Principais Sintomas da dengue? Febre acima de 39ºC com início súbito e longa duração, dor de cabeça, dor muscular, náuseas, vômitos, fraqueza, dor nas juntas e nos olhos, diarréia, coceira e manchas no corpo são alguns dos sintomas. Principais sinais e sintomas da chikungunya? Febre acima de 39ºC com início súbito e curta duração e dores intensas nas articulações de pés e mãos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Situação da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Estado do Acre Informe Técnico 12 Foram registrados em 2016, da semana epidemiológica 01 a 18 (03/01/2016 a 07/05/2016), 7.125 casos suspeitos de dengue no Estado do Acre. Entretanto, desses, apenas 9% (653 casos) foram confirmados, 3.897(55%) descartados, 1.599 (22%) estão em investigação e/ou aguardando resultado laboratorial e 976 (14%) foram encerrados como inconclusivos por terem excedido o tempo oportuno de encerramento (60 dias). No mesmo período, em 2015 registrou-se 9.887 casos suspeitos, destes, 4.394 (44%) foram confirmados como dengue, 4.978 (50%) descartado e 515 (5%) foram encerrados como inconclusivos. Observa-se então, um decréscimo de 39% nas notificações no Estado. (Gráfico 1). Na análise comparativa de casos notificados de dengue por Principais sinais e sintomas da zika? semana epidemiológica nos anos de 2015 e 2016 conforme gráfico Os sinais e sintomas para zika incluem erupção na pele com pontos brancos ou vermelhos, que pode ser acompanhada de febre baixa, conjuntivite não purulenta e sem coceira, dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça e dor nas costas. Segundo a literatura, apenas 18% das pessoas apresentam manifestações clínicas da doença. correspondendo a 9% das notificações de todo o período 02, a semana 07/2016 apresentou maior indicador com 665 casos, considerado (03/01/2016 a 07/05/2016). No mesmo período do ano anterior, o aumento ocorreu na semana 03, com 947(9%) das notificações. Na análise da incidência de casos notificados de dengue (número de caso/100 mil hab.), o Estado do Acre apresenta uma incidência de 901,8 por 100.000 habitantes. Dos 22 municípios, 12(55%) apresentaram incidência acima de 300 casos/100.000 habitantes, sendo considerados de alto risco de epidemia de dengue, 03(14%) apresentaram incidência entre 101 e 300/100.000 habitantes, Observação: Dez casos foram confirmados de transmissão sexual do vírus Zika em cinco países: Argentina (01 caso), Canadá (01 caso), Chile (01 caso), Peru (01 caso), e Estados Unidos da América (06 casos). médio risco de epidemia da doença e 07(32%) dos municípios apresentaram incidência abaixo de 100 casos/100.000 mil hab, sendo considerado de baixorisco de ocorrência de epidemia de dengue. Assis Brasil foi o que apresentou o maior indicador (7897,1/100.000hb) com 522 casos notificados. (mapa01) Gráfico 01 - Número de casos suspeitos de dengue, segundo critério de classificação, Acre. 2015 e 2016* 6.000 4.978 5.000 4.391 2015 3897 4.000 2016 3.000 2.000 1599 976 1.000 652 515 3 1 0 Dengue Dengue Grave/sinais de alarme Descartado Investigação Inconclusivo Fonte: SINANON SE 01 a 18 de 2015/2016 *Dados sujeitos a alterações Gráfico 02 - Número de casos suspeitos de dengue, por semana epidemiológica, Acre. 1000 900 800 700 2015 600 2016 500 400 300 200 100 0 1 2 3 Fonte: SINANON *SE 01 a 18 de 2015/2016 *Dados sujeitos a alterações 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Mapa 01 – Incidência de dengue nos municípios do Estado do Acre 2016. Parâmetros do Ministério da saúde para incidência de Dengue Baixa – Até 100 casos/100 mil hab. Média – De 101 a 300 casos/100 mil hab. Alta – Acima de 300 casos/100 mil hab. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA FEBRE CHIKUNGUNYA Até a semana epidemiológica 18 (03/01/2016 a 07/05/2016), foram notificados 844 casos suspeitos de Febre Chikungunya no estado do Acre. Sendo, Rio Branco, o município a apresentar o maior número de casos (656), correspondendo a 78%. No mesmo período do ano anterior, foram registrados 04 casos de Febre Chikungunya, todos notificados no município de Rio Branco. Quando analisamos por semana epidemiológica 01 a 18 (03/01/2016 a 07/05/2016) gráfico 04, o maior índice de notificações ocorreu na semana epidemiológica 06/2016 com 78 (9%) casos, apresentando uma queda considerável nas semanas seguintes. No ano de 2015, só houve notificações nas semanas epidemiológicas 05 e 06/2015. Com relação ao diagnóstico laboratorial, foram encaminhadas até o momento para o Laboratório de referência da Região Norte Instituto Evandro Chagas, 328 amostras para realização de PCR para diagnóstico de Chikungunya, dos quais, 286 (87%) estão aguardando triagem, 19 (6%) em análise, 08 (2%) aguardando a liberação do resultados e 15 (5%) liberados com resultados negativos. O Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN, a partir de