Filme O Senhor da Guerra, 1965 - História

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HISTÓRIA
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Profª Isabel Cristina Simonato
Filme “O SENHOR DA GUERRA” (1965)
CONTEÚDOS: Sociedade feudal e suas relações de poder – senhores e cavaleiros e senhores e camponeses
O filme conta a história de um cavaleiro normando – Sir Crysagon Delacroix ou Sir Crysagon de La Cruex –
que chega a um feudo localizado na região da Armórica1, que lhe foi doado pelo Duque Willian de Ghent (Duque da
Normandia, também uma região da Gália), que lhe foi doado como recompensa, após 20 anos de bons serviços
prestados e fidelidade ao duque, agora seu suserano.
O feudo não era dos melhores, pois ficava em um território vulnerável a ataques vindos do mar, e o próprio
torreão que servia de moradia para o senhor feudal e seus cavaleiros, e que também deveria ser local de proteção para
os camponeses do feudo, não possuía nenhuma muralha protetora; fato que, logo após tomar posse de sua propriedade,
Sir Crysagon procura reverter imediatamente essa vulnerabilidade, iniciando a construção de uma muralha protetora.
Em meio a todos esses acontecimentos, Sir Crysagon se sente atraído ou, segundo suas palavras, se sente
“enfeitiçado” pela jovem camponesa Bronwyn, noiva do também camponês Marc, filho de Odins, o ancião da vila.
Diante do seu fascínio, Crysagon age exigindo o direito do senhor feudal2 de dormir com a noiva virgem no dia do
casamento (antes do “recém-marido”) e desvirginá-la.
1
Armórica (do celta Armor, “sobre o mar”), região da Gália (França, atual) que se estendia do Baixo Sena à Gironda. Foi rebatizada e hoje é
conhecida com Bretanha.
2 “Droit de seigneur” ou “direito à primeira noite”.
1
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Profª Isabel Cristina Simonato
A não devolução da jovem noiva na manhã seguinte resulta em uma guerra dentro do feudo: de um lado, os
normandos e do outro, os camponeses que se aliaram aos frisões, saqueadores frequentes que vinham do mar para
tirar-lhes a colheita, o gado e, até mesmo, algumas pessoas para serem escravizadas.
Além da oposição externa, Sir Crysagon também tem que lutar contra a oposição do seu irmão, Draco, que
não aceita os atos do irmão, vistos como benevolentes e como demonstração de fraqueza, como no caso do julgamento
dos camponeses acusados de caçar nas terras do senhor feudal, ato punível com a morte, o que não ocorreu no caso.
Os ataques combinados dos frisões e dos camponeses, ameaçam os domínios de Sir Crysagon e,
consequentemente, do Duque da Normandia, seu suserano; fato que levou Draco a sair e buscar ajuda junto ao duque.
Este é um momento que a história sofre um revés pois, a ajuda que Draco trouxe consigo chegou bem a tempo
de salvar o feudo e expulsar os frisões, só que Draco chegou como novo senhor do feudo, disposto a se vingar do
irmão, recuperar o anel do pai que estava com Bronwyn (dado a ela por Sir Crysagon) e massacrar os colonos, vistos
como traidores, pois se uniram aos frisões contra os nobres normandos.
Uma discussão entre Draco, disposto a tudo, e Crysagon resultou em luta física com Draco atacando o irmão
com espada e Crysagon se defendendo e, por uma fatalidade, na disputa por um punhal, Draco acabou apunhalado e
morreu.
A criança, filha do chefe frisão, que até agora havia sido mantida prisioneira dos normandos, foi devolvida por
Crysagon ao seu pai em troca de um favor: levar para as ilhas Frísias a jovem Bronwyn, sua amada, e mantê-la a
salvo. E mesmo gravemente ferido, após um ataque de Marc, abandona o feudo acompanhado pelo fiel Boorz, em
direção ao castelo do Duque da Normandia, onde responderá por seus atos. Isto, se sobrevivesse ao ferimento e à
longa viagem.
As relações pessoais entre Crysagon e seus cavaleiros é de extrema fidelidade, caso em que observamos a
recusa de alguns dos seus guerreiros a jurarem fidelidade e obedecerem Draco, agora o novo senhor do feudo,
enquanto Crysagon vivesse e, ao ser dispensado, Boorz declara que tinha uma missão para toda a vida, missão esta
dada pelo pai de Crysagon, que era protegê-lo e guardar suas costas, desde que ele era uma criança e ainda não
alcançava a sela de um cavalo.
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