Ecologia de Ecossistema e da Paisagem

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Disciplina: Ecologia de Ecossistema e da Paisagem
Período: 13 a 17 de outubro de 2008
CADERNO DE EXERCÍCIOS
Docentes: Carolina Joana da Silva
Carla Galbiati
Cáceres
2008
1
EXERCÍCIO 01
A figura abaixo demonstra a distribuição de três espécies de peixes envolvidas na atividade de pesca
recreativa, para três Represas distintas, Douglas, Cherokee e Norris, durante o período do verão. À
direita da figura podem ser observadas as condições de oxigênio dissolvido (ppm) e de temperatura
(oF) para os três ambientes (represas) considerados.
a. Com base nos dois diagramas discuta e justifique a distribuição espacial das três espécies de
peixes nas represas consideradas
b. Diagramas deste tipo, envolvendo distribuição horizontal de fatores físico-químicos e
biomassa de peixes no sistema ambiental têm alguma aplicação prática?
c. A questão formulada, contempla a distribuição das três espécies de peixes, pode ser
considerada um exemplo de “guilda”ou um caso de “nicho espacial”?
2
EXERCÍCIO 2
Considere a linha sobre a figura abaixo como um transecto que atravessa três tipos distintos de
fitofisinomias identificadas na paisagem:
Cada fistofisionomia está representada isoladamente na forma de transecto específicos (diagrama de
perfil) representados a seguir nas Figuras 1, 2 e 3:
Figura 1: Diagrama de perfil da Floresta Mesófila Smidecídua
3
Figura 2: Diagrama de perfil do Ceradão.
Figura 3: Diagrama de perfil de Cerrado stricto sensu
Questão 1: Com base nos perfis florísticos das fitofisinomias anteriores apresentadas nas Figuras 1,
2 e 3, discuta os conceitos de sucessão ecológica, estabilidade e resiliência comparando as figuras.
4
EXERCÍCIO 3
ESTE EXERCÍCIO COMPREENDE UMA ESTRATÉGIA [ARA CONDUZIR UM ESTUDO
RELACIONADO ÀS INTERAÇÒES ENTRE OS ECOSSISTEMA E O BEM –ESTAR
HUMANO, EM ESCALAS REGIONAL E GLOBAL, RECONHECENDO QUE AS PESSOAS E
ECOSSISTEMAS INTERAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO.
“Millennium Ecosystem Assessment Systhesis Report”
Contexto – O Bem –Estar humano é altamente dependente dos bens & serviços proporcionados
pelos ecossistemas. Nos últimos 50 anos, contudo, as atividades humanas têm causado impactos
consideráveis ao ambiente, comprometendo a continuidade dos serviços dos ambientais. O
Millennium Ecosystem Assessment constituí um estudo científico para auxiliar a compreensão das
conseqüências das mudanças atuais nos ecossistemas e avaliar os futuros cenários, em termos de
que ações podem ser efetuadas para reduzir os prejuízos resultantes da degradação dos
ecossistemas.
NÍVEL 1 – DETALHES – MUDANÇAS NO ECOSSISTEMA DO RIO PARAGUAI
1) Como este ecossistema tem sido modificado?
2) Como seus serviços e os usos desse ecossistema tem sido modificado?
3) Quais a mudanças podem ser observadas?
4) Como as mudanças provocadas neste ecossistema têm alterado o BEM-ESTAR HUMANO E A
REDUÇÃO DA POBREZA?
5) Quais os fatores críticos que causam essas mudanças?
6) Como podem mudar no futuro este ecossistema e os seus serviços em relação aos vários
cenários?
7) Qual a importância e utilidade da avaliação das mudanças neste ecossistema no contexto global
e regional?
8) Como este ecossistema se modifica através do tempo?
9) Quais as opções para o manejo sustentável deste ecossistema?
10) Quais as principais incertezas relacionadas a tomada de decisão deste ecossistema?
11) CONCLUSÕES: PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES
a. RESULTADO 1: mudanças nesse ecossistema nos últimos 50 anos
b. RESULTADO 2: ganhos e perdas resultantes das mudanças neste ecossistema
c. RESULTADO 3: Perceptivas para este ecossistema para os próximos 50 anos
d. RESULTADO 4: Recuperação e ecossistema degradado
5
EXERCÍCIO 4
1
Mudanças Globais
Ciclos Biogeoquímicos
Aumento do CO2 e outros “gases estufa”
Aumento da carga de nutrientes
Consumo de água
Atividades
Humanas
2
Benefícios
Econômicos
3
Uso da Terra
Tipo
Intensidade
Benefícios
Culturais,
Intelectuais,
Estéticos e
Espirituais
Invasão de espécies
Biodiversidade
Riqueza
Equitabilidade
Composição
Interações
Bens e Serviços dos
Ecossistemas
7
4
Características das
espécies
6
5
8
Processos dos Ecossistemas
A Figura acima ilustra as interações entre a ocorrência das mudanças globais como resultado das
atividades humanas.
