Estudo Experimental da Tensão Mecânica em Filmes Finos de Cobre obtidos por Evaporação ou Deposição Eletroquímica Espontânea. Alexandre Ichiro Hashimoto e Sebastião Gomes Dos Santos Filho LSI/PEE/EPUSP Av. Prof. Luciano Gualberto, Trav. 3, n° 158, CEP 05508-900 São Paulo - SP - Brazil e-mail: [email protected] RESUMO Neste trabalho foram feitas deposições de filmes finos de cobre por processo de evaporação ou processo eletroquímico sobre substratos de silício. A tensão mecânica resultou quase dez vezes menor para os filmes depositados eletroquimicamente (3.4 108 Dinas/cm2 ) comparado aos filmes evaporados (2.1 109 Dinas/cm2). Tal fato indica que os filmes depositados por processo eletroquimico são menos susceptíveis a quebras ou trincas comparado aos filmes evaporados. Por outro lado, a resistividade para filmes eletroquímicos foi maior do que para filmes evaporados , o que é um indício de que os filmes eletroquímicos são mais porosos. Observou-se também que quase não existe variação da tensão mecânica com o aumento da espessura para o processo de deposição por evaporação. ABSTRACT It was investigated in this work the mechanical stress of copper thin films deposited by electroplating or evaporation processes onto silicon wafer surfaces. It was noteworthy that the mechanical stress resulted almost a decade lower for the electroplating process (3.4 108 Dinas/cm2 ) as compared to the evaporation process (2.1 109 Dinas/cm2). This to say, the electroplated thin films can be less susceptible to breaks and crunches as compared to the evaporated thin films. On the other hand, electroplated thin films presented a higher electrical resistivity which may be an evidence of higher porosity for the electroplated thin films. In addition, It was also observed that the value of the mechanical stress does not change when the thickness of the evaporated thin film is increased. INTRODUÇÃO O estudo das diversas características físicas, químicas, mecânicas e elétricas dos filmes finos tem sido realizado com o objetivo de se aperfeiçoar e melhorar as técnicas de obtenção dos mesmos. A tensão mecânica nos filmes finos, por exemplo, é uma característica física de grande importância. Através dela pode-se avaliar falhas por eletromigração, surgimento de vazios (Voids) e montanhas (Hillocks) nos filmes e também correntes de fuga em transistores MOS ( Metal-Óxido-Semicondutor ) [BAR95, DEW93, ADA95]. Nos diversos trabalhos até o momento publicados sobre tensão mecânica em filmes finos, tem-se observado que esta característica física depende fundamentalmente do tipo de deposição e de forma geral, não deveria atingir valores muito elevados ( >~ 109 Dinas/cm² ) pois isto poderia resultar no surgimento de trincas e quebras no filme inviabilizando a sua utilização [WIT93]. Neste trabalho em particular foi investigado a evolução da tensão mecânica em filmes finos de cobre obtidos por deposição eletroquímica espontânea [SAN96] ou deposição por evaporação, com diferentes espessuras sobre substratos de silício, com o propósito de se estabelecer em que condições obtêm-se baixos valores para este parâmetro. Todos os filmes foram caracterizados por perfilômetria para medidas de espessura, quatro pontas para medida de resistência de folha e medida do raio de curvatura da lâmina para se obter a tensão mecânica filme. Ao final, mostraremos alguns resultados experimentais, por nós obtidos, que atestam a forte dependência do valor da tensão mecânica com o processo de deposição do filme fino de cobre. TENSÃO MECÂNICA EM FILMES FINOS A tensão mecânica (stress) em filmes finos vem sendo estudada com o objetivo de se conhecer os efeitos