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Sistema Solar – Asteroides e
Cometas
Yuri Fregnani
[email protected]
• Vimos que o sistema solar pode ser dividido entre Planetas Internos
(rochosos) e Planetas Externos (gasosos/de gelo), porém existem mais
coisas pelo caminho.
• Além dos planetas e luas, existem milhares de outros corpos menores
orbitando o Sol.
• Podemos classificá-los como:
• Asteroides
• Objetos Transnetunianos
• Cometas
• Em 1766, Johann Titius, astrônomo alemão, detectou uma
regularidade nas distâncias médias dos planetas do Sol. Embora seja
controverso se foi ele quem realmente desenvolveu esse
pensamento, a fórmula que ele apresentou previa bem as distâncias
do Sol até os planetas em AU.
an = 0,4 + 0,3 + 2n
Distância média entre o Sol
e o n-ésimo planeta (AU)
Número relacionado ao
planeta calculado
Johann Titius
• Essa lei prevê bem, com pouco erro, as
distâncias dos planetas de Mercúrio até
Saturno, os planetas conhecidos até
então, e se mostrou bastante correta para
a órbita de Urano, descoberto mais tarde.
• O grande “problema” dessa lei, é que ela
previa que deveria existir mais um
planeta, entre as órbitas de Marte e
Júpiter, que não havia sido observado
ainda.
• Detalhe: para Mercúrio deve-se usar:
2n = 0, e não 2n = 2-1 = 0,5.
Planeta
n
a [AU]
a real [AU]
Mercúrio
-∞
0.4
0.39
Vênus
0
0.7
0.72
Terra
1
1.0
1.00
Marte
2
1.6
1.52
?
3
2.8
Júpiter
4
5.2
5.20
Saturno
5
10.0
9.58
(Urano)
6
19.6
19.20
(Netuno)
7
38.8
30.05
(Plutão)
8
77.2
39.48
• Essa fórmula matemática foi popularizada mais tarde por Johann
Elert Bode, também astrônomo alemão, e ficou conhecida como a Lei
de Titius-Bode.
• Hoje em dia, essa lei é considerada mais uma
coincidência matemática do que uma lei física.
Ela perdeu muito de sua força com a descoberta
de Netuno e Plutão que não se respeitam a
previsão.
Johann Elert Bode
Asteroides
• O que existe entre as órbitas de
Marte e Júpiter?
• O Cinturão de Asteroides.
http://solarsystem.nasa.gov/images/galleries/Asteroid_Belt.jpg
Asteroides
• A Lei de Titius-Bode prevê um planeta a 2.8 AU do
Sol, entre Marte e Júpiter.
• Em 1801, Giuseppe Piazzi, padre e astrônomo
italiano, encontrou um objeto a 2.77 AU do Sol com
o diâmetro de mais ou menos 1000 km, nomeando-o
de Ceres, o primeiro asteroide descoberto.
• Desde então, encontraram-se mais de 100.000
asteroides na região entre 2 e 3.5 AU do Sol, essa
região é chamada de Cinturão de Asteroides.
Giuseppe Piazzi
Asteroides
• Estudando a orbita dos asteroides em relação à eclíptica, é possível
ver algumas semelhanças, podendo classificá-los em famílias.
• Isso sugere que esses asteroides possam ter vindo da fragmentação
de um asteroide maior.
Asteroides
• A maioria dos asteroides se encontra na Cinturão
de Asteroides, mas alguns seguem órbitas
diferentes:
• Os Troianos (e Gregos), pintados de verde,
compartilham a órbita de Júpiter, 60°na frente ou
atrás do planeta gigante. Essa é uma região com
órbitas estáveis, o que faz com que os asteroides
se acumulem nesse ponto.
• Os Amors, Apollos e Atens orbitam no Sistema
Solar interno, podendo cruzar as órbitas dos
planetas internos. São possíveis asteroides que
sofreram perturbações gravitacionais de Júpiter e
foram expulsos do cinturão.
