ATUALIZAÇÃO Carcinoma Primário Oculto da Mama Primary Occult Breast Cancer Juvenal Mottola Junior Gustavo De Ré Cídia Mazoccatto Cinthia A Moreira Sérgio E Picinini Marilza Vieira Cunha Rudge Serviço de Mastologia do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha da Secretaria Estadual de Saúde da São Paulo Resumo Introdução O diagnóstico do Carcinoma Primário Oculto da Mama deve ser realizado por exclusão sem a evidência clínica ou radiológica do tumor primário na glândula mamária e no prolongamento ipsilateral, mama oposta, em mama acessória e não apresentar outros situs primários como, principalmente, pulmão, tireóide, estômago, pâncreas, cólon, melanoma e linfomas. A análise histológica por métodos imunoistoquímicos deve ser acuradamente realizada para a identificação precisa do adenocarcinoma e dos receptores hormonais que auxiliam na confirmação diagnóstica do situ mamário. Os métodos de imagem que, ao longo da história, melhoraram suas técnicas com aparelhos de alta resolução diagnóstica vão demonstrar que o Carcinoma Primário Oculto da Mama será cada vez menos incidente, principalmente, após os testes aprovarem o PET scan com melhoria de sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico das patologias mamárias, e este se tornar de custo acessível. O tratamento cirúrgico demonstra não haver diferença quanto à recidiva local e sobrevida entre o radical e conservador, quando se utiliza a radioterapia e métodos sensíveis para exclusão de tumores multifocais e multicêntricos. O tratamento adjuvante é semelhante ao tratamento realizado para os estadiamentos clínicos II com os linfonodos axilares positivos e a hormonioterapia deve ser utilizada sempre que os receptores hormonais forem positivos. O câncer de mama pode, raramente, se apresentar como uma adenopatia axilar isolada sem evidência de tumor mamário identificável quer seja pelo exame clínico das mamas ou por imagem. Carcinoma primário oculto da mama (CPOM) é definido como aquele que se apresenta com metástase nos linfonodos axilares sem evidência clínica ou radiológica do tumor primário na glândula mamária oposta ou no prolongamento axilar ipsilateral, em mama supra-numerária ou acessória, e não se observando tumores primários extra-mamários como, principalmente, pulmão, tireóide, estômago, pâncreas, cólon, melanoma e limfomas (Kyokane et al., 1995). Este conceito deve ser distinto do câncer de mama subclínico, no qual as lesões ou tumores não são palpáveis e são descobertos por meio de exames radiológicos. É uma enfermidade incomum e sua incidência baixa, representando em diversas séries de casos publicadas na literatura de 0,3 a 1% de todas as pacientes com câncer de mama operáveis, e, dependendo da avaliação criteriosa dos exames de imagem de alta resolução, sua ocorrência pode ser, ainda, menos incidente (Baron et al., 1990). Até o momento, a experiência com esta apresentação clínica do câncer de mama é baseada em relatos de casos e em pequenos estudos retrospectivos de seguimentos limitados com mudanças nos regimes de tratamentos, o que dificulta comparações e conclusões (Fourquet et al., 2000). PALAVRAS-CHAVE: Mama. Câncer. Carcinoma primário oculto. )HPLQD - Setembro 2006 vol. 34 nº 9 Diagnóstico exame mamográfico, provavelmente por este tipo histológico não apresentar freqüentemente calcificações (Berg et al., 2001; Gordon et al., 1995). Clínico Clinicamente, o CPOM apresenta-se como um tumor axilar, geralmente descoberto pela paciente, que persiste há meses. Observa-se comprometimento axilar dos linfonodos da ordem de até 4, com tamanho variando de 10 a 70 mm (Fourquet et al., 2000). Trabalho desenvolvido no Instituto Curie, entre 1960 e 1990, com 56 pacientes com CPOM, a média etária foi de 57 anos (36 anos a 79 anos), 58% destas encontravamse na pós-menopausa, 25% tinham história familiar de câncer de mama e em 47 e 52,5% das pacientes os linfonodos da axila esquerda e direita foram acometidos, respectivamente (Fourquet et al., 2000). As pacientes com CPOM são estadiadas clinicamente de acordo com o TNM da American Joint Committe on Cancer 2002, sexta e última revisão, como T0 N1-2 M0, sendo assim classificadas no estadiamento clínico II (Singletary et al., 2003). Ressonância Nuclear Magnética (RMM) A maioria dos trabalhos que avaliou o emprego da RMM, com ou sem contraste, em pacientes com linfoadenopatia axilar e exame clínico, mamográfico e ultra-sonográfico sem evidência de tumor, tem demonstrado que este