Ética, Informática e Sociedade

Propaganda
Ética, Informática e Sociedade
Roteiro de aula
Prof. Dr. Cristiano de Jesus
Conteúdo Programático
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Introdução
–
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Ética no curso de Sistemas de
Informação → motivações e
desafios
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Filosofia
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Ética
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Ética e moralidade
Histórico
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Pré-história
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Antiguidade
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Idade média
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Era moderna
Era pós-moderna
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Sócrates
Platão
Aristóteles
Estoicismo e Epicurismo
Agostinho e Tomás de Aquino
Maquiavel
Lutero e Calvino
Bodin e Hobbes
John Loke
Rousseau
Mandeville, Hume e Adam Smith
Kant
Hegel
Marx
Gandhi
Escola de Frankfurt
Conteúdo Programático
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Teorias Éticas
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Ontologia
Deontologia
Utilitarismo
Axiologia
Personalismo
Hedonismo
Relativismo
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Conceitos fundamentais
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Verdade
Justiça
Amor
Liberdade
Igualdade
Segurança
Solidariedade
Determinismo
Fatalismo
Absolutismo
Dogmatismo
Positivismo
Pragmatismo
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Dever
Valor
Norma
Princípio
Regra
Autonomia
Dignidade
Conteúdo Programático
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Ética e computação
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Ética nos negócios
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Conduta profissional
–
Cconcorrência (Trust)
–
Ética na pesquisa científica
–
Ética na propaganda
–
Privacidade
–
Boatos (Vapoware)
–
Propriedade intelectual
–
Fraudes
–
Segurança (hacking)
–
Espionagem
–
Spam
–
Responsabilidade social
–
Tópicos especiais
–
Stakeholders, consumidores e
comunidade
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Tecnologia adaptativa
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Inclusão digital
–
Conflito de interesses
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Inteligência artificial
–
Meio ambiente
●
Engenharia de software
Conteúdo Programático
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Informática e sociedade
–
Racionalidade tecnológica
–
Neutralidade política da tecnologia e da ciência
–
Crise da razão
–
Julgamento crítico
–
Ideologia e cultura
–
Linguagem
–
Teoria crítica na computação
1. Introdução: Ética no curso de
Sistemas de Informação
●
Modelos de formação profissional
–
No homem e no desenvolvimento de sua qualidade de
vida
–
Na aplicação produtiva da ciência e da tecnologia com
vistas à acumulação de capital (mercado)
Mercado é uma entidade “possível”
e não “necessária” como muitas
vezes se pensa.
1. Introdução: Ética no curso de
Sistemas de Informação
●
Barreiras a serem superadas
–
Fragmentação dos saberes;
–
Individualização das responsabilidades sociais;
–
Indiferença pelo outro;
–
Relativização dos conceitos;
–
Redução do valor simbólico da razão;
–
Liberação dos instintos e apetites;
–
Mercantilização dos prazeres
–
Utilitarismo.
2. Conceitos fundamentais: diferença
entre ética e moral
●
Ética → grego → Ethos → caráter
●
Moral → latim → Mores → costumes
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O comportamento ético se dá por convicção a partir
de um código construído racionalmente.
O comportamento moral se dá por costume,
tradição, obediência a normas religiosas, etc.
2. Conceitos fundamentais: diferença
entre ética e moral
●
Exemplos
–
Comportamento ético: para Sartre (1905-1980) cometer
assassinato é errado pois como vivemos em sociedade,
um comportamento hostil pode suscitar reações
semelhantes contra nós mesmos.
–
Comportamento moral: assassinar é errado porque é
contras as leis de deus. Deus é o único que pode tirar a
vida de uma pessoa.
–
Obediência civil: eu não cometo assassinato porque é
crime previsto em Lei. O infrator pode ficar detido de 10
a 30 anos.
2. Conceitos fundamentais: diferença
entre ética e moral
●
●
●
●
O sujeito ético se constrói diante do dilema.
A ética não vale tanto pelo resultado, mas pelo
questionamento.
O conceito de ética está ligado a forma como
uma decisão foi tomada e não ao resultado da
decisão.
Muitas vezes as leis são criadas para promover
um progresso ético mas nem sempre apenas
isso basta.
