DOENÇAS INFECIOSAS NÃO ZOONÓTICAS EM GATOS Vala H Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa. Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS), Instituto Politécnico de Viseu, Av. Coronel José Maria Vale de Andrade, Campus Politécnico, 3504-510 Viseu 1. Sumário As principais doenças infeciosas felinas não zoonóticas, incluem, entre outras, as doenças de etiologia vírica, designadamente: - a panleucopénia felina, causada pelo vírus da panleucopenia felina (FPV), da família Parvoviridae; - a peritonite infeciosa felina (PIF), causada pelo vírus da peritonite infeciosa felina (FIPV), um biótipo do coronavírus felino (FCoV), da família Coronaviridae; - as retroviroses felinas, leucose e imunodeficiência felina, causadas respetivamente pelo vírus da leucose felina (FeLV) e pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV), ambos da família Retroviridae. Os cuidados de enfermagem são fundamentais para a recuperação de felídeos alvo destas viroses e terão que ser adaptados em função da doença em causa mas também do caso individual. Para que se cumpra este objetivo com sucesso, o enfermeiro veterinário deve dispor de conhecimentos exatos e precisos sobre o vírus, seu comportamento e propriedades, melhores meios de desinfeção, vantagens e programas de vacinação, bem como as medidas profiláticas a implementar, conteúdos desenvolvidos no presente trabalho. Palavras chave: gato; felídeo; viroses; doenças infecciosas não zoonóticas; panleucopénia felina; FPV; peritonite infeciosa felina; PIF; retroviroses felinas; Leucose felina, FeLV; Imunodeficiência felina; FIV. 1. Abstract 1 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 The main feline infectious not zoonotic diseases include, among others, diseases of viral aetiology, including: - Feline panleukopenia caused by feline panleukopenia virus (FPV), from Parvoviridae family; - Feline infectious peritonitis (FIP), caused by feline infectious peritonitis virus (FIPV), a biotype of feline coronavirus (FCoV), Coronaviridae family; - The feline retroviruses, feline leukemia and feline immunodeficiency caused by feline leukemia virus (FeLV) and feline immunodeficiency virus (FIV), respectively, both from Retroviridae family. Nursing care is critical to the recovery of cats afected by these viruses and has to be adjusted, according to the disease in question but also to the individual case. In order to successfully meet this goal, veterinary nurses must have exact and precise knowledge about the virus, its behavior and properties, improved means of disinfection, vaccination programs and it’s benefits, as well as prophylactic measures to be implemented, topics that will be developed in this work. Key words: at; felid; viruses; non-zoonotic infectious diseases; feline panleukopenia; FPV; feline infectious peritonitis; FIP; feline retroviruses; feline leukemia; FeLV; feline immunodeficiency. 2. Caraterísticas virais, suscetibilidade e transmissão O FPV é muito resistente e ubiquitário no ambiente, devido à sua natureza muito contagiosa e capacidade de persistir nos fomites, ao contrário do FIPV que é relativamente lábil (Gaskell & Dawson, 2000). Os maiores subgrupos do FeLV que existem na natureza, FeLV-A, FeLV-B e FeLVC, são rapidamente inativados e não sobrevivem muito tempo fora do hospedeiro (Phipps et al., 2000 Jarret & Hosie, 2004; Greene, 2006; Horzinek et al., 2007), caraterística comum ao FIV (Levy et al., 2008). O FPV é resistente aos desinfetantes químicos, exceto solução comercial de hipoclorito de sódio a 6% (Greene & Addie, 2006; Kennedy & Little, 2012), enquanto o FIPV, o FeLV e o FIV são inativados pela maioria dos desinfetantes comerciais (Weiss, 2 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 