Tapoiopolineuropatia1

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade física adaptada e saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Polineuropatia
Manual Merck
A polineuropatia é a disfunção simultânea de muitos nervos periféricos em todo o
corpo.
Causas
A polineuropatia possui muitas causas diferentes. Uma infecção pode causar
polineuropatia, algumas vezes devida a uma toxina produzida por algumas
bactérias (como na difteria) ou a uma reação auto-imune (como na síndrome de
Guillain- Barré). Substâncias tóxicas podem lesar nervos periféricos e causar uma
polineuropatia ou, mais raramente, uma mononeuropatia. Um câncer pode causar
uma polineuropatia invadindo ou comprimindo diretamente os nervos ou através
da produção de substâncias tóxicas. As deficiências nutricionais e os distúrbios
metabólicos podem causar polineuropatia. Por exemplo, a deficiência de vitamina
B afeta os nervos periféricos de todo o corpo. No entanto, as neuropatias
relacionadas a deficiências nutricionais são incomuns nos Estados Unidos. Os
distúrbios que podem causar uma polineuropatia crônica incluem o diabetes, a
insuficiência renal e a desnutrição grave. A polineuropatia crônica tende a evoluir
lentamente, freqüentemente ao longo de meses ou anos, e, normalmente se inicia
nos pés ou, algumas vezes, nas mãos. O mau controle da glicemia (concentração
de açúcar no sangue) no diabetes produz várias formas de polineuropatia. A forma
mais comum de neuropatia diabética, a polineuropatia distal, produz uma
sensação de formigamento ou queimação dolorosa nas mãos e nos pés. O
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diabetes também pode causar mononeuropatia ou mononeuropatia múltipla, que
acarreta fraqueza, tipicamente de um olho e dos músculos da coxa.
Sintomas
O formigamento, a dormência, dor tipo queimação e incapacidade de sentir
vibrações ou a posição dos mebros superiores, dos membros inferiores e das
articulações
são
sintomas
proeminentes
da
polineuropatia
crônica.
Freqüentemente, a dor piora à noite e pode ser agravada pela palpação da área
sensível ou por alterações da temperatura. Como eles não conseguem perceber a
temperatura e a dor, os indivíduos com polineuropatia crônica freqüentemente se
queimam e apresentam feridas abertas (úlceras cutâneas) devido à pressão
prolongada ou a outras lesões. Sem a dor como sinal de alarme, as articulações
estão sujeitas a lesões lesões (articulações de Charcot). A incapacidade de
perceber a posição das articulações acarreta uma instabilidade na marcha ou
inclusive na posição em pé. Finalmente, os músculos podem enfraquecer e
atrofiar.
Muitos
indivíduos
com
neuropatia
periférica
também
apresentam
anomalias do sistema nervoso autônomo, o qual controla funções automáticas no
corpo (p.ex., batimentos cardíacos, função intestinal, controle da bexiga e da
pressão arterial). Quando a neuropatia periférica afeta os nervos autônomos, os
efeitos típicos são a diarréia ou a constipação, a incapacidade de controlar a
função intestinal ou vesical (da bexiga), a impotência sexual e a hipotensão ou a
hipertensão arterial, em particular a hipotensão arterial ao assumir a posição
ortostática (em pé). A pele pode tornar-se mais pálida e seca e a sudorese pode
ser excessiva.
Substâncias que Podem Causar Lesão Nervosa
Medicamentos antiinfecciosos
• Emetina
• Clorobutanol
• Sulfonamidas
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• Nitrofurantoína
Medicamentos anticâncer
• Alcalóides da vinca
Medicamentos anticonvulsivos
• Fenitoína
Tóxicos industriais
• Metais pesados (como o chumbo ou o
mercúrio)
• Monóxido de carbono
• Triortocresilfosfato
• Ortodinitrofenol
• Muitos solventes
Sedativos
• Hexobarbital
• Barbital
Diagnóstico
O médico reconhece facilmente a polineuropatia crônica pelos seus sintomas. O
exame físico e exames especiais como a eletromiografia e os exames da
velocidade
da
condução
nervosa
podem
fornecer
informações
adicionais.
Entretanto, o diagnóstico da polineuropaia é somente o início. A seguir, a sua
causa deve ser investigada. Se a causa for um distúrbio metabólico e não uma
lesão física, os exames de sangue podem revelar o problema subjacente. Por
exemplo, os exames de sangue podem revelar uma anemia perniciosa (deficiência
de vitamina B12) ou uma intoxicação por chumbo. A hiperglicemia (concentração
elevada de açúcar no sangue) indica um diabetes mal controlado e o aumento da
concentração de creatinina sugere uma insuficiência renal. Os exames de urina
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podem revelar uma intoxicação por metais pesados ou um mieloma múltiplo. Os
exames da função tireoidiana ou uma dosagem dos níveis de vitamina B podem
ser adequados em alguns indivíduos. A necessidade de uma biópsia do nervo é
infreqüente.
Tratamento e Prognóstico
Tanto o tratamento quanto a evolução final da polineuropatia crônica dependem
de sua causa. Se a neuropatia for devida ao diabetes, o controle rigoroso da
glicemia pode deter a progressão do processo e melhorar os sintomas. No entanto,
a recuperação é lenta. O tratamento do mieloma múltiplo e da insuficiência renal
também pode acelerar a recuperação. Os indivíduos com comprometimento
nervoso devido a uma lesão ou compressão podem necessitar de um tratamento
cirúrgico. Algumas vezes, a fisioterapia reduz a intensidade da fraqueza ou dos
espasmos musculares.
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