2. Conceitos fundamentais: diferença
entre ética e moral
Moral
Ética
Comportamento
Teoria, ciência
Sistema fechado de normas Questionamento ou teoria aberta
Religioso, confessional
Secular, pluralista
Conservador
Prospectivo, aberto
3. Campos da ética
●
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Ética normativa → fundamentação filosófica sobre os padrões do
correto e do incorreto, do bom e do mau, com respeito ao carácter e à
conduta;
Ética aplicada → aplicação da ética em áreas como bioética,
sexualidade, negócios, profissões, meio ambiente, contexto
sociopolítico, comunicação, etc;
Ética social ou religiosa → corpo de doutrina que diz respeito ao o
que é correto e incorreto, bom e mau, relativamente ao carácter e à
conduta. É semelhante à ética normativa filosófica mas difere dela
porque não pretende ser estabelecida unicamente com base na
investigação racional;
3. Campos da ética
●
●
Ética descritiva: estudo a partir do exterior de um sistema de crenças e
práticas de um grupo social;
Metaética:
–
também conhecida como ética analítica
–
investigação filosófica dos conceitos, proposições e sistemas de
crenças éticos: correto, incorreto, bom, mau, responsabilidade
moral, virtude, direitos, etc
–
epistemologia moral: modo como a verdade ética pode ser
conhecida (se é que o pode)
–
ontologia moral: a questão de saber se há uma realidade moral que
corresponde às nossas crenças e outras atitudes morais. As
questões de saber se a moral é subjetiva ou objetiva, relativa ou
absoluta, e em que sentido o é.
4. Histórico
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Pré-história (coletivismo) → antes de 3200 a.C.
–
moral → assegurar a concordância sobre os interesses
coletivos e fortalecer os laços que unem os membros da
comunidades;
–
bom → tudo que contribui para reforçar a união ou a
atividade comum. Ex: coragem, solidariedade, disciplina;
–
mau → tudo o que contribui para debilitar ou minar a
união, o isolamento, a dispersão dos esforços. Ex:
covardia, egoísmo, preguiça, etc.
4. Histórico
●
Antiguidade (sociedade escravista) entre 3200
a.C. e 476 d.C
–
populações de áreas conquistadas eram escravizadas
–
Aristóteles opinava que uns homens são livres e outros
escravos por natureza, e que esta distinção é justa e útil.
–
A moral ateniense está intimamente relacionada com a
política como técnica de dirigir e organizar as relações
entre os membros da comunidade sobre bases racionais.
4. Histórico
●
Filosofia antiga:
–
Sofistas → relativismo ou subjetivismo. Protágoras: "O homem é
a medida de todas as coisas".
Relativismo → É a rejeição do conceito de verdades absolutas
e invariáveis.
Sócrates → defende uma moral universal. "Conhece-te a ti
mesmo" – “Uma vida não examinada não vale a pena ser
vivida” - o essencial a todos é a alma racional. É por meio da
razão que se deve fundamentar as normas e os costumes morais
(ética racionalista). Por isso quem age mal, o faz por ignorância do
que é bem e do que é a essência humana. Ele fazia os atenienses se
perguntarem o sentido dos costumes e sobre os atributos do
caráter. Seu ponto de partida é a consciência do agente moral. Ele
inaugura o conceito de sujeito ético ou moral.
●
–
4. Histórico
–
Platão: o corpo por ter sede de desejos e paixões muitas vezes
desvia o homem de seu caminho para o bem, defende a
necessidade de purificação do mundo material sensível para
enfim ser capaz de galgar a Idéia de Bem. "Toda virtude é
conhecimento”.
–
Aristóteles: o fim último do homem é a felicidade e ela está
na razão, na verdade. Agir corretamente seria praticar
virtudes: a virtude moral é o meio-termo entre dois vícios
(excesso e deficiência).
–
Tanto para Platão como para Aristóteles, a ética é um campo
da política. “É necessário admitir, em princípio, que as
ações honestas e virtuosas, e não apenas a vida comum,
são a finalidade da sociedade política.” Aristóteles
4. Histórico
–
Estoicismo e epicurismo: buscam a realização moral do
indivíduo fora dos contornos da vida política
●
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ética estóica (Zenão de Cítio) → autocontrole individual,
atitude de aceitação de tudo que acontece, porque tudo faz
parte de um plano superior guiado por uma razão universal que
a tudo abrange. “O sentido da vida consiste estar de acordo
com a natureza”;
ética epicurista (Epicuro) → Defendia que o bem não era
qualquer prazer, mas os prazeres devidamente selecionados. Há
aqui uma hierarquia do prazer. Os epicuristas consideravam
superiores, por exemplo, os prazeres naturais em vez dos
artificiais. O supremo prazer era o prazer intelectual, que se
obtinha mediante o domínio das paixões pela razão. "O prazer
é o princípio e o fim de uma vida feliz".
4. Histórico
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Idade média
(feudalismo/aristocracia/camponeses servos) –
entre 476 d.C e 1453
–
Todos eram sujeitos à autoridade do senhor feudal:
homens livres das cidades (artesãos, pequenos
industriais, comerciantes, etc.) e servos (camponeses que
pertencem ao senhor feudal)
–
A Igreja era o instrumento do senhor supremo
4. Histórico
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Filosofia medieval:
–
Os filósofos cristãos reconfigurou elementos da filosofia
grega na concepção cristã.
