NOÇÕES BÁSICAS EM ANATOMIA HUMANA I PROF. RUBENS SILVA MATERIAL DE APOIO 2007.2 2 ANATOMIA HUMANA (ou Antropotomia) Ciência que descreve a forma externa do corpo do homem e da mulher, seu desenvolvimento, sua arquitetura e sua estrutura, a situação e as relações dos órgãos, e que estuda o “valor morfológico”1 do todo e de suas partes. Ana (distributivo, em partes) e Tomé, (corte) ou temnein (cortar) RAMOS DA ANATOMIA Citologia Estudo da célula Histologia Estudo dos tecidos e da formação dos órgãos Embriologia Estudo do embrião (desde o 7º dia após a concepção até o fim do 2º mês de vida intrauterina) Anatomia Radiológica Estudo por meio de Raios X Anatomia Antropológica Estudo dos tipos raciais Anatomia Biotipológica Estudo dos tipos morfológicos Anatomia Comparativa Estudo comparado de espécies Anatomia de Superfície Estudo dos relevos morfológicos superficiais Anatomia Funcional Humana Relaciona as estruturas corporais com as características fisiológicas Anatomia do Adulto Anatomia do Idoso DIVISÃO DA ANATOMIA SISTÊMICA – estudo anatômico isoladamente, por sistemas: esquelético, articular, muscular, circulatório, linfático, respiratório, digestório, nervoso, urinário, tegumentar, endócrino*, sensorial*, tegumentar. (*) não são contemplados na Terminologia anatômica (1998 e 2000) TOPOGRÁFICA – estuda os elementos de todos os sistemas que se encontram dentro de seus limites superficiais e profundos TERMINOLOGIA ANATÔMICA É a base da linguagem técnica em Anatomia, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Terapia Ocupacional e demais ciências da saúde que tratam da estrutura do homem. (Di Dio, 2002) É o conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes. A língua oficialmente adotada é o latim, por ser uma língua “morta”, porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. (Dângelo e Fattini, 2004) Os termos em Anatomia indicam: o Forma: músculo trapézio o Trajeto: artéria circunflexa da escápula o Relação com o esqueleto: artéria radial o Conexões ou inter-relações: ligamento sacro-ilíaco o Função: músculo levantador da escápula o Critério misto: músculo flexor superficial dos dedos (função e situação) Epônimos (nome de pessoas para designar coisas) Abolidos. 1 “Valor Morfológico” = avaliação das estruturas, das quais se procura determinar a natureza, a razão de sua existência e a função que desempenham”. (Di Dio, 2002) 3 Abreviaturas Usadas Para os Termos Gerais de Anatomia: a. – artéria aa. – artérias fasc. – fascículo gl. – glândula lig. – ligamento ligg. – ligamentos m. – músculo mm. – músculos n. – nervo nn. – nervos r. – ramo rr. – ramos v. – veia vv. – veias VARIAÇÃO ANATÔMICA, NORMALIDADE, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE Variação Anatômica diferenças morfológicas entre diferentes indivíduos ou órgãos sem prejuízo para a função. Ex.: a postura de indivíduos, diferenças no tamanho da cabeça entre raças, etc. Normalidade padrão que ocorre no corpo do indivíduo, ocorre na maioria dos casos, é mais freqüente estatisticamente. Ex.: o coração, normalmente, se localiza na região do mediastino médio. Anomalia Variações morfológicas que acarretam prejuízo funcional. Ex.: o indivíduo nascer com um dedo a mais em uma das mãos. Monstruosidade Anomalia acentuada incompatível com a vida. Ex.: Agenesia (não formação) do encéfalo. POSIÇÃO ANATÔMICA É a referência-padrão do corpo usada para descrever a localização de estruturas. (Gray’s, 2005) OBS: o indivíduo pode estar em qualquer posição, mas o observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na “posição anatômica” (Di Dio, 2000) Posição bípede (em pé ou em posição ereta ou ortostática) Face voltada para frente com o olhar dirigido horizontalmente Membros superiores estendidos ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente com os dedos justapostos. Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés voltadas para frente. A boca está fechada e a expressão facial é neutra. (Gray’s, 2005) EIXOS DO CORPO HUMANO Eixo = linha imaginária que passa pelo centro de um corpo e em volta do qual este executa movimento de rotação TRANSVERSAL OU LATEROLATERAL (homopolar) Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os movimentos de Flexão e Extensão; perpendicular ao Plano Sagital ÂNTERO-POSTERIOR OU SAGITAL (Seta) (heteropolar) Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos de Abdução e Adução; perpendicular ao Plano Frontal LONGITUDINAL, VERTICAL SÚPERO-INFERIOR OU CRÂNIOCAUDAL Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos de Rotação Medial e Rotação Lateral; perpendicular ao Plano Horizontal ou Transversal 4 PLANOS DE SECÇÃO (Dividir/Cortar) Três grupos principais de planos atravessam o corpo na posição anatômica: SAGITAL MEDIANO Divide o corpo em duas partes simétricas (direita e esquerda) FRONTAL (fronte ou testa) OU CORONAL (coroa) são orientados verticalmente e dividem o corpo em partes diferentes (anterior e posterior) TRANSVERSO OU TRANSVERSAL OU HORIZONTAL Divide o corpo em duas partes diferentes (superior e inferior). TERMOS GERAIS DE DIREÇÃO Designam a posição dos órgãos e partes do corpo e suas relações uns com os outros em referência à posição anatômica. ANTERIOR-POSTERIOR = na frente-atrás VENTRAL-DORSAL = em direção ao ventre-em direção ao dorso (sinônimo de anterior posterior) SUPERIOR-INFERIOR = acima-abaixo CRANIAL-CAUDAL = em direção à cabeça-em direção à cauda DIREITO-ESQUERDO INTERNO-EXTERNO = situado dentro-situado fora (em relação a uma cavidade) SUPERFICIAL-PROFUNDO = localizado superficial ou profundamente em relação à superfície do corpo. MÉDIO = é o que está no meio, em qualquer direção: uma superior e outra inferior, ou uma superficial e outra profunda. INTERMÉDIO = que está entre duas estruturas uma lateral e outra medial ou direita-esquerda MEDIANO = localizado na linha mediana, na metade do corpo MEDIAL-LATERAL = próximo ou longe do plano mediano do corpo FRONTAL = localizado no plano frontal ou em relação à fronte LONGITUDINAL = que corre longitudinalmente, paralelo ao eixo longitudinal. SAGITAL = situado em um plano paralelo ao plano sagital mediano TRANSVERSAL = situado em um plano transversal TRANSVERSO = que corre transversalmente. PROXIMAL = o que está mais perto do ponto de inserção ou de origem DISTAL = o que está longe do ponto de inserção ou de origem (SOBOTTA, 2000) 5 PRINCIPAIS PARTES DO CORPO HUMANO Cabeça Fronte Occipital Têmporas Orelha Face Olho Nariz Bochecha Boca Mento Membro Superior Cíngulo do membro Superior Axila Braço Cotovelo Antebraço Mão Carpo Metacarpo Palma Dorso da mão Dedos da mão Pescoço Membro Inferior Tronco Tórax Peito (frente do tórax) Abdome Pelve Dorso, costas Cíngulo do membro inferior Nádegas Quadril Coxa Joelho Região poplítea Perna Sura Pé Tarso Calcanhar Metatarso Planta Dorso do pé Dedos do pé (antigos artelhos) Cavidades Cavidade do crânio Cavidade torácica Cavidade abdominopélvica Cavidade abdominal Cavidade pélvica Tórax Peito (frente do tórax) Abdome Pelve Dorso, costas (Terminologia Anatômica Internacional, 2001; Di Dio, 2002) 6 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA OSSOS peças duras e calcificadas; possuem origem, estrutura e função semelhantes. ASPECTO MACROSCÓPICO: Substância Óssea Compacta: o Densa, sólida. Lamínulas de tecido ósseo firmemente aderidas umas às outras, sem espaço livre interposto. o Predominam na diáfise dos ossos longos o Envolve uma cavidade medular central e longitudinal Substância Óssea Esponjosa o Lamínulas de tecido ósseo são mais irregulares