Enfermagem em Clínica Médica CLÍNICA MÉDICA Enfermeiro: Elton Chaves email: [email protected] Acidente Vascular Cerebral • O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas. • Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano. ANTES DE INICIAR MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA, ALGUNS TÓPICOS NÃO PODEM SER ESQUECIDOS • Antes de iniciar medicação anti-hipertensiva, alguns tópicos não podem ser esquecidos: • O paciente com AVC que dá entrada no OS encontra-se ansioso , apreensivo , não valorizar a PA medida logo à entrada , sobretudo não iniciar intempestivamente uma medicação IV com apenas uma medida de PA. • Durante evento agudo , a hipertensão pode ter uma função protetora ( reativa) no sentido de manter a perfusão cerebral para áreas de risco , que perderam seu mecanismo de autorregulação e que, portanto , dependem basicamente da pressão arterial média para perfusão adequada. AVC • Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico. Tipos de AVC • AVC ISQUÊMICO • AVC HEMORRÁGICO AVC Isquêmico • O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos. Tipo de AVC Isquêmico • Trombótico - aqui o causador do entupimento é um coágulo formado numa artéria que irriga o cérebro devido à aterosclerose. Responde por 60% dos casos. • Por embolia - Em 20% dos casos o coágulo foi formado em outra parte do corpo e viajou até obstruir alguma artéria que leva sangue à massa cinzenta ou que fica por lá. • Insuficiência circulatória - aqui o problema é uma falha no coração, que deixa de bombear sangue corretamente levando à deficiência de circulação na cabeça. Isso explica por que um ataque do coração pode levar a um AVC AVC hemorrágico • Este tipo é mais grave e de pior prognóstico. Por sorte responde pela minoria dos casos cerca de 20% deles; • No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros. AVCH Há duas formas dessas hemorragias: • Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão alta. • Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Quais as três membranas que envolvem o cérebro? Dura-Máter • Dura-Máter (do latim dura mater. ou mãe dura) é uma membrana constituída por tecido conjuntivo denso, contínua com o periósteo dos ossos do crânio. Na medula espinhal, é isolada do periósteo das vértebras pelo espaço epidural. No espaço epidural existem veias, tecido conjuntivo adiposo e frouxo. Entre a dura-máter e a aracnóide existe um estreito espaço denominado espaço subdural, onde existe líquido, mas não o líquido cefalorraquidiano. Aracnóide • É uma fina membrana que separa a duramáter e a pia-máter. Esta membrana lembra uma fina teia de aranha revestindo o cérebro.É a intermediária, que fica entre a pia-máter(a mais interna) e a dura-máter (a mais externa). A aracnóide produz o liquor (líquido cefalorraquidiano). Pia-Máter • É a mais sensível das membranas, e, por isso, a mais difícil de se estudar. Reveste todo o Sistema Nervoso Central. Membrana mais interna, delgada, aderida aos centros nervosos. Fatores de Risco do AVC • Pressão Arterial Fatores de Risco do AVC • Diabetes : a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas Fatores de Risco do AVC • Colesterol alto - conhecido formador de placas • Sedentarismo • Obesidade Fatores de Risco do AVC • Problemas cardíacos - A fibrilação atrial, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sanguínea, podem ir parar no cérebro. Sinais • Fraqueza: O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna ou face) é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida. SINAIS • Perda Sensitiva: A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva. Sinais • Convulsões: Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos. SINAIS • Linguagem e fala (afasia): É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse. ESCALA DE CINCINNATI • A classificação pré-hospitalar de AVC pode ser feita pela Escala Pré-hospitalar para AVC de Cincinnati onde será utilizada a avaliação de três achados físicos em menos de um minuto.Nesta escala , serão avaliados a queda facial, a delilidade dos braços e a fala anormal, onde, pacientes com aparecimento súbito de um destes achados possui 72% de probabilidade de um AVC; se os três achados estiverem presentes a probabilidade passa a ser maior que 85%. QUESTÕES DE PROVA • São sinais avaliados pela escala préhospitalar de Cincinnati para identificação do Acidente Vascular Cerebral. • A- Queda ou fraqueza facial; déficit motor; e afasia. • B- Abertura ocular espontânea; déficit motor; e sensibilidade dolorosa. • C –Abertura ocular espontânea; queda ou fraqueza facial; e sensibilidade dolorosa. • D –Afasia; hipoglicemia; e déficit motor. • E- Sencibilidade dolorosa; hipertensão;e déficit motor. PRESSÃO INTRACRANIANA • A assistência de enfermagem é de vital importância na monitorização neurológica, pois está envolvida desde o preparo do material e do paciente até a manutenção adequada desta monitorização, bem como a prevenção de complicações. • A pressão intracraniana é exercida pelo volume combinado dos três componentes