–
A purificação da alma sugerida por Platão foi retomada por
Agostinho na idéia de elevação ascética para compreender os
desígnios de Deus. Também a imortalidade da alma é
retomada sob a perspectiva cristã, pois no reino de Deus visa
a eternidade. “Ama, e faça o que quiseres”. Os atos
humanos serão bons ou maus conforme o for o objeto do seu
amor. O mal é a ausência de Deus e o bem Sua presença.
–
A moral é relação do indivíduo com Deus e não tem relação
com a condição social e cultural.
4. Histórico
–
Tomás de Aquino retomou a idéia de felicidade da ética
aristotélica, pontificou que Deus era fonte dessa
felicidade.
–
“Se a felicidade humana é o fim da nossa atividade,
ela só pode ser alcançada por meio de nossos atos.
Esses atos nos levam, direta ou indiretamente, ao fim
almejado. E a razão é o meio de que dispõe o homem
para alcançar esse fim.”
–
Liberdade (grego) <> livre-arbítrio (cristianismo)
–
É no mau uso do livre-arbítrio que estaria a origem de
todo o mal.
4. Histórico
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Era moderna (Renascimento / Iluminismo) – entre 1453 e 1789
–
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Formada pela burguesia (possuidora do meios de produção - manufaturas
e fábricas) e operários (que vendem a força de trabalho)
As condições morais não podem alterar a necessidade objetiva do
sistema econômico
Renascimento → retomada de valores gregos (antropocentrismo)
Iluminismo → valorização das ciências
Reforma (Lutero e Calvino)
Jean Bodin → elaboração do conceito de soberania
Thomas Hobbes → nova organização política
John Locke → liberdades individuais e propriedade privada como
fundamentos da ordem política
Rousseau → contrato social
4. Histórico
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Filosofia moderna
–
Renascimento
●
●
Com o Renascimento houve uma retomada do humanismo que
voltou a reflexão ética para a autonomia humana.
Maquiavel rompe com toda e qualquer subordinação da
política a sistemas morais que não consideram a especificidade
da ação política. Não contesta a moral cristã, mas apenas a
considera incompatível com a Política. “O homem que tenta
ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os
inúmeros outros que não são bons.”
4. Histórico
●
●
●
A política, para Maquiavel, não está isenta de deveres, mas os
critérios para estipula-los não podem ser diferentes da sua
finalidade, que é a preservação do bem comum e da ordem
pública traduzidos pela conquista e manutenção do poder.
O agente político não dispõe de um anteparo moral absoluto.
Ao se defrontar constantemente com a incerteza, a
instabilidade e a mutação não pode recorrer a um conjunto de
regras fixas. Ele precisa ajustar sua ação às circunstâncias,
pautando-se pelos aspectos objetivos reais do mundo da
experiência e não por critérios de valor que expressam o plano
do ideal.
A necessidade orienta e justifica sua ação
4. Histórico
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Iluminismo
●
●
No Iluminismo (Revolução Francesa) os filósofos passam a
defender que a moral deve ser fundamentada não em valores
religiosos e sim na compreensão sobre a natureza humana.
Mandeville, Hume e Adam Smith → utilitarismo e razão de
mercado (separação da ética e economia)
–
Utilitarismo → Agir sempre de forma a produzir a maior
quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar
máximo). Visa apenas as consequências, os fins.
4. Histórico
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Kant
–
não somos apenas seres morais mas também seres
naturais. Nosso corpo e nossa psique são feitos de
apetites, impulsos, desejos e paixões. A natureza nos
impele a agir por interesse. Por isso precisamos
instituir racionalmente fins e normas para orientar a
conduta. Não se trata de imposição mas do exercício
da liberdade conferida pela razão em criar
voluntariamente o dever.
4. Histórico
–
–
–
Quando o querer e o dever coincidem, somos seres
morais, pois a virtude é a força da vontade para
cumprir o dever.
O dever é um imperativo categórico, isto é, não é uma
motivação psicológica, mas uma lei moral interior.
