VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 DISCUSSÃO SOBRE O CONTEÚDO DE PLANTAS TÓXICAS E MEDICINAIS EM LIVROS DIDÁTICOS DE 7º ANO E DE ENSINO MÉDIO Davi Nepomuceno da Silva Machado (UERJ-FFP) [email protected] George Azevedo de Queiroz (UERJ-FFP) [email protected] Introdução I) Características gerais do livro didático O Livro Didático pode ser definido como uma obra cultural que se estabeleceu no “cruzamento da cultura, da pedagogia, da produção editorial e da sociedade” (STRAY, 1993 apud CHOPPIN, 2004, p. 563). O livro didático não é o único recurso utilizado pelos professores em sala de aula, mas para muitos, é o principal. Segundo Delizoicov et al (2002, p.36): ainda é bastante consensual que o livro didático, na maioria das salas de aula, continua prevalecendo como principal instrumento de trabalho do professor, embasando significativamente a prática docente. Sendo ou não intensamente usado pelos alunos, é seguramente a principal referência da grande maioria dos professores. Para Lajolo (1996), o livro didático caracteriza-se por ser passível de uso na situação específica da escola, isto é, de aprendizado coletivo e orientado por um professor. E ainda complementa dizendo que o mesmo possui dupla destinação, já que, existem edições voltadas ao aluno e para o professor, no segundo caso tendo a função de interagir com o leitor-professor. Com relação a isso, Gèrard & Roegiers (1998), apud SANTOS (2010, p. 72) o livro didático tem as seguintes funções: a) favorecer a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes; b) propiciar o desenvolvimento de competências cognitivas, que contribuam para aumentar a autonomia; c) consolidar, ampliar, aprofundar e integrar os VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 conhecimentos adquiridos; d) auxiliar na auto-avaliação da aprendizagem; e) contribuir para a formação social, cultural, desenvolver a capacidade de convivência e de exercício da cidadania. II) Plantas medicinais e tóxicas A Organização Mundial da Saúde (OMS) define planta medicinal como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos” (VEIGA JUNIOR et al, 2002). O uso das plantas medicinais no combate às doenças, remonta aos tempos em que os medicamentos industrializados não se faziam tão presentes no cotidiano da população (BARROS, 2001). Esses conhecimentos vêm sendo transmitidos ao longo de anos e anos, passados de geração a geração, garantindo que ainda hoje, no século XXI, muitas pessoas se utilizem dessas plantas para curar diversas doenças e que a partir de algumas delas possam ser sintetizados fármacos importantes ao tratamento de doenças. Porém, para Lorenzi e Matos (2008, p. 24) é preciso ressaltar que: o conceito errôneo de que as plantas são remédios naturais e, portanto livre de riscos e efeitos colaterais deve ser reavaliado. Assim como as plantas podem representar remédios poderosos e eficazes, o risco de intoxicação causada pelo uso indevido deve ser sempre levado em consideração. Hussein Arnous et al (2005) completam dizendo que a principal causa das intoxicações é a presença de alcalóides, cardiotônicos, glicosídios cianogenéticos, proteínas tóxicas, glicosídios e furanocumarinas, oriundos de algumas espécies de plantas ornamentais. Nesse sentido, vale ressaltar o perigo que se pode estar correndo em caso de manipulação inadequada dessas plantas. Nessa perspectiva, temos como objetivo a análise do conteúdo de botânica em livros de 7º ano do Ensino Fundamental e de Ensino Médio, no que diz respeito à fitoterapia e a toxidade nas plantas. Metodologia Buscamos a temática “Plantas Tóxicas e Medicinais” em três livros de 7º ano do ensino fundamental e três livros de Biologia do ensino médio, sendo dois de volume único e um do segundo ano. Foram escolhidos livros destas séries específicas, pois de VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 acordo com a Proposta Curricular do Estado do Rio de Janeiro é nestas que são trabalhados os conteúdos de Botânica. Os livros foram: a) Projeto RADIX: Ciências. FAVALLI, L. D., PESSÔA, K. A., ANGELO, E. A. – 1 ed. – São Paulo: Editora Scipione, 2011. b) CANTO, Eduardo Leite do – Ciências Naturais Aprendendo com o Cotidiano, 7º ano: ensino fundamental. 