ANÁLISE DOS REGISTROS DE ANGIOSPERMAS NA PORÇÃO EMERSA DA BACIA SEDIMENTAR POTIGUAR NO RIO GRANDE DO NORTE Edweslley Otaviano de Moura1, Aleson da Silva Fonseca2, Luiz Antonio Cestaro3 & Jomar Gomes Jardim1,4 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Laboratório de Botânica Sistemática. Departamento de Botânica e Zoologia, Campus Universitário, Natal/RN. [email protected] 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Curso de Ciências Biológicas, Laboratório de Botânica Sistemática. Centro de Biociências, Campus Universitário, Natal/RN. 3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Geografia. Campus Universitário, Natal/RN. 4 Universidade Federal do Sul da Bahia, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Campus Jorge Amado, Itabuna, Bahia, Brasil. A Bacia Sedimentar Potiguar é uma formação rochosa gerada durante o Cretáceo e que apresenta 24.000 km² (40%) de sua extensão emersa, com limite a leste no alto de Touros (RN) e a oeste no alto de Fortaleza (CE). A forte pressão imobiliária, a exploração petrolífera e, recentemente, a instalação de parques eólicos têm colaborado fortemente para a degradação da cobertura vegetal nativa, inclusive elevando a susceptibilidade à desertificação. O objetivo deste trabalho é analisar o esforço amostral de coletas de angiospermas na porção emersa da Bacia Sedimentar Potiguar no Rio Grande do Norte até junho de 2016. Através da análise de dados de herbários constantes na plataforma SpeciesLink, foram analisados os registros de todos os espécimes de angiospermas coletados nos 32 municípios do estado abrangidos pela Bacia Sedimentar Potiguar. As planilhas obtidas somaram 8.934 registros, dos quais 5.197 (57%) foram excluídos por se tratarem de duplicatas ou de dados inconsistentes. Todos os municípios analisados tiveram pelo menos um registro de coleta, 19 possuíam menos de 100 registros e sete deles tinham menos de 10. Apenas Açú, Apodi e Mossoró possuíam mais de 300 espécimes coletados. As áreas mais bem amostradas estão próximas de grandes centros urbanos ou em unidades de conservação. Apesar de ocupar aproximadamente 50% do território do Rio Grande do Norte, a região da Bacia Potiguar possui cerca de 25% do número de registros de coletas de angiospermas para todo o estado. Esses dados mostram que o esforço amostral no estado e na região não está distribuído de forma homogênea e que grande parte dos municípios do litoral setentrional estão subamostrados, o que ocasiona um déficit de informações sobre determinadas áreas. Os resultados obtidos permitem traçar planos e estratégias de coleta para ampliar o conhecimento da biodiversidade da região, um dos principais subsídios para estudos acadêmicos e viabilização do uso racional dos recursos naturais. Além disso, podem servir de embasamento para a aplicação de ações práticas como a seleção de áreas prioritárias para conservação, licenciamento ambiental e para equacionar danos ao meio e às pessoas. (ANP/PRH-51; CAPES/PIBID). Palavras-chave: bancos de dados, caatinga, petróleo e gás, restinga