Com base no imperativo categórico Kant cria suas
máximas morais:
● Age como se a máxima de tua ação devesse ser
erigida por tua vontade em lei universal da
natureza → universalidade da conduta ética
● Age tal maneira que trate a humanidade, tanto
na tua pessoa como na pessoa de outrem,
sempre como um fim e nunca como um meio
→ dignidade
● Age como se a máxima de tua ação devesse
servir de lei universal para todos os seres
racionais → reino humano de seres morais
porque racionais
4. Histórico
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Era pós-moderna (contemporânea) – a partir
de 1789
–
métodos de trabalho científicos e racionalizados;
–
surgimento da classe média: individualismo, utilitarismo, consumo;
–
empresas oferecem incentivos materiais para aumentar a coesão;
–
fragmentação das esferas da vida e da cultura: direito, moral, religião,
política, sistema judiciário, família, escola
–
fragmentação das ciências e das profissões
–
revolução tecnológica
–
revolução social: movimento dos direitos civis
–
secularização da reflexão sobre a vida e a morte
4. Histórico
●
Filosofia contemporânea
–
Hegel → critica Kant, pois considera a moral como mera questão
pessoal, íntima e subjetiva, na qual o sujeito tem que se decidir entre
suas inclinações e sua razão. “A vida ética é o acordo e a harmonia
entre a vontade subjetiva e a vontade objetiva cultural”. Assim a
moralidade assume conteúdos diferenciados ao longo da história das
sociedades humanas, e a vontade individual seria apenas um dos
elementos da vida ética de uma sociedade em seu conjunto.
–
Marx → crítica radical a sociedade burguesa e o anúncio da libertação do
homem – a moral é reflexo estrutura socioeconômica.
–
Gandhi
●
●
●
ausência do medo (ahimsa)
quando basta? → crítica radical ao capitalismo (consumo)
autosuficiência
4. Histórico
–
Kierkegaard foi um crítico de Hegel, enfatizando a
subjetividade como algo irredutível à sistematização
racional. Além de inspirar a corrente existencialista, tal
filósofo influenciou a psicanálise. A concepção ética
passou a enxergar à ação moral ao reconhecer a
existência de uma esfera inconsciente que determina, em
grande parte, as ações humanas. A recusa ao absolutismo
da razão e o reconhecimento do aspecto irracional
presente no homem.
4. Histórico
–
Nietzsche
●
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●
●
●
criticou o racionalismo ético que era repressor bem como sua moral racionalista que
entrava o pleno desenvolvimento da liberdade.
é mordaz crítico da moralidade cristã-ocidental e a identifica com a moral dos
rebanhos. As noções de pecado, de culpa e inferno são apenas formas de dominação
de força vital individual.
Culpa e ressentimento são sentimento inseparáveis da moral judaica-cristã pois esta
é repressora de impulsos ativos próprios do ser humano. Como esses impulsos não
somem é inevitável o conflito entre esses valores e nossa “vontade de potência”.
Com isso o homem abre mão da sua capacidade de criar novos valores e assim de se
recriar.
Questionamento da própria moral como elemento regulador da vida social.
Para ser feliz, o homem precisa afirmar sua potência de vida. Quando essa é
reprimida, ele leva uma existência submissa, apenas reativa. Sentimentos como
culpa e ressentimento decorrem de valores estabelecidos pelo homem reativo.
4. Histórico
–
Sartre → estamos condenados à liberdade. Quando julgamos
ser coagido por forças externas maior do que nossa vontade,
cabe a nós escolher se cederemos ou não. Trata-se de uma
decisão livre. Assim, como ser livre, o homem não deve
apegar-se a códigos morais instituídos mas sim criar suas
próprias leis (Engajamento).
–
Sigmund Freud também reconheceu o aspecto repressivo da
moral, mas não questionou a necessidade da moral como
instância reguladora, pois sem esta, a própria civilização
humana estaria em grave risco.
4. Histórico
–
Os filósofos da Escola de Frankfurt (Horckheimer,
Adorno, Benjamin, Marcuse, Habermas) propõem-se a
recuperar a razão não repressora, mas comprometida com
a vida e a emancipação humanas.
4. Histórico
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Desafios éticos da era pós-moderna
–
preservar e promover o sentido da ética
●
●
●
em um mundo dominado pelo consumismo, retomar a reflexão
sobre a relação entre o ser e o ter
em um contexto utilitarista, promover o sentido da pessoa
em um mundo egocêntrico, contrabalancear a ênfase posta no
indivíduo mediante um retorno à solidariedade
5. Teorias Éticas
Corrente
Ontológica
Corrente
Deontológica
Corrente
Utilitarista
Epicuro,
Maquiavel,
Adam Smith,
Jeremy Bentham,
John Stuart Mil
Corrente
Axiológica
Corrente
Personalista
Scheler,
Marx,
Nietzsche,
Agostinho
Referência
Platão,
Aristóteles
Kant
Ponto de
partida
o fim, o objetivo,
isto é, felicidade
a boa vontade,
isto é, a
autonomia
a democracia
os valores
as pessoas
concretas
Dinamismo
agir por virtude
interna
por dever
por interesse,
utilidade
por atração
o projeto
nas consequências
o ser humano as
prevê ou inventaria
determinada pelo
sujeito em relação
com as coisas
determinada pelo
sujeito a partir dos
elementos
estruturantes das
pessoas
consequência
efetivas
a apropriação
pessoal dos
valores
o engajamento
nesse processo
moral segundo
as circunstâncias
e as consequências
imoral
imoral porque
implica um
desprezo pelo
outro
moral segundo
as consequências
jamais é
moral
jamais é moral
porque viola a
dignidade da
pessoa
existe nas coisas
Moralidade (intrínseca) o ser
humano a descobre
Fatores de
moralidade
intenção
natureza do ato
circunstancias:
tempo, lugar,
pessoas,
consequências
previsíveis, etc.
