Prova Escrita de Geografia A 11.o Ano de Escolaridade

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Geografia 11_2 fase 2015_ALVmat9 7/27/15 11:01 AM Page 1
Exame Nacional de 2015 (2.a fase)
Prova Escrita de Geografia A
11.o Ano de Escolaridade
Prova 719/Versões 1 e 2
GRUPOS I, II, III e IV
Versão 1
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO IV
1. (A)
1. (A)
1. (B)
1. (B)
2. (A)
2. (D)
2. (C)
2. (B)
3. (B)
3. (C)
3. (A)
3. (A)
4. (C)
4. (A)
4. (D)
4. (D)
5. (B)
5. (B)
5. (B)
5. (C)
6. (D)
6. (D)
6. (C)
6. (A)
Versão 2
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO IV
1. (C)
1. (D)
1. (C)
1. (D)
2. (B)
2. (C)
2. (B)
2. (A)
3. (C)
3. (D)
3. (D)
3. (C)
4. (D)
4. (C)
4. (B)
4. (C)
5. (A)
5. (B)
5. (C)
5. (B)
6. (A)
6. (A)
6. (A)
6. (A)
GRUPO V
1. A localização dos portos assinalados (A – Lisboa e B – Setúbal) justifica-se pela situação de abrigo, face aos ventos
dominantes e ao sentido dominante da ondulação, por se encontrarem ambos em estuários (do Tejo e do Sado,
respetivamente) e, como tal, numa reentrância da linha de costa que os abriga também dos temporais que ocorrem no mar.
2. Para reduzir o risco de erosão da costa, no troço litoral da Costa de Caparica, podem ser tomadas medidas como:
• a interdição da construção sobre as dunas (medida já em execução);
• a construção de estruturas de proteção do litoral.
Podem ser referidas outras medidas, como:
• a construção de passadiços sobre as dunas;
• a limitação da construção próximo da linha da costa;
• a limitação à extração de inertes;
• a reposição de areias nas praias, medida também já tomada, nos últimos anos.
3. Os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), em execução desde 1992, têm os seguintes objetivos:
• ordenar os usos e atividades específicos da orla costeira;
• classificar, valorizar e qualificar as praias estratégicas em termos ambientais e turísticos;
• orientar as atividades próprias da orla costeira.
Por isso, contribuem, entre outros benefícios, para a conservação da biodiversidade na faixa marítima de proteção
e para a valorização económica da zona terrestre de proteção.
 Texto
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A conservação da biodiversidade na faixa marítima de proteção é promovida por medidas consignadas nos POOC
que protegem a biodiversidade, tais como:
• a criação de áreas protegidas, como os parques naturais dos estuários do Tejo e do Sado, que permitem a nidificação e o desenvolvimento de numerosas espécies de aves, assim como a reprodução e sobrevivência de outro
tipo de seres vivos (animais e vegetais), preservando importantes habitats associados às orlas costeiras;
• a pesca sustentável, que respeita o ritmo de reprodução e crescimento das espécies piscatórias, através de práticas como o defeso, e de técnicas como o uso de redes de malha larga, que evitam a depredação dos cardumes
e contribuem para manter a biodiversidade marinha;
• outras medidas associadas ao tratamento de efluentes urbano-industriais e à vigilância e controlo do tráfego
marítimo, de modo a prevenir a poluição por lavagens de tanques em alto mar; assim como de controlo das práticas de aquacultura, para evitar a poluição por efluentes contaminantes das águas marinhas, geralmente produzidos pela aquacultura intensiva, que utiliza apenas rações na alimentação das espécies.
