazer, vãrlas vezes por ano, curas de:
[fii n/w901 ‘es *
Géleia real - Eleuterococo
2 a 4 drageias por dia, durante períodos de 4 a 6 semanas. E também:
Fucus vesiculosus - Própolís
- 2 a 4 drageias de cada.
O quaranã (sementes) prolongaria a vida.
O ginseng, o freixo, a angélica e a furnãrIa teriam as mesmas propriedades.
ól~ OSSOMISIS *
Cenoura (tejuvenescedor, age sobre a pele). Aipo (revitalizante).
600
Velhice (Senilidade)
*Limão - laranja - tangerina (rege nerad ores).
*Moscada (estimulante cerebral).
*Segurelha.
*Utilizar de acordo com as necessidades, 1 a 3 gotas, 2 vezes ao dia.
8817h05 dO V0POr *
Banhos de vapor 2 vezes por semana.
São revitalizantes e regeneradores.
A fusões *
Afusões da face e do peito, alternando com os joelhos e as coxas, dia sim dia não. Duche
rectal.
Ã1M77017~TO
A alimentação é, sem qualquer dúvida, um factor importante. De
acordo com o nosso modo de vida e a nossa alimentação, aceleramos ou retardamos os
processos de envelhecimento.
* Evitar: bebidas alcoólicas, vinho,
cerveja, aperitivos, tabaco, excesso de sal e de açúcar, charcutaria, salmoura, cozinhados com
manteiga, fritos, pratos com molhos, gorduras animais, pastelaria e, de uma forma geral, todos
os pratos ricos, cozinhados, etc.
* Alimentos privilegiados: a levedura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, frutos e
legumes frescos, cerejas, alperces, couve, castanhas, cenouras, aipo, morangos, pêssegos,
cerefólio, alho, cebola, salsa, etc.
jejum
É um excelente regenerador.
1 ou 2 vezes por semana. Cura de frutos. Um dia, a fruta.
CONSELHOS
-Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). Ver também: -Repouso (p. 134).
- Respiração (p. 137). -Regras de boa saúde (p. 13 0).
601
Velhice (Senilidade)
A FONTE DE JUVENTUDE E A BIOLOGIA MODERNA
Podemos evitar o envelhecimento?
Ladislas Robert define o envelhecimento do homem como “uma baixa da capacidade de se
adaptar a um ambiente em mudança e a coordenar as reacções às solicitações exteriores”. São
inúmeras as teorias que tentam explicar este processo. Todavia, todas as tentativas de
explicação do envelhecimento devem ter em conta vários fenômenos bem conhecidos dos
biólogos.
Cada espécie animal possui um tempo de vida específico. É certo que este nem sempre é fácil
de medir, mas existe. Assim, a duração máxima de vida observada em condições
cientificamente credíveis é, para o elefante, de 55 anos; para o rato, de 3 anos; para a aranha
“tarântuia”, de 20 anos; para as térmites, de 60 anos; para o peixe-gato, de 60 anos; para o
grão-duque, de 68 anos; e, para o homem, de 118 anos. É óbvio que estes
números têm apenas um valor aproximado e, pelo menos para certos organismos, parecem
estar largamente subestimados. Mas sabemos perfeitamente que existe na Natureza uma
fronteira inultrapassável.
Assim, podemos definir o tempo de vida pela quantidade de energia consumida. Esta
quantidade varia entre os 15 e os 20 milhões de calorias por um quilograma de peso ao longo
de toda a vida (o rato consome-a
durante 3 anos, o elefante durante 55 anos, etc.). O homem é um organismo excepcional
porque consome cerca de 40 milhões de calorias (mais do dobro do que os animais).
Os factores que aceleram o envelhecimento
O envelhecimento está associado à degradação de todas as funções fisiológicas e psíquicas, à
diminuição da eficácia do sistema imunitário
e ao aparecimento de várias doenças. O sistema imunitário começa a
tornar-se progressivamente mais autodestrutivo e tem cada vez mais dificuldade em diferenciar
os corpos estranhos. Certas doenças, aliás, têm
602
Velhíce (Senilidade)
por consequência o aparecimento prematuro de sintomas comparáveis aos
do envelhecimento. As mais espectaculares são a progéria e a doença de Hutchinson-Gilford. As
crianças atacadas por esta doença apresentam sintomas de envelhecimento precoce e morrem
de arteriosclerose galopante entre os 12 e os 14 anos de idade.
Existem duas outras doenças que também aceleram o envelhecimento: trata-se da síndroma de
Down (mongolismo) e a doença de Werner. Esta está associada a mudanças nos tecidos
conjuntivos bem como a certas
transformações bioquímicas do metabolismo celular e ao aparecimento de substâncias
desconhecidas nos organismos jovens, em particular as lipofuxinas (que dão um tom amarelo à
pele, característica específica das pessoas da terceira idade).
O ‘fenômeno de Hayflick” ou a divisão celular
Todas as investigações sobre o envelhecimento devem ter em conta o “fenômeno de Hayflick”.
Este investigador americano descobriu efectivamente que as células se caracterizam pelo seu
número limitado de divisõ es. Por outras palavras, as nossas células são mortais, e o nosso
relógio biológico é definido pelo número de divisões que nos são atribuídas (entre
40 e 70 para o homem). Hayflick conseguiu mesmo demonstrar que em certas espécies o
número máximo de duplicação da população celular era
proporcional à duração máxima de vida.
Existem contudo certas células que escapam ao fenômeno de Hayflick. É o caso das células
cancerosas e de certas células animais, como, por exemplo, as dos roedores (mais um
argumento em favor dos adversários da experimentação animal aplicada ao homem).
Compreender o processo de envelhecimento
Várias observações provenientes do mundo animal e vegetal podem ser-nos úteis para
compreendermos os processos de envelhecimento. No cogumelo podospora, por exemplo, o
envelhecimento pode ser contagioso e ser transferido de um organismo para outro. Por outro
lado, Michael
603
Velhice (Senilidade)
Rose, ao fazer cruzamentos com moscas que tinham uma grande longevidade, obteve
indivíduos que viviam duas vezes mais do que os
outros, da mesma espécie. Até se descobriu um dos genes responsáveis por esta excepcional
longevidade. Além disso, descobriu-se que o ambiente (as radiações e os factores químicos)
pode ter uma influência sobre o envelhecimento. Estudos sobre o fenômeno da neotenial (toda
a vida de um organismo decorre no estado juvenil, a maturação só chega em
certas condições extremas) dos vertebrados (como o axoloto) também nos podem ajudar a
compreender a complexidade do problema. Finalmente, sabemos ainda muito pouca coisa sobre
a percepção que o homem tem do tempo. Percepção esta que é subjectiva e, além disso,
dependente da temperatura ambiente.
A teoria dos evolucionistas
É interessante estudar o envelhecimento a partir da teoria evolucionista, porque, de acordo
com a teoria da selecção natural, os mecanismos dão a preponderância aos indivíduos jovens
(capazes de se reproduzirem). Os genes que codificam (se é que eles existem) a destruição da
vida poderiam deste modo ser seleccionados, se se provar que dão preferência aos indivíduos
jovens. Desta forma a natureza poderia favorecer os genes que codificam as hormonas de
reprodução e que, simultaneamente, são responsáveis pelo aumento do risco de cancro nos
indivíduos idosos.
O envelhecimento também é objecto de especulação entre os
evolucionistas do século xix. Para alguns deles, este fenómeno está ligado à reprodução sexual.
Para outros, a responsabilidade incumbe à especialização celular.
Finalmente, os fisiólogos evolucionistas avançam a hipótese segundo a qual o envelhecimento
seria definido pela dimensão adulta dos animais porque, para certos fisiólogos (fenômeno
observado nos peixes), o envelhecimento começa no momento em que pára o crescimento, já
que os
reguladores funcionam sempre.
1Neotenia: coexistência, no mesmo animal, de caracteres larvares e de faculdades
reprodutoras.
604
Velhice (Senilidade)
Outros pensam também que o envelhecimento está relacionado com a utilização energética de
oxigénio (oxidante poderoso) pelo nosso corpo.
A biologia moderna avançou várias teorias para explicar as causas e
os mecanismos do envelhecimento. Existe uma teoria segundo a qual a
morte está codificada no ADN, e é a execução deste programa genético que nos faz envelhecer
e morrer.
Leslie Orgel, por seu lado, propõe “a teoria das catástrofes causadas por erro”, segundo a qual
os erros de produção de proteínas fazem envelhecer as nossas células. A perda da capacidade
de auto-reparação do ADN é, para certos investigadores, a causa principal do envelhecimento.
Mas também se fala da alteração da concentração hormonal e do declínio do sistema imunitário
(para certos bió logos é a única causa do envelhecimento).
Uma única constante: todas as teorias degenerativas do envelhecimento levam em conta as
condições ambientais, que alteram o funcionamento do metabolismo, bem como os radicais
livres e a radioactividade.
É evidente que estamos nos antípodas de uma teoria única. Assim, enquanto uma teoria viável
do envelhecimento não tiver sido proposta, todos os remédios contra o envelhecimento (cada
vez mais numerosos) terão apenas efeitos superficiais, ou seja, não serão capazes de diminuir
certos riscos ambientais (poluição pelos radicais livres, pela acção dos antioxidantes, mas neste
caso não devemos esquecer que o nosso próprio organismo também produz radicais livres).
Na realidade, o envelhecimento é talvez inerente à natureza e, neste caso, é preferível aceitálo. Aldous Huxiey, no seu romance After Many a Summer, apresenta homens pluricentenários
(graças ao consumo das entranhas das carpas), que pagam esta longevidade com uma
regressão fisiológica e mental que os faz voltar ao estado de macacos. É uma visão optimista
das consequencias eventuais da intervenção humana no património genético e evolucionário.
Podemos evitar a degradação das nossas capacidades mentais?
A degradação do sistema nervoso é para o homem uma das consequências mais penosas do
envelhecimento. Será possível escaparmos a esta
605
Velhice (Senilidade)
degradação, tantas vezes humilhante? Os estudos sobre o comportamento humano mostram
todavia que o envelhecimento não se acompanha obrigatoriamente da perda das nossas
faculdades intelectuais. Bernard Shaw, que ainda escrevia com a idade de 94 anos, é um bom
exemplo.