Exemplo:
a mentira
sempre imoral
porque contrária à
verdade do real
Exemplo:
a tortura
jamais é moral
porque se proíbe
fazer o mal
na universalização
o ser humano a
estabelece
intenção
natureza do ato
circunstancias:
tempo, lugar,
pessoas,
consequências
previsíveis, etc.
sempre imoral
porque sua
aceitação geral
tomaria a
sociedade
impossível
jamais é moral
porque é uma
regra não
universalizável
6. Conceitos fundamentais
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Absolutismo → Teoria de que a verdade é absoluta e universal.
Altruísmo → É o princípio de viver e de agir pelo interesse de outros ao
invés de si próprio.
Ascetismo → É a doutrina de que a negação do mundo físico em favor do
espírito é o maior bem atingível.
Amor → amor é aspiração ao belo e ao bom, isto é, ao absoluto. Liberta do
sofrimento e do desejo e conduz a alma ao banquete divino (Platão).
Autonomia → Um agente é autônomo quando as suas ações são
autodeterminadas. Segundo Kant é a característica de uma vontade que
cumpre o dever, não sendo condicionada por qualquer inclinação sensível
(interesses, temores, desejos).
Causalismo → doutrina que afirma que tudo o que acontece, quer no mundo
físico quer no mundo humano, tem uma causa.
6. Conceitos fundamentais
●
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●
●
Ceticismo → É a doutrina de que nada pode ser conhecido com certeza.
Criticismo → É a teoria de que o caminho para o conhecimento situa-se
entre o dogmatismo e o ceticismo.
Determinismo → doutrina segundo a qual nas mesmas circunstâncias, as
mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos. Envolve a ideia de
repetição, igualdade entre causas correspondendo a uma igualdade de
efeitos. Esse conceito não exclui o livre-arbítrio – embora certos efeitos
estejam determinados por certas causas, é necessário a escolha de provocar
esses efeitos.
Dever → obrigação de fazer ou deixar de fazer alguma coisa, imposta por
lei, pela moral, pelos usos e costumes ou pela própria consciência.
6. Conceitos fundamentais
●
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Dignidade → segundo Kant, tudo aquilo que tem preço pode ser substituído
por outra coisa, a título de equivalente, pelo contrário, o que é superior a
todo preço, o que, por conseguinte, não admite equivalente é o que tem uma
dignidade.
Dogmatismo → Os dogmas expressam verdades certas, indubitáveis e não
sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica.
Existencialismo → É a doutrina de que o ser humano e os valores humanos
são facções inevitáveis, e que é má fé negar nossa liberdade, mesmo em um
universo determinado.
Fatalismo → considera serem o mundo e os acontecimentos produzidos de
modo irrevogável pois presume-se que uma ordem cósmica preside a vida
quotidiana. É uma doutrina que afirma que todos os acontecimentos ocorrem
de acordo com um destino fixo e inexorável, não controlado ou influenciado
pela vontade humana.
6. Conceitos fundamentais
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Hedonismo => É a doutrina de que o “prazer” é o “bem maior”.
Humanismo => É qualquer sistema que considere os interesses e a mente
humanos como o que é mais importante no universo.
Idealismo => É qualquer sistema que considere o pensamento ou as idéias
como base do conhecimento ou da existência.
Justiça → a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e
aos outros, segundo a igualdade; o respeito que há em cada um de dar a cada
um o que é seu.
Liberdade → Capacidade de poder agir por si mesmo, com
autodeterminação, independentemente de toda a coerção exterior.
Máximas → não são normas absolutas, a priori, atemporais, são retiradas da
experiência dos praticantes, indicam o que, em geral, é preferível.
6. Conceitos fundamentais
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Norma → razões ou motivos para agir, para acreditar ou para sentir. Elas
prescrevem maneiras de ser ao mundo. Normas são conjuntos de regras
definidas de acordo com o seu valor.
Positivismo → É a doutrina de que não existe conhecimento além da
ciência.
Pragmatismo → descrença no fatalismo, e a certeza de que só a ação
humana, movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da
condição humana. Atribui ênfase às consequências, utilidade e sentido
prático como componentes vitais da verdade. Deve-se considerar como
verdadeiro aquilo que mais contribui para o bem estar da humanidade em
geral, tomando como referência o mais longo prazo possível.