intracranianos. PRESSÃO INTRACRANIANA • A monitorização da pressão intracraniana (PIC) pretende estabelecer os níveis de pressão e também orienta e racionaliza o emprego das medidas terapêuticas, além de avaliar sua eficácia ao longo do tratamento (FILHO e FALCÃO, 2003) PRESSÃO INTRACRANIANA • Componente parenquimatoso: constituído pelas estruturas encefálicas (tecido encefálico). • Componente liquórico: constituído pelo líquido cefalorraquidiano (LCR) das cavidades ventriculares e do espaço subaracnoide (líquido cerebroespinhal). • Componente vascular: caracterizado pelo sangue circulante. PRESSÃO INTRACRANIANA • A teoria de Monro-Kellie afirma que o volume intracraniano é igual ao volume encefálico mais o volume do sangue cerebral acrescido do volume do líquido cefalorraquidiano (LCR). Qualquer alteração no volume de algum destes componentes, bem como adição de uma lesão, pode levar a um aumento da PIC (GUASTELLI, RIBAS E ROSA, 2006). Pressão Intracraniana • Os valores normais da PIC citados por muitos autores é de 0 a 15 mmHg, entretanto, na prática clínica, é aceitável valores de até 20 mmHg. QUESTÕES DE PROVA • Um paciente dá entrada no pronto-socorro com história de crise convulsiva em casa, rebaixamento do nível de consciência, hipertenso e taquicárdico. No exame físico, o enfermeiro aplica a escala de coma de Glasgow, que mostra que o paciente apresentava abertura ocular à dor, nenhuma resposta verbal e movimento de retirada ao estímulo doloroso.” Quanto ao somatório, pode-se encontrar o seguinte valor: a) 15 (normalidade). b) 4 (estado de coma superficial). c) 11 (estado de coma profundo). d) 12 (estado de coma superficial). e) 7 (estado de coma intermediário DOENÇAS CARDÍACAS O QUE É CARDIOVERSÃO ELÉTRICA? • É um procedimento utilizado para converter um ritmo irregular e/ou rápido num ritmo normal por meio de um choque elétrico no tórax. QUANDO É NECESSÁRIO REALIZAR UMA CARDIOVERSÃO ELÉTRICA? • A cardioversão elétrica está indicada nos pacientes com ritmos rápidos que proporcionam risco de vida (taquicardia ventricular), quando esses causam sintomas graves (desmaios, pressão baixa, angina, falta de ar importante) ou quando as medicações falharam em restaurar o ritmo normal. O QUE É ARRITMIA? • A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo frequências cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular. ATENÇÃO • NEM TODAS AS FREQÜÊNCIAS RÁPIDAS OU LENTAS SIGNIFICAM ARRITMIAS. QUAIS AS CAUSAS DAS ARRITMIAS? • Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência cardíaca), doenças valvares, doenças infecciosas (doença de chagas), alterações nas concentrações de eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o nascimento). QUAIS SÃO OS TIPOS DE ARRITMIA? • As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a frequência: Taquicardias: A frequência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A frequência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício). Bradicardias: A frequência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas. QUAIS OS SINTOMAS DAS ARRITMIAS? • Os sintomas das arritmias são bastante variáveis, podendo ser silenciosa (não apresentar sintomas). Elas podem ser diagnosticadas durante exame cardiológico (exame do pulso e ausculta do coração com aparelho específico). O sintoma mais comum é a palpitação. Podem ocorrer também desmaios (recuperação rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteiras, falta de ar, mal-estar, sensação de peso no peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros. Os sintomas que indicam gravidade são confusão mental, pressão baixa, dor no peito e desmaios. Caso ocorra algum desses sintomas, é necessário realizar atendimento urgência para evitar morte do paciente. CAUSAS DA PCR • Obstrução de vias-aéreas por corpos estranhos ou queda de base de língua; • O choque elétrico; • Overdose de drogas; • Choque hemorrágico. • O procedimento “ Ver, Ouvir e Sentir se há respiração” foi removido do algoritmo. • O tradicional ABC foi substituído pelo CAB( compressões , vias aéreas e respiração) • O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões. • A frequência de compressão deve ser,no mínimo de 100/minutos. • A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas( 5cm). • Se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na relação de 30 compressões para cada 2 ventilações. • Uso de pressão cricoide durante as ventilações, em geral, não é recomendado. Resumo dos principais componentes de SBV para adultos, crianças e bebês • Sequência da RCP : C-A-B; • Frequência de compressão:No mínimo, 100/min; • Profundidade da compressão:No mínimo, 2 polegadas (5 cm) em adultos e crianças e no mínimo 4 cm em bebês. RESSUSCITAÇÃO NEONATAL • As PCRs neonatais são predominantemente asfíxicas, motivo pelo qual a sequência de ressuscitação A-B-C com relação compressão-ventilação de 3:1 foi mantida, exceto quando há etiologia claramente cardíaca. DESFIBRILADOR • O DEA é um aparelho eletrônico portátil que desencadeia um choque elétrico com corrente continua