• Alguns formam famílias, que podem ter sido
formadas de fragmentos de corpos maiores que
foram destruídas em colisões, por exemplo as
famílias Hirayama.
Asteroides
• A maioria dos asteroides se encontra na Cinturão
de Asteroides, mas alguns seguem órbitas
diferentes:
• Os Troianos (e Gregos), pintados de verde,
compartilham a órbita de Júpiter, 60°na frente ou
atrás do planeta gigante. Essa é uma região com
órbitas estáveis, o que faz com que os asteroides
se acumulem nesse ponto.
• Os Amors, Apollos e Atens orbitam no Sistema
Solar interno, podendo cruzar as órbitas dos
planetas internos. São possíveis asteroides que
sofreram perturbações gravitacionais de Júpiter e
foram expulsos do cinturão.
• Alguns formam famílias, que podem ter sido
formadas de fragmentos de corpos maiores que
foram destruídas em colisões, por exemplo as
famílias Hirayama.
Asteroides
• Podemos classificar os asteroides de acordo com a suas composições,
determinadas através de seus espectros.
• Eles apresentam cinco tipos básicos:
• Tipo S
• Tipo M
• Tipo C
• Tipo P
• Tipo D
Tipo S
Estão entre 2 e 3.5 AU do
Sol, são compostos por
silicatos ricos em ferro e
magnésio, contém poucos
voláteis (água, monóxido
de carbono, dióxido de
carbono, metano, amônia
etc.). Avermelhados e
albedos moderados: 0.10.2
Ida
Tipo M
Variam entre 2 a 3.5
AU. Compostos por
ferro e níquel e
também são
avermelhados.
Albedos moderados:
0.1-0.18
Lutetia
Tipo C
Com uma distância
entre 2 e 4 AU, mas a
maioria perto de 3 AU.
São compostos
carbonáceos, muitos
contêm água,
escuros, albedos
baixos: 0.03-0.07
Mathilde
Tipo P
Entre 3 a 5 AU, com
grande parte entre 4 AU.
Possui
compostos
orgânicos,
avermelhados e albedos
baixos: 0.02-0.06
Cybele
Tipo D
São similares aos tipo
P, mas mais vermelhos
e um pouco mais
longes do Sol, a
maioria dos Troianos
são tipo D.
Concepção artística
Asteroides
• Quanto mais longe do Sol, mais água e outros componentes voláteis
existem nos asteroides.
• Essa é a mesma tendência que observamos nos planetas e luas, o que
nos da uma dica sobre a formação do Sistema Solar.
Maiores Asteroides Conhecidos
Ceres
Distância do Sol: 2,7 AU
Tamanho: 974,6 Km
Vesta
Distância do Sol: 2,36 AU
Tamanho: 529 Km
Pallas
Distância do Sol: 2,13 AU
Tamanho: 544 Km
Hygeia
Distância do Sol: 2,76 AU
Tamanho: 407 Km
Imagem em cores naturais de Ceres.
Essa imagem foi registrada em maio de
Imagem de Vesta tirada pela sonda
Dawn em 24 de julho de 2011, a uma
distância de 5 200 km.
Uma imagem ultravioleta de 2 Palas
mostrando a sua forma achatada, feita
pelo Telescópio Espacial Hubble.
Concepção artística de
um modelo 3D.
2015, pela sonda Dawn.
Meteoroides, Meteoros e Meteoritos
• Existe uma grande confusão sobre o que é um meteoro ou um
asteroide.
• O nome varia conforme a “localização” do asteroide, da seguinte
forma:
• Em rota de colisão com a Terra → Meteoroides
• Se são queimados na atmosfera→ Meteoros (Estrelas cadentes)
• Se cai no chão → Meteoritos
Asteroide
Meteoroide
Meteoro
Meteorito
https://abrilveja.files.wordpres
s.com/2016/05/arte-asteroide20130220original3.jpeg?w=620
Chuva de meteoros
• Quando a Terra cruza a trilha de detritos deixada
por um cometa ocorre um número elevado de
estrelas cadentes, chamado de chuva de meteoros.