método de imagem apresenta sensibilidade que varia de 75 a 86% e especificidade que pode variar de 37 a 97%, e que ainda não se conhece a importância, quando a imagem à RMM é negativa no grupo de pacientes com apenas linfonodos axilares comprometidos. A RMM pode detectar tumores com tamanho mínimo de 9 mm, com média que pode variar de 13 a 17mm. Este método de imagem não oferece apenas a oportunidade de detecção do CPOM ipsilateral, mas também o adequado planejamento de tratamento, quando se deseja optar por conservar a mama como alternativa à mastectomia (Morris et al., 1997; Singletary et al., 2003; Morris et al., 2003). Stomper et al., 1999, utilizaram a RMM em 8 pacientes com CPOM e identificaram carcinoma invasor em 2 (25%), sendo em uma delas tumor multicêntrico que impossibilitou cirurgia conservadora. Por imagem Mamografia A acurácia da mamografia para detectar o CPOM tem sido limitada, sendo em torno de 44%. Isto pode ser explicado, em parte, pela rara presença de microcalcificações no CPOM e as distorções de arquitetura criada pelas pequenas lesões serem sutis ou não evidentes à mamografia (Baron et al., 1990). Tartter et al., 1999, avaliaram 813 pacientes com câncer de mama e observaram 91 casos (11%) de CPOM e as pacientes com este diagnóstico tinham as características epidemiológicas de serem jovens, terem menor peso corporal e menor número de gravidezes do que as pacientes com cânceres diagnosticados pelo exame mamográfico, sendo estas variáveis não só clínicas, como também estatisticamente significantes. Ultra-sonografia O exame ultra-sonográfico das mamas não é apenas útil para detectar o CPOM nas pacientes com parênquima mamário denso, nas quais a mamografia tem baixa sensibilidade, mas também para diagnosticar carcinoma multifocal ou multicêntrico, quando visualizados pelo ultra-som, levando à alteração de conduta se o tratamento conservador tiver sido proposto. Deste modo, a avaliação ultra-sonográfica é essencial, pois diminuirá o número de recidivas locais. Este método de imagem também pode ser útil na avaliação do CPOM do tipo histológico lobular invasivo com sensibilidade de 86% contra 34% do Cintilografia Mamária (CM) A CM, ainda que não amplamente utilizada, faz parte dos métodos auxiliares para o diagnóstico das doenças da mama e, principalmente, no diagnóstico diferencial de tumores benignos e malignos, porém sua sensibilidade para detectar cânceres menores e maiores que 1 cm é, respectivamente, de 48 e 74%, com especificidade em torno de 89% (Taillefer, 1999). Obwegeser et al., 1999, relataram que a CM com tecnésio (99mTc) é um método auxiliar, eficaz para detectar CPOM, principalmente, quando outros métodos de imagem forem inconclusivos para o diagnóstico deste tipo de enfermidade. Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) PET scan, assim conhecido, é um método não-invasivo de medicina nuclear com grande avanço e aceitação na oncologia por obter imagens rapidamente, sendo realizado por meio da injeção de um radiofármaco 2 deoxy-[F-18] fluor - D – glicose [FDG] com meia-vida curta de 2 h. Diferentemente da mamografia, da ultra-sonografia e da ressonância magnética, que fornecem detalhes anatômicos a respeito da localização e tamanho do tumor, o diagnóstico por PET nos fornece, também, informação metabólica. Apesar de ser um método de alto custo, pode ser útil na localização do CPOM não identificado por outros métodos de imagem que apresentam )HPLQD - Setembro 2006 vol. 34 nº 9 metástase em linfonodos axilares e, também, para excluir outros potenciais tumores primários. A sensibilidade do método PET é de 95% e sua especificidade, 65%, para o diagnóstico do câncer de mama tendo dificuldade de detectar tumores menores que 1,5 cm (Avril et al., 1996). Além do alto custo, principalmente para os países em desenvolvimento, os dados de literatura ainda são insuficientes, quanto à detecção do câncer de mama, e o método não está aprovado para esta indicação, porém poderia ser um método auxiliar aos demais métodos em casos selecionados como para detecção do CPOM. Cito-histológico O diagnóstico cito-histológico dos linfonodos axilares pode ser realizado pelos métodos de punção de agulha fina, de agulha grossa (biópsia por fragmentos) ou pela linfadenectomia axilar, sendo que na maioria das vezes este método é o de escolha para uma análise completa histológica e imunoistoquímica. É conveniente que se estabeleça diagnóstico definitivo de adenocarcinoma pela microscopia