sobre o tórax da vítima. O choque determinará uma assistolia elétrica em todo miocárdio permitindo que o sistema de condução elétrica intracardíaco possa reassumir de forma organizada a despolarização miocárdica e o ritmo cardíaco organizado. • Quando indicado pelo DEA , choque será de 360 j( monofásico ) ou energia máxima equivalentes nos aparelhos bifásicos ( entre 150 e 200 j). DESFIBRILADOR • O uso de choques sucessivos e com energias progressivamente maiores não é mais recomendado. • O nível de evidência a favor ou contra a realização da RCP ( 5 ciclos de compressão + ventilação ) ainda não é suficiente DESFIBRILAÇÃO • A segurança durante a desfibrilação é de responsabilidade de quem manipula o aparelho. Durante a administração dos choques , alguns cuidados devem ser adotados. O correto posicionamento das pás , a aplicação de força sobre elas e a utilização de gel condutor contribuem para uma melhor taxa de sucesso na desfibrilação. DESFIBRILAÇÃO • Caso ainda persista a FV\ TV sem pulso após o primeiro choque , é necessário a utilização de drogas que melhorem a condição hemodinâmica da PCR e auxiliem na reversão da arritmia. Para aplicar as drogas , são necessários meios para administrá-los . • Após o 1 choque e mantida a PCR, é necessária a instalação de um acesso venoso periférico ou intraósseo, a colocação de via aérea definitiva para melhor oxigenação e a monitorização cardíaca através de eletrodos do monitor. VIA AÉREA AVANÇADA • A via aérea avançada pode ser obtida por intubação orotraqueal ou por uma via supraglótica ( máscara laríngea , tubo esofagotraqueal ou tubo laríngeo). • Embora seja uma via em desuso , o tubo traqueal possibilita a administração de algumas drogas( vasopressina, epinefrina e lidocaína ) CUIDADOS APÓS OBTENÇÃO DA VIA AÉREA AVANÇADA • Após a colocação da via aérea avançada as ventilações devem ser aplicadas na frequência de 8 a 10 vezes por minuto de forma assicrônica com as compressões torácicas . • As vias intraóssea ou endovenosa são preferíveis para administração de drogas , no entanto , como administrada pelo TOT , é necessário administrar de 2 a 2,5 vezes a dose endovenosa, seguida de bolos de 10 ml se soro fisiológico 0,9%. SEQUÊNCIA DO ATENDIMENTO DA FV\TV SEM PULSO . • Inicialmente a primeira droga a ser utilizada é epinefrina e\ou vasopressina.A dose de epinefrina é de 1 mg a cada 3 a 5 minutos por via venosa ou intraóssea e vasopressina deve ser utilizada em única dose de 40u. • A primeira droga antiarrítmica a ser utilizada é a amiodarona. Deve ser utilizada na dose de 300mg EV em bolo, podendo ser repetida mais uma dose de 150 mg. • A lidocaína é aceita apenas se amiodarona não estiver disponível. ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP) E ASSISTOLIA • Após a colocação das pás no tórax da vítima , a identificação de qualquer atividade elétrica diferente das atividades de FV\TV sem pulso caracteriza uma PCR em ritmo não passível de choque ( AESP ou Assistolia). CAUSAS DE ATIVIDADES ELÉTRICA SEM PULSO • • • • • • • • • • Hipovolemia; Hipóxia; H+ acidose metabólica; Hipocalemia; Hipercalemia. Tamponamento cardíaco; Tromboembolismo pulmonar; Trombose de coronária Tensão ( pneumotórax hipertensivo); Tóxico. ASSISTOLIA • É a forma de pior prognóstico , caracterizando a ausência a de atividade elétrica no coração. Todo cuidado na identificação desse ritmo é pouco, pois até 10% dos ritmos identificados inicialmente como assistolia pelas pás apresentavam como ritmo de base verdadeiro a FV. • Para confirmação diagnostica da assistolia, deve-se proceder ao protocolo da linha reta, que consiste em checar a conexão dos eletrodos, aumentar o ganho do monitor cardíaco e finalmente checar o ritmo em duas derivações ASSISTOLIA • As causas de assistolia são as mesmas da AESP, devendo-se iniciar infusão de volume e procurar tratamento adequado baseado nas causas possíveis . • O uso do marca-passo transcutâneo na assistolia não é mais indicado. ANATOMIA CORAÇÃO ANGINA PECTORIS • Caracteriza-se por ataques paroxísticos de dor torácica, geralmente substernal ou precordial. TIPOS DE ANGINA • ESTÁVEL CRÔNICA - ALÍVIO AO REPOUSO. • INSTÁVEL- NÃO HÁ ALÍVIO AO REPOUSO CAUSAS • ESTRESSE TRABALHO • PRESSÃO ALTA • ESTREITAMENTO DAS CORONARIAS • FEBRE SINTOMAS • Dor no tórax; • Aperto ou pressão; • Dificuldade para respirar; • Tontura. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO • Infarto é a morte de uma área de tecido pela interrupção de suprimento de sangue. SINAIS E SINTOMAS • Desconforto torácico semelhante a angina; • A dor às vezes irradia para braços; • Dor epigástrica; • Sudorese; • Ansiedade CONDUTA • Realizar a avaliação primária; • Manter a vitima em repouso absoluto; • Administrar analgésico e anestésico; ESTADO DE CHOQUE • É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular em prover circulação sanguínea suficiente para os órgãos causando a hipoperfusão celular generalizada não atendendo as necessidades metabólicas do organismo. CLASIFICAÇÃO QUANTO À ETIOLOGIA • Hipovolêmico; • Cardiogênico; • Distributivos( neurogênico, séptico e anafilático). RECONHECIMENTO • • • • • • • • • Sede,tremor, agitação; Pele pálida, úmida e fria Pulso periférico anormal; Pressão arterial baixa; Respiração curta e rápida; Náuseas e vômito; Pele arrepiada; Pupilas dilatadas; Lábios arroxeados. HIPOVOLÊMICO • É o estado de choque mais comum no Atendimento Pré Hospitalar seja por traumatismo (perda direta de sangue ou plasma) ou caso clínico (vômito e diarreia). RELAÇÃO FISIOLÓGICA • Diminuição do débito cardíaco; • Redução do volume de sangue; • Perfusão tecidual comprometida CHOQUE COMPENSADO • Pulso- Auto , Taquicardia; • Pele- Pálida , fria e úmida; • Pressão arterial- normal; • Nível de consciência- inalterado CHOQUE DESCOMPESADO • Pulso-Muito Alto, taquicardia evoluindo a bradicardia; • Pele- Pálida , fria e cérea; • Pressão arterial- baixa • Nível de consciência- Alterado evoluindo ao coma. CHOQUE CARDIOGÊNICO • O choque cardiogênico é um estado no qual o coração, subitamente enfraquecido, não é capaz de bombear sangue suficiente para as necessidades do corpo. Essa condição é uma emergência médica, que é fatal se não for tratada imediatamente. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • • • • • • • • hipotensão arterial; queda rápida e acentuada do índice cardíaco; Oligúria; Sinais de estimulação simpatomimética; Taquisfigmia; Hiperpnéia; Alteração no nível de consciência; Dor anginosa e arritmias. CHOQUE NEUROGÊNICO • É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal ou pelo uso de medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema nervoso central. CAUSAS: • lesão da medula espinhal; • Anestesia espinhal; • Lesão do sistema nervoso; • Efeito depressor de medicamentos; • Uso de drogas e ainda estados hipoglicemiantes. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Pele seca e quente; • Hipotensão; • Bradicardia CHOQUE ANAFILÁTICO • A anafilaxia ou reação anafilática é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal. CAUSAS • alimentos e aditivos alimentares; • picadas e mordidas de insetos; • agentes usados na imunoterapia; • drogas como a penicilina; • drogas usadas como anestésicos locais (benzocaína e lidocaína); • vacinas como o soro antitetânico; • poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • • • • • • • • • • • Sensação de desmaio; Pulso rápido; Dificuldade respiratória; Náuseas e vômito; Dor de estômago Inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema de glote); Urticária; Pele pálida, fria e úmida; Tonteira, confusão mental e perda da consciência; Pode haver parada cardíaca. CHOQUE SÉPTICO • O choque séptico,é uma infecção generalizada que acontece quando as bactérias de uma infecção local,como uma ferida na pele,chegam à corrente sanguínea e atingem todo o corpo. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Fase hiperdinâmica ou quente; • Fase hipodinâmica ou fria . CHOQUE OBSTRUTIVO • Resulta de um bloqueio mecânico ao fluxo sanguíneo na circulação pulmonar ou sistêmica. A embolia pulmonar pode ser um exemplo. TRAUMATISMO CARDÍACO • O Tamponamento Cardíaco; Ocorre quando o músculo do coração (miocárdio) sofre uma pequena ruptura em toda sua espessura, mas sem que a membrana que o envolve (pericárdio) seja rompida, ou quando seu rompimento é bloqueado por coágulos que se formam por hematoma mediastinal ou pelo próprio parênquima pulmonar. TAMPONAMENTO CARDÍACO • HIPOTENSÃO ARTERIAL; • TURGÊNCIA JULGULAR; • ABAFAMENTO BULHAS CARDIACAS. EXERCÍCIOS • A tríade de Beck , caracterizada por bulhas cardíacas abafadas , turgência de jugular e hipotensão arterial , é um conjunto indicativo de: • • • • A – Hemorragia digestiva alta; B – Tamponamento cardíaco; C – Concussão cerebral; D – Amaurose bilateral EXERCÍCIOS • Alguns dos sinais que indicam complicação do aumento acentuado da Pressão Intracraniana são. • A – Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral , anasarca e Diabetis mellitus. • B – Aumento do fluxo sanguíneo cerebral , depleção das reservas de dopamina e rapidez ao falar. • C – Degeneração da via dopaminérgica nigroestriada, retenção gástrica e urinária. • D – Herniação do tronco cerebral, Diabetes Insipidus e Síndrome inadequada do hormônio antidiurético. • E – Edema Cerebral , aumento fluxo sanguíneo cerebral , hiperatividade e perambulação à noite. EXERCÍCIOS • Após a administração do medicamento , um dos cuidados é observar eventuais reações adversas. Considerando-se esse pressuposto , ao cliente que recebeu medicamentos trombolíticos por via intravenosa é necessário observar os eventos adversos , sendo um dos principais: • • • • • A – Síndrome de Cushing. B – Diarreia Osmótica. C – Diurese Osmótica. D – Hemorragia. E – Dependência Química. TRAUMATISMO CARDÍACO • Contusão Cardíaca Este tipo de lesão ocorre em traumatismos fechados, pelos quais se procede à compressão do coração entre o esterno e a coluna. Em grandes afundamentos frontais do tórax deve-se sempre suspeitar de contusão cardíaca. As queixas de desconforto referidas pelo paciente geralmente são interpretadas como