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UNIVERSIDADE TIRADENTES
NATANNA SOUZA SANTOS
PRISCILLA CRYSTINA MARTIRES MORAES
AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO E SUA
INTERFERÊNCIA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE
PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS ADMITIDOS EM UMA
UNIDADE DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS
ARACAJU
2015
NATANNA SOUZA SANTOS
PRISCILLA CRYSTINA MARTIRES MORAES
AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO E SUA
INTERFERÊNCIA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE
PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS ADMITIDOS EM UMA
UNIDADE DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado à Universidade Tiradentes
como
um
obtenção
dos
do
pré-requisitos
grau
de
para
bacharel
a
em
Fisioterapia.
ORIENTADORA:
AIDA CARLA SANTANA DE MELO COSTA
ARACAJU
2015
AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO E SUA INTERFERÊNCIA NA
CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS
Natanna Souza Santos*; Priscilla Crystina Martires Moraes*; Aida Carla Santana de
Melo Costa**
RESUMO
As queimaduras representam um grande problema de saúde pública, tendo em vista
as suas sequelas, como, por exemplo, a limitação articular e perda de
funcionalidade desses pacientes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a amplitude
de movimento de indivíduos com sequelas de queimadura e a interferência na
capacidade funcional. Esta pesquisa foi do tipo transversal, descritiva e de campo,
sendo a amostra selecionada por conveniência, consistindo de um estudo piloto.
Utilizou-se o flexímetro Sanny para avaliação da amplitude de movimento e a
Medida de Independência Funcional para avaliação da capacidade funcional do
paciente queimado, seguindo um protocolo de avaliação confeccionado pelas
próprias pesquisadoras. Este estudo foi realizado no Centro de Saúde Ninota Garcia
(UNIT), incluindo-se pacientes com história de queimaduras há mais de seis meses,
provenientes da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do HUSE. Após a
coleta, observou-se predomínio do gênero masculino, com queimaduras de 3º grau,
decorrentes de agentes inflamáveis. Quanto à avaliação de amplitude de
movimento, verificou-se que o ombro e o joelho foram as articulações mais
comprometidas. E quanto às atividades funcionais, as tarefas mais acometidas
foram vestir parte superior e arrumar-se.
Descritores: Queimaduras. Contraturas.Capacidade Funcional
MOTION RANGE EVALUATION AND THEIR INTERFERENCE WITH THE
FUNCTIONAL CAPACITY OF BURNED PATIENTS ADMITTED ON A BURN
TREATMENT UNIT
Natanna Souza Santos*; Priscilla Crystina Martires Moraes*; Aida Carla Santana de
Melo Costa**
ABSTRACT
Burns represent a major public health problem, given its sequels, for example, joint
limitation and functionality lost of these patients. The objective of this research was
to evaluate the range of motion of individuals with burn sequelae and interference in
functional capacity. This research was cross, descriptive and field, and the sample
selected by convenience, consisting of a pilot study. We used the Sanny fleximeter
to evaluate the range of motion and the Functional Independence Measure for
assessing the functional capacity of the burned patient, following an evaluation
protocol made by the researchers themselves. This study was conducted at the
Health Center Ninota Garcia - UNIT, including patients with a history of burns for
more than six months from the Burn Treatment Unit (UTQ) of HUSE. Afterward,
there was a predominance of males, with burns of 3nd degree, due to flammable
agents. Limitation observed in several joints, with a predominance of elbow and
ankle, reflecting directly on the functional capability shown by these individuals. The
functional activities more affected were dress up and pack up.
Descritores: Burns. Contractures. Functional Capacity.
1 INTRODUÇÃO
As queimaduras são definidas como uma injúria comum e grave na pele ou
em outro tecido orgânico, caracterizadas por uma condição aguda e crônica
debilitante. São acompanhadas de dor intensa e, frequentemente, prolongada,
gerando sofrimento não só para o paciente, como para toda a sua família e
comunidade onde vive. Estão entre os traumas mais graves, pois, além das
sequelas físicas que podem levar o paciente à morte, podem acarretar outros
problemas de ordem psicológica e social (OLIVEIRA; LEONARDI, 2012).