As pessoas que não sofrem de doenças neurodegenerativas (como a
doença de Alzheimer ou de Parkinson) compensam as perdas de certas regiões cerebrais: o
cérebro dispõe, com efeito, de reservas ainda mal conhecidas da ciência. Também acontece
frequentemente as pessoas idosas perderem uma parte da sua agilidade intelectual, mas, em
contrapartida, conservarem as suas performances intactas. É evidente que as alterações
observadas na fisiologia e na anatomia do cérebro se repercutem em todos os órgãos, e os
processos são agravados pelas doenças neurodegenerativas. Mas os médicos têm, muitas
vezes, dificuldade em distinguir o início destas doenças do envelhecimento natural. Além disso,
não conhecemos nem as causas nem os mecanismos destas patologias. Devemos dizer, para
concluir, que ainda não sabemos quais são os processos do envelhecimento do cérebro.
Que meios temos para retardar o envelhecimento?
Uma das principais questões é saber se o nosso modo de vida altera o nosso processo de
envelhecimento e acelera a deterioração do sistema nervoso. Os investigadores da
Universidade de Utab demonstraram o efeito benéfico dos exercícios físicos na preservação das
capacidades mentais. Em contrapartida, as drogas parecem ter uma acção nefasta, bem como
a dependência de certos medicamentos como o valium, os ansiolíticos e os estimulantes.
O papel do regime alimentar ainda foi pouco explorado e continua pouco conhecido. Sabemos
que um regime pouco calórico retarda a degencrescência dos neurónios. Também foi
demonstrada a acção benéfica de certos antioxidantes (como a vitamina E). Mas a grande
maioria destes resultados deriva da experimentação animal. Devemos, por conseguinte, ser
prudentes quanto à sua interpretação e extrapolação para o homem.
606
Verrugas
Verrugas
T
ro
ata-se de excrescências que aparecem geralmente nas mãos e nos pés. s autores antigos
fornecem inúmeras receitas para curar as verrugas.
ólws e~encixis @@JJ Tuio
Aplicar várias vezes ao dia.
R~1~ @3f fitotempéu#cos Cr.?vo-de-defunto
Esfregar as verrugas com as flores de cravo-de-defunto.
QuelidónIã (t.7mbém cInimada Ervo-das-verrugis)
O sumo de quelidónia fresco, em aplicações diárias. Ou, alternativamente, tintura-mãe de
quelidónia: algumas gotas em aplicações diárias.
Ou, alternativamente, aplicações de tintura-mãe de cravo-de-defu n to.
AlIffien~o *
Privilegiar uma alimentação rica em magnésio: pão integral, cereais integrais, nozes, avelãs,
tâmaras, castanhas, algas marinhas, espinafres, levedura de cerveja, germe de trigo, produtos
da colmeia, uvas, beterrabas, rabanetes, fruta fresca, etc,
O DR. BILZ RECOMENUAI
- Colocar as partes atingidas, mãos e pés, dentro de água durante
15 minutos e aplicar, em seguida, o sumo de 1 cebola. Repetir de manhã e à noite, até
desaparecerem as verrugas.
CONSELHOS
Tentar também: alho esmagado, aplicado como unguento, conservado e renovado várias vezes
por dia.
607
Vertigens
Vertigens
C
onsulta médica indispensável. Ver eventualmente Náuseas (p. 472), Síncopes (p. 565), Vómitos
(p. 609). É necessário procurar as causas, que podem ser múltiplas: abuso de bebidas
alcoólicas, abuso de certas substâncias medicamentosas, doenças do ouvido, hipertensão,
ruídos estridentes, músicas violentas, stress, cansaço, abuso de tabaco, de narcóticos,
contrariedades ou choques emocionais.
É necessário agir imediatamente sobre a causa logo que esta tiver sido identificada.
Á0m901
w.9 * Cavalínha - Prímavel-a monta - Erva-Cídreira - Tília
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO Cavalinha + PrImaver.7 + Menta + Erva-cidreira + Tília * 2 pitadas de cada planta
para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 3 a 5 chávenas
por dia, entre as refeições.
ól~ 055017C1,11.9 M.9níer017a
3 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRRIMIOS dO OSSOIMO *
Banhos de assento frios ou banhos de assento com fricções, todos os dias.
Lavagelis *
Fazer uma infusão com 20 cabeças de camomila em meio litro de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Fazer a lavagem, de manhã, em jejum, e
conservar durante 20 minutos, se possível.
Ronhos de vapor
3 vezes por semana.
Afusões diárias dos braços, das coxas e da cabeça, mornas no início e, em seguida, mais
frescas,
608
Vómitos
AlIMOIMOÇãO
Deve ser sóbria. Pratique uma boa mastigaçâo. Evitar: tabaco, álcool, vinho, cerveja, café, chá,
pratos cozinhados, excessos alimentares, maionese, cozinhados com manteiga, gorduras
animais, carnes gordas, conservas, charcutaria, enchidos, pastelaria, etc.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, cereais, nozes, couves, alho, cebola, saladas
tomates, espinafres, fruta fresca, cerejas, alperces, maçãs, peras, limões, toranjas, etc.
‘
jejum
Pode ser praticado 1 ou 2 dias por semana. Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
-Exercícios físicos moderados. -Relaxamento (ver p. 137). -Evitar os movimentos bruscos.
VÓMitos
V
er também Náuseas, p. 472. As causas são diversas. Consulta médica indispensável se os
vómitos persistirem. Se surgirem após abusos alimentares ou de bebidas alcoólicas: fazer uma
dieta.
Infil
Hortelã-pimenta + Tomiffio + Tílía
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água.
- Tomar 3 a 5 chávenas por dia. F//41MWS 055017CI.815 *
Erva-cídreír.i ou Sândalo
- 2 gotas, 2 ou 3 vezes por dia.
609
Zona
Zona
V
er também Herpes, p. 426. Aparecimento de vesículas num dos lados do tórax, geralmente
precedidas de dores mais ou menos violentas.
Também pode ser oftálmica. Consulta médica indispensável.
0m901 ‘es * Esc@?bíos.7 - Fumáría - Énula-Campana - Labaç.7
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infuzão EscaNosa + Fumáría + Énul.?-camp.7no + Labaça
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 3 a 5 chávenas por dia.
óIOM OSSOnc1.11.q
2/41 Nardo
1 gota, 3 vezes ao dia, alternando, dia sim dia não, com:
Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMP~5
*
Certos autores recomendam a aplicação de folhas de couve dobradas e de compressas de
escabiosa em infusão.
Couve Aplicação de folhas de couve,
conservadas 1 a 2 horas. Repetir.
Escablosa *20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos. *Aplicar em compressas. Repetir várias vezes ao dia.
AMIDOIMOÇãO
* Evkar: todas as sobrecargas alimentares, pratos pesados e difíceis de digerir, pratos com
molhos, cozinhados com manteiga, maionese, charcutaria, enchidos, fritos, gorduras animais,
açúcar, chá, café, álcool, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, fruta e legumes frescos, cereais
integrais, cenouras, cerejas, cebola, alho, salsa, saladas, etc.
jejum
Aconselhado, 1 dia por semana. Cura de fruta. Um dia, a fruta.
610
Zumbido nos ouvidos
Zumbido nos ouvidos
dia.
Banhos *
* Em todos os casos:
* Banhos dos pés, derivativos, todos os dias.
* Banhos de assento, com fricções, dia sim dia não.
ÁRRIMIOS dO V0POr *
Seguidos de duches frescos e de fricções vigorosas.
P
odem ter diversas origens: bolas de cera, problemas do ouvido interno, hipertensão, deslocação
vertebral, envenenamento alimentar ou medicamentoso. Deve consultar um médico.
- O sumo de cebola num pouco de algodão instilado no ouvido acalma as dores e o zumbido.
óIOM OSSOMAVIS L@*jj Alcar.7viá
Diluir num pouco de álcool ou de azeite.
- 3 ou 4 instilações no ouvido por
dia.
7717MIo~o
Cimicifuga, tíi7tura-mãe
20 a 30 gotas, 2 vezes ao dia.
Gín~ biloba, Antuia-mãe
20 a 40 gotas, 2 ou 3 vezes ao
Dilcheq O.Ofusões *
Da face e dos braços, alternando com as coxas, dia sim dia não.
AlIffientaÇão
Simples e sóbria: fruta da estaçáo, saladas, frutos secos, óleos virgens, pouco sal, pouco
açúcar, suprimir as especiarias. Contm-indlcações: charcutaria, cozinhados com manteiga,
fritos, pratos com molhos, conservas, bebidas alcoólicas, etc.
jejum
Recomendado. Cura de fruta.
611
Zumbido nos ouvidos
CONSELHOS
Evite os excessos de trabalho, a exaustão, o nervosismo, a insônia, a obesidade e a prisão de
ventre.
612
CONCLUSÃO
ENVELHECER... MAS CONTINUANDO JOVEM
Combater os efeitos do tempo não é uma coisa fácil. E, se até agora não se descobriu nenhuma
pílula mágica, certas receitas contra o envelhecimento fizeram a fortuna dos seus promotores...
e isto, podemos afirmar, sem trazerem quaisquer benefícios visíveis. Muito pelo contrário,
certos tratamentos que produzem uma “melhoria” passageira são extremamente controversos
e, muitas vezes, nocivos a longo prazo. Com efeito, os sistemas de funcionamento do nosso
corpo são muito complexos, e não basta
- nem por sombras - acrescentar uma substância que aparentemente nos
falta, para preencher essa deficiência. Seria demasiado simples porque, nesse caso, já teríamos
resolvido todos os problemas de saúde que pudessem eventualmente surgir.
O que é realmente a juventude?
Inúmeras investigações e observações descrevem a vida dos povos que têm um tempo de vida
longo e que ignoram a maioria dos males que atingem os homens e as mulheres dos países
industrializados. As suas
regras são simples e têm em comum o seguinte:
Todos os homens e mulheres, independentemente da idade, têm uma
actividade física e trabalham. Têm um regime alimentar sóbrio e praticam períodos de jejum.
São sociáveis, felizes e solidários.
Inspirámo-nos neles e propomos-lhe, a partir do seu modo de vida, estabelecer um programa
de juventude... que lhe permitirá durar sem ficar velho.
