Antibióticos

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Antibióticos
O impacto causado pelo mau uso
no desenvolvimento de resistência
bacteriana
Caio Roberto Salvino
Laboratório Saldanha
Hospital Nossa Senhora dos Prazeres
SBAC-SC
Resistência Bacteriana
Problema mundial
Alto risco no manejo dos pacientes
Frequentemente irreversível
Alto custo no desenvolvimento de novas
opções
70% das bactérias causadoras de IHs são
resistentes
EUA:
2.000.000 de pessoas/ano – IH
90.000 óbitos
Caio Roberto Salvino – RioPharma 2007
Resistência Bacteriana
Relacionado ao mau uso
Humanos
Auto-medicação; má prescrição; má administração
Prescrição de antibióticos sem critérios
Amoxicilina/Ácido Clavulânico em crianças sem uso prévio de
penicilinas e/ou cefalosporinas
Usam antibióticos até melhora (critério pessoal) – abandonoterapia
Preferência por monoterapia e em dose única
Preferência por uso oral
Animais
Indústria
Veterinária
Avoparcina: VRE
Fluoroquinolonas: aves domésticas (?)
Alimentos
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Resistência Bacteriana
Alto custo
40 a 50% do custo das farmácias
hospitalares
7 a 13% do custo total dos hospitais*
Pacientes internados com IH causada por
bactérias MR:
Maior tempo de internação
Maior custo e maior risco
Uso de antibióticos de 3ª e 4ª geração
* Dr. Marco Antonio Cyrillo – Fato Hospitalar ano III no 7
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Resistência Bacteriana
Fonte: Bailey & Scott’s - Diagnostic Microbiology – Elsevier 2002
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Resistência Bacteriana
Intrínseca
Natural
ampC cromossômica
CESP; Pseudomonas sp.; Proteus indol (-)
Enterococcus sp. - Cefalosporinas
Extrínseca
Adquirida
Plasmidial, outros
Transmissíveis
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Resistência Bacteriana
Natural:
Mecanismos cromossômicos
Hiperprodução de beta-lactamases
CESP
Antibiograma confuso
Dúvidas do clínico
Conhecimento prévio
Orientações
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Resistência Bacteriana
Extrínseca:
Mecanismos adquiridos
Produção de beta-lactamases
ESBL: Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Proteus
mirabilis
MBL: Pseudomonas aeruginosa; Acinetobacter baumannii
ampC plasmidial: Enterobacteriaceae
Modificação de PBPs
Staphylococcus aureus resistente à Oxacilina
MecA
Pneumococo resistente à Penicilina
Modificação de parede
Porinas: S. aureus resistente à Eritromicina
Aminoácidos: VRE
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Resistência Bacteriana
Indução por antibióticos
Ex:
Alta Capacidade
Baixa Capacidade
Carbapenems e Cefoxitina
Aminopenicilinas
Carbenicilina e Ticarcilina
Ureidopenicilinas (Piperacilina)
Cefalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª geração
Ácido Clavulânico
Cefalosporinas de 4ª geração
Sulbactam e Tazobactam
Aztreonam
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Mecanismos de resistência
Degradação da droga
Alteração do sítio de ação
Beta-lactâmicos
Aminoglicosídeos
Quinolonas
Glicopeptídeos
Beta-lactâmicos
Aminoglicosideos (High-level)
Diminuição da concentração intra-celular do
antimicrobiano
Resistência a beta-lactâmicos de amplo espectro em Gram-negativos
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Estratégia OMS
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OMS
Estratégia Gobal para Contenção da
Resistência Bacteriana
Estimular a prevenção das infecções
Baixar a emergência da resistência
Reduzir o impacto na saúde e nos custos
da saúde
Promover o acesso aos agentes
antimicrobianos e estimular o
desenvolvimento de novos agentes
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Aplicação local
Estratégia Gobal para Contenção da
Resistência Bacteriana
Estimular a prevenção das infecções
CCIH/SCIHs efetivamente ativos
Padronização no uso de atbs
Protocolos
Nacionais
Estaduais
Municipais
Da Intituição
Educação Continuada aos PAS
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Aplicação local
Estratégia Gobal para Contenção da
Resistência Bacteriana
Baixar a emergência da resistência
Diagnósticos seguros, precisos e rápidos
Criação de critérios para venda de atbs em
farmácias
Tarja preta
Diminuir seleção de MR
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Aplicação local
Estratégia Gobal para Contenção da
Resistência Bacteriana
Reduzir o impacto na saúde e nos custos
da saúde
Diminuição no uso de atbs de amplo espectro
diminuição de triagem de cepas MR diminuição no custo do tratamento diminuição no tempo de internação aumento
da qualidade de vida
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Aplicação local
Estratégia Gobal para Contenção da
Resistência Bacteriana
Promover o acesso aos agentes
antimicrobianos e estimular o
desenvolvimento de novos agentes
Acesso controlado
Desenvolvimento acompanhando resistência
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Problemática
População
Automedicação
Desenvolvimento de resistência em bactérias comunitárias
Farmácias
Empurroterapia
CoA-MRSA
Gonococo BL+
Lucro?
Médico
Baseado em Evidências?
Dados epidemiológicos
Resultados de antibiograma
Empírico
Maioria
Quando?