A profundidade e a superfície corporal afetada são dois fatores que
contribuem para o prognóstico da queimadura. Quanto à profundidade, a
queimadura classifica-se em: Primeiro Grau, com acometimento da epiderme,
reação eritematosa, dor ao toque e sem formação de bolhas; na queimadura de
Segundo Grau, há lesão de epiderme e derme, não sendo poupados os apêndices
cutâneos. É sub-classificada como queimaduras de espessura parcial, superficiais
ou profundas; a queimadura de Terceiro Grau atinge toda a espessura da derme,
sendo que a resolução ocorre apenas por enxerto de pele; a queimadura de Quarto
Grau é aquela que se estende a tecidos subjacentes, como a gordura subcutânea,
fáscia, músculo ou osso (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
A flexibilidade está ligada ao ser humano quanto ao próprio movimento,
sendo a capacidade motora responsável pela execução voluntária de um movimento
com amplitude angular máxima, feita por uma articulação ou conjunto de
articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de lesões (DANTAS,
2003; PLATONOV, 2003; PITANGA, 2004). Ela é importante tanto para um atleta
quanto para um sedentário. Uma vez que a amplitude articular de determinada
articulação esteja comprometida, alguma limitação se manifestará e poderá
comprometer o desempenho esportivo, laboral ou de atividades diárias de um
indivíduo (SILVA, 2010).
As queimaduras traumáticas atingem, além da pele, tecidos corpóreos como
suas camadas mais profundas, tendões, músculos e ossos de forma parcial ou total,
levando à redução da elasticidade tecidual, deformidades e limitações na
funcionalidade dos pacientes, atingindo mais articulações como ombro, cotovelo,
punho e pescoço, causando comprometimento em suas atividades de vida diária e
perda de interação social (SKOPINSKI et al., 2012; ROCHA; ROCHA; SOUZA,
2010).
As queimaduras podem causar perda muscular severa, fraqueza muscular,
cicatrizes hipertróficas e contraturas, levando o paciente a comprometimento físico.
A fisioterapia e a terapia ocupacional, associadas ao suporte nutricional, melhoram
a funcionalidade dos pacientes queimados (DIEGO; SERGIOU; PADMANABHA,
2014).
Dentro da área da reabilitação, sempre foi necessário um protocolo de
avaliação que mostrasse de maneira coerente e eficaz o grau de funcionalidade de
pacientes que sofreram algum tipo de sequela, atingindo suas funções motoras e
cognitivas. Em 1980, uma equipe norte americana formada pela Academia
Americana de Medicina Física e Reabilitação e pelo Congresso Americano de
Medicina de Reabilitação desenvolveu um programa com intuito de avaliar o grau de
capacidade funcional de pessoas portadoras de deficiência, através da realização
de tarefas motoras e cognitivas do seu cotidiano, surgindo, então, a Medida de
Independência Funcional (RIBERTO et al., 2004).
Este estudo justifica-se pela escassez de publicações no meio científico que
esclareçam a relação entre amplitude de movimento e a influência em seu convívio
social, tornando-se necessária a sua realização, a fim de que venha a contribuir com
novos métodos ou protocolos de avaliação e reabilitação destinados ao paciente
queimado.
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a amplitude de movimento do
paciente com história de queimaduras e associar com a capacidade funcional do
mesmo, observando a interferência dessas variáveis, bem como traçar um perfil
geral da população estudada.
2 METODOLOGIA
2.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e de campo, com
abordagem quantitativa, realizada durante o período de junho a novembro de 2015.
2.2 LOCAL DA PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO
O estudo foi desenvolvido no Centro de Reabilitação da Universidade
Tiradentes (Ninota Garcia), em consultório confortável, no período matutino.
2.3 CASUÍSTICA
A amostra foi composta por n=7 pacientes, selecionados por conveniência,
ou seja, de livre demanda, provenientes da UTQ/HUSE, com idade acima de 10
anos, uma vez que, na segunda infância, a estrutura da pele está consolidada e
corresponde à de um adulto. Os pacientes avaliados apresentaram história de
queimadura há mais de seis meses, período em que há remodelação do colágeno.