1994, Gaskell & Dawson, 2000), sendo a prática de desinfeção de grande importância, no que respeita ao controle de infeções indiretas (Lairmore, 2011). O FPV apresenta incidência baixa devido à vacinação massiva (Truyen et al., 2009). A PIF é uma manifestação rara da infeção por coronavírus felino, ocorrendo em apenas 5 a 10% dos gatos infetados (Kennedy, 2010) mas o FeLV e o FIV apresentam incidência elevada (Greene, 2006; Horzinek et al., 2007). No caso das infeções por FPV, são mais suscetíveis os gatos jovens, sendo a maior parte dos gatos expostos ou infetados no 1º ano de vida. A vida em grupo constitui o segundo fator predisponente mais importante, sendo frequente em gatis e colónias (Tilley & Smith, 2004; Truyen et al., 2009; MacLachlan & Dubovi, 2011). Para as infeções com FIPV, também são mais suscetíveis os jovens, maioritariamente antes dos 4 meses, bem como felídeos que apresentem estado imunitário deficitário ou vivam situações de stress, encontrando-se também descrita a predisposição genética, pelo que esta infeção surge mais frequentemente em raças puras e certas linhas familiares (Kennedy, 2010). A vida em grupo, sobretudo em condições de superpovoamento, em gatis e em colónias, bem como infeções concomitantes com FIV e FeLV são também condições predisponentes (Sherding, 2000; Kennedy, 2010). Para as retroviroses felinas são mais suscetíveis gatos com acesso ao exterior e que tenham contacto permanente com animais infetados, bem como gatos machos, uma vez que o principal meio de transmissão são as mordeduras, mais comuns em machos agressivos (Jarret & Hosie, 2004; Grotti, 2007; Lairmore, 2011). Para a leucose felina são também considerados fatores predisponentes as condições de higiene deficitárias, a elevada densidade populacional, a raça cruzada e a idade jovem (Jarret & Hosie, 2004; Ettinger & Feldman, 2010). O FPV transmite-se por contacto direto com gatos infetados. O FIPV e o FeLV transmitem-se através do padrão fecal-oral e o FeLV também por exposição oronasal. O FIPV, o FeLV e o FIV transmitem-se por mordeduras, através da saliva, sendo esta a principal via de transmissão. O FPV e o FIPV transmitem-se ambos através de vetores passivos – fómites contaminados, bem como de vetores ativos, geralmente ectoparasitas hematófagos, embora no FIPV esta última via esteja descrita como 3 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 pouco provável (Jarret & Hosie, 2004; Hartmann, 2005; Greene, 2006; Greene & Addie, 2006; Grotti, 2007; Kolenda-Roberts et al., 2007; Horzinek et al., 2007; Addie, 2008; Alcaraz, 2009; Ettinger & Feldman, 2010; Kumar et al., 2010; Lairmore, 2011). A via transplacentária ou a transmissão através do canal do parto encontramse descritas no FPV e nas retroviroses felinas, nestas também se encontra descrita a via de transmissão através da amamentação, pelo leite ou colostro. No FIPV e nas retroviroses felinas também são vias de transmissão as transfusões de sangue e os cuidados de enfermagem. A cópula é considerada como meio de transmissão no FIPV e, ainda que considerada como pouco provável, no FIV (Jarret & Hosie, 2004; Hartmann, 2005; Greene, 2006; Greene & Addie, 2006; Grotti, 2007; Kolenda-Roberts et al., 2007; Horzinek et al., 2007; Addie, 2008; Alcaraz, 2009; Ettinger & Feldman, 2010; Kumar et al., 2010; Lairmore, 2011). 