causados por estes mesmos filmes nos diferentes substratos e dispositivos Microeletrônicos. Angelli et al [ANG80, MOR87, DEW93, DEW96] estudaram a tensão mecânica em filmes finos de silicetos e observaram valores tanto de tração como de compressão dependendo dos processos térmicos empregados. Além disso, dependendo do seu valor, uma tensão mecânica muito elevada promoveria a diminuição do rendimento de fabricação dos dispositivos devido ao aumento do número de falhas. Por outro lado, Angelli et al. [ANG80, VIN95, ROD96] também estudaram o comportamento da tensão mecânica em várias temperaturas e observaram tensões de tração ou compressão dependendo do aumento ou a diminuição da temperatura respectivamente. Neste trabalho, o filme fino escolhido foi o cobre por ser aquele que apresenta a menor resistividade comparado aos outros materiais. Além disso, o cobre apresenta uma condutividade térmica maior e também tem um coeficiente de expansão térmica mais próximo do silício do que outros materiais [VIN95] fazendo com que o mesmo seja um bom material para linhas de interconexão e contatos na fabricação de CI’s. Para medir o a tensão mecânica em filmes de cobre, utilizamos o equipamento “Stressmeter” (TENCOR FLX-2410 - THIN FILM STRESS MEASUREMENT) cujo programa computacional interno segue a formulação originalmente desenvolvida por Stoney G.G.[STO09, WIN07]. Tendo em vista esta formulação, conseguimos obter o valor da tensão mecânica no filme fino a partir do parâmetro ∆R (mudança do raio de curvatura do substrato de silício). De forma geral a tensão mecânica total pode ser descrita como função deste parâmetro ∆R [WIN07] conforme segue: σ= E.h2 (1) (1-ν).6.∆R.t Onde E/(1-ν) é o modulo de elásticidade biaxial do substrato (para Si (100) é de 1,805E11 Pa), h é a espessura do substrato (m), t é a espessura do filme (m), ∆R representa a mudança do raio de curvatura ( m ) e σ é a tensão mecânica média do filme (Pa). A mudança do raio de curvatura ∆R pode ser obtida a partir do raio inicial da lâmina de silício antes de qualquer deposição de filme fino ( R1 ) e do raio final da lâmina após o filme depositado ( R2 ) conforme segue [MAN93]: ∆R= (R1.R2)/(R1-R2) (2) Onde R1 é o raio inicial da lâmina sem filme (m), R2: é o raio da lâmina com o filme depositado (m) e ∆R representa a mudança do raio de curvatura ( m ). E com isto, utiliza-se este valor obtido de ∆R para se achar a tensão mecânica no filme a partir da expressão (1). De acordo com a convenção empregada, as tensões mecânicas de compressão serão sempre negativas e as de tração positivas . Abaixo temos a figura 1 que mostra os desenhos esquemáticos de um dado filme sob tensões de compressão e de tração, após o mesmo ser depositado num substrato qualquer. 2 (a) (b) Figura-1: - Desenho esquemático de um dado filme submetido a tensão mecânica de: (a) Compressão (por convenção é negativo) (b) Tração (por convenção é positivo) PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Utilizou-se lâminas <100>, tipo P, de 75 mm de diâmetro em todos os experimentos. Estas lâminas em seguida passaram por limpeza química padrão (RCA + “Dip” em HF) sendo que todos os bequers passaram por limpeza prévia em solução 4H2O : 1NH4OH : 1H2O2. Todas as lâminas que passaram por limpeza prévia foram caracterizadas quanto ao raio de curvatura (R1 : vide capítulo da tensão mecânica em filmes finos ). Após esta caracterização preliminar, fez-se nova limpeza química das lâminas seguida de deposição de cobre por evaporação ou por processo eletroquímico. Após a deposição de cobre procedeu-se nova medida do raio de curvatura (R2). Mais tarde, a partir dos valores de R1 e R2 obteve-se