lectio divina domingo do bautismo de jesus ano b

GRAND MISSÃO CONTINENTAL COM O NOVO EVANGELIZAÇÃO
LECTIO DIVINA
DOMINGO DO BAUTISMO DE JESUS ANO B
Hno. Ricardo Grzona, frp
Tradução: Adriano Israel
(PASCOM/Ceará-Mirim-RN)
PRIMEIRA LEITURA: Isaías 55, 1-11
Salmo Responsorial: Salmo Lemos Isaías 12, 2-6
SEGUNDA LEITURA: 1 João 5, 1-9
INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO:
Vem Espírito Santo,
Vem agir em nossas vidas, em nossos corações, em nossas consciências
Move nossa inteligência e nossa vontade para entender o que o Pai quer nos dizer através de seu Filho
Jesus, o Cristo.
Que tua Palavra chegue a toda nossa vida e faça vida em nós.
Amém.
TEXTO BíBLICO: Marcos 1, 7-11
«Ele os batizará com o Espírito Santo»
7 Em vão, pois, me cultuam, porque ensinam doutrinas e preceitos humanos (29,13). 8 Deixando o
mandamento de Deus, vos apegais à tradição dos homens. 9 E Jesus acrescentou: Na realidade,
invalidais o mandamento de Deus para estabelecer a vossa tradição. 10 Pois Moisés disse: Honra teu pai
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e tua mãe; e: Todo aquele que amaldiçoar pai ou mãe seja morto. 11 Vós, porém, dizeis: Se alguém
disser ao pai ou à mãe: Qualquer coisa que de minha parte te pudesse ser útil é corban, isto é, oferta,
BIBLIA SAGRADA AVE-MARIA
1.- LEITURA: O que diz o texto?
Estudo Bíblico
O Evangelista Marcos começa sua “Boa Nova” ou Evangelho situando a João, o Batista, no deserto,
recordando o que estava escrito no livro do profeta Isaías (Is 40). Viria um mensageiro antes do Senhor.
Porém, a mensagem que o batista traz é muito clara e simples: há que se converter do mal realizado,
pedir perdão dos pecados e batizar-se.
O verbo batizar significa submergir, lavar. O batismo é uma imersão na água, que representa a
purificação, mas também a vida. A água sempre serviu para purificar. No Antigo Testamento a
encontramos por exemplo no dilúvio, onde Deus limpou o mundo contaminado através da água. A
travessia do Mar Vermelho é vista também como uma purificação. E a Lei de Moisés propõe muitas
formas rituais de purificação com a água. Alguns dos profetas também anunciam uma efusão de água
purificadora do pecado. Às vezes se caía em um ritualismo apenas exterior, que o próprio Jesus criticou.
O importante é que a prática da limpeza com água era comum, inclusive como sinal de pertença ao povo
de Israel, sobretudo quando ia acompanhado de um sincero arrependimento dos pecados.
Os essênios faziam rituais de batismo segundo o registro dos historiadores. E ainda os rabinos batizavam
no rio aqueles que vinham de outros grupos fora do povo eleito, para poder incorporá-los plenamente.
Talvez este batismo de João, seja mais comparado ao que estamos lembrando: introduzir
verdadeiramente ao povo de Deus, mesmo aqueles que pertencessem por raça, mas que haviam
rejeitado os mandamentos e haviam pecado. Mas os elementos que aparecem no texto são
interessantes: João estava no deserto, que recordava os 40 anos de purificação do povo ao sair do Egito
para a Terra Prometida. Ia até o Rio Jordão para pregar, que foi o rio por onde passou Josué para
receber a herança. Quer dizer, são muitos elementos unidos, para recordarmos toda a história da
Salvação anterior. Contudo, João mesmo disse que ele estava realizando um batismo preparatório para
o verdadeiro que viria com o Messias. Sobretudo quando afirma Eu batismo com água, mas o que vem
depois de mim batizará com o Espírito Santo (quer dizer, que a limpeza será definitiva, já não material e
externa, mas espiritual e interior).
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Marcos apresenta um texto muito simples para detalhar este momento, mas assim como os outros
sinóticos indica que a vida pública de Jesus começa no momento que se apresentou para ser batizado
por João.
Se fizéssemos uma revisão da vida de Jesus até aqui podemos dizer que seus grandes momentos são:
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Gerado por obra e graça do Espírito Santo;
Seu nascimento em Belém;
Adoração dos magos;
Apresentação no Templo;
Ida ao Egito;
Volta do Egito;
Peregrinação a Jerusalém com seus pais, onde fica ensinando aos mestres da Lei e tinha 12
anos;
A partir desse momento em que tinha 12 anos segundo o evangelista Lucas, não sabemos mais nada até
o momento em que o próprio Lucas nos disse que ele tinha 30. Esse tempo dos 12 aos 30 anos o
conhecemos como a vida privada de Jesus.