Foram de ambos os gêneros, apresentando queimaduras de 3º grau, independente
do fator etiológico. Ressalta-se que esta pesquisa compreende um estudo piloto.
2.4 ASPECTOS ÉTICOS
Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram considerados os princípios
éticos. Este projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade Federal de Sergipe (UFS), via Plataforma Brasil, tendo sido aprovado
sob protocolo de número 459.541 (08/11/2013). Foram seguidos os termos da
Resolução 196/96, versão 2012, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de
Saúde sobre pesquisas envolvendo seres humanos.
Os pacientes do estudo submeteram-se à leitura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE 1) e posterior assinatura, a fim de
participarem da pesquisa. Esclareceu-se que todas as informações ali repassadas
foram armazenadas em um banco de dados, ressaltando que, caso o paciente não
tivesse mais interesse em participar do estudo, teria o direito de desistir de participar
da pesquisa a qualquer momento.
2.5 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS
Os pacientes foram avaliados através de uma ficha de avaliação (APÊNDICE
2) previamente elaborada pelas pesquisadoras, contendo dados sócio-demográficos
(nome completo do voluntário, gênero, idade, endereço, data de avaliação),
características da queimadura, como profundidade, porte e agente etiológico, local
de acometimento, amplitude articular e nível de independência funcional.
O recurso semiológico utilizado foi o flexímetro da marca Sanny para medir a
amplitude articular do paciente. Este aparelho consiste de um goniômetro
gravidade-dependente de baixo custo e de fácil manuseio que avalia a amplitude de
movimento de diversas articulações. Oferece maior confiabilidade nas leituras das
medidas angulares, uma vez que a indicação do ângulo é produzida por efeito da
gravidade,
minimizando
os
erros
de
interpretação
do
eixo
longitudinal
correspondente (MONTEIRO, 2000).
O Flexímetro Sanny foi criado para fornecer aos avaliadores praticidade e
precisão nas mensurações dos movimentos angulares de cada segmento corpóreo.
A partir de um sistema pendular gravitacional, este instrumento oferece maior
confiabilidade nas angulações das estruturas articulares. Para não ocorrer erro de
interpretação de eixo, o ângulo é produzido por efeito da gravidade, uma vez que a
indicação do ângulo inicia sempre de 0º (zero grau) a 360º (trezentos e sessenta
graus) progressivos e regressivos, de fácil visualização. O painel giratório permite a
sincronização do ponteiro pendular a partir de um ângulo aleatório, possibilitando a
mensuração de movimentos parciais amplamente utilizados em fisioterapia
(MONTEIRO, 2000).
O movimento a ser realizado nesta pesquisa é o ativo, em que o próprio
indivíduo realiza a contração muscular. Nesse caso, o avaliador apenas acompanha
o movimento, estabilizando o indivíduo, quando necessário, para não realizar
movimentos compensatórios, mas sem influenciar na amplitude. O flexímetro é
ajustado pelo avaliador, colocando-o em zero, acompanhando o movimento até a
amplitude máxima em que o individuo conseguir realizar pela força de seus
músculos. Alcançada esta amplitude, o avaliador observa o valor e faz o registro
(MONTEIRO, 2000).
Os graus de amplitude de movimento a serem avaliados segundo The
American Academy of Orthopaedic Surgeons são: Ombro: Flexão 0-180º; Extensão
0-45º; Adução 0-40º; Abdução 0-180º; Cotovelo: Flexão 0-145º; Extensão 145º-0;
Punho: Flexão 0-90º; Extensão 0-70º; Desvio Ulnar 0-45º; Desvio Radial 0-20º;
Joelho: Flexão 0-145º; Extensão 145º-0; Tornozelo: Flexão 0-20º; Extensão 0-45º;
Inversão 0-20º; Eversão 0-40º (MONTEIRO, 2000).