• Os meteoros parecem vir todos da mesma direção,
a direção do movimento dos detritos relativo ao
movimento da Terra, chamada radiante.
• Esse fenômeno é periódico, acontecendo
anualmente. As chuvas de meteoros ganham o
nome da constelação de onde parecem vir.
• As mais conhecidas e intensas são as Perseidas, que
ocorrem em agosto, e as Leônidas, em novembro.
Meteoritos
• São objetos muito antigos, com mais ou menos 4,5 bilhões de anos.
São resquícios dos primórdios da formação do Sistema Solar,
embora em muitos casos, tenham tido suas propriedades alteradas
por processos térmicos-metamórficos ao longo do tempo.
• São de grande valia para o estudo da formação e da evolução do
Sistema Solar, nos dando informações importantes.
• Podemos classificá-los em três grupos.
Meteoritos Rochosos
• São a grande maioria dos meteoritos, cerca de 94% dos conhecidos.
Podem ser de dois tipos:
• Condritos: mais ou menos 86% dos meteoritos
rochosos. Possuem esse nome por conterem côndrulos,
que são pequenas esferas compostas, em sua maioria
por silicatos. Alguns podem possuir material orgânico.
Há indícios de que se formaram através de objetos que
flutuavam livremente pelo espaço.
• Acondritos: Correspondem a 8% dos meteoritos desse
tipo. Não contêm côndrulos, e foram formados pelo
derretimento e recristalização. Vêm de crostas de
planetesimais, asteroides, ou corpos maiores como a
Lua e Marte, por exemplo.
Condrito
Meteoritos Ferrosos
• Ferrosos (sideritos): São ~5% dos meteoritos,
constituídos por ligas metálicas de Fe e Ni, com
quantias secundárias de carbono, enxofre, e
fósforo. A maioria deles pode ter sido formada
nos núcleos de planetesimais que estavam
derretidos algum dia.
• Ferrosos rochosos (siderólitos): Representam em
torno de 1%, são constituídos por uma mistura
de minerais silicáticos e liga metálica, também
de Fe + Ni. Parcialmente formados nas zonas de
fronteira entre os núcleos e crostas de
planetesimais.
Meteoritos – Esquema de Formação
Meteorito “Brasileiro”
O meteorito de Bendegó,
um
siderito,
foi
encontrado em 1784
perto do riacho do mesmo
nome, na Bahia. É o maior
meteorito já encontrado
no Brasil e o 16º maior do
mundo. Hoje é exposto no
Museu Nacional, no Rio
de Janeiro.
Meteoro “Russo”
• No dia 15/02/2013, era esperado a passagem de um asteroide
próximo à Terra, que caiu perto da cidade Челябинск (Chelyabinsk),
na Rússia. Um meteorito entre 17 a 20 metros de diâmetro e 11 mil
toneladas, que gerou uma onda de choque que feriu mais de 1200
pessoas e danificou centenas de residências.
Alguns eventos históricos
• Em 1908, uma gigantesca explosão, equivalente a mil vez a bom
atômica que caiu em Hiroshima, aconteceu em Tunguska na Sibéria.
A explosão derrubou 80 milhões de árvores em uma área de
2150km². É o maior corpo celeste que já atingiu a Terra na história
registrada.
A extinção dos dinossauros
• A teoria mais aceita sobre a extinção CretáceoPaleogeno, uns 65 milhões de anos atrás, é o
impacto
de
um
meteorito
de
aproximadamente 10Km de diâmetro. Esse
evento levou a grandes mudanças climáticas,
extinguindo os dinossauros.
• A provável cratera deste impacto fica em
Chicxulub, no México. É um cratera de 180 km
de diâmetro descoberta em 1978.
Quais as chances de um Meteorito devastador
• A NASA possui o programa Near Earth Objects (NEO,
objetos próximos à Terra; às vezes chamadas NEA, Near
Earth Asteroids).
• É o monitoramento de corpos celestes como cometas e
asteroides, que possuem órbitas próximas do nosso
planeta. Um objeto é classificado como NEO quando,
possui periélio menor que 1.3AU.