3 ed. – São Paulo: Moderna, 2009. c) Projeto ARARIBÁ: Ciências /obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna; editor responsável José Luiz Carvalho da Cruz. – 1. ed. – São Paulo: Moderna, 2006. d) LINHARES, Sérgio – Biologia: volume único / Sérgio Linhares, Fernando Gewandsznajder. – 1 ed. – São Paulo: Ática, 2005. e) LOPES, Sônia – Bio: volume 2 / Sônia Lopes, Vivian Lavander Mendonça – 1 ed. – São Paulo: Saraiva, 2006. f) LAURENCE, J. - Biologia: ensino médio, volume único / J. Laurence. – 1. ed. – São Paulo: Nova Geração, 2005. Desses livros, apenas o livro de Sônia Lopes não constava dos Guias de Livros Didáticos do Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLDEM) dos anos de 2008, 2009 e 2011. Dos seis livros nos quais fizemos a busca da temática em estudo, apenas em dois deles encontramos um espaço voltado exclusivamente para a abordagem de plantas medicinais e tóxicas. Os outros, quando possuem, fazem alguma citação indireta que existem plantas que podem ser utilizados pela indústria na produção de medicamentos. A análise detalhada da temática em estudo deu-se, então, nos dois livros que a apresentavam com maior destaque, a saber: Projeto ARARIBÁ: Ciências e LOPES, Sônia – Bio: volume 2. Critérios de análise VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 Os critérios de análise foram baseados em Mohr (2000). São eles: conceitos e definições; desenvolvimento dos conceitos e definições; explicação dos termos desconhecidos; correção científica; adequação à idade mínima; tipo de atividade proposta e ilustração. Em conceitos e definições, enfatizamos a busca de conceitos e definições relacionados a plantas de uso medicinal e plantas tóxicas, que permitam ao aluno um entendimento claro do tema. Esse critério foi dividido em explícito, onde o conceito é aplicado de forma destacada ao corpo do texto; implícito quando é abordado de forma indireta dentro do corpo do texto; e ausente quando não houver o conceito, ou que quando o mesmo não for capaz de fornecer dados para o entendimento do aluno. Já em desenvolvimento dos conceitos e definições, foi analisado de que forma esses conceitos foram aplicados. Pode ser bom, quando aborda todas as vertentes envolvidas nesse tema; aceitável, quando de alguma forma o que for omitido não afete o aprendizado do aluno; insuficiente, quando não aborde o mínimo necessário para o entendimento do aluno; e inaceitável, quando de alguma forma esta definição ou conceito esteja aplicada de forma errônea. Em explicação dos termos desconhecidos, o livro deverá ser capaz de explicar determinados termos utilizados em seu conteúdo que não seja de conhecimento do aluno devido ao seu grau de escolaridade. As variáveis podem ser sim, no caso de explicar os termos aplicados no livro; ou não, quando não possui explicações para os termos presente no livro. No critério correção científica, serão analisados os termos científicos utilizados no livro, e se esses termos são minimamente atuais no meio acadêmico. Podem ser boas, quando os termos utilizados foram os mais atuais na época da edição do livro; aceitável, caso os termos utilizados tenham sido modificados há pouco tempo; ou incorreta, quando o livro aborda termos muito antigos, que não são utilizados há vários anos. Na adequação a idade mínima, são comparados entre os livros o modo de aplicação do tema plantas medicinais e tóxicas, de forma que o conteúdo não seja interpretado de maneira incorreta devido a idade mínima do aluno. Apesar de não ter sido realizada uma análise de trabalho especifica nessa área (que vise o desenvolvimento cognitivo do aluno), a comparação entre os trabalhos pode revelar superficialmente alguns termos que não sejam adequados à idade do aluno. Pode ser VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 diferenciados em sim, quando todas as informações presentes no livro se adéqüem a idade mínima do aluno; em parte, quando alguma informação não seja adequada a idade do aluno; ou não, quando o livro fuja completamente da realidade possuída por aquele aluno que utiliza este livro. Os tipos de atividades propostas serão avaliados apenas nos exercícios voltados para o tema plantas medicinais e tóxicas, e visam saber se essas atividades favorecem o entendimento do aluno. São classificados em análise, que exige do aluno que forme um conceito a partir do que foi dito no texto; resolução de problemas, onde o aluno deve levantar hipóteses para solucionar o problema descrito pelo autor; cópia do texto, que são perguntas formuladas a partir do conteúdo do texto, que exige apenas que o aluno identifique onde este conteúdo está inserido no capítulo; atividades extra-livro, onde geralmente são propostas atividades práticas e inexistentes, quando não há nenhuma atividade voltada para o tema analisado. Nessa classificação, mais de uma opção pode ser escolhida. Por fim as ilustrações, onde serão avaliadas a qualidade da imagem (abrange todas as estruturas externas da planta), a exatidão da imagem com a legenda, se há escala quanto ao tamanho do objeto. As imagens de cada livro serão analisadas como um todo, com isso, serão levados em consideração o número de possíveis erros e acertos antes de se chegar num consenso. As classificações para este tópico serão: correta, quando aborda os três vertentes descritas acima; aceitável, quando