GRÉCIA CLÁSSICA E HELENÍSTICA

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A SALA DO TIO NALDINHO
Professor José Ednaldo do Nascimento
GRÉCIA CLÁSSICA E HELENÍSTICA
História Antiga
1. CONTEXTO
1.1. Características: Período marcado por conflitos devido ao revezamento de poder entre as cidadesEstado e às guerras internas. O período Clássico também é considerado o apogeu, pois foi nele que se
realizou a maior parte das realizações culturais dos gregos.
2. ESPARTA (Σπάρτη)
2.1. Origem: Fundada pelos dórios por volta do século IX a.C. da união de quatro aldeias da Lacônia.
Também era conhecida como Lacedemônia. Caracterizava-se por ser isolada das demais cidades-Estado e
possuir uma rígida estrutura militar.
2.2. Sociedade: Era composta dos seguintes grupos:
a) Espartanos (Espartíatas): Únicos que possuíam direitos de cidadãos e detinham as melhores terras.
Dedicavam seu tempo às atividades políticas e militares;
b) Periecos: Habitavam nas periferias da cidade e não possuíam direitos políticos e descendiam dos povos
conquistados pelos dórios. Eram livres, pagavam impostos e estavam sujeitos à guerra mesmo não
recebendo treinamento padrão para isso;
c) Hilotas: Viviam na miséria, pois eram os servos e escravos desta sociedade. Eram obrigados a dar
metade do que produziam aos espartanos uma vez por ano.
2.3. Instituições: A sociedade espartana também mantinha um nível de organização política formada
pelas seguintes instituições:
a) Diarquia: Dois reis administravam Esparta desenvolvendo funções militares e religiosas. Em tempos
de conflitos, um exercia a administração enquanto o outro comandava a guerra.
b) Ápela: Formada por todos os espartanos acima de 30 anos (exceto periecos e hilotas), aprovavam as
leis encaminhadas à eles e nomeavam os membros da Gerúsia;
c) Gerúsia: Era formada por membros acima de 60 anos, por isso mesmo conhecida também como
Conselho dos Anciãos, e preparavam as leis a serem encaminhadas à Ápela, além de controlar o poder
dos reis. Eram eleitos através de aplausos.
d) Eforato: Também chamado de Conselho dos Éforos. Eleitos pela Ápela e desenvolviam funções
administrativas e judiciais.
2.4. Educação: A forma como homens e mulheres eram educados em Esparta eram diferentes.
a) Homens: Enviados aos exército aos sete anos de idade, onde aprendiam as artes da guerra e dos
esportes. Aos 12 anos, eram abandonados em penhascos para aprenderem a sobreviver; aos 18 voltavam à
Esparta com o status de cidadão de segunda classe. Podiam ser maltratados pelos esparciatas acima de 30
anos, ficavam nus e recebiam pouca comida. Participavam da kríptia (treinamento que consistia na caça
de hilotas). Chegando aos 30 anos com vida, ganhavam status de cidadãos.
b) Mulheres: Participavam de torneios e jogos esportivos para ficar com corpo forte e saudável. O
propósito era que estando dessa forma, pudessem gerar filhos fortes ao Estado. Recebiam da mãe aulas de
educação sexual e, alcançando a menarca, recebia aulas práticas de sexo. Nelas, ocorria a prática com
hilotas, por isso o coito era interrompido para que não tivessem filhos de escravos. Aos 19-20, passava
por um teste de fertilidade e podiam solicitar casamento e, mesmo casada, podiam ter o homem que
quisesse desde que desse filhos ao Estado.
3. ATENAS (Αθήνα)
3.1. Origem: Está localizada na Ática e foi fundada pelos jônios por volta do século IX a.C. Conforme a
tradição houve uma disputa entre Atena e Poseidon. A população esperava aquele que desse o presente
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mais útil, enquanto Poseidon deu uma fonte de água, Atena criou a oliveira. Os habitantes, então,
batizaram a cidade com seu nome.
3.2. Governo: Inicialmente, Atenas era governada por um rei que tinha funções religiosas. Junto dele
estava o Polemarca (autoridade militar) e o arconte (autoridade judiciária). Encontrávamos as seguintes
instituições:
a) Eclésia: Composta por todos os cidadãos do sexo masculino e de dever militar já cumprido. Elegia os
governantes, decidia questões sobre a guerra e a paz e aprovava as leis;
b) Areópago: Conselho dos Anciãos, mais a frente passa a ser a Bulé, formado por 500 membros e
cuidavam das leis.
c) Arcontes: Inicialmente governavam por 10 anos, depois passaram a ser eleitos anualmente.
3.3. Sociedade: Estratificada e composta pelos:
a) Eupátridas: grandes proprietários de terras e que possuíam todos os direitos políticos.
b) Gergoi: agricultores, pequenos e médios proprietários;
c) Demiurgos: artesãos e comerciantes;
d) Metecos: estrangeiros que não possuíam direitos políticos;
e) Escravos: prisioneiros de guerra.