• Dentre eles existem os Potentially Hazardous Asteroids,
PHAs (asteroides potencialmente perigosos), são os que
possuem maior risco de colidir com a Terra, devido às
suas baixas distâncias de passagem pela órbita do
planeta.
Quais as chances de
um Meteorito
devastador?
• Existe
uma
escala
de
classificação de perigo para os
NEO de acordo com o risco de
impacto com a Terra, e pelos
possíveis
estragos
que
causariam. Essa escala é
chamada de Escala de Torino.
Quais as chances de um Meteorito
devastador?
• Um NEO que está mais ou menos em rota de colisão com a Terra é
Apophis, com mais ou menos 350m de diâmetro, que poderia colidir
conosco em 2036, causando tsunamis, mudanças climáticas e
milhões de mortos.
• Quando descoberto, o asteroide era um
nº4 na escala de Torino (1% de risco de
colisão), recorde até hoje.
• Felizmente, a órbita foi determinada com
melhor precisão, e o risco de colisão
baixou para menos que 1:1.000.000,
tornando Apophis um nº 0.
O que fazer em caso de impacto
• Se identificarmos o corpo celeste com antecedência, bastaria
forçar uma pequena mudança na sua velocidade e direção,
assim, desviando sua trajetória da Terra.
• Como a distância é grande, qualquer pequena mudança
significa um grande desvio.
• Não seria necessário destruir o asteroide. Isso pode, inclusive,
ser perigoso, uma vez que não há certeza se os pedaços
restantes seriam desviados e poderia causar a queda de vários
meteoritos.
• Para fazer o desvio, bastaria levar pequenos foguetes à
superfície do asteroide, ancora-los à superfície e fazer a
correção necessária em sua órbita.
Objetos Transnetunianos
• Como o nome sugere, são corpos
gelosos além da órbita de Netuno.
• Estão distribuídos em duas regiões:
• O Cinturão de Kuiper, entre 30 a
100AU do Sol, onde se encontram os
objetos do Cinturão de Kuiper
clássicos, e de onde se originam os
cometas de curto período.
• A hipotética Nuvem de Oort, entre
300 e 100.000AU do Sol, lugar de
origem dos cometas de longo
período.
Plutão
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Distância até o Sol: 40,7 AU
Tamanho: 2370 km
Atmosfera: Nitrogênio e metano
Núcleo: Rochoso
Número de Satélites Conhecidos: 5
Densidade: 2,03 g/cm³
Rotação: 6d 9h 17m 36s
Translação: 248 anos
Temperatura: -229°C
Fotografia em cores de Plutão, obtida pela sonda New Horizons
em 14 de julho de 2015, de uma distância de 450 mil
quilômetros.
Plutão
• Talvez o mais famoso objeto transnituniano,
Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde
Tombaugh, astrônomo americano, na procura
por um nono planeta.
• Possui 5 luas conhecidas, Caronte, Hydra, Nix, P4
e P5 (esses nomes são provisórios).
• Foi considerado o nono planeta, mas devido a
suas propriedades muito diferentes dos outros,
foi “rebaixado” para planeta anão.
Clyde Tombaugh
Plutão
• Com uma órbita inclinada em 17° com relação a eclíptica e uma
excentricidade de e = 0.25, além de cruzar a órbita de Netuno, em
ressonância 3:2. Plutão é realmente muito diferente dos demais
planetas.
• Possui composição química similar a dos
objetos transnitunianos e a Tritão, lua de
Netuno, mas não aos planetas.
• Em 2005 foi descoberto um objeto
transnituniano maior que Plutão, Éris, o que
deixou sua classificação ainda mais confusa.
Cometas
• São pequenos objetos transnetunianos compostos por gelo (água,
metano, amônia e dióxido de carbono), poeira e às vezes material
orgânico e podendo ter um núcleo rochoso.
• São chamadas de “Bolas de gelo sujo”, que entram no Sistema Solar
interior.