3. Formas clínicas Dado o elevado tropismo do FPV para o núcelo das células que se dividem ativamente, no caso das infeções fetais, o vírus vai ter maior afinidade para o cérebro, seguindo-se a medula óssea, os linfonodos e depois o intestino. Como consequências pode ocorrer a morte fetal ou, no caso de sobrevivência do feto, o desenvolvimento de lesões neurológicas (Greene & Addie, 2006; Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009). Nas infeções neonatais, o vírus replica-se no timo, ocorrendo atrofia tímica ou replica-se no tecido hematopoiético, desencadeando panleucopénia ou anemia não regenerativa. Pode também replicar-se no tecido linfoide, desencadeando depleção linfoide e, consequentemente, infeções, ou pode replicar-se nas criptas intestinais, dando enterite aguda, dolorosa, com emese, diarreia, desidratação e aumento dos linfonodos (Greene & Addie, 2006; Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009). As formas clínicas nas infeções por FIPV incluem a forma assintomática, sendo esta a mais frequente, moderada, mais rara, sobretudo em animais mais em jovens e imunodeprimidos, a forma inespecífica, não efusiva, que se caracteriza por vasculite e lesões granulomatosas, por lesões omentais ou serosais focais, fibrinosas, organizadas e menos edematosas, irregularidades nodulares por piogranulomas na superfície das 4 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 vísceras, especialmente os rins mas também no baço, fígado, pâncreas, omento, e serosas, bem como pela forma efusiva ou “húmida” que se caracteriza por efusões no abdómen, tórax e/ou pericárdio (Hartmann, 2005; Pedersen, 2009). As formas clínicas da leucemia felina incluem a forma citoproliferativa e imunosupressiva. A forma citoproliferativa conduz ao desenvolvimento da forma oncogénica que se carateriza pelo desenvolvimento de neoplasias linfoproliferativas leucemias, linfosarcomas (tímico, multicêntrico; alimentar) e de fibrossarcomas. A forma citoproliferativa desencadeia também desordens mieloproliferativas que incluem anemia, neutropénia e trombocitopenia (Horzinek et al., 2007; Bichard & Sherding, 2008; Ettinger & Feldman, 2010). A forma imunosupressiva conduz a atrofia linfoide e supressão, principalmente dos linfócitos T, anemia, pancitopenia, imunosupressão e infeções secundárias, que incluem estomatite crónica, gengivite, lesões de pele incuráveis e infeções respiratórias (Greene, 2006; Horzinek et al., 2007). O FIV pode desencadear uma infeção transitória, regressiva, sem declínio das células CD4, com apresentação subclínica, como pode desencadear uma infeção típica, progressiva, com declínio das células CD4 que progride em três estadios clínicos típicos (Kolenda-Roberts et al., 2007) ou caracterizadas em: Fase aguda da doença Fase portador assintomático Fase persistente linfadenopatia generalizada Fase do complexo relacionado à SIDA Fase terminal: síndrome da imunodeficiência adquirida (Kolenda-Roberts et al., 2007). 4. Diagnóstico 5 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 Os principais meios de diagnóstico utilizados nas viroses contempladas neste trabalho incluem os exames serológicos, a histopatologia e o PCR (Greene & Addie, 2006; Grace, 2011; Kennedy & Little, 2012). No FPV e no FIPV a história clínica, os sintomas, o hemograma e os exames bioquímicos são também meios de diagnóstico úteis (Hartmann, 2005; Greene & Addie, 2006; Greene, 2008; Addie et al., 2009; Kennedy, 2010; Grace, 2011). No FIPV são também meios de diagnóstico úteis os exames imagiológicos, o exame e citologia dos exsudados (Addie et al., 2009; Kennedy & Little, 2012). 