abordar apenas dois dos conceitos descritos; incorreta, quando não abordar nenhuma das vertentes descritas e inexistente, quando não houver nenhuma figura remetente ao conteúdo. Resultados e Discussão Tabela 1: Resultado dos critérios de análise dos livros didáticos. Livros Conceitos e definições Desenvolvimento dos conceitos e definições Explicação dos termos desconhecidos Explícito Implícito (c) X (d) X - Ausente - - Bom X X Aceitável Insuficiente Inaceitável Sim Não X - X - VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 Boa Aceitável Incorreta Sim Em parte Correção científica Adequação à idade mínima Tipo de atividade proposta Ilustração X X - X X - Não - - Análise Resolução de problemas Cópia do texto Atividade extra-livro Inexistente Correta Aceitável Incorreta X X X X - X X X X - Inexistente - - Legenda: Presença (X), ausência (-) Fonte: Tabela adaptada da figura 1: ficha de análise dos livros didáticos do artigo Análise do Conteúdo de “Saúde” em Livros Didáticos, pág. 91, autora Adriana Mohr (2000). Livro Ciências projeto ARARIBÁ. Neste livro foi identificada uma seção chamada “Por uma nova atitude”, que aborda alguns temas relacionados à saúde nos finais das unidades. No final da unidade 5, esta seção, segue intitulada de “O uso de fitoterápicos”, e aborda o uso dessas plantas na medicina. Foi constatada indiretamente a citação do conteúdo de plantas medicinais (neste livro chamado de fitoterápicos), ressaltando seus princípios ativos e sua utilização pela parcela da população que não tem acesso aos medicamentos industrializados. Já o tema plantas tóxicas também foi destacado de maneira indireta, ressaltando que o uso inadequado de fitoterápicos pode gerar alguma intoxicação ou outros efeitos colaterais. O desenvolvimento de conceitos e definições foi considerado bom, pois apesar de ser de forma implícita, traz a conscientização do uso de plantas como medicinais e que seu uso de forma incorreta pode trazer riscos a saúde. Os termos desconhecidos são todos provenientes de explicações após suas citações. Sua citação científica é considerada boa, já que aborda termos científicos atuais. A adequação a idade mínima prevalece em todo o texto, não tendo nenhum termo que não seja de entendimento do aluno. Foram identificados 3 tipos de atividades: análise, resolução de problemas e cópia do texto (nesta classificação poderá ser escolhida mais de uma opção). As figuras foram classificadas como aceitável, pois nenhuma delas possui uma escala de tamanho que permita saber exatamente o tamanho das plantas. Livro Bio volume 2, autora Sônia Lopes. VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 Este livro aborda o tema plantas medicinais numa seção extra, no final do capítulo 8, chamada “Tema para discussão” (pág. 192, 193 e 194), onde os conceitos e definições são atribuídos de forma explícita. Nesta seção, são abordados diversos modos de utilização das plantas medicinais com seus respectivos nomes científicos. É também ressaltado que sua importância na fabricação de medicamentos a partir dos estratos dos mesmos. Seu desenvolvimento de conceitos é considerado bom, já que aborda e explica vários conceitos importantes para o entendimento do aluno ao tema plantas medicinais. Os termos utilizados são todos explicados e a correção científica é boa, apesar de alguns nomes científicos serem abreviados em alguns momentos no corpo do texto, porém em outros momentos, os mesmos são escritos de maneira completa. Em nenhum momento foi percebido a utilização de termos que se fizessem desconhecidos devido à idade mínima dos alunos. As atividades propostas são do tipo cópia do texto e análises que possibilita que o aluno forme um conceito a partir do que foi lido nesta seção. As figuras, assim como no livro anterior, não possuem escalas e por isso foram classificadas como aceitável. Já o tema de plantas tóxicas é abordado no final do capítulo 9 (pag. 218 à 222) na mesma seção citada anteriormente e seu conceito e definição é abordado de explícita. Esta seção se destaca por alertar os alunos de que o contato e ingestão de partes da planta podem provocar reações adversas no organismo. No que diz respeito ao desenvolvimento dos conceitos e definições, o texto aborda de maneira clara dando vários exemplos de plantas que possuem alguma toxidade e como elas atuam no organismo humano. Os termos utilizados já são de conhecimento de um aluno de ensino médio e sua explicação não se faz necessária no texto. A correção científica é considerada boa, pois utiliza termos científicos atuais até o ano de lançamento do livro. As atividades propostas são do tipo cópia do texto e atividade extra-livro. Como exemplo, temos uma atividade extra-livro que exige que o aluno faça um levantamento da região onde mora e analise