CÉLULA DE MEMÓRIA EM CORRENTE-CHAVEADA (SI) COM DISPOSITIVOS HEMT A ALTA FREQÜÊNCIA. J. H. Lasso e E. Charry R. Laboratório de Sistemas Integráveis -LSI/PEE/USP, Brasil ([email protected]) ABSTRACT: This paper presents a original Switched-Current Regulated Cascode Memory Cell with HEMT devices. To verify its operation, a cell was simulated using IAFSPICE of the IAF (Fraunhofer Institute for Applied Solid State Physics) on a 0.3 µ m HEMT technology. Main problems associated, charge injection and clock feedthrough, which affect its correct operation are analised. The transmission errors ( ∆ I = IIN - IOUT) of the cell using the dummy switch compensation technique are shown for a switching frequency of 500Mhz, and for the cell working in saturation or triode and with the memory transistor E-HEMT (enhancement) or D-HEMT (depletion). The percentage transmission error in the cell, for the situation of saturation and with the memory transistor E-HEMT, is less than 1.2% for a range of input currents of 200 µ A. 1. INTRODUÇÃO. Tradicionalmente, a técnica de Capacitores Chaveados (SC) é empregada extensamente nos circuitos analógicos de interface (filtros e conversores de dados). Contudo, a técnica SC não é completamente compatível com a tecnologia de processo digital, pois requer uma segunda camada de polisilicio para implementar os capacitores lineares flutuantes de alta qualidade que requer e, conforme a tecnologia avança aos processos submicrom, as desvantagens da técnica SC são mais significativas. Por exemplo, a tendência a processos submicrométricos conduz à utilização de menores tensões de alimentação, o que leva a maiores dificuldades para realizar amplificadores operacionais velozes e de alto ganho. As dificuldades enfrentadas pela técnica SC tem estimulado o interesse nas técnicas a “modocorrente”, e em particular numa técnica analógica discreta alternativa conhecida como CorrenteChaveada (SI). Esta nova técnica opera com amostras de corrente e portanto as excursões de tensão são limitadas, mostrando potencial para operar a alta velocidade e baixa tensão. Alem disto oferece maior eficiência em área pois não requer de amplificadores operacionais e, é completamente compatível com a tecnologia de processo digital pois não requer de capacitores lineares flutuantes [11,12]. Em 1989 Hughes et al [1] introduziram o conceito da técnica SI e sua utilidade no projeto de sistemas analógicos discretos [1,2]. A célula de memória em corrente chaveada (célula SI), é o bloco fundamental para a implementação dos subsistemas analógicos que utilizam a técnica SI. Esta técnica apresenta uma enorme gama de aplicações, tais como redes neurais, filtros, conversores A/D e D/A. Uma aplicação que atualmente tem recebido muita atenção é a de conversores Sigma-Delta em Corrente-Chaveada, pela necessidade de conversores de alta resolução que possam ser realizados em tecnologias de processo digital padrão CMOS e GaAs (MESFET e HEMT). O custo adicional do processo GaAs poderia ser justificado pelo incremento na velocidade de operação do modulador Sigma-Delta. Neste artigo é apresentada pela primeira vez uma célula de memória SI tipo “cascode” regulada com dispositivos HEMT utilizando a técnica de compensação “dummy” bilateral. Os principais problemas associados: conservação de carga, injeção de carga e clock feedthrough são brevemente analisados. Os resultados mais importantes das simulações são apresentados e analisados. 2. PROBLEMAS RELACIONADOS COM O PROJETO. 