Título do Vídeo: “Espelho Mágico” Nome dos participantes

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Título do Vídeo: “Espelho Mágico”
Nome dos participantes: Cristóvão Medeiros, Luís Borges, Mariana Sousa, Miguel Miranda e Rute
Soares.
Professor responsável: Paulo Luís Alves
Escola: Escola Básica e Secundária de Nordeste
E-mail: [email protected]
Resumo
A nossa experiência passa por diversas etapas de forma a cumprir o nosso objetivo de observar a
formação de um espelho de prata nas paredes internas de um objeto de vidro (iremos utilizar um
gobelé pequeno). Mas o espelho de prata é apenas a base da nossa experiência, que melhorámos e
inovámos. Utilizámos o vidro propositadamente, com o intuito de torná-lo bom condutor de corrente
elétrica. Como já estudámos, o vidro é um exemplo de um material mau condutor de corrente elétrica,
pelo que é considerado um material isolante. Com esta experiência, pudemos “construir” um vidro
bom condutor de energia elétrica, através do espelho de prata, como se poderá perceber
seguidamente.
Conceitos
Nesta experiência é importante relembrar alguns conceitos necessários à sua compreensão. Destes
podemos destacar os seguintes:
- Corrente elétrica: deslocamento de cargas elétricas, sob a forma de eletrões.
- Bom condutor elétrico: material que se deixa atravessar pela corrente elétrica.
- Mau condutor ou isolador: material que não se deixa atravessar pela corrente elétrica e que,
portanto, dificilmente a conduz.
- Vidro: material sólido e amorfo.
O vidro é considerado um mau condutor elétrico. No entanto, criámos um vidro “mágico”, que é capaz
de conduzir a eletricidade através do espelho de prata.
Protocolo Experimental (máximo de 250 palavras)
Segurança:
É oportuno salientar que o nitrato de prata em contato com a pele provoca manchas. Assim sendo,
torna-se importante o uso de luvas e bata.
Também a amónia, ao ser inalada, pode provocar irritação nos olhos e nas vias respiratórias. Por
este motivo, deve-se usar óculos de proteção.
Reagentes:
- 2ml de amónia
- 2ml de hidróxido de sódio
- 25 ml de nitrato de prata
- Uma colher de glucose
Material:
- 1 gobelé de 100mL
- 1 fonte de calor (fogão)
- 1 gobelé de 50mL
- 1 carregador (de telemóvel, por exemplo)
- 3 conta-gotas
- 2 fios com crocodilo
- 1 colher de sobremesa
- 1 lâmpada (ou motor)
- 1 vareta de vidro
Procedimento:
1) Em primeiro lugar, colocam-se 25 ml de nitrato de prata num gobelé pequeno (50 ml), limpo e
seco.
2) Em seguida, adicionam-se 2 ml de soda cáustica (hidróxido de sódio) ao gobelé que já
contém o nitrato de prata. Após esta adição, observa-se a formação de um precipitado
castanho, de óxido de prata (Ag2O).
Observação: Estes dois passos anteriores podem ser descritos através da seguinte reação química:
2 AgNO3 (aq) + 2 NaOH (aq) → Ag2O (s) + H2O (l) + 2 NaNO3 (aq)
(nitrato de prata) (hidróxido de sódio) (precipitado) (água) (nitrato de sódio)
3) Posteriormente, adicionam-se 2 ml de amónia (NH4), gota a gota e agitando sempre, até se
dissolver o precipitado e a solução ficar incolor. O líquido preparado é agora nitrato de prata
amoniacal.
Observação: A reação química que explica este passo é a seguinte:
AgO (aq) + NH4 (aq)  AgNO3 (aq)
(óxido de prata) (amónia) (nitrato de prata amoniacal)
4)
Depois adiciona-se uma colher de sobremesa de glucose e mexe-se devagar.
5) Seguidamente, coloca-se o gobelé pequeno que contém a solução preparada dentro de um
gobelé maior (100ml) com água a aquecer em banho-maria (utilizando o fogão).
6) Após alguns minutos a aquecer, observar-se-á o aparecimento de um espelho de prata,
gradualmente, que vai aderir às paredes internas do gobelé pequeno.
7) Esvazia-se o gobelé pequeno, retirando-se cuidadosamente toda a solução preparada (que já
não é útil).
8) Passa-se o gobelé por água, com cuidado, de modo que o espelho de prata permaneça na
parede interna do gobelé.
9) Finalmente, monta-se um circuito elétrico simples, de forma a ligar uma das extremidades dos
dois fios elétricos à lâmpada (pode ser também utilizado um motor), e a outra extremidade
dos fios encostados à parede do gobelé pequeno (em contato com o espelho de prata).
10) A luz da lâmpada deverá acender quando os fios entrarem em contato com o espelho de
prata, mostrando-se, assim, que este vidro é bom condutor elétrico.
Fig.01 – Esquema de um circuito elétrico simples que deverá ser montado. É composto por uma lâmpada, dois fios condutores
e a fonte geradora (que serão as paredes internas do gobelé com o espelho de prata).
11) Como teste, ligamos o mesmo circuito elétrico às paredes de um gobelé normal, vazio. A luz
não acende, o que nos permite concluir que a experiência resultou e que foi possível criar um
vidro que conduz a corrente elétrica através do espelho de prata.
Aplicações
Como é sabido, o vidro faz parte da lista de materiais maus condutores de corrente elétrica, sendo
utilizado no quotidiano como um isolante elétrico. No entanto, ao aprimorarmos a experiência
juntando o espelho de prata, foi possível comprovar que o vidro propiciou a passagem da corrente
elétrica, o que fez acender a luz da lâmpada.
A reação que acontece na formação do espelho de prata é utilizada na identificação de funções
orgânicas de aldeídos e cetonas. Isto também foi a base do processo de fabricação de espelhos.
Conclusões
Esta experiência detém uma grande importância, uma vez que, juntando materiais relativamente
fáceis de adquirir, é possível obter resultados visíveis, um belo espelho de prata. Mais importante que
isto, pudemos “construir” um vidro com capacidade de conduzir a corrente elétrica.
Quanto ao grau de dificuldade, esta atividade é relativamente fácil, e rápida de se realizar (tendo
sempre em conta as medidas de segurança já mencionadas).
É uma atividade interessante e dinâmica, que desperta muito a atenção do público. Nós também
gostámos muito de a realizar.
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