As posições para avaliar a amplitude de movimento de cada articulação
seguiram os princípios norteados pelo guia do flexímetro Sanny. Para avaliar a
flexão e extensão do ombro, o indivíduo permanece sentado em uma cadeira, com a
coluna ereta, flexímetro apoiado próximo ao ombro, realizando o movimento de
flexão e extensão.
Na abdução, o indivíduo fica sentado, de costas para o
avaliador, o polegar orientado na direção do movimento, com a palma voltada para
frente, flexímetro apoiado pouco acima do cotovelo. Na adução em pé, com a palma
da mão para baixo, polegar orientado na direção do movimento. O posicionamento
do flexímetro é o mesmo de abdução, só que com o mostrador para frente
(MONTEIRO, 2000).
Para a articulação do cotovelo, faz-se o movimento de flexão e extensão em
decúbito dorsal, em uma maca, com joelhos fletidos, apoiando os pés e a coluna
lombar na superfície, o braço ao lado do corpo, com a palma da mão direcionada
para o teto. O flexímetro é colocado no antebraço, com o mostrador voltado para o
avaliador. A extensão inicia-se do movimento completo de flexão, fazendo o
movimento contrário (MONTEIRO, 2000).
Para avaliação da amplitude de movimento do punho, em flexão e extensão,
o indivíduo é posicionado sentado, em uma cadeira com apoio para o antebraço e
com a articulação do punho livre. Com palma da mão aberta e para baixo, o
flexímetro é fixado com o mostrador voltado para a parte interna. Desvio radial e
desvio ulnar com a palma da mão voltada para dentro, sendo o flexímetro colocado
no dorso da mão, com o mostrador voltado para a parte externa, de frente para o
avaliador (MONTEIRO, 2000).
Para flexão e extensão do joelho em decúbito ventral, o corpo fica todo
apoiado na maca, com os tornozelos para fora, sendo o flexímetro colocado na
lateral do tornozelo com o mostrador voltado para o avaliador. Fixando o zero na
amplitude anatômica, o avaliador estabiliza a pelve para que não se movimente.
Para a extensão, o movimento parte da flexão máxima, voltando para sua posição
inicial (MONTEIRO, 2000).
Considerando-se as articulações de tornozelo e pé, para Flexão (dorsiflexão):
sentado, com os membros suspensos, mantendo ângulo de 90 graus, que é o mais
utilizado na literatura. O flexímetro é colocado na face lateral do pé, com o
mostrador voltado para o avaliador, o qual estabiliza a perna e o pé do avaliado,
evitando o movimento do joelho e dando um apoio para que o pé não fique solto,
alterando a angulação natural. Extensão (flexão plantar): o procedimento é o mesmo
do movimento anterior (flexão). Inversão e Eversão: sentado com o joelho fletido a
90º, conforme movimentos anteriores. Para melhor medição, recomenda-se que o
flexímetro seja colocado no dorso do pé. O avaliador deve estabilizar a perna do
avaliado para impedir a rotação e a extensão do joelho.
A tradução da Medida de Independência Funcional (MIF) foi realizada no
Brasil, em 2000, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS)
para traduções, sendo observadas qualificações psicométricas que enquadram
aspectos patológicos, apresentando grande aprovação na literatura internacional. É
um instrumento de entrevista que precisa de avaliador com treinamento prévio para
o seu uso (RIBERTO et al., 2004).
A validação da MIF é conceituada pela capacidade do seu conteúdo em
distribuir um valor, classificação e pontuação a indivíduos com incapacidades afins.
A partir disso, a MIF designa valor à quantidade de esforço aplicado a pessoas com
deficiências e seu nível de independência, tornando-se um instrumento de avaliação
completo e único, sem precisar compará-la a outro instrumento de avaliação de
independência funcional (RIBERTO et al., 2004).
A literatura aponta que a MIF é utilizada, principalmente, em lesões
neurológicas (central e periférica) e também em idosos. Sua aplicabilidade é
multidimensional, podendo ser utilizada para traçar prognóstico, como também para
planejamento terapêutico, pois aborda atividades motoras e aspectos cognitivos. A
forma de avaliar vai de acordo com a resposta obtida pelo paciente e/ou com as
informações fornecidas pelos familiares e/ou acompanhantes (VIANA et al., 2008).
