biologia da resposta imunitária

Propaganda
boletim bimestral
nº 38 | Set | Out | 2008
SOLUÇÕES NATURAIS
Do que ficou escrito, facilmente se verifica que o sistema imunitário, embora complexo (composto por uma série de células e tecidos intimamente
interligados), apresenta uma estratégia de acção básica simples: reconhecer o inimigo, concentrar forças e atacar!
Na verdade, ele trava diariamente uma impressionante batalha pela vida, condicionada por factores emocionais (o stress tem influência sobre a
resposta imunitária, etc.), ambientais (habitat, clima, alimentação, etc.) e sócio-culturais (acesso a cuidados de saúde, informação e formação
adequada, etc.). Hoje em dia, sabe-se que a adopção de estilos de vida saudáveis, assim como o consumo de suplementos alimentares e produtos
à base de plantas podem ser decisivos na manutenção de um sistema imunitário eficaz.
Dentro da DietMed destacam-se os seguintes Produtos:
Pau D’Arco (Ipê Roxo) 1000 mg Forte
(20 ampolas bebíveis de 15 ml)
Composição:
Pau D’Arco (Ipê Roxo) 1000 mg e
excipiente q.b.p. 1 ampola de 15 ml.
NOVID
ADE
AGOST
O
Apresentação:
Caixa com 20 ampolas bebíveis de 15 ml.
Composição:
WGPTM Beta-Glucano (polissacáridos) 100
mg e Excipiente q.b.p. 1 cápsula.
Modo de Usar:
1 cápsula ao dia, de
preferência antes do
pequeno-almoço. Não
deverá exceder essa
posologia.
NOVID
ADE
SETEM
BRO
Apresentação:
Caixa com 30 cápsulas.
O Sistema Imunitário
Geleia Real 2000 mg Forte
(20 ampolas bebíveis de 15 ml)
Fortificante, energético,
reforça as defesas do
organismo.
Composição:
Geleia Real 2000 mg e excipiente q.b.p. 1
ampola de 15 ml.
Modo de usar:
1 ampola ao dia, de
preferência depois do
pequeno-almoço. Pode ser
diluída em água ou sumo
de frutas. Não deverá exceder essa
posologia.
Com WGPTM Beta-Glucano
Reforça o sistema imunitário.
Reforça o sistema imunitário.
Protector celular.
Modo de Usar:
1 ampola ao dia, de
preferência depois do
pequeno-almoço. Pode
ser diluída em água ou
sumo de frutas. Não deverá
exceder essa posologia.
Imunid®
BIOLOGIA DA
RESPOSTA IMUNITÁRIA
ADE
NOVID
BRO
SETEM
Apresentação:
Caixa com 20 ampolas bebíveis de 15 ml.
Dr. Reckeweg® R26
Medicamento Homeopático (n.º de registo no Infarmed
1000223)
Gotas Orais – Solução
Composição: 10 ml contêm : Acidum nitricum D12
1 ml, Acidum phosphoricum D12 1 ml, Calcium
iodatum D12 1 ml, Ferrum iodatum D12 1 ml, Sulfur
iodatum D12 1 ml, Ethanolum/Aqua purificata.
Preparado segundo as normas da Farmacopeia
Homeopática Alemã.
Contém 36% Álcool.
Dosagem e Administração: Salvo outra indicação, a dose para
adultos é de 5 a 10 gotas, diluídas ou não num pouco de água, 1 a 2 vezes
por dia, 30 minutos antes das refeições. Crianças dos 6 até aos 12 anos, é de 3
a 5 gotas, crianças maiores de 12 anos, é de 5 a 8 gotas de acordo com o acima
mencionado.
N.B. Não está prevista a utilização deste produto em crianças menores de 6 anos.
Duração da Administração: Salvo outro critério médico, não prolongar a toma
para lá de 1 semana.
Indicações de Bom Uso: Baseiam-se nas utilizações tradicionais de cada um dos
componentes homeopáticos. Entre elas incluem-se: desintoxicação e reactivação
das defesas do organismo; reacções de estimulação do organismo; crianças
fracas, com cansaço intelectual, que não engordam apesar de comerem bem e
com crescimento muito rápido; úlcera de perna; fissura anal; diverticulose.
