colégio israelita brasileiro

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TUTORIAL – 7R
Data:
Aluno (a):
Série: 3ª
Ensino Médio
Turma:
Equipe de História
História
Brasil XIX
Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem
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Exercícios
1. Num momento da história do império conhecido como "avanço liberal", durante as regências, foram
adotadas algumas medidas que concediam maior poder à representação local.
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como império)
Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas liberais:
a) Ato Adicional – Reforma do Código de Processo Criminal.
b) Lei de Terras – Lei Saraiva Cotegipe.
c) Lei Rio Branco – Código de Processo Criminal.
d) Tarifa Alves Branco – Lei Interpretativa do Ato Adicional.
e) Código de Processo Criminal – Ato Adicional.
2. [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra
fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...]
ainda continham escravos.
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)
A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,
a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção
ao Brasil.
b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda
abolicionista direcionada aos próprios escravos.
c) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma
revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho
na lavoura do café.
e) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.
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3. No texto “O Império enfermo”, Cláudio Bertolli Filho afirma:
A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública
colonial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país,
a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou
oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da
escravidão.
Fonte: BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 8.
As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como
antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos:
I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no
mundo.
II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses
para a Europa.
III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões
para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos.
IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de
Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal.
Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e IV.
c) apenas II e III.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A(s) próxima(s) questão(ões) trata da montagem do sistema político e de aspectos sociais e
econômicos da sociedade brasileira à época do processo de emancipação de 1822. Na verdade, ela(s)
trata(m) dos fundamentos de nossa sociedade e dá(ão) subsídios para que se possa entender como
fomos nos formando combinando de forma desigual liberdade, participação política e justiça social.
Como bem afirmou o historiador José Murilo de Carvalho: “Temos liberdade, alguma participação e
muita desigualdade”.
4. Sobre aspectos sociais do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA.
a) A composição demográfica do Brasil foi alterada a partir da segunda metade do século XIX com a
abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da própria escravidão, já em 1888. A adoção da mão de
obra livre trouxe os imigrantes europeus e asiáticos, que contribuíram fortemente para que o país
mudasse suas feições.
b) Um traço marcante da constituição do povo brasileiro é a cooperação entre as três raças (negro,
branco e índio) no que ficou conhecido como a “mistura democrática das raças”. Mas essa cooperação
era algo impositivo, na medida em que cada uma das etnias era consciente de suas fraquezas e
limitações.
c) No Império, a mulher brasileira tinha situação peculiar. Apenas as brancas podiam constituir famílias
e legalizá-las. Eram privilegiadas em relação às mulheres escravas, mas não escapavam ao sistema
patriarcal, que as submetia ao poder do chefe de família.
d) Quando do processo de emancipação, calculava-se a população brasileira em tomo de quatro
milhões de habitantes. Quase a metade era formada por escravos africanos e indígenas. Mas a outra
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metade não era formada exclusivamente por brancos portugueses. Neste contingente incluíam-se
mestiços de todos os tipos, sobretudo os mulatos e os mamelucos.
e) No Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado brasileiro. Os padres eram funcionários
públicos que recebiam ordenado do governo para cuidarem de tarefas administrativas como o registro
de nascimento, casamento e óbito.
5. A política do Império do Brasil em relação ao Paraguai buscou alcançar três objetivos. O primeiro
deles foi o de obter a livre navegação do rio Paraguai, de modo a garantir a comunicação marítimofluvial da província de Mato Grosso com o restante do Brasil. O segundo objetivo foi o de buscar
estabelecer um tratado delimitando as fronteiras com o país guarani. Por último, um objetivo
permanente do Império, até o seu fim em 1889, foi o de procurar conter a influência argentina sobre o
Paraguai, convencido de que Buenos Aires ambicionava ser o centro de um Estado que abrangesse o
antigo vice-reino do Rio da Prata, incorporando o Paraguai.
(Adaptado de Francisco Doratioto, Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras,
2002, p. 471.)
Sobre o contexto histórico a que o texto se refere é correto afirmar que:
a) A Guerra do Paraguai foi um instrumento de consolidação de fronteiras e uma demonstração da
política externa do Império em relação aos vizinhos, embora tenha gerado desgastes para Pedro II.
b) As motivações econômicas eram suficientes para empreender a guerra contra o Paraguai, que
pretendia anexar territórios do Brasil, da Bolívia e do Chile, em busca de uma saída para o mar.
c) A Argentina pretendia anexar o Paraguai e o Uruguai, mas foi contida pela interferência do Brasil e
pela pressão dos EUA, parceiros estratégicos que se opunham à recriação do vice-reino do Rio da
Prata.
d) O mais longo conflito bélico da América do Sul matou milhares de paraguaios e produziu uma aliança
entre indígenas e negros que atuavam contra os brancos descendentes de espanhóis e portugueses.
6. Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro, destaca-se
o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido como:
a) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de grande parte
das demais províncias nordestinas.
b) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de
Pernambuco.
c) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião muçulmana,
sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil.
d) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de Farroupilhas, em
que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos.
e) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e o
monopólio comercial português.
7. A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi definida, por alguns historiadores, como um momento de
apogeu do Império brasileiro. Outros preferiram considerá-la como uma demonstração de seu declínio.
Tal discordância se justifica porque o conflito sul-americano
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a) estabeleceu pleno domínio militar brasileiro na região do Prata, mas provocou grave crise financeira
no Brasil.
b) abriu o mercado paraguaio para as manufaturas brasileiras, mas não evitou a entrada no Paraguai de
mercadorias contrabandeadas.
c) freou o crescimento econômico dos países vizinhos, mas permitiu o aumento da influência americana
na região.
d) ajudou a profissionalizar e politizar o Exército brasileiro, mas contribuiu na difusão, entre suas
lideranças, do abolicionismo.
e) fez do imperador brasileiro um líder continental, mas gerou a morte de milhares de soldados
brasileiros.
8. O primeiro recenseamento geral do Império foi realizado em 1872. Nos recenseamentos parciais
anteriores, não se perguntava sobre a cor da população. O censo de 1872, ao inserir essa informação,
indica uma mudança, orientada por um entendimento do conceito de raça que ancorava a cor em um
suporte pretensamente mais rígido. Com a crise da escravidão e do regime monárquico, que levou ao
enfraquecimento dos pilares da distinção social, a cor e a raça tornavam-se necessárias.
(Adaptado de Ivana Stolze Lima, Cores, marcas e falas: sentidos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, 2003, p. 109, 121.)
A partir do enunciado, podemos concluir que há um uso político na maneira de classificar a população,
já que
a) o conceito de raça permitia classificar a população a partir de um critério mais objetivo do que a cor,
garantindo mais exatidão nas informações, o que era necessário em um momento de transição para um
novo regime.
b) no final do Império, o enfraquecimento dos pilares da distinção social era causado pelo fim da
escravidão. Nesse contexto, ao perguntar sobre a raça da população, o censo permitiria a elaboração
de políticas públicas visando à inclusão social dos ex- escravos.
c) a introdução do conceito de raça no censo devia-se a uma concepção, cada vez mais difundida após
1870, que propunha a organização e o governo da sociedade a partir de critérios objetivos e científicos,
o que levaria a uma maior igualdade social.
d) no final do Império, a associação entre a cor da pele e o conceito de raça criava um novo critério de
exclusão social, capaz de substituir as formas de distinção que eram próprias da sociedade escravista e
monárquica em crise.
9. Dentre as revoltas políticas e sociais que abalaram o Império do Brasil, a Revolta Praieira se
destaca. Para muitos historiadores, essa revolta ocorrida em Pernambuco, em 1848, foi a última
atribulação política interna do império. Sendo assim, sobre a Praieira e seu contexto histórico, podemos
assinalar que
a) no Pernambuco da primeira metade do século XIX, a mão de obra escrava não era mais essencial
para a produção do açúcar.
b) não podemos enquadrar a Praieira no conjunto das revoltas liberais que abalaram o Pernambuco no
oitocentos.
c) não há como se analisar a Praieira, sem se considerar a atuação do partido liberal na província de
Pernambuco.
d) em essência, as propostas da Praieira divergiam dos movimentos de 1817 e 1824, por não
compactuar dos ideais do liberalismo.
e) a repressão estatal, empreendida por D. Pedro I, debelou rapidamente os insurgentes da Praieira.
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10. Observe a imagem abaixo e responda à questão proposta.
A alegoria acima está no contexto do processo abolicionista brasileiro e paraense. Ela representa
naquele contexto um ato de
a) luta aberta entre os abolicionistas republicanos (exaltados na figura da bela moça, a Mariane) em
oposição ao retrocesso dos políticos conservadores do Império, que apoiavam a manutenção da
escravidão de origem africana.
b) exaltação a um mundo novo, ali representado por ícones da modernidade tecnológica (o trem) e por
ideias libertárias (a Mariane), ambos unidos na colônia de Benevides, símbolo paraense da imigração e
do uso do trabalho livre.
c) exaltação da figura étnica do negro e origem africana no processo abolicionista paraense. O negro
está ali representado na forma de uma bela mulher de traços afro-brasileiros, que exalta a modernidade
em Benevides para seu povo.
d) consagração de Benevides como terra civilizada e abolicionista, com a presença de mulheres
alfabetizadas (notar a Mariane assinando a ata de liberdade nacional dos escravos) e de estradas de
ferro que trariam essa civilização para o resto do Pará e do Brasil.
e) consagração de figuras políticas como a princesa Isabel, representada na alegoria assinando a Lei
Áurea em Benevides, local símbolo no Pará da campanha abolicionista desde de 1884, momento da
inauguração da estrada de ferro na região.
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Gabarito
1. E
2. A
3. E
4. B
5. A
6. D
7. D
8. D
9. C
10. B
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