Princípio → É aquilo, donde, de algum modo, uma coisa procede quanto ao
ser, ao acontecer ou ao conhecer.
6. Conceitos fundamentais
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●
É a rejeição do conceito de verdades absolutas e invariáveis.
Valor → valor é uma maneira de ser ou de agir que uma pessoa ou uma
colectividade reconhecem como ideal e faz com que os seres ou as condutas
aos quais é atribuído sejam desejáveis ou estimável.
–
Valor subjetivo → desejável
–
Valor objetivo → universal
Verdade → igualdade ou conformidade entre a inteligência (conhecimento
intelectual) e o ser.
7. Pensamento Crítico
●
Agumentação → justificar a conclusão
–
Raciocínio → inferência que envolve premissas e uma
conclusão.
●
Dedutivo → As premissas sustentam a conclusão.
–
–
–
●
Premissa 1: Tom é um ser humano.
Premissa 2: Todos os seres humanos têm cérebro.
Premissa 3: Tom tem cérebro.
Indutivo → As premissas servem apenas apoio racional. O
objetivo é realizar generalizações.
–
–
–
–
Pêssego 1 possui 1 caroço.
Pêssego 2 possui 1 caroço.
Pêssego 3 possui 1 caroço.
Conclusão: Todos os pêssegos possuem 1 caroço.
7. Pensamento Crítico
●
Falácia → raciocínio correto mas argumentação errada.
–
Falácia relativista → “Isso pode ser falso pra você mas pra mim é verdade”;
–
Falácia do jogador → “Como um raio caiu sobre a minha casa, há menos
chance de isso voltar a acontecer”;
–
Apelo à autoridade → Uso da ciência, celebridades, etc, para vender uma
suposta “verdade”;
–
Falácia post hoc (por causa) → identificação de falsas causas. Ex: pé de coelho,
cor de camisa, números da sorte, etc;
–
Falso dilema → Ou A ou B. Não A. Logo B (ou uma coisa ou outra), no entanto
muitas vezes há mais possibilidades de escolha. Ex: Ou invadimos o país ou ele
domina o mundo.
–
Afirmação do consequente → Se A é verdade, B deve se seguir. B é verdade,
logo A. Ex: Se a energia estiver desligada, a luz não se acenderá. A luz não se
acende. Logo a energia está desligada. 2 a cada 3 pessoas cometem esse erro.
7. Pensamento Crítico
●
Falácias
–
Falácia genética → “O pai de Fred era nazista, logo ele também deve ser”
–
Falácia do mascarado → “O Super-homem é alguém que Lois Lane julga poder
voar. Clark Kent não é alguém que Lois Lane julga poder jovar. Logo o Superhomem não é Clark Kent”.
–
Falácia da rampa escorregadia → “Legalizar a maconha seria só o começo.
Num piscar de olhos, o governo estará legalizando a heroína e a cocaína
também”.
–
Pseudoprofundidade → tática usada por gurus, dizer o óbvio com afetação: “A
vida é muitas vezes uma forma de morte ...”, “Todos queremos ser amados”,
etc.
–
Contra-exemplos → “o que é uma cadeira?”, “um objeto feito para servir de
assento” - a questão não é simples de responder como se julga. É fácil dar
contra exemplos: “mas um banco de praça também serve de acento”.
7. Pensamento crítico
●
Falácias
–
Semelhanças de família → “o que é arte?” é uma pergunta que pressupõe existir
uma qualidade comum a todo tipo de arte.
–
Graus de razoabilidade
●
Extremamente razoável → as laranjas estão na mesa porque as vi;
●
Muito razoável → elétrons existem, embora não possamos vê-los;
●
●
●
–
Bastante razoável → dado o tamanho do universo é plausível crer na
existência de extra-terrestres;
Bastante insensato → Elvis não morreu. O homem nunca esteve na lua
(teorias da conspiração)
Extremamente insensato → Elfos e fadas são reais.
Erros categoriais → Quem é você? Sou o Cristiano. (somos apenas um nome?)
7. Pensamento crítico
●
Ética → pensar criticamente.
–
Quais são as premissas e as conclusões?
–
Qual é o nível de razoabilidade?
–
Qual o nível de ambiguidade? O processador de 1.3ghz vai executar
mais rapidamente um programa do que um processador de 2 ghz.
–
Quais são os conflitos?
–
O que são evidências e o que são suposições?
–
Quais são as hipóteses rivais?
–
Qual a confiabilidade do raciocínio estatístico?
–
Qual a relevância das analogias?
–
Há informações omitidas?
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Quais são meus valores e preferências?
