DOENÇAS INFECIOSAS NÃO ZOONÓTICAS EM GATOS Vala H

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DOENÇAS INFECIOSAS NÃO ZOONÓTICAS EM GATOS
Vala H
Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu
Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS), Instituto Politécnico
de Viseu, Av. Coronel José Maria Vale de Andrade, Campus Politécnico, 3504-510 Viseu
1. Sumário
As principais doenças infeciosas felinas não zoonóticas, incluem, entre outras,
as doenças de etiologia vírica, designadamente:
- a panleucopénia felina, causada pelo vírus da panleucopenia felina (FPV), da
família Parvoviridae;
- a peritonite infeciosa felina (PIF), causada pelo vírus da peritonite infeciosa
felina (FIPV), um biótipo do coronavírus felino (FCoV), da família Coronaviridae;
- as retroviroses felinas, leucose e imunodeficiência felina, causadas
respetivamente pelo vírus da leucose felina (FeLV) e pelo vírus da imunodeficiência
felina (FIV), ambos da família Retroviridae.
Os cuidados de enfermagem são fundamentais para a recuperação de felídeos
alvo destas viroses e terão que ser adaptados em função da doença em causa mas
também do caso individual. Para que se cumpra este objetivo com sucesso, o
enfermeiro veterinário deve dispor de conhecimentos exatos e precisos sobre o vírus,
seu comportamento e propriedades, melhores meios de desinfeção, vantagens e
programas de vacinação, bem como as medidas profiláticas a implementar, conteúdos
desenvolvidos no presente trabalho.
Palavras chave: gato; felídeo; viroses; doenças infecciosas não zoonóticas;
panleucopénia felina; FPV; peritonite infeciosa felina; PIF; retroviroses felinas; Leucose
felina, FeLV; Imunodeficiência felina; FIV.
1. Abstract
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IX Congresso Hospital Veterinário Montenegro e III Congresso Enfermagem Hospital Veterinário Medicina e
Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013
The main feline infectious not zoonotic diseases include, among others,
diseases of viral aetiology, including:
- Feline panleukopenia caused by feline panleukopenia virus (FPV), from
Parvoviridae family;
- Feline infectious peritonitis (FIP), caused by feline infectious peritonitis virus
(FIPV), a biotype of feline coronavirus (FCoV), Coronaviridae family;
- The feline retroviruses, feline leukemia and feline immunodeficiency caused
by feline leukemia virus (FeLV) and feline immunodeficiency virus (FIV), respectively,
both from Retroviridae family.
Nursing care is critical to the recovery of cats afected by these viruses and has
to be adjusted, according to the disease in question but also to the individual case. In
order to successfully meet this goal, veterinary nurses must have exact and precise
knowledge about the virus, its behavior and properties, improved means of
disinfection, vaccination programs and it’s benefits, as well as prophylactic measures
to be implemented, topics that will be developed in this work.
Key words: at; felid; viruses; non-zoonotic infectious diseases; feline panleukopenia;
FPV; feline infectious peritonitis; FIP; feline retroviruses; feline leukemia; FeLV; feline
immunodeficiency.
2. Caraterísticas virais, suscetibilidade e transmissão
O FPV é muito resistente e ubiquitário no ambiente, devido à sua natureza
muito contagiosa e capacidade de persistir nos fomites, ao contrário do FIPV que é
relativamente lábil (Gaskell & Dawson, 2000).
Os maiores subgrupos do FeLV que existem na natureza, FeLV-A, FeLV-B e FeLVC, são rapidamente inativados e não sobrevivem muito tempo fora do hospedeiro
(Phipps et al., 2000 Jarret & Hosie, 2004; Greene, 2006; Horzinek et al., 2007),
caraterística comum ao FIV (Levy et al., 2008).
O FPV é resistente aos desinfetantes químicos, exceto solução comercial de
hipoclorito de sódio a 6% (Greene & Addie, 2006; Kennedy & Little, 2012), enquanto o
FIPV, o FeLV e o FIV são inativados pela maioria dos desinfetantes comerciais (Weiss,
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Cirurgia Felina Montenegro. Europarque. Santa Maria da Feira. 23-24 Fev 2013
1994, Gaskell & Dawson, 2000), sendo a prática de desinfeção de grande importância,
no que respeita ao controle de infeções indiretas (Lairmore, 2011).
O FPV apresenta incidência baixa devido à vacinação massiva (Truyen et al.,
2009). A PIF é uma manifestação rara da infeção por coronavírus felino, ocorrendo em
apenas 5 a 10% dos gatos infetados (Kennedy, 2010) mas o FeLV e o FIV apresentam
incidência elevada (Greene, 2006; Horzinek et al., 2007).