Os itens subdividem-se em 18 categorias que podem ser pontuadas de um a
sete. Quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência, classificando o
nível de dependência do indivíduo para cada tarefa. As categorias são subdivididas
em: auto-cuidado (alimentação, higiene pessoal, banho, vestir parte superior, vestir
parte inferior, utilização do vaso sanitário), controle de esfíncteres (controle da urina
e controle das fezes), transferências (leito, cadeira, cadeira de rodas, vaso sanitário,
banheiro, chuveiro), locomoção (marcha, cadeira de rodas, escadas), comunicação
(compreensão, expressão) e cognição social (interação social, resolução de
problemas, memória), totalizando um escore mínimo de 18 e máximo de 126
pontos, o que caracteriza os níveis de dependência (VIANA et al., 2008).
A pontuação de cada categoria varia de um a sete (1–7), de acordo com o
grau de dependência: 1- Ajuda total; 2- Ajuda máxima (indivíduo realiza ≥ 25% da
tarefa); 3- Ajuda moderada (indivíduo realiza ≥ 50% da tarefa); 4- Ajuda mínima
(indivíduo realiza ≥ 75% da tarefa); 5- Supervisão; 6- Independência modificada; 7–
Independência completa. A MIF total divide-se em quatro sub-escores, de acordo
com a pontuação total obtida: a) 18 pontos: dependência completa (assistência
total); b) 19–60 pontos: dependência modificada (assistência de até 50% da tarefa);
c) 61–103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa); d)
104–126 pontos: independência completa/modificada (VIANA et al., 2008).
2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Todas as informações coletadas foram armazenadas em um banco de dados,
elaborado para este fim, com auxílio do software Excel 2013 e, posteriormente,
convertidas para análise estatística. Para isso, foram utilizadas frequências e
porcentagens, bem como o teste de correlação de Pearson e o teste de Regressão
Linear. Para os resultados, considerou-se significativo um valor de p ≤ 0, 05.
3 RESULTADOS
Através dos dados coletados dos pacientes que sofreram queimaduras,
observou-se uma variação de idade de 10 a 34 anos (TABELA 1), com predomínio
do gênero masculino (71,43%) (FIGURA 1a) e de queimaduras de terceiro grau
(100%), ocasionada, principalmente, por agentes inflamáveis (85,72%) (FIGURA
1b). Entre os sete pacientes avaliados, cinco tiveram acometimento nas articulações
de joelho e cotovelo, quatro em tornozelo, três em punho e dois em ombro.
Tabela 1: Variação de idade dos pacientes queimados avaliados.
Paciente
1
2
3
4
5
6
7
Idade /anos
15
13
14
34
19
10
10
FIGURAS 1a e 1b: Frequência relativa de gênero e agente causal da queimadura.
De acordo com a Figura 2, não foi observada grande diferença entre os
domínios motor e cognitivo avaliados pela MIF, uma vez que houve correlação
moderada entre a MIF motora e a MIF cognitiva, com r= 0,4369 e p= 0,05.
Figura 2: Correlação entre a MIF motora e a MIF cognitiva.
Entre os pacientes que sofreram perda da funcionalidade em suas atividades
de vida diária, verificou-se, através da avaliação da MIF motora, que os indivíduos
apresentaram maior dificuldade para a realização das atividades como arrumar-se e
vestir parte superior (Figura 3).
Figura 3: Valores atribuídos a cada atividade correspondente à MIF motora.
De acordo com a Figura 4, a queimadura provoca limitação da amplitude em
diversas articulações, notadamente observada com os graus analisados de ombro.
Figura 4: Amplitude de movimento referente ao acometimento da articulação do
ombro.
A Figura 5 ilustra a articulação de punho, em que houve perda de amplitude
de movimento para flexão, extensão e desvio ulnar, não ocorrendo alteração para
desvio radial.
