Tratamento de Águas Industriais

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Química Aplicada
QAP0001
Licenciatura em Química
Profa. Dra. Carla Dalmolin
[email protected]
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Tratamento de Águas Industriais
Água para Consumo
 75% da superfície da Terra
 Consumo Humano
 Consumo Industrial
2% 1%
97%
Oceanos
Camadas de gelo
Rios
Ciclo Hidrológico
Água para Consumo Humano
Água bruta
Água potável
Purificação: remoção de material orgânico e microorganismos nocivos de
suprimentos municipais
 Remoção de produtos nocivos
 Remoção de produtos desagradáveis ao olfato e/ou paladar
 Introdução de produtos benéficos
 Realizado nas Estações de Tratamento de Água (ETA)
ETA
Água
bruta
Coagulação ou
Floculação
Decantação e
Filtração
Desinfecção
Fluoretação
Água
potável
ETA
ETA
Coagulação ou Flotação
 Remoção das impurezas de natureza coloidal
 Dispersão uniforme
 Não sofrem sedimentação pela ação da gravidade
 Partículas que possuem mesma carga elétrica
 Sofrem repulsão mútua
 Não se aproximam para formar aglomerados
Solução Verdadeira
Dispersão Coloidal
Suspensão
Coagulantes
 Agentes que neutralizam a carga elétrica das partículas,
promovendo a colisão e aglomeração entre elas, para possibilitar a
futura decantação
 Processo chamado de coagulação
O hidróxido de alumínio produzido pela hidrólise do sal de alumínio
promove a aglutinação das partículas em suspensão, facilitando sua
deposição sob a forma de flocos.
Al2(SO4)3 + 12 H2O  2 Al(H2O)6 3++ 3 SO42Ácido de Lewis
 Abaixamento do pH
 Necessária a adição de agentes alcalinizantes
 NaOH, Ca(OH)2, Na2CO3
Floculação
 Para que haja uma distribuição uniforme de coagulante e alcalinizante, a
água é submetida à forte agitação na entrada do floculador
 Agitadores mecânicos
 Chicanas (saliências nas paredes do floculador)
Floculação
 Para que haja uma distribuição uniforme de coagulante e alcalinizante, a
água é submetida à forte agitação na entrada do floculador
 Agitadores mecânicos
 Chicanas (saliências nas paredes do floculador)
Decantação
 A água contendo os flocos formados pela ação do coagulante
segue diretamente para decantação em tanques de sedimentação
 Tanques de cimento onde a água se desloca lentamente, chegando a
ficar retida por algumas horas
 Sedimentação dos flocos formados (lamas, argila e microorganismos)
 Forma-se um lodo gelatinoso no fundo do tanque que é removido
periodicamente
Decantador
Filtração
 Separação / Retirada dos flocos decantados
 A água transborda do decantador para tanques menores
 Filtros rápidos de leito poroso
Desinfecção
 Eliminação de organismos patogênicos
 Garantir a presença de desinfectante em toda a rede de
distribuição
 capaz de destruir microorganismos patogênicos
 utilizado na temperatura ambiente
 não pode ser tóxico, nem deixar sabor na água
 fácil determinação de concentração em água
 deve apresentar efeito residual para proteger a água de futuras
contaminações
 fácil obtenção, baixo custo e manejo simples
 Agente de desinfecção: Cloro gasoso
 Cloração
 Adição de cloro suficiente para manter uma concentração residual
mínima de 0,2 mg/L
Desinfecção
 A eficiência do processo é medida pela quantidade de organismos
mortos dentro de um determinado tempo, temperatura e pH
definidos
A cloração é o processo de desinfecção mais vantoso
• Eficiente
• Barato e fácil de aplicar
• Deixa efeito residual facilmente medido
O processo de cloração é corrosivo – não é indicado para
águas de uso industrial, e em alguns casos pode se combinar
com compostos orgânicos, formando substâncias
cancerígenas
 Outras substâncias de ação desinfectante




Hipoclorito de sódio: NaClO
Permanganato de sódio ou de potássio: NaMnO4 ou KMnO4
Iodo: I2 – apenas em casos específicos (ex. presença de amebas)
Ozônio: O3 – método eficiente mas de alto custo
Fluoretação
 Adição de compostos fluorados à água
 Redução da incidência de cárie dental
 As concentrações ótimas de flúor na água potável estão na faixa de
0,8 a 1,2 mg/L
 Reduz a incidência de cárie
 Valores maiores de concentração de fluor podem causar fluorose dental
ou manchas nos dentes
 Ácido flúor silícico: H2SiF6
 Fluorsilicato de amônia: (NH4)2SiF6
 Fluorsilicato de sódio: Na2SiF6
 Fluoreto de sódio: NaF
Controle de Qualidade da Água
Potável
 Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde: estabelece
procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e à
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade
 As características físico-químicas e bacteriológicas definem o tipo de
tratamento para que se alcance o padrão estabelecido, de acordo
com a Lei vigente.