2.1 CONSERVAÇÃO DE CARGA. A conservação de carga é extremamente decisiva para a simulação de determinados circuitos com dispositivos de estado sólido (MOS, MESFET, HEMT, etc), tais como RAM’s dinâmicas, circuitos SC e circuitos SI [3]. A não-conservação de carga consiste numa caracterização incorreta da carga armazenada nos terminais do dispositivo, o que produz inconsistências nos resultados das análises transitórios dos circuitos. A não conservação de carga é um problema de integração numérica e independente da exatidão do modelo utilizado para o dispositivo [3]. Na simulação de circuitos com transístores MOS, a escolha da carga Q(V) como a variável de estado no processo de integração numérica, em lugar da capacitância, garante que a carga num nó particular seja conservada. Pelo fato que a carga armazenada na porta de um dispositivo de efeito de campo (MOS, MESFET, HEMT), é a base dos circuitos SI, a incapacidade dos simuladores de conservar carga levaria a simulações inexatas. Para programas de simulação tais como o SPICE, é necessário então um modelo onde as cargas sejam continuas em todas as diferentes regiões de operação do dispositivo. A literatura apresenta diversos circuitos para caracterizar a habilidade do simulador para conservar carga, destes foram simulados e analisados três utilizando o programa de simulação de circuitos HEMT, IAFSPICE. A fig.3, mostra a tensão de saída, Vout, para o melhor conjunto de tolerâncias utilizadas na simulação (RELTOL=1E-5 ABSTOL=1E-14 CHGTOL=1E-14). A variação de Vout de ciclo em ciclo indica que o simulador elétrico IAFSPICE tem um modelo HEMT que não-conserva carga. Um modo de quantificar a não conservação de carga é através das variações de Vout de ciclo em ciclo, que para nosso caso são de aproximadamente 1mV. Embora esta variação seja pequena, é uma fonte de erro que afetará a exatidão das simulações. Desafortunadamente é o único simulador disponível, e portanto trabalho-se com esta fonte adicional de erro. A fig.1 mostra um dos circuitos simulados [3]. Este circuito apresenta um rigoroso teste para a conservação de carga. V2 Z1 R V1 C VOUT Figura 1 Circuito de Teste para conservação de carga. Neste circuito as tensões Vgs e Vds estão mudando de acordo com as sinais de entrada V1 e V2 (fig.2), assim o HEMT percorre por suas diferentes regiões de operação, (corte, triodo e saturação), por diferentes caminhos. Se a carga é dependente do caminho, então a não-conservação de carga é observada e a tensão de saída mudará de um ciclo para outro ciclo, independente das tolerâncias e os tamanhos dos passos utilizados no simulador elétrico. Figura 3 Sinal de saída Vout 2.2 INJEÇÃO DE CARGAS FEEDTHROUGH (CLFT). E CLOCK A célula de memória SI mais simples mostrada na fig.4, bloco básico da técnica SI, consiste num circuito Sample-Hold com uma chave de amostragem S1, uma chave de entrada S2, uma chave de saída S3, um transístor de memória M1, um capacitor de memorização Cg que pode ser a capacitância de porta intrínseca do dispositivo, e duas fases não sobrepostas Θ 1 e Θ 2 que controlam as chaves. No instante em que a fase Θ 1 é alta as chaves S1 e S2 estão fechadas, a corrente Iin + J carrega a capacitância Cg até um determinado valor Vgs. No instante em que a fase Θ 2 é alta as chaves S1 e S2 estão abertas e S3 está fechada, o valor de Vgs no final da etapa anterior é mantido no capacitor Cg, fazendo que M1 mantenha sua corrente e obrigando portanto a que Iout=-Iin. Vdd Iin S2 J S3 Iout Figura 2 Sinais de entrada V1 e V2. S1 M1 Θ 1 (S1, S2): Θ 2 (S3): através das capacitâncias parasitas de portafonte e porta-dreno, que continuará aumentando a tensão de erro na capacitância total de porta. Cg Figura 4 Célula de memória SI simples. Vg Vh Na realidade, diversas fontes de erro fazem com que a corrente de