Doenças Sexualmente Transmissíveis

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Doenças Sexualmente Transmissíveis
1) Sífilis ou Lues: Causada pela bactéria Treponema pallidum. Transmissão: contato sexual,
placenta, transfusão sanguínea. Pode levar a cegueira, paralisia e danos cerebrais.
Apresenta 3 fases:
1°) Ínguas na virilha e pequenas feridas de bordas endurecidas indolores: surgem 15 dias após
contato com bactérias e desaparecem.
2°) Latência: 6 a 8 semanas. Afeta pele e órgãos internos.
Dores de cabeça, garganta, mal estar, perda de apetite etc. As lesões são violáceas, planas e
indolores e pode durar toda a vida
3°) Destrutiva e incapacitante: Evolução crônica e pode levar a morte
SIFILIS CONGÊNITA: a transmissão ocorre em qualquer fase da gestação por via transplacentária.
Pode ocasionar aborto espontâneo, morte fetal ou prematuridade. Na etapa inicial os principais
sintomas são a irritabilidade e febre.
2) Gonorréia ou Blenorragia: causada pela bactéria Neisseria gonorrheae (uretra). Causa
inflamação local, infecção, coceira, dor ou ardor ao urinar e saída secreção purulenta pela uretra.
Nos homens é aparente e nas mulheres pode ser assintomática. Se não tratada pode levar a
infertilidade.
3) HPV (Papilomavírus humano): Condiloma acuminado, crista de galo, verrugas..
Apresenta vários tipos. Causa verrugas, (Homem: cabeça pênis e ânus, Mulher: vagina, vulva, ânus
e colo do útero). Pode afetar boca e garganta. Vacina: 9 a 26 anos, eficácia boa, não é gratuita.
4) Cancro mole: causada pela bactéria Hemophilus ducreyi. Aparecem bolhas avermelhadas –
rompem e surgem lesões dolorosas, profundas, base mole e borda irregular. No homem: prepúcio,
na mulher: lábios e colo uterino. Podem surgir no ânus e boca. Incubação: 3 dias – 2 semanas. Não
apresenta complicações.
5) Tricomoníase: causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Período de incubação: 2 a 3
semanas. O homem não apresenta sintomas e a mulher tem dor ao urinar e na relação sexual, ardor,
coceira, corrimento amarelo-esverdeado e cheiro forte.
O tratamento deve ser realizado obrigatoriamente pelo casal.
6) Pediculose pubiana: Causador é o chato (piolho pubiano). Se encontra nos pelos do pubis, coxa,
axila, barba, onde aloja-se na base do pelo e deposita ovos.Transmissão: contato íntimo, roupas de
cama, toalhas. Sintomas: coceira, bolhas, manchas azuladas.
Tratamento: medicamento para escabiose na área afetada 2 vezes seguidas e depois de 7 dias para
eliminar ovos que não haviam eclodido.
7) Linfogramuloma Venéreo: causado pela bactéria Clamydia trachomatis
Inicialmente aparece uma lesão genital de curta duração (ferida ou pápula: elevação da pele) que
desaparece entre 3 a 5 dias. Após 2 a 6 semanas surge bubão inguinal: inchaço doloroso dos
gânglios (virilha em um lado).
Se não tratado: rompe e forma fístulas que drenam secreção purulenta.
8) Candidíase: causada pela Candida albicans. Apresenta prurido, ardor, dor na relação,
corrimento vaginal (nata de leite).
Na maioria das vezes não é considerada DST e esta relacionada com a baixa imunidade.
9) Herpes genital: causado pelo vírus Herpes simples (1 e 2). O período de incubação varia de 10 a
15 dias após a relação sexual. Herpes genital na gravidez pode provocar abortamento espontâneo.
As lesões se manifestam como pequenas vesículas que se distribuem nos genitais masculinos e
femininos, elas costumam regredir espontaneamente nos indivíduos imunocompetentes. Já nos
imunossuprimidos elas adquirem grandes dimensões.
10) Hepatite B e C: causada pelo vírus da hepatite tipo B e tipo C. Transmissão: contato com
sangue e secreções. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande
parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em
testes para esses vírus. A hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico, levando a cirrose
ou câncer de fígado. Não há tratamento. Importante repouso e dieta pobre em gordura. Proibido
ingestão de álcool. Há vacina contra hepatite B, disponível no SUS.
11) HIV: vírus causador da AIDS, ataca o sistema imunológico que é responsável por defender o
organismo de doenças. As células atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus altera o DNA, e o
HIV faz cópias de si mesmo, logo depois de se multiplicar, rompe os linfócitos e procuram outros
linfócitos para continuar a infecção.
Importante: a pessoa só é considerada com AIDS a partir do momento que surgem os sintomas da
doença.
MÉTODOS ANTICONCEPTIVOS
1) Coito interrompido: remover o pênis da vagina pouco antes de ejacular. Método não eficaz,
pois antes da ejaculação ocorre a liberação de pequenas quantidades de fluído e nestes há indícios
de pequenas quantidades de espermatozóides.