• Apresentam caudas de até 1AU de
comprimento quando passam pelo
Sistema Solar interior.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Encke_tail_rip_of.gif
Cometas
• Ao se aproximar do Sol,
a uma distância menor
de 5AU, o gelo contido
no cometa sublima,
formando um coma de
gás evaporado e poeira
em torno do núcleo
sólido.
• Também forma-se um
halo de hidrogênio em
torno do coma. Esse gás
é parcialmente ionizado
pela radiação solar.
Cauda de gelo
Núcleo
Coma
Cauda de poeira
Cometa Halley, 8 de Março de 1986.
Cometas
• A pressão da radiação do vento solar empurra a poeira para longe do
Sol, formando uma cauda de poeira.
• O vento solar e o campo magnético do Sol
empurram o gás ionizado para longe,
formando a cauda de íons.
• Essas caudas estão sempre voltadas para o
lado contrário do Sol, como uma bandeira ao
vento.
• Quando o cometa sai da vizinhança do Sol, sua cauda some, mas não o
cometa podendo voltar algum dia.
Cometas
• Os cometas podem apresentar três comportamentos:
• Periódico de curto período: são vistos a cada 200 anos ou menos, como o
cometa Halley, que volta a cada 76 anos, vindos do Cinturão de Kuiper.
• Periódico de longo período: vistos em períodos maiores de 200 anos,
podendo chegar até mais de 1 milhão de anos. Vêm da Nuvem de Oort. Há
teorias, de que estes são defletidos rumo Sol por estrelas passando perto
do limite do Sistema Solar.
• Não-periódicos: Vistos apenas uma vez passando pelo Sistema Solar e
indo para fora dele.
Cometas
• No
passado,
cometas
colidiram
frequentemente com planetas, luas e
asteroides.
• Com a detecção de moléculas orgânicas nos
cometas, teorizou-se de que cometas ou
meteoritos podem ter trazidos os elementos
precursores da vida ou mesmo os primeiros
elementos vivos para a Terra.
• Essa teoria é chamada de Panspermia, a origem
extraterrestre da vida.
• É possível que os cometas e asteroides também
tenham trazido água para a Terra.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Proposto já por René Descartes, filósofo, físico e matemático francês (15961650), Immanuel Kant, filósofo prussiano (1724-1804) e o Marquês de Laplace,
matemático, astrônomo e físico francês (1749-1827): O Sol e os planetas se
formaram simultaneamente da mesma nuvem de material, a Nébula Solar.
• Este material já continha cerca de 2% de elementos mais pesados que H e He,
formadas por estrelas que precediam o Sol.
René Descartes
Immanuel Kant
Marquês de Laplace
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Houve um colapso gravitacional da Nébula Solar, mais ou menos uns 4.6
bilhões de anos atrás.
• O disco de acreção, parecido com os anéis de Saturno, mantiveram seu
momento angular. Isso explica, por que boa parte de todo o Sistema Solar
se encontra no mesmo plano, a eclíptica, e gira no mesmo sentido.
• O calor do proto-Sol, o Sol em nascimento, conferiu um gradiente de
temperatura no disco protoplanetar, ou seja, uma variação de temperatura
pelo disco.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Nesse período houve a formação de corpos de até 1km, os planetesimais,
por forças de coesão, responsáveis pode unir a poeira na nébula.
• Na interior do disco protoplanetar as temperaturas eram altas, só material
rochoso conseguiu condensar. Os poucos planetesimais que existiam,
eram rochosos.
• Na parte mais externa do disco as temperaturas eram baixas, o que
permitiu a materiais rochosos e gelos condensarem. Isso formou muitos
planetesimais, rochosos e gelosos. A fronteira entre as duas regiões, mais
ou menos a 5AU do Sol, tem uma temperatura de 150K =-123,2°C e se
chama linha de congelamento.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Protoplanetas surgiram da atração gravitacional
entre os planetesimais.
• No disco interior: Protoplanetas rochosos de massa
não muito alta, uma vez que foram formados por
poucos planetesimais. Não conseguiam atrair e
acumular atmosferas, que foram formadas apenas
mais tarde, provavelmente por vulcanismo, vento
solar ou trazidas por planetesimais, cometas e/ou
asteroides). Deram origem aos Planetas terrestres.