saída seja diferente da corrente de entrada (Iout ≠ Iin). As principais fontes deste erro, que limitam a exatidão da célula são: Vte a) a condutância de saída da célula diferente de zero, o que é eliminado com técnicas “cascode” e, b) a tensão de erro no capacitor de memorização, ∆ Vgs, gerada durante a abertura da chave S1, por: • Injeção de cargas: injeção de portadores móveis liberados desde o canal e, • Clock-Feedthrough (CLFT): injeção de cargas por acoplamento capacitivo através da capacitância parasita de porta-fonte da chave HEMT. Das diversas técnicas para compensar o efeito da injeção de cargas e do CLFT, a técnica de compensação “Dummy Bilateral” é a mais simples e mais utilizada. Consiste em agregar transístores a ambos lados da chave de amostragem S1, com a metade da área de S1, e sua fonte e dreno ligados, chaveados na fase inversa de S1. Esta técnica é eficiente se as cargas injetadas são fracionadas na mesma proporção entre fonte e dreno. A abertura da chave de amostragem S1, acontece em duas fases durante o tempo de descida do sinal de controle da chave (Vg) [4], isto pode ser apreciado na fig.5: • PRIMEIRA FASE ( 0 < t < T0, Vg > Vte ): a chave apresenta canal de condução desde a fonte até o dreno. Em tanto a tensão de porta V g (sinal de controle) desce, as cargas moveis saem através dos terminais de fonte e dreno. Alem disto, a mudança da tensão de porta, dVg , dt produz um fluxo adicional de cargas em o nó da capacitância total de porta Cg, por acoplamento capacitivo. Estas cargas injetadas contribuem com a maior parte do erro na tensão armazenada na capacitância total de porta. No instante T0, a tensão de porta alcança a tensão de limiar efetiva Vte, o canal de condução desaparece e a chave entra na segunda fase da abertura. • SEGUNDA FASE ( T0 < t < T, Vg < Vte ): durante esta fase, só se tem o fluxo adicional de cargas produzido pelo acoplamento capacitivo Vl 0 T0 1a Fase T t 2a Fase Figura 5 Descida da sinal de controle da chave S1. As principais variáveis que afetam a tensão de erro induzida pela chave de amostragem são [4]: • taxa de descida da tensão de controle da chave ( dVg ), dt • nível da sinal amostrada, • dimensões do dispositivo (W e L), • impedâncias de fonte e dreno. Os problemas da injeção de cargas e do CLFT, foram identificados desde os primeiros estados do desenvolvimento dos circuitos a capacitores chaveados. Desde então, aconteceram varias tentativas para modelar estes fenômenos no transístor MOS. Em 1984, Sheu [4] desenvolveu uma expressão analítica para a tensão de erro num circuito sample-hold e prognosticou a sua dependência da taxa de descida da tensão de porta, do nível da sinal de tensão e dos parâmetros de processo. Um análise mais geral de um circuito sample-hold que considera a resistência de fonte R s e a capacitância de fonte Cs foi apresentado por Shieh [5] e Wegmann [6], em 1987, e mais recentemente por Eichenberger [7] em 1991. Estes analises permitiram computar um diagrama normalizado que mostra a fração de carga injetada ∆Q Qtot no capacitor de memorização, como uma função do parâmetro de chaveamento B [6] e a razão de capacitâncias CL/CS (capacitor de memorização CL e capacitância na fonte Cs). O parâmetro de chaveamento B para o transístor MOS é dado por: B = (Vgh − Vte ) β aCL onde: Vgh: nível alto da sinal de controle da chave resolver este problema é adotada a técnica de layout proposta por G. Wegmann em 1990 [8] fig.6. Vte : tensão threshold efetiva β = (W L )µCox : fator de ganho do ENTRADA transístor MOS. METAL PHI a : declive da sinal de controle DIFUSÃO PHI CL : capacitor de memorização. As principais conclusões normalizado de cargas são: do CONTAT diagrama • Para valores pequenos de B , a carga do canal fraciona-se na mesma proporção entre fonte e dreno independente da razão CL/CS. Isto é obtido com tempos curtos de descida da tensão de porta da chave. • Para valores grandes de B , a carga do canal fraciona-se de acordo com a razão de CL/CS. • Para CL/CS = 1, a carga do canal fraciona-se na mesma proporção independente do valor de B. PHI POLY SAÍDA Figura 6 Layout da chave S1 com suas chaves “dummy”simétricas proposto por Wegmann. 