8. Ética e computação
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Questões envolvidas nesse estudo
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Códigos de ética para a tomada de decisões
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Segurança da informação
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Negócios
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Responsabilidade profissional no desenvolvimento de software
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Denúncia
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Propriedade intelectual
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Uso de recursos naturais pela indústria da computação
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Carreira
8. Ética e computação
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Profissão
–
Declaração pública.
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Solenidade na qual alguém se liga por votos a uma
ordem religiosa.
8. Ética e computação
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Ética profissional
–
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“Ética profissional é um conjunto de normas de conduta
que deverão ser postas em prática no exercício de
qualquer profissão.”
Códigos de Ética
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“Um Código de Ética é um acordo explicito entre os
membros de um grupo social. E deve descrever um
modelo de conduta para seus mebros.”
8. Ética e computação
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Ética profissional
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Relação entre o profissional de TI e seus clientes
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Relação entre o profissional de TI e a sociedade
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Relação entre os profissionais de TI
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Relação entre funcionários no local de trabalho
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Uso do conhecimento técnico
8. Ética e computação
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Tratar todo micro como se fosse o seu próprio: com respeito e transparência;
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Tratar todos os dados como se fossem seus: todo sigilo é pouco;
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Tratar todos os clientes com educação e respeito;
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Respeitar a individualidade do cliente;
●
Fazer o melhor de si para resolver o problema;
●
Nunca julgar o cliente, mas indicar (sutilmente) as falhas;
●
●
●
Preconceito (Conceito abrangente, que pode envolver vários itens subjetivos,
inclusive referentes a futebol e religião);
Espionagem Industrial (caso o técnico use as "Informações Privilegiadas" para
auferir ganhos, ou permitir que outrem obtenha ganhos com a informação);
Conivência (cúmplice) com "Pirataria".
8. Ética e computação
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●
Evitar danos a terceiros;
Conhecer e respeitar as leis existentes,
relativas ao trabalho profissional;
●
Respeitar a privacidade de terceiros;
●
Ser honesto e digno de confiança;
●
Articular a responsabilidade social de
membros de uma organização e encorajar a
aceitação completa das suas responsabilidades.
8. Ética e computação
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Estudos de Caso
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Continental Can (Connecticut): criou um campo no cadastro
de funcionários que informava quando ela estava para se
aposentar. Durante toda a década de 80 esse mecanismo
permaneceu atividade. A empresa foi julgada e precisou
pagar US$445 milhões;
–
Logisticon (Empresa de Software): implantação de um
mecanismo em um sistema de informação que interrompe o
seu funcionamento. Devido a uma divergência comercial,
uma empresa de cosméticos (Revlon) ficou três dias sem
poder vender seus produtos. Prejuízos de milhões de dólares
e centenas de funcionários demitidos.
8. Ética e computação
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Desenvolvimento de software
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Caixa-dois
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Falhas premeditadas para geração de suporte
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Vírus
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Ataques
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Propriedade Intelectual
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Privacidade
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Tecnologia Adaptativa
8. Ética e computação
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Níveis da Necessidade de Privacidade
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Nível Físico → segurança física
–
Nível Psicológico → comportamento, opressão
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Nível Sociológico → domesticação, controle do
comportamento
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Nível Econômico → experimentos, inovações
–
Nível Político → liberdade de expressão, democracia
–
Nível Filosófico → dignidade, integridade, autonomia e
auto-determinação
8. Ética e computação
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Ética na Internet
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Disfunção no comportamento (condicionamento pela
Interface)
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Anonimato X Privacidade
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Net Porn
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Spam
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Cookies
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Censura
9. Ética Empresarial
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A atividade empresarial é eticamente fundada e orientada,
quando se cria emprego, se proporciona habitação,
alimentação, vestuário e educação, detendo os bens como
quem os administra. Para muitos outros será a lei natural
que diz que ninguém pode ser feliz/rico no meio de
infelizes/pobres.
●
Ética na propaganda
●
Meio Ambiente
●
Concorrência
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução:
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Dominação dos recursos e técnicas;
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Aumento de bens de consumo e de serviços
–
Formas mais eficazes e mais agradáveis de controle
social e coesão social;
–
Liberdade confortável, suave, razoável e democrática ao
mesmo passo que suprime a individualidade por meio da
mecanização de desempenhos socialmente necessários
(superimpostas).
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução:
–
Racionalidade lógico-matemática: é mais fácil para o
indivíduo ser levado por um processo, lidar com o previsível,
em vez de enfrentar a complexidade das reações naturais
próprias que surgem a partir de um posicionamento crítico;
–
O peso das questões econômicas: unificação, simplificação,
eliminação de desperdícios;
–
Dever do Estado: criar condições favoráveis a civilização
industrial (Estado Beligerante e do Bem-Estar Social).