Ao orientar e regulamentar a ocupação e os usos das orlas costeiras, os POOC promovem também a valorização
económica da zona terrestre de proteção, através de medidas como:
• a regulação das atividades económicas, que permite evitar a ocupação excessiva das orlas costeiras e a instalação de atividades económicas agressoras do ambiente litoral, promovendo outras que valorizam os recursos paisagísticos e marítimos, como são o turismo náutico, a prática de desportos como o surf, a observação de fauna
marinha e a realização de eventos internacionais ligados ao mar (provas de vela, surf, mergulho, etc.). A valorização destas atividades contribui também para a conservação da paisagem litoral, uma vez que esta é a base natural para o seu desenvolvimento;
• a criação de infraestruturas de proteção da linha de costa, que contribuem para reduzir a erosão marinha e,
assim, manter a paisagem litoral e as praias, fundamentais para o turismo balnear e a prática de numerosas atividades ligadas ao mar.
Outras medidas, como a construção de estruturas de restauração com impactes ambientais reduzidos e a criação
de parques e reservas naturais, também contribuem para dinamizar atividades que valorizam economicamente as
orlas costeiras e, simultaneamente contribuem para a sua preservação.
Conclui-se, pois, que os POOC são instrumentos da maior importância para a gestão sustentável e a valorização
das orlas costeiras.
GRUPO VI
1. Como características comuns aos dois sistemas de cultura, salienta-se o facto de se tratarem de culturas permanentes (vinha) e também o seu cultivo de forma intensiva, assim como o regime de monocultura.
2. Para a manutenção de paisagens culturais como as ilustradas, é importante que se implementem medidas como:
• a manutenção de práticas agrícolas e técnicas tradicionais, no cultivo da vinha, com castas próprias da região;
• a utilização dos modos de produção integrada, com fertilização dos solos sem recurso a adubos químicos.
Podem ainda ser referidos os seguintes aspetos:
• a preservação da biodiversidade;
• a preservação dos elementos estéticos da paisagem.
3. A Política Agrícola Comum (PAC) começou por ser um conjunto de medidas que visavam, essencialmente, o
desenvolvimento agrícola e a melhoria da vida dos agricultores. Com os resultados obtidos e os problemas gerados, o seu âmbito de aplicação foi sendo alargado, no sentido de promover o desenvolvimento das áreas rurais,
nas suas múltiplas vertentes, e de valorizar cada vez mais a preservação ambiental e as atividades associadas ao
ambiente e à utilização dos recursos naturais, de forma sustentável.
Uma forma de desenvolver as áreas rurais é a dinamização da economia local, através:
• do apoio a atividades como a agropecuária, a transformação de produtos agropecuários e silvícolas e o turismo
em espaço rural;
• da promoção da certificação da qualidade dos produtos locais e regionais, nomeadamente pela atribuição
da Denominação de Origem Protegida, da Indicação Geográfica Protegida e da Especialidade Regional
Garantida.
Tudo isto contribui para aumentar a produção e o emprego das áreas rurais, incentivando a pluriatividade e o plurirrendimento, o que se reflete na dinamização da economia local e regional e no desenvolvimento rural.
 Texto
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Outra vertente importante considerada e incentivada pela PAC é a correta gestão dos recursos naturais, através de
incentivos:
• ao modo de produção biológico e ao modo de produção integrada – práticas amigas do ambiente que, respetivamente, não utilizam, ou reduzem muito, a utilização de produtos químicos, maquinaria pesada e outras técnicas, como o regadio intensivo, que poluem e degradam os solos e os recursos hídricos;
• à realização de estudos que permitem uma boa adequação das culturas ao clima e ao tipo de solo, o que otimiza
a produção, reduzindo os impactes ambientais;
• à preservação da biodiversidade e da qualidade ambiental e paisagística no espaço rural, com a manutenção das
características tradicionais, como os muros e as sebes, e de práticas e técnicas tradicionais, como a policultura e
a construção de socalcos.
A PAC tem sido, assim, um fator fundamental do desenvolvimento da agricultura e do espaço rural, nas suas diferentes vertentes – económica, social, cultural e ambiental –, contribuindo para a sua valorização produtiva, humana
e paisagística.
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