março de 2016 deu início à realização de sorologia para diagnóstico de Febre Chikungunya. Das 407 amostras enviadas, 29 (7%) foram positivas, 361 (89%) negativas, 10 (2%) indeterminado e 07 (2%) não foram testados. Dentre as 29amostras com resultado positivo, 02 são do município de Assis Brasil, 03 de Brasiléia, 02 de Cruzeiro do Sul, 05 de Epitaciolândia, 01 de Manoel Urbano, 14 de Rio Branco, 01 de Sena Madureira e 01 caso importado de Porto Velho/RO. (mapa 02). Uma vez identificada à circulação do vírus em uma determinada localidade, não há necessidade de coletar amostras de todos os casos suspeitos. Deve ser priorizado o diagnóstico laboratorial das formas graves e atípicas da doença, seguindo as recomendações do serviço de vigilância. Nº de casos Gráfico 03 - Número de casos suspeitos de Febre Chikungunya, segundo município de residência, Acre. 2016* 700 600 500 400 300 200 100 0 656 1 3 48 Fonte: SINAN NET *SE 01 a 18 de 2016 *Dados sujeitos a alteração 1 2 24 47 2 4 5 11 4 4 1 31 Nº de casos Gráfico 04 - Número casos suspeitos de Febre Chikungunya, por semana epidemiológica, Acre , 2016* 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 71 78 76 55 64 58 48 47 48 46 52 49 55 30 27 22 17 1 1 2 3 Fonte: SINAN NET *SE 01 a 18 de 2016 *Dados sujeitos a alteração 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Semanas epidemiológicas Mapa 02 – Municípios com casos confirmados laboratorialmente de Febre Chikungunya. Estado do Acre, 2016. Fonte: LACEN SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOVÍRUSZÍKA No Acre, em 2015 na semana epidemiológica 45 (08/11/2015 a 14/11/2015) foram notificados os primeiros casos suspeitos por Zika vírus no Estado, da semana 45 a 52 (08/11/2015 a 02/01/2016) resultou em um total de 42 casos suspeitos, todos do município de Rio Branco. Em 2016, da semana epidemiológica 01 a 18 (03/01/2016 a 07/05/2016) registrou-se um total de 1.269casos suspeitos, distribuídos nos municípios de Acrelândia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard, Sena Madureira, Xapuri, Rio Branco e Tarauacá, conforme gráfico 06. Dos 1.311 casos notificados entre 2015 e 2016, 14(1%) foram confirmados pelo laboratório de referência – Instituto Evandro Chagas – IEC, e 01 confirmado pelo laboratório LABCO NOÛS, 17 (1%) descartados e 1.279 (98%) seguem em investigação epidemiológica e /ou laboratorial. Analisando o gráfico 07 por semana epidemiológica, em 2016, observa-se um crescimento significativo no número de notificações, a partir da semana epidemiológica 04, onde o maior número de casos foi na semana epidemiológica 09 (28/02/2016 a 05/03/2016) com 139 casos. Gráfico 6 - Número de casos suspeitos de ZikaV, segundo município de residência, Acre - 2016* 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 1184 1 5 Fonte Planilha paralela/SINANNET *SE 01 a 18 de 2016 *Dados sujeitos a Alteração 1 11 4 1 2 6 8 11 2 1 32 Gráfico 7 - Número casos suspeitos de Zika vírus, por semana epidemiológica, Acre , 2016* 160 140 120 100 80 60 40 20 0 151 125 114 36 18 1 2 3 78 71 64 37 108 89 86 92 63 45 44 27 4 21 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Fonte: Planilha paralela/SINANNET *SE 01 a 18 de 2016 *Dados sujeitos a alteração SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MICROCEFALIA E/OU ALTERAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) BRASIL Segundo informações do Ministério da Saúde, no Brasil, até a semana epidemiológica 18 (03/01/2016 a 07/05/2016), 7.438 casos foram notificados , segundo as definições do Protocolo de vigilância (recém-nascido, natimorto, abortamento ou feto). Desses, 3.433(46,2%) casos permanecem em investigação e 4.004casos foram investigados e classificados,sendo1.326 confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de infecção congênita e 2.679descartados. Do total de casos notificados, 262 (3,5%) casos do total de 7.438 evoluíram para óbito fetal ou neonatal. Dos 262 óbitos fetais ou neonatais notificados, 174 (66,4%) permanecem em investigação, 56 (21,4%) foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de infecção congênita e 32 (12,2%) foram descartados. Mapa 1 – Distribuição espacial com notificados e confirmados de microcefalia e/ou alteração do SNC, Brasil, até a SE 18/2016. ACRE O Estado do Acre vem monitorando e investigando todos os casos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central- SNC nos 22 municípios, seguindo as orientações do Protocolo de Vigilância do Ministério da Saúde de março de 2016. Conforme gráfico 08, as notificações de microcefalia iniciaram na semana epidemiológica 48/2015, totalizando 11 casos até a semana 52/2015. Em 2016 da semana 01 a 18 (03/01 a 07/05/2016), foram notificados 30 casos, totalizando 41, sendo 37 residentes no Acre, 03 importados do Estado de Rondônia e 01 caso importado do Amazonas. A investigação dos casos importados