A Artigo Original Härter J et al. Avaliação da qualidade de vida e do ângulo de fase em pacientes oncológicos. Existe alguma associação? Assessment of quality of life and the phase angle in cancer patients. Is there any association? Jéssica Härter1 Lúcia Rota Borges2 Maria Cristina Gonzalez3 Silvana Paiva Orlandi4 Unitermos: Qualidade de vida. Neoplasias. Quimioterapia. Keywords: Quality of life. Neoplasms. Drug therapy. Endereço para correspondência: Lúcia Rota Borges Faculdade de Nutrição. Campus ANGLO Rua Gomes Carneiro, 1 – Pelotas, RS, Brasil E-mail: [email protected] Submissão: 28 de junho de 2013 RESUMO Introdução: O câncer frequentemente leva ao comprometimento do estado nutricional, o qual impacta negativamente na qualidade de vida do paciente. As alterações no estado nutricional provocadas pelo câncer podem ser detectadas precocemente por meio do método da bioimpedância elétrica (BIA). O ângulo de fase (AF) produzido pela BIA é um marcador de saúde celular e fator prognóstico em diferentes situações clínicas. Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever a qualidade de vida e o ângulo de fase em pacientes com câncer e as possíveis associações entre esses dois parâmetros. Método: Estudo transversal conduzido com pacientes oncológicos submetidos pela primeira vez à quimioterapia em um hospital universitário do município de Pelotas – RS. A associação entre ângulo de fase padronizado e qualidade de vida foi avaliada por meio da correlação de Pearson. Resultados: Foram avaliados 189 pacientes, sendo 64% mulheres. A média de ângulo de fase encontrada nos pacientes foi de 5,1º ± 0,9. O ângulo de fase padronizado esteve positivamente correlacionado aos domínios físico (p<0,001) e psicológico (p<0,02) e com a percepção de saúde geral (p<0,01). Conclusões: A partir do presente estudo concluiu-se que existe associação linear entre o ângulo de fase padronizado e a qualidade de vida dos pacientes, por meio dos domínios físico, psicológico e percepção de saúde geral. Dessa forma, o ângulo de fase pode ser um indicador de qualidade de vida para essa população de pacientes. ABSTRACT Background: The cancer often leads to poor nutritional status, which negatively impacts the quality of life of the patient. Changes in nutritional status caused by cancer can be detected early by method of electrical bioimpedance (BIA). The phase angle produced by BIA is a marker of cellular health and prognostic factor in different clinical situations. Therefore, the objective of this study was to describe quality of life and the phase angle in patients with cancer and the possible association between these two parameters. Methods: Cross-sectional study conducted in patients with cancer receiving chemotherapy for the first time in a university hospital in the city of Pelotas - RS. The association between phase angle standard and quality of life was assessed by Pearson correlation. Results: 189 patients were evaluated of which 64% were women. The average phase angle was found in the patients of 5.1° ± 0.9. The standardized phase angle was positively correlated to the physical (p<0.001) and psychological (p<0.02) and the perception of general health (p<0.01). Conclusions: From the present study it was concluded that there is a linear association between phase angle standard and quality of life of patients through the physical, psychological and general health perception. In this way the phase angle can be an indicator of quality of life for this patient population. Aceito para publicação: 15 de setembro de 2013 1. 2. 3. 4. Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil. Professora Assistente do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas, Mestre em Saúde e Comportamento pela Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil. Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas, Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas, Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela SBNPE e Especialista em Gastroenterologia pela FBG, Pelotas, RS, Brasil. Professora Assistente do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas, Mestre em Saúde e Comportamento pela Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (4): 288-91 288 Avaliação da qualidade de vida e do ângulo de fase em pacientes oncológicos INTRODUÇÃO O câncer é uma doença que atinge grande parte da população mundial, abrangendo diversas faixas etárias, sendo considerado um importante problema de saúde pública1,2 e a segunda causa de morte em países em desenvolvimento3. O comprometimento do estado nutricional é frequentemente encontrado nos pacientes oncológicos. Esse comprometimento geralmente é progressivo durante a evolução da doença, afetando o prognóstico do paciente. Sendo assim, associa-se de forma significativa com o aumento da morbidade e da mortalidade, com diminuição da resposta e tolerância ao tratamento, maiores custos, redução da sobrevida e piora da qualidade de vida1,4. O diagnóstico do câncer altera todos os aspectos de vida do indivíduo, com repercussões negativas na qualidade de vida5, sendo a desnutrição, um fator de importante influência4,6. A qualidade de vida tornou-se alvo de interesse crescente em câncer e é uma condição cada vez mais relevante nessa doença7. Desse modo, sabendo da influência da desnutrição sobre esse aspecto, torna-se importante a utilização de