o valor da tensão mecânica de acordo com a expressão matemática (1). Outras medidas realizadas foram a de resistividade dos filmes depositados e de espessura dos mesmos filmes através de definição de degrau seguido de medida por perfilometria. a) Receitas de deposição de cobre A deposição eletroquímica de cobre foi realizada em uma solução 0,625M HF ( 1 HF + 20 H2O ) na qual adicionou-se 200 ppm de cobre proveniente de sulfato de cobre. A lâmina de silício de 75 mm de diâmetro foi então imersa durante 180s nesta solução tendo suas costas mascaradas por outra lâmina. Finalmente, esta mesma lâmina foi lavada em água e seca em nitrogênio (N2). Inicialmente fizemos os gráficos da espessura de cobre obtida em função do tempo de imersão conforme indicado na figura 2. Escolhemos o tempo de 180 segundos afim de obter um filme com espessura em torno de 100nm. A deposição de cobre por evaporação foi realizada num equipamento Edwards modelo 306 onde foi previamente carregado no cadinho 258,7mg de cobre e as lâminas foram posicionadas a 40 ± 2 cm do cadinho. A deposição foi realizada quando a pressão da câmara atingiu 2,0.10-6 Torr a uma corrente típica de 100A. 3 Espessura do cobre (nm) 160 140 120 100 80 60 40 20 0 60 120 180 240 300 360 Tempo de imersão (s) Figura-2- Espessura do filme de cobre como função do tempo de imersão numa solução 0,625 M HF contaminada com 200 ppm de cobre (condição "com agitação"). b) Medida da tensão mecânica Para se medir a tensão mecânica, foi utilizado o equipamento TENCOR modelo FLX-2410 (THIN FILM STRESS MEASUREMENT), o qual tem um computador acoplado com um “software” específico para o controle e coleta de dados. Após a limpeza química completa das lâminas virgens, as mesmas foram encaminhadas para o equipamento e colocadas em um suporte com uma abertura circular de diâmetro igual ao da lâmina. Este suporte é graduado em intervalos 15o de forma que a lâmina possa ser rotacionada e o raio de curvatura possa ser medido em diversas direções (ou ângulos) sobre a lâmina de silício. Foram feitas as medidas dos raios de curvaturas destas lâminas em diversos ângulos (0o, 15o, 30 ,…,360o), em seguida sobre estas mesmas lâminas foram depositados os filmes de cobre e finalmente foram feitas novas medidas de raio de curvatura (R2), também em diversos ângulos. Tendo os valores dos raios iniciais (R1) e finais (R2) e o valor da espessura medida por perfilometria, através do “software” do equipamento obtevese de forma automática os valores de tensão mecânica nas diversas direções sobre a lâmina de silício (expressão(5)). o RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram depositadas filmes finos de cobre em seis lâminas de silício, das quais quatro foram depositadas por evaporação e duas foram depositadas por deposição eletroquímica espontânea de acordo com o procedimento já explicitado acima. A tabela 1 abaixo resume principais resultados obtidos. Tabela 1: Resumo dos principais resultados. Tipo de deposição Eletroquímica Evaporação Evaporação Espessura (nm) 118 156 307 resist. (µ µΩ cm ) 112 3 2,4 4 Tensão mecânica (Dinas/cm2) (3,4±2,5) 108 (2,1±1,4) 109 (2,1±0,4) 109 ∆R (cm) 3,1.103 1,6.102 6,5.101 As figuras 3 e 4 mostram as distribuições de tensão mecânica em diversos ângulos para filmes de cobre com espessuras da mesma ordem de grandeza e obtidos por processo eletroquímico e processo de evaporação, respectivamente. Para o filme obtido por processo eletroquímico (figura 3), obteve-se valores de tensão mecânica sempre da ordem de 108 Dinas/cm2 (tensão de tração) sendo que o valor médio dos valores apresentados na figura 3 está indicado na tabela 1. Por outro