Autoridade e saber - Laboratório de Psicopatologia Fundamental

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Autoridade e saber: reflexões sobre a clínica
Bruna Pinto Martins Brito
Introdução
Desde o início da psicanálise, destaca-se a importância da autoridade no
tratamento. Sua origem é o amor, como nos indica Freud: La credulidad del amor pasa a
ser así una fuente importante, si no la fuente originaria., de la autoridad (Freud, 1905, p.
137). Distinta de uma posição autoritária, a autoridade pela via do amor confere prestígio
a quem dirige o tratamento e não o paciente.1
Quanto ao amor implicado na origem dessa autoridade, sabemos, a partir de
Freud, que se trata do amor de transferencia. Lacan nos auxilia a pensar que a função
desse amor vai além de fonte da autoridade. Fiel à tradição freudiana, Lacan afirma que
é o amor que leva um sujeito a caminhar à construção de um saber: “é amor que se
dirige ao saber” (1973, p. 555). É a partir dessa premissa que há a construção da
proposição lacaniana da transferência como sujeito suposto saber.
Porém, novos obstáculos, como a falência da autoridade em nossa sociedade,
surgem como desafios à prática. Isso é evidenciado na clínica com as queixas de pais
desautorizados diante de seus filhos. Acrescenta-se ainda a fragilidade dos vínculos,
inseridos na lógica consumista. Para o sociólogo Zigmunt Baumann, o amor, hoje, é
‘líquido’ (Bauman, 2004). Isso, porque a lógica consumista, marcada pela rotatividade,
mais do que pelo acúmulo de bens, imprime fluidez às relações amorosas. Assim, os
objetos são usados, descartados e substituídos por outros. Os objetos amorosos, tal
como os gadgets, são trocados velozmente. Em conseqüência, os laços são efêmeros, o
investimento libidinal não se liga muito tempo a um determinado objeto. Essa
efemeridade, essa fluidez, é terreno bastante desfavorável, sublinha o autor, para o
estabelecimento da confiança.
Outro fator que devemos acrescentar é o predomínio de um imperativo do ‘tudo
dizer’, ‘tudo mostrar’2. E, podemos acrescentar também o ‘tudo pode’, frequente na
relação entre pais e filhos, como ilustraremos a seguir.
É diante de tal cenário, que surge-nos uma questão: como sustentar uma
proposta de tratamento em um tempo dominado por uma lógica de liquidez nas relações
1
Para Lacan, esse é um dos princípios básicos do qual não devemos abrir mão na clínica (Lacan, 1958,
p.592)
2
Besset, 2004, p.66
1
e desvalorização da autoridade? A partir de um extrato clínico, propomo-nos a
investigar os recursos dos quais o analista pode lançar mão para possibilitar ao sujeito
se interessar por querer saber. Faz-se necessário para nossa discussão, debruçarmos
sobre o conceito de sujeito suposto saber, assim como as balizas necessárias à
instauração do mesmo.
Falência da autoridade: desafios à instauração do sujeito suposto saber
Em nossa prática, encontramos desafios próprios à nossa época que dificultam a
instauração do sujeito suposto saber. Uma delas, como vimos anteriormente, é a
inserção das relações na lógica consumista. Como consequência, as relações são
fluidas3, instáveis, em oposição à solidez de tempos atrás. Isso impossibilita o
estabelecimento da confiança, posto que se faz necessário uma estabilidade nas relações
para tal. Além da fluidez, assistimos ao predomínio de uma simetria nas relações, ou
seja, todos possuem lugares iguais, sem distinção entre os paéis exercidos por cada um.
Nas relações entre pais e filhos, isso é ilustrado no caso de pais que abrem mão de seus
papéis familiares para simplesmente serem “amigos” dos filhos, numa tentativa de
igualar-se a eles, serem “como eles”.
Em meio à essa fluidez e simetria das relações, deparamo-nos na clínica com um
desafio: a queda da autoridade dos pais. Pois, em nossa prática é cada vez mais
frequente a queixas de pais desautorizados diante de seus filhos. De um modo geral,
buscam uma ajuda, típica de nossa época: em alguns casos, um pedido para que lhes
forneça um manual que os ensine a agir nessas situações; em outros, um pedido de
medicalização para seus filhos. Esses, por sua vez, são considerados como
problemáticos pelo fato de não obedecerem às regras. Mas, ao ouvir as queixas desses
pais, desvela-se uma outra questão: a ausência de responsabilização dos pais na tarefa
de fazer-se obedecer. Como consequência, a culpa por problemas como falta de limites,
desobediência em casa ou na escola, são considerados como problemas exclusivos às
crianças. Nesse cenário, como fica a técnica analítica diante da falência da autoridade e
descrença no saber? A seguir, ilustraremos tal situação.