 Parâmetros de controle:
 Turbidez: presença de particulados suspensos na água
 Cor
 pH / alcalinidade: deve estar entre 6 e 9,5
 Teor de ferro e manganês
 Presença de coliformes
Água Para Fins Industriais
 Os métodos mais utilizados na indústria para purificação da água
são:
 Micro/nanofiltração
 Abrandamento
 Desmineralização
Abrandamento
 Diminuir / remover a dureza da água
 Água dura: contém excesso de sais de cálcio e magnésio
 Causa inscrustações em tubulações
 Consumo elevado de sabões
 Tipos de tratamento
 Precipitação química
 Troca catiônica
 Micro/nanofiltração
Precipitação Química
 Utilizado para águas com dureza elevada
Possibilita remover demais contaminantes, como
metais pesados insolúveis em meio alcalino.
Tecnologia bem estabelecida
Utilização de produtos químicos
• Geração de resíduo (lodo)
• Custo
Precipitação Química
Remoção de íons Ca2+
Adição de cal virgem (CaO)
Ca(HCO3)2 + Ca(OH)2  2 CaCO3 + H2O
Bicarbonato de cálcio
(confere dureza à água)
Precipitado
Adição de barrilha leve (Na2CO3)
Remoção de sais
diferentes dos carbonatos
CaSO4 + Na2CO3  CaCO3 + Na2SO4
CaCl2 + Na2CO3  CaCO3 + 2 NaCl
Recarbonatação
Adição de CO2 para
neutralizar o excesso de cal
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
Precipitação Química
Remoção de íons Mg2+
Adição de cal virgem (CaO)
Mg(HCO3)2 + Ca(OH)2  MgCO3 + CaCO3 + 2H2O
MgCO3 + Ca(OH)2  Mg(OH)2 + CaCO3
MgCl2 + Ca(OH)2  Mg(OH)2 + CaCl2
Adição de barrilha leve (Na2CO3)
MgSO4 + Na2CO3 + Ca(OH)2  Mg(OH)2 + CaCO3 + Na2SO4
Recarbonatação
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
Troca Iônica
 Reação química em que íons hidratados móveis de um sólido são
trocados por íons de mesma carga numa solução
 Troca catiônica: os grupos carregados na matriz sólida são ânions
 Troca aniônica: os grupos carregados na matriz sólida são cátions
Solução – Íons móveis
(carga oposta)
 Zeólitas
 Produtos naturais sulfonados
 Resinas poliméricas
SDVB
Troca Catiônica
 Indicado para água com baixa dureza
 A remoção dos íons Ca2+ e Mg2+ é efutuada pela passagem da
água por um leito de resinas trocadoras de íons
Alta eficiência para remoção de Ca2+ e Mg2+
Não há geração de lodo
As resinas podem ser regeneradas
Requer pré-tratamento da água
Regeneração diária da resina
Requer o tratamento do efluente
 O pré-tratamento da água é feito através de filtração em areia e
carvão ativo
 A reativação da resina é feita pela passagem de solução saturada
de cloreto de sódio (NaCl)
Troca Catiônica
Micro / Nanofiltração
 Utilização de membranas poliméricas como meio filtrante para
retenção dos íons causadores da dureza
Processo eficiente
Não requer a utilização de produtos químicos
Promove a remoção de outros contaminantes
(orgânicos e inorgânicos
Menor produção de água em relação aos demais
processos
Requer um nível elevado de pré-tratamento
Alto custo operacional
Desmineralização
 Remoção de minerais dissolvidos em soluções aquosas pelo
emprego de zeólitos ou resinas de troca iônica
 A substância a ser removida deve ser ionizável
 Substâncias não-ionizáveis (compostos orgânicos) devem ser removidas
anteriormente
Osmose Reversa
 Processo de desmineralização de água atraves de membranas
semipermeáveis.