1) Discuta estes principais tipos de mudanças globais (impactos) resultantes das interferências
das atividades humanas nos ecossistemas.
2) Como estes impactos podem alterar a continuidades dos processos nos ecossistemas e
conseqüentemente afetarem a satisfação das necessidades humanas inerentes a continuidade
e desenvolvimento das atividades antrópicas.
3) Cite ao menos quatro tipos de bens e serviços (funções ambientais) gratuitamente prestados
pelos ecossistemas para a satisfação das necessidades humanas, os quais podem ser
comprometidos pelas alterações nos processos dos ecossistemas.
6
EXERCÍCIO 5
Análise Ambiental e Dinâmica do Uso Da Terra da Paisagem da região Noroeste do Estado de Rio
Grande do Sul.
A seguir são apresentadas informações relacionadas às mudanças de usos da terra para a
paisagem da região noroeste do Rio Grande do Sul, envolvendo os limites de 5 bacias hidrográficas.
Essas bacias hidrográficas foram delimitas e através de imagens de satélites dever ser submetidas a
uma análise e diagnóstico ambiental com base nas mudanças dos tipos de usos (mata natural,
capoeira, pastagem, agricultura, área urbana e ambientes aquáticos) da terra durante o período de
1984 a 1999.
Com base na análise dos aspectos quantitativos e qualitativos dos usos da terra elabore um
diagnóstico do comprometimento ou não da qualidade ambiental da PAISAGEMcomo um todo e
por BACIA HIDROGRÁFICA em relação ao período de 1984 a 1999.
Quais os principais tipos de riscos que comprometem a qualidade ambiental destas unidades
de gerenciamento da paisagem no período de 1984 a 1999?
Figura 1: Localização geográfica da paisagem em estudo.
Figura 2: Caracterização física da paisagem em estudo.
7
Figura 3: Evolução dos Usos da Terra para os anos de 1984, 1989, 1994 e 1999.
8
4
Mata
UTM
260931,70
Oeste
5
Capoeira
UTM
260970,70
Sul
5
Pastagem
UTM
260970,70
Sul
Figura 4: Ilustração dos tipos de usos e ocupação da terra pelas classes mata, capoeira e pastagem
na paisagem em estudo.
9
6
Agricultura
UTM
264479,70
Leste
7
Água
UTM
260105,70
Oeste
8
Área urbana
UTM
262918,70
Norte
Figura 5: Ilustração dos tipos de usos e ocupação da terra pelas classes agricultura, água e áreas
urbanas na paisagem em estudo.
10
9
UTM
260246,70
Norte
5
UTM
260370,70
Oeste
10
UTM
260506,70
Sul
Figura 6: Ilustração da classe água.
Tabela 1: Valores de área (ha/ %) dos tipos de usos da terra pelas para a paisagem total no período
de 1984., 1989, 1994 e 1999.
1984
1989
1994
1999
Uso da Terra
Áreas
ha
%
ha
%
ha
%
ha
%
Mata
17,178
19,30
14,480
16,27
16,091
18,08
16,085
18,07
Capoeira
1,890
2,12
1,810
2,03
1,975
2,22
1,735
1,95
Pastagem
13,525
15,20
10,066
11,31
12,526
14,07
5,237
5,88
Agricultura
55,844
62,74
61,912
69,57
57,547
64,66
64,881
72,91
Água
59
0,07
71
0,08
95
0,11
154
0,17
Áreas urbanas
506
0,57
663
0,74
768
0,86
910
1,02
Total
89,002
100,00
89,002
100,00
89,002
100,00
89,002
100,00
11
Figura 7: Dinâmica da classe de mata para as cinco bacias hidrográficas da paisagem
Figura 8: Dinâmica da classe de capoeira para as cinco bacias hidrográficas da paisagem.
12
Figura 9: Dinâmica da classe de pastagem para as cinco bacias hidrográficas da paisagem.
Figura 10: Dinâmica da classe de uso agricultura nas cinco bacias hidrográficas da paisagem.
Gradiente de comprometimento
ambiental das bacias hidrográficas
Menor comprimento
Maior comprimento
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EXERCÍCIO 6
DESENVOLVIMENTO DE TRILHA E RESTAURAÇÃO DE HABITAT
Proposta
A Base de Pesquisa e Educação Ambiental da UNEMAT, em Cáceres (Figura 1) localiza-se
próximo a Baia do Malheiros, as margens do Rio Paraguai, dentro do município, com vegetação do
bioma Pantanal (Figura 2). Caracteriza-se por ser um fragmento de vegetação nativa com 45.471,06
ha (Lei no 1.876/2004, Câmara Municipal de Cáceres, MT).