A. chega com o filho para atendimento sob indicação médica, com a hipótese
diagnóstica de hiperatividade. Sob essa hipótese, a médica prescreveu uma medicação,
própria a esses casos. Mas ao chegar em meu consultório, A. afirma que decidiu
3
Trata-se de um termo utilizado por Bauman para definir os laços no mundo contemporâneo.(Bauman,
2004)
2
resolver o problema de seu filho de outra maneira e por isso procura minha ajuda. “Não
quero que meu filho tome remédios”, diz A. Durante as entrevistas, ela afirma que para
que seu filho obedecer, ela deve pedir várias vezes a ele até que ele faça o que tem que
ser feito. As avós que cuidam dele, enquanto a mãe está trabalhando, também reclamam
para A. sobre o comportamento de seu filho. A partir dessas reclamações, ela diz: “ele
faz o que quer e quando ele quer”.
Casos como o de A. tornam-se cada vez mais frequentes. Em todos eles está
embutido um pedido de ajuda por pais e mães desesperadas com seus filhos. Chegam
pedindo ajuda do tipo: O que fazer? Mas, devemos esclarecer que se trata de uma busca
de sentido, própria ao contemporâneo, como nos elucida Besset:
Em uma cultura tributária dos avanços do discurso da ciência e da tecnologia,
a busca de sentido torna-se mais um ‘objeto’ no mercado dos bens de
consumo. Senido todo, saber do qual os especialistas, consultados por tudo e
a todo momento, pela mídia, seriam os mestres. (Besset, 2004, p. 66)
Mas, é o estabelecimento da transferência que possibilita que essa mãe possa se
questionar diante da dificuldade de se colocar como autoridade. Convido essa mãe a vir
com uma frequência regular às entrevistas, marcando que aquele espaço é destinado
para que ela possa falar sobre essa dificuldade com seu filho. Ela aceita o convite e ao
longo das entrevistas, essa mãe sempre se pergunta: “porque meu filho é assim?”. A
partir desse questionamento, ela se dá conta de que ela própria contribui para o jeito do
seu filho. Além disso, ela reconhece que seu filho tem um jeito muito parecido com o
do pai (separado de A.), de quem ela reclama muito. Esse não exerce seu papel de pai,
assumiu a paternidade, mas se recusa a dividir com A. os cuidados que necessita o filho.
Através da mãe e do menino4, faço convites para esse pai, mas ele não comparece,
denunciando seu desinteresse por seu filho.
Consideramos esse caso como ilustração de uma mãe e uma criança num estado
de desamparo: por um lado, uma mãe que não sabe como fazer valer um lugar de
autoridade (o menino faz tudo o que quer e quando quer, desrespeitando sua mãe a todo
momento) e, por outro, a criança sem uma figura que seja uma âncora para ela (a mãe
não consegue colocar num lugar de autoridade e o pai é ausente). Para entender esse
desamparo, recorremos a Besset que afirma: “refiro-me, aqui, ao desamparo da
ausência de recursos para construir um sintoma que faça laço com o Outro, sintoma a
partir do qual uma demanda possa se esboçar”. (2004, p. 66, ). Mas, voltemos a questão
4
Devemos esclarecer que ofilho de A., nesse período, estava em atendimento. Mas, enfocaremos nesse
trabalho apenas as entrevistas de A.
3
que norteia esse trabalho: diante dessa demanda de pais desesperados e desautorizados,
qual a postura do analista? Ao contrário de uma postura de imposição de saber, cabe ao
analista possibilitar que esses pais possam, cada um a seu modo, fazer valer sua
autoridade.
Para tal, é preciso a instauração da transferência. É a patir dela que é possível um
trabalho que permite o surgimento de uma demanda de saber. Para Miller, basta um
pedaço de saber que possa se transformar em um objeto da demanda (In: Miller,
2000, p. 15). Ou seja, em uma queixa sobre o filho pode estar embutida um pedaço de
querer saber. E, como resposta a essa demanda de saber, há a presença do analista: “no
fundo, a presença do analista é uma prova de confiança que este tem no inconciente, ou
seja, que isso sempre associará”. (Miller, 1987, p. 78). Mas, é preciso que a confiança
também esteja ao lado daquele que busca tratamento, pois essa possibilita a instauração
da transferência. Retomaremos o papel da transferência como aquela que permite o
acesso ao inconsciente.