em forma e tamanho, deixando espaços entre si, preenchido pela medula óssea. o Constitui as epífises dos ossos longos, curtos, revestido por fina camada de osso compacto. Periósteo: o Dupla camada de tecido conjuntivo especializado o Reveste os ossos com exceção superfícies articulares. ELEMENTOS DESCRITIVOS DA SUPERFÍCIE ÓSSEA* Articulação de ossos entre si, fixar músculos, ligamentos, cartilagens, etc. Saliências Superfície globosa, serve como superfície articular Cabeça Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação Côndilo Superfície articular achatada ou pouco profunda Face Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação Crista Processo proeminente acima ou lateralmente ao côndilo, serve para fixação Epicôndilo Superfície saliente serve como ponto de fixação Eminência Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação Tubérculo Uma saliência rugosa serve como ponto de fixação Tuberosidade Um grande processo para inserção muscular Trocanter Saliência óssea acentuada serve como ponto de fixação Processo Crista pequena e pouco saliente serve como ponto de fixação Linha Superfície pontiaguda serve como ponto de fixação Espinha Superfície articular em forma de carretel. Tróclea Assim como as saliências, podem ser articulares ou não. Depressões “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares Fossa Uma pequena fossa Fosseta Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda Impressão Depressão alongada em forma de canaleta Sulco Depressão profunda, de formato pontiagudo Fissura Em geral, destinadas à passagem de nervos ou vasos. Aberturas Cavidade de transmissão para nervos e vasos Forame Ou canal, é uma passagem de formato tubular Meato Entrada, abertura que liga duas estruturas Óstios Denominação genérica para pequenos orifícios Poros * Ressalva: “os critérios para estas denominações nem sempre são lógicos, sendo conservados pela consagração do uso”. (DANGELO E FATTINI, 2004) 7 SISTEMA ESQUELÉTICO/OSTEOLOGIA Sistema Esquelético é o conjunto de órgãos que constitui o esqueleto, ou seja, o arcabouço, a armação do corpo (Di Dio, 2002) Osteologia parte da Anatomia Humana que estuda os Ossos estruturas rígidas, esbranquiçadas e resistentes (calcificadas), que possuem origem, estrutura e função semelhante (Di Dio, 2002) DIVISÕES DO ESQUELETO Esqueleto axial: forma o eixo do corpo, e é composto pelos ossos da cabeça, coluna vertebral e tórax. Esqueleto apendicular: forma os membros superiores e inferiores. CATEGORIA ESQUELETO AXIAL CRÂNIO + HIÓIDEO OSSÍCULOS AUDITIVOS (MARTELO, BIGORNA, ESTRIBO) COLUNA VERTEBRAL TÓRAX (COSTELAS/ESTERNO) NÚMERO DE OSSOS (22+ 1) 6 26 25 ESQUELETO APENDICULAR CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR (PEITORAL) MEMBROS SUPERIORES CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR (COXAL) MEMBROS INFERIORES TOTAL 04 60 02 60 206 80 126 206 FUNÇÕES DO ESQUELETO PROTEÇÃO: protege de lesões órgãos vitais internos Ex.: Cavidade Craniana Encéfalo; Canal das Vértebras Medula Espinal; Caixa Torácica Órgãos Torácicos; Pelve Óssea Bexiga Urinária SUPORTE: atua como arcabouço do corpo, dando sustentação aos tecidos moles e provendo pontos de fixação para a maioria dos músculos do corpo. MOVIMENTO: músculos fixados ao esqueleto e ossos se relacionando por articulações móveis, determinam o tipo e a amplitude do movimento que o corpo é capaz de fazer. DEPÓSITO DE MINERAIS: Cálcio, fósforo, potássio e outros minerais são estocados nos ossos do esqueleto. Estes minerais podem ser mobilizados e distribuídos pelo sistema vascular sangüíneo e para outras regiões do corpo. HEMATOPOESE: A medula óssea vermelha de certos ossos produz as células sangüíneas encontradas no sistema circulatório. 