No caso das infeções por FPV, são mais suscetíveis os gatos jovens, sendo a
maior parte dos gatos expostos ou infetados no 1º ano de vida. A vida em grupo
constitui o segundo fator predisponente mais importante, sendo frequente em gatis e
colónias (Tilley & Smith, 2004; Truyen et al., 2009; MacLachlan & Dubovi, 2011).
Para as infeções com FIPV, também são mais suscetíveis os jovens,
maioritariamente antes dos 4 meses, bem como felídeos que apresentem estado
imunitário deficitário ou vivam situações de stress, encontrando-se também descrita a
predisposição genética, pelo que esta infeção surge mais frequentemente em raças
puras e certas linhas familiares (Kennedy, 2010). A vida em grupo, sobretudo em
condições de superpovoamento, em gatis e em colónias, bem como infeções
concomitantes com FIV e FeLV são também condições predisponentes (Sherding, 2000;
Kennedy, 2010).
Para as retroviroses felinas são mais suscetíveis gatos com acesso ao exterior e
que tenham contacto permanente com animais infetados, bem como gatos machos,
uma vez que o principal meio de transmissão são as mordeduras, mais comuns em
machos agressivos (Jarret & Hosie, 2004; Grotti, 2007; Lairmore, 2011). Para a leucose
felina são também considerados fatores predisponentes as condições de higiene
deficitárias, a elevada densidade populacional, a raça cruzada e a idade jovem (Jarret &
Hosie, 2004; Ettinger & Feldman, 2010).
O FPV transmite-se por contacto direto com gatos infetados. O FIPV e o FeLV
transmitem-se através do padrão fecal-oral e o FeLV também por exposição oronasal.
O FIPV, o FeLV e o FIV transmitem-se por mordeduras, através da saliva, sendo esta a
principal via de transmissão. O FPV e o FIPV transmitem-se ambos através de vetores
passivos – fómites contaminados, bem como de vetores ativos, geralmente
ectoparasitas hematófagos, embora no FIPV esta última via esteja descrita como
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pouco provável (Jarret & Hosie, 2004; Hartmann, 2005; Greene, 2006; Greene & Addie,
2006; Grotti, 2007; Kolenda-Roberts et al., 2007; Horzinek et al., 2007; Addie, 2008;
Alcaraz, 2009; Ettinger & Feldman, 2010; Kumar et al., 2010; Lairmore, 2011).
A via transplacentária ou a transmissão através do canal do parto encontramse descritas no FPV e nas retroviroses felinas, nestas também se encontra descrita a
via de transmissão através da amamentação, pelo leite ou colostro. No FIPV e nas
retroviroses felinas também são vias de transmissão as transfusões de sangue e os
cuidados de enfermagem. A cópula é considerada como meio de transmissão no FIPV
e, ainda que considerada como pouco provável, no FIV (Jarret & Hosie, 2004;
Hartmann, 2005; Greene, 2006; Greene & Addie, 2006; Grotti, 2007; Kolenda-Roberts
et al., 2007; Horzinek et al., 2007; Addie, 2008; Alcaraz, 2009; Ettinger & Feldman,
2010; Kumar et al., 2010; Lairmore, 2011).
3. Formas clínicas
Dado o elevado tropismo do FPV para o núcelo das células que se dividem
ativamente, no caso das infeções fetais, o vírus vai ter maior afinidade para o cérebro,
seguindo-se a medula óssea, os linfonodos e depois o intestino. Como consequências
pode ocorrer a morte fetal ou, no caso de sobrevivência do feto, o desenvolvimento de
lesões neurológicas (Greene & Addie, 2006; Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009).
Nas infeções neonatais, o vírus replica-se no timo, ocorrendo atrofia tímica ou
replica-se no tecido hematopoiético, desencadeando panleucopénia ou anemia não
regenerativa. Pode também replicar-se no tecido linfoide, desencadeando depleção
linfoide e, consequentemente, infeções, ou pode replicar-se nas criptas intestinais,
dando enterite aguda, dolorosa, com emese, diarreia, desidratação e aumento dos
linfonodos (Greene & Addie, 2006; Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009).
As formas clínicas nas infeções por FIPV incluem a forma assintomática, sendo
esta a mais frequente, moderada, mais rara, sobretudo em animais mais em jovens e
imunodeprimidos, a forma inespecífica, não efusiva, que se caracteriza por vasculite e
lesões granulomatosas, por lesões omentais ou serosais focais, fibrinosas, organizadas
e menos edematosas, irregularidades nodulares por piogranulomas na superfície das
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vísceras, especialmente os rins mas também no baço, fígado, pâncreas, omento, e
serosas, bem como pela forma efusiva ou “húmida” que se caracteriza por efusões no
abdómen, tórax e/ou pericárdio (Hartmann, 2005; Pedersen, 2009).