5. Profilaxia Como em qualquer outra doença vírica, nas quatro doenças víricas abordadas neste trabalho, a profilaxia tem um papel fundamental no controlo da doença, sendo a sua eficácia superior à do tratamento. São eficazes diversas medidas de profilaxia médica e de profilaxia sanitária. No FPV, como medidas de profilaxia médica, estão descritas a administração de colostro, para conferir anticorpos maternos protetores até às 9 a 12 semanas de idade, a vacinação, às 8, 10 semanas, com reforço às 12, 14 semanas e posteriores reforços anuais, a imunização passiva com antisoro parental, para gatos expostos ou desprovidos de colostro (Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009; Truyen et al., 2009).). Como principais medidas de profilaxia sanitária, encontram-se descritas as seguintes: Isolamento dos doentes; Cuidados de higiene para prevenir infeções secundárias; Limpeza completa dos locais e/ou objetos contaminados com um detergente para remover toda a matéria orgânica, seguida de uma desinfeção; Quarentena de novos animais introduzidos com duração de cerca de 2 semanas (Greene & Addie, 2006; Grace, 2011; Kennedy & Little, 2012). 6 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 No FIPV, a vacinação é considerada de eficácia controversa e as medidas de profilaxia sanitária mais indicadas são de maneio e incluem: Manter as populações com número inferior a 10 animais, de preferência grupos estáveis de 3-4 animais para diminuir o stress; Manter grupos de separados, de acordo com a seropositividade ou a fase excretória; Adotar gatos adultos ou jovens, ao invés de gatinhos novos e manter animais mais velhos (com idade superior 3 anos) na população, uma vez que possuem maior maturidade imunitária que lhes permite resistir melhor às infeções; Isolamento de animais jovens (Hartman, 2005; Addie, 2008; Pedersen, 2009; Kennedy & Little, 2012). As principais medidas de profilaxia sanitária incluem: Limpeza e aspiração diária das liteiras; Desinfeção (lixívia na diluição de 1:32) semanal; Liteiras separadas das zonas de alimentação; Lavar e desinfetar igualmente toda a zona de habitação com as mesmas diluições do produto; Maneio de gatas gestantes (Hartman, 2005; Pedersen, 2009; Kennedy & Little, 2012). A profilaxia das retroviroses felinas inclui, como principal medida de profilaxia médica, a vacinação, no caso do FeLV, num esquema idêntico ao descrito para a o FIP (Grotti, 2007; Hartmann & Ritz, 2008; Ettinger & Feldman, 2010) mas, no caso do FIV, a vacinação é considerada de eficácia variável, devido à variedade de estirpes de vírus que circulam entre populações suscetíveis de gatos (Lairmore, 2011). As principais medidas de profilaxia sanitária, incluem: Testar e isolar os gatos positivos; 7 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 Quarentena de novos animais introduzidos com duração de cerca de 2 semanas (Grotti, 2007; Horzinek et al., 2007; Gunn-Moore, 2008; Hartmann & Ritz, 2008; Mullineaux & Jones, 2007). 6. Tratamento Tal como já referido quanto à profilaxia, o tratamento ministrado nas viroses abordadas neste trabalho, é o geralmente preconizado para qualquer virose e contempla um tratamento de suporte, o mais completo possível, e um tratamento específico anti-viral. 5. Cuidados de enfermagem Os cuidados de enfermagem são fundamentais para a recuperação de felídeos alvo das doenças descritas e terão que ser adaptados em função da doença em causa mas também do caso individual. O enfermeiro veterinário deve atuar em prol da sua segurança individual e da segurança de todos os animais com que lida: saudáveis que vão à consulta e doentes na consulta ou internados, pelo que deve estar convenientemente equipado com luvas, touca, bata descartável e propés (Grace, 2011). No caso da panleucopenia, um tratamento de suporte apropriado e cuidados intensivos de enfermagem são determinantes na taxa de sobrevivência dos pacientes. No caso da peritonite infeciosa felina, é fundamental manter o animal estável, a comer sem perder peso, num ambiente o mais calmo possível, recorrendo, preferencialmente, a uma dieta de elevada qualidade e palatibilidade. Se o animal estiver a perder condição corporal, com sintomas debilitantes e a perder qualidade de vida, requer suporte nutricional por via nasogástrica ou alimentação com sonda e, na ausência de melhorias, recurso à eutanásia (Sherding, 2000). No caso específico da panleucopénia são ainda necessárias monitorizações dos parâmetros hematológicas e do peso, cada 7 a 14 dias, passando a cada mês, se houver melhoria. 