Figura 5: Amplitude de movimento referente ao acometimento da articulação do
punho.
Na Figura 6, houve perda de amplitude para flexão e extensão de cotovelo e
joelho, notando-se restrição articular, favorecendo padrão patológico por contratura
em flexão.
Figura 6: Amplitude de movimento referente ao acometimento das articulações de
cotovelo e joelho.
Na Figura 7, observou-se que na articulação do tornozelo não houve perda
de amplitude de movimento para flexão dorsal e inversão onde, ocorreuuma maior
perda articular para os movimentos de flexão plantar e eversão.
Figura 7: Amplitude de movimento referente ao acometimento em articulação do
tornozelo.
4 DISCUSSÃO
De acordo com estudo realizado por Dassie; Alves (2011), houve um predomínio
de casos de queimaduras em adultos do gênero masculino, com idade entre 19-59
anos (71%). Tal achado é relatado em outros estudos que relacionam esse alto
índice a indivíduos economicamente ativos, expostos a situações de risco no
ambiente de trabalho e por serem considerados menos cautelosos do que as
mulheres.
Batista; Martins; Schwartzman (2015) analisaram 71 prontuários de pacientes
atendidos com 97 lesões de membros superiores, devido a queimaduras, entre 2001
e 2005, no Hospital Sarah Brasília. Observaram que a faixa etária mais acometida
foi de 1 a 20 anos (49%), seguida da faixa de 21 a 40 anos (37%) e de acima de 41
anos (14%), principalmente no sexo masculino. Nesta pesquisa, a variação de idade
foi de 10 a 34 anos.
Segundo Andrade (2011), de acordo com os relatos disponíveis na literatura
nacional e internacional, observa-se maior incidência dos casos de queimados em
indivíduos do gênero masculino. Isso é explicado devido ao comportamento da
população masculina que se caracteriza pela acentuada capacidade de explorar o
ambiente, de excessiva atividade motora e menos cautela, representando o maior
risco de acidentes em queimaduras. No estudo de Nascimento; Barreto; Costa
(2013), o gênero masculino também foi predominante. Esses resultados corroboram
os achados desta pesquisa, com 71,43% do gênero masculino.
Em relação à profundidade das lesões de queimadura, no estudo de Queiroz;
Lima; Alcântara (2013), o grau mais prevalente das queimaduras foi o 2º, achado
semelhante a um estudo epidemiológico realizado em Sergipe, por Costa et al.
(2013), em que 83,86% eram queimaduras de 2º grau. Entretanto, para Park et al.
(2009), alguns serviços apresentam dificuldades no registro de dados precisos a
respeito da profundidade das lesões, pelo fato de alguns profissionais registrarem
apenas as queimaduras de maior profundidade, quando existem graus diferentes de
lesões em um mesmo paciente. Neste estudo, observou-se que todos os pacientes
avaliados foram vítimas de queimaduras de 3º grau (100%).
No estudo de Souza et al. (2002), no que se refere ao agente etiológico, dentre
os agentes agressores, a gasolina foi a causa mais frequente da queimadura de 3º
grau (75%). Em estudo conduzido por Leão et al. (2011), o álcool líquido apresentou
maior incidência, acometendo 236 (34,4%) pacientes, seguido de líquidos
superaquecidos (28,1%), destacando-se, entre eles, a água e o óleo, e, em terceiro
lugar, a chama direta, responsável por 17,6% dos casos de queimaduras. Na atual
pesquisa, o agente causal mais frequentemente encontrado foram produtos
inflamáveis (85,72%).
De acordo com a Validação da Versão Brasileira da MIF, a correlação
diretamente proporcional de uma alta MIF motora com uma alta MIF cognitiva e
vice-versa pode estar ligada ao círculo vicioso formado pela inatividade física e
queda do estado cognitivo. Apresenta a evolução dos valores médios da MIF, bem
como seus domínios motor e cognitivo, desde o início até o final da reabilitação
(RIBERTO et al., 2004). Neste estudo, foi identificada uma correlação regular
(r=0,4369) e significância estatística (p=0,05) entre a MIF motora e a MIF cognitiva.