613
CONCLUSÃO
22 conselhos para viver muito tempo e com saúde
1 .Aprenda a distinguir os alimentos naturais dos alimentos artificiais.
2. Reintroduza os alimentos integrais na sua alimentação e consuma, de
preferência, cereais, arroz, trigo, pão, biscoitos, bem como óleos de primeira pressão a frio: de
azeitona, de girassol, de cártamo, de sésamo, etc.
3. Varie a sua alimentação, consumindo produtos provenientes de todos
os grupos alimentares.
4. Coma alimentos frescos e crus (todas as refeições devem incluí-los).
5. Consuma mais vegetais crus, legumes, alho, cebola e fruta.
6. Privilegie a cozedura dos alimentos a baixas temperaturas.
7. Cozinhe com simplicidade. Evite as misturas e os pratos complicados.
8. Utilize as bebidas fisiológicas. Escolha a sua água de mesa e
beba em quantidade suficiente.
9. Coma alimentos de cultura biológica ou cultivados de forma
tradicional.
10. Respeite as refeições e coma com tempo. Não hesite emeonsumir
produtos como o pólen de flores, a espirulina, a levedura de cerveja, as algas marinhas, o
germe de trigo, a geleia real, a acérola e o falso-escambroeiro (estes dois frutos são ricos em
vitaminas do grupo C), o ginseng, o eleuterococo, a cavalinha, etc.
11. Consuma grãos germinados, especialmente o trigo germinado.
12. Diminua o seu consumo de sal e evite o açúcar.
13. Preencha as suas carências com suplementos alimentares (durante
períodos curtos e, se possível, sob os conselhos de um especialista).
614
CONCLUSÃO
14. Drene o seu organismo (existem inúmeras infusões que podem ajudar: tomilho, alecrim,
boldo, sabugueiro, rainha-dos prados ... )
15. Faça, de tempos a tempos, uma dieta que regenere o seu organismo.
16. Pratique curas de fruta, especialmente no início da Primavera e no
Outono (alperces, uvas), 1 dia por semana.
17. Pratique também curas de legumes crus (sobretudo couve,
saladas verdes, beterrabas, cenouras, aipo, alcachofras, etc.)
18. Abandone os excitantes tais como o café, o chá, o álcool, o
tabaco, etc.
19. Trate-se naturalmente e só recorra a outros tratamentos quando for
obrigado a isso.
20. Introduza mais actividades físicas na sua vida e pratique-as
sistematicamente todos os dias: andar a pé, de bicicleta, nadar, etc.
21. Continue a ter uma actividade voluntária ou remunerada, mesmo
depois de passar a idade da reforma.
22. Respeite o seu tempo de repouso dormindo suficientemente.
Prepare os seus elixires de juventude
Se acreditarmos nos seus autores, estes elixires são particularmente eficazes.
E1IXIr dik M117h8 £fO HU17gdO
(citado inúmeras vezes)
- Misture (em partes iguais) os
óleos essenciais seguintes, de modo a obter 5 ci de preparação:
Cedro + Alecrim + Terebíl7tíM?
O seu farmacêutico-ervanário pode preparar-lhe esta mistura, à base de óleos essenciais ou de
tintura-mãe.
- Pode ser feita numa garrafa de
vinho de boa qualidade.
615
CONCLUSÃO
* Tomar 1 cálice, de licor, 1 vez ao
dia.
Eluir d&g longo Vide su~
* Prepare os ingredientes seguintes:
Açafrão oriental (3 g), Zedoária (3 g), Agárico-branco (3 g),
Genclana (3 -Q), Ruibarbo (3 g), Aloés socotrii7.7 (Mg), Maná (30 _q), Ter1.7 ,ça d& Veneza (3
@ç)
Macerar durante 9 dias em 1 litro de aguardente. Tomar 10 gotas num pouco de água, todas as
manhãs.
As plantas, sob todas as formas, também o podem ajudar
Existem outras plantas com os mesmos poderes: o eleuterococo, o ginseng, a noz de cola, a
segurelha, as folhas de carvalho (em infusão), o guaraná, o samo de tília, etc.
Existem todas nas ervanárias sob a forma de drageias, de pós e de tintura-mãe.
A1170
O alho fresco é também recomendado. Esmagar 1 dente de alho e barrar juntamente com
azeite uma fatia de pão integral. Tomar ao pequeno-almoço.
Ca valínha o Urtíga São ambas remi neral izantes.
FreIxo
O freixo tem, em particular, a fama de ser uma planta que “fabrica” centenários. Utilize-o sob a
forma de infusão,
à razão de 2 ou 3 chávenas por dia (tomar imperativamente até aos 120 anos e mais, se
possível): 40 g de folhas secas para
1 litro de água a ferver.
Ginseng
Em infusão: 10 9 de folhas frescas ou 20 g de folhas secas para meio litro de água a ferver.
Deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 1 chávena 2 vezes ao dia.
fiabaneté e Alcachofra
Têm uma acção depurativa.
616
CONCLUSÃO
Ramos de Aípo Confeccione caldos de ramos de aipo, que possui propriedades revitalizantes.
Vínho de Alecrím
1 litro de vinho de Jerez ou de
Porto para 6 ou 7 ramos ou um punhado de folhas de alecrim. Macerar dentro de uma garrafa
bem fechada durante 1 mês. Filtrar. Beber 1 pequeno cálice, antes das refeições.
Estes elixires, bem como todos os produtos naturais, protegem contra as doenças e reforçam o
capital vital. Porque, de que nos serve viver até uma idade avançada com uma mobilidade
deficiente, com as nossas faculdades diminuídas e falta de energia para levarmos a bom termo
novos projectos?
Se seguir os nossos 22 conselhos de juventude, viverá mais tempo, activo e feliz e em plena
posse do máximo das suas capacidades.
E, para tal, basta ter presente no espírito o último conselho, que é também sem dúvida o mais
precioso:
ESTABELEÇA METAS, TENHA OBJECTIVOS
Faça projectos que o motivem, que o estimulem a aprender, a empreender, a partilhar.
Aprenda a desenvolver os seus talentos independentemente da sua idade.
Este é certamente o maior segredo da longevidade e, sem ele, os nossos segredos de cura pelo
poder da natureza só servem para sobreviver e não
para viver.
O futuro, caro amigo leitor, pertence-lhe. Está entre as suas mãos. É a si que cabe fazer dele
uma fonte de plenitude e de felicidade.
617
LÉXICO Ir DOS TERMOS CIENTIFICOS
UTILIZADOS
A
Acção enzimática: acção de uma enzima (catalisa as reacções). Acidose: impregnação ácida dos
tecidos derivada de um excesso de ácido
ou de uma deficiência de bases. Adaptogéneo: factor (uma substância, uma planta) que
aumenta as capacidades adaptativas do organismo ao meio exterior. Adenite: inflamação dos
gânglios linfáticos. ADN - ARN: á cidos nucieicos que têm um papel-chave nos processos de
hereditariedade. Adstringente: que exerce nos tecidos vivos uma acção que visa apertá-los. A
“Grande Teriaga”: os livros de Nicandro (médico da escola grega da
Ásia) fornecem várias fórmulas das teriagas (relacionadas com os
antídotos contra os animais venenosos) e dos alexifármacos (venenos e contravenenos).
Aldolase: ver Enzima. Aldosterona: hormona da glândula supra-renal. Tem uma papel regulador
em diversos processos metabólicos (ex,: o metabolismo iónico, o metabolismo da água, o
metabolismo dos açúcares). Alporca (escrófula): termo utilizado até ao final do século passado
e que
agrupa várias patologias (adenopatia, anginas ulcerosas, mononucleose). Aminas: compostos
obtidos pela substituição por radicais hidrocarbonados
univalentes do hidrogénio e do amoníaco (NH3).
619
LÉXICO DOS TERMOS CIENIFICOS UTILIZADOS
Anabolismo: parte construtiva do metabolismo, conversão de compostos
simples em compostos mais complexos; o anabolismo está ligado ao
armazenamento da energia (ex.: a fotossíntese). Antiespasmódico: que tem uma acção
inibidora nos espasmos e nas
contracções. Anti-radicular: que impede ou neutraliza a acção dos radicais livres. Antibiótico:
substância que inibe o desenvolvimento e/ou que mata os
microrganismos. Antiblenorrágica: que tem uma acção terapêutica sobre a blenorragia (doença
infecciosa microbiana causada por gonococos). Antifúngico: que tem uma acção inibidora ou
que destrói os fungos. Antigonocócico: que tem uma acção inibidora ou que destrói os
gonococos. Antimitótico (citostático): que impede a mitose (divisão indirecta da
célula) (ex.: a colquicina). Antipsoríaco: que tem uma acção inibidora na psoríase. Associação
Irito-ortornolecular: associação de plantas e de vitaminas.
Terapêutica utilizada pela medicina ortomolecular. Astenia: falta de forças, estado de
depressão, de fraqueza.
B
Bactericida: que mata as bactérias. Bacteriostático: que inibe o desenvolvimento das bactérias.
Biostático: que estabiliza os parâmetros biológicos.
c
Cardiorniopatia: doença do músculo cardíaco. Catabolismo: parte destrutiva do metabolismo;
conjunto de reacções metabólicas que degradam os componentes químicos complexos em
componentes mais simples. Este processo está ligado à libertação de energia. O exemplo do
catabolismo é a respiração celular. O oposto ao
catabolismo é o anabolismo (anabolismo + catabolismo = metabolismo).
620
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
Catarrais: ligados à inflamação das mucosas.
Cenurose: parasitismo acidental e excepcional de um organismo humano
por larvas do tipo cenuro (larvas de certas ténias normalmente presentes nos tecidos celulares
dos coelhos, das lebres e de outros roedores). Citostático: ver Antimitótico.