8 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 No geral, dependendo da gravidade de cada caso, consideramos que, para as quatro doenças víricas felinas descritas, os cuidados de enfermagem a aplicar podem ser os mesmos e serão descritos seguidamente. 1º O acompanhamento dos internados, principalmente dos gatinhos gravemente afetados, mantendo o ambiente quente e limpo, para evitar agentes oportunistas e imunosupressores que podem levar à progressão da doença; 2º A monitorização, administração de fluidos e do tratamento prescrito; 3º Triagem - ser capaz de avaliar vários animais rapidamente e identificar os mais instáveis, priorizando o atendimento dos pacientes mais graves (Savino et al., 2007); 4º Reavaliações constantes dos parâmetros físicos e laboratoriais, num intervalo de 2 a 12 h, dependendo da gravidade, podendo a frequência desta avaliação diminuir com a melhoria ou só dos parâmetros físicos a cada 2 a 4 horas, dependendo da gravidade e podendo a frequência desta avaliação diminuir com a melhoria (Savino et al., 2007; Grace, 2011). Devem ainda ser monitorizados o peso do animal e a alimentação. Também devem ser efectuadas, regularmente, contagens de plaquetas, avaliação do tempo de coagulação e realizados leucogramas (Grace, 2011; Greene & Addie, 2006; Kennedy & Little, 2012). 5º O enfermeiro, como comunicador privilegiado com o proprietário, deve dispor de conhecimentos exatos e precisos sobre o vírus, seu comportamento e propriedades, melhores meios de desinfeção, vantagens e programas de vacinação e medidas a implementar em casa ou no gatil (Grotti, 2007; Horzinek et al., 2007; GunnMoore, 2008; Hartmann & Ritz, 2008; Mullineaux & Jones, 2007). Agradecimentos: à Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia, ao Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde e ao projeto estratégico PEstOE/CED/UI4016/2011 3. Bibliografia 9 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 Addie D (2008). Feline coronavirus infectious. Infectious Diseases of the Dog and Cat, (3rd edition). London: 89-105. Addie D, Belák S, Boucraut-Baralon C, Egberink H , Frymus T, Gruffydd-Jones T (2009). Feline infectious peritonitis - ABCD Guidelines on prevention and management. Journal of Feline Medicine and Surgery.11: 594-604. Alcaraz C (2009). La panleucopenie feline: donnees actuelles et diagnostic moleculaire. Thèse de doctorat vétérinaire. Ecole Nationale Veterinaire de Lyon. Lyon: 31-86. Bichard SJ, Sherding RG (2008). Saunders Manual of Small Animal Practice, With Veterinary Consult Access (3rd Edition). Elsevier Science Health Science Division: 117127. Ettinger SJ, Feldman EC (2010). Textbook of Veterinary Internal Medicine (7th Edition). Missouri Elsevier Sauders. Volume 1: 935-938. Grace SF (2011). Panleukopenia (feline parvovirus infection).In Norsworthy GD, Grace SF, Crystal MA, Tilley LP (Eds). The Feline Patient (4th Edition). Iowa, Blackwell Publishing: 30, 382-383. Gaskell RM, Dawson S (2000). Other feline viral diseases. In Ettinger SJ, Feldman EC (Eds). Textbook of Veterinary Internal Medicine – Diseases of the Dog and Cat (6th Edition). Missouri, Elsevier Saunders. Volume 1: 157; 670; 668-669. Greene C (2006). Infectious Diseases of the Dog and Cat (3rd Edition). Canada, Elsevier Saunders: 105-130. Greene CE, Addie DD (2006). Feline parvovirus infections. In Greene CE (Eds). Infectious Diseases of the Dog and Cat (3rd Edition). Missouri, Elsevier Saunders: 79-88. Grotti CCB (2007). Frequência de Leucemia e Imundeficiência Viral Felina em uma população hospitalar. Tese de Mestrado. Universidade Estadual de Londrina, Londrina: 14-26. Gunn-Moore D (2008). Management options for cats with retroviral diseases. Proceedings of the 33º World Small Animal Veterinary Congress. Dublin: 299-301. 