2) Camisinha masculina: é feita de látex, serve para reter a ejaculação. Importante deixar ponta da
camisinha livre e sem ar. Ajuda na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Eficácia 96%.
3) Camisinha feminina: é feita de polipropileno (causa menos alergia que o látex), mais cara que a
camisinha masculina. Ela é introduzida na vagina. Também previne contra DSTs. Eficácia: 96%.
4) Tabelinha: não é eficaz, pois a duração dos ciclos na mesma mulher pode ter dias diferentes,
pode variar.
O normal é ter um ciclo de 28 dias. Se o ciclo iniciar no dia 1, seu dia fértil será dia 14, e o período
fértil compreende 3 dias antes e 3 dias depois ou seja o período vai do dia 11 ao dia 17.
Para fazer a tabelinha, a mulher deve anotar pelo menos, durante 3 meses, a duração de seu ciclo.
Lembrando que cada ciclo inicia no 1° dia da menstruação até o 1° dia da menstruação seguinte.
Ex.: Ciclo mais curto: duração de 26 dias
Ciclo mais longo: duração de 30 dias.
1°) Diminuir 14 dias do ciclo mais curto: 26 – 14 = 12 (dia fértil, ovulação)
2°) Diminuir 14 dias do ciclo mais longo: 30 – 14 = 16 ( dia fértil, ovulação).
3°) Diminuir 3 dias do dia da ovulação do ciclo curto: 12 – 3 = 9
4°) Somar 3 dias do dia da ovulação do ciclo longo: 16 + 3 = 19
Por tanto, o período fértil desta mulher é entre o 9° e 19° dias. Os demais dias são não férteis.
5) DIU (Dispositivo intra-uterino): é de plástico ou de metal, e colocado dentro do útero, pelo
médico, durante a menstruação que é quando o útero está bem aberto.
A função do DIU é destruir espermatozóides, impedir a fecundação. Se esta por ventura ocorre,
impede a implantação do óvulo no útero.
Algumas mulheres não menstruam (depende do DIU), outras menstruam e pode causar muita
cólica. Cuidado com infecções.
6) Diafragma: é um disco de látex ou silicone flexível que deve ser colocado na entrada do útero
antes da relação sexual e deve ser retirado algumas horas (aproximadamente 6 horas) após a mesma,
para garantir que os espermatozóides já tenham morrido. O tamanho do diafragma varia de mulher
para mulher. O diafragma bloqueia a passagem dos espermatozóides, impedindo que eles encontrem
o ovócito.
Para aumentar a eficácia o ideal é usar espermicida na parede. É reutilizável, depois de usar devesse
lavar e guardar em local fechado. Eficácia 80%.
7) Espermicida: gel, comprimido ou espuma colocado na vagina, antes da relação.
Tem como função bloquear a atividade dos espermatozóides.
Não são muito eficientes se utilizado somente o espermicida. A vantagem que é anti-séptico,
diminuindo o risco de infecções transmitidas sexualmente.
8) Anticonceptivos hormonais: Impedem a ovulação.
Pode ser em forma de pílula, injetável (injetado hormônios, mensal ou trimestral. Com a interrupção
das injeções é possível engravidar 6 meses após. Eficácia 98,5%.) e implantado na pele (deve ser
aplicado e retirado pelo médico, são pequenos bastões que contém hormônios e estes são liberados
gradativamente e é um método para uso prolongado, por isso deve ser usado em mulheres que já
tiveram filhos. Após a interrupção deste método é possível engravidar 1 ano após).
9) Pílula do dia seguinte: contém uma grande quantidade de hormônios que criam um ambiente
desfavorável para o espermatozóide. Tomar a pílula até 4 dias após a relação, (2 comprimidos no
período que vai após a relação até 72 horas e 2 comprimidos passados 12 horas), passado esse
tempo a eficácia cai muito. Não deve ser usado com freqüência. Evita gravidez de relação passada
não futura. Tomar a pílula do dia seguinte muitas vezes pode causar sérias alterações no ciclo
menstrual e precipitar lacerações no colo do útero.
10) Laqueadura ou ligadura: procedimento cirúrgico.
As tubas são amarradas utilizando clipes de titânio ou anéis de plástico ou cortadas evitando que o
espermatozóide encontre o ovócito. Menstruação é normal, só cessa se acontecer algum problema.
É reversível? Depende das lesões causadas com a utilização dos clipes ou anéis.
Para fazer a laqueadura, a mulher já deve ter pelo menos 2 filhos e ser maior de 25 anos. Além
disso, ela assina uma carta de autorização.
11) Vasectomia: procedimento cirúrgico que bloqueia os condutos deferentes (canal que vai do
epidídimo a uretra).
Os espermatozóides continuam a se formar, porém estes não têm como passar. Ejaculação não
muda. Após a vasectomia usar camisinha nas primeiras relações, para ter certeza que “saíram” todos
os espermatozóides.
É possível reverter? Sim, com a recanalização do conduto.
Para realizar a vasectomia, o homem precisa ter uma união estável, maior de 35 anos, ter no mínimo
2 filhos e que sejam maiores de 1 ano, e além disso ele assina termo de autorização.
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