3. EVOLUÇÃO DO PROJETO. Para falar da evolução do projeto, primeiro é preciso enunciar as condições sob as quais as simulações das células foram feitas: O comportamento de uma chave HEMT durante seu abertura é similar ao que acontece com uma chave MOS. As simulações de um circuito samplehold a modo de tensão utilizando um dispositivo HEMT tipo depleção como chave, mostraram uma dependência similar da tensão do erro de parâmetros tais como: taxa de descida da tensão de controle da chave, nível da sinal de tensão, resistência da fonte e largura do canal. Embora não existam até agora expressões analíticas da tensão do erro induzido pela chave HEMT, acreditamos que um modelo analítico poderia ser derivado utilizando modelos equivalentes aos utilizados para o análise com transístores MOS e, que permita computar um diagrama normalizado, que mostre a 1. Um sinal de corrente de entrada ideal, não pode ser cortada aplicando só uma chave no seu caminho. O sinal tem que ser direcionada a outro dreno. Em nosso caso solucionamos o problema utilizando uma sinal de corrente de entrada pulsada. 2. Para o adequado funcionamento de uma célula SI, as chaves que controlam as fases de memorização e retenção devem operar de forma que minimizem os “spikes” resultantes das transições das fases. Uma condição ideal de operação dos clocks para as chaves de entrada, saída, dummy e de memorização foi sugerida por Wegmann [9]. A fig.7 mostra esta condição. fração de carga injetada CHAVE DUMMY ∆Q Qtot no capacitor de memorização, como função de um parâmetro equivalente de chaveamento B1 para o dispositivo HEMT e a razão de capacitâncias CL/CS. A técnica de compensação “dummy” foi examinada em chaves MOS e é aplicável em chaves FET em GaAs [10]. Portanto usando um tempo pequeno de descida (altas freqüências), as cargas injetadas, de acordo ao diagrama normalizado de cargas, são fracionadas na mesma proporção entre fonte e dreno; é possível então, compensar favoravelmente estas cargas injetadas utilizando chaves “dummy” bilaterais. Para uma boa compensação do clock feedthrough, o maior problema é o descasamento entre as capacitâncias parasitas da chave de amostragem S1 e das chaves “dummy”. Para CHAVE DO GATE CHAVE DE ENTRADA CHAVE DE SAÍDA Figura 7 Sinais para o controle das chaves da célula Com base nesta figura, podem-se observar os seguintes aspectos importantes: • as chaves de entrada e saída não devem em nenhum momento estarem ativas simultaneamente; • a chave dummy deve ser ativada após a chave de memorização ter sido desligada. 3. As chaves foram implementadas com transístores HEMT depleção, pois os HEMT enriquecimento tem uma faixa de tensões de entrada limitada e uma maior resistência no estado de condução [10]. A implementação das células SI com dispositivos HEMT apresenta dificuldades adicionais, as principais são: • Por ter uma estrutura de diodo Schottky na porta, sua tensão porta-fonte e porta-dreno não poderá ser maior a 0.5V, pois apresenta-se condução pela porta. • A ligação do transístor de memória como diodo (Vds = Vgs) permite trabalhar a célula SI CMOS em saturação, isto não foi