Agora inicia, então, sua vida pública. E possivelmente seja Marcos, o primeiro que escreve seu
Evangelho e começa por este momento, pois é o mais significativo. É tão importante que quando
tiveram que substituir a Judas Iscariotes, para completar o número de 12 apóstolos, Pedro em seu
discurso disse que tinha que ser um seguidor de Jesus, ou seja, um discípulo desde o Batismo de João
(At 1, 21-22)
O evangelista Marcos narra em apenas três versículos curtos o Batismo de Jesus por João. A primeira
coisa que fica clara é que aparecem as três pessoas da Santíssima Trindade juntas, em uma mesma
passagem. Mais que do Batismo de Jesus em si, o texto nos fala da unidade do único Deus verdadeiro. O
Filho que desce ao Jordão, o Espírito Santo que chega diretamente sobre Jesus e a voz do Pai que o
reconhece dizendo “Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria”
Uma observação sobre as expressões “viu o céu se abrir e o Espírito de Deus descer como uma pomba
sobre ele”. Esta expressão é muito antiga, quer dizer diretamente. O Espírito de Deus não é um ser vago
ou difuso no cosmos. Ele está conjuntamente com o Pai e o Filho. Por ser a pomba uma ave muito
caseira que está sempre em seu ninho, o texto quer se referir que “como pomba” significa diretamente
e sem dar voltas. E a voz do Pai, voz que se escutou na criação, agora, com Jesus o novo Adão, nele que
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tinha posto sua confiança, pois é Ele quem vai refazer o plano que Deus tinha reservado para a
humanidade desde a eternidade.
Reconstruindo o Texto:
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9.
Como começa este relato?
Que dizia João sobre si mesmo?
Que dizia sobre o que viria depois dele?
João se sente digno de anunciar-lhe? Que expressão usou?
João batizava com água. Com que batizará o que vem?
Que fez Jesus quando chegou ao Jordão?
Que sinais se viram depois que saiu da água?
Que significa que o Espírito Santo baixou sobre Jesus como uma pomba?
Por que é importante a voz do Pai sobre seu Filho? A quem representa Jesus?
2.- MEDITAÇÃO: O que me diz o texto?
Façamo-nos umas perguntas para aprofundar mais esta Palavra de Salvação
1. Percebe que em algumas ocasiões os cristãos nos sentimos mais seguros e com
maior autoridade por conhecer a Cristo, inclusive às vezes até desprezando os
demais? Esta atitude está correta?
2. O que nos diria João Batista quando nos visse muito orgulhosos frente ao mundo por
ser discípulos de Cristo?
3. Por acaso não temos mais forças em coisas externas como enfeites, vestimentas e
construções... e sobre isso nos vangloriamos?
4. Que deveríamos dizer hoje diante da presença de João Batista? Fazemos o esforço
de imitá-lo?
5. Jesus é Deus, merece toda a adoração e glória, e mesmo assim foi se apresentar
para ser batizado por João. A que aula de humildade nos convida hoje o Senhor? É
possível imitar a humildade do Salvador?
6. Pensemos sobre os privilégios que temos como cristãos...Não será que fazemos
alarde demasiado dos privilégios dos cristãos e nos esquecemos de ser humildes?
7. Deixamos que o Espírito Santo venha sobre nós? O invocamos com frequência?
Pedimos a Ele que nos auxilie em todas as atividades de nossa vida? Somos dóceis a
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ação do Espírito Santo em nossas vidas? Ou somos teimosos e deixamos que os
nossos caprichos mandem?
8. Escuto a voz de Deus? Sou consciente que escutar também é obedecer?
9. Reconheço todos os dias da minha vida que Jesus é o salvador e redentor da
humanidade, na qual me incluo?
3.- ORAÇÃO: O que digo ao Senhor?
Orar é responder ao Senhor que nos fala primeiro. Estamos querendo escutar sua Palavra Salvadora.
Esta palavra é muito diferente da que o mundo nos oferece e é o momento de dizer algo ao Senhor.
Proponho como oração ler a segunda leitura (1 Jo 5, 1-9):
1 Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama
também aquele que dele foi gerado. 2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a
Deus e guardamos os seus mandamentos. 3 Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E
seus mandamentos não são penosos, 4 porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a
vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus
é o Filho de Deus? 6 Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas
pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade. 7 São,
assim, três os que dão testemunho: 8 o Espírito, a água e o sangue; estes três dão o mesmo
testemunho. 9 Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se
trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho.
Amém.
Faça um momento de silêncio e reflexão para responder ao Senhor. Acrescente algumas intenções da
oração.
4.- CONTEMPLAÇÃO: Como interiorizo a mensagem?
Para o momento da contemplação podemos repetir várias vezes este versículo do Evangelho para que
vá entrando em nossas vidas, em nossos corações.
“Ele os batizará com o Espírito Santo” (v. 8)
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E assim, pedindo ao Senhor para ser testemunha da luz para que outros creiam, assumimos esta atitude.
5.- AÇÃO: Com o que me comprometo?
Deve haver uma mudança notável em minha vida. Se não mudo, então, não posso ser um verdadeiro
cristão.
Pessoal: voltar a ler cuidadosamente as leituras. Ainda que já conheça o texto há muito tempo, quero
dedicar-lhe minha oração fecunda. A que me convida? Para demonstrar que estou fazendo sim o que o
Espírito me impulsiona e escuto a voz do Pai, vou deixar de pensar em mim mesmo, para fazer algo
pelos demais. Uma ação concreta, como visitar a um enfermo, a um privado de liberdade, ou a alguém
que necessite. Farei uma ação que demonstre que sim, estou levando a sério a vontade do Senhor.
Em grupo: vamos buscar o que significa submergir-se no mistério trinitário. Faremos um cartaz para a
comunidade tentando expressar o que sentimos ao ser cada um parte deste mistério, ao qual Cristo nos
resgatou, e faremos uma atividade festiva, que demonstre nossa alegria cristã.
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