A era da guerra total O choque imperialista entre as grandes potências industriais foi a principal razão para que se desencadeasse uma guerra. A situação ficou ainda mais crítica quando a Itália e a Alemanha se unificaram, mais fortes queriam participar do comércio internacional juntamente com as outras superpotências. A Alemanha ou Germânia, segunda metade do século XIX: era composta por 39 estados independentes que se dividiam da seguinte forma: Reino da Prússia: separado dos demais territórios, se destacou economicamente (desenvolvimento industrial acelerado). A Confederação Germânica: união dos diversos estados independentes, estava sob o comando dos austríacos. As barreiras alfandegárias cobradas pelas mercadorias que circulavam de um estado para outro eram altas, este fato, dificultava a consolidação da economia industrial principalmente da Prússia. Restrições a livre circulação de mercadorias entre os estados também dificultava o desenvolvimento econômico sobretudo da Confederação Germânica. Os prussianos propuseram uma liga comercial entre os países germânicos que tinha como objetivo acabar com as tarifas alfandegárias ao permitir que os produtos germânicos circulassem livremente em território alemão. Com isso, incentivariam a produção interna e aprofundavam as relações entre a Prússia e a Confederação Germânica. Esta medida foi denominada de Zolverein. Otto von Bismarck e o imperador Guilherme I: foram os responsáveis pela criação e execução da Zolverein. Estopim (1866): Bismarck e Guilherme I excluem a Áustria da Zolverein. A Àustria encara a atitude da Prússia e da Confederação como uma provocação. A Prússia vence a guerra e a Confederação Germânica fica dividida: o norte sob domínio dos prussianos; o sul sob influência austríaca. Napoleão III, soberano da França era contra a unificação Alemã, pois, se tornaria um país poderoso e grande em suas fronteiras do leste. Estopim (1870): Napoleão III incentivou os estados do sul a não aderirem a unificação e isto gerou a guerra da França contra a Prússia. A Prússia liderada por Bismarck, venceu a guerra, este fato foi muito favorável a unificação da Alemanha. Pôs fim a Guerra e a vitória prussiana permitiu a proclamação oficial do Império Alemão. 1871, Guilherme I foi proclamado Kaiser (mesmo que Czar na Rússia) tornou-se o comandante do novo Estado Nacional Europeu. Consolidada a unificação política e territorial, a Alemanha criou condições para acelerar seu processo de industrialização, tornando-se já no final do século XIX, uma das maiores potências econômicas da Europa. O processo de unificação italiana passou pelos mesmos conflitos e tinha o mesmo objetivo da Alemanha. A Itália tinha o domínio austríaco na parte sul o Reino Lombardo-veneziano e era dividida em vários estados independentes. O Reino do Piemonte era o mais desenvolvido economicamente e liderou o movimento de unificação. Passo decisivo para unificação italiana foi a luta pela independência do Reino Lombardo-veneziano (controlado pela Áustria); Ao contrário do que fizeram com a Alemanha, os franceses apoiaram a Itália contra os austríacos. O Reino das duas Sicílias também apoiou a Itália com militares, questão decisiva para a vitória contra os austríacos. Giuseppe Garibaldi: líder militar, atuou no sul da Itália, reuniu um exército de mil homens “camisas vermelhas” . Apesar de ter sido importante sua participação na guerra, não obteve grande destaque na unificação da Itália, porque defendia a democracia. 1870: A Itália se consolida e o rei do Piemonte Vítor Emanuel II anexa a cidade de Roma, tornando-a capital da nova nação unificada. Unificado e dono de um território rico em carvão e ferro, o Império Alemão progrediu rápido e no início do século XX se tornou uma das principais potências do globo. Quando entrou na corrida imperialista já encontrou o mundo dividido entre as superpotências. A Alemanha passou a pressionar a França e a Grã-Bretanha a ceder-lhe uma fatia maior da África e da Àsia. A Grã-Bretanha: “A Inglaterra deve compreender o que é inevitável e constitui a sua mais grata esperança de prosperidade: a Alemanha deve ser destruída.” A França: antiga rival alemã queria mesmo uma revanche, com objetivo de recuperar a Alsácialorena, região rica em ferro tomada pela Alemanha após a guerra Franco-Prussiana. Japão e os Estados Unidos: Estavam em ascensão econômica e tinham pretensões expansionistas. A primeira guerra mundial envolveu todas as grandes potências européias (Grã-Bretanha, França, Rússia, Áustria-Hungria, Prússia – após 1871 ampliada para Alemanha – e depois de unificada, a Itália), com exceção da Espanha, os países baixos, os três países da Escandinávia e a Suíça. Tríplice Aliança: Alemanha; Austro-Hungria; Itália; Turquia; Bulgária, Japão. Tríplice Entente: França; Grã-Bretanha,Rússia, Itália e mais tarde Estados Unidos. O que detonou a guerra foi o ataque Austríaco à Sérvia depois do assassinato de Francisco Ferdinando sobrinho e herdeiro do trono de Franz Joseph, imperador austríaco. É inegável que o clima estava favorável ao acontecimento da guerra. A Europa vivia como pavio de pólvora e este incidente veio então a calhar. A Alemanha pretendia liquidar rapidamente a França no ocidente, depois, partir rapidamente para liquidar a Rússia no oriente, antes que o Czar pudesse por em ação seu imenso exército humano. A Alemanha precisava de uma guerra relâmpago, seu exército não era muito grande. O plano quase deu certo, mas, não inteiramente. Este plano ficou conhecido como Plano Schlieffen. O exército alemão avançou sobre a França, atravessando a Bélgica e só foi detido em Paris, perto do rio Marne. Paris só não foi tomada por causa desta batalha. A França com a força dos aliados, improvisaram linhas paralelas de trincheiras e fortificações defensivas que se estendiam da costa do Canal em Flandres, até a fronteira com a Suíça. “Frente Ocidental” formada por britânicos e franceses, se tornou uma máquina de massacre. Milhões de homens ficavam uns diante dos outros nos parapeitos de trincheiras, barricadas com sacos de areia, sob as quais viviam como – e com – ratos e piolhos. Grande parte da França oriental e parte da Bélgica ficaram sob o poder da Alemanha. Guerra de Trincheiras; Inovações bélicas (metralhadoras, submarinos e aviões); Batalha de Verdun, em 1916 (fevereiro – julho), marcada pela tentativa alemã de romper a barreira de Verdun. Fracassou; Batalha de Somme, ofensiva dos britânicos,que tinha como objetivo forçar os alemães a saírem de Verdun. Sistema de governo: Absolutismo monárquico, sob a liderança do Czar Alexandre II (1855 a 1881); 1905: economia agrícola atrasada; Promoveu reformas: Abolição da escravidão (camponeses). Objetivo: Promover a modernização e o desenvolvimento do país. Aristocracia (nobres) X Czar; resultou no assassinato de Alexandre II (1881); Alexandre III (1881 a 1894) assumi o trono e não realiza as reformas propostas; Nicolau II (1894 a 1917) autoritário e repressor também não realizou as reformas para modernização da Rússia trabalhou para tentar conter a insatisfação popular. Consequências: Revolta da população contra o regime feudal e o absolutismo monárquico; Crise econômica provocada pela Guerra Russo – Japonesa; A vitória japonesa provocou ainda mais danos à Rússia. Trabalhadores se reuniram em frente ao palácio do inverno em São Petersbusgo e levaram uma petição com as seguintes exigências: Fim do autoritarismo; Maior participação popular nas decisões políticas; Liberdade de imprensa; Elaboração de uma constituição e Eleições para elaboração de uma assembléia. Violência do Czar que mandou disparar tiros em toda a população; Esta atitude de Nicolau II agravou ainda mais a insatisfação do povo que a partir deste incidente passa a se movimentar para derrubar o imperador; Abril de 1906: para acalmar os ânimos da plebe o rei criou a assembléia constituinte Duma (paralamento), apenas de caráter consultivo. A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial agravou ainda mais a situação econômica do país; “As Jornadas de Fevereiro”: passeatas realizadas pelo povo em protesto; 23 de Fevereiro: conhecido como dia das mulheres na Rússia. Os grevistas se juntaram as mulheres para protestarem contra a participação dos russos na guerra; 24 de Fevereiro: 200 mil homens em protesto; 27 de Fevereiro: soldados, rebeldes e operários unidos tomaram de assalto a fortaleza “Pedro e Paulo”. Os rebeldes se juntaram e tomaram a cidade de Petrogrado (antiga capital da Rússia) e exigiram a queda do Czar; O governo cedeu sem muita resistência; 02 de março de 1917: Nicolau II renuciou; Os membros do Duma e os sovietes (radicais): instauraram o Governo Provisório.