No estudo de Albuquerque et al. (2010), os membros superiores foram alvos
de maior comprometimento pelas sequelas, atingindo 50% dos pacientes. Os
membros inferiores atingiram 25% dos pacientes. A região axilar é uma das regiões
que apresenta um dos maiores índices de retrações com limitação funcional. Na
área do cotovelo e joelho, ocorrem muitas contraturas devido à posição fletida
adquirida por este. Esta afirmação é coincidente com os resultados encontrados
neste estudo, em que a maior limitação articular observada foi na região axilar e
punho. E permanecendo cotovelo e joelho como áreas que mais delimitam em sua
ADM devido às contraturas adquiridas.
As deformidades cicatriciais da queimadura podem trazer redução do
movimento, comprometendo mais o lado flexor pelo fato de os músculos flexores
serem mais fortes. Comumente, as contraturas de membros superiores geram
deformidades da axila para adução e cotovelo para flexão, impedindo a sua
funcionalidade correta (LAITANO et al., 2013).
Referindo-se ainda ao estudo de Albuquerque et al. (2010) sobre atividades
diárias, verificou-se que uma das principais dificuldades diárias enfrentadas pelos
pacientes foi vestir-se, pelo fato de que os membros superiores foram os mais
acometidos, justificando as limitações para a realização de muitas outras atividades,
como pentear os cabelos, escovar os dentes, barbear-se, lavar o rosto, alimentarse, sendo a atividade de vestir-se elencada como uma das mais difíceis, dentre as
atividades
em geral,
corroborando
a atual
pesquisa,
em que
o
maior
comprometimento funcional foi para vestir parte superior e arrumar-se.
Dornelas et al. (2009) abordaram, em seu estudo, as áreas consideradas
mais atingidas por acidentes de queimaduras, a saber: face, mãos, pés, genitália e
áreas flexoras, incluindo região cervical, axilar, do cotovelo e poplítea. Isso se deve
à maior complexidade anátomo-funcional e à facilidade de complicações, como
retrações cicatriciais severas e incapacidade funcional, o que causa grandes
deformidades e limitação dos movimentos normais.
Dornelas et al. (2009) ainda afirmam que, em caso de lesão da região axilar,
a contratura da cicatriz causa restrição dos movimentos de abdução do membro
superior atingido e, em casos severos em que o movimento é restringido a menos
de 90º graus, sua função na vida diária é consideravelmente prejudicada. Nas
crianças, as contraturas axilares, além de limitarem o movimento de abdução e
flexão do membro lesado, ainda afetam seu crescimento. Deve ser feito o máximo
esforço para garantir a reconstrução axilar em caso de contraturas, visto que a axila
é uma região com atividade multidirecional e as contraturas cicatriciais tendem a
ocorrer facilmente. Nesta pesquisa, a axila correspondeu ao segmento articular mais
comprometido.
Gilson; Vieira; Alves (2010) relataram que as atividades mais acometidas nos
indivíduos pesquisados, em se tratando de sua funcionalidade, foram o vestir-se,
tomar banho e amarrar sapatos, determinando graves limitações aos pacientes, pela
importante função que o membro exerce nas atividades diárias. O tratamento
inadequado e a ausência de exercícios de reabilitação após as queimaduras,
inevitavelmente, resultam em contraturas que prejudicam a capacidade funcional da
região do corpo afetada.
De acordo com Monteiro (2013), a cicatrização obtida após a queimadura
pode causar formação de aderências que irão limitar a amplitude de movimento.
Isso compromete os índices de recuperação, aumentando as sequelas e reduzindo
a capacidade física e psicológica, o que dificulta a reintegração do indivíduo à
sociedade.
5 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta pesquisa, observou-se que a variação de idade dos pacientes
avaliados foi de 10 a 34 anos, sendo prevalente o gênero masculino, com história de
queimaduras de terceiro grau e com predominância de produtos inflamáveis. Quanto
à avaliação da amplitude de movimento, verificou-se que o ombro e o joelho foram
as articulações mais atingidas. Em se tratando da Medida de Independência
Funcional, notou-se correlação regular entre a MIF motora e MIF cognitiva e,
quando avaliadas as atividades funcionais do domínio motor, encontrou-se que o
maior comprometimento apresentado foi para a realização do vestir parte superior e
arrumar-se.