lado, para o filme obtido por processo de evaporação (figura 4), obteve-se valores de tensão mecânica sempre da ordem de 109 Dinas/cm2 e o valor médio dos valores apresentados na figura 4 também está indicado na tabela 1. Um fato notável neste caso foi a obtenção de tensões mecânicas cerca de uma ordem de grandeza diferentes para filmes com espessuras da mesma ordem mas obtidos por processos diferentes. A razão da enorme diferença nos valores de tensão mecânica deve ser portanto devido a diferenças de ordem estrutural dos filmes obtidos por processos diferentes(eletroquímco ou por evaporação). Em trabalhos anteriores [SAN96] também verificamos que os filmes eletroquímicos sempre apresentaram boa aderência sobre o substrato mas tiveram alta porosidade. Os filmes evaporados, por sua vez, apresentaram-se menos porosos comparados aos filmes eletroquímicos. Portanto, podemos estabelecer uma correlação entre tensão mecânica e a porosidade, isto é, quanto maior a porosidade de um filme de mesmo material, menor a tensão mecânica associada. Tendo em vista também a análise da integridade elétrica destes dois tipos de filme, medimos a resistividade dos dois através de medida de 4 pontas. Como resultado, obtivemos um valor de resistividade de 112µΩcm para o filme eletroquímico e um valor de 3µΩcm para o filme evaporado. Conclui-se portanto que a resistividade é de quase duas ordens de grandeza menor para o filme evaporado apesar da tensão mecânica ser uma ordem de grandeza maior. Uma outra conclusão importante é que a maior porosidade do filme eletroquímico deve estar induzindo uma estrutura menos ordenada no filme o que por sua vez se traduz em um maior valor de resistividade. Também variamos a espessura dos filmes evaporados e para uma espessura média de 307 nm obtivemos uma tensão média de (2,07±0,4) 109 Dinas/cm2 (vide tabela 1), ou seja, de forma geral observamos que a tensão mecânica não varia substancialmente com o aumento da espessura do filme para um mesmo processo de deposição. Esta observação é consistente com os dados reportados na literatura [WIT93]. Outros dados da literatura que corroboram os nossos dados são as observações feitas por [YON95] que estabeleceram que quanto maior o tamanho de grão (maior porosidade) menor tensão mecânica. A menor tensão mecânica observada para os filmes eletroquímicos é consistente com uma maior porosidade pois neste caso temos um filme menos compacto sobre a superfície do silício resultando em menores descasamentos com o mesmo silício subjacente. 5 Figura 3- Lâmina depositada por deposição eletroquímica espontânea, 118nm (R1 e ∆R em (m), σ em ( Dinas/cm²)) 225° ∆R=8,40.102 σ =4,244.108 210° ∆R=1,30 .103 σ =2,739.108 195° ∆R=8,52.102 σ =4,186.108 180° ∆R=-1,78.103 σ =-1,999.108 165° ∆R=2,76.103 σ =1,291.108 150° ∆R=4,09.103 σ =8,715.107 135° ∆R=9,54.102 σ =3.737.108 240° ∆R=7,10.102 σ =5,025.108 120° ∆R=1,01.103 σ =3,551.108 255° ∆R=4,34.102 σ =8,213.108 105° ∆R=6,42.102 σ =5,556.108 270° ∆R=1,07.103 σ =3,320.108 90° ∆R=8,38.102 σ =4,256.108 285° ∆R=9,90.102 σ =3,603.108 75° ∆R=3,03.103 σ =1,179.108 300° ∆R=1,81.103 σ =1,969.108 315° ∆R=8,09.102 σ =4,408.108 330° ∆R=6,61.102 σ =5,394.108 345° ∆R=4,26.103 σ =8,360.107 0°/360° ∆R=6,59.102 σ =5,411.108 15° ∆R=5,24.104 σ =6,812.106 30° ∆R=2,42.103 σ =1,472.108 45° ∆R=-6,35.103 σ=-5,606 .107 60° ∆R=8,55.102 σ =4,171.108 Figura 4- Lâmina depositada por evaporação, 156nm (R1 e ∆R em (m), σ em ( Dinas/cm²)) 225° ∆R=2,39.102 σ =1,139 .109 210° ∆R=1,37.102 σ =1,989 .109 195° ∆R=1,62.102 σ =1,673 .109 180° ∆R=1,68.102 σ =1,614 .109 165° ∆R=1,67.102 σ =1,630 .109 150° ∆R=1,74.102 σ =1,559 .109 135° ∆R=1,94.102 σ =1,398 .109 