possível com a tecnologia HEMT 0.3 µ m enriquecimento. Foi preciso então utilizar uma cadeia de diodos e uma fonte de corrente para deslocar o nível de DC. o anterior significa que devido à tensão Schottky, a suma das tensões dreno-fonte de Z1 e Z2 não poderá exceder 0.5V. Portanto, não é possível ter saturados os dois transístores pois suas tensões dreno-fonte excederão os 0.5V. É possível contudo trabalhar a célula com Z1 em triodo e Z2 saturado, mas neste caso Z2 ficará no limiar de saturação produzindo pequenas variações de Vds1, com erros na corrente de saída de até 5%. Portanto esta célula não é recomendável. Vdd IIN S2 J S3 IOUT IB1 VOUT Z2 S1 Z3 Z1 CG A evolução do projeto aconteceu em duas etapas: Figura 8 Célula “cascode” regulada 4.2 ETAPA 2: 1. A célula SI simples apresentou variações de Vds1 produzindo erros na corrente de saída. 3.1 ETAPA 1: Nesta etapa foram desenvolvidas as células SI em ligação diodo, típicas da tecnologia CMOS, utilizando transístores HEMT enriquecimento. 3.2 ETAPA 2: Nesta etapa foram desenvolvidas as células SI utilizando uma cadeia de diodos e uma fonte de corrente para o deslocamento do nível de DC, para evitar a condução pela porta e poder trabalhar Z 1 em saturação. Neste caso é possível utilizar HEMT enriquecimento (E-HEMT) ou depleção (D-HEMT) e trabalhar a célula em saturação ou em triodo. Os diodos foram implementados com dispositivos HEMT em sua configuração Schottky, ou seja, com seu dreno e fonte ligados. As fontes de corrente. I B2 e IB3 são utilizadas para polarizar as cadeias de diodos. 2. A célula “cascode” regulada mostrada na fig.9, apresento o melhor desempenho. A cadeia de deslocamento de nível DB e IB3 é usada para diminuir a tensão no dreno de Z1 até um valor que evite condução pela porta de Z3 e mantenha Z1 em saturação. VDD=4V 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Como foi enunciado anteriormente o projeto foi realizado em duas etapas, os principais resultados são os seguintes: DA 4.1 ETAPA 1: 1. As simulações da célula SI simples em ligação diodo (Vds = Vgs), com HEMT enriquecimento, fig.4, mostraram que o transístor não se encontra em saturação apresentando uma alta condutância de saída. Por tanto a célula SI simples não é realizável. 2. A célula “cascode” regulada em ligação diodo mostrada na fig.8, apresentou uma condutância de saída muito menor, mostrando um Vds1 constante. Mas, na fase de amostragem da célula SI temos que: Vgs1 = Vds1 + Vds2 < 0.5V IPOL IIN S2 S3 IOUT IB1 Z2 D2 D1 S1 DB Z1 Z3 IB3 IB2 CG VSS VSS=-4V Figura 9 Célula “cascode” regulada. As equações que determinam polarização desta célula são: o Vgs1 = Vds1 + Vds2 - nVDA < 0.5V Vgs2 = Vds3 - Vds1 < 0.5V ponto de Vgs3 = Vds1 - mVDB < 0.5V Onde: n: número de diodos na cadeia A m: número de diodos na cadeia B VDA: queda de tensão nos diodos da cadeia A VDB: queda de tensão nos diodos da cadeia B. regulada a 500Mhz com um sinal de corrente de entrada pulsada de 120 µ A. A variação de Vds1 foi de zero o que é desejado idealmente. Os seguintes resultados correspondem às simulações da célula “cascode” regulada da segunda etapa. Foram simuladas células tanto em saturação como em triodo e com transístores EHEMT e D-HEMT, todos para uma freqüência de 500Mhz. A fig.10 mostra um sinal de corrente de entrada que consiste em um sinal senoidal de 10 µ A a uma freqüência de 50Mhz e um sinal DC de 120 µ A, e o sinal de corrente de saída, para uma freqüência de clock de 500Mhz. Figura 12 Tensão dreno-fonte da célula Vds1 A fig.13 mostra a tensão porta-fonte do transístor de memória, Vgs1, para o mesmo caso anterior. Observe-se que a tensão Vgs1 não mudou da fase de amostragem à da retenção, o qual mostra que a compensação dos efeitos indesejáveis (injeção de cargas e clock feedthrough), foi muito boa. Figura 10 Sinal chaveada. A fig.