Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe PORTUGAL Época 2015/2016 Semana 07 | 15-21 fevereiro 2016 NOVA SÉRIE Resumo Atividade gripal baixa Sumário Tendência estável 1 Vigilância clínica ■ Taxa de incidência de SG 2 Vigilância laboratorial a taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 40,1 por 100.000 habitantes, indicando atividade gripal epidémica de baixa intensidade, com tendência estável. o vírus da gripe A(H1)pdm09 foi detetado em 26% (7/27) dos casos analisados na semana 7/2016, valor inferior ao verificado nas semanas anteriores. O vírus da gripe A(H1)pdm09 foi o predominantemente detetado. ■ os vírus da gripe circulantes são na sua maioria semelhantes aos vírus contemplados na vacina antigripal da época 2015/2016. ■ Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe 3 Severidade ■ foram admitidos 8 novos casos de gripe nas 25 UCI que reportaram informação, estimando-se em 3,4 % a taxa de admissão por gripe em UCI. Este valor é inferior ao estimado na semana anterior. Em todos os doentes foi identificado o vírus influenza A(H1N1)pdm09. ■ mortalidade observada por todas as causas com valores de acordo com o esperado. 5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade ■ o valor médio da temperatura mínima do ar, na semana de 15 a 21 de fevereiro de 2016 foi de 2.0 °C (valor muito abaixo do normal). 6 Situação internacional ■ a maioria dos países europeus com atividade gripal de intensidade moderada. A maioria dos vírus subtipados pertence ao subtipo A(H1N1)pdm09. (dados da semana 6). Internamentos por gripe em UCI 4 Impacte Mortalidade por todas as causas Nota metodológica ISSN: 2183-7392 Data de publicação: 25/02/2016 Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores. EDITOR : Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. | PERIOD ICIDADE : semanal | AC ESSO : w w w . i n s a . p t COLABORAD ORES : Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Institut o Portu- guês do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos -Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagn óstico da Gripe, Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Av. Pa dre Cr uz | 1649- 016 Lisboa | Portugal Tel.: +351 217 519 200 | Fa x: +351 217 526 400 info@insa. min-saude. pt www.i nsa.pt Departa me nto de E pide miol ogia Observação e m S aúde e Vi gilância E pide miol ógica Tel.: +351 217 526 488 Departa me nto de D oenç as Infeci osas Laboratório Naci onal de Refer ência da Gri pe e outr os Vírus Respirat órios Tel.: +351 217 526 455 1 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância clínica Taxa de incidência de síndroma gripal REDE MÉDICOS-SENTINELA Na semana 7/2016 estimou-se uma taxa de incidência de síndroma gripal de 40,1 por cada 100.000 habitantes, o que indica atividade gripal epidémica de baixa intensidade, com tendência estável. Área de atividade basal Taxa de incidência SG (2014/2015) Taxa de incidência SG (2015/2016) 240 Época de Gripe Sazonal 180 Atividade muito alta p95 150 p90 Atividade alta 120 Atividade moderada p50 90 60 Atividade baixa 30 46/2016 44/2016 42/2016 40/2016 34/2016 32/2016 30/2016 28/2016 26/2016 24/2016 22/2016 20/2016 18/2016 16/2016 14/2016 12/2016 8/2016 10/2016 6/2016 4/2016 2/2016 53/2015 51/2015 49/2015 47/2015 45/2015 43/2015 41/2015 39/2015 37/2015 35/2015 33/2015 31/2015 29/2015 27/2015 25/2015 38/2016 Ausência de atividade 0 36/2016 Taxa de incidência de SG /105 habitantes 210 Semanas Figura 1 — Evolução da taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG). Notas: A semana 53 só existe para o ano de 2015 pelo que foi feita uma interpolação dos dados de 2014/2015 para construção gráfica. A área de atividade basal é superiormente delimitada pelo limite superior do intervalo de confiança a 95% da linha de base. Tabela 1 — Número de casos, taxa de incidência de síndroma gripal e população sob observação semanal. Número de casos de síndroma gripal 20 Taxa de incidência semanal provisória 40,1/105 População sob observação Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 49.929 Semana 07 | 15-21 fevereiro 2016 2 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, verificou-se nas últimas semanas uma tendência decrescente no número de amostras biológicas de casos de síndroma gripal (SG) enviadas ao Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios para diagnóstico laboratorial. Até à semana 7/2016, foram notificados 899 casos de SG, dos quais 372 (41%) positivos para o vírus da gripe e 166 (19%) positivos para outros vírus respiratórios. 