As formas clínicas da leucemia felina incluem a forma citoproliferativa e
imunosupressiva. A forma citoproliferativa conduz ao desenvolvimento da forma
oncogénica que se carateriza pelo desenvolvimento de neoplasias linfoproliferativas leucemias, linfosarcomas (tímico, multicêntrico; alimentar) e de fibrossarcomas. A
forma citoproliferativa desencadeia também desordens mieloproliferativas que
incluem anemia, neutropénia e trombocitopenia (Horzinek et al., 2007; Bichard &
Sherding, 2008; Ettinger & Feldman, 2010).
A forma imunosupressiva conduz a atrofia linfoide e supressão, principalmente
dos linfócitos T, anemia, pancitopenia, imunosupressão e infeções secundárias, que
incluem estomatite crónica, gengivite, lesões de pele incuráveis e infeções
respiratórias (Greene, 2006; Horzinek et al., 2007).
O FIV pode desencadear uma infeção transitória, regressiva, sem declínio das
células CD4, com apresentação subclínica, como pode desencadear uma infeção típica,
progressiva, com declínio das células CD4 que progride em três estadios clínicos típicos
(Kolenda-Roberts et al., 2007) ou caracterizadas em:
Fase aguda da doença
Fase portador assintomático
Fase persistente linfadenopatia generalizada
Fase do complexo relacionado à SIDA
Fase terminal: síndrome da imunodeficiência adquirida (Kolenda-Roberts et al.,
2007).
4. Diagnóstico
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Os principais meios de diagnóstico utilizados nas viroses contempladas neste
trabalho incluem os exames serológicos, a histopatologia e o PCR (Greene & Addie,
2006; Grace, 2011; Kennedy & Little, 2012).
No FPV e no FIPV a história clínica, os sintomas, o hemograma e os exames
bioquímicos são também meios de diagnóstico úteis (Hartmann, 2005; Greene &
Addie, 2006; Greene, 2008; Addie et al., 2009; Kennedy, 2010; Grace, 2011).
No FIPV são também meios de diagnóstico úteis os exames imagiológicos, o
exame e citologia dos exsudados (Addie et al., 2009; Kennedy & Little, 2012).
5. Profilaxia
Como em qualquer outra doença vírica, nas quatro doenças víricas abordadas
neste trabalho, a profilaxia tem um papel fundamental no controlo da doença, sendo a
sua eficácia superior à do tratamento. São eficazes diversas medidas de profilaxia
médica e de profilaxia sanitária.
No FPV, como medidas de profilaxia médica, estão descritas a administração
de colostro, para conferir anticorpos maternos protetores até às 9 a 12 semanas de
idade, a vacinação, às 8, 10 semanas, com reforço às 12, 14 semanas e posteriores
reforços anuais, a imunização passiva com antisoro parental, para gatos expostos ou
desprovidos de colostro (Horzinek et al., 2007; Alcaraz, 2009; Truyen et al., 2009).).
Como principais medidas de profilaxia sanitária, encontram-se descritas as
seguintes:
Isolamento dos doentes;
Cuidados de higiene para prevenir infeções secundárias;
Limpeza completa dos locais e/ou objetos contaminados com um detergente
para remover toda a matéria orgânica, seguida de uma desinfeção;
Quarentena de novos animais introduzidos com duração de cerca de 2
semanas (Greene & Addie, 2006; Grace, 2011; Kennedy & Little, 2012).
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No FIPV, a vacinação é considerada de eficácia controversa e as medidas de
profilaxia sanitária mais indicadas são de maneio e incluem:
Manter as populações com número inferior a 10 animais, de preferência
grupos estáveis de 3-4 animais para diminuir o stress;
Manter grupos de separados, de acordo com a seropositividade ou a fase
excretória;
Adotar gatos adultos ou jovens, ao invés de gatinhos novos e manter animais
mais velhos (com idade superior 3 anos) na população, uma vez que possuem maior
maturidade imunitária que lhes permite resistir melhor às infeções;
Isolamento de animais jovens (Hartman, 2005; Addie, 2008; Pedersen, 2009;
Kennedy & Little, 2012).