Coloidal: estado de uma substância dispersa num solvente, quando as
suas moléculas (moléculas grandes ou macromoléculas) se agrupam em micelas e têm uma
carga eléctrica do mesmo sinal. Os colóides têm uma aparência de cola ou de geleia e não
conseguem atravessar uma membrana sernipermeável. Compostos fenólicos: compostos
aromáticos que contêm um ou vários
grupos hidroxílicos (-OH). Córtico-supra-renal: periferia da glândula supra-renal (córtex) cujas
hormonas são reguladoras do metabolismo. Criptogamas: no antigo sistema, um dos dois
ramos do reino vegetal (por
oposição aos fanerogamas); plantas que possuem órgãos de frutificação pouco aparentes,
plantas com esporos, algas, cogumelos, líquenes, fetos, equissetos e licopódios. Cromatografia:
método de análise química por separação, relacionado
com as técnicas e os princípios utilizados para a separação. Existem vários tipos (cromatografia
por absorção, cromatografia por troca, cromatografia sobre coluna, cromatografia sobre papel,
em camadas finas, em fase gasosa, HPLC, etc.).
D
Derivativo: que efectua uma derivação (acção de deslocar um foco inflamatório para o exterior
ou para os órgãos menos importantes). Descongestionante: que faz cessar a congestão
(tensão, turgescência, afluxo
de sangue numa determinada parte do corpo). Desidrogenase: ver Enzima. Doenças
ateromatosas, Ateroma: lesão crónica das artérias; nome por
vezes atribuído à arterite crónica.
621
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
Doparnina: neurotransmissor que participa na transmissão entre as células nervosas. É
também um produto intermediário da síntese da adrenalina.
E
Encefalomielite: variedade de encefalite.
Enzima: catalisador orgânico, substância produzida por uma célula viva,
a enzima (proteína ou ácido nucleico) catalisa uma reacção específica. Classificam-se as
enzimas por categorias, de acordo com as reacções cata.lisadas (oxido-reductases,
transferases, hidrolases, peptidases, isomerases, ligases, etc.). Eritrócito: glóbulo vermelho do
sangue. Escória sanguínea, crassamen, crassarneenturn: coágulo. Espirométrico: que tem uma
relação com a capacidade respiratória pulmonar.
Estase: paragem ou abrandamento da circulação ou do fluxo de um líquido orgânico.
Expectorante: que ajuda a expectorar (os materiais que obstruem as vias
respiratórias, os brônquios). Extravasamento: derramamento de um líquido orgânico para fora
dos
vasos.
F
Fagocitose: absorção das bactérias e de outros corpos estranhos pelos
fagócitos; é um dos processos da defesa celular. Febrífugo: que combate e cura a febre.
Fibroplastas: células cuja função é a forrnação de tecido conjuntivo. Fleumónio (Fleumão):
inflamação do tecido conjuntivo que separa os
órgãos.
Fosfatase: ver Enzima.
622
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
G
Gemoterapia: parte da fitoterapia que utiliza os rebentos. Genotóxico: que tem uma acção
tóxica no aparelho genético. Glicoproteína: proteína composta (contém açúcar). Gónadas:
glândulas sexuais (testículos e ovários) que produzem as gâi-netas (células reprodutoras
sexuadas). Gravela (ou doença das pedras): termo utilizado antigamente para designar os
cálculos renais.
H
Hematológico: relacionado com o sangue. Hemoptise: escarro de sangue proveniente das vias
respiratórias (por
hemorragia das vias respiratórias ou dos órgãos vizinhos). Hepato-lenticular (necrose):
variedade de necrose do fígado. Heterósidos antracénicos: grupo de compostos orgânicos.
Higroscópico: relacionado com a humidade do ar. HipergIobulia, Hiperglobufinemia: aumento
da quantidade de glóbulos
no soro sanguíneo. Hipertermia (por oposição a hipotermia): subida da temperatura do corpo
acima do normal. Hipogonadismo: estado de subdesenvolvimento das gónadas. Homeostase:
estado de equilíbrio do meio interno do organismo.
1
latrogénica (do grego iatros = médico): diz-se da doença originada por
um tratamento médico. Imunodeprimido: que tem o sistema imunitário deprimido.
Imunoestimulante: que estimula o sistema imunitário.
623
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
1somerase: ver Enzima.
1soterapia: que diz respeito aos isótopos (todos os átomos que têm uma
massa atómica diferente mas com o mesmo número atómico, portanto a mesma carga nuclear
e o mesmo número de electrões periféricos).
1sotópico: relativo aos isótopos (átomos possuindo massas atómicas diferentes, mas com o
mesmo número atómico, logo, a mesma carga nuclear e o mesmo número de electrões de
valência).
L
Leucocitose: aumento anormal do número de glóbulos brancos no sangue
ou numa serosidade. Leucopenia: diminuição do número de leucócitos no sangue.
M
Médline: base de dados, um dos bancos de informação mais importantes
sobre publicações médicas. Mitridático: de Mitridato, grande especialista em venenos.
Moraterapia: técnica de medição e de tratamento baseada nos mecanismos de alteração dos
campos electromagnéticos. Movimento biótico: movimento próprio de uma estrutura viva.
Mucilagem: substância viscosa contida em inúmeros vegetais.
N
Neurónio: um dos tipo de células nervosas.
Neuropatia: doença do sistema nervoso central, caracterizada por uma
grande impressionabi 1 idade e perturbações das funções psíquica e fisiológica. Nitrato: sal de
ácido nítrico (ou azófico) HNO,. Nitrito: sal de ácido azotado 11NO,
624
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
o
órgãos excretores: órgãos que asseguram a evacuação dos detritos metabólicos.
P
Parestesia: anomalia da percepção das sensações. Patogénico: que é causa de uma doença.
Peptidase: ver Enzima.
Péptidos: nomes de compostos químicos que têm uma ligação peptídica (-CO-NH-), as cadeias
de aminoácidos, os produtos da hidrólise das
proteínas. Peptónio: produto da transformação das proteínas pela pepsina. Perfil proteico:
exame de certas proteínas. pH: índice que exprime a concentração de iões de hidrogénio numa
solução por meio de uma escala logarítmica, Se o pH for inferior a 7, a solução é ácida; se for
superior, é alcalina. Pneumónico: relacionado com os pulmões. Polinevrite: nevrite periférica
infecciosa ou tóxica que atinge vários nervos.
Prolactina: hormona segregada pela hipófise e que acciona a lactação. Protozoário: ser vivo
pertencente ao Phy1um Protozoa, organismos
unicelulares que formam, por vezes, colónias, mas não possuem um desenvolvimento tissular
(ex.: foraminíferos, arnibas, radiolares, esporozoários, infusórios).
Queloterapia: terapia pelo uso de quelantes (complexos metalo-orgânicos).
625
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
R
Resistividade: resistência específica de uma substância. rH2: valor estatístico do electrão.
Representa o potencial eléctrico orgâ~
nico.
s
Sarcorna: tumor maligno que se desenvolve à custa do tecido conjuntivo,
composto de células proliferantes. Sedativo: que acalma, que modera a actividade funcional
exagerada de
um órgão ou de um aparelho. Siderose: infiltração dos tecidos pelo ferro. Simbiótico: que vive
em simbiose (associação durável e reciprocamente
benéfica de organismos). Substâncias citostáticas: ver Antimitótico.
T
Teratogenético: que provoca anomalias no desenvolvimento embrionário,
que pode, pela sua acção no embrião, produzir monstros. Tísico: atacado de tuberculose,
tuberculoso. Tradipraticantes: praticantes das terapias tradicionais. Transcriptase inversa: ver
Enzima. Transfosforilase: ver Enzima. Translocação bacteriana: movimento de substâncias
entre as diversas
bactérias. Tratamento enzimático: tratamento pela utilização de enzímas. Tromboelastograma:
resultado do estudo das variações na viscosidade
do sangue durante a coagulação.
626
r INDICE DAS PLANTAS
UTILIZADAS
e modo a indicar de forma correcta o nome das plantas citadas nesta obra utilizámos o índice
Sinonímico da Flora Francesa, de M. Kergulen, e a Flora Europaea. Recorremos também às
Floras Clássicas de Fournier e Bonnier. Para as espécies estrangeiras utilizámos, como
referência o índice Botânico do Jardim Real de Kew.