140 130 120 110 Casos SG (n) 100 90 SG negativos 80 SG positivos para vírus resp. 70 SG positivos para gripe 60 50 40 30 20 19/2016 18/2016 17/2016 16/2016 15/2016 14/2016 13/2016 12/2016 11/2016 9/2016 10/2016 8/2016 7/2016 6/2016 5/2016 4/2016 3/2016 2/2016 1/2016 53/2015 52/2015 51/2015 50/2015 49/2015 48/2015 47/2015 46/2015 45/2015 44/2015 43/2015 42/2015 41/2015 40/2015 0 39/2015 10 Semanas Figura 2 — Distribuição semanal de casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2015/2016. n=899 Gripe 372; 41% Negativos 361; 40% Outros Vírus Respirat. 166; 19% Figura 3 — Número e percentagem dos casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2015/2016. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 15-21 fevereiro / 27-12-2015 2016 3 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe Desde a semana 4/2016 tem-se observado uma tendência decrescente no número de casos positivos para o vírus da gripe. Na semana 7/2016 o vírus da gripe A(H1)pdm09 foi detetado em 26% (7/27) dos casos analisados. Até à semana 7/2016 foram detetados 372 vírus da gripe, na sua maioria do tipo A: 362 (97%) do subtipo A(H1) pdm09 e 6 (2%) do subtipo A(H3). Foram detetados 4 vírus da gripe do tipo B (3 da linhagem Victoria e1 da linhagem Yamagata). 100 100 90 Vírus da gripe B (Victoria) Vírus da gripe B (Yamagata) 80 80 Vírus da gripe B Casos positivos para gripe (n) Vírus da gripe A(H1)pdm09 60 60 % positivos para gripe 50 40 40 30 20 20 Casos positivos para gripe (%) 70 Vírus da gripe A(H3) 10 19/2016 17/2016 15/2016 13/2016 9/2016 11/2016 7/2016 5/2016 3/2016 1/2016 52/2015 50/2015 48/2015 46/2015 44/2015 42/2015 40/2015 38/2015 36/2015 34/2015 32/2015 30/2015 28/2015 26/2015 24/2015 22/2015 20/2015 18/2015 16/2015 14/2015 12/2015 8/2015 10/2015 6/2015 4/2015 2/2015 52/2014 50/2014 48/2014 46/2014 44/2014 42/2014 0 40/2014 0 Semanas Figura 4 — Distribuição semanal e percentagem de casos positivos para o vírus da gripe nas épocas 2014/2015 e 2015/2016. n=372 A(H1) pdm09 362; 97% A(H3) 6; 2% B/Vic B/Yam 3; 1% 1; 0,3% Figura 5 — Número e percentagem dos casos positivos para vírus da gripe detetados na época 2015/2016, por tipo/subtipo. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 4 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância laboratorial Diagnóstico de outros vírus respiratórios Desde o início da época de vigilância foram detetados nos casos de SG outros vírus respiratórios atualmente em co-circulação com o vírus da gripe, foram detatados com maior frequência o rinovírus (41%) e o coronavírus (29%). 24 22 20 Casos positivos para outros VR (n) Outros VR 18 16 hCoV 14 hRV 12 10 8 6 4 2 19/2016 18/2016 17/2016 16/2016 15/2016 14/2016 13/2016 12/2016 11/2016 9/2016 10/2016 8/2016 7/2016 6/2016 5/2016 4/2016 3/2016 2/2016 1/2016 53/2015 52/2015 51/2015 50/2015 49/2015 48/2015 47/2015 46/2015 45/2015 44/2015 43/2015 42/2015 41/2015 40/2015 39/2015 0 Figura 6 — Distribuição semanal de casos positivos para outros vírus respiratórios (VR) detetados na época 2015/2016. n=166 IM 8; 5% RSV 23; 14% hRV 68; 41% hCoV 48; 29% PIV hMPV 8; 5% 9; 5% AdV 2; 1% Figura 7— Número e percentagem de casos positivos para outros vírus respiratórios detetados na época 2015/2016. Nota: hRV-Rinovirus Humano; hCoV- Coronavírus Humano; RSV-Vírus sincicial respiratório; PIV-Parainfluenza; AdV-Adenovirus; hMPV-Metapneumovirus Humano; IM-Infeções mistas por 2 ou mais vírus respiratórios. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 5 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios HOSPITAIS /REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE Diagnóstico do vírus da gripe A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe conta na época de 2015/2016 com a participação de 16 laboratórios, na sua maioria de hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assegurando a deteção e caraterização dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios que podem estar associados a casos de infeção respiratória grave. Desde o início da época 2015/2016 até à semana 7/2016, os laboratórios da Rede notificaram 3.841 casos de SG, dos quais 621 foram positivos para o vírus da gripe [558 vírus A(H1)pdm09, 13 vírus do tipo B, 4 vírus A(H3) e 43 vírus do tipo A não subtipados]. Foram também detetados outros agentes respiratórios em 1274 casos de SG sendo o vírus sincicial respiratório (RSV) o detetado com maior frequência. Nas últimas semanas verificou-se uma tendência decrescente no número de vírus respiratórios identificados. 120 Casos positivos para gripe (n) 100 C Infeções Mistas C B A não subtipado A(H3) A(H1)pdm09 80 60 40 20 19/2016 20/2016 21/2016 18/2016 19/2016 18/2016 17/2016 17/2016 16/2016 15/2016 14/2016 13/2016 12/2016 11/2016 9/2016 10/2016 8/2016 7/2016 6/2016 5/2016 4/2016 3/2016 2/2016 1/2016 53/2015 52/2015 51/2015 50/2015 49/2015 48/2015 47/2015 46/2015 45/2015 44/2015 43/2015 42/2015 41/2015 40/2015 39/2015 38/2015 0 Semanas Figura 8 — Distribuição semanal de casos positivos para o vírus da gripe detetados na época 2015/2016. 140 Bocavírus Metapneumovírus Parechovírus Coronavírus Vírus Sincicial Respiratório Infecções mistas Bacterias Adenovírus Vírus Parainfluenza Picornavírus (hRV/hEV) Casos positivos para outros AR 120 100 80 60 40 20 21/2016 20/2016 16/2016 15/2016 14/2016 13/2016 12/2016 11/2016 10/2016 9/2016 8/2016 7/2016 6/2016 5/2016 4/2016 3/2016 2/2016 1/2016 53/2015 52/2015 51/2015 50/2015 49/2015 48/2015 47/2015 46/2015 45/2015 44/2015 43/2015 42/2015 41/2015 40/2015 39/2015 38/2015 0 Semanas Figura 9 — Distribuição semanal de casos positivos para outros agentes respiratórios (AR) detetados na época 2015/2016. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 15-21 fevereiro / 27-12-2015 2016 6 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Vigilância laboratorial Caraterização do vírus da gripe REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA E REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE Vírus da gripe A(H1)pdm09: Os 141 vírus da gripe A(H1)pdm09 isolados e caraterizados antigenicamente são semelhantes à estirpe vacinal A/California/7/2009, contemplada na vacina antigripal do Hemisfério Norte 2015-2016. Os 20 vírus caraterizados geneticamente pertencem ao grupo genético 6B representado pela estirpe A/South Africa/3626/2013, dos quais 10 apresentam as caraterísticas do subgrupo emergente 6B.1. Vírus da gripe A(H3): Dos 5 vírus da gripe A(H3) caraterizados, 3 pertencem ao grupo genético 3C.3a representado pela estirpe A/Hong Kong/4801/2014 e 2 ao grupo genético 3C.2a representado pela estirpe A/ Switzerland/9715293/2013, contemplada na vacina antigripal do Hemisfério Norte 2015-2016. Vírus da gripe B: Dos 4 vírus caraterizados, 2 são da linhagem Yamagata e pertencem ao grupo genético 3, sendo semelhantes à estirpe B/Phuket73073/2013, contemplada na vacina antigripal do Hemisfério Norte 2015-2016. Os outros dois vírus influenza B são da linhagem Victoria, pertencem ao grupo genético 1A, representado pela estirpe de referência B/Brisbane/60/2008. Suscetibilidade aos antivirais A maioria dos vírus da gripe circulantes são suscetíveis aos antivirais inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir), no entanto em casos raros e esporádicos foram identificados, a nível mundial, vírus da gripe A(H1) pdm09 e A(H3) resistentes ao oseltamivir. A análise da suscetibilidade ao oseltamivir (inibidor da neuraminidase) em 348 vírus da gripe A(H1)pdm09 não revelou a presença da mutação H275Y no gene neuraminidase, associada à resistência ao oseltamivir. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 15-21 fevereiro / 27-12-2015 2016 7 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. [email protected]. Severidade Internamentos por gripe em Unidades de Cuidados intensivos REDE DE HOSPITAIS PARA A VIGILÂNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS Foram admitidos 8 novos casos de gripe nas 25 UCI que reportaram informação, estimando-se em 3,4% a taxa de admissão por gripe em UCI. Este valor é inferior ao estimado na semana anterior. Em todos os doentes foi identificado o vírus influenza A(H1N1)pdm09. Metade dos doentes (4; 50%) tinha idade compreendida entre 15 e 64 anos e metade tinha 65e+ (4; 50%). Dos 5 doentes com estado vacinal conhecido apenas 1 (20%) estava vacinado contra a gripe sazonal. Verificou-se que 6 doentes (75%) tinham doença crónica subjacente, considerada de risco para a evolução do quadro de gripe. Foi prescrito oseltamivir a todos os doentes; foram submetidos a ventilação mecânica invasiva 7 (87,5%) e 3 (37,5%) tiveram suporte de ECMO. Em todos os casos foi identificado o vírus Influenza A(H1N1)pdm09. Considerando o número reduzido de casos gerado por esta fonte de informação, a interpretação destes dados deverá ser cautelosa. 16 14 12 10 8 6 4 2 42/2013 45/2013 48/2013 51/2013 2/2014 5/2014 8/2014 11/2014 14/2014 17/2014 20/2014 41/2014 44/2014 47/2014 50/2014 1 /2015 4/2015 7/2015 10/2015 13/2015 16/2015 19/2015 40/2015 43/2015 46/2015 49/2015 52/2015 2/2016 5/2016 8/2016 11/2016 14/2016 17/2016 20/2016 0 40/2012 43/2012 46/2012 49/2012 52/2012 3/2013 6/2013 9/2013 12/2013 15/2013 18/2013 Taxa de admissão por gripe em UCI (%) Desde o início da época foram reportados 113 casos de gripe admitidos em UCI. Verificou-se que 72 doentes (63,7%) tinham idade compreendida entre 15 e 64 anos, 34 (30,1%) tinham 65 e mais anos e 7 (6,2%) tinham menos de 15 anos de idade. Dos 65 doentes em que o estado vacinal era conhecido apenas 4 (6,2%) estavam vacinados contra a gripe sazonal. Registou-se que 76 doentes (67,3%) tinham doença crónica subjacente, considerada de risco para a evolução do quadro de gripe. Foi prescrito oseltamivir a 107 (94,7%) doentes; foi aplicada ventilação mecânica invasiva a 83 (74,1%) e 16 (15,2%) tiveram suporte de ECMO. Foi identificado o influenza A em todos os doentes, sendo 103 (91,2%) (H1N1)pdm09; 10 não foram subtipados. Desde o início da época foi ativada a reserva de zanamivir para 4 doentes com gripe. Semanas Figura 10 — Evolução semanal da taxa de admissão em Unidades de Cuidados Intensivos de casos de gripe desde a época 2012/2013. Tabela 2— Evolução semanal do número e percentagem de casos de gripe em Unidades de Cuidados Intensivos na época 2015/2016. 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 1 2 3 4 5 6 7 Nº de casos de gripe 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 0 4 14 8 11 11 17 20 16 8 Nº de hospitais que reportaram 19 17 19 12 19 19 21 19 16 17 18 14 20 21 22 24 25 23 21 23 20 Nº de UCI que reportaram 25 22 24 16 24 23 26 23 21 22 23 19 24 26 27 28 30 28 26 26 25 Nº total de admissões 279 238 251 162 257 254 271 264 230 238 222 204 240 257 301 314 365 352 311 298 236 % de doentes admitidos em UCI 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,4 0,9 0,0 1,7 5,4 2,7 3,5 3,0 4,8 6,4 4,4 3,4 Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 7 9 Semana 07 52 | |21-12-2015 15-21 fevereiro / 27-12-2015 2016 10 ... Total 113 8 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Impacte Mortalidade por todas as causas SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE | INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO | INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA E EQUIPAMENTOS DA JUSTIÇA Mortalidade observada com valores de acordo com o esperado. Óbitos Limite de confiança 95% da linha de base 300 Linha de base Taxa de incidência 3000 250 2500 Óbitos (n) 200 2000 A(H3) A(H3) B/A(H3) 150 A(H1)pdm09 1500 A(H1)pdm09/B 100 1000 B/A(H1)pdm09 A(H1)pdm09/A(H3) B/A(H1) 50 500 12/2016 52/2015 39/2015 26/2015 13/2015 52/2014 39/2014 26/2014 13/2014 52/2013 39/2013 26/2013 13/2013 52/2012 39/2012 26/2012 13/2012 52/2011 39/2011 26/2011 13/2011 52/2010 39/2010 26/2010 13/2010 53/2009 40/2009 27/2009 1/2008 14/2009 40/2008 27/2008 1/2007 14/2008 0 40/2007 0 Taxa de incidência de SG /105 habitantes 3500 Semana Figura 11 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal por 105 habitantes e vírus predominante por época gripal, desde a semana 40 de 2007. 