8 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS LONGOS: Comprimento maior que a largura e espessura. Ex.: Úmero, Rádio, Ulna, Fêmur, Tíbia, Falanges CURTOS: comprimento, largura e altura se equivalem. Ex.: Carpo (mão), Tarso (pé) PLANOS OU LAMINARES: Comprimento e largura equivalentes, sendo maiores que a espessura. Ex.: Escápula, Frontal, Parietal, Occipital IRREGULARES: Formas variadas, não se encaixando em nenhuma das categorias anteriores. Ex.: Vértebras, Esfenóide, Etmóide PNEUMÁTICOS: Presença de cavidades com ar, cuja função é atuar na fala. Ex.: Frontal, Maxilar, Esfenóide SESAMÓIDES: o que os caracteriza é o local onde estão inseridos: dentro de cartilagem (tendão) ou dentro de cápsula articular. Ex.: Patela, Pisiforme, Hióideo ARTROLOGIA OU SINDESMOLOGIA ARTICULAÇÕES OU JUNTURAS Sindesmologia: do Grego, syndeo, ligar, syndesmos, ligamento. Artrologia – termo mais abrangente, estudo das junturas ou articulações. Juntura – conexão entre partes do esqueleto ou, sentido mais amplo, junção entre duas partes do corpo. Articulação – reservado apenas para o tipo de junctura synovialis, ou seja, juntura sinovial. Sinóvia – Do grego syn, com , öon, ovo, porque o líquido sinovial se parece com o “branco” do ovo. União de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Esta união pode ou não permitir movimento livre, de acordo com o tipo de tecido e as características próprias das articulações. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES TIPOS: Pelo Tecido e pela Liberdade de Movimento Subtipos: forma das superfícies articulares e pelos eixos A. JUNTURAS FIBROSAS (quase imóveis) SINDESMOSE (tecido conjuntivo que forma um ligamento ou membrana interóssea). Ex. sindesmose rádio-ulnar (membrana interóssea e a corda oblíqua); sindesmose tíbio-fibular. (entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula) SUTURA (tem menos tecido conjuntivo que a anterior) somente entre os ossos do crânio. PLANAlinha de junção reta. Ex.: entre os ossos nasais. SERRÁTILdentículos engrenados de ambas as superfícies articulares ósseas. Ex.: entre os parietais. ESCAMOSA superfícies opostas em bisel dos ossos articulares. Ex.: entre o parietal e o temporal. ! ESQUINDILESE superfície em forma de crista de um osso que se aloja em uma superfície em forma de fenda de outro osso. Ex.: crista do osso esfenóide e a fenda entre as asas do vômer 9 ! GONFOSE (do grego, gomphos, prego, pino.). Processo cônico que está inserido numa cavidade. Ex.: cada dente no seu alvéolo (juntura alveolodentária). B. JUNTURAS CARTILAGÍNEAS (semi-móveis, movimentos elásticos) Interposição de uma camada de cartilagem: ! SINCONDROSE – cartilagem hialina. Ex.: sincondrose esfeno-occipital.; cartilagens costais. ! SÍNFISE – fina camada de cartilagem hialina + fibrocartilagem espessa. Ex.: Disco intervertebral ! ! ! ! ! ! ! C. JUNTURAS SINOVIAIS OU ARTICULAÇÕES (livremente móveis) PLANA (não axial) (ossos do carpo, esterno-clavicular, acrômio-clavicular, sacro-ilíaca) GÍNGLIMO, TROCLEAR ou articulação em dobradiça (uniaxial). (art. úmero-ulnar) TROCÓIDE, em PIVÔ (UNIAXIAL) (art. atlanto-axial, rádio-ulnar proximal) ELIPSÓIDE (biaxial) (art. rádio-cárpica, do joelho, úmero-radial) SELAR (biaxial) (art. carpo-metacarpiana do polegar – é a única articulação deste tipo) ESFERÓIDE (triaxial ou multiaxial) (art. gleno-umeral, coxo-femural) D. JUNTURAS ÓSSEAS OU SINOSTOSES ! Soldadura de ossos adjacentes ou partes de um osso. Ex.: entre os ossos hemifrontais; entre as metades das mandíbulas. SINOVIAIS ou DIARTROSE Permitem movimentação livre Movimento limitado somente por ligamentos, músculos, tendões e ossos adjacentes. CARACTERÍSTICAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Cápsula Articular Membrana dupla que envolve e encerra a articulação. membrana