Protocolo de Tratamento de Afecções Fúngicas Respiratórias em

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PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE AFECÇÕES FÚNGICAS
RESPIRATÓRIAS EM AVES SELVAGENS
Ribeiro, J. M.1, Oliveira, J.P.1, Sanches, T.F.1, Kawanami, A.E.1 & Werther, K.1
1FCAV
- UNESP, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.
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A aerossaculite fúngica na maioria dos casos é secundária a outras enfermidades
que afetam a integridade do epitélio respiratório, podendo acometer aves de
qualquer espécie nas diferentes faixas etárias. Por se tratar de uma afecção
oportunista e de modo geral crônica, faz-se necessário o uso de associações
terapêuticas por períodos prolongados. Todavia deve-se ter cuidado devido à
toxicidade que os medicamentos antifúngicos apresentam. Desta forma propõe-se
um protocolo que trate a enfermidade trazendo o mínimo possível de prejuízos ao
metabolismo do paciente. As aves atendidas pelo Serviço de Medicina de Animais
Selvagens do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” da FCAV - Unesp, após
avaliação clínica e radiográfica e com diagnóstico provável de aerossaculite fúngica
são submetidas ao protocolo terapêutico que consiste em nebulização com 1mL de
Anfotericina B em 9mL de solução fisiológica (por 20 minutos, BID) por no mínimo 30
dias; itraconazol 10mg/Kg (VO, BID) por 30 dias e silimarina 75mg/Kg (VO, BID)
enquanto houver administração de itraconazol, após esse período reavaliar a ave.
Lembrando que é essencial realizar terapia de suporte, tais como hidratação,
nutrição (alimentação forçada com papa comercial por sonda rígida esofágica - 2,5%
peso vivo/ PO/ BID), aquecimento. Eventualmente deve-se alterar o protocolo de
acordo com a evolução e/ou sinais clínicos do paciente. Em casos de associação
desta afecção à deficiência vitamínica ou à infecção bacteriana, tratamentos
específicos são recomendados. Ao realizar um tratamento prolongado utilizando
diferentes vias de administração de antifúngicos obteve-se maior sucesso na cura ou
melhora clínica dos pacientes.
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