CURSO DE EXTENSÃO Função Vascular Controle da Pressão arterial Cristina Campos Carraro HEMODINÂMICA Estudo das leis físicas, relacionadas ao fluxo sanguíneo. Funções da circulação: Levar oxigênio, Nutrientes, Hormônios Eliminação de resíduos (HENEINE, 2002 POCOCK, 2004) Para manter a homeostase, órgãos de recondicionamento recebem sangue além de suas necessidades Órgão *Sist. Digestório Fígado *Rins *Pele Cérebro Músc. cardíaco Músc. Esquelético Ossos Outros Fluxo 21% 6% 20% 9% 13% 3% 15% 5% 8% HEMODINÂMICA FLUXO SANGUÍNEO O fluxo sanguíneo depende do gradiente de pressão e da resistência vascular F= P/R F=Taxa de fluxo de sangue através de um vaso (mL/min) P= gradiente de pressão no vaso R= resistência Comparação entre taxas de fluxo com P diferente 50mmHg 10mmHg 90mmHg 10mmHg Vaso1 Vaso2 P no vaso 2 = 2 vezes a do vaso 1 Fluxo P Fluxo no vaso 2 = 2 vezes a do vaso 1 A medida que a diferença de pressão entre as duas extremidades de um vaso aumenta, a taxa de fluxo aumenta proporcionalmente RESISTÊNCIA A resistência (R) é a dificuldade oferecida ao fluxo sanguíneo. Nos vasos, o raio é o principal determinante da resistência (varia na 4° potência). R = (8η L/ 4 π r4) ou R= (P1 – P2) / Q η = Viscosidade sangue; L = comprimento dos vasos r = Raio do vaso Q = Fluxo sanguíneo Resistência Oposição ao fluxo Se R P precisa para manter o fluxo. Resistência depende de: 1- Viscosidade do sangue (); 2- Comprimento do vaso (L); 3- Raio do vaso (r) Influência de “r” sobre a resistência Vaso1 10mL Vaso2 10mL Comparação entre o contato de dado volume de sangue com a área superficial de um vaso de raio pequeno e um vaso de raio maior. O vaso com menor raio oferece mais resistência ao fluxo sanguíneo porque o sangue “fricciona” uma menor área superficial. FLUXO SANGUÍNEO Fatores hemodinâmicos que determinam o fluxo sanguíneo - Pressão sanguínea (ΔP) - Fluxo Resistência ao fluxo (R) (R) Fluxo Lei de Poiseuille Taxa de fluxo = π ∆P r 4 8 Lη (GUYTON, 2006; HENEINE, 2002) FLUXO SANGUÍNEO - Viscosidade: grau de fluidez. Depende do hematócrito. Se a viscosidade o Fluxo e a velocidade. A vascularidade depende das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias a) Artérias: Transporte de sangue sob alta pressão b) Veias: Sistema de coleta Retorno venoso c) Arteríolas: Resistência periférica d) Capilares: Trocas entre sangue e espaço intersticial Artérias: Rotas de trânsito Reservatórios de pressão Propriedades elásticas das paredes arteriais: Mantêm o fluxo contínuos nos capilares durante diástole Artéria Sístole Arteríolas Artéria Diastole Arteríolas A Pressão arterial flutua entre a sístole e diástole Pressão sanguínea: Força exercida pelo sangue contra a parede do vaso. Depende: Volume contido no vaso; Distensibilidade do vaso Sístole= grande volume sai do coração ( 2/3 retidos nas artérias) Pressão dentro das artérias = 120 mmHg Diástole= nenhum volume sai do coração. Pressão dentro das artérias = 80 mmHg Pressão de pulso (PP): Diferença entre pressão sistólica (PS) e diastólica (PD): Ex: PS=120mmHg PD=80mmHg Quanto será a PP? Pressão arterial média (PAM): Pressão média que move o sangue em direção aos tecidos por todo o ciclo cardíaco. Não é a média aritmética entre PD e PS!!!!!!!!!!!!!! PAM = PD + 1/3PP Arteríolas O raio ( e a resistência) das arteríolas pode ser ajustado. 