isolamento e caracterização da atividade antimicrobiana de

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ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS
ASSOCIADAS A ESPONJAS MARINHAS COLETADAS NO LITORAL DE CABO FRIO – RJ
Aluno: JÉSSYCA DE FREITAS SILVA
Colaboradores: THIAGO SILVA, RAYSSA SANTOS, GUILHERME MURICY E CRISTIANE C.P. HARDOIM
Orientador: MARINELLA S. LAPORT
Curso / Instituição de Ensino Superior: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Introdução / Objetivos / Material e Métodos / Conclusões / Resultados / Referências Bibliográficas
O filo Porifera, também conhecido como esponjas são animais sésseis que possuem desde centímetros até cerca de 1 a
2 metros de altura, com cores vivas e variadas e são importantes filtradores. Esses organismos formam associações com
complexas comunidades bacterianas, e essas comunidades possuem membros capazes de produzir compostos bioativos.
Estas substâncias podem auxiliar na pesquisa de produção de fármacos, uma vez que demonstraram possuir atividades
antimicrobianas contra bactérias de importância médica como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, dentre outras. O
objetivo deste estudo foi isolar bactérias produtoras de substâncias antimicrobianas (SAM) associadas às esponjas
marinhas, contra estirpes de importância médica. Foram coletadas uma amostra de cada uma das esponjas Darwinella
sp. e Chondrilla nucula, em uma área conhecida como “Poça de maré do Carolina” na cidade de Cabo Frio, Rio de
Janeiro. As amostras foram lavadas com água do mar artificial estéril e em seguida maceradas com a ajuda de um
bastão de vidro em um tubo Falcon contendo 15 mL de água do mar artificial sem cálcio e magnésio. O extrato obtido
após a maceração, foi diluído em série até chegar nas concentrações 10-3, 10-4 e 10-5, e depois, foi semeado nos meios
de cultura BHI e Marinho pelo método de espalhamento. As unidades formadoras de colônia (UFC) foram selecionadas
e caracterizadas morfologicamente. Depois disso, as mesmas foram crescidas em meio caldo (BHI e Marinho), até
atingir a fase log de crescimento (24-48h), a temperatura ambiente (±25°C). Após o crescimento, foram adicionados
10µL da cultura crescida com a estirpe marinha em ágar BHI ou Marinho. Depois do crescimento, por cerca de 24h,
cada UFC foi morta com vapores de clorofórmio. Após a evaporação do clorofórmio, foi vertido sobre a placa o meio
BHI semi-sólido contendo a estirpe indicadora, e posteriormente, foi colocado na estufa à 37°C por 18h, para verificar a
ocorrência de halo ao redor da massa puntiforme. Foram utilizadas três bactérias indicadoras de coleção de cultura e três
de amostras clínicas. Estas bactérias fazem parte da coleção de culturas do laboratório de Bacteriologia Molecular e
Marinha do Instituto de Microbiologia da UFRJ. Foram isoladas 48 UFCs e todas as estirpes analisadas apresentaram
biofluorescência e três estirpes foram possíveis produtoras do sideróforo pioverdina. Dentre as 48 estirpes testadas para
a produção de SAM, 16 apresentaram inibição contra S. aureus ATCC 29213, 11 contra Staphylococcus epidermidis
ATCC 12228, uma apresentou inibição contra E. coli ATCC 25922 e duas bactérias apresentaram halo de inibição
contra S. aureus resistente à meticilina (MRSA). Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que estirpes
isoladas das esponjas Darwinella sp. e C. nucula produzem substâncias bioativas com potencial atividade
antimicrobiana. Os ensaios de atividade antimicrobiana continuarão a ser realizados a fim de se conhecer o espectro de
ação da atividade inibitória das bactérias isoladas das esponjas marinhas sobre estirpes de importância clínica.
Referências Bibliográficas:
LAPORT, M.S., SANTOS, O.C.S., MURICY, G. Marine sponges: potential sources of new antimicrobial drugs. Curr.
Pharmac. Biothecnol.10: 86-105, 2009.
Bolsa de Iniciação Científica (IC):
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PROPEP 2015
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