A Filosofia no Sangue: de Homero a Teofrasto Diego Soffritti Cardoso PPGLM/IFCS [email protected] O presente trabalho será uma catalogação dos diferentes atributos que foram dados ao sangue e ao coração pelos gregos antigos. Fazendo parte da minha futura dissertação sobre o pensamento ser entendido como algo sensorial, cremos que o sistema circulatório desempenha papel fundamental tanto na tradição homérica, quanto em alguns pré-socráticos, Platão, Aristóteles e Teofrasto. Deste modo, mapear-se-á todas as funções e usos creditados ao sangue e ao coração nestes pensadores: como a oferta de sangue de Odisseu em sua descida ao Hades; a tese que Teofrasto indica sobre Empédocles, sobre a phronesis advir da mistura dos elementos no sangue; Platão, no Teeteto, na relação entre uma certa qualidade do coração com a memória e, por último, Aristóteles e as funções vitais no De Anima. Em conclusão, o trabalho se propõe a fazer um mapa conceitual do sistema circulatório, na esperança de contribuir filosoficamente para as teses materialistas que percorreram a filosofia deste tempo.