Pesquisa constata que produzir vacina contra o vírus zika é viável

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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Clipping
VEÍCULO: O GLOBO ONLINE
DATA: 29/06/2016
ASSUNTO: ZIKA VÍRUS
PÁG. A14
TIPO: NOTÍCIA
ENDEREÇO WEB:
http://saude.empauta.com/e2/standard/noticia/mostra_noticia_e2.php?&cod_noticia=1606291467204027007
ACESSADO EM: 29/06/2016
Pesquisa constata que produzir vacina contra o vírus zika é viável
Testes feitos em camundongos conseguiram 100% de êxito
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika e da febre chikungunya - ANPR / Venilton Kuchler/ANPR/08-12-2015.
RIO - Os primeiros avanços na luta para prevenir o zika começam a emergir, com a viabilidade de
uma vacina tendo sido demonstrada pela primeira vez. Cientistas brasileiros e americanos
testaram com sucesso em animais duas estratégias de imunização. Publicado na "Nature", o
estudo é importante porque a vacina é considerada a única forma realmente eficaz de proteger a
população contra uma epidemia que já se espalha por 61 países. E uma outra vacina, em
desenvolvimento no Instituto Evandro Chagas, em Ananindeua (Pará), deve começar a ser testada
em macacos em novembro.
No estudo relatado na "Nature", o grupo integrado por cientistas da USP e da Universidade de
Harvard, nos EUA, testou duas formas de imunizar camundongos contra o zika. As duas obtiveram
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DATA: 29/06/2016
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ACESSADO EM: 29/06/2016
100% de êxito. Isto é, os roedores não desenvolveram a doença ao serem infectados pelo zika em
laboratório.
O estudo é o primeiro a empregar também a cepa brasileira do zika, originária do Nordeste. Ela foi
isolada de um paciente na Paraíba pelo grupo do virologista Pedro Fernando da Costa
Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas.
A primeira forma testada, mais convencional, foi usar o zika inativado para causar uma resposta
do sistema de defesa dos roedores. A segunda foi obter a mesma resposta com uso de pedaços do
material genético do vírus.
Um dos autores do estudo, Paulo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP,
diz que a meta era compreender os mecanismos da infecção pelo zika:
- Embora seja ciência básica, em fase inicial, a pesquisa é importante porque ainda se sabe pouco
sobre os aspectos imunológicos do vírus.
VÍRUS DIFÍCIL DE SER INATIVADO
A primeira técnica oferece a vantagem de ser mais simples e, por isso, em tese, mais fácil de
desenvolver. Esse tipo de vacina está em uso com sucesso contra a pólio e a encefalite japonesa.
Todavia, o zika não tem se mostrado trivial. Ele não é fácil de inativar, salienta Zanotto. Tornar um
vírus inativo é eliminar sua capacidade de se replicar dentro das células infectadas. Assim, ele
serve para "ensinar" o sistema imunológico a reconhecê-lo como invasor e atacá-lo.
Zanotto explica que uma vacina desenvolvida a partir de pedaços de genes do vírus é vista como
mais promissora. Esse imunizante é mais seguro e não pode causar doença, já que não há vírus
nele. É um produto desse tipo que a equipe de Dan Barouch planeja testar em macacos em
Harvard, numa segunda etapa do trabalho.
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DATA: 29/06/2016
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ACESSADO EM: 29/06/2016
Barouch é um dos principais especialistas do mundo em vacinas contra retrovírus. Seu grupo
desenvolveu e testa em pessoas uma vacina contra o HIV. Como a que se planeja criar contra o
zika, ela é genética.
- Nosso grupo da USP focará no conhecimento da imunologia do zika. Estamos trabalhando agora
com uma linhagem do vírus que isolamos em São Paulo - diz o pesquisador.
A equipe dele colabora com a do Instituto Butantan, que também busca criar uma vacina.
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