ótica, e a seguir se realize a dosagem dos receptores de estrógeno e de progesterona, pois, quando positivos, são sugestivos para o diagnóstico do câncer de mama, e ocorre em aproximadamente 50% dos casos. Entretanto, se negativos, não excluem o diagnóstico de câncer primário da mama, porém é importante lembrar que outros situs expressam estes receptores como o carcinoma de cólon, ovário, endométrio, rim, melanoma (Brill & Brenin, 2001). A expressão de Her-2/neu ocorre em aproximadamente 30% dos casos, sendo importante para o diagnóstico do sítio mamário e para escolha do tratamento adjuvante (Brill & Brenin, 2001). O CPOM pode, raramente, ser achado incidental em espécimes de mamoplastias redutoras, ocorrendo em 0,06 a 0,4% das cirurgias. Colwell et al., 2004, em revisão de 14 anos encontraram câncer de mama em 6 (0,8%) de 800 pacientes submetidas a mamoplastias redutoras (Colwell et al., 2004). Diagnóstico Diferencial Brill & Brenin, 2001, acreditaram ser desnecessário realizar diversos testes laboratoriais para identificar outros situs adicionais de carcinoma primário, além do CPOM, entretanto devemos estar atentos ao fato de muitos outros carcinomas poderem ser metastáticos nos linfonodos axilares como os de pulmão, tireóide, estômago, cólon, pâncreas, rim, melanoma e linfomas, sendo os dois últimos os mais comuns. )HPLQD - Setembro 2006 vol. 34 nº 9 Tratamento O tratamento para o COPM, muitas vezes, é controverso, e a mastectomia e a dissecção dos linfonodos axilares completa é a proposta mais freqüentemente realizada, tendo em vista um melhor controle local, e relata-se que aproximadamente 40% das pacientes não submetidas ao tratamento radical terão recidiva local, quando os tumores não são identificados clinicamente ou pela mamografia (Fourquet et al., 2000). Este aspecto enfatiza a hipótese de que o tratamento conservador seria adequadamente escolhido, quando utilizados todos os métodos de imagem disponíveis, não só para identificar o tumor primário, mas também para excluir multicentricidade. Kyokane et al., 1995, demonstraram que os CPOM tinham dimensões que variavam de 5 a 19 mm, e 10% destes apresentavam associação com neoplasias in situ ou com microinvasão. As neoplasias in situ podem ocorrer associadas ao CPOM de 8 a 20% e isto contrasta com os relatos de que as neoplasias in situ podem ter 1% de comprometimento axilar (Rosen & Kimmel, 1990). Vlastos et al., 2001, do grupo do M.D. Anderson Cancer Center apresentaram os resultados de pacientes tratadas por mastectomia, comparando-as com aquelas com a proposição de serem tratadas com a conservação da mama no período de 1951 a 1998, em que 479 pacientes foram diagnosticadas com metástases nos linfonodos axilares e origem primária desconhecida. Destas pacientes apenas 45 permaneceram com o diagnóstico de CPOM clinicamente estadiadas T2N1-2M0 e após seguimento de 7 anos não foi observada diferença estatisticamente significante quanto à recidiva local. O tratamento sistêmico adjuvante do CPOM é difícil de ser estabelecido por meio de uma avaliação do grupo de pacientes tratadas, tendo em vista o número pequeno de pacientes em cada série de casos publicados e a falta de resultados de significância estatística quanto ao intervalo livre de doença e sobrevida global com base em estudos prospectivos e randomizados (Baron et al., 1990; Rosen & Kimmel, 1990). A seleção para a indicação do tratamento sistêmico é a mesma estabelecida para as pacientes agrupadas no estadiamento clínico II, diferenciando-as quanto aos linfonodos axilares comprometidos e quanto à presença ou ausência de receptores hormonais e Her-2/neu, seguindo os mesmos critérios de regimes, dose e duração, não o retardando acima de quatro semanas, após o término do procedimento cirúrgico, pois há evidências de que o retardo do início da quimioterapia associa-se a menor impacto na sobrevida. As drogas de escolha devem incluir considerações como para qualquer outro tratamento quimioterápico do câncer de mama, avaliar o risco de recidiva, utilizar os resultados de estudos randomizados, avaliar a taxa de resposta e finalmente discutir e respeitar a decisão da paciente. As antraciclinas demonstram melhores resultados podendo ser associadas a um agente alquilante e os taxanes parecem melhorar o intervalo livre de doença em pacientes com linfonodos axilares positivos, embora necessitem de seguimento mais longo para esta afirmação, podendo ser associados às antraciclinas e ciclofosfamida