3500 Óbitos (n) 3000 2500 2000 1500 1000 Óbitos 500 40/2014 42/2014 44/2014 46/2014 48/2014 50/2014 52/2014 2/2015 4/2015 6/2015 8/2015 10/2015 12/2015 14/2015 16/2015 18/2015 20/2015 22/2015 24/2015 26/2015 28/2015 30/2015 32/2015 34/2015 36/2015 38/2015 40/2015 42/2015 44/2015 46/2015 48/2015 50/2015 52/2015 1/2016 3/2016 5/2016 7/2016 9/2016 11/2016 13/2016 15/2016 17/2016 19/2016 0 Semana Figura 12 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, desde a semana 40 de 2014. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 9 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de síndrome gripal e mortalidade REDE MÉDICOS-SENTINELA | INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA | SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no mês de janeiro, o valor da temperatura mínima do ar, 7.07 °C, foi muito superior ao valor médio (+2.53 °C), sendo o 6º mais alto desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, na semana de 15 a 21 de fevereiro de 2016 foi de 2.0 °C (valor muito abaixo do normal). De acordo com a previsão mensal do IPMA, na temperatura média semanal preveem-se valores abaixo do normal, para as regiões Centro e Sul, nas semanas de 22/02 a 28/02 e de 29/02 a 06/03, para todo o território, na semana de 07/03 a 13/15, e apenas para a faixa litoral oeste das regiões Centro e Sul na semana de 14/03 a 20/03. Figura 13 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, temperatura mínima média (Continente) taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG) por 105 habitantes na época 2015/2016. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 10 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Situação internacional: Europa Na semana 6/2016, 29 dos 46 países que reportaram dados de atividade gripal, registaram uma atividade gripal de intensidade moderada. Bielorrússia, Finlândia, Grécia e Suíça reportaram uma atividade gripal elevada. 12 países reportaram uma atividade gripal de baixa intensidade. Salienta -se que em 13 países se observou um decréscimo da atividade gripal. No que se refere à dispersão geográfica, 32 países referiram atividade gripal epidémica. Apenas 11 países registaram atividade local ou esporádica, 1 país reportou ausência de atividade gripal. Na semana 6/2016, a proporção de amostras sentinela positivas para vírus da gripe foi de 44 %. Nesta semana, 65 % dos vírus identificados pertenciam ao tipo A, sendo que o subtipo A(H1N1)pdm09 foi identificado em 90 % dos vírus subtipados. Em relação aos vírus do tipo B, manteve -se o predomínio dos vírus B/Victoria. Durante a semana 6/2016, 9 dos 12 países reportaram dados sobre infeções respiratórias agudas graves, observando-se um aumento do número de casos no Azerbaijão, Cazaquistão e Geórgia mas um decréscimo na Rússia, Bielorrússia e Ucrânia. Estes casos corresponderam maioritariamente a indivíduos com idade inferior a 65 anos. Nos casos positivos para gripe, o vírus predominante foi o A(H1N1) pdm09. Desde o início da época, muitos dos casos hospitalizados com gripe confirmada laboratorialmente estiveram associados a infeções por A(H1)pdm09 e ocorreram em indivíduos com idade compreendida entre os 15 e os 65 anos de idade. Na presente época, a maioria dos vírus A(H1N1)pdm09, A(H3N2) e B são semelhantes às estirpes recomendadas para as vacinas antigripais trivalente e quadrivalente de 2015/2016 para o hemisfério norte, salienta-se, no entanto, que os vírus B/Victoria em circulação não estão contemplados na vacina trivalente em uso em muitos dos países europeus. Desde a semana 40/2015 foi, esporadicamente observada, suscetibilidade reduzida ao Oseltamivir em 5 vírus A(H1N1)pdm09 e em apenas 1 vírus A(H3N2). Informações disponíveis em: http://flunewseurope.org/ Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 11 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Situação internacional: Europa Figura 14 — Intensidade da atividade gripal na Europa, semana 6/2016. Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Nota: A informação da situação internacional à data da publicação deste boletim é referente à semana anterior. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 12 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Nota metodológica Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe é composto pelas Na presente época, o Sistema de Nacional de Vigilância da Gripe foi seguintes redes: ativado em outubro de 2015, na semana 40 e funcionará até à ■ Rede Médicos-Sentinela; semana 20, em maio de 2016. A componente clínica deste sistema ■ Serviços de Urgência /Obstetrícia; manter-se-á ativa durante todo o ano de 2016. ■ Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe; ■ Parte da informação resultante da vigilância é semanalmente publicada, à quinta-feira, no presente boletim, publicado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e basea- Unidades de Cuidados Intensivos; Este programa tem início no princípio de outubro, termina em do no conjunto de dados e informações gerados pelos 6 compo- maio do ano seguinte e integra componentes clínicas e laboratoriais nentes descritos a seguir, sumariamente. Fontes de informação e indicadores produzidos Fontes Indicadores Taxa de incidência de síndroma gripal na população geral, identificação e Rede Médicos-Sentinela caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais) Serviços de Urgência/Obstetrícia Identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais) Vigilância Laboratorial Resistência do vírus da gripe aos antivirais por tipo e subtipo Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos Caraterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção Vigilância Diária da Mortalidade Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal respiratória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos Rede Médicos-Sentinela A Rede Médicos-Sentinela (MS) é um sistema de informação em saúde constituído por cerca de 123 Médicos de Família, distribuídos pelo território do Continente e Regiões Autónomas, cuja atividade profissional é desempenhada em Unidades de Saúde Familiar (USF) ou Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos utentes inscritos nas listas dos MS que estiveram “ativos” em determinada semana, i.e., que reportaram, pelo menos, 1 caso de doença ou que informaram explicitamente não terem casos para reportar. Definição de caso: Síndroma gripal (usada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC): A participação destes médicos é voluntária e consiste na notifi- Início súbito, cação semanal, para o Departamento de Epidemiologia do INSA, dos novos casos de síndroma gripal (numerador para o cálculo 1 dos seguintes sintomas sistémicos: + da taxa de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das respetivas listas (componente clínica do sistema de vigilância); simultaneamente, enviam para o laboratório, exsudados nasofa- ■ ríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e ■ ■ ■ + tipificação dos vírus (componente laboratorial). As estirpes do vírus da gripe isoladas são caraterizadas antigénica e geneticamente, permitindo avaliar a sua semelhança com as estirpes vacinais e ainda monitorizar a ocorrência de mutações. 1 dos seguintes sintomas respiratórios: ■ ■ ■ Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Febre ou febrícula, Mal-estar, debilidade, prostração, Cefaleia, Mialgias ou dores generalizadas. Época 2015/2016 Tosse, Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou faríngea sem sinais respiratórios relevantes, Dificuldade respiratória. Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 13 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Serviços de Urgência/Obstetrícia Vigilância Laboratorial A Rede dos Serviços de Urgência/Obstetrícia é operacionalizada O diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e outros vírus respirató- pelos Serviços de Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento rios é efetuado em amostras biológicas do trato respiratório supe- Permanente ou similares dos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na componente laboratorial que constitui um indicador precoce do início de circulação do vírus da gripe rior (exsudado da nasofaringe) de doentes com SG. São utilizadas em cada época de vigilância. Enviam para o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios permitem a identificação dos tipos e subtipos do vírus da gripe [A (H1)pdm09, A(H3), B(Yamagata), B(Victoria)] e a identificação de no