10. Tecnologia e Sociedade
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Kant: “É muito confortável ser um menor. Se eu tenho um
livro que pensa por mim, um pastor que age como se fosse
minha consciência, um físico que prescreve a minha dieta e
assim sucessivamente, não tenho então necessidade de
empenhar-me por conta própria. Se eu posso pagar, não
tenho necessidade de pensar” (KANT, 1974).
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução
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Universo de administração no qual as depressões são
controladas e os conflitos estabilizados;
–
O sujeito se transforma em objeto de organização e
coordenação em larga escala e o avanço individual passa
significar “eficiência padronizada”;
Hábitos emocionais fixos
● padrões de reação → previsibilidade
● Padrões de comportamento
● Normas de eficiência competitiva
● “eficiência submissa” - transformação da “força crítica”
em “força de ajuste”
●
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução
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Isso estimulou o materialismo, o hedonismo e a luta das
ciências modernas contra a opressão espiritualista
–
Não há motivo para buscar o desenvolvimento de uma razão
autônoma se a vida humana é moldada por exigências
técnicas. O que importa nessa realidade é garantir sua
segurança e a ordem.
Poder herdado e treinamento profissionalizante;
● Nível de importância de cada especialização para a
sociedade é medido de acordo com seus préstimos
econômicos.
●
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução
–
Transformação da racionalidade individual para a
racionalidade tecnológica → Lado irracional da
racionalidade tecnológica;
–
Tecnologia assume o papel de agente moral: a
consciência é absolvida por espoliação, pela necessidade
geral de coisas;
–
Pensamento e comportamento “expressam uma falsa
consciência, reagindo à preservação de uma falsa ordem
dos fatos”;
–
Isso condiciona a atitude e a consciência do indivíduo
proporcionando uma certa “integração social e cultural”;
10. Tecnologia e Sociedade
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Tecnoestrutura → contra-revolução
–
A padronização cultural vinda do processo tecnológico
não oferece chance a criatividade e a originalidade
10. Tecnologia e Sociedade
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Neutralidade política da tecnologia e da
ciência
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Piaget: relação objeto e sujeito
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As abstrações não proveem apenas do objeto (o sujeito não
teria qualquer mérito do conhecimento).
As abstrações não proveem apenas do sujeito (o sujeito não é
cognição pura, é também um sujeito moral).
Husserl
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A matematização da natureza possui resultado prático válido
mas reporta-se a uma prática pré-científica: envolve uma
experiência concreta específica que, embora tenha caráter
desinteressado, possui um contexto prático que tem um
propósito (escolha).
10. Tecnologia e Sociedade
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Crise da razão
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Negação da constante transformação do mundo e das
pessoas → busca obsessiva pela padronização e
massificação;
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Negação do caos (acaso) → busca obsessiva pela ordem
e previsibilidade (segurança);
–
Eliminação do pensamento negativo (julgamento crítico)
→ tudo passa ter uma explicação lógica-matemática,
inclusive a guerra
10. Tecnologia e Sociedade
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Crise da Razão
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Conversão do “Princípio do Prazer” para o “Princípio da
Realidade” (Freud)
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Satisfação imediata → Satisfação adiada;
Prazer → Restrição do prazer;
Atividade lúdica → Esforço do trabalho;
Receptividade → Produtividade;
Liberdade → Segurança.
10. Tecnologia e Sociedade
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Linguagem
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Razão crítica: a palavra nunca consegue abarcar todo o
conhecimento que envolve o objeto concreto (pois está
sempre em transformação) → contextualização;
–
Razão tecnológica: conceituação excessiva. As palavras
são autovalidadoras → por exemplo, termos como
Nação, Partido, Constituição, Corporação, Igreja definem
aquilo que elas identificam (espoliação)
–
Razão tecnológica → razão unidimensional →
operacionalismo
10. Tecnologia e Sociedade
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Teoria Crítica da Computação
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A realidade deve ser racional: a organização da vida
individual e em sociedade deve partir de uma idéia
construída racionalmente sobre o que a humanidade quer
para si mesma;
–
O sujeito é um sujeito histórico-social (examina
alternativas, projeta consequências e realiza escolhas) e
não o sujeito do mundo do dinheiro e da mercadoria, um
mero trabalhador “abstrato” (massificação)
10. Tecnologia e Sociedade
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Teoria Crítica da Computação
–
“o julgamento de que a vida humana vale a pena ser
vivida, ou, melhor, pode ser ou deve ser tornada digna de
se viver”;
–
“o julgamento de que, em determinada sociedade,
existem possibilidades específicas de melhorar a vida
humana e modos e meios específicos de realizar essas
possibilidades. [...] Teoria social é teoria histórica, e
história é a esfera da possibilidade na esfera da
necessidade”.
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