A vegetação de Pantanal da Base de Pesquisa sofre com o pulso de inundação no período
das chuvas (novembro a março) e permanece seco no período da seca (abril a outubro) em
praticamente toda a sua extensão. Várias espécies vegetais podem ser observadas como cambará
(Vochysia spp) e lianas, com presença de restos de vegetação resultante do pulso de inundação. A
borda oeste do fragmento faz limite com a margem do Rio Paraguai, usada pela população local
para pesca. O acesso a borda noroeste do fragmento é feito através de trilhas naturais entre os
cambarás. O acesso a margem do Rio na borda sudoeste é pela praia do Daveron, onde as margens
sofrem constante pressão pela uso dos pescadores, sofrendo com o processo de erosão e
desmoronamento, além a presença de lixo. As margens do fragmento usadas para pesca apresentam
bastantes dejetos de lixo e pressão de desmoronamento.
Base de Pesquisa também é usada pela comunidade universitária, pelas várias disciplinas do
curso de Ciências Biológicas e do Programa Pós-Graduação em Ciências Ambientais, que
desenvolvem aulas práticas, para as quais a biodiversidade de plantas e animais é pertinente.
Na área do fragmento com a presença de cambará é bastante adequada a implantação de
TRILHA, que possibilita a visualização do Rio Paraguai com acesso a margem.
A Base de Pesquisa e Educação Ambiental da UNEMAT pode ser destinada ao acesso
turístico limitado a esta paisagem sem acarretar efeitos prejudiciais à integridade ecológicas da
mesma, permitindo ainda o desenvolvimento de um processo de despoluição e limpeza das margens
do Rio Paraguai na perspectiva da restauração de habitat para peixes e aves.
Detalhes da proposta
A TRILHA deve ser delimitada com coordenadas geográficas e inclusão na figura 2, com a
determinação do comprimento total e a largura.
A implementação da TRILHA pode envolver limpeza com a retirada de algumas plantas e a
deposição de cascalho ao longo do percurso da mesma. Será necessário a construção de uma ponte
no local que liga a área do cambará ao outra parte do fragmento separado pelo córrego dos Fontes.
O acesso proporcionado pela TRILHA permitirá o desenvolvimento de um trabalho de
valoração da Base de Pesquisa e limpeza das margens do Rio Paraguai limite do fragmento. Poderá
ser construída estrutura física, na borda do fragmento junto à margem do Rio Paraguai, destinadas a
pesca sem erosão da margem.
Ao longo da TRILHA deverão ser colocados sinais interpretativos para ressaltar pontos e
aspectos de interesse para apreciação dos visitantes.
14
Figura 1: Localização da unidade de conservação “Base
de Pesquisa e Educação Ambiental da UNEMAT”, no
município de Cáceres, Estado de Mato Grosso.
Figura 2: A Base de Pesquisa e Educação Ambiental da
UNEMAT, com vegetação de Pantanal no perímetro urbano
de Cáceres.
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Tarefa
A Base de Pesquisa e Educação Ambiental da UNEMAT deseja submeter à aprovação do
município de Cáceres a proposta de construção de TRILHA. Na condição de funcionário da
Prefeitura Municipal será de sua responsabilidade determinar os efeitos que o projeto pode causar
diretamente no ambiente ou indiretamente na comunidade local, considerando ainda os efeitos
benéficos ou adversos na perspectiva de produzir uma “Análise custo-benefício” e ainda solicitar as
metas físicas para delimitação de um projeto, a ser submetido a financiamento, para construção da
TRILHA com fundamentos científicos.
Para esta avaliação são sugeridos os procedimentos a seguir:
1) Listar os Componentes do Projeto (construção da TRILHA) que podem afetar o ambiente;
2) Descrever os principais Componentes do Ambiente que podem ser afetados pelo projeto e
o modo como esse Componentes interagem (suas interações ecológicas). Além dos componentes
físicos, químico e biológico e suas inter-relações. Considere também aspectos que possam ser
importantes para a comunidade local, como por exemplo, a beleza cênica da paisagem.
3) Descreva os Efeitos (conseqüências) benefícios ou prejudiciais de cada componente do
projeto nos Componentes do Ambiente ou seus sistemas ecológicos. Desde que os componentes
ambientais não são isolados, mas interagem dentro dos sistemas ecológicos, considere em que
situação os efeitos primários podem resultar em efeitos secundários, ou mesmo quando um efeito
previsto pode ser tornar cumulativo. Esteja atento ao determinar quando um efeito previsto pode ser
prejudicial de maneira significativa, pois se trata de uma proposta hipotética, que deve possibilitar
algumas decisões “arbitrárias” na perspectiva de tornar o exercício interessante. Esse tipo de
proposta que pretende sensibilizar e envolver pessoas com o ambiente natural não deve,
necessariamente causar sérios efeitos adversos; e
4) Propor Medidas Mitigadoras para atender aos efeitos prejudiciais, e identificar quaisquer
efeitos prejudiciais decorrentes da aplicação destas medidas. Se for considerado qualquer efeito
residual adverso, os benefícios potenciais gerados pelo projeto podem ser discutíveis.
UTILIZE O QUADRO A SEGUIR COMO BASE PARA REALIZAÇÃO DA TAREFA
Componentes do
Projeto
Componentes do
Ambiente (ecossistemas,
solo, vegetação, água, vida
silvestre)
Impactos
Adversos
Medidas
Mitigadoras
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17
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