Deformação das rochas { { O dinamismo interno da Terra pode manifestar‐se, não apenas na forma de vulcões e sismos,, mas através da deformação das rochas originada por tensões que afectam a sua forma e/ou volume. A tensão é a força exercida por unidade id d de d área. á { Um estado de tensão pode expressar‐se segundo duas componentes: z z TTensão ã normall (orientada ( i t d perpendicularmente di l t ao plano considerado). Pode ser considerada compressiva ou distensiva. distensiva Tensão cisalhante ou tensão de corte (orientada paralelamente ao p p plano considerado). ) Forças compressivas { Conduzem à redução do volume da rocha na direcção paralela à actuação das forças e ao seu alongamento na direcção perpendicular. Podem provocar o dobramento d b e o aparecimento i d falhas de f lh no material. Forças distensivas { Conduzem ao alongamento (estiramento) da rocha, na direcção d paralela l l à actuação das d forças. f Podem d provocar também o aparecimento de falhas no material. material Forças de cisalhamento { Causam a deformação da rocha por movimentos paralelos em sentidos opostos. Podem provocar a o aparecimento de falhas e o cisalhamento dos materiais. Resposta à tensão Actividade 30 página 141 { { { Deformação elástica – é reversível, reversível o material deforma mas, quando a tensão cessa, recupera a sua forma/volume iniciais e verifica‐se quando a força aplicada sobre a rocha não ão u ultrapassou t apassou o seu limite te de eelasticidade. ast c dade Deformação plástica – é permanente, o material fica deformado sem rotura e verifica‐se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de plasticidade. É chamada deformação contínua quando não se verifica descontinuidade entre partes contíguas p g do material deformado. Deformação frágil/por rotura – o material fractura. Verifica‐se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de p plasticidade originando g deformações ç descontínuas (p.e. falhas). Condicionantes da deformação { O comportamento das rochas em relação à tensão que lhes é aplicada q p é variável e depende p do tipo p de rocha, das condições de pressão e temperatura a que a rocha está sujeita (aquando da actuação da tensão) e da intensidade da tensão. Comportamento dos materiais { { Comportamento frágil – as rochas fracturam facilmente quando são sujeitas a tensões, facilmente, tensões em condições de baixa pressão e de baixa temperatura. Este comportamento relaciona-se com a formação de falhas. falhas Comportamento dúctil – as rochas sofrem alterações l õ permanentes de d forma f e/ou / volume, l sem fracturarem, em condições de elevada pressão e elevada temperatura. Este ã de comportamento relaciona-se com a fformação dobras. Actividade 31 página 142 Factores que condicionam a deformação das rochas Tensão confinante ou litostática (resultante do peso das camadas suprajacentes) j ) Tensão e são não ão litostática os á ca ou d dirigida g da ((resultante esu a e de forças o ças que ac actuam ua com diferente intensidade nas diversas direcções do material) um maior conteúdo em fluidos leva a uma deformação em regime frágil Tempo de actuação das forças o aumento normalmente leva a deformações em regime dúctil Conteúdo em fluidos ((nomeadamente em água) g ) deformação em regime frágil T Temperatura t deformação em regime dúctil Um maior tempo de d actuação das d f forças normalmente l l leva a deformações em regime frágil Composição e estrutura da rocha Deformações mais frequentes Uma deformação é uma resposta mecânica complexa dos materiais às tensões que sobre eles actuam durante um determinado período de tempo. P d Podem ser: Dobras Falhas lh Falhas Uma falha é uma superfície de fractura ao longo g da q qual ocorreu o movimento relativo dos blocos fracturados. As falhas podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão em rochas com comportamento frágil. Elementos de uma falha { { { { { { Plano de falha falha: superfície de fractura. Lábios de falha falha: os dois blocos deslocados (lábio levantado e lábio descaído). Tecto: bloco q Tecto que se sobrepõe p ao plano de falha. Muro: bloco que se situa abaixo do Muro plano de falha. Rejecto ou rejeito: rejeito menor distância entre dois pontos que estavam juntos antes da fractura e do respectivo deslocamento. deslocamento Escarpa de falha falha: ressalto topográfico produzido pela falha. Atitude das falhas { { Direcção ângulo formado por uma linha Direcção: horizontal do plano de falha com a linha N‐S geográfica. I li ã ângulo Inclinação: Inclinação â l formado f d entre t o plano l d de falha e um plano horizontal que o intercepta. Ver figura 117 da página 144 Tipos de falhas { { { Falha normal ou distensiva: distensiva o tecto desce em relação ao muro. Resultam de tensões distensivas. Falha inversa ou compressiva compressiva: o tecto sobe em relação ao muro. Resultam de tensões compressivas. Falha de desligamento desligamento: os blocos têm movimentos hori ontais paralelos à direcção do plano de falha. horizontais, falha Resultam de tensões cisalhantes. Actividade 33 página 145 Configurações geográficas { { Fossas tectónicas ou grabens grabens: são blocos rebaixados, geralmente com comprimento maior que a largura, e delimitados por sistemas de falhas convergentes para o interior. Maciços i tectónicos ó i ou horsts h horsts: são ã blocos bl de forma linear, delimitados por falhas divergentes g para o interior, e q p que exibem, com frequência, uma altitude maior do que as áreas contíguas, que são muitas vezes constituídas por grabens. grabens Dobras { Uma dobra é uma deformação em que se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. R lt Resultam d actuação da t ã de d tensões t õ de d compressão ã em rochas com comportamento dúctil. Elementos característicos das dobras { { { { { Charneira linha que une os pontos Charneira: de máxima curvatura da dobra. Flancos da dobra dobra: vertentes da dobra; situam‐se de um e de outro lado da charneira. Superfície p axial ou p plano axial: axial plano de simetria da dobra, que a divide em dois flancos aproximadamente iguais. Ei da Eixo d dobra d b linha dobra: li h de d intersecção i t ã da charneira com a superfície axial. Núcleo: conjunto das camadas Núcleo mais internas da dobra. dobra Tipos p de dobras (disposição espacial) { { { Antiforma dobra cuja concavidade ou Antiforma: abertura está voltada para baixo. Sinforma: dobra cuja concavidade está Sinforma voltada para cima. Dobra neutra neutra: dobra cuja abertura não está voltada nem para cima nem para baixo. Tipos p de dobras (idade relativa das rochas da dobra) { { Anticlinal dobra em que o núcleo da antiforma é Anticlinal: ocupado p pelas rochas mais antigas. p g Sinclinal: dobra em que o núcleo da sinforma é Sinclinal ocupado p pelas rochas mais recentes. p Atitude das camadas da dobra { { { Directriz intersecção do plano da camada com um plano horizontal. Directriz: Direcção da camada: camada ângulo formado pela directriz com a direcção N‐ S geográfica. Inclinação dos estratos estratos: ângulo formado pela pendente (linha de maior declive) com o plano horizontal. Determina Determina‐se se através dos clinómetros. Cartas geológicas Instrumento de grande importância no trabalho de campo p efectuado p por um ggeólogo. g Para a elaboração de uma carta geológica é necessário: Traçar limites entre diferentes litologias; Registar dobras, falhas; Estudos laboratoriais complementares. Actividade 35 página 149 (excepto questão 3.)