A
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Abacate, Persea gratissima, sinónimo Persea americana (Lauraceae)
Abeto, Picea excelsa (Pinaceae)
Abóbora ou Abóbora-menina (Cucurbitaceae)
Abóbora, Cucurbita pepo (Cucurbitaceae)
Absinto-oficinal, Artemísia absinthum (Compositae)
Acónito, Aconitum napellus (Ranunculaceae)
Ácoro-verdadeiro, Acorus calamus (Araceae)
Adónis, Adonis vernalis (Ranunculaceae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
Agrimónia, Agrimonia eupatoria (Rosaceae)
Agripalma, Leonorus cardíaca (Labiatae)
Aipo, Apium graveolens (Umbelliferae)
Alcachofra, Cyanara scolymus (Compositae)
Alcaçuz-glabro, Glycyrrhiza odorata (Fabaceae)
627
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Alcaparreira, Capparis spinosa (Capparaceae) Alcaravia, Carum carvi (Umbelliferae) Alecrim,
Rosmarinus officinalis (Labiatae) Alface-de-cordeiro, erva-benta, Valerianella olitoria
(Valerianaceae) Alface, Lactuca sativa (Compositae) Alfarrobeira, Ceratonia siliqua (Fabaceae),
ESPÉCIE PROTEGIDA!!! Alho-dos-ursos, Allium ursinum (Alliaceae) Alho, Alllium sativum
(Liliaceae, certos autores mais modernos aceitam
a existência da família Alliaceae) Alho-porro, Allium porrum (Alliaceae) Aliseiro, Sorbus
domestica (Rosacea) AIno, Alnus glutinosa (Betulaceae) Aloés (ver Fitoterapia das Plantas
Exóticas) Alquequenje, Physalis alkekengi (Solanaceae) Alteia-oficinal, Althaea officinalis
(Malvaceae) Amieiro-preto, Frangula alnus; sinónimo Rhamnus frangula (Rhamnaceae) Âmio,
Ammi visnaga (Umbelliferae) Amor-perfeito, Viola tricolor (Violaceae) Amora-branca e Amorapreta, Morus alba e Morus nigra (Moraceae) Ananás, Ananas comosus (Bromeliaceae) Ancólia,
Aquilegia vulgaris (Ranunculaceae) Anérriona, Anemona pulsatila (Ranunculaceae) Angélicaarcangélica, Angelica archangelica (Umbelliferae) Angélica-dos-bosques, Angelica sylvestris
(Umbelliferae) Anis-verde, Pimpinella anisum (Umbelliferae) Antílida, Anthyllis vulneraria
(Fabaceae) Aquileia, Mil-folhas, Achillea millefolium (Compositae) Arbusto-espinhoso (falso
escambroeiro), Hippophae rhamnoides (Elaeagnaceae) Arela-vermelha, Vaccinum vitis-idaea
(Ericeae) Argentina, ver Potentilha, Potentilia anserina Aristolóquia-comum, Aristolochia
clematis (Aristolochiaceae) Armoles, Atriplex hortensis (Chenopodiaceae) Amica-de-montanha,
Arnica montana (Compositae)
628
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
*
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*
*
*
Artemísia-comum, Artemisia vulgaris (Compositae)
Artemísia-mutelina, Artemisia unibelliformis, ou A. mutellina, (Compositae)
Ásaro, Asarum europa~ (Aristolochiaccae)
Aspérula-aromática, Galium odoratum, sinónimo de Asperula odorata, (Rubiaceae)
Assafétida, Ferula assafoetida (Umbelliferae)
Áster amelo, Aster amellus (Compositae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
Aveia, Avena sativa (Gramineae)
Aveleira, Corylus avellana (Betulaceae)
Azeda-comum, Rumex acelosa (Polygonaceae)
Azeda-crespa, Rumex crispus (Polygonaceae)
Azeda-pequena, Rumex acetosella (Polygonaceae)
Azevinho, Ilex aquifolium (Aquifoliaceae)
B
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*
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*
Bambu, Bambusa sp. (Graminae)
Bardana-comum, Arctium lappa (Compositae)
Batata, Solanum tuberosum (Solanacae)
Beladona, Atropa belladona (Solanaceae)
Bergamota, Citrus aurantium bergamia (Rutaceae)
Beringela, Solanum melongena (Solanaceae)
Betónica-oficinal, Stachys officinalis (Labiatae)
Bétula-branca, Betula alba (Betulaceae)
Bistorta, Polygonum bistorta (Polygonaceae)
Boldo, Peumus boldus (Monimiaceae)
Bolsa-de-pastor, Capsella bursa-pastoris (Cruciferae)
Borneol, Dryobalanops camphora (Guttiferae)
Borragem, Borrago officinalis (Boraginaceae)
Briónia, Bryonia alba (Cucurbitaceae)
Briónia, Bryonia dioica (Cucurbitaceae)
Brunela, Brunella vulgaris (Labiatae)
Buxo, BzLxus sempervirens (Buxaceae)
629
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Camomila (matricária), Matricaria chamomilla (Compositae) Camomila-romana, Chamaelum
nobile (Compositae) Canela, Cinnamonum zeylanicum (Laureceae) Canforeiro, Cinnamonum
camphora (Lauraceae) Caqui, Diospyros kaki (Ebenaceae) Cardamina, Cardamine amara
(Cruciferac) Cardamomo, Elleteria cardamomum (Zingiberaceae) Cardo-bento, Cnicus
benedictus (Compositae) Cardo-mariano, Silybum marianum (Compositae) Cardo-morto,
Senecio vulgaris; também se utiliza a Erva-de-são-tiago,
Senecio jacobae (Compositae) Carlina, Carlina acaulis (Compositae) Carvalhinha, Teucrium
chaemadrys (Labiatae) Carvalho-comum, Quercus robur (Fagaceae) Cascara-sagrada
(Rhamnaceae) Cássis (groselha preta), Ribes nigrum (Grossulariaceae) Castanha-d'água, Trapa
natans (Trapaceae) Castanha-da-índia, ver Castanheiro Castanheiro, Aesculus hippocastaneum
(Hippocastanaceae) Castanheiro, Castanea sativa (Fagaceae) Catalpa, Catalpa bignonioides
(Bignoniaceae) Cava] inha-do-campo, Equisetum arvense (Equisetaceae) Cebola, Allium cepa
(Alliaceae) Cebola-albarrã, Scilla biloba (Liliaccae) Cebola do mar, Drimia maritima, outro
nome; Urginea scilla (Hyacinthaceae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!! Cedro, Cedrus atlantica
(Pinaceae) Cedro, Cedrus libani (Pinaceae) Cenoura, Daucus carotta (Umbelliferae) Centáureabredo, Centaurea cyanus (Compositae) Centinódia, Polygonum aviculare (Polygonaceae)
Centrântio, Centhranthus ruber (Valerianaceae) Cereja, Cerasus avium (Rosaceae)
630
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Ceteraque (doiradinha), Asplenium ceterach, sinónimo Ceterach
officinarum (Aspleniaceae) Chá, Thea sinensis (Cameliaceae) Chamedris, Teucrium scorodônia;
também, de outra espécie,
T chaniaedr (Labiatae)
YS Chicória selvagem, Cichorium intbus (Compositae) Choupo, álamo, Populus sp. (Salicaceae)
Cíciame, Cyclamen europaeum (Primulaceae) Cicuta, Conium maculatum (Umbelliferae)
Cinoglosso, Çynglossum officinale (Boraginaceae) Cipreste, Cupressus sempervirens
(Cupressaceae) Coentros, Coriandrum sativum (Umbelliferae) Cola, Cola nitida (Sterculiaceae)
Consolda, Symphytum officinale (Boraginaceae) Cordeiro-casto, Vitex agnus-castus
(Verbenaceae) Cordiália, Cordyalis cava (Papaveraceae) Couve, Brassica aleracea (Cruciferae)
Cravo-de-ca@ecinha, Syzygium aromaticum, ou Eugenia caryqphy11ata (Myrtaceae) Cravo-dedefunto, Calendula officinalis (Compositae)
Dedaleira (Digitália), Digitalis purpurea (Scrophulariaceae) Dente-de-leão, Taraxacum officinale
(Compositae) Drósera-de-folha-redonda, Drosera rotundifolia (Droseraceae)
ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
Efedra, Ephedra distachya (Ephedraceae) Eleuterococo, Eleuterococcus senticosus ou
Acanthopanax senticosus (Araliaceae)
631
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Endro, Anethum gravolens (Umbelliferae) Engos, Sambucus edulis (Caprifoliaceae) Énulacampana, Inula helenium (Compositae) Énula, ver Énula-grande Eranto, Eranthis hiemalis
(Ranunculaceae) Erva-benta-comum, Geum urbanum (Rosaceae) Erva-cidreira, Melissa
officinalis (Labiatae) Erva-das-sete-sangrias, Lithospermum officinale (Boraginaceae) Erva-desão-lourenço, Ajuga chamaepytis (Labiatae) Erva-ursa, Arctostaphy1os uva-ursi (Ericaceae)
Erva-pinheira, Sedum sp. (Crassulaceae), Uva-de-rato (Sedum acre),
Erva-de-são-joão (Sedum telephium) Escabiosa, Scabiosa sucissa (Dipsaceae) Escambroeiro,
Rhamnus cathartica (Rhamnaceae) Eschscholtzia-da-califórnia, Eschscoltzia califórnia
(Papaveraceae) Escrofulária, Scrophularia nodosa (Scrophulariaceae) Espadana, Carex arenaria
(Cyperaceae) Espinheiro-alvar, Cratageus monogyna; também a outra espécie:
Cratageus oycantha (Rosaceae) Estramónio, Datura stramonium (Solanaceae) Eucalipto,
Eucalyptus globulus (Myrtaceae) Eufrásia-oficinal, Euphrasia officinalis (Scrophulariacea)
Eupatório, Eupatorium cannabinum (Compositae) Evónimo, Euonymus europaeus
(Celastraceae)
Faia, Fagus sylvatica (Fagaceae) Feno-grego, Trigonellafooenunigraecum (Fabaceae) Figueira,
Ficus antihelminthica (Moraceae) Figueira, Ficus carica (Moraceae) Freixo, Fraxinus ornus
(Oleaceae) Fucus vesiculosus, ver a Terapia pelas algas (p. 74) Fumária, Fumaria officinalis
(Papaveraceae) Funcho, Foeniculum vulgare (Umbelliferae)
632
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
G
*Galega, Galega officinalis (Fabaceae)
*Galium verum (Rubiaceae)
*Genciana-amarela, Gentiana lutea (Gentianacae)
*Gengibre, Zingiber officinale (Zingiberaceae)
*Gerânio erva-de-são-roberto, Geranium robertianum (Geraniacae)
*Giesta, Cytisus scoparius ou Sarolhamnus scoparius (Fabaceae)
*Gingko, Gingko biloba (Gingkoaceae)
*Ginseng, Panax quinquefolium (Araliaceae)
*Girassol, Rélianthus annuus (Compositae)
*Goiveiro, Erysimum cheiri; sinónimo Cheiranthus cheiri (Cruciferae)
*Grama, Agropyron repens (Graminae)
*Grindélia, Grindelia robusta (Compositae)
*Groselha-de-bagas-vermelhas, Ribes rubrum (Grossulariaceae)
H
*Hamamélis, Hamamelis virginiana (Harnamelicideae)
*Harpagófito, Harpagophytum procumbens (Pedaliaceae)
*Heléboro, Helleborusfoetidus (Ranunculaceae)
*Hera, Glechoma hederacea (Labiatae)
*Hera, Hedera helix (Araliaceae)
*Herníola, Herniaria hirsuta; sinónimo H. vulgaris (Caryophy11aceae)
*Hibisco, Hibiscus sabdariffa (Malvaceae)