10 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 Hartmann K (2005). Feline Infectious Peritonitis. Veterinary Clinics Small Animal Practice. 35:39-79. Hartmann K, Ritz S (2008). Treatment of cats with feline infectious peritonitis. Veterinary Immunology and Immunopathology.123:172-175. Horzinek M, Addie D, Bélak S, Hosie MJ (2007). Guidelines on Feline Infections Disease – Feline Leukaemia Virus. ABCD European Advisory Board on Cats Diseases: 3-26. Lamm CG, Rezabek GB (2008). Parvovirus infection in domestic companion animals. Veterinary Clinics Small Animal Practice. 38: 837-850. Lairmore MD (2011). Retroviridae. In N.J MacLachlan & E.J. Dubovi (Eds.) Fenner’s Veterinary Virology (4th Edition). San Diego, CA, USA: Academic Press of Elsevier: 242274. Levy JK, Crawford PC, Kusuhara H, Motokawa K, Gemma T, Watanabe R, Arai S, Bienzle D, Hohdatsu T (2008). Differentiation of feline immunodeficiency virus vaccination, infection, or vaccination and infection in cats. J Vet Intern Med. Mar-Apr;22(2):330-4. Kennedy MA (2010). Actualização sobre a peritonite infecciosa dos felinos. Veterinary Medicine. 67: 65-74. Kennedy M, Little SE (2012). Viral diseases. In Little SE (Eds). The Cat Clinical Medicine and Management. Ottawa, Saunders Elsevier: 1036-1038. Kolenda-Roberts HM, Kuhnt LA, Jennings RN, Mergia A, Gengozian N, Johnson CM (2007). Immunopathogenesis of feline immunodeficiency virus infection in the fetal and neonatal cat. Front Biosci. May 1;12:3668-82. Kumar SB, Leavell S, Porter K, Assogba BD, Burkhard MJ (2010). Prior mucosal exposure to heterologous cells alters the pathogenesis of cell-associated mucosal feline immunodeficiency virus challenge. Retrovirology. May 28;7:49. MacLachlan NJ, Dubovi EJ (2011). Fenner’s Veterinary Virology (4th Edition). Oxford, Academic Press: 225-230. 11 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013 Mullineaux E, Jones M (2007). BSAVA Manual of Practical Veterinary Nursing. Gloucester, BSAVA: 144. Pedersen NC (2009). A synopsis of feline infectious peritonitis virus infection. University of California: 1-47 Phipps A, Chen H, Hayes K, Roy-Burman P, Mathes LE (2000). Differential Pathogenicity of Two Feline Leukemia Virus Subgroup A Molecular Clones, pFRA and pF6A. Journal of Virology. Los Angeles. 13: 5796-5800. Savino E, Petrollini EA, Hughes D (2007). Nursing care of the critical patient. In King LG, Boag A (Eds). BSAVA Manual of Canine and Feline Emergency and Critical Care. Gloucester, John Wiley & Sons: 372-373. Sherding RG (2000). Feline Infectious Peritonitis. In Sherding B (Eds). Saunders Manual of Small Animal Practice (2nd Edition). Philadephia, WB Saunders Company: 91-95. Tilley LP, Smith FWK (2004). The 5 Minutes Veterinary Consult Canine and Feline (3rd Edition). Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins: 466-467. Truyen U, Addie D, Belák S, Boucraut-Baralon C, Egberink H, Frymus T, Gruffydd-Jones T, Hartmann K, Hosie MJ, Lloret A, Lutz H, Marsilio F, Pennisi MG, Radford AD, Thiry E, Horzinek MC (2009). Feline panleukopenia – ABCD guidelines on prevention and management. Journal of Feline Medicine and Surgery. 11: 538-546. Weiss RC (1994). Feline peritonitis and other coronaviruses. In Sherding RG (Eds). The Cat Diseases and Clinical Management (2nd Edition). New York, Churchill Livingstone. Volume 1:449-472. 12 IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013