sendo devidas à contusão da parede torácica e a fraturas do esterno e/ou de costelas. EMERGÊNCIA CARDIOLÓGICA • Dissecção aórtica -denota uma ou mais lacerações entre as camadas íntima e adventícia que contenha fluxo sangüíneo ativo (falsa luz). • A dissecção aórtica deve ainda ser diferenciada da ruptura espontânea da parede aórtica e da laceração da íntima e da camada média sem separação das camadas ou com separação restrita e limitada. CLASSIFICAÇÃO DE DEBAKEY • TIPO I - a dissecção envolve a aorta proximal, o arco aórtico e a maior parte ou toda a extensão da aorta descendente; • TIPO II - a dissecção envolve apenas a aorta ascendente, poupando o arco; • TIPO III - a dissecção envolve a aorta descendente. Pode ser subdividida em IIIa, quando é limitada à aorta torácica, e IIIb, quando além do hiato diafragmático, compromete as supra-renais e a aorta abdominal. CLASSIFICAÇÃO DE STANFORD • • TIPO A - dissecção envolvendo a aorta ascendente; • TIPO B - dissecção envolvendo a aorta descendente. SINTOMAS • Dor é o sintoma mais freqüente nos pacientes com dissecção aórtica aguda. É descrita como precordial, torácica, interescapular, cervical, persistente de início súbito e de forte intensidade, com a sensação de morte iminente. • Caracteristicamente a dor pode migrar da região torácica para o pescoço e daí para a região interescapular e dorsal, relacionando-se com a propagação do hematoma da aorta proximal para distal na dissecção tipo I de DeBake. ASMA • É uma doença inflamatória crônica e intermitente das vias aéreas , caracterizadas por exarcerbações de dispneia , tosse, sibilos , obstrução variável e hiper-responsabilidade das vias aéreas . • Normalmente é reversível , mas pode ser grave e fatal. • A exposição a aeroalérgenos e as mudanças climáticas também são fatores precipitantes. • Uso de medicações , estresse emocional e exercício físico também são causas de exacerbação aguda de asma. ASMA • A presença de sinais clínicos clássicos de obstrução, como sibilância, foi bom preditor de obstrução. • Dispneia relatada entre as vias aéreas . • Tosse é outro sintoma comum acompanhado o quadro dos doentes. • Toráx com ausculta sem ruído adventícios e diminuída ausculta do murmúrio vesicular. • Saturação arterial de oxigênio , deve ser verificada em todos os doentes e, se menor do que 90% , oxigênio suplementar deve ser prescrito. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA • Caracterizada por um desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo , que não é totalmente reversível . • No mundo , a DPOC acomete mais de cinquenta milhões de pessoas , e no Brasil , estima-se que haja mais sete milhões de pessoas acometidas , com 175 mil internações em 2007. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA • Enfisema : permanente e anormal aumento dos espaços aéreos , distalmente aos bronquíolos terminais, acompanhados de destruição de suas paredes , sem fibroses importante. • Bronquite crônica : tosse produtiva por mais de três meses , durante dois anos consecutivos . A tosse ocorre por hipersecreção de muco, não necessariamente com obstrução ao fluxo aéreo ETIOLOGIA E FISIOLOGIA • O tabagismo ( ativo e passivo), de longe , é o maior responsável pela DPOC. • Inalação de partículas ambientais : dióxido de enxofre por exemplo. • Genéticos : o melhor documentado é a deficiência de alfa-antitripsina. • Hipóxia-responsividade das vias aéreas , principalmente relacionada à exposição a fumaça do tabaco e outros insultos ambientais. Distúrbios associados a obstrução do Fluxo aéreo TRATAMENTO • • • • • Corrigir a hipoxemia; Broncodilatadores; Corticoides; Antibióticos; Corrigir distúrbios associados( volemia, eletrólitos , hiperglicemia) e tratar comorbidades. • Suporte ventilatório . VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • Constitui a modalidade terapêutica de maior impacto no tratamento da DPOC grave no pronto-socorro . • Consiste em fornecer um suporte respiratório mecânico ao doente , sem a necessidade de intubação orotraqueal ou traqueostomia INDICAÇÕES VNI • Insuficiência Respiratória • Uso de musculatura acessória e movimento paradoxal • Moderada a grave acidose e hipercapnia. • Frequência respiratória > 25 irpm. CONTRAINDICAÇÕES • Parada respiratória; • Instabilidade hemodinâmica ( hipotensão, infarto do miocárdio e arritmias graves); • Secreção excessiva de vias aéreas com risco de aspiração. EXERCÍCIOS • A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ( DPOC) é um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar. Considerando a DPOC e os cuidados de enfermagem para o paciente portador dessa enfermidade , assinale a opção correta. • • • • • A – A ventilação mecânica não invasiva é indicada em casos de taquipneia ( menos de 24 irpm); uso de musculatura acessória respiração paradoxal; rebaixamento do nível de consciência ( hipocapnia) ; Pa02 menos que 60 mmhg e Sa02 menor que 90% com 02. B- O paciente deve ser orientado a evitar temperaturas muito baixas, pois o frio tende provocar o broncoespasmo , não havendo restrição