[11] mostra a resposta da célula SI (tensão de porta e corrente de dreno do transístor de memória), a um step da corrente de entrada. Figura 13 Tensão porta-fonte Vgs1 Finalmente a fig.14 mostra a corrente de entrada Iin e a corrente de saída Iout, com um erro de aproximadamente 0.3 µ A. Figura [11] Resposta da célula a um step da corrente de entrada. A fig.12 mostra a tensão dreno-fonte do transístor de memória Vds1 da célula “cascode” Figura 14 Iin versus Iout As seguintes tabelas mostram os principais resultados das diversas células simuladas, tipo “cascode” regulada da segunda etapa. Temos que: IIN : corrente de entrada pulsada. ∆ VDS1 : variação da tensão dreno-fonte do transístor de memória entre suas fases de amostragem e retenção. ∆ VGS1 : variação da tensão porta-fonte do transístor de memória entre suas fases de amostragem e retenção. : corrente de erro (IIN - IOUT). ∆I % : porcentagem do erro da corrente ∆ I. Z1: D-HEMT 5um. ; Z2: D-HEMT 6um. ; Z3: E-HEMT 5um. Ipol = 1700uA. IIN(uA) ∆ VD1 150 170 200 250 (mV) 0 0 0 0 ∆ VG1 (mV) 4 3 4 10 Tabela 3 ∆I % (uA) 1 0.1 0.3 2 0.66 0.06 0.15 0.8 4. TRIODO E-HEMT. Em todas as simulações o erro da tensão drenofonte de M1, ∆ VD1, foi de zero. A tensão portafonte apresentou boa compensação dos efeitos de injeção de carga e do clock feedthrough, e seu erro, ∆ VG1, foi menor de 10mV (um erro razoável). O erro na corrente ∆ I, foi do ordem dos nA. 1. SATURAÇÃO E-HEMT. Z1: E-HEMT 5um. ; Z2: E-HEMT 7um. ; Z3: E-HEMT 5um. IPOL= 400uA. IIN(uA) 50 80 100 130 150 180 200 ∆ VDS1 ∆ VGS1 (mv) (mv) 0 7 0 4 0 0.1 0 3 0 5 0 8 0 10 Tabela 1 ∆I (uA) 0.94 0.6 0.3 0.1 0.2 0.4 0.6 % 1.9 0.75 0.3 0.08 0.13 0.22 0.3 2. SATURAÇÃO D-HEMT. Z1: D-HEMT 5um. ; Z2: D-HEMT 6um. ; Z3: E-HEMT 5um. Ipol = 1800uA. IIN(uA) ∆ VD1 50 100 120 150 180 200 (mV) 0 0 0 0 0 0 ∆ VG1 (mV) 10 5 1 3 5 8 Tabela 2 3. TRIODO D-HEMT. ∆I (uA) 0.8 0.2 0.4 0.8 1.0 1.5 % 1.6 0.2 0.3 0.53 0.55 0.75 Z1: E-HEMT 5um. ; Z2: E-HEMT 7um. ; Z3: E-HEMT 5um. Ipol = 200uA. IIN(uA) 38 70 100 150 ∆ VD1 ∆ VG1 (mV) (mV) 0 7 0 4 0 1 0 5 Tabela 4 ∆I (uA) 1.1 0.15 0.33 1.6 % 2.9 0.21 0.33 1.06 5. SATURAÇÃO E-HEMT. Z1:E-HEMT 10um.; Z2: E-HEMT 14um. ; Z3: E-HEMT 7um. IPOL = 600uA. IIN(uA) 50 70 90 120 150 200 250 ∆ VD1 ∆ VG1 (mV) (mV) 0 9 0 7 0 5 0 0 0 3 0 6 0 10 Tabela 5 ∆I (uA) 0.6 0.5 0.4 0.2 0.2 0.2 0.6 % 1.2 0.71 0.44 0.16 0.13 0.1 0.24 5. CONCLUSÕES. A célula “cascode” regulada da segunda etapa, foi a de melhor desempenho. A tensão no dreno Vds1 é constante para toda a faixa de correntes de entrada. A tensão na porta Vgs1 apresentou distorção que depende do nível da sinal de entrada, para evitar esta distorção será necessário fazer um estudo mais aprimorado para eliminar essas oscilações. A compensação realizada pelos transístores “dummy” é excelente embora sejam resultados de simulação, ver a fig.13. As células podem trabalhar a maiores freqüências que a apresentada, mas sua faixa de correntes de entrada será menor. 6. BIBLIOGRAFIA. [1] J. B. Hughes, N. C. Bird and I. C. Macbeth. “Switched Current: A New Technique for Analogue Sample Data Ssignal Processing”. Proc. IEEE Int. Symp. Circ. Syst. May. 1989, pp 1584-1587. [2] E. M. Schneider and T. S. Fiez. “Simulation of Switched-Current Systems”. ISCAS IEEE 1993, pp 1420. [3] P. Yang, B. D. Epler, and P. K. Chatterjee “An Investigation of the Charge Conservation Problem for MOSFET Circuit Simulation”. IEEE JSSC Feb 1983, pp 128. [4] B. J. 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