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Ações
Hospitais
Controle das Infecções Hospitalares
CCIHs
SCIHs
Combate às IHs
Controle efetivo das IHs
Diminuição dos índices de IHs
Controle interno de uso de antibióticos
Padronização
Protocolos de uso
Propagandista
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Ações
Resistência
Treinamento para Laboratórios de
Microbiologia Clínica
Públicos
Privados
Diagnóstico correto dos mecanismos de
resistência
Uso controlado dos antibióticos
Vigilância
Protocolos
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Custos
Impacto nos custos
Há real interesse na queda do consumo de
antibióticos de alto custo?
SUS:
Diária UTI < custo com antibióticos
Ex1: Meropenem
R$ 220,00/dose 500mg
R$ 880,00/dia
Ex2: Imipenem
R$ 73,00/dose 1g
R$ 292,00/dia
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Uso de antibióticos
Deve seguir 3 princípios básicos**:
Clínico-Epidemiológico
Microbiológico
Farmacológico
** Dr. Carlos Kiffer – Fato Hospitalar ano III no 7
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1- Clínico-epidemiológico
Dados epidemiológicos
CCIH/SCIH
Prevalência de infecções
Sítios acometidos
Agentes etiológicos envolvidos
Locais da instituição mais atingidos
Medidas de combate e prevenção às IHs
Estatísticas
Utilizar dados internos
Cada realidade é diferente (Pn x Pneumococo)
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1- Clínico-epidemiológico
Dados clínicos
Fisiopatogenia
Relação Microorganismo/hospedeiro
Uso correto dos dados obtidos pela CCIH
Tratamento das infecções
Troca de antibióticos
Resultados de antibiograma compatíveis com a troca
Menor espectro de ação
Menor toxicidade
Menor custo
Menor capacidade de indução de resistência
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2- Microbiológico
Dados relativos a:
Microbiota local
Culturas de investigação
Culturas de barreira
Perfis de sensibilidade aos antimicrobianos
Padronização do antibiograma
Normas internacionais
CLSI, SFM, BSAC, outros
Detecção de mecanismos de resistência
Fenotípicamente
Genotipicamente
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2- Microbiológico
Detecção de mecanismos de resistência
Relatórios
Setor, amostra clínica, solicitante, agente
isolado e perfil de sensibilidade
Índice de resistência bacteriana
Gênero e espécie
ORSA/MRSA; ESBL; MBL; ampC; outros
Qualidade dos Laboratório de
Microbiologia Clínica
CQ efetivo
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CIM: Concentração Inibitória Mínima
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CIM: Concentração Inibitória Mínima
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CIM: Concentração Inibitória Mínima
Como aplicar:
Indivíduo adulto:
80 Kg x 0,7 = 5.000ml sangue
Antibiótico A:
Apresentação IV 250 mg (frasco 10ml)
CIM fornecida pelo laboratório para a droga = 1.6 µg/ml
1,6 µg A ------------1 ml
x ------------- 5.000 ml sangue
x = 8.000 µg = 8 mg x 4 = 32 mg (dosagem efetiva)
onde: 4 = margem de segurança adotada
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Exemplo
Posologia clássica:
Antibiótico A:
Posologia
: 250 mg de 8 em 8 horas
Posologia acertada pelo CIM : 32 mg de 8 em 8 horas
Assim se realiza o cálculo de concentração:
250 mg da droga A ---------------- 10ml
32 mg da droga A ---------------- y
y = 1,28 ml (usar 1,5)
Difundir 1,5 ml e infundir no paciente de 8 em 8 horas.
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3- Farmacológico
Conceitos de:
Farmacologia
Farmacodinâmica/Farmacocinética
Interações medicamentosas
Mecanismos de ação dos fármacos
Relação quanto ao uso X indução de
resistência
Aplicação do conceito de CIM
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Prescrição do antibiótico
Trabalho multidisciplinar?
Enfermagem avalia e comunica
Clínico avalia, solicita exames e prescreve
Solicita cultura e antibiograma
Prescreve antibióticos
Laboratório de Microbiologia realiza os exames
solicitados e comunica
Libera os laudos
1º Empiricamente
2º Baseado nos resultados acima
Discussões
Farmácia libera fármaco
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Paciente
Imunidade
Microrganismo
Farmacologia
Teste de
sensibilidade
Fonte: Microbiologia Medica - Cedric A. Mims, John H.L. Playfair, Ivan M. Roitt
Antimicrobiano
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Compreensão da
farmacologia do agente
Conhecimento sobre
ação, TSA in vitro
O agente atingirá
o local da infecção?
Quais os riscos
de toxicidade e
efeitos adversos>?
Quais os agentes
que serão ativos
contra a bac??
Agente
Antibacteriano
Existe possibilidade
de surgimento
de resistência ?
Compreensão
da toxicidade e
interações
Compreensão
mecanismos de
de resistência
Hospedeiro
Outros fatores do hospedeiro que podem modificar
resultado?
Remoção de urina e catéteres
endovenosos, dreno de pús,
remoção de necrose, etc
Bactéria
Qual seria o patógeno
mais provável neste sítio ?
Excelência no Serviço
de Bacteriologia
Fonte: Microbiologia Medica - Cedric A. Mims et al. Adaptado por Caio Salvino
Qual é o local mais
provável de infecção ?
Clínica e perspicácia;
coleta adequada;
uso de técnicas de imagem
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Jules Bordet
1870 - 1961
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Venda controlada.
O mau uso deste med
icamento
poderá causar resistê
ncia bacteriana.
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Muito OBRIGADO
Rio de Janeiro!
E-mail: [email protected]
MSN: [email protected]
Skype: caio_salvino
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