Transformada de Laplace Parte 3 Elementos de circuito no domínio da frequência • O resistor no domínio da frequência Pela lei de OHM : v= Ri A transformada da equação acima é V(s) = R I(s) • O indutor no domínio da frequência v= L di/dt Aplicando Laplace: V= L[sI – i(0-)] = sLI – LI0 sL é uma impedância de sL Ohms e LI0 é uma fonte de tensão em volts-segundos. Modelo alternativo: I = (V+LI0)/sL = V/sL + I0/s • O capacitor no domínio da frequência i = Cdv/dt Aplicando Laplace: I=C[sV – v(0-)] = sCV – CV0 , sC é uma admitância siemens e 1/sC é a impedância em Ohms. Modelo alternativo V = (1/sC) I + V0/s Análise de circuitos no domínio da frequência • Tem-se que se a energia armazenada inicial for zero no domínio da frequência: V(s) = Z(s) I(s) em que Z refere-se a impedância do elemento no domínio da frequência. • As leis de Kirchhoff aplicam-se a correntes e tensões em s. • As regras de associação de impedâncias (admitâncias) em s são as mesmas em t. Aplicações • Resposta natural de um RC Tendo o circuito RC no tempo abaixo: Levando para o domínio s, temos: A soma das tensões ao longo da malha é: Tendo I: A transformada inversa é: Logo: Pode-se determinar a tensão antes da corrente. Apenas utilizar o modelo alternativo ( circuito equivalente alternativo) • Resposta ao degrau de um RLC Tendo o RLC abaixo: O circuito equivalente em s: Temos que: IL = V/sL As somas das corrente que saem do nó superior leva à: Temos: Logo: Substituindo os valores numéricos temos: Aplicando o teorema do valor final, temos: Utilizando frações parciais: Logo: • Resposta ao degrau de um circuito de múltiplas malhas Tendo o circuito abaixo: Em s temos: As duas equações de correntes de malha são: Utilizando Cramer para calcular I1 e I2, obtemos: As correntes são: Expandindo em frações parciais: Em t: Os valores iniciais e finais das correntes são: i1 (0) = i2(0) = 0 i1(∞) = 15 A i2(∞) = 7 A • Utilizando Thévenin Tendo o circuito abaixo, a energia armazenada é zero: Em s: A tensão de Thévenin: A impedância de Thévenin: Logo: Em frações parciais: Logo: Pela expressão temos que iC(0) = 6 A. E é igual se calculamos pelo circuito original: 480/80 = 6 A A tensão no capacitor em s é: VC = IC /sC = 12 105 / (s+5000)2 Logo: vC(t) = 12 105 t e-5000t u(t) • Resposta transitória de RLC paralelo Tomando o mesmo circuito RLC anterior, porém colocando uma fonte de corrente senoidal: Ig = Imcosωt A Im = 24 mA e ω = 40000 rad/s No domínio s: A tensão: A corrente no indutor: Substituindo os valores numéricos: ω = 40000, α = 32000 e β = 24000 Em frações parciais: Os valores dos coeficientes: Logo: • Teorema da superposição no domínio da frequência Tendo o circuito abaixo: determinar v2 Em s: Para determinação de V2 por superposição, calculamos a componente de V2 devido à ação individual de cada fonte e somamos depois os componentes. Primeiramente calculamos a componente devido a fonte de tensão: Introduzimos a notação: Logo: Temos: Devido à fonte de corrente Ig. Temos: Devido à energia inicial no indutor. Temos: Devido à energia inicial no capacitor. A expressão de V2 Função de Transferência • É a razão, no domínio da frequência, entre a transformada de Laplace da saída (resposta) e a transformada de Laplace da entrada (fonte). • No cálculo da função de transferência, restringimos o estudo a circuitos nos quais todas as condições iniciais são nulas. • No caso de múltiplas fontes independentes,podemos determinar a função de