As principais medidas de profilaxia sanitária incluem:
Limpeza e aspiração diária das liteiras;
Desinfeção (lixívia na diluição de 1:32) semanal;
Liteiras separadas das zonas de alimentação;
Lavar e desinfetar igualmente toda a zona de habitação com as mesmas
diluições do produto;
Maneio de gatas gestantes (Hartman, 2005; Pedersen, 2009; Kennedy & Little,
2012).
A profilaxia das retroviroses felinas inclui, como principal medida de profilaxia
médica, a vacinação, no caso do FeLV, num esquema idêntico ao descrito para a o FIP
(Grotti, 2007; Hartmann & Ritz, 2008; Ettinger & Feldman, 2010) mas, no caso do FIV, a
vacinação é considerada de eficácia variável, devido à variedade de estirpes de vírus
que circulam entre populações suscetíveis de gatos (Lairmore, 2011). As principais
medidas de profilaxia sanitária, incluem:
Testar e isolar os gatos positivos;
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Quarentena de novos animais introduzidos com duração de cerca de 2
semanas (Grotti, 2007; Horzinek et al., 2007; Gunn-Moore, 2008; Hartmann & Ritz,
2008; Mullineaux & Jones, 2007).
6. Tratamento
Tal como já referido quanto à profilaxia, o tratamento ministrado nas viroses
abordadas neste trabalho, é o geralmente preconizado para qualquer virose e
contempla um tratamento de suporte, o mais completo possível, e um tratamento
específico anti-viral.
5. Cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem são fundamentais para a recuperação de felídeos
alvo das doenças descritas e terão que ser adaptados em função da doença em causa
mas também do caso individual.
O enfermeiro veterinário deve atuar em prol da sua segurança individual e da
segurança de todos os animais com que lida: saudáveis que vão à consulta e doentes
na consulta ou internados, pelo que deve estar convenientemente equipado com
luvas, touca, bata descartável e propés (Grace, 2011).
No caso da panleucopenia, um tratamento de suporte apropriado e cuidados
intensivos de enfermagem são determinantes na taxa de sobrevivência dos pacientes.
No caso da peritonite infeciosa felina, é fundamental manter o animal estável, a
comer sem perder peso, num ambiente o mais calmo possível, recorrendo,
preferencialmente, a uma dieta de elevada qualidade e palatibilidade. Se o animal
estiver a perder condição corporal, com sintomas debilitantes e a perder qualidade de
vida, requer suporte nutricional por via nasogástrica ou alimentação com sonda e, na
ausência de melhorias, recurso à eutanásia (Sherding, 2000).
No caso específico da panleucopénia são ainda necessárias monitorizações dos
parâmetros hematológicas e do peso, cada 7 a 14 dias, passando a cada mês, se
houver melhoria.
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No geral, dependendo da gravidade de cada caso, consideramos que, para as
quatro doenças víricas felinas descritas, os cuidados de enfermagem a aplicar podem
ser os mesmos e serão descritos seguidamente.
1º O acompanhamento dos internados, principalmente dos gatinhos
gravemente afetados, mantendo o ambiente quente e limpo, para evitar agentes
oportunistas e imunosupressores que podem levar à progressão da doença;
2º A monitorização, administração de fluidos e do tratamento prescrito;
3º Triagem - ser capaz de avaliar vários animais rapidamente e identificar os
mais instáveis, priorizando o atendimento dos pacientes mais graves (Savino et al.,
2007);
4º Reavaliações constantes dos parâmetros físicos e laboratoriais, num
intervalo de 2 a 12 h, dependendo da gravidade, podendo a frequência desta avaliação
diminuir com a melhoria ou só dos parâmetros físicos a cada 2 a 4 horas, dependendo
da gravidade e podendo a frequência desta avaliação diminuir com a melhoria (Savino
et al., 2007; Grace, 2011).
Devem ainda ser monitorizados o peso do animal e a alimentação. Também
devem ser efectuadas, regularmente, contagens de plaquetas, avaliação do tempo de
coagulação e realizados leucogramas (Grace, 2011; Greene & Addie, 2006; Kennedy &
Little, 2012).
5º O enfermeiro, como comunicador privilegiado com o proprietário, deve
dispor de conhecimentos exatos e precisos sobre o vírus, seu comportamento e
propriedades, melhores meios de desinfeção, vantagens e programas de vacinação e
medidas a implementar em casa ou no gatil (Grotti, 2007; Horzinek et al., 2007; GunnMoore, 2008; Hartmann & Ritz, 2008; Mullineaux & Jones, 2007).
Agradecimentos: à Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia, ao Centro de
Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde e ao projeto estratégico PEstOE/CED/UI4016/2011
3. Bibliografia
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