fibrosa (externa) e membrana sinovial (interna) Cartilagem articular Fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular dos ossos (são lisas, polidas e esbranquiçadas) Membrana Sinovial Camada mais interna da cápsula articular Liquido Sinovial Produzido pela membrana sinovial (ou bolsa sinovial), é responsável pela nutrição das cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares. Ligamentos Estrutura de tecido conjuntivo denso com a função de unir ossos, permitir e limitar o movimento. MIOLOGIA Músculos estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento e/ou alongamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas (contração/relaxamento). Constituem a parte ativa do movimento. TIPOS DE MÚSCULOS TIPO Músculo Estriado Esquelético IMPULSO CARACTERÍSTICA EXEMPLO Voluntário Localizado no esqueleto Bíceps do braço, Solear Músculo Liso Involuntário Paredes viscerais Estômago, Esôfago, Vasos Músculo Estriado Cardíaco Involuntário Coração Miocárdio MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS 10 É o tipo de músculo responsável pelo movimento. ESTRUTURA MACROSCÓPICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS O Músculo Estriado Esquelético é fixo às estruturas por meio TENDÕES ou APONEUROSES. O tendão caracteriza-se por ter formato de cilindro ou fita. A aponeurose é laminar, ou seja, longa e fina. O VENTRE é a parte contrátil do músculo, é altamente vascularizado, e é composto da seguinte forma: Epimísio – camada mais externa, envolve o músculo. Perimísio – camada intermediária, envolve os fascículos. Endomísio – camada mais interna, envolve o sarcolema, membrana que envolve cada fibra muscular. A FÁSCIA envolve o músculo como um todo, permitindo deslizamento e auxiliando a nutrição. ANÁLISE ANATÔMICA E BIOMECÂNICA DOS MÚSCULOS Análise Anatômica Análise Biomecânica Origem – ponto fixo Inserção Proximal Inserção – ponto móvel Inserção Distal Ação – movimento realizado pelo músculo CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS Critério Quanto à forma do músculo e arranjo das fibras Quanto à origem Quanto à inserção Quanto ao ventre muscular Quanto à ação Característica Disposição paralela: longos comprimento predominante largos comprimento e largura equivalentes Disposição oblíqua – músculos peniformes: unipenados – feixes fixos a uma borda do tendão bipenados – feixes se fixam nas duas bordas Músculos cuja origem se dá por mais de um tendão: bíceps , tríceps ou quadríceps Músculos cuja inserção se dá por mais de um tendão: bicaudados ou policaudados (3 ou mais) Músculos que apresentam mais de um ventre, com tendões intermediários situados entre eles. Digástrico e poligástrico (3 ou mais) Depende da ação principal do músculo: flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador, etc. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS Critério Agonista Antagonista Sinergista Característica O músculo é o agente principal na execução do movimento. Ex: m. Braquial na flexão do antebraço O músculo se opõe ao trabalho de um agonista. Ex: m. tríceps braquial na flexão do antebraço O músculo atua no sentido de evitar algum movimento indesejado produzido pelo agonista. Ex: m. Extensores do carpo na flexão da mão 11 Fixador Postural Os músculos não estão envolvidos diretamente com o movimento principal, mas estabilizam diversas partes do corpo para tornar possível a ação principal. Ex: mm. do dorso ao abaixar para pegar um objeto REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DÂNGELO, L.G; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Rio de Janeiro: Atheneu, 2ª Edição, 2004. DI DIO, L. J. A. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. Rio de Janeiro: Atheneu, 2002. 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