transferência para cada fonte e usar a propriedade de superposição para determinar a resposta para todas as fontes. Para o circuito abaixo: Se a corrente for definida como resposta: Se a tensão no capacitor for definida como saída: Exemplo1 Tendo o circuito abaixo. O sinal de resposta é a tensão no capacitor.Calcule a função de transferência e calcule os polos e zeros. Em s: Somando as correntes que saem no nó superior: (V0 – Vg)/1000 + V0/(250+0,05s) + V0s/106 = 0 Temos: Portanto: Os polos e os zeros: p1= -3000 + j 4000 p2 = -3000 – j4000 z = -5000 • Os polos devem estar na metade esquerda do plano s para que a resposta a um sinal limitado seja finita (estabilidade). • Os termos gerados pelos polos de H(s) dão origem à componente transitória da resposta global. • Os termos gerados pelos polos de X(s) à componente de regime permanente. Exemplo2 • a) b) c) d) O circuito do exemplo anterior é alimentado por uma fonte de tensão cujo valor aumenta linearmente com o tempo, ou seja, vg=50tu(t). Determine v0 Identifique a componente transitória da resposta Identifique a componente de regime permanente da resposta Fazer o gráfico de v0 Solução: a) Do exemplo anterior temos: A transformada da entrada é 50/s2, logo a expressão da saída é: Por frações parciais: Avaliando os coeficientes temos: A expressão no domínio do tempo para v0: b) A componente transitória é: Observar que esse termo é gerado pelo polos da função de transferência. c) A componente de regime permanente Gerado pelo polo de segunda ordem K/s2. d)O gráfico de v0 Observações sobre H(s) em análise de circuitos • H(s) está relacionada com a resposta de um circuito • Se a entrada estiver a segundos retardada Logo a resposta: Se Logo, atrasar a entrada de a segundos, a resposta é atrasada de a segundos (invariância no tempo). • Se a entrada for um impulso unitário x(t) = δ(t), então X(s) = 1 e Y(s) = H(s) Daí: y(t) = h(t) Isso implica que a transformada inversa da função de transferência é igual à resposta do circuito ao impulso unitário. Logo, a resposta ao impulso unitário, contém informação suficiente para calcular a resposta para qualquer fonte que alimente o circuito. A integral de convolução é usada para calcular a resposta de um circuito a uma fonte arbitrária. A integral de convolução t f(t) = f1X f2 = ∫ f (λ ) f 1 0 t 2 (t − λ )dλ = ∫ f1 (t − λ ) f 2 (λ )dλ 0 F(s)= F1(s)F2(s) Exemplo 3 • H(s) = Vs(s)/Vf(s) =10/(s+5) A entrada é uma função degrau Vf = 1/s. Usar convolução para determinar a tensão de saída vs(t). Exemplo 3 • Temos que h(t) é 10e-5t ;Vf(t) é u(t) e Vs(s) = H(s)Vf(s) Por convolução: t t vs(t ) = ∫ 10u (t )e −5( t −λ ) dλ = 10e −5t ∫ e5λ dλ = 2[1 − e −5t ]u (t ) 0 0 Função impulso em análise de circuitos • Operações de chaveamento Vamos usar um circuito capacitivo para ilustrar como uma função impulso pode ser criada com uma operação de chaveamento Em t: Em s: Analisando o circuito em s temos: Ce é o capacitor equivalente Em t: A expressão acima mostra que se R decresce, a corrente inicial cresce e cte de tempo decresce, i tende a uma função impulso. Veja o gráfico mostrando a influência do R na resposta I. Em termos expressão se R tende para zero temos: Em t: • Fontes impulsivas Uma fonte impulsiva que alimenta um circuito fornece uma quantidade finita de energia ao sistema instantaneamente. O circuito RL abaixo é alimentado por uma fonte impulsiva de tensão. Em s temos: A expressão de corrente em s é: Logo: em t