4. DEMOCRACIA
4.1. Origens: Do grego δημοκρατία (governo do povo). Surgiu em Atenas durante o governo de
Clístenes, tido como o pai da democracia.
4.2. Características: a seleção eventual de cidadãos comuns para ocupar os poucos cargos
administrativos e judiciais que haviam no governo e uma assembléia legislativa formada por todos os
cidadãos atenienses. Todos aqueles que eram elegíveis tinham direito a voto e a voz na assembléia.
4.3. Critérios: Excluía mulheres, estrangeiros, escravos, os que não tinham terras e os menores de 21
anos.
5. GUERRAS MÉDICAS
5.1. Causas: Com a ascensão da dinastia Aquemênida por meio de Ciro II, os persas resolvem continuar
com sua política de expansão chegando a conquistar as cidades gregas na Ásia Menor. Atenas resolve
apoiar as cidades invadidas e acaba despertando a raiva dos persas.
5.2. Atenas: Obtém a vitória (490 a.C.) em Maratona, mesmo com a Ática sendo invadida. Dário II
pretende a revanche, mas falece (485 a.C.), assumindo o trono Xerxes I, que consegue invadir a Grécia
(480 a.C.).
5.3. União: As cidades-Estado gregas esquecem suas diferenças e se organizam sob o comando de
Esparta para vencerem os persas. Leônidas I, rei espartano, consegue deter o avanço dos persas na
Batalha das Termópilas.
5.4. Fim: Os atenienses conseguem vencer os persas na Batalha de Salamina, confirmando a vitória na
Batalha de Plateias (479 a.C.) e, por fim, na Batalha de Mícale (478 a.C.).
6. GUERRA DO PELOPONESO
6.1. Causas: Ao fim da guerra, Atenas passa a ser uma cidade de extrema importância no mundo grego e,
além de cobrar pesados impostos sobre as demais cidades, ainda passa a intervir em seus assuntos
internos. Estas cidades faziam parte da Liga de Delos, fundada durante a guerra para combater os persas.
6.2. Esparta: As cidades marítimas próximas ao Mar Egeu também haviam criado a Liga do Peloponeso
para conter o avanço persa sobre essa região. A liga era comandada por Esparta, que opôs-se ao
Imperialismo Ateniense.
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6.3. Guerra: Em 431 a.C., inicia-se a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta. Os atenienses
aceitam a estratégia proposta por Péricles, na qual defendia que a população rural se concentrasse no
interior das muralhas de Atenas; os alimentos e os recursos chegariam através do porto do Pireu.
6.4. Desastres: A ideia foi desastrosa, pois a concentração de pessoas e a falta de higiene acabou por
gerar a peste que vitimou o próprio Péricles. Em 421 a.C., é assinada a Paz de Nícias, porém a guerra
continua entre os aliados. Diante do poderio espartano, em 404 a.C., Atenas rende-se.
7. GRÉCIA HELENÍSTICA
7.1. Características: Moravam ao norte da Grécia e eram governados por uma monarquia hereditária que
se julgava descendentes do semideus Herácles. Eram vistos como bárbaros pelos gregos, pois não
falavam o grego e nem tinham seus costumes.
7.2. Conquista: Os macedônicos aderiram à cultura grega após algum tempo reproduzindo-a em novos
territórios. Este fato, aproximou Filipe II dos gregos. Através da força militar e da diplomacia, o rei
macedônico tornou-se soberano em todo território grego.
8. ALEXANDRE
8.1. Posse: Com a morte de seu pai, assassinado por um nobre macedônio, Alexandre assume o trono em
336 a.C. Atuou, inicialmente, combatendo os levantes contra o domínio macedônico e, pacificado o
território, investiu contra os persas.
8.2. Batalhas: Através das batalhas de Ganico, Isso e Gaugamela, Alexandre impôs o seu domínio aos
persas. No Egito, ultima possessão persa no Mediterrâneo, foi aclamado como sucessor do deus Amon e
entronado como faraó.
8.3. Alexandria: Enquanto esteve no Egito, fundou no delta do Nilo, o que seria uma das cidades mais
importantes da Antiguidade, Alexandria do Egito.
8.4. Vitória: Alexandre conquistou a Mesopotâmia após vencer o exército de Dario III (331 a.C.), sendo
aclamado logo em seguida como Rei dos Reis (Imperador Persa) e marchou em direção à India. Neste
período, já era senhor de um vasto império.
8.5. Morte: Ao voltar da Índia, morreu de uma febre na Mesopotâmia, Babilônia (323 a.C.). como não
deixou herdeiros, seu império foi dividido entre seus generais que passaram a disputar o poder travando
lutas sangrentas.
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