quanto à temperatura elevadas. C – Lesão da medula espinhal pode causar DPOC. D – O tabagismo é responsável por menos de 20% dos casos de DPOC; por tanto , cessar o tabagismo não é uma das principais orientações de enfermagem. E – A vacinação contra influenza deve ser indicada aos pacientes com DPOC. MANOBRA HEIMLICH MANOBRA DE HEIMLICH • É o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho. Essa manobra foi descrita pela primeira vez pelo médico estadunidense Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traquéia da vítima. EDEMA AGUDO DE PULMÃO • O edema agudo de pulmão é uma grave situação clinica, de muito sofrimento, com sensação de morte iminente e que exige atendimento urgente. Causas de edema agudo de pulmão: • Infarto do miocárdio - é a causa mais comum da disfunção do músculo cardíaco. • Doenças das válvulas, aórtica ou pulmonar por administração exagerada de líquidos, comum em crianças ou pacientes que recebem líquidos (soros) em excesso pelas veias. TRATAMENTO • Na emergência podemos usar Furosemida por via intra venosa (na impossibilidade de obter acesso venoso, pode-se administrar o medicamento via intramuscular) na tentativa de forçar a eliminação de líquidos, morfina para aliviar a congestão pulmonar e a ansiedade. • As demais medicações usadas são para tratar as doenças que estão por trás do edema agudo. Isso deve ser feito por um médico e num ambiente hospitalar, de preferência. TROMBOEMBOLISMO • Tromboembolismo pulmonar (TEP) consiste na obstrução aguda da circulação arterial pulmonar pela instalação de coágulos sangüíneos, geralmente, oriundos da circulação venosa sistêmica, com redução ou cessação do fluxo sangüíneo pulmonar para a área afetada. CONSEQÜÊNCIAS RESPIRATÓRIAS • Imediatas: aumento do espaço morto do compartimento alveolar, efeito shunt, broncoconstrição e pneumoconstrição associadas, respectivamente, ao aumento da resistência de vias aéreas e redução da complacência pulmonar, distúrbio difusional, hipoxemia, hipo ou hipercapnia, taquipnéia. CONSEQÜÊNCIAS HEMODINÂMICAS • Redução do leito arterial pulmonar, aumento da resistência vascular, aumento na pressão da artéria pulmonar, aumento da pós-carga e do trabalho do ventrículo direito (ocasionando até sua falência e Cor pulmonale), queda do volume/minuto circulatório, taquicardia, diminuição da perfusão coronariana. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • O TEP, geralmente, manifesta-se sob a forma de um dos seguintes quadros sindrômicos: dispnéia aguda, infarto pulmonar, cor pulmonale, agudo, choque cardiogênico e morte súbita. HEMORRÁGIA DIGESTIVA • A hemorragia digestiva é a perda de sangue dentro do sistema digestivo. Ela pode ser classificada como hemorragia digestiva alta quando atinge esôfago e estômago, ou hemorragia digestiva baixa, quando atinge o duodeno e os intestinos. O BALÃO DE SENGSTAKENBLACKMORE • • • Deve ser utilizado como medida temporária, quando falham a terapêutica farmacológica e/ou endoscópica, enquanto se decide por tratamento definitivo. O balão corretamente posicionado interrompe quase sempre o sangramento por varizes esofagogástricas, porém, seu efeito é limitado ao período em que o balão permanece insuflado, com taxa alta de recidiva do sangramento após sua retirada. Nos casos de sangramento intenso ou quando o paciente encontra-se em fase de exsanguinação o balão pode ser a primeira opção, realizando-se a endoscopia com esclerose após parada do sangramento. ABDÔMEN AGUDO • O abdômen agudo pode ser definido como uma dor abdominal de aparecimento súbito, não traumático, que pode necessitar de intervenção cirúrgica ou não. A anamnese detalhada direcionando o exame físico será a base que orientará a condução do tratamento precoce e o restabelecimento do paciente. ABDÔMEN AGUDO • Uma grande série de doenças musculares, gastro-intestinais, ginecológicas, urológicas, vasculares, psicossomáticas, cardíacas, parasitárias e intoxicações exógenas, dentre outras podem causar dor abdominal e até simular abdômen agudo. ETIOLOGIA • Habitualmente os cirurgiões classificam o abdômen agudo segundo a natureza do processo determinante: • Inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica, abscessos intra-abdominais, peritonites primárias e secundárias, dentre outros. • Perfurativo: úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal perfurada, amebíase, febre tifóide, divertículos do cólon, dentre outros. ETIOLOGIA • Obstrutivo: aderências intestinais, hérnia estrangulada, fecaloma, obstrução pilórica, cálculo biliar, corpo estranho, bolo de áscaris, dentre outros. • Vascular: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, dentre outros • Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, dentre outros. COLECISTITE • A colecistite aguda é caracterizada por dor no andar superior direito do abdômen há mais de 6 horas, com sinais ultra-sônicos de colecistite, ou dor no hipocôndrio direito com litíase vesicular ao ultra-som,podendo estar associada à febre, leucocitose e/ou proteína C reativa >10mg/l. COLECISTITE • A