*Hipericão, erva-de-são-joão, Hypericium perforatum (Hypericaceae)
*Hissopo, Hyssopus officinalis (Labiatae)
*Hortelã-pimenta, Mentha piperata; outro nome da família Labiatae (Lamiaceae)
Imperatória, Peucedanum ostrolhium, sinónimo Imperatoria ostruthium (Umbelliferae)
633
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
L
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Labaça, Rumex obtusifolius (Polygonaceae)
Lâmio, ver Urtiga branca
Laranja, Citrus aurantium (Rutaceae)
Laranja-amarga, Citrus aurantium: var. amara (Rutaceae)
Lathraea, Lathraea squamaria (Scrophulariaceae)
Lavanda, Lavandula angustifolia (Labiatae)
Ligástica, Levisticum officinale (Umbelliferae)
Limoeiro, Citrus limonium (Rutaceae)
Linária, Linaria vulgaris (Scrophulariaceae)
Linhaça, Linum usitatissimum (Linaceae)
Liquidâmbar, Liquidambar orientale (Harnamelidaceae)
Lírio, Convallaria majalis (Convallariaceae)
Lírio-branco, Lilium candidum, também Convolvus arvensis, (Convolvulaceae)
Lúpulo, Humulus lupulus (Cannabaceae)
Luzerna, Médicago sativa (Fabaceae)
M
*
*
*
*
*
*
Macieira, Malus domestica (Rosacae)
Madressilva, Lonicerajaponica (Caprifoliaceae)
Malva, Malva sylvestris (Malvaceae)
Manjericão, Ocimum basilicum (Labiatae)
Manjerona, Origanum maiorana (Labiatae)
Marmeleiro-comum, Cydônia oblonga (Rosaceae)
Marroio-branco, Marrubium vulgare (Labiatae) Mate, Rex paraguanyensis (Aquifoliaceae)
Matricária, Chrysanthemum parthenium (Compositae) Meimendro, Hyoscyamus niger
(Solanaceae) Mercurial, Mercurialis annua (Euphorbiaceae) Milho, Zea mais (Graminae)
634
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Mirra, Comíphora myrrha (Buceraceae) Mirtilo, Vaccinum myrtiflus (Ericaceae) Morangueiro,
Fragaria vesca (Rosaceac) Mostarda-preta, Sinapis nigra (Cruciferae) Moxa, Artemisia moxa
(Compositae) Murta, Alyrtus ~munís (Myrtaceac) Moscada, A@fyristicafragrans (Myristicaceae)
N
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*
*
*
*
Nardo, Lavandula spica (Labiatae)
Neroli, essência de flor de laranjeira
Nespereira, Mespilus germanica (Roseaceae)
Niauli, Melaleuca viridiflora quínquenervia (Myrtaceae)
Nogueira, Juglans regia (Junglandaceae)
o
*
*
*
*
*
Olho-de-boi, Anthemis tinctoria (Compositae)
Oliveira, Oleo europaea (Oleacae)
Olmo, Umus glabra (Ulmaceae)
Olmo-comum, Umus campestris ou Olmo-de-montanha, Umus scabra, (Ulmaceac)
Orégão-vulgar, Origanum vulgare (Labiatae)
Palma-rosa, Cymbopogon martini motia (Gramineae) Papaia, Carica papaya (Caricaccae)
Papoila, Papavr rhaeas (Papaveraccae) Parietária, Parietaria officinalis (Urticaceae)
635
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
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Passiflora, Passiflora sp.; principalmente, Passiflora incarnata (Passifloraceae)
Patchuli, Pogostemon cabli (Labiatae)
Pé-de-leão-cornum, Alchemilla vulgaris (Rosaceae)
Pé-de-leão-dos-alpes, Alchemilla alpina (Rosaceae)
Peónia, Paeonia officinalis (Paeoniaceae)
Pequena-centáurea, Centaurium erythraea (Gentianaceae)
Pereira-selvagem, Pyrus communis (Rosaceae)
Perpétuas, Antennaria dioica (Compositae)
Persicária, Polygonum lapathifolium (Polygonaceae)
Pervinca, Vinca minor (Apocynaceae)
Pessegueiro, Prunus persica (Rosaceae)
Petasite, Pelasites hybridus (Compositae)
Pimenta-da-américa, Schimus molle (Anacardiaceae)
Pimento-vermelho, Capsicumfrutescens (Solanaceae)
Pimpinela, Pimpinella major (Umbelliferae)
Pimpinela, Sanguisorba minor, sinónimo Poterium sanguisorba (Rosaceae)
Pinheiro, Pinus sylvestris (Pinaceae)
Pinheiro de anéis, Pinus uncinata (Pinacea)
Pinus montana, ver Pinheiro de anéis
Piretro, Tancetum cinerariaefolium sinónimo Chrysanthemum
cinerariaefolium (Compositae)
* Pissenfit, Taraxacum officinale (Compositae)
* Poejo-bravo ou Hortelã-de-montanha, Calamintha officinalis (Labiatae)
* Polígala, Polygala vulgaris (Polygalaceae)
* Polipódio, Polypodium vulgare (Polypodiaceae)
* Potentilha, Potentilla anserina (Rosaceae)
* Potentilha rastejante, Potentilla reptans (Rosaceae)
* Primavera-oficinal, Primula veris, sinónimo Primula officinalis (Primulaceae)
Q
- Quelidónia, Chelidónium majus (Papaveraceae)
636
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
R
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Rábano, Armoracia lapathifolia (Cruciferae)
Rainha-dos-bosques, Asperula odorata (Rubiaceae)
Ranúnculo, Ranunculus scleratus (Ranunculaceae)
Rauvólfia, RauvoTia vomitoria (Apocynaceae)
Resta-boi espinhosa, Ononis spinosa (Fabaceae)
Rinchão, Diplotaxis tenuifolia (Cruciferae)
Rododendron sp. (Ericaceae) ALGUNIAS ESPÉCIES
PROTEGIDAS!!!
* Romã, Punica granatum (Lythraceae)
* Rua-fétida, Ruta gravolens (Rutaceae)
* Ruibarbo, Rheum palmatum (Polygonaceae)
* Ruibarbo francês, Rheum raponticum (Polygonaceae)
s
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Sabina, Juniperus sabina (Cupressaceae)
Sabugueiro, Sambucus nigra (Caprifoliaceae)
Saião, Sempervirum tectorum (Crassulaceae)
Salgueirinha, Lythrum salicaria (Lythraceae)
Salgueiro-branco, Safix alba (Labiatae)
Salsa, Petroselinum sativum (Umbelliferae)
Salsaparrilha, Smilax ornata (Smilacaceae)
Salva-oficinal, Salvia officinalis (Labiatae)
Sândalo, Santalum album (Santalaceae)
Sanícula-europeia, Sanicula europea (Umbelliferae)
Santolina, Santolina chamaecyparissus (Compositae)
Saponária-oficinal, Saponaria officinalis (Caryophy11aceae)
Sassafrás, Sassafras albidum ou S. officinalis (Lauraceae)
Saxífraga-de-três-dedos, Saxifragia tridactyla (Saxifiragacae)
Selo-de-salornão, Polygonatum officinale (Liliaceae)
Sempre-noiva, Polygonum bistorta (Polygonaceae) * Sena, Cassia sp. (Fabaceae)
637
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Senegrão, Trigonella foenum-graecum (Fabaccae)
* Silva, arbusto-espinhoso, Rubus fructicosus (Rosaceae)
T
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Tâmio, Tamus communis (Dioscoreaceae)
Tânchagem, Plantago major, mas também outras espécies de tanchagem (Piantaginaceae)
Tânchagem-lanceolada, Plantago lanceolata (Piantaginacae)
Tasneira, Tancetum vulgare (Compositae)
Terebintina, Pistacia terebinthus (Anacardiaceae)
Tília, Tilia sp. (Tiliaceae)
Tomilho-erva-ursa, Thymus serpy11um (Labiatae)
Tomilho-vulgar, Thymus vulgaris (Labiatae)
Topinambo, Helianthus tuberosus (Compositae)
Tormentilha, Potentilla erecta, sinónimo Potentilla tormentilla (Roseaceae)
Tremoço, Lupinus luteus (Fabaceae)
Trevo-d'água, Menyanthes trifoliate (Menyanthaceae)
Trevo, coroa-de-rei, Melilotus officinalis (Fabaceae)
Tuia, Thuja orientalis (Cupressaceae)
Tussilagem, Tussilagofarfara (Compositae)
U
Ulmária, Spiraea ulmaria (Rosaceae) Umbigo-de-vénus, Umbilicus-veneris (Crassulaceae)
Unha-do-diabo, ver Harpagófíto Urtiga, Urtica dioica (Urticaceae) Urtiga-branca, Lamium album
(Labiatae) Urze, Ca11una vulgaris (Ericaceae) Uva-da-américa, Phytolacca decandra
(Phytolaccaceae)
638
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Valeriana-oficinal, Valeriana officinalis; também a outra espécie:
Valeriana phu (Valerianaceae) Verbasco-branco, ver Verbasco Verbasco, Verbascum thapsus e
Verbascum densiflorum (Scrophulariaceae) Verbena, Lippia citriodon (Verbenaceae) Verónica,
Veronica officinalis (Scrophulariaceae) Vincetóxico, rincetotoxicum hirudinaria subsp.
hirudinaria,
Vincetotoxicum officinale (Asclepiadaceae) Vinha, Vitis vinifera (Vitaceae) Violeta-aromática,
Viola odorata (Violaceae) Violeta chinesa, Viola patrinú (Violaceae) Virgáurea, Solidago
virgaurea (Compositae) Visco, Viscum album (Loranthaceae) Vulnerária (ou Hipericão-defolhas-redondas), Hypericum nummularum (Hypericaceae)
Zimbro-comum, Juniperus conimunis (Cupressaceae) Zimbro-grande, Juniperus oxycedrus
(Cupressaceae)
639
BIBLIOGRAFIA
p ara as nossas investigações utilizámos as bases de dados AMBASE,
MEDUNE e BIOLOGICAL ABSTRACTS. Por razões puramente técnicas e editoriais, não nos é
possível citar todas as publicações consultadas. A título de exemplo, a base de dados
MEDILINE, para os anos 1993, 1994, 1995, cita 42 909 publicações sobre o cancro, 12 855
sobre a alimentação e 1751 sobre os efeitos da poluição sobre a saúde.
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.... Maria Dyminska, etc.
650
ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO E PREFÁCIO, pelo Dr. Jean-Pierre WILLEM
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
23
Esta obra é uma enciclopédia de medicinas naturais
....... 23
Uma reflexão sobre a saúde
................................................ 24
Uma mina de informações sobre as medicinas naturais
... 25
A medicina moderna enganou-se no caminho
................... 25
A medicina moderna deve dar explicações
........................ 26
As medicinas naturais contribuem para o progresso médico
.................................................................................. 28
Até os médicos podem tratar os seus doentes com esta enciclopédia
.......................................................................... 28
A abordagem das medicinas naturais
................................. 29
Esta enciclopédia vai ajudá-lo a defender a sua saúde
.... 30
Esta enciclopédia é um passaporte de boa saúde
.............. 32
A VIDA, ESSE FENóMENO TÃO MISTERIOSO
................... 33
Será possível derinir a “vida”?
