KRAFTWERK, O GRUPO DE MÚSICA ELETRÔNICA POP MAIS IMPORTANTE DA HISTÓRIA, GANHA BIOGRAFIA INÉDITA EM PORTUGUÊS. Considerada tão ou mais influente que os Beatles no cenário musical do século XX, a banda alemã que reinventou o pop com sua batida eletrônica tem aguardada biografia lançada pela Editora Seoman. Kraftwerk Publikation Autor: David Buckley e Nigel Forrest Preço: R$ 52,00 Páginas: 368 Para muitos, a música pop moderna se divide em antes e depois do Kraftwerk, uma banda que, à frente de seu tempo, quebrou paradigmas e criou uma sonoridade revolucionária, com um padrão musical totalmente sintético e eletrônico. Ao deixar de lado os instrumentos convencionais e optar por instrumentos eletrônicos, os quatro rapazes de Düsseldorf pavimentaram o caminho da música eletrônica e tornaram-na mais acessível ao grande público. Firmado não apenas na trajetória, mas na história sociocultural da banda, Kraftwerk Publikation é a pesquisa mais rica e séria já realizada sobre um dos grupos que, embora seja dos mais reservados, é também dos mais adorados por muitas gerações, que este ano, comemora 45 anos de carreira. Editora: Seoman www.editoraseoman.com.br ROBÓTICOS, SEM ALMA E SEM SANGUE A fundação e o início da produção criativa do Kraftwerk estão intimamente ligados ao contexto do pós-guerra, a uma Alemanha Ocidental que, mesmo no fim dos anos 1960, continuava tentando se redimir, se reerguer e se reinventar como nação; ainda precisava preencher alguns vazios deixados pelo conflito mundial. Estigmatizados e quase sem referências de cultura pop, os jovens alemães buscavam uma maneira própria de expressar suas ideias artísticas, e parte deles encontrou a inspiração nas engrenagens e na sonoridade mecânica da renascida paisagem industrial de Düsseldorf. Foi lá que, em 1970, Ralf Hütter e Florian Schneider gravaram seus primeiros trabalhos como Kraftwerk, montaram seu legendário estúdio Kling Klang e basicamente inauguraram o technopop, ou synthpop, como é hoje conhecido. A funcionalidade, a temática urbana, o encanto pelas máquinas e pela técnica deram o tom conceitual e estético de uma obra musical que, desde então, evoluiu em paralelo ao avanço da tecnologia. Os rapazes de Düsseldorf iam, assim, na contramão da história. Em uma época marcada por excessos e pela contracultura, em que a tecnologia era vista com muita desconfiança, nada pior do que fazer arte sintética e “artificial” utilizando sintetizadores eletrônicos. Música de verdade requeria baixo, guitarra, bateria, alma, emoção, carne e osso. Ao adotar um visual asséptico, guarda-roupa sóbrio, ausência de instrumentos convencionais e presença quase imóvel no palco, o Kraftwerk era o avesso do que deveria ser uma banda tradicional de música pop. Resistências à parte, o grupo se superou com o lançamento de Autobahn, seu quarto álbum, em 1974. Com essa verdadeira obraprima, o Kraftwerk – que já contava com a presença de Wolfgang Flür entre os integrantes – conseguiu antecipar em vinte anos muito do que viria a ser a música eletrônica para as massas, - Este trabalho alcançou uma vendagem significativa e chamou a atenção tanto dos apreciadores mais exigentes do rock progressivo e da música de vanguarda quanto dos frequentadores das pistas de dança. O trabalho seguinte, Radio-Activity (1975), inovou ao dispensar formalmente o uso da guitarra, tornando-se o primeiro LP totalmente eletrônico dos quatro rapazes de Düsseldorf; marcou também a chegada de Karl Bartos à banda, compondo a formação mais icônica do Kraftwerk: Schneider/Hütter/Bartos/Flür. Álbuns como Trans-Europe Express (1977), The Man-Machine (1978) e Computer World (1981) foram, também, invenções brilhantes que romperam completamente com as tendências musicais que predominavam na época. The Catalogue – um box com os trabalhos clássicos remasterizados por eles próprios – foi o último lançamento do grupo, em 2009. Hoje, mesmo com apenas um integrante original, Ralf Hütter, o Kraftwerk está em turnê e continua a lotar suas apresentações. Sua importância pode ser medida pelos artistas que o grupo influenciou: de David Bowie e Iggy Pop, passando por John Lydon (Sex Pistols) e Ian Curtis (Joy Division) até Depeche Mode e Soft Cell. De acordo com a revista especializada NME, o estilo “robot pop” do Kraftwerk foi, ainda, o ponto de partida de bandas como Prodigy e Daft Punk. Muitos desses músicos prestaram tributo ao Kraftwerk em seus trabalhos, caso da faixa “V-2 Schneider”, do álbum Heroes, de David Bowie, uma homenagem a Florian; bandas como U2, Siouxsie & the