• Neste período também ocorreram as colisões que
resultaram na Lua terrestre e nas inclinações dos
eixos rotacionais dos planetas.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Disco exterior: protoplanetas rochosos e gelosos de massa alta, formados por
muitos planetesimais. Conseguiam atrair e acumular atmosferas, como os
Gigantes gelosos, e atmosferas massivas como os Gigantes gasosos.
• Em torno dos planetas gigantes formaram-se algumas de suas luas, através de
um processo similar ao dos planetas em torno do Sol, ou seja, em pequenos
discos de acreção, como as Luas Galileanas de Júpiter.
• Como o disco era mais denso na região de Júpiter, foi este gigante que acabou
acumulando a maior massa.
• A formação de Júpiter e suas luas deve ter levado em torno de 1 milhão de anos.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Entre as duas regiões do disco protoplanetar, pouco dentro da região da formação de
gelo, entre o que se tornariam Marte e Júpiter, os planetesimais rochosos não
conseguiram formar um planeta grande, somente corpos menores. Essa região é o
Cinturão de Asteroides.
• A soma de toda a massa do Cinturão de Asteroides corresponde a apenas 4% da massa
da nossa Lua.
• Quanto mais para o exterior, menor o calor, logo, mais gelo podia ser integrado nos
asteroides, o que explica as posições dos vários tipos deles.
• Para além dos protoplanetas gigantes, a densidade era menor e os planetesimais
gelosos também só conseguiram formar corpos menores. Esse é o Cinturão de Kuiper.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Por interações gravitacionais e de
maré com o disco de acreção e com
os planetesimais, Júpiter acabou
migrando mais para dentro do protoSistema Solar, enquanto Saturno,
Urano e Netuno migraram mais pro
exterior do disco.
• No caminho, os planetas gigantes
capturaram alguns planetesimais, e
defletiram outros, para dentro ou
para fora do disco, ganhando algumas
de suas luas no processo.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Os planetesimais defletidos para
dentro do disco do Sistema Solar
caíram em cima dos planetas e das
luas recém-formados, causando
crateras de impacto.
• Isto continua em escala menor até
hoje, e deve ter sido bastante
intenso por volta de 700 milhões de
anos após a formação do Sistema
Solar, quando Júpiter e Saturno
passaram
a
“colaborar”
gravitacionalmente, amplificando as
deflexões.
Origem e Evolução do Sistema Solar
• Os defletidos para fora do disco formaram a Nuvem de Oort, ou
foram expelidos do Sistema Solar.
• No caminho pra fora, Netuno ainda capturou alguns objetos do
Cinturão de Kuiper, os plutinos atuais.
Referências
• Infográfico com as missões espaciais à asteroides (inglês) - http://goo.gl/x4tgDP
• Infográfico Asteroides vs Cometas (inglês) - http://i.imgur.com/ifkune9.jpg
• Infográfico Cinturão de asteroides (inglês) - http://goo.gl/m71zCP
• Ficha com principais informações sobre o Sistema Solar (inglês) https://imgur.com/R7ooUue
• Terminologia dos meteoros (inglês) - http://www.amsmeteors.org/fireballs/faqf/
Referências
• Aula do Professor Pieter Westera sobre Origem e Evolução do Sistema Solar http://professor.ufabc.edu.br/~pieter.westera/AstroAula05.pdf
• Infográfico sobre o Cinturão de Kuiper (inglês) - https://goo.gl/ILrf9n
• Infográfico sobre Cometas (inglês) - http://goo.gl/lVNjSH
• Asteroids: Basic Facts (inglês)- http://solarsystem.nasa.gov/planets/asteroids/basic
• Vídeo sobre os asteroides e cometas (inglês) - https://www.youtube.com/watch?v=xYOPnqB-9j8
• Vídeo sobre o Sistema Solar (com legendas) - https://www.youtube.com/watch?v=KsF_hdjWJjo
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