são de responsabilidade do estado de origem. Dos 37 casos residentes no Estado do Acre, 17 casos foram descartados por investigação clínica - epidemiológica e/ou laboratorial e 20 estão sob investigação (gráfico 09). Dos casos descartados 11 são do município de Rio Branco, 01 do Jordão, 01 de Feijó, 01 de Tarauacá, 01 de Porto Acre, 01 de Epitaciolândia e 01 de Cruzeiro do Sul. Não foram notificados no Estado casos de alterações do sistema nervoso central (SNC). Com base no gráfico 10, analisando por município de residência, 09 municípios apresentaram casos de microcefalia, sendo que Rio Branco registrou o maior número, com 26 casos. A Vigilância Estadual orienta que todos os municípios estejam atentos as notificações de acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde. Gráfico 08 - Número de casos notificados de microcefalia no Estado do Acre, 2015 - 2016. 6 5 5 4 4 3 2015 4 2016 3 2 3 3 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 1 1 0 SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE 48 49 50 51 52 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Fonte: Resp Gráfico 09 - Classificação final dos casos de microcefalia notificados do Estado do Acre, 2015 e 2016. 20 Fonte: Resp 17 Descartados Investigação Gráfico 10 - Número de casos notificados de microcefalia por município de residência, Acre-2015 e 2016. 30 26 25 20 15 10 5 1 0 1 2 2 2 1 1 1 Fonte: Resp ORIENTAÇÃO AS GESTANTES Ter a gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico; Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas; Não utilizar medicamentos sem a orientação médica evitarem contato com pessoas com febre, exantema ou infecções; Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água); Proteger de mosquitos, adotando medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes. SITUAÇÃO ENTOMOLOGICA Diante do número de casos registrados das doenças dengue, chikungunya e zika e em face das sérias complicações que essas epidemias causam à população, torna-se importante a intensificação das ações de controle vetorial e o reconhecimento precoce das novas áreas com transmissão para minimizar o impacto dessas doenças na população. Para tanto é necessária a realização de ações coordenadas entre múltiplos órgãos governamentais, além da mudança comportamental da população. Considerando a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) declarada pelo Ministério da Saúde – MS em 12 de novembro de 2015, foi recomendada a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Visando à execução de todas as atividades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, dentre elas, a realização de 03 ciclos mensais de visita domiciliar nos meses de fevereiro, março e abril. Alguns municípios do estado estão realizando as ações juntamente com o exército e a defesa civil. Na tabela 1, podemos observar o andamento das atividades nos ciclo de visita domiciliar nos municípios do Estado do Acre realizados nos meses de janeiro, fevereiro e março. Este acompanhamento é feito através de envio diário de planilhas para alimentação de um sistema aberto pelo Ministério da Saúde, alguns municípios até o momento não encaminharam informações para análise pela Sala Estadual de Comando e Controle para enfrentamento do Aedes aegypti, deixando o sistema sem as devidas informações. Tabela 1 – Distribuição dos imóveis trabalhados, por municípios de residência, 2016. AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA VIGILÂNCIA EM SAÚDE/SESACRE Como parte das ações para combater possíveis focos do mosquito Aedes aegypti a Secretaria Estadual de Saúde, por meio da diretoria de vigilância em saúde, vem realizando em parceria com o Setor de Humanização da SGA, demais Secretarias Estaduais e Órgãos Federais, um conjunto de atividades relativas ao combate ao vetor do vírus da Dengue, Chikungunya e Zika vírus, o Aedes aegypti. As ações estão sendo desenvolvidas em diversos setores. As atividades são realizadas, através de dramatização, músicas, palestras e distribuição de panfletos/cartazes chamando a atenção sobre as formas de transmissão, medidas preventivas e diferenças básicas entre Dengue, Chikungunya e Zika vírus, o objetivo é formar multiplicadores no combate ao Aedes aegypti. Rio Branco-AC, 13 de maio de 2016. Elaboração Vigilância epidemiológica da Dengue, Chikungunya e Zikavírus. Antônia Zacarias Campêlo Responsável pelos dados da Microcefalia Renata Sonaira Cordeiro Meireles Responsável pelos dados de Controle de Endemias Erika Rodrigues de Abreu Responsável pelos dados de Chikungunya e Zika vírus do setor de informática Maria Lima de Souza Equipe responsável pela revisão: Tânia Bonfim Craveiro Machado Renata Sonaira Cordeiro Meireles Ana Paula da Silva Medeiros Rosineide Monteiro de Araújo Cheila Maria Leão de Oliveira Gerente da divisão de vigilância epidemiológica Eliane Alves Costa