O Fotógrafo Década da Biodiversidade Albano Soares nasceu no Porto em 1968. Desde a infância que se dedica a conhecer melhor o meio natural e alguns dos seus grupos faunísticos. Os primeiros pólos de atração foram aves, anfíbios e répteis. Mais tarde começou a interessar-se por outros grupos, como o dos insetos. Desde 2006 que se dedica exclusivamente a atividades relacionadas com o meio ambiente e a sua diversidade. É autor de vários trabalhos em Odonata (libélulas e libelinhas), Lepidoptera (borboletas) e Herpetofauna (anfíbios e répteis). É colaborador do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal. No âmbito dessa colaboração participou na dinâmica e implementação – fazendo monitorização – de dezenas de Estações de Biodiversidade espalhadas por território continental português. Participa em vários projetos LIFE com o objetivo da melhor compreensão e conservação da biodiversidade. Colabora com várias entidades (FCUL e EDP) em projetos de conservação onde os insetos são fator importante. É autor, com Ernestino Maravalhas, do primeiro guia de campo de Odonata do país, que leva o título “As Libélulas de Portugal”. Há mais de uma década que usa a fotografia como instrumento para ilustrar comportamentos e conhecer melhor a biodiversidade nacional, estando desta forma também a colaborar com várias publicações sobre esta temática. «A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida». O mote dado pela Assembleia Geral das Nações Unidas escutouse quando apelava a favor do respeito pela biodiversidade mundial. A Década das Nações Unidas para a Biodiversidade tem em vista «assegurar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável para a família humana em crescimento», pois «depende da diversidade biológica e dos bens e serviços essenciais que esta proporciona». O objetivo principal desta campanha é integrar e promover a biodiversidade em diferentes níveis. Nesse sentido, os governos são encorajados a desenvolver, implementar e comunicar os resultados das estratégias nacionais para a implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade. Os pressupostos desta campanha assentam em várias premissas. Por exemplo, entende-se que «o ser humano é parte integrante da imensa diversidade que caracteriza a natureza e tem o poder de a destruir ou de a proteger». Por sua vez, «a biodiversidade, a variedade da vida na Terra, é essencial para sustentar a teia da vida que torna possível ao ser humano uma existência em que é capaz de usufruir de saúde, de riqueza, de alimento, de combustíveis e de serviços dos quais dependem a sua vida». É verdade que «a atividade humana está a ter efeitos devastadores, a grande velocidade, na diversidade da vida na Terra» e que «estas perdas são irreversíveis, empobrecem toda a humanidade e degradam os sistemas que suportam a vida, com os quais contamos todos os dias para sobreviver. Mas ainda estamos a tempo de inverter este ritmo». Esta iniciativa é também uma contribuição para a Década da Biodiversidade. Sympetrum sanguineum Março 2014 MOSAICOS de BIODIVERSIDADE por Albano Soares Portugal é uma área muito rica A Bacia do Mediterrâneo é um dos pontos assinalados no planeta Terra pela riqueza da sua biodiversidade. Internacionalmente é mapeada com um “hot spot” de diversidade biológica. A variedade de habitats e das espécies de seres vivos que neles vivem, com maior visibilidade para plantas e animais, é muito expressiva. Nesta exposição consegue ter um olhar privilegiado sobre alguns destes seres vivos, que passam por si quando passeia num percurso de descoberta. O Parque Biológico de Gaia, que celebrou em 2013 trinta anos de atividade, é uma área atrativa dessa vida selvagem, à porta de grandes cidades, que permite a quem o visita usufruir de informação e de fantásticas observações da natureza. Lissotriton boscai Coenonympha arcania Chioglossa lusitanica Erythromma viridulum, tandem Podarcis hispanica Sympetrum fonscolombii Rana iberica Chamaeleo chamaeleon