Apresentação: Caixa com frasco de vidro de 50 ml.
Na Linha Naturmed® há que considerar também o Alkirol®, o Noni e o Selox® como interessantes activadores do sistema imunitário. Na Linha
Naturmil®, consideram-se ainda os comprimidos de Pau D’Arco, as cápsulas de Geleia Real e o Pau D’Arco Plus 500/200 ml. Note que os
suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado, assim como as indicações de bom uso
referidas baseiam-se na utilização tradicional dos seus constituintes, bem como nas suas acções fisiológicas. Os Medicamentos Homeopáticos
não possuem indicações terapêuticas aprovadas.
BIBLIOGRAFIA:
MARK H. BEERS. The Merck Manual of Medical Information: Home Edition. Merck & Company. April 2003. 2nd Ed. ISBN0911910352.
ROD R. SEELEY, TRENT D. STEPHENS, PHILIP TATE. Anatomia & Fisiologia. Lusodidacta. Lisboa.1997. 1ª Ed. ISBN972-96610-5-7.
WALTER OSWALD, SERAFIM GUIMARÃES. Terapêutica Medicamentosa e suas Bases Farmacológicas. Porto Editora. 4.ª Ed. ISBN-972-0-06030-1.
KOURNIKAKIS, B et al. Anthrax-protective effects of yeast beta 1,3 glucans. MedGenMed. 2003 Mar 21;5(1):1.
BIOLOGIA DA RESPOSTA IMUNITÁRIA
DietMed | R. da Capela, Ed Dietmed | Corvos à Nogueira | 3505-276 Viseu
[email protected] | www.dietmed.pt
O organismo possui barreiras naturais que são obviamente inespecíficas, como a
pele (queratina, lípidos e ácidos gordos), a saliva e o muco presente nas mucosas
e no tracto respiratório, entre outras. Para além das barreiras naturais, existem
respostas imunitárias inespecíficas e específicas para combater invasores que
consigam penetrar o organismo. As respostas imunitárias inespecíficas são
contra um antigénio que se encontra no local, não sendo ele específico. Neste
tipo de resposta estão presentes certos tipos de células fagocitárias, células NK
e o complemento.
Pelo contrário, as respostas imunitárias específicas são aquelas que envolvem
a acção de epítopos específicos, formando populações monoclonais específicas
para atacar o antigénio em questão. Neste tipo de respostas estão envolvidos
os linfócitos B e/ou T que, para além da elevada eficiência no combate aos
microrganismos invasores, são também os responsáveis pela “limpeza” do
organismo, ou seja, pela a retirada de células mortas, renovação de determinadas
estruturas, rejeição de enxertos e memória imunológica.
RESPOSTA INESPECÍFICA
(IMUNIDADE INATA)
Primeira Linha de
Combate
Segunda Linha de
Combate
Barreiras Naturais
Inflamação
1. Pele e mucosas
2.Secreções
3.Flora natural
4.Peristaltismo
1. Células fagocitárias
2.Substâncias antimicrobianas
3.Complemento
4.Febre
RESPOSTA
ESPECÍFICA
(IMUNIDADE
ADQUIRIDA)
Terceira Linha de
Combate
1. Anticorpos
2.Resposta imune
celular
ANATOMIA DO SISTEMA IMUNITÁRIO
O sistema imunitário mantém o seu próprio sistema circulatório (o sistema
linfático). Este é constituído por capilares linfáticos, vasos linfáticos, folículos
linfóides e nódulos linfáticos, denominando-se linfa o líquido claro e espesso que
circula através dele (uma suspensão de glóbulos brancos carregada de gordura),
encontrando-se espalhado por todo o corpo (com excepção de alguns órgãos,
como o cérebro).