Sujeito suposto saber: manifestação do inconsciente
Desde Freud, sabemos que a transferência é condição sine qua non para o
tratamento. Como motor do tratamento analítico, a transferência, considerada como
sujeito suposto saber por Lacan, conecta algo do inconsciente (Miller, 1987, p. 64). Logo,
devido à transferência, o analista se encontra na posição de saber suposto, o que permite
àquele que fala se interessar pelo saber, próprio ao inconsciente: “la présence de
l’analyste est elle-même une manifestation de l’inconcient.” (Lacan, 1964a, p. 141).
Ao propor o conceito de sujeito suposto saber, Lacan marca que a transferência
não é apenas afeto, indicando que o fenômeno vai além disso (Lacan, 1964a, p. 139).
Na verdade, para este autor “a transferência não resulta de nenhuma propriedade
misteriosa da afetividade” (Lacan, 1951, p.224). Com estas considerações, o autor não
quer descartar a questão afetiva que encontramos na transferência, mas atentar para o
fato de que não se resume a isso. Lacan retomou os textos freudianos e, a partir deles,
indica que a transferência positiva foi erroneamente interpretada como amor. Pois,
Freud já nos indicava, em seu texto técnico de 1912, que quando a transferência é
positiva, há confiança no tratamento, permitindo o progresso, e quando a mesma falta,
temos a transferência negativa.
A relação entre a confiança e transferência seria, então, a base para a formulação
de sujeito suposto saber. Podemos pensar que Lacan retoma, de alguma forma, a
4
confiança que Freud já havia destacado. Pois, mesmo antes de formular o termo sujeito
suposto saber para se pensar a transferência, Lacan, em um de seus escritos, analisa a
crença do sujeito no analista. Para o autor, é essa crença que leva o sujeito a considerar
este último como portador de uma verdade sobre seu sofrimento. E é justamente a partir
desta crença que está a possibilidade de instauração da transferência. Em nota acrescida
ao texto supracitado, o autor faz um comentário, afirmando que nesta passagem -sobre a
importância da crença- estaria o suporte para se pensar a transferência como suposição de
saber (Lacan, 1964b, p.309).
Retomaremos, a seguir, as balizas para a instauração da transferência desde
Freud. Veremos que para tal é preciso confiar e, a partir dessa confiança é possível
colocar o analista num lugar de autoridade, como indica Freud.
Confiança e autoridade: balizas para instauração do sujeito suposto saber
Segundo Freud, a confiança depositada a partir da transferência, permite o
sujeito revestir o analista de autoridade: “Na medida em que sua transferência leva um
sinal ‘mais’, ela reveste seu médico de autoridade e se transforma em crença nas suas
comunicações e explicações.” (1917b[1916-1917]), p.405). A partir dessa indicação, o
autor nos fornece subsídios para supor que propor o analista, enquanto autoridade,
corresponde dizer que esse assume uma posição a partir da qual seu saber tem a função
de “pôr em marcha a análise” (1917a[1916-1917]), p.400). Temos, então, a definição de
autoridade como uma influência, tal como o próprio autor denominou nos seus
primeiros textos dedicados à sua prática psicanalítica. Nesses, o autor relata que se
deparou com a importância da influência pessoal do analista na condução de um
tratamento.
Como influência, essa autoridade serve para possibilitar o andamento do
tratamento e não para impor as interpretações ao analisante. Logo, trata-se de uma
posição distinta ao autoritarismo. É nesse sentido que fazemos valer a transferência
como sujeito suposto saber, posto que essa consepção nos auxilia a compreender essa
autoridade a qual já se referia Freud. Em seu seminário no qual formula o sujeito
suposto saber, Lacan nos ensina sobre a postura do analista como distinta da posição
daquele que crê que possui um saber absoluto: “Or, il est bien certain, de la
connaissance de tous, qu’aucun psychanalyste ne peut prétendre représenter, de façon si
mince soit-ellle, um savoir absolu.” (Lacan, 1964a, p. 258). Miller nos auxilia nessa
discussão, pois em sua releitura de Freud, ele afirma que esse autor defendia a idéia de
5
que o analista faz uso de um saber, que se reconstrói a cada caso como inteiramente
novo, indicando que não se tratava de um saber a priori. A esse respeito, temos a
seguinte afirmação de Miller:
essa é a reserva que Freud formula ao aconselhar o analista a recomeçar,
com cada caso, como se fosse o primeiro. Segundo esse ponto de vista, há um
desvanecimento do saber já constituído, necessário para que comece, de
modo autêntico, a experiência analítica. (Miller, 1987, p. 74/75)
Sendo assim, ao assumir a posição de sujeito suposto saber, o analista não impõe
um saber. Ao contrário, é a partir do lugar conferido pela transferência que ele assume
uma posição de autoridade que permite o sujeito se interessar pela construção de um
saber. Nesse sentido, temos a afirmação de Miller quanto ao sujeito suposto saber: “o
psicanalista não deve indentificar-se com o sujeito suposto saber: o sujeito suposto
saber é um efeito da estrutura da situação analítica, o qual é muito diferente de se
identificar com essa posição”( Miller, 1987, p. 75).