................................................. 33
- Algumas definições da vida
................................................ 34 Quais são as características da vida?
..................................... 35
Quais são as consequências destas investigações e em que medida influenciaram as nossas teorias em matéria de saúde?
.......................................................... 36
A NATUREZA QUE TRATA
......................................................... 37
* Em busca das origens da Natureza
.................................... 37
* A Natureza pode tratar?
...................................................... 37
* As relações entre Natureza e medicina
.............................. 38
* A Natureza que trata: a naturopatia
................................... 39
* A medicina pela Natureza
................................................... 39
* Devemos suprimir os medicamentos?
................................ 40
A naturopatia
...................... . .......................................................
* E se os medicamentos nos fizessem mais mal do que bem?
..............................................................................
* Os erros da medicina: muitos medicamentos são retirados do mercado
............................. .. ............................
* A naturopatia socorre os males quotidianos
................... ...
* A naturopatia respeita o corpo
...........................................
Algumas teorias
..................... ......... ... ............. .... ................... .. . ...
* Louis Kul-me combate os excessos alimentares
.................
* O método natural e personalizado do professor Bilz
.......
* Os tratamentos do padre Kneipp
........................................
* Sheiton nega a doença
.........................................................
* A prática do jejum e as restrições alimentares
.................
* A opinião de alguns teóricos e médicos sobre o jejum
...
* O jejum faz emagrecer e rejuvenescer
...............................
AS PLANTAS MEDICINAIS
.........................................................
As plantas acalmam a fome e aliviam as dores
....................
O interesse das plantas que tratam
..............................................
O poder de cura das plantas está hoje cientificamente confirmado
... ................................. ... e o interesse da fitoterapia
A lei das assinaturas” ou a face “mística” da fitoterapia.
............................................................................
*
*
*
*
*
*
*
As virtudes terapêuticas das plantas
...................................
A “lei das assinaturas” revela as virtudes das plantas
......
Quem formulou primeiro a “lei das assinaturas”?
............
A “lei das assinaturas” decifra os “sinais” das plantas
....
Como identificar esses sinais
..............................................
Quais são esses sinais?
........................................................
A fitoterapia decorre da “lei das assinaturas”
...................
Algumas noções sobre a química das plantas
........................
* Não lhe vamos fazer um curso teórico
..............................
* Verifique a composição química das plantas
.....................
* A guerra química das plantas entre si
...............................
* As plantas também nos protegem
.......................................
* A acção terapêutica das plantas
..........................................
Algumas noções sobre a combinação dos princípios activos das plantas
...................................................................
61
FITOTERAPIA DAS PLANTAS INFERIORES (Criptogamas)
..............................................................................
63
*
micoterapia ou o tratado dos cogumelos medicinais
........
63
* Os cogumelos também são medicinais: uma tradição popular antiga
......................................................................
64
* Propriedades antibióticas e doenças de civilização
...........
65
* Remédios que não necessitam de preparação
....................
66
À redescoberta dos lactários
...............................................
66
O cogumelo: um remédio universal
...................................
68
O “agárico” utilizado na homeopatia
.................................
68
A propósito do hongo, esse remédio milagroso
................
69
* terapia pelas algas
..................................................................
69
* As algas são antibióticos naturais
......................................
70
* As algas: uma solução milagrosa contra os retrovírus?
...
70
* Algumas algas medicinais: apanhe-as durante as férias
...
71
Alsidium helminthochostor
..................................................
71 Ascophyllum nodosum
.........................................................
71 Corrallina officinalis
...........................................................
71 Cystoseira fibrosa
................................................................
71 Chondrus crispus
.................................................................
72
Dignea simplex
..................................................................... 72 Fucus vesiculosus
................................................................
72 Gelidium sp
. .........................................................................
72 Hisikia
fusiforme
..................................................................
72 Laminaria digitata, Chicote-das-bruxas
.............................
72 Laminaria hyperborea, Laminária-de-clouston
..................
73 Laminaria saccharina,
Boldrié-de-neptuno
........................
73 Lithothamnium calcereum, “Maêrl”
....................................
73 Rhodymenia palmata, Sargaço-de-vaca
..............................
74 Spirulina maxima e
Spirulina platensis
.............................
74 Undária sp
. ..........................................................................
74
Os líquenes: uma simbiose entre as algas e os cogumelos..
74
A “lei das assinaturas” impõe o tratamento
......................
74
AS PLANTAS EXóTICAS
.............................................................
Os cinco continentes possuem plantas medicinais
................
O aloés
..........................................................................................
* Os poderes mágicos e terapêuticos do aloés remontam à noite dos tempos
..............................................................
* Os poderes de cura do aloés
...............................................
* As diferentes espécies de aloés
..........................................
* As receitas produzidas à base de aloés
..............................
As cactáceas
.................................................................................
* O Trichocereus pachanoi: planta mágica latino-americana
* O Lophophora williamsi, “peyotI”: planta sagrada e alucinogénea
......................................................................
* Outras cactáceas com efeitos alucinogéneos
.....................
* A utilização terapêutica das cactáceas
...............................
* As cactáceas também são comestíveis
...............................
É difícil identificar e obter as espécies de forma fiável As cactáceas são plantas resistentes
... mas conseguirão resistir à
civilização?
...........................................................
OS REMÉDIOS UNIVERSAIS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
..............................................................
Os chifres: a ciência confirma a eficácia dos remédios tradicionais dos Siberianos
..................................................
* Os três tipos de chifres medicinais
....................................
* Possibilidades terapêuticas da pantocrina, da rantarina e da santarina
.......................................................................
Adaptogéneos e biostímuladores ou a busca da “panaceia” moderna
..................................................................................
* A busca de substâncias susceptíveis de aumentarem
as nossas capacidades de adaptação parece ter um futuro promissor
..............................................................................
* A acção terapêutica das plantas adaptogéneas
..................
10
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
................ 95
Como utilizar as plantas
...........................................................
95
* A infusão
..............................................................................
95
* A decocção
...........................................................................
96
* As decocções do padre Kneipp
..........................................
96
* “Flores de feno”
...................................................................
96
* As cataplasmas de argila
.....................................................
97
* A maceração
.........................................................................
98
* Os óleos essenciais
..............................................................
100
* A drageia
..............................................................................
109
Como deve alimentar-se para salvaguardar a sua saúde
.... 110
* A alimentação
......................................................................
110
* O que devemos beber?
........................................................
125
* Alimentação vegetariana e dieta
......................................... 127
* O jejum para desintoxicar
...................................................
128
Conselhos
para viver melhor e mais tempo
........................... 130
* Duas regras essenciais para uma boa saúde
...................... 130
* O endurecimento: sete maneiras de vencer a doença
....... 132
* Procure nos
exercícios físicos a descontracção e a expressão corporal
........................................................
133
* O repouso: indispensável para o seu bem-estar
................ 134
* A respiração e o relaxamento
............................................. 137
Os tratamentos esquecidos
........................................................
140
* Os duches terapêuticos
........................................................
140
* Os banhos medicinais
..........................................................
144
* Os banhos de vapor para transpirar
.................................... 147
* A camisa de ffiores de feno” (segundo o padre Kneipp)
148
* O cinturão de Neptuno (compressa abdominal)
................ 148
* Os banhos de ar livre e de sol: um tratamento natural
que deve ser praticado com moderação
............................ 151
* A fototerapia: uma ciência em marcha
.............................. 152
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
.......... 155
As sanguessugas vão voltar aos nossos hospitais?
..... ... ........ 155
As ventosas na terapia moderna
....................... ....................... 158
* litoterapia, ou terapia pelos minerais
....... .......................... 164
* O múmio, ou “bálsamo das montanhas”
............................ 167
* A ozoquerite: uma cera natural
....................................... ... 169
* O mistério da “pedra das serpentes”
............................. ..... 171
* O âmbar: um precioso medicamento desde a Antiguidade
172
* espeleoterapia ou terapia no subsolo
.................................. 174
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
........... 177
Como se chegou ao reducionismo na medicina?
................... 177
- A medicina reduz os factos a uma causa única
................ 178
Lutar para que a medicina natural não constitua uma ameaça para a Natureza
...................................................... 178
* Como foi possível chegar-se a esta situação?
................... 179
* Qual é o papel da medicina natural neste tráfico indigno?
179
* As principais espécies de fauna ameaçadas
....................... 180
* As principais espécies da flora ameaçadas
........................ 182
* O que pode fazer a medicina natural para remediar esta situação?
............................................................................... 183
DOENÇAS E OS SEUS TRATAMENTOS NATURAIS
Símbolos visuais que acompanham certos tratamentos
....
....... 186
185
A
Abcessos - furúnculos
................................................................. 188 Acidez de estÔmago (azia gástrica)
............................................ 190 Ácido úrico (uremia)
.................................................................... 192 Acne
.............................................................................................. 194 Afrontamentos
...............................................................................
196
12
Aftas .............................................................................................. 198 Albuminúria
.................. 200 Alcoolismo
....................................................................................
........................................... 207
............................................................... .
201 Alergias e doenças ditas ambientais
* Influência das alterações naturais do ambiente sobre
a saúde
..................................................................................
* Influência das alterações artificiais do ambiente sobre
207
a saúde .................................... . ............................................. 212
* A poluição electromagnética
...............................................
* óleos essenciais, legionelose e poluição microbiológica
do ar ......................................................................................
* As alergias alimentares e as suas consequencias
* Alguns tratamentos naturais recomendados em casos
215
223
..............
226
de
alergias
............................................................................
230
Anemia
..........................................................................................
231
Anginas,
Dores
de
garganta
.........................................................
233 Ansiedade - angústia, medos
......................................................
236
Apetite - falta de, perda de (anorexia)
....................................... 237 Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do
miocárdio
........... 242 Artrites ...........................................................................................
245 Artrose,
Reumatismos articulares, Poliartrites
..............................................................................................
.............................................................................
258
............................
252
Astenia
247 Asma
nervosa
B
Blenorragias, Gonorreia - Esquentamento
................................. 260 Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia,
etc.)