A Saúde com Produtos Naturais
O
s seres vivos possuem um meio interno estável
e diferenciado do meio externo, onde ocorrem
todas as reacções que caracterizam a vida. No
entanto, eles encontram-se rodeados e cobertos,
permanentemente, por inúmeros microrganismos
parasitas, que de um modo continuado tentam penetrar
no seu interior, ameaçando o seu equilíbrio e provocando
doenças. Os seres vivos conseguem manter a sua
integridade graças a um sistema defensivo, denominado
imunitário. A resposta imunitária pode ser esquematizada
segundo duas vertentes distintas: uma mais básica,
que compreende uma série de mecanismos celulares
e humorais, protectores naturais e não específicos
(imunidade inata ou não específica), e uma outra,
complexa, que para além de compreender reacções
celulares e humorais, evolui as suas respostas à medida
que os estímulos são repetidos por substâncias estranhas
(antigénios), sendo conhecida como uma resposta
imunitária específica (adaptativa ou adquirida).
O sistema linfático é uma rede de gânglios linfáticos ligados
entre si por vasos linfáticos. Os gânglios linfáticos contêm
uma malha de tecido à qual os linfócitos estão estreitamente
ligados. Esta rede de linfócitos filtra, ataca e destrói
organismos prejudiciais que causam infecções. Os gânglios
linfáticos costumam agrupar-se em zonas em que os vasos
linfáticos se ramificam, como o pescoço, as axilas e as virilhas.
A linfa contribui para que a água, as proteínas e outras
substâncias dos tecidos corporais regressem à corrente
sanguínea. Todas as substâncias absorvidas pela linfa
passam pelo menos por um gânglio linfático e o seu
correspondente filtro formado por uma rede de linfócitos.
Outros órgãos e tecidos corporais (o timo, o fígado, o baço,
o apêndice, a medula óssea e pequenas aglomerações de
tecido linfático, como as amígdalas na garganta e as placas
de Peyer no intestino delgado) fazem também parte do
sistema linfático. Estes tecidos também ajudam o corpo a
combater as infecções.
Na verdade, no corpo humano existem diversos locais onde
há produção de células linfóides maduras que vão agir no
combate a agentes agressivos externos.
Alguns órgãos linfóides encontram-se interpostos entre
vasos sanguíneos e vão originar glóbulos brancos na
corrente sanguínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e
vão “filtrar” a linfa e combater antigénios que chegam até
eles por essa via. Outros, ainda, podem ser encontrados
fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados
pela sua mucosa.
Os tecidos linfóides são classificados em primários e
secundários. Os primários representam o local onde
ocorre a formação e a maturação dos linfócitos. O timo
e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local
onde amadurecem os linfócitos T e B (hematopoiese),
respectivamente. Os tecidos primários não formam células
activas na resposta imunitária, mas sim, apenas células até
ao estádio de pró-linfócitos.
Os tecidos linfóides secundários são os que, efectivamente,
participam na resposta imunitária, quer humoral (mediada
por células B), quer celular (mediada por células T). As
células presentes nesses tecidos secundários tiveram
origem nos tecidos primários, que migraram pela circulação
e atingiram o tecido. Neles estão presentes os nódulos
linfáticos difusos, ou encapsulados como os nódulos
linfáticos, as placas de Peyer, o baço e a medula óssea.
Por conseguinte, salienta-se a medula óssea, funcionando
simultaneamente como órgão primário e secundário.
Assim, além dos vasos linfáticos existem áreas especiais
(gânglios linfáticos, amígdalas, medula óssea, baço,
Tema desta Edição: Dr. Ricardo Leite
fígado, pulmões e intestino) nas quais é possível recolher,
mobilizar e enviar linfócitos para zonas específicas como
parte da resposta imunitária. A disposição engenhosa deste
sistema assegura a imediata disponibilidade e a rápida
articulação de uma resposta imunitária onde quer que seja
necessária.
COMPONENTES DO SISTEMA
IMUNITÁRIO
O sistema imunitário é composto por células e substâncias
solúveis. As células mais importantes do sistema imunitário
são os leucócitos (glóbulos brancos). Os macrófagos,
neutrófilos e linfócitos são tipos diferentes de glóbulos
brancos. As substâncias solúveis são moléculas que não
fazem parte das células, mas que se dissolvem num líquido
como o plasma. As substâncias solúveis mais importantes
são os anticorpos, as proteínas do sistema do complemento
e as citocinas. Algumas substâncias solúveis actuam
como mensageiros para atrair e activar outras células.