se existe algum serviço de apoio contra intoxicações por plantas. Este tipo de atividade proporciona ao aluno um maior conhecimento dos órgãos que atuam em sua localidade. Caso esse órgão exista, os alunos poderão adquirir um conhecimento maior sobre as plantas tóxicas e saberem que essas podem ser prejudiciais à saúde caso manipuladas de forma incorreta. Com relação às figuras também foi constatado a falta de escala. VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 Neste sentido, entendemos que nos livros didáticos analisados a temática “plantas medicinais e tóxicas” nos livros encontrados sempre estavam localizados nos finais de capítulos, e esta localização, pode ser elencada pelos alunos como sendo menos importante. Entretanto, vimos que o tema plantas medicinais pode ser de grande importância à formação do adolescente, pois com esse conhecimento, o aluno poderá ter acesso a substâncias que muitas vezes são de grande valor monetário na forma de medicamento industrializado. Porém vale ressaltar mais uma vez, que sua utilização deve ser sob indicação médica, e que seu uso nunca deve ser feito por indicações alheias. Já o tema plantas tóxicas, permite com que o aluno tenha uma visão mais ampla que existem plantas que possuem toxinas, e que estas, em contato de maneira inadequada com o homem podem trazer algum risco saúde. Considerações Finais O livro didático tem a sua importância na história da educação brasileira e continua sendo requisitado pelas escolas, visto ser grande a sua contribuição para a aprendizagem dos alunos. Os programas do Governo Federal têm investido para tornálo um recurso didático de qualidade e acessível a todos. Entretanto, o livro didático não representa o único recurso que o professor pode lançar mão para dar as suas aulas, mesmo porque, é um recurso preparado para atender um público nacional e sendo assim, não abrange as características próprias de cada região desse imenso país, que é o Brasil. Portanto, de acordo com o assunto da aula, o professor pode adotar, critica e conscientemente, outros recursos ou usá-los em conjunto com o livro, para tornar o conteúdo da sua aula mais completo e dinâmico. Nessa perspectiva, podemos citar músicas, vídeos, aulas práticas em laboratórios, revistas, jornais, a internet. Sendo foco de nossa discussão as plantas tóxicas e medicinais, caso os livros não abordarem tal conteúdo ou fazê-lo de forma limitada, o professor pode, por exemplo, pedir aos estudantes para verificar as plantas que estão cotidianamente ao seu redor e talvez levar para a escola as que eles conhecem como sendo medicinais e/ou tóxicas para uma conversa com eles sobre tal conteúdo e até mesmo fazer uma palestra com eles e com seus familiares abordando esse assunto, visando uma integração família-escola e buscando um ensino mais próximo à realidade dos estudantes. É VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES CEFET/RJ, 2012 importante conscientizar os estudantes e seus familiares sobre: o uso adequado das plantas medicinais e que devem conversar com o médico, nas suas consultas, que fazem uso dessas plantas, para ele, talvez, alertar sobre algum risco a saúde dos mesmos e também sobre a toxidade apresentada por algumas plantas, e nesse sentido, citar que plantas são essas e alertar sobre o que o consumo delas pode acarretar, principalmente nas crianças e nos animais domésticos. Além disso, é fundamental nesse contexto, resgatar o papel dos professores como profissionais que tem capacidade para conduzir de maneira autônoma o processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos e tem responsabilidade para elaborar os critérios necessários a escolha do livro para a disciplina que lecionam. Nesse sentido, tem papel importante o governo que deve fazer os investimentos necessários para assegurar uma formação acadêmica de qualidade para os estudantes universitários e garantir que o livro didático possa chegar a todas as escolas públicas do nosso país. Agradecimentos A Professora Drª. Ana Cléa Braga Moreira Ayres por ter ministrado esta disciplina a turma da qual fazemos parte e nos ter orientado na construção deste artigo. A Professora Drª. Maria Cristina Ribeiro Cohen que também muito colaborou conosco na construção deste artigo. Referências BARROS, A.A.M. O estudo de plantas medicinais como recurso didático no ensino de ciências. In: I Encontro Regional de Ensino de Biologia, 2001, Niterói, RJ. Anais do I EREBIO - Novo milênio, novas práticas educacionais? Niterói, RJ, 2001. p.171-174. CHOPPIN, A. História dos livros e das edições didáticas: sobre o estado da arte. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, 2004, v.30, n.3, p. 549-566. Tradução de Maria Adriana C. Cappello. 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