INSA, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de outros vírus respiratórios [Rinovirus Humano (hRV), Vírus sincicial gripe, para identificação e tipificação dos vírus da gripe e outros respiratório (RSV), Coronavírus Humano (hCoV), Adenovirus (AdV), vírus respiratórios. Os casos são selecionados de acordo com a opinião do médico tendo em conta a definição de caso de síndro- Metapneumovirus Humano (hMPV) e Vírus Parainfluenza (PIV)]. A caraterização antigénica dos vírus da gripe é efetuada pela metodo- ma gripal usada pelo ECDC. logia clássica de inibição de hemaglutinação e a caraterização metodologias de diagnóstico molecular, nomeadamente a amplificação do genoma viral por PCR em multiplex. Estas metodologias genética é baseada na sequenciação genómica do gene da hema- Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe Rede ativada em 2009 pelo Despacho Ministerial nº 16548/2009, de 21 de julho (Diário da República, 2ª série, nº 139: 28507), é atualmente constituída por 16 laboratórios, na sua maioria de hospitais do Continente e Regiões Autónomas. Assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe que estão na origem de casos mais graves de infeção respiratória viral. A análise laboratorial envolve a utilização de métodos de biologia molecular para a caraterização dos vírus da gripe em circulação na população. Em colaboração com o laboratório de referência do INSA é efetuado o isolamento das estirpes do vírus da gripe e a sua caraterização antigénica e genética. A população sob vigilância é constituída pelos utentes com infeção respiratória, pertencentes à área de influência dos hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe. Hospitais participantes em 2015/2016: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. (Hospital de São José e Hospital de Curry Cabral), Hospital de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital Central do Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E., Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo (Évora), Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve). Hospitais notificadores em 2015/2016: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. (Hospital de São José e Hospital de Curry Cabral), Centro Hospitalar de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E., Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe glutinina. Para a monitorização da suscetibilidade dos vírus da gripe aos antivirais inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir) é efetuada a pesquisa de marcadores moleculares de resistência e a caracterização fenotípica (determinação do IC50) em estirpes do vírus da gripe isoladas em cultura celular no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios. Unidades de Cuidados Intensivos Na época 2011/2012 foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer a vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6 hospitais. Nas épocas seguintes, utilizando a metodologia testada, foi possível estender a vigilância a mais hospitais. Hospitais participantes em 2015/2016: Centro Hospitalar Alto Ave (H. Guimarães), Centro Hospitalar Lisboa Central, E.P.E. (H. S. José, H. Curry Cabral, H. Capuchos, H. D. Estefânia e H. Stª. Marta), Centro Hospitalar Cova da Beira (H. da Covilhã), Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (H. São Francisco Xavier e H. Egas Moniz), Centro Hospitalar de S. João E.P.E, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar do Algarve (H. do Barlavento Algarvio), Centro Hospitalar do Médio Tejo (H. de Abrantes), Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E (H. Stª Maria e H. Pulido Valente), Centro Hospitalar Tondela Viseu (H. S. Teotónio), Hospital Beatriz Ângelo, Hospital Cuf Descobertas, Hospital Distrital de Castelo Branco, Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, Hospital do Litoral Alentejano, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, Hospital de Vila Franca de Xira, British Hospital. Definição de caso: Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais participantes, com gripe confirmada laboratorialmente. Vigilância Diária da Mortalidade O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactes de eventos ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de mortalidade. Este sistema funciona com base num protocolo de cooperação entre o INSA e Instituto de Gestão Financeira e Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 14 Ins tituto Nac iona l de Saúde Do utor Rica rdo J orge, I.P . Equipamentos da Justiça, I.P. (IGFEJ) do Ministério da Justiça. Para isso, diariamente o IGFEJ envia de forma automática o número de óbitos registados no dia anterior em todo o país. Esta componente pretende avaliar o impacto da epidemia de gripe em termos de severidade. Atividade gripal epidémica disseminada Definição de caso: Indicadores da intensidade da atividade gripal Óbito, por qualquer causa, de individuo residente em Portugal. Taxa de incidência de SG, por mais de duas semanas consecutivas, acima da área de atividade basal e com uma tendência crescente, associada à confirmação da presença de vírus da gripe. A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a informação de vigilância recolhida através das várias fontes de Definições utilizadas dados e é avaliada tendo em consideração a informação histórica nacional sobre a gripe, segundo o método MEM (Moving Epidemic Época de Gripe Definida como o período de tempo de aproximadamente 33 Method). semanas que decorre entre a semana 40 de um determinado ano Ausência (início de outubro) e a semana 20 do ano seguinte (meados de maio). Taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal. Linha de base e respetivo limite superior do intervalo de confiança a 95% Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo de valores da taxa de incidência correspondente a uma circulação esporádica de vírus da gripe. Permite definir períodos epidémicos, comparar as epidemias anuais em função da sua intensidade e duração e determinar o impacto dessas epidemias na comunidade. Baixa Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior à área de atividade basal mas inferior ou igual a 83,04/105. Moderada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior a 83,04/105 e inferior ou igual a 127,24/10 5. Atividade gripal Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença, medido pela estimativa semanal da taxa de incidência de SG e do seu posicionamento relativo à área de atividade basal, e pelo número de vírus. Alta Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 127,24/105 e inferior ou igual a 143,60/10 5. Muito Alta Indicadores de dispersão geográfica da atividade gripal Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 143,60/105. Ausência de atividade gripal Pode haver notificação de casos de SG mas a taxa de incidência permanece abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a Indicadores da tendência da atividade gripal Estável confirmação laboratorial da presença do vírus da gripe. Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram Atividade gripal esporádica Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por vírus da gripe, associados a uma taxa de incidência de SG que em tendência crescente nem decrescente. Crescente permanece abaixo ou na área de atividade basal. Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente. Surtos locais Decrescente Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus da Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente. gripe confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em áreas delimitadas e/ou instituições (escolas, lares, etc.), permanecendo a taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal. Atividade gripal epidémica Taxa de incidência de SG acima da área de atividade basal, associada a uma confirmação laboratorial da presença de vírus da gripe. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Percentagem de doentes com gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos Percentagem de doentes com gripe admitidos, em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), em determinada semana = nº de admissões por gripe confirmada, em UCI, na referida semana/ nº de admissões por qualquer causa, em UCI, na mesma semana x 100 utentes. Época 2015/2016 Semana 07 52 | |21-12-2015 21-27 fevereiro 15-21 Dezembro / 27-12-2015 2016 2015 15