O complexo major de histocompatibilidade (MHC, major
histocompatibility complex) é a base do sistema imunitário
e ajuda a identificar o que é próprio e o que é estranho.
A designação leucócito deriva do latim Leukos que significa
branco. Cada indivíduo adulto possui em média no seu
sangue entre 5000 a 10000 leucócitos por milímetro, sendo
que, ao nascimento, este valor ronda os 20000 leucócitos/
mm2 de sangue, decrescendo até aos doze anos de idade,
em que atinge os valores de adulto. Este decréscimo
verifica-se porque as barreiras naturais do organismo
ainda não se encontram completamente desenvolvidas,
aquando do nascimento, havendo uma maior possibilidade
de contracção de infecções de diversas naturezas.
Os macrófagos ingerem micróbios, antigénios e outras
substâncias. O citoplasma dos macrófagos contém grânulos
envoltos por uma membrana e consistem em variadas
substâncias químicas e enzimas. Estas permitem que o
macrófago digira o micróbio que tiver ingerido e, em regra,
o destrua. Os macrófagos não se encontram no sangue;
na realidade, localizam-se em zonas estratégicas onde
os órgãos do corpo contactam com a corrente sanguínea
ou com o mundo exterior. Por exemplo, os macrófagos
encontram-se onde os pulmões recebem o ar exterior e
onde as células do fígado se ligam aos vasos sanguíneos.
Os neutrófilos absorvem micróbios e outros antigénios e
possuem grânulos que contêm enzimas cuja finalidade é
destruir os antigénios ingeridos. Todavia, diferentemente
dos macrófagos, os neutrófilos circulam no sangue;
necessitam de um estímulo específico para abandonar este
e entrar nos tecidos.
Na verdade, macrófagos e neutrófilos trabalham em equipa.
Os macrófagos iniciam uma resposta imunitária e enviam
sinais para mobilizar os neutrófilos, com a finalidade de
que se juntem a eles no sector com problemas. Quando
os neutrófilos chegam, digerem os invasores e assim os
destroem. A acumulação de neutrófilos e a morte e digestão
dos micróbios formam o pus.
Os linfócitos, as principais células do sistema linfático,
são relativamente pequenos quando comparados com os
macrófagos e os neutrófilos. Ao contrário dos neutrófilos,
que não vivem mais de 7 a 10 dias, os linfócitos podem viver
durante anos ou décadas. Constituem cerca de 20-30% dos
leucócitos, variando bastante consoante o estado de saúde
do indivíduo. Por exemplo, se o indivíduo está stressado
ou deprimido esta percentagem é bastante inferior e, pelo
contrário, se o indivíduo sofrer de uma infecção viral, ou
de uma rejeição de transplante, esta mesma percentagem
aumenta significativamente.
A maioria dos linfócitos divide-se em três categorias
principais:
• Os linfócitos B derivam de uma célula da medula
óssea (célula mãe ou precursora) e amadurecem até
se converterem em células plasmáticas, que segregam
anticorpos.
• Os linfócitos T formam-se quando as células mães ou
precursoras migram da medula óssea para o timo, uma
glândula onde se dividem e amadurecem. Os linfócitos
T aprendem a distinguir o próprio do estranho no timo.
Os linfócitos T maduros abandonam o timo e entram
BIOLOGIA DA RESPOSTA IMUNITÁRIA
no sistema linfático, onde funcionam como parte do sistema imunitário de
vigilância.
• As células NK (natural killer, assassinas naturais), que são ligeiramente
maiores que os linfócitos T e B, recebem este nome porque matam certos
micróbios e células cancerosas. O adjectivo «natural» indica que, quando se
formam, já estão preparadas para matar diversos tipos de células, em lugar
de requerer a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T por
seu lado necessitam. As células NK também produzem algumas citocinas,
substâncias mensageiras que regulam certas funções dos linfócitos T, dos
linfócitos B e dos macrófagos.