um método de detecção precoce de alterações de parâmetros nutricionais nesses pacientes. A bioimpedância elétrica (BIA) é um método de avaliação da composição corporal que pode ser utilizado com esse propósito para essa população8, além de ser um método não-invasivo e de fácil uso9. O ângulo de fase (AF) produzido pela BIA é reconhecidamente um indicador de saúde a nível de membrana celular e também um importante fator prognóstico em diferentes situações clínicas8,10. Um AF elevado pode sugerir maior função celular, assim como maior integridade das membranas celulares. Já um baixo AF pode estar associado a menor sobrevida global dos pacientes com câncer6. Segundo Norman et al.11, um AF abaixo do quinto percentil de referência pode indicar não só menor sobrevida dos pacientes com câncer, como também comprometimento da qualidade de vida. Portanto, o objetivo do presente estudo é descrever a qualidade de vida e o AF numa amostra de pacientes com câncer e as possíveis associações entre esses dois parâmetros. MÉTODO Estudo transversal conduzido com pacientes oncológicos recentemente diagnosticados e que estavam sendo submetidos à quimioterapia pela primeira vez no Hospital Escola da Fundação de Apoio Universitário (FAU) no município de Pelotas/RS. Este estudo compreende um recorte de um estudo longitudinal que foi realizado entre os períodos de março a dezembro de 2004. A análise dos dados ocorreu durante o mês de abril de 2013. O Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas aprovou a realização desta pesquisa (OF. 076/2003). Fizeram parte do estudo pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e que aceitaram participar do estudo. Foram excluídos aqueles que utilizavam marca-passo, que não puderam ser pesados adequadamente ou que apresentaram edema importante de extremidade. Os pacientes foram submetidos a avaliação antropométrica por meio de peso e altura aferidos, respectivamente, por balança digital Filizola modelo PL 150, com capacidade de 150 kg e precisão de 100 g, e por estadiômetro de metal acoplado à balança, com 200 cm e precisão de 1 mm, segundo técnica padronizada. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC), de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde12. Os dados referentes ao diagnóstico foram obtidos por meio dos protocolos hospitalares e o nível socioeconômico foi classificado de acordo com os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), classificando-os em cinco grupos, variando de maior poder aquisitivo (A) ao de menor poder (E)13. O AF foi obtido por meio de análise de BIA pelo instrumento BIA quantum (RJL Systems), com frequência de 50 kHz, segundo técnica padronizada. O AF pode ser estimado a partir da resistência e da reactância, por meio da equação: AF = [(Reactância/Resistência) x (180º/π)]9. As medidas foram realizadas imediatamente antes da aplicação da quimioterapia, no mesmo local do serviço, em sala apropriada. A qualidade de vida foi avaliada por meio do instrumento WHOQOL-bref, contendo 26 questões divididas em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, além de duas questões gerais de qualidade de vida (qualidade de vida geral e saúde geral). As respostas para todas as questões foram obtidas por intermédio de uma escala do tipo Likert de cinco pontos, variando de 1 a 5, sendo posteriormente transformadas em escores de 0 a 100, sendo que maiores escores denotam melhor qualidade de vida14. Para análise estatística utilizou-se o programa Stata® 11.0. A associação entre qualidade de vida e AF foi averiguada por meio da correlação de Pearson, considerando-se um nível de significância de 5%. Para essa análise o AF foi padronizado (AFP), ou seja, ajustado para idade e sexo, de acordo com valores de referência para população brasileira15. RESULTADOS Foram incluídos no estudo 195 pacientes, porém, para o presente trabalho, foram excluídos aqueles que não haviam respondido ao questionário de qualidade de vida ou que não haviam sido submetidos à BIA. Dessa forma, na presente análise, foram considerados 189 pacientes, com idade média de 58 ± 13,1 anos, a maioria do sexo feminino (64%) e pertencente à classe D (41,3%) (Tabela 1). Em relação à doença, os tumores de mama e Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (4): 288-91 289 Härter J et al. ginecológicos foram os mais prevalentes (48,1%), a maioria dos pacientes apresentava estadiamento I/II (42,5%) e realizou quimioterapia prévia/adjuvante (65,1%). Tabela 1 – Características sociodemográficas e relacionadas à doença. Características De acordo com o IMC, a maioria dos pacientes (56,6%) apresentou excesso de peso e apenas 4,2% dos pacientes estavam desnutridos. Sexo A média do AF entre os pacientes foi de 5,1° ± 0,9°, variando entre 2,8° e 6,9°. Com relação à qualidade de vida geral, o escore médio foi de 16,9 ± 5,3 e a média da percepção de saúde geral foi de 13,7 ± 6,3. Idade Avaliando a correlação entre AFP e os domínios da qualidade de vida, os resultados demonstram uma correlação positiva significativa, principalmente entre o AFP e os domínios físico (r=0,30; p<0,001) e psicológico (r=0,17; p=0,02). Além disso, os dados evidenciam que, quanto maior o AFP maior o percentual desses domínios entre os pacientes, demonstrando a relação do AF com a qualidade de vida nesses aspectos (Tabela 2). n (%) Masculino 68 (36) Feminino 121 (64) 20 – 39 16 (8,5) 40 – 59 82 (43,4) 60 ou mais 91 (48,1) Nível econômico E 11 (6,0) D 76 (41,3) C 68 (37,0) A/B 29 (15,7) Índice de massa corporal < 18,5 Em relação à qualidade de vida geral, não houve associação significativa com AFP, porém entre os escores da questão saúde geral e escores do AFP houve correlação positiva significativa (r=0,17; p=0,01). 