 Utiliza altas pressões para conseguir reverter o processo espontâneo
de osmose
Osmose Reversa
 No processo industrial, as membranas ficam numa forma espiral
cilíndrica paea aumentar a área de passagem dos íons
Osmose Reversa
Processos de Desmineralização
Inibidores de Corrosão
 Mesmo após a desmineralização, ainda há concentrações muito
pequenas de sais dissolvidos na água
 Sob altas pressões e temperaturas pode causar corrosão
 Risco de dano a equipamentos e tubulações
 Necessidade de Inibidores de Corrosão: produtos formulados para
impedir a formação da célula eletroquímica
 Anódicos: reprimem a reação do anodo
 Catódicos: reprimem a reação do catado
 Adsorção: formam películas protetoras
Tratamento de Efluentes
 Efluente: água que apresenta alterações físicas, químicas ou
biológicas acima dos padrões estabelecidos por lei
 Proveniente da lavagem de máquinas, tubulações e pisos; sistemas de
resfriamento, geração de vapor.
 Não pode ser descartada diretamente
 Necessidade de tratamento
 Atender as características físico-químicas e biológicas segundo a
legislação vigente
 Reúso
 Processos de tratamento:
Tratamento preliminar
Remoção do material mais
grosseiro (trapos, sólidos
plásticos, sólidos decantáveis
(areia, gordura)
Primário Físico
Secundário Biológico
Terciário Químico
Tratamento Preliminar
 Gradeamento
 Peneiramento
 Caixas de areia
 Caixas de gordura
Tratamento Primário
 Remoção de material em suspensão, não grosseiro, que flutue ou
decante
 Emprego de equipamentos com maior tempo de retenção que no
tratamento preliminar
 Decantadores
 Flotadores
 Produção de lodo primário ou crú
 Remoção de grande parte de matéria orgânica
Sedimentação
Filtração
Flotação
Tratamento Secundário
 Remoção de sólidos finos, suspensos, que não decantam
 Utilização de micro-organismos que se alimentam desta matéria
orgânica, transformando-a em sais minerais
 Bactérias: o tratamento consiste em manter condições favoráveis ao
crescimento de colônias de bactérias capazes de biodegradar o efluente
Aeróbio
Matéria orgânica + O2  Sais minerais + Energia
Anaeróbio
Matéria orgânica + N2 ou SO2  Sais minerais + Energia
Facultativo
Processos aeróbios e anaeróbios ocorrem simultaneamente
Sistemas Aquáticos
Lagoas Aeradas
Lodos Ativados
Tratamento Terciário
 Obtenção de efluentes de qualidade superior ao oferecido pelos
tratamentos anteriores
 Varia de acordo com as características do efluente desejado
 Coagulação química
 Eletrocoagulação
 Micro/nanofiltração
 Osmose reversa
 Cloração
 Ozonização
ETE
Tratamento de Efluentes
Links de Interesse
 Ministério do Meio Ambiente
 http://www.mma.gov.br/
 Tera Ambiental – Blog da empresa, especializada em tratamento de
efluentes industriais
 http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental
 Tratamento de Água - Portal de Informações, Comércio e Serviços
sobre o setor de Abastecimento e Tratamento de Águas, Coleta e
Tratamento de Efluentes Domésticos e Industriais e Assuntos de Meio
Ambiente em Geral
 http://www.tratamentodeagua.com.br
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