Banshees e Simple Minds gravaram covers das músicas do Kraftwerk entre dezenas de outros artistas; e entre outros grupos que reconhecem a admiração pela banda de Düsseldorf estão Blondie, Franz Ferdinand, LCD Soundsystem e Ladytron. O PRIMEIRO LIVRO SÉRIO SOBRE O KRAFTWERK Kraftwerk Publikation não é apenas uma narrativa da vida e da carreira da banda alemã, mas um zoom de todo o contexto que levou Ralf Hütter e Florian Schneider no fim dos anos 1960 a se tornar o grupo de música eletrônica mais importante da história. Para realizar essa grande proeza, e a despeito da relutância dos biografados, o escritor e jornalista inglês David Buckley conseguiu entrevistar ex-membros da banda, especialmente o percussionista Karl Bartos, embora não tenha tido acesso a seus fundadores, Ralf Hütter e Florian Schneider, carinhosamente chamados de “Lennon e McCartney da música sintética”. E o resultado é excepcional, considerando o escasso material bibliográfico existente e a verdadeira aversão da banda à exposição midiática. O próprio Bartos, no prefácio que escreveu para o livro, afirma tratar-se do primeiro trabalho sério, escrito por alguém de fora, sobre a banda da qual foi integrante por quinze anos. O livro resgata pormenores históricos e revela os bastidores do Kraftwerk; explora o começo de carreira, o amadurecimento criativo e a paixão da banda por tecnologia. Tudo isso sem perder de vista o cenário social e cultural em que o grupo surgiu e se desenvolveu, contextualizando sua trajetória e sua música para demonstrar quão radical e visionária era sua proposta. De fato, o Kraftwerk não inventou a música eletrônica pop. Hütter e Schneider propuseram-se a utilizar a tecnologia eletrônica na música como meio de criar um estilo inspirado no funcional e no utilitário. E foi essa ideia que se tornou um dos alicerces da música sintética pop (ou synthpop)e, posteriormente, da música eletrônica feita para dançar. Assim, mesmo não tendo inventado a música eletrônica popular, o Kraftwerk abriu as portas de forma precursora para essa inovadora expressão musical que perdura e se reinventa até hoje. * Em setembro de 2013 a BBC lançou o documentário Kraftwerk - Pop Art, que inclui filmagens exclusivas da série de oito shows realizados em fevereiro desse mesmo ano na Tate Modern, em Londres, além de depoimentos sobre a banda e imagens de arquivo. * O grupo nunca lançou um disco “the best of” e seus membros jamais se comportaram como celebridades. O Kraftwerk é, provavelmente, a banda mais “midiafóbica” da história da música. * Ao longo da carreira, o Kraftwerk se recusou a colaborar com nomes importantes da música pop, como David Bowie e Michael Jackson. * Seu próprio site oficial (www.kraftwerk.com) não tem quase nenhum conteúdo, quase nada da história da banda, sessão de notícias nem links para blog ou contas no Facebook e no Twitter. Seu aspecto mais desenvolvido é a loja on-line. * Em 2011, o Kraftwerk lançou o aplicativo Kling Klang Machine Nº 1, por meio do qual o usuário pode acessar virtualmente o estúdio da banda, mexer nos sintetizadores e criar suas próprias músicas. * Kling Klang é o estúdio privado de gravação do Kraftwerk, cujo site oficial é www.klingklang.com * Em meados da década de 1980, a música “Boing Boom Tschak”, do álbum Electric Café, era sucesso em bailes funk e black do Brasil, sendo conhecida como “Melô do Porco”. * O Kraftwerk esteve três vezes no Brasil: em 1998, no Free Jazz Festival, em 2004, no Tim Festival, e em 2009, no Just a Fest. * A edição brasileira de Kraftwerk Publikation conta com apresentação de Camilo Rocha (DJ, produtor e jornalista especializado em cultura eletrônica) e prefácio do músico, compositor e produtor Paulo Beto, um dos maiores conhecedores da história da música eletrônica no Brasil. * O livro traz ainda uma discografia selecionada da banda e um guia para suas vinte músicas essenciais. * Articulistas e convidados do jornal Financial Times elegeram Kraftwerk Publikation um dos melhores livros de 2012 na categoria pop. * O autor David Buckley também escreveu biografias de Elton John, David Bowie, Roxy Music e R.E.M. (http://www.david-buckley.com/). INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA (11)2066-9000 ramal: 231 Gisele Vila Nova [email protected] A EDITORA Adquirida em 2009 pelo Grupo Editorial Pensamento, a Editora Seoman publica livros nas áreas de biografia, moda e cultura pop. Integra os selos do Grupo Editorial Pensamento, reconhecido pelo pioneirismo e inovação na seleção de temas e títulos para publicação.