8 (4,2) 18,5 a 24,9 74 (39,2) 25 a 29,9 62 (32,8) > 30 45 (23,8) Localização do tumor DISCUSSÃO O presente trabalho procurou avaliar a associação entre qualidade de vida e AF em uma coorte de pacientes oncológicos. A partir dos resultados apresentados neste estudo, pode-se observar a maior prevalência de tumores de mama e ginecológicos, o que poderia explicar o maior percentual de excesso de peso encontrado na amostra, assim como relatado no estudo de Borges et al.4, com 143 pacientes com câncer, que encontraram um percentual pequeno de desnutrição (29,3%) nos pacientes avaliados, porém suficiente para demonstrar associação entre estado nutricional e qualidade de vida. Segundo os autores, à medida que piorou o estado nutricional dos pacientes, diminuíram os escores de qualidade de vida. Em relação à qualidade de vida, o domínio físico foi o que mais se associou com o AFP. Sabe-se que esse domínio é frequentemente afetado pela doença, em razão dos sintomas apresentados e do próprio tratamento, com repercussões negativas no estado nutricional do paciente4, influenciando negativamente na capacidade funcional1, o que pode justificar os menores valores encontrados de AF e pior qualidade de vida da população em estudo. Franceschini et al.7 também evidenciaram a relação de uma menor pontuação no domínio físico com menor qualidade de vida por meio da utilização do questionário Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36) em pacientes com câncer de pulmão. Um estudo conduzido por Azevedo et al.5 demonstrou que os sintomas gastrointestinais, fadiga e dificuldade em realizar Mama, ginecológico 91 (48,1) Cabeça, pescoço, gastrointestinal 50 (26,5) Pulmão 24 (12,7) Outros 24 (12,7) Estadiamento I/II 80 (42,5) III 71 (37,8) IV 37 (19,7) Tipo de quimioterapia Controle/curativa 16 (8,5) Prévia/adjuvante 123 (65,1) Paliativa 50 (26,4) atividades cotidianas foram os fatores que mais afetaram a qualidade de vida em pacientes oncológicos, muitos desses fatores inseridos no domínio físico. Já em estudo conduzido por Ravasco et al.16 fatores como a localização do tumor e o estádio da doença foram considerados determinantes da qualidade de vida em pacientes com câncer. A relação do domínio psicológico com o AFP observada no presente estudo provavelmente está ligada ao aspecto físico, uma vez que há o comprometimento das atividades diárias, fazendo com que o paciente se sinta ansioso, angustiado, além da dificuldade em lidar com o diagnóstico, com os sintomas, o tratamento e todas as dificuldades que uma Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (4): 288-91 290 Avaliação da qualidade de vida e do ângulo de fase em pacientes oncológicos Tabela 2 – Correlação entre AFP e domínios da qualidade de vida. Domínios Coeficiente de correlação p Físico 0,300 < 0,001 Psicológico 0,170 0,020 Social 0,080 0,250 Ambiental 0,130 0,070 Qualidade de vida geral 0,007 0,900 Saúde geral 0,170 0,010 doença como o câncer impõe, podendo levar até mesmo a um quadro depressivo1. A qualidade de vida geral e percepção de saúde geral avaliadas neste estudo foram semelhantes aos achados de Azevedo et al.5, que utilizaram o instrumento EORTC QLQ-30, demonstrando que os valores encontrados para qualidade de vida em câncer tendem a ser diminuídos. O valor médio de AF encontrado neste trabalho corrobora com os achados de Gupta et al.9, que avaliaram pacientes com câncer pancreático em estágio avançado e encontraram valor médio de 5,3º ± 1,5º. Em relação aos valores de AF e qualidade de vida, este estudo demonstrou associação positiva entre esses dois parâmetros, principalmente nos domínios físico e psicológico e percepção de saúde geral. Norman et al.11, avaliando a relação entre AF e qualidade de vida geral de 399 pacientes oncológicos, verificaram associação significativa entre os valores de AF e qualidade de vida, demonstrando que, quanto menor os valores de AF, pior é a qualidade de vida desses pacientes. Além disso, os autores também encontraram pior estado nutricional e menor capacidade funcional nos pacientes que apresentaram menores valores de AF. A partir dos resultados apresentados neste estudo, pode-se concluir a associação linear entre o AFP e a qualidade de vida dos pacientes, evidenciando que esse parâmetro pode ser considerado um indicador prognóstico de qualidade de vida para essa população. Entretanto, mais estudos são necessários com a finalidade de avaliar o comportamento do AF sobre a qualidade de vida em pacientes desnutridos e com outros tipos de neoplasias. REFERÊNCIAS 1.Silva MPN. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev Bras Cancerol. 2006;52(1):59-77. 2.Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer. Estimativa 2012: Incidências de câncer no Brasil [Internet]. Brasil, 2011 [citado 2012 maio 16]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/ estimativa/2012/index.asp?ID=5. 3.National Cancer Institute at the National Institutes of health [Internet]. 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