Visita Domiciliária Nossa Senhora visita sua casa Edição revista e atualizada Elias Leite, cmf, e equipe editora Ave-maria Pároco: ................................................................ Coordenador(a): ................................................ Coordenador(a) do grupo: ................................ Participantes 1....................................................................... 2....................................................................... 3. ...................................................................... 4....................................................................... 5....................................................................... 6....................................................................... 7....................................................................... 8....................................................................... 9....................................................................... 10....................................................................... 11....................................................................... 12....................................................................... 13....................................................................... 14....................................................................... 15....................................................................... 16....................................................................... 17. ...................................................................... 18....................................................................... 19....................................................................... 20....................................................................... 21....................................................................... 22....................................................................... 23....................................................................... 24....................................................................... 25....................................................................... 26....................................................................... 27....................................................................... 28....................................................................... 29....................................................................... 30....................................................................... Apresentação Este manual da Visita Domiciliária é um diretório para as famílias ou para as pessoas que acolhem a Capelinha de Nossa Senhora, para que conheçam o objetivo da visita à sua casa e a melhor forma de participar dessa devoção. O manual traz informações e orientações necessárias para a organização dos grupos de associados, sugestões para a formação da diretoria e coordenação, orações e o modo de realizar a visita às casas. A presente edição do manual da Visita Domiciliária é uma reformulação e atualização da edição anterior (1991). O importante é que o associado leia e conheça bem o seu manual, viva o ato da visita com verdadeira fé e piedade, evitando prolongá-lo além do normal. Assim, o objetivo espiritual da visita será alcançado e a Virgem Maria, medianeira de todas as graças, 11 fará brotar em seu lar o amor e derramará as suas bênçãos nele. Os editores 12 Introdução A família é realmente dom e compromisso pela pessoa e pela vida e esperança da humanidade. Em torno da família e da vida se trava hoje o combate fundamental da dignidade do homem. João Paulo II (Encontro mundial com as famílias, Rio de Janeiro, outubro de 1997) A família sempre foi e será a origem e o alicerce da humanidade. Dela depende a vida e o desenvolvimento da sociedade humana. Constituindo-se, de fato, “a esperança da humanidade”, na feliz expressão de sua santidade, o Papa. A família, além de sua função biológica e social, é a guardiã da fé e dos costumes que dignificam o ser humano. Dela se originam os valores cívicos e morais de um povo como nação. Nela nascem e se configuram os valores espirituais da fé estabelecidos por Deus, reedificados por Jesus Cristo e por ele dimen13 sionados nos evangelhos como mistérios da salvação, confiados à sua Igreja, depositária e missionária. Por isso, a Igreja de Cristo se constitui, no mundo inteiro, na família das famílias e na defensora e orientadora do seu mais rico patrimônio: a vida e a fé. Essa mesma família, como lar cristão, igreja de vida e de fé, poderá ser luz para iluminar, moralizar e dar sentido à verdadeira cidadania do homem e, consequentemente, ser a integridade e grandeza da nação. Sem a família solidamente constituída, permanente na sua instituição, coesa, unida pelo amor e pela fé, por suas tradições de dignidade e respeito, jamais haverá uma sociedade engrandecida, exuberante de vida e de solidariedade entre todos. Essa é a luta da Igreja de Jesus Cristo hoje. Esse é o combate de cada família cristã de que fala João Paulo II. Não restam dúvidas de que, para esse tipo