ou serem utilizados em esquemas seqüenciais (Brill & Brenin, 2001). Deve-se estabelecer a utilização da hormonioterapia sempre que os receptores hormonais forem positivos. O tratamento radioterápico também deve seguir os mesmos critérios estabelecidos para o estadiamento clínico II, principalmente, na dependência do número de linfonodos axilares comprometidos, sabendo-se que este comprometimento no CPOM pode ser de 3 a 4 linfonodos em 50% das pacientes e que devem ser irradiadas as cadeias de drenagem da mama, podendo haver também indicação da irradiação da cadeia da mamária interna, pois a localização do tumor primário, muitas vezes, não é conhecida (Fourquet et al., 2000). E, por fim, apresentamos sugestão de algoritmo de diagnóstico e tratamento do CPOM (Figura 1). Linfonodo axilar com exame clínico das mamas normal Mamografia US mamas Lesão suspeita na imagem Ausência de lesão à mamografia e ultra-som RMM Biópsia guiada pela imagem Positivo Se possível Negativo Negativo Exerese de nódulo axilar Avaliação patológica e Imunoistoquímica Positivo Estadiamento e tratamento para câncer de mama Consiste com câncer de mama (CPOM) Negativo para câncer de mama. Investigar outros sítios primários Investigar metástases Positivo Tratamento Estádio IV Negativo Dissecção axilar e irradiação de mama ou Mastectomia radical modifida (Quimioterapia e/ ou radioterapia) Figura 1 - Algoritmo para diagnóstico e tratamento do Carcinoma Primário Oculto da Mama (CPOM) )HPLQD - Setembro 2006 vol. 34 nº 9 Prognóstico Para se estabelecer o prognóstico das pacientes tratadas por CPOM torna-se difícil, tendo em vista que a série de casos descrita é retrospectiva, com pequeno número de pacientes, assim ocorrendo tendências na seleção para análise prognóstica. Quanto à sobrevida destas pacientes, não têm sido demonstradas diferenças, se o tumor primário tiver sido encontrado no espécime da mastectomia. O comprometimento dos linfonodos axilares e a presença de receptores hormonais são as principais variáveis prognosticas, e diversos autores demonstram que a sobrevida global em 10 anos para as pacientes portadoras do CPOM varia de 50 a 71% (Baron et al., 1990; Fourquet et al., 2000; Rosen & Kimmel, 1990). Considerações Finais Concluímos que o Carcinoma Primário Oculto da Mama é um câncer curável independente de sua evidência clínica inicial ser do comprometimento dos linfonodos axilares com sobrevida em 10 anos entre 50 a 70%. A melhora nos métodos de imagem, com aparelhos de alta resolução diagnóstica, tornará o CPOM cada vez menos incidente. Abstract The diagnosis of the primary occult breast carcinoma should be accomplished by exclusion without clinic or radiology evidence of the primary tumor in the mammary gland and in the ipsilateral prolongation, opposite breast, in an accessory breast and other primary situ as, lung, thyroid, stomach, pancreas, colon, melanoma and lymphomas. The histologic analysis by means of immunohistochemical methods should be done with great care for the precise identification of the adenocarcinoma and hormonal receptors that aid in the diagnosis of the breast situ. The imaging methods that, perfected their techniques with high diagnosis resolution devices will demonstrate that the primary occult breast carcinoma will occur infrequently, mainly after the approval of the PET scan with improvement of sensitivity and specificity to diagnose the breast pathologies with of accessible cost. The surgical treatment demonstrates that there is no difference between the local recurrence and survival, between the radical and conservative, when )HPLQD - Setembro 2006 vol. 34 nº 9 radiotherapy and sensitive methods are employed in order to exclude mutifocal and multicentric tumors. The adjuvant treatment is similar to the one performed for the clinic staging II with positive lymphonode and the hormonal therapy should be employed whenever positive the receptors. KEYWORDS: Breast. Cancer. Primary occult carcinoma. Leituras Suplementares 1. Avril N, Dose J, Janicke F et al. Assessment of axillary lymph node involvement in breast cancer patients with positron emission tomography using radiolabeled 2-(fluorine-18)-fluoro2-deoxy-D-glucose. J Natl Cancer Inst 1996; 88: 1204-9. 2. Baron PL, Moore MP, Kinne DW et al. Occult breast cancer preserving with axillary metastases: Update management. Arch Surg 1990; 125: 210-4. 3. Berg WA, Gutierrez L, NessAiver et al. 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