Ao serem estimulados por um antigénio, os linfócitos B amadurecem até se
converterem em células que formam anticorpos. Os anticorpos são proteínas
que interagem com o antigénio que inicialmente estimula os linfócitos B. Os
anticorpos também recebem o nome de imunoglobulinas (Ig).
Cada molécula de anticorpo tem uma parte idêntica que se liga a um antigénio
específico e outra parte cuja estrutura determina a classe do anticorpo. Existem
cinco classes de anticorpos: IgM, IgG, IgA, IgE e IgD.
• IgM, é o anticorpo que é produzido face à primeira exposição a um antigénio.
• IgG, o tipo de anticorpo mais frequente, só se produz depois de várias
exposições a um antigénio. É o único anticorpo que se transmite da mãe para
o feto através da placenta.
• IgA, é o anticorpo que desempenha um papel importante na defesa do corpo
quando se verifica uma invasão de microrganismos através de uma membrana
mucosa
• IgE, é o anticorpo que produz reacções alérgicas agudas.
• IgD, é um anticorpo presente em concentrações muito pequenas no sangue e
desconhece-se a sua função.
O sistema do complemento engloba mais de 18 proteínas. Essas proteínas
actuam em cadeia, isto é, uma activa a seguinte. O sistema do complemento
pode ser activado por meio de duas vias diferentes. Uma delas, chamada de via
alternativa, é activada por certos produtos microbianos ou antigénios. A outra
via, chamada clássica, é activada por anticorpos específicos ligados aos seus
antigénios (complexos imunes). O sistema do complemento destrói substâncias
estranhas, directamente ou em conjunção com outros componentes do sistema
imunitário.
As citocinas comportam-se como os mensageiros do sistema imunitário. São
segregadas por células do sistema imunitário em resposta a uma estimulação.
As citocinas amplificam (ou estimulam) alguns aspectos do sistema imunitário e
inibem (ou suprimem) outros. Foram identificadas já muitas citocinas, no entanto
a lista continua a crescer.
Todas as células têm à sua superfície moléculas que são únicas para cada
pessoa determinada. São referidas com a designação de moléculas do complexo
major de histocompatibilidade. O corpo pode, através delas, distinguir o que
é próprio do que é estranho. Toda a célula que apresente moléculas idênticas
do complexo major de histocompatibilidade é ignorada, ao passo que toda
aquela que apresentar moléculas não idênticas às do complexo major de
histocompatibilidade é rejeitada.
As células do sistema imunitário aprendem a diferenciar o próprio do estranho
na glândula do timo. O resultado é que os linfócitos T maduros toleram as células
e os órgãos do corpo e podem cooperar com as outras células do corpo quando
elas são chamadas a defender este último. Se os linfócitos T não tolerassem as
moléculas do complexo major de histocompatibilidade do corpo, atacá-lo-iam.
No entanto, por vezes os linfócitos T perdem a capacidade de diferenciar o próprio
do estranho e, como consequência, desenvolvem-se as doenças auto-imunes.
CONCEITOS DO SISTEMA IMUNITÁRIO
Apesar de constituir uma pequena revisão sistemática do Sistema Imunitário, este Boletim encerra em si próprio uma série de conceitos que,
frequentemente, podem induzir em erro o leitor. Assim, salientamos os principais:
Anticorpo: uma proteína, fabricada por linfócitos B, que reage perante
Interleucina: um tipo de citocina que actua sobre várias células.
um antigénio específico; também é chamado de imunoglobulina.
Antigénio: qualquer molécula capaz de estimular uma resposta Leucócito: glóbulo branco. Os linfócitos e os neutrófilos, entre outros, são
imunitária.
leucócitos.
Linfócito: a célula principal do sistema linfático. Classificam-se em
Antigénios de leucócitos humanos: um sinónimo do complexo major
linfócitos B (que produzem anticorpos) e linfócitos T (que ajudam o corpo a
de histocompatibilidade humana.
distinguir o próprio do alheio).