dor da cólica biliar é causada pelo espasmo do ducto cístico, desencadeado pelo estímulo colecistoquinina durante a alimentação. É tipicamente do tipo cólica no epigástrio e hipocôndrio direito, associada a náuseas e vômitos e de duração menor que 6 horas. COLECISTITE • A dor na colecistite aguda geralmente é causada pela obstrução do ducto cístico pela impactação do cálculo biliar e seguida da inflamação da mucosa vesicular. APENDICITE AGUDA • O paciente procura atendimento médico com história de dor abdominal peri-umbilical (causado pela obstrução da luz apendicular e a distensão da sua parede),irradiada para fossa ilíaca direita (correspondendo à inflamação e infecção do apêndice) geralmente associada a náuseas e vômitos, inapetência e febre baixa. APENDICITE • Este processo pode evoluir em poucas horas ou até um dia. Neste momento, podemos encontrar ausência de leucocitose e no exame físico alguns sinais como Blumberg (dor a descompressão brusca no ponto de McBurney). SINAL DE BLUMBERG PONTO DE MCBURNEY OBSTRUÇÃO INTESTINAL • Em cerca de 75% dos casos, a oclusão intestinal tem como causa as aderências entre alças, provenientes de cirurgias abdominais prévias. As demais obstruções são causadas por hérnias, fecalomas, neoplasias e etc. O quadro clínico é típico com dores abdominais difusas tipo cólica, náuseas e vômitos, parada de eliminação de flatos e fezes, e distensão abdominal progressiva. OBSTRUÇÃO INTESTINAL • Os vômitos são inicialmente com conteúdo gástrico, seguido de bile, chegando até a característica fecalóide. • Os exames laboratoriais apresentam alterações relacionadas às condições hidroeletrolítica e infecciosa.A radiologia simples do abdômen apresenta edema de alças intestinal e presença de níveis hidroaéreos nas grafias em posição ortostática, confirmando a obstrução de intestino delgado. OBSTRUÇÃO INTESTINAL • Tratamento consiste em reposição hídrica vigorosa e restabelecimento hidroeletrolítico, jejum e descompressão do trânsito intestinal por sonda gástrica,durante 24 a 48 horas. • Espera-se a resolução espontânea do quadro. Nos pacientes sem resolução ou melhora progressiva, deve-se avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico para lise de aderências. LESÕES TÉRMICAS • Considera-se queimadura toda lesão no tecido de revestimento do corpo humano causado por agentes térmicos( frio, calor e eletricidade), químicos , radiações ionizantes e ferimentos abrasivos. CAMADAS DO CORPO HUMANO • • • • Pele ( epiderme e derme). Tecido adiposo. Tecido muscular. Tecido ósseo. CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS Quanto à profundidade; Quanto à extensão. QUANTO A PROFUNDIDADE • Queimadura de primeiro grau; • Queimadura de segundo grau; • Queimadura de terceiro grau. Queimadura de primeiro grau Atinge somente a epiderme. Apresenta dor e vermelhidão. Queimadura de Segundo Grau Atinge a epiderme e a derme; Apresenta dor e vermelhidão local mais intensa; Há formação de bolhas de água. Classificação quanto a Extensão • Pequenas queimaduras- quando atinge menos de 10% da área do corpo. • Médias queimaduras – 10 a 30 % da área do corpo • Grandes Queimaduras- quando atinge mais de 30% da área do corpo. A vítima deve ser classificada grave ou grande queimado quando possuir • Queimadura de 3 grau presente em mais de 10% da superfície corporal( adulto e criança). • Queimadura de 2 grau presente em mais de 25% da superfície corporal se adulto. • Queimadura de 2 grau presente em mais de 20% da superfície corporal se criança • São também queimaduras graves aquelas que acontecem nas regiões : Genital; Nos pés e nas Mãos; Na face ; Nas articulações CONDUTAS DE ATENDIMENTO QUEIMADURAS TÉRMICAS • Se a vítima estiver com fogo nas vestes, apagar o fogo do corpo da vitima rolando-a no chão ou usando um cobertor úmido . • Administre oxigênio a 12 ou 15 l\min. • Mantenha as vias áreas desobstruídas e certifique que a vitima respira bem, principalmente em queimaduras da face. • Retire as partes da roupa que não estejam grudadas na área queimada. • Estabeleça a profundidade , extensão e gravidade das lesões . • Nas pequenas e médias queimaduras de primeiro e segundo grau , lavar a área afetada em água fria ou soro fisiológico ( em torno de 15 minutos).Logo após , cubra-os com curativo úmido. • Vítimas com queimaduras em grandes áreas corporais não devem receber irrigação ou ter curativos úmidos , pois isto pode provocar hipotermia. Utilizar curativo estéril seco ou cobertor aluminizado para cobrir o ferimento • Não passar qualquer substância no local queimado ( pomadas, mercúrio, óleos , pastas dental e etc.). • Não perfurar as bolhas. • Cobrir com compressas macias de gazes , embebidas em soro fisiológico ou agua fria , as queimaduras nos olhos e logo após fixar com atadura de crepe sem efetuar pressão. EXERCÍCIOS • Homem , 40 anos chega à instituição hospitalares com membro superior esquerdo totalmente queimado.Baseado na regra dos noves , o Enfermeiro conclui que o percentual da área comprometida foi de: • • • • • A - 9% B- 18% C -27% D – 