de combate, a melhor arma ainda é o amor. E o amor iluminado e fortalecido pela fé. Em nenhuma outra pessoa essa riqueza de dons mais se concentra que num coração de 14 mãe. E nenhum outro coração materno mais perfeito podemos encontrar, como o Coração de Maria, a Mãe santíssima de Jesus. Eis aqui, pois, a razão de ser a Visita Domiciliária da imagem uma lembrança do Imaculado Coração de Maria. Coração de mãe e modelo para a família da Igreja do seu Filho. Visita de cordialidade e de serviço. Como aquela que ela fez a Isabel, sua prima, e a Zacarias. Um encontro de famílias. E que mensagens maravilhosas essa visita deixou para nós. Quanta felicidade trouxe àquelas famílias. “Você é feliz porque acreditou”, foi o elogio de Isabel a Maria. “Você é a mais abençoada de todas as mulheres! E também abençoado o fruto do seu ventre!”, profetizou. E Maria só louvou a Deus, no seu jeito de agradecer. “A minha alma dá glórias ao Senhor e o meu coração se alegra em Deus, meu Salvador. Ele fez em mim coisas maravilhosas!” O Coração de Maria não deixará também de trazer essas bênçãos às famílias que, como Isabel, a acolherem com amor em suas casas. 15 E Maria, diz Lucas, ainda ficou mais ou menos três meses com Isabel (Lc 1,56). Certamente, ficará com você também e com sua família. 16 PARTE 1 Visita Domiciliária Significado A Visita Domiciliária de Nossa Senhora é uma forma de cultuar a Mãe de Jesus e nossa mãe. O evangelista Lucas conta que Maria foi à casa de Isabel. Leva à prima o fruto da saudação do céu: ‘’Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. E, por todos nós, responde Isabel: “Porque bendito é o fruto (o filho) que está no teu ventre!”. Quantas graças, bênçãos e coisas bonitas aconteceram, fruto dessa visita. Na visita de Maria à sua casa acontecerá o mesmo. Basta recebê-la com fé, amor e esperança. É a Mãe de Jesus e de todos nós, com o coração cheio de amor e paz, que vai visitar sua casa. Diga também como Isabel na sua feliz humildade: “Donde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (Lc 1,43). 17 Origem Do que se sabe, a primeira Visita Domiciliária da Capelinha do Coração de Maria aconteceu na cidade de Guaiaquil, no Equador, em 26 de agosto de 1888. Foi o seu iniciador o cônego José Maria Santistevan, com a denominação de Visita Circular do Imaculado Coração de Maria. Do Equador estendeu-se a vários países sul-americanos, como Chile, Bolívia e Argentina, logo depois aos Estados Unidos e Canadá e, em seguida, a Cuba, Panamá e outros. Os maiores divulgadores dessa prática de devoção mariana eram os Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Missionários Claretianos), quando pregavam missões populares, como meio de conservar a lembrança das missões e seus frutos espirituais. Em 26 de agosto de 1913, o padre c1aretiano Domingo Janáriz fundava na cidade de Aranda de Duero, na Espanha, a Visita Domiciliária do Coração de Maria, inscrevendo no livro de registro da associação 600 famílias. A aprovação das normas e estatutos aconteceu aos 18 de janeiro de 1914. 18 Da Espanha, a prática dessa devoção cordimariana divulgou-se por quase todos os paí­ses da Europa e foi levada pelos Missionários Claretianos à Ásia, África e Oceania. Na América Latina, a Visita Domiciliária começa pelo Chile, depois da chegada dos Missionários Claretianos àquele país (1914). Lá recebeu o nome de Obra da Visita Circulante. No Brasil, a primeira instalação da Visita Domiciliária se deu em Belo Horizonte (MG), com a aprovação e bênção do arcebispo de Mariana, D. Silvério Gomes Pimenta, e de D. Antonio dos Santos Cabral, arcebispo de Belo Horizonte. Atualmente, a Capelinha da Visita Domiciliária, sob diferentes títulos, é conhecida em todo o Brasil e percorre, de casa em casa, muitas cidades e lugares de quase todos os estados brasileiros. Finalidade A Visita Domiciliária propõe-se: •Levar aos lares visitados e às pessoas em particular bênçãos e graças da Mãe de Jesus. 19 •Oferecer orientações seguras para uma verdadeira vida cristã nos lares. •Inspirar os cristãos pela devoção filial a Maria a que vivam o amor ao Sagrado Coração de Jesus. •Criar nas famílias um ambiente de paz e união, de compreensão e respeito, como frutos do amor e do perdão entre todos. •Despertar na família o verdadeiro sentido da vida, a defesa dos valores familiares, da dignidade de cada pessoa, como imagem de Deus e morada do Espírito Santo. •Guiar as famílias na educação dos filhos, à imitação do Coração de Maria, mãe e educadora de Jesus, pelos exemplos de fé, humildade, paciência, justiça, fidelidade e amor a Deus. •Incentivar as famílias, pela devoção a Maria, à prática da prudência nas palavras, à constância na oração, à caridade com os necessitados, à visita aos enfermos, à atenção aos idosos. •Conservar os cristãos no amor à religião, na vivência dos sacramentos da Igreja, na 20 leitura da Bíblia, na participação de sua comunidade paroquial. •Guardar as famílias no coração de mãe de Jesus, como ela sabia nele guardar todas as coisas do Senhor. •Despertar nos lares cristãos vocações para o sacerdócio e para a vida consagrada. 21