.................... 261 Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
...............
264 Bursite (Higroma)
.........................................................................
267
c
Cabeça (dores de)
.........................................................................
270 Cabelo (queda do), Caspa
............................................................
270 Cãibras
...........................................................................................
272 Cálculos
biliares (litíases)
............................................................
274
13
Cálculos urinários
......................................................................... 276 Cancro
......................
.................................................................... 279
* A devastação do cancro
....................................................... 279
* Os antibióticos: uma grande ameaça para a sua saúde
.... 283
* O ponto de vista dos naturopatas
....................................... 284
* Dois casos de cura natural
............................................ ...... 285
* 44 métodos de prevenção do cancro
.................................. 287
* Métodos de despistagem e tratamentos complementares
e
“alternativos” do cancro
.............. .................................... 291 *
despistagem através da foto metria
................................. 292 *
ionoquínésia
..................................................................... 292 *
biologia electrónica
......................................................... 292 * cristalização sensível
....................................................... 293 * tratamento Solomidès
desacreditado
.............................. 293 * Dr. Gernez face à medicina oficial
................................ 294 *
electroacupunctura do Dr. Võll
...................................... 295
O ozono e o cancro
............................................................. 295 * lei de ferro do Dr. Hamer sobre o cancro e a SIDA
...
296 *
germânío
........................................................................... 297 Os ácidos Le Foll
................................................................ 297 As enzimas: uma terapia de acção sistémica
.................... 297
* Dr.’ Kousmine e o cancro
............................................... 298
* medicina do Dr. Nieper
.................................................. 298
* oxigenação biocatalítica
.................................................. 299 Pierre Tubéry ........................................................................ 300
Rudolph Steiner e a antroposofia
....................................... 300 A imunoterapia em doses infinitesimais
............................ 301 As acções terapêuticas do selénio
...................................... 301
O 714 X
............................................................................... 302 BeIjanski e as promessas da biologia molecular
............... 303 As plantas imunostimulantes e o cancro
........................... 304 Catarata
.............................................................. ........................... 309 Celulite .......................................................................................... 310
Ciática
...................................................................
......................... 315 Cicatrização de feridas e hemostáticos
....................................... 317
14
Cistite
............................................................................................
318 Colesterol
................
..................................................................... 321 Colibacilose
................................................................................... 328 Cólicas
hepáticas
..........................................................................
329 Cólicas intestinais
.........................................................................
331 Comichão
......................................................................................
333
Conjuntivite, Inflamações oculares
..............................................
333 Constipação (de cabeça)
..............................................................
336 Contusões - Golpes
..................................................... . ................ 338
Convulsões
...................................................
. ................................
340 Coqueluche - Tosse convulsa
...................................................... 341 Coração - Afecções cardíacas
..................................................... 343 Coreia
(dança de São Gui)
..........................................................
344 Corrimento branco (leucorreia)
................................................... 346 Costas (dores nas)
........................................................................
349
- Mais vale prevenir do que remediar
..................................
* mioterapia
........................................................ . ...............
* osteobiótica ou o lado “psico” das dores nas costas
* mecânica para socorrer as dores nas costas.,
........................................................................................
353
350
351
....
352
................
352 Cuperose
D
Dentes
............................................................................................
356 Depressão nervosa
........................................................................
357 Descalcificação - Desmineralização
.... .......................................
360 Diabetes e hipoglicemia
...............................................................
361 Diarreias
................................ .
.......................................................
366 Disenteria
......................................................................................
368 Dores e
nevralgias
........................................................................
369
Eczema
..........................................................................................
............................................................................................
373
....................................................................
374
15
Enjoo (de barco)
....................................................................
....... 374
Enjoo (de automóvel, transportes)
.......................................
....... 374
Entorpecimentos
.....................................................................
....... 375
Entorses - Luxações
..............................................................
....... 376
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
...............................
377
Epilepsia
.................................................................................
....... 381
Erisipela
..................................................................................
....... 383
Escaldão (golpe de sol)
.........................................................
....... 385
Escarlatina
....... 385
..............................................................................
372
Enfarte
do
Edema
miocárdio
Esclerose em placas
..............................................................
....... 385
EscrófÚlas - Adenites - Alporcas
.......................................
....... 386
Espasmofilia (Tetania)
...........................................................
....... 387
Esterilidade
.................................................................................. 389
Estomatite - Gengivite
..........................................................
....... 389
Fadiga - Convalescença - Esgotamento - Fraqueza
..........
....... 392
Febre
.......................................................................................
....... 394
Feridas abertas
.......................................................................
....... 396
Fibroma uterino
.....................................................................
....... 398
Fígado
.....................................................................................
....... 399
Fístulas anais
..........................................................................
....... 401
Flatulência - Gases intestinais
.............................................
....... 403
Flebite
......................................................................................
...... 404
Fracturas
..................................................................................
...... 406
Fragilidade capilar
..................................................................
...... 408
Frieiras
.....................................................................................
...... 409
Frigidez
...................................................................................
...... 411
Furúnculos
...............................................................................
...... 412
Gaguez
.....................................................................................
...... 414
Gangrena
.................................................................................
...... 415
Gastrites ...................................................................................
Lombalgias (Lumbago)
.......................................................... Magreza ...................................................................................
Melancolia
............................................................................... Memória (perdas de)
..............................................................
Menopausa
.............................................................................. Menstruaçã o dolorosa e difícil (Dismenorreia)
.................... Menstruação frequente
....................................» .......................
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
................................. Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
.......... Metabolismo (perturbações do)
.............................................. Micoses
.................................................................................... Mucosas (inflamação das)
......................................................
N-O
Náuseas
..................................................................................... Nefrite - Pielite
Nervosismo
...............................................................................
.......................................................................
- Para acalmar uma crise de nervos
................................. Neurastenia
............................................................................... Nevralgia
.................................................................................. Obesidade
................................................................................. Odores
...................................................................................... Olhos
(inflamação) - Oftalmia
..... ........................................ Osteoporose
..............................................................................
Otalgia
...................................................................................... Otite ..........................................................................................
Ouvidos - Surdez
.................................................. ..................
Palpitações
................................................................................ Papeira
Paralisias
.................................................................................. Parasitas
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Alzheimer,
Esclerose em placas)
..........................................................
18
Pele ................................................................................................
......................................................................................
....................................................................................
504
*Pele seca
...............................................................................
505
*Pele oleosa
............................................................................ 506
*Pele normal
.......................................................................... 507
*Rugas
....................................................................................
508
*Manchas - Pontos negros
.................................................... 509
*Cicatrizes
..............................................................................
509
*Manchas de nascença
.......................................................... 509
*Sardas ....................................................................................
510
*Acção benéfica das plantas na pele
.................................... 510
*Hematomas
...........................................................................
512 Pernas pesadas
..............................................................................
512 Pés
................................................................................................. 515
* Pés frios ................................................................................
515
* Pésinchados
.........................................................................
517
* Transpiração excessiva dos pés
...........................................
517 Pesadelos - Sono agitado
............................................................ 517 Picadas de insectos
....................................................................... 520
- Para afastar os insectos
.......................................................
520 Pneumonia
................... .
................................................................. 520 Poliartrite
.......................................................................................
520 Pólipos
...........................................................................................
521
- Pólipos do nariz
...................................................................
521 Prisão de ventre
............................................................................
522 Próstata
..........................................................................................
527
Prurido
...........................................................................................
530
Psoríase
.........................................................................................
531
- R Queimaduras
.................................................................................
534 Raquitismo
....................................................................................
536 Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
..................
537 Resfriamentos
................................................................................
537 Reumatismos
................................................................................. 538 Rins ................................................................................................ 543
19
Rouquidão
.....................................................................................
544 Rugas
.................................................... ....
..................................... 546
Salpingite
.......................................................................................
........................................... 549
548 Sangue (perturbações da circulação)
* Para a hipotensão
.................................................................
553
* Para regularizar o trabalho do coraçao
..............................
554 Sarampo
...................................................................................... ... 554 Sarna
................................................... ...........................................
555 Seborreia
.......................................................................................
557 Sedativos
....................................................................................... 557 Sede
...............................................................................................
558 Seios
.............................................................................................. 559
- Beleza dos seios
...................................................................
559 Senescência
...................................................................................
560 SIDA
..............................................................................................
561 Síncopes
........................................................................................
565 Sinusite
.......................................................................................... 567 Soluços
..........................................................................................
567 Sudorífico
......................................................................................
568 Sufocação
...................................................................................... 568 Surdez
............................................................................................
569
Tabagismo
.....................................................................................
572 Tendinite
........................................................................................ 582 Ténia
..............................................................................................
582 Tensão muscular
...........................................................................
582 Tiques
............................................................................................ 583 Torcicolos
......................................................................................
584 Tosse
.............................................................................................. 585 Transpiração excessiva
................................................................. 586 Tremores
........................................................................................ 588 Tumores
......................................................................................... 589
Tumores benignos
20
U-v-z
ú Iceras
................................................................
589
...........................................................................................
592
* úlcera do estômago
...................
.................................... 592
* úlceras varicosas
.................................................... . ............. 594 Uremia
.................... ................................... ....
................................ 596 Urina (incontinência)
................................................... . ................
596 Urina (retenção de)
...........................
..................................... 597 Urticária ......................................................................................... 598 Varizes
............................................................................. .............. 598
* Feridas decorrentes de varizes
............................................ 599
* Ulcerações
................................ . ...........................................
599 Velhice (Senilidade)
......................................................................
600 Verrugas
................................................ .................. ....................... 607
Vertigens
........................................................................................
608
Vómitos
.........................................................................................
609 Zona ...............................................................................................
610 Zumbido nos ouvidos
................................................................... 611
CONCLUSÃO
...................................................................................
613
Envelhecer.. mas continuando jovem
...................................... 613 * O que é realmente ajuventude?
......................................... 613 * 22 conselhos para viver muito tempo e com saúde
.......... 614 *
Prepare os seus elixires de juventude
................................ 615 * As plantas, sob todas as formas, também o podem
ajudar
616 Estabeleça metas, tenha objectivos
............................................. 617
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
BIBLIOGRAFIA
......................................
..............................................................................
Jornais e documentos vários
21
.........
.....................................................
641
649
627
619
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