Trata-se, então, de uma posição da qual o analista faz uso sem estar colado a ela.
A partir dessa leitura de Miller, é possível compreender que o sujeito suposto saber é,
acima de tudo, uma função, como resume o autor em outro texto:
Quién es este sujeto supuesto saber? Es el analista? Es el analizante? Lacan
dijo las dos cosas: es el analista que sabe que puede dar el saber interpretativo
y es el analizante em tanto que de su boca se espera el material significante
del que se desprenderá el saber inconsciente. Lacan utilizó según los
momentos uma versión o la outra. La tercera versión recubre todo: es uma
función, el sujeto supuesto saber es uma función que se desprende de uma
articulación significante. (In: Miller, 2000, p. 15)
A partir dessas considerações, temos indícios de que tanto Freud quanto Lacan
ressaltam a importância do analista fazer uso da confiança, como vimos anteriormente,
mas também a relevância da autoridade que sua posição lhe confere.
Mas, devemos esclarecer que supor o analista como aquele que deve estar
descolado desse lugar do suposto saber, de um saber absoluto, corresponde dizer que
ele deve assumir uma postura distinta daquele que não sabe nada. Para Miller, é preciso
que o analista faça um ar de enfatuação: “La infatuación califica exactamente la
posición del psicoanalista que se cubre con el sujeto supuesto saber” (2000, p. 48) .
Trata-se do semblante próprio ao psicanalista, esclarece o autor, ao afirma que se trata
de fazer o ar de conhecedor, de quem já sabe (Ibid). Esse ‘fazer como se’ seria a
condição, diz Miller, para a produção de saber (Ibid).
6
Lançando mão desse ar de enfatuação, o analista pode abrir a possibilidade de
se instaurar, do lado do sujeito, uma demanda de saber sobre o sofrimento daquele que
busca um analista.
Considerações finais
As queixas de pais desautorizados evidenciam a prevalência da descrença na
autoridade em nossos dias. O desafio em nossa prática com esses pais vai além da suas
dificuldade em se colocarem em posição de autoridade para seus filhos. Podemos
considerar que num tratamento se trata de abrir um espaço para que esses pais possam
construir esse lugar e se responsabilizarem por ele. O extrato clínico supracitado
denuncia essa ausência de autoridade. Além disso, com o andamento desse tratamento, é
possível que essa mãe possa se deparar com sua dificuldade em relação a autoridade e, a
partir da transferência, aceitar o convite de poder falar sobre isso. Ao aceitar vir falar
osbre a dificuldade de seu fuilho, ela descobre que há uma parte que lhe cabe nesse
problema do filho. Ou seja, não se trata de um problema do filho, mas um problema de
A. com o filho.
Logo, diante desses pais que chegam desamparados ao consultório em busca de
sentido, a ser adquirido como um objeto de consumo, cabe ao analista acolher essa
demanda. Esse acolhimento permite que, com o andamento do tratamento, possa abrir
espaço a uma demanda de saber. Isso é possível a partir da instauração do sujeito
suposto saber. Ou seja, corresponde ao estabelecimento de uma relação distinta da
simetria nos laços sociais, predominate em nossa época marcada. O estabelecimento da
dissimetria, consequência da transferência, permite colocar o analista num lugar distinto
daquele que o pede ajuda. A partir dessa distinção, cabe ao analista fazer um ar de
enfatuação, daquele que sabe. Porém, cabe ressaltar que ocupar o lugar de sujeito
suposto saber é ocupar um lugar de autoridade pela via do amor de transferência, sem
estar colado a essa posição daquele que sabe.
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