36% E – 54% INFECÇÃO URINÁRIA • O acesso dos microorganismos ao trato urinário se dá por via ascendente, ou seja, pela uretra, podendo se instalar na própria uretra e próstata, avançando para a bexiga e, com mais dificuldade, para o rim. INFECÇÃO URINÁRIA • Dificilmente, as bactérias podem penetrar no trato urinário pela via sangüínea. Isto ocorre apenas quando existe infecção generalizada (septicemia) ou em indivíduos sem defesas imunitárias como aidéticos e transplantados. A intensidade da IU depende das defesas do paciente, da virulência do microorganismo e da capacidade de aderir à parede do trato urinário. FATORES QUE FACILITAM A CONTAMINAÇÃO DO TRATO URINÁRIO • obstrução urinária: próstata aumentada, estenose de uretra, defeitos congênitos e outros • corpos estranhos: sondas, cálculos (pedras nos rins), introdução de objetos na uretra (crianças) • doenças neurológicas: traumatismo de coluna, bexiga neurogênica do diabetes BEXIGA NEUROGÊNICA • Refere à disfunção da bexiga urinária devido a doença do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção. A bexiga neurogênica pode ser hipoativa (incapaz de se contrair, não esvaziando adequadamente) ou hiperativa (esvaziando por reflexos incontroláveis). DIAGNÓSTICO CLÍNICO • O aspecto da urina pode também trazer informações valiosas: urina turva (pela presença de piúria) e/ou avermelhada (pela presença de sangue), causada por cálculo e/ou pelo próprio processo inflamatório. DIAGNÓSTICO CLÍNICO • A infecção do trato urinário alto (pielonefrite),que habitualmente se inicia como um quadro de cistite, é habitualmente acompanhada de febre – geralmente superior a 38 graus centígrados –, de calafrios e de dor lombar, uni ou bilateral. Esta tríade febre + calafrios + dor lombar está presente na maioria dos quadros de pielonefrite. PIELONEFRITE • A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente que atingiu a "pielo" (pelve) do rim. Afeta quase todas as estruturas do rim, incluindo túbulos, sistema recolector e interstício. Só o glomérulo é exceção, pelo menos até uma fase avançada. INJÚRIA RENAL AGUDA • Termo atualmente utilizado para se referir à síndrome previamente conhecida como insuficiência renal aguda. Essa mudança de nomenclatura visa destacar que a lesão acontece antes da perda de função e que as duas situações fazem parte de um continuum. INJÚRIA RENAL AGUDA • Trata-se de uma síndrome caracterizada pela queda abrupta do ritmo de filtração glomerular , ocasionando retenção de escórias do metabolismo nitrogenado, como ureia e creatinina. PRÉ- RENAL • É uma alteração que ocorre antes do rim, levando à insuficiência funcional ou lesão orgânica. Ocorre por insuficiência circulatória aguda, por falta de líquidos (hipovolemia), por desidratação grave ou perda de sangue. RENAL • É a lesão que atinge agudamente o rim seja por tóxicos (químico ou medicamentoso), seja por inflamações (nefrites) ou por morte de células do rim (necrose do glomérulo ou do túbulo renal) • É importante lembrar que nem todos os casos de IRA renal passaram por uma fase de IRA pré-renal ou por que a instalação do evento hipovolêmico foi tão rápida e grave que não houve tempo para fase pré-renal, ou porque o fator etiológico é outro que não hipoperfusão PÓS-RENAL • É a que ocorre por obstrução das vias urinárias, impedindo a passagem da urina pela via urinária. A obstrução pode ocorrer em qualquer parte da via urinária: pelve renal, ureter, bexiga ou uretra. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA • O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. COMO SE RECONHECE A DOENÇA CRÔNICA RENAL? • Hipertensão arteriaL; • Edema por todo o corpo, aumentando o peso; • Cheiro desagradável na boca, pelo aumento da uréia no sangue; • Pele pálida; • Necessidade freqüente de urinar, com tendência de maior volume à noite COMO SE TRATA? • Nas fases iniciais da IRC diminuir proteínas, sal e alimentos que contenham fósforo é fundamental no tratamento dietético. Remédios para reduzir a perda de albumina na urina ajudam a preservar a função renal. O controle adequado da pressão arterial em quem tem pressão alta e do diabetes também são aspectos muito importantes no tratamento. SÍNDROME NEFRÓTICA • A síndrome nefrótica é caracterizada pela presença de proteinúria maciça, edema, hipoproteinemia e dislipidemia . • A síndrome nefrótica acomete tanto adultos quanto crianças, sendo causada por doenças primariamente renais (síndrome nefrótica idiopática ou primária) ou por diversas outras doenças (síndrome nefrótica secundária). A síndrome nefrótica primária ou idiopática é a mais frequente tanto em adultos quanto em crianças. • Nas fases iniciais da síndrome nefrótica, as principais complicações são infecções, trombose venosa ou arterial e insuficiência renal aguda. Pacientes que não respondem ou não utilizam os protocolos de tratamento específicos da glomerulonefrite podem permanecer durante meses ou anos em “estado nefrótico” sob risco de desenvolver tais complicações. •OBRIGADO! • [email protected] • Facebook: Elton Rodrigues Chaves.