Considerando-se a relevância desta pesquisa e a amostra reduzida por se
tratar de um estudo piloto, sugere-se que sejam realizados novos estudos com um
quantitativo maior de pacientes, a fim de que possa haver resultados mais
consistentes acerca desta abordagem.
SOBRE OS AUTORES:
1.Fisioterapeuta graduanda pela Universidade Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil;
2. Professora Assistente I e supervisora do estágio Prática Clínica Supervisionada I,
fisioterapeuta do Serviço Pediátrico do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE),
especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Gama Filho (RJ),
mestre em Ciência da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe. Aracaju, SE,
Brasil. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe.
Aracaju, SE, Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUEM. L. L.; SILVA G. P. F.; DINIZ D. M. M.; FIGUEIREDO A. M. F.;
CÂMARA T. M. S.; BASTOS V. P. D. Análise dos pacientes queimados com
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APÊNDICE 1
COD:______
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O senhor (a) está sendo convidado (a) a participar deste estudo pelo fato de
ter apresentado um quadro de sequelas Queimadura. Entre as várias complicações
da Queimadura, a redução da amplitude de movimento, a perda de força muscular e
o comprometimento da qualidade de vida.
Esta pesquisa tem o seguinte título: Avaliação da Amplitude de movimento e
força muscular de pacientes vítimas de queimaduras, admitidos em uma unidade de
tratamento de queimados. Por isso, solicitamos o seu consentimento para o
incluirmos em nossa pesquisa. Caso o (a) Sr. (a) concorde em participar da nossa
pesquisa, essa participação ocorrerá da seguinte forma: 1- Serão coletadas dados
de identificação, tempo e o tipo da queimadura; 2- Avaliação funcional da força
através do dinamômetro; 3-Avaliação da Amplitude de Movimento através do
flexímetro .
O senhor será submetido (a) à pesquisa com objetivo de uma avaliação mais
minuciosa do paciente queimado, a fim de saber as perdas funcionais e suas
consequências. Esses dados serão armazenados em um Banco de Dados e
mantidos em caráter confidencial e sigiloso onde seu nome não aparecerá em
nenhuma publicação. Informamos que os seus dados ficarão sob a responsabilidade
das pesquisadoras.
Ressaltamos ainda que, se concordar em participar do estudo e assinar
esse termo, o (a) senhor (a) permanecerá com o direito de desistir de sua
participação na pesquisa a qualquer momento, assim como poderá receber, caso
solicite, informações sobre o curso do seu tratamento.
Nome do Paciente:
_______________________________________________________________
(ou representante legal)
Assinatura do Paciente
________________________________________________Data:___________
(ou representante legal)
Investigador:___________________________________________________
Assinatura______________________________________Data____________
APÊNDICE 2
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO
Nome:______________________________________________________________
Data de nascimento:_____/______/_________.
Endereço:__________________________________________________________
___________________________________________________________________
Tel. (___)_________________CPF:__________________
Nome dos Responsáveis:_____________________________________________
Agente Causador:________________________________________________
Tempo:_____________
Grau da lesão
I
II
III
Direito
Esquerdo
LOCAL AFETADO
Pescoço
Ombro
Cotovelo
Punho
Quadril
Joelho
Tornozelo
Direito
Esquerdo
Grau de ADM
Pescoço
Direito
Esquerdo
Direito
Esquerdo
Flexão
Extensão
Flexão Lateral D
Flexão Lateral E
Rotação D
Rotação E
Ombro
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
Grau de ADM
Punho
Flexão
Extensão
Desvio Ulnar
Desvio Radial
Quadril
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
RotaçãoInterna
Rotação Externa
Joelho
Flexão
Extensão
Tornozelo
Flexão
Extensão
Inversão
Eversão
ANEXO 1
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL- MIF
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