1) Para distribuir variavelmente o débito cardíaco conforme a necessidade dos órgãos 2) Para ajudar a regular a PA Arteríola menos tecido elástico que a artéria. Mas tem musculatura lisa. - Vasodilatação: diminui RV - Vasoconstricção: aumenta RV Tônus Vascular Estado de constrição parcial exibido pelo músculo liso do vaso. O Tônus é regulado pelo Sistema nervoso simpático: Estimulação simpática= Tônus= Vasoconstrição Estimulação simpática= Tônus= Vasodilatação Controle local do raio arteriolar A distribuição do débito cardíaco pode variar momento a momento, dependendo da resistência arteriolar em cada órgão. (Exceto no cérebro). Outros fatores que afetam: Concentrações de substâncias: NO, Angiotensina II, etc. Fatores físicos: Calor/frio Reservatórios de sangue Órgão Veias Artérias Capilares Circulação pulmonar Vol. sangue armazenado 60% 13% 7% 12% Veias Recolhem o sangue que sai dos leitos capilares e o leva ao coração. Duas funções: Retorno venoso = raios maiores= menos resistência Reservatórios de sangue = VASOS DE CAPACITÂNCIA •Por serem mais finas que artérias e possuírem pouca musculatura, são distensíveis. •Tempo maior para o sangue cruzar as veias até o coração. Reservatórios de sangue= Sistemas venosos Grandes veias da região abdominal; Seios venosos do fígado (até 1,5L); Baço (50mL-1L, normalmente 200mL); Plexos venosos da pele; Vasos pulmonares • Garante a perfusão tecidual apropriada pela manutenção da força motriz na circulação em níveis adequados e razoavelmente constantes ao longo da vida. PA= DC x RPT DC= VS x FC PA= VS x FC x RPT Um aumento no débito cardíaco e na resistência periférica total eleva a PAM REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Os mecanismos que mantém a pressão arterial (PA) são divididos em duas classes: MECANISMOS A CURTO E MÉDIO PRAZO (Resposta Rápida) - Ativos em segundos ou minutos. - Ação menos duradoura. MECANISMOS A LONGO PRAZO (Resposta Lenta) - Ativos em horas ou dias. - Possuem ação mais prolongada e duradoura. Controle neural da PA: mecanismos rápidos PAM Ajustada por retro-alimentação (“feedback’) negativa Barorreceptores arteriais Barorreceptores arteriais Resposta dos barorreceptores arteriais a alterações na pressão Barorreceptores arteriais Transmitem informaçoes sobre a PAM para o SNC Neurônios autonômicos Secreção de hormônios Coração e vasos Principais vias nervosas no controle da função cardiovascular Reflexo Baroceptor -Definição: Reflexos rápidos que visam manter a PA constante por meio de alterações nas aferências do SN simpático e parassimpático Hipotensão ortostática Eventos do barorreflexo em uma queda da PAM Eventos do barorreflexo em um aumento da PAM Resposta à hemorragia mediada por barorreceptores * * Pergunta: Se os reflexos barorreceptores funcionam para manter a PAM constante em níveis normais, porque algumas pessoas sofrem de hipertensão? Resposta: ADAPTAÇÃO Hipertensão: -Quadro crônico -Desenvolvimento lento > Elevação gradual perda de sensibilidade dos barorreceptores Adaptação Interpretação da nova PAM como “normal” Funções do reflexo barorreceptor: Reduzir a variação da PA momento a momento; Função “tampão” durante alterações da postura; Pequena importância para a regulação a longo prazo (sofre adaptação) Controle hormonal da PAM Barorreceptores arteriais Transmitem informaçoes sobre a PAM para o SNC Adrenalina ADH Neurônios autonômicos Secreção de hormônios Angiotensina II Coração e vasos Regulação da PAM Controle hormonal da PAM PAM Adrenalina atividade simpática Nó SA FC miocardio Liberação de adrenalina pelas suprarrenais contratilidade RPT DC VS PAM Obs : Nicotina e alcool ADH Volume urinário PAM Sistema Renina Angiotensina Aldosterona Sistema lento Responde a PA ETAPAS: 1- PA – Mecanoceptores das arteríolas aferentes renais; 2- Células justaglomerulares (Na e Cl) Renina 3- Angiotensinogênio convertido em angiotensina 1 pela renina 4- angiotensina 1 convertida em angiotensina 2 pela ECA Mecanismos pelos quais quedas na PA estimulam a liberação de renina Sistema renina-angiotensina-aldosterona Sistema Renina Angiotensina Aldosterona Mecanismos pelos quais a Ang II eleva a PA