Como estudar a Gramática da Língua Inglesa

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COLEÇÃO DESPERTARE
Como estudar a Gramática da
Língua Inglesa
Por Rubens Queiroz de Almeida
Uma pergunta recorrente e que incomoda muita
gente. Como devo estudar a gramática da língua
inglesa? A resposta, muito simples, é: você não
deve estudar a gramática da língua inglesa. Estudar
gramática é muito chato e se é chato você vai aca­
bar desistindo. O pior de tudo, é que 99% do que
você estudar você vai esquecer no minuto seguinte.
O problema não é com você, é com o projeto de
nosso cérebro, que não foi feito para estas coisas.
Tem gente que gosta, nada errado com eles, mas se
você pertence aos 99% da humanidade a que me
refiro, se encontrar um livro de gramática pela
frente, saia correndo.
Existem exceções? Sim, se você for um professor de
inglês e tiver um aluno que fique querendo saber o
tempo inteiro porque as coisas são do jeito que são.
Aí você, como professor, explica, e o seu aluno, na
primeira virada de cabeça, esquece. E vai perguntar
de novo no dia seguinte, no dia depois do dia se­
guinte, e assim por diante. Um dia ele vai entender
e assimilar a forma de uso, mas não vai ser por
causa das suas múltiplas explicações. Ele vai enten­
der por meio da receita infalível de aprender qual­
quer coisa: constância (todo dia um pouquinho),
repetição e leitura, muita leitura.
Mas vamos então ver uma nova estratégia para
aprender gramática sem estudar a gramática.
Tomemos uma frase complexa:
If you hadn't been so rude to me, I wouldn't have hit
you on the nose.
Ação e reação, frente a uma situação hipotética. Se
você não tivesse sido tão rude comigo, eu não teria
socado o seu nariz. Existe uma regra gramatical
que explica qual é este tempo verbal, se a primeira
parte da frase for de um jeito, o complemento terá
que ser do jeito blah, blah, blah.
Eu escolhi esta frase de propósito, pois eu tinha
uma dificuldade enorme de compor frases neste
tempo verbal. Os exercícios tradicionais apresen­
tam a primeira parte da frase e solicitam que você
complete a segunda parte, ou vice­versa. E eu não
conseguia. Um belo dia, eu peguei esta frase em
um livro de inglês que usava. O livro, por sinal, era
muito engraçado. Ao ver esta frase, eu visualizei a
1
cena, da namorada brigando com o namorado e so­
cando­o no nariz (para quem não sabe, um soco no
nariz dói muito). A situação, por alguma razão, fi­
cou bem marcada na minha mente, e eu nunca
mais errei. O que eu fiz foi memorizar a frase, em
conjunto com a visualização da situação, e também
ouvindo a moça dizer isto. Daí para a frente, sem­
pre que eu precisava usar este tempo verbal, em
outro contexto, bastava substituir os verbos e as pa­
lavras. Por exemplo:
If you had studied more, you would have passed your
exams.
Não falha nunca. Lembram­se dos primeiros dois
artigos desta série, sobre aprender inglês assistindo
episódios de TV? Um passo adicional, que vai dar
um grande impulso ao seu aprendizado, é selecio­
nar, de cada episódio, uma construção verbal com
a qual você tenha dificuldade. Você pode usar as
transcrições dos episódios para lhe ajudar nesta ta­
refa. Uma vez selecionada a construção verbal de­
sejada, passe o filme novamente, repetindo
algumas vezes a cena, até que você se lembre bem
de tudo: da entonação dos atores, de suas ex­
pressões e da frase, é claro. Em seguida, tente re­
criar esta situação em sua mente e, se possível,
pense em situações alternativas em que possa usar
esta frase, como mostrei acima.
Mas não complique, nem se proponha a metas irre­
ais, como memorizar vinte frases de uma só vez.
Ninguém, nem mesmo a pessoa mais determinada
tem tempo ou disposição para fazer isto todos dias.
Inevitavelmente você deixará de fazer isto durante
alguns dias, e falhará em cumprir uma parte impor­
tante da receita: a constância. É melhor estudar um
minuto todos os dias do que dez horas em um úni­
co dia.
Lembre­se sempre, o seu dia está cheio de buraqui­
nhos de tempo, que você pode usar para aprender
muita coisa. Aprenda a valorizá­los.
Se você tem uma estratégia para aprender a como
usar o idioma corretamente, use a seção de comen­
tários desta página e compartilhe suas idéias conos­
co.
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