Baço: é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, situado
no quadrante superior esquerdo do abdómen. É o maior órgão linfático
secundário do organismo e tem como função imunológica a libertação de
Macrófago: uma célula grande que absorve (ingere) micróbios uma vez
linfócitos B, T, plasmócitos e outras células linfóides maduras, capazes de
que o sistema imunitário os tenha assinalado para que sejam destruídos.
realizar uma resposta imunitária, para o sangue e não para a linfa. Tem a
capacidade de filtrar e reter antigénios que estejam na circulação sanguínea,
permitindo, deste modo, responder a infecções sistémicas.
Célula: a mais pequena unidade de tecido viva, composta por um núcleo
e um citoplasma e rodeada por uma membrana. O núcleo contém ADN e o Molécula: um grupo (agregado) de átomos quimicamente combinados
citoplasma possui estruturas (organelos) que levam a cabo as funções da para formar uma única substância química.
célula.
Medula Óssea: é um tecido de consistência mole que preenche o interior
dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos. É nesse tecido que
Célula NK (natural killer, assassina natural): um tipo de
existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem
linfócito que pode matar certos micróbios e células cancerosas.
e dar origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas stem
cell ou células progenitoras/estaminais, em português.
Citocinas: proteínas solúveis, segregadas por células do sistema
Neutrófilo: um grande glóbulo branco (leucócito) que ingere antigénios
imunitário, que actuam como mensageiros para ajudar a regular a resposta
e outras substâncias.
imunitária.
Nódulos Linfáticos: são órgãos pequenos em forma de feijão que
aparecem no meio do trajecto de vasos linfáticos, encontrando-se,
normalmente, agrupados na superfície e na profundidade nas partes
Complemento: um grupo de proteínas que ajuda a atacar antigénios.
proximais dos membros, como as axilas, entre outras. Têm a função
de “filtrar” a linfa que chega até eles e remover bactérias, vírus e restos
celulares, entre outros.
Complexo major de histocompatibilidade (MHC): um grupo de
Péptido: dois ou mais aminoácidos quimicamente unidos para formar
moléculas importantes que ajuda o corpo a distinguir o que é próprio e o
uma molécula única.
que é estranho (self e non-self).
Endocitose: o processo pelo qual uma célula engloba (ingere) certos Proteína: um grande número de aminoácidos quimicamente unidos numa
antigénios.
cadeia. As proteínas são péptidos de grande dimensão.
Epítopo: é a menor parte de um antigénio capaz de estimular resposta Quimiotaxia: um processo de atracção e recrutamento de células em
imunológica se ligando ao anticorpo. São áreas que se ligam aos receptores que estas se deslocam atraídas por uma concentração elevada de uma
substância química determinada.
celulares e aos anticorpos. Um antigénio possui vários epítopos.
Folículos linfóides: são constituídos por agregações de células Receptor: uma molécula da superfície celular ou do citoplasma que
rodeadas por uma rede de capilares linfáticos.
encaixa noutra molécula como uma chave na sua fechadura.
Gânglios linfáticos: são estruturas capsulares bastante organizadas,
que se encontram mais concentradas na cabeça, no pescoço, nas axilas, Resposta imunitária: a resposta perante um antigénio produzida por
no peito, no abdómen e nas virilhas e contêm os folículos linfóides. São componentes do sistema imunitário, quer sejam células ou anticorpos.
especializados em reter antigénios de tecidos locais.
Timo: é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao coração, e
está dividido em dois lobos. A função do timo é promover a maturação dos
Histocompatibilidade: literalmente significa tecido compatível. Utilizada
linfócitos T, que vieram da medula óssea, até ao estágio de pró-linfócitos,
para determinar se um tecido ou órgão transplantado (por exemplo, a
que vão depois para os outros tecidos linfóides, onde se tornam activos.
medula óssea ou um rim) será aceite pelo receptor. A histocompatibilidade é
Porém, o timo também dá origem a linfócitos T maduros que vão fazer o
determinada pelas moléculas do complexo major de histocompatibilidade.
reconhecimento e identificação do que é material estranho ou próprio do
organismo.
Imunoglobulina: um sinónimo de anticorpo.
A Saúde com Produtos Naturais
BIOLOGIA DA RESPOSTA IMUNITÁRIA
Download