240° ∆R=1,56.102 σ =1,741 .109 120° ∆R=1,58.102 σ =1,718 .109 255° ∆R=3,28.102 σ =8,274 .109 105° ∆R=1,59.102 σ =1,710 .109 270° ∆R=1,87.102 σ =1,450 .109 90° ∆R=1,68.102 σ =1,615 .109 75° ∆R=1,56.102 σ =1,741 .109 285° ∆R=1,59.102 σ =1,701 .109 300° ∆R=1,29.102 σ =2,110 .109 60° ∆R=1,51.102 σ =1,795 .109 315° ∆R=1,21.102 σ =2,247 .109 330° ∆R=0,70.102 σ =3,881 .109 345° ∆R=1,97.102 σ =1,379 .109 0°/360° ∆R=1,63.102 σ =1,671.109 15° ∆R=1,26.102 σ =2,164.109 30° ∆R=1,26.102 σ =2,156 .109 45° ∆R=1,43.102 σ =1,894 .109 CONCLUSÕES Conseguiu-se observar uma correlação entre a tensão mecânica e alguns parâmetros de deposição de filmes de cobre. De forma geral, observou-se que os filmes depositados eletroquimicamente apresentam menor tensão mecânica comparado aos filmes evaporados. Também verificou-se que a tensão mecânica não muda substancialmente com o aumento da espessura. Por outro lado, a resistividade dos filmes depositados eletroquimicamente resultou duas ordens de grandeza maior comparado aos filmes evaporados o que é uma evidência de sua maior porosidade. Por outro lado, a menor tensão mecânica observada para os filmes eletroquímicos é consistente com uma maior porosidade pois neste caso temos um filme menos compacto sobre a superfície do silício resultando em menores descasamentos com o mesmo silício subjacente. BIBLIOGRAFIA [ADA95] [ANG80] [BAR95] [DEW93] [DEW96] [MAN93] [SAN96] [STO09] [VIN95] [WIN07] Adams, D.P.; Parfitt, L.J.;Bilello, J.C.; Yalisove, S.M. and Rek, Z.U. Microstruture and residual stress of very thin Mo films. Thin Solid Films. 266 , p. 52 - 57, 21 march1995. Angilelo, J.; Baglin, J.; d’Heurle, F.; Peterssom, S.; Segmüller, A. “Stresses in silicides formed by the interaction of metal films with silicon substrates” The Electrochemical Society, Princeton pp. 369 - 384 Ano 1980 Barkshire, I. R. and Prutton, M. Al2Cu precipitate distribution in AlCu interconnects after eletromigration stressing: A study by auger microscopy and ion beam bevelling. J. Appl. Phys. Vol. 77 ,n.3 , p. 1082 1085, 1 february 1995. De Wolf, I.; Bellens,R.; Groeseneken,G.; and Maes,H. E. “The influence of mechanical stress on hot carrier degradation in MOSFET’S” Materials Research Society Symp. Proc. Vol. 308 pp. 349 - 354 Ano 1993. De Wolf, I.;Howard, D.J.;Maex, K.; Maes,H. E. Mechanical stress in and surrounding CoSi2 and TiSi2 lines. ESSDERC. p. 609 - 612 Ano 1996. Manual Tencor FLX-2410, Thin film stress measurement (user manual) Tencor instruments 1993 Santos Filho, S.G.d. Oxidação térmica rápida do silício: influência dos procedimentos de limpeza e dos perfis temporais de temporais de temperatura na qualidade dos óxidos de porta MOS. Tese de doutorado apresentada a Escola Politécnica da USP, Outubro de 1996. Stoney, G.G. , The tension of metallic films deposited by electrolysis. Nature, p 366, 20 Aug. 1908 Vinci,R. P.; Zielinski, E. M. and Bravman, J. C. “Thermal strain and stress in copper thin films” Thin Solid Films 262 pp. 142 - 153 Ano 1995. Winfree, N. A., Tai, Y., Hsieh, H.W., Wu, R. The effects of boundary conditions on implementing the Stoney formula for stress measurements. The 7th International Conference on Solid-State Sensors and Actuators. [WIT93] Witvrouw, A. and Spaepen, F. “Determination of the plane stress elastic constants of thin films fron substrate curvature measurements: Applications to amorphous metals” J. Appl. Phys. Vol. 73 No. 11, pp. 7344-7350, 1 June 1993. [YON95] Yonug, S., Miyasato,T. Characterization of stress in porous silicon films prepared by reactive hydrogen plasma sputtering technique. J. Appl. Phys. Vol. 34 ,part 2 n. 10A , p. 1248 - 1250, 1 October 1995.