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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: VIABILIDADE DO PROTOCOLO DE TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO PARA ÉGUAS
RECEPTORAS ACÍCLICAS
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA
AUTOR(ES): IZABELLE BALBI JARDIM, JULIANA MORELLI DUARTE
ORIENTADOR(ES): MARICY APPARICIO FERREIRA
COLABORADOR(ES): ANDRÉ FREIRE, LUIS ALBERTO LOPES, SILAS EDUARDO FREIRE
RESUMO
Éguas doadoras das raças Quarto-de-milha e Mangalarga (n=40) foram
utilizadas durante a estação de monta 2012/2013 para presente experimento.
As éguas foram alocadas em dois grupos: éguas em anestro submetidas ao
protocolo hormonal para recepção de embrião (Grupo 1: n=20), éguas cíclicas
controle (Grupo 2: n=20). O protocolo hormonal seguiu o seguinte cronograma:
5 mg de benzoato de estradiol (BE) no dia da ovulação da doadora (D0) , 4 mg
de BE no D1, progesterona de longa no D2 e administração semanal de
progesterona de longa ação do D9 ao D120. O intuito do protocolo seria
mimetizar um ciclo estral natural, preparar o utero da égua para recepção do
embrião e mimetizar a manutenção da gestação pela progesterona liberada
pelo corpo lúteo. A partir do D120 a progesterona é secretada pela placenta,
não sendo mais necessário a administração de progesterona. O protocolo foi
realizado somente nos animais que exibiram edema uterino (presença de
dobras na imagem ultrasonográfica) após as aplicações de BE (D1 e D2). O
grupo controle foi submetido a transferências de embrião durante um ciclo
fisiológico.Todas as éguas foram escaneadas por ultrasonografia transretal nos
dias 15 e 60 após transferência dos embriões para diagnóstico de gestação.
Não houve diferença significativa entre a fertilidade nos dois grupos até o
momento.
.
INTRODUÇÃO
As éguas são animais de ciclicidade estacional de dias longos (verão),
por isso sua estação reprodutiva ocorre de outubro a março, fora desse período
elas entram em transição e posteriormente em anestro.
Atualmente, uma boa alternativa para transferência de embrião em
éguas receptoras em anestro estacional é utilizar o ciclo artificial. Administrase estrógeno e Progesterona (P4) visando mimetizar um ciclo natural, preparar
o útero da égua para recepção do embrião e mimetizar a manutenção da
gestação. O uso do protocolo facilita o manejo reprodutivo dos eqüinos,
podendo continuar com transferências de embriões ao longo do ano.
A progesterona é aplicada para preparar o endométrio para a
implantação e a manutenção da prenhez, aumentando a atividade secretora
das glândulas do endométrio e inibir a motilidade do miométrio, mimetizando a
função fisiológica (HAFEZ, 2004). Melhora o tônus uterino de éguas no início
da gestação, causa espessamento uterino e tônus característico da fase de
Diestro, similarmente ao que ocorre na gestação. Alguns autores afirmam que
para obter um tônus uterino de máxima intensidade (semelhante ao encontrado
entre o 16º e o 25º dias de gestação), a P4 deve estar associada ao estrógeno.
Devido suas funções devemos levar em consideração que a aplicação de P4 é
essencial, visto que se houver falha na aplicação semanal do hormônio levará
a perda gestacional.
OBJETIVO
Trabalhos recentes demonstraram que o tratamento com o protocolo de
benzoato de estradiol e progesterona é seguro na manutenção da gestação,
permitindo a obtenção de bons índices na taxa de prenhez após transferência
de embriões. Esse trabalho objetivou preparar éguas em anestro como
receptoras de embrião utilizando o protocolo e avaliar a viabilidade do mesmo
nas doses descritas, comparado a Transferência de Embrião em éguas em
ciclicidade fisiológica.
METODOLOGIA
Utilizamos n=40, dividindo os éguas receptoras em: grupo 1 (protocolo): n=20 e
grupo 2 (controle): n=20; protocolo utilizando os hormônios Benzoato de
Estradiol e Progesterona de Longa Ação; ultrasonografia para diagnóstico de
gestação.
DESENVOLVIMENTO
. Para coleta de dados deste trabalho participamos da rotina da central
de reprodução Freire, acompanhando a estação de monta 2012/2013,
conduzida pelos veterinários e responsáveis, Silas e André Freire. Fez-se
coleta de embriões das doadoras e transferência para as receptoras na
estação de monta (grupo 2) e utilizando o protocolo em éguas receptoras em
anestro (grupo 1). Fez-se diagnóstico de gestação por ultrasonografia em todos
os animais nos dias 15 e 60 após transferência. No primeiro confirmou-se 13
gestações no grupo 1 e 11 gestações no grupo 2 e no segundo 12 gestações
no grupo 1 e 11 gestações no grupo 2.
RESULTADOS PRELIMINARES
Não houve perdas significativas entre os grupos G1 e G2 até agora, isso
pode significar que o protocolo é viável para éguas receptoras de embrião em
anestro e seguros para manutenção da gestação.
FONTES CONSULTADAS

ALMEIDA, H.B.; VIANA, W.G.; ARRUDA, R.P.; OLIVEIRA, C.A.
Sincronização de estro e dinâmica folicular de éguas Crioulas
submetidas a tratamentos com norgestomet, acetato de melengestrol e
altrenogest. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. São Paulo, v.38, n.6, p.267272, 2001.

CAIADO, J.R.C.; FONSECA, F.A.; SILVA,J.F.S.; FONTES, R.S.
Tratamento de éguas receptoras de embrião visando sua utilização no
segundo dia pós ovulação. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, n.2,
p.360-368.2007.

HAFEZ, E.S.E. Reprodução Animal. 7º Ed. São Paulo. Manole, 2004.

JACOB, J.C.F.; SANTOS, G.O.; OLIVEIRA, J.P.; GASTAL, M.O.;
GASTAL, E.L. Elevation of reproductive parameters in a commercial
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
KAERCHER, Fernanda. Técnica Hormonal em receptoras eqüinas em
período de anestro comparadas com éguas cíclicas. 2011. 48 f.
Dissertação. Pós-graduação em ciência animal – Patologia. Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. São José dos Pinhais, 2011.

WILSHER,S.; KOLLING, M.; ALLEN, W.R. Meclofenamic acid extends
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Journal, v.38, n.5, p.428-432, 2006.

RIERA,F. General Techniques and organization of large commercial
embryo transfer programs. In: PROCEEDINGS OF THE SOCIETY FOR
THERIOGENOLOGY, ANNUAL CONFERENCE, 2011. Milwaukel, WI,
USA. Clinical Theriogenology Contents September 2011, Volume 3,
Number 3.
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