O Comunicamor Informativo da Escola do Espírito Caminheiros em Busca da Paz - Ano VIl - Nº 72 Janeiro de 2009 - w w w.caminheiros .com . br EDITORIAL Divulgador Espírita & Prática Espírita. Alkíndar de Oliveira “Divulgar Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance, é tarefa prioritária”. Bezerra de Menezes (Reformador, janeiro/2005) Nestes tempos em que a palavra transição criou o regime de urgência na propagação dos conceitos espíritas, a divulgação do espiritismo passou a ter caráter prioritário, conforme elucidativa mensagem do eminente e querido Dr. Bezerra de Menezes. No entanto, na ânsia de divulgarmos os princípios libertadores que o Espiritismo nos proporciona, podemos cometer o grave erro de sermos divulgadores semelhantes a um inflado balão colorido, bonito por fora, mas contendo apenas ar por dentro. A grande questão é: enquanto divulgadores espíritas, vivenciamos a teoria que passamos em nossos discursos? Será que escolhemos o bom caminho, que é esforçarmo-nos para seguir as pegadas do Mestre? Santo Agostinho, em Confissões, disse que “é melhor ser um coxo a caminho, que um bom corredor fora dele”. Na concepção desta afirmativa de Santo Agostinho, o que somos? Um bom corredor sem direção? Ou um imperfeito, mas esforçado seguidor de Cristo? Allan Kardec depois de desencarnado nos passou apenas quatro mensagens mediúnicas de sua autoria, uma delas na Revista Espírita de junho de 1869 com o título O exemplo é o mais poderoso agente de propagação, e desta reproduzo a seguinte mensagem: “As brochuras, os jornais, os livros, as publicações de toda a espécie são meios poderosos de introduzir a luz por toda a parte, mas o mais seguro, o mais íntimo e o mais acessível a todos é o exemplo da caridade, a doçura e o amor.” No livro Ação, Vida e Luz (Chico Xavier), nosso querido Emmanuel foi na mesma direção de Kardec: “(...) É necessário cessar a época do verbalismo vazio. Há muitos séculos a humanidade tem vivido uma época de pura predicação sem exemplos. O que temos visto em todos os tempos? Tribunas, púlpitos, livros, prolixidade de pedagogia gratuita, dentro de uma multiplicidade assombrosa de demagogos e de arautos. Chegaram os tempos da iniciativa própria, do esforço pessoal em favor da iluminação consciencial do indivíduo, perdido no oceano da coletividade. (...) O tempo da palavra vazia passou. O tempo atual é dos atos. Aliemos os nossos esforços e trabalhemos. Precedamos qualquer ensinamento com um exemplo de ordem pessoal.” Veja mais... SEGREDOS DO ESPÍRITO PRAÇA DA SÉ OU DA SÉGUEIRA ? CANTO DA POESIA CANTINHO DA REFLEXÃO NA INTIMIDADE DOMÉSTICA IDEAL COMUM Para que nos estimulemos a abraçar a causa de sermos divulgadores espíritas em todos os momentos e em todos os ambientes, isto é, não somente redigindo artigos ou escrevendo livros ou à frente de um microfone, exponho mais um texto psicografado. Este inédito texto me foi gentilmente cedido pelo renomado médium pernambucano Carlos Pereira. Mensagem esta do espírito Freitas Nobre, psicografada em novembro/08 no ambiente do Congresso da ADE – Associação dos Divulgadores Espíritas de Pernambuco. “MÍDIA HUMANA” Do espírito Freitas Nobre *(psicografia de Carlos Pereira) Quais elementos devem ser levados em consideração para aquele que se predispõe a levar a Doutrina Espírita pela mídia? Não saber o que isto significa representa risco, e dos grandes, o de aventurar-se neste mundo dinâmico que é a comunicação. A mídia não é um jogo de interesses fortuito em que cada um faz o que quer, não é bem assim, o espaço democrático possui regras sim e deve ser compreendido como algo importante para usá-lo adequadamente. Vejamos alguns exemplos deste contexto. O Rádio é mídia de todos. Dificilmente alguém, nos dias de hoje, não possua, por menor que seja, um aparelho radiofônico. Ele consegue – aquela caixinha mágica – mexer com a imaginação do ouvinte que, literalmente, “surfará” pelas suas ondas sonoras. Usa-se, neste caso, a voz como instrumento de força e de comunicação. Postá-la convenientemente, mas sem exageros, é de bom tom. Verifique que todos que ouvem necessitam estar sintonizados por um bom motivo. Captar a alma popular e responder a estes anseios representa compromisso do dia-adia de quem deseja fazer do rádio instrumento de comunicação espírita. O Jornal, meus caros, exige outros elementos de sedução a depender do público a que se propõe ser lido. Uma boa redação, um texto escorrido, de fácil entendimento, é arte que se consegue obter pelo esforço contínuo de aperfeiçoamento onde conteúdo e estilo devem se casar em perfeita harmonia. Fazê-lo convidativo dentro das expressões humanas com textos leves e fluentes é desafio para todo redator espírita, de modo a facilitar a reflexão do bom leitor. E do jornal chegamos ao aparelho de televisão. Mais do que a voz do rádio, a televisão insere a imagem como instrumento de comunicação. Criar ambientes e situações atrativas é desafio de monta que exige preparo antecipado, planejamento cuidadoso, para não repetir erros já consagrados por outros no passado. A Internet, o mundo virtual, é outro caminho de enormes potencialidades. A Internet, de certa forma, pode tudo, pois consegue condensar em si todas as outras mídias. Entender este mundo e usá-lo com competência é imperioso para aquele que quer mais em termos de comunicação. 1 1 De todas as mídias, no entanto, uma é mais pertinente do que todas as outras: a mídia humana. O comportamento humano exemplar é a maior mídia que se possa imaginar. Estudar o outro e manter com ele uma relação madura e construtiva perpassam todos os demais meios e é, portanto, aquele mais rigoroso, pois exige comportamento referencial e não apenas as aparências. A mídia humana não serve para se vender para o outro, mas para mostrar que se um conseguiu reverter seus comportamentos desviados o outro também poderá. Esta é a maior das mídias uma vez que influenciará permanentemente as outras. Eis a mídia deste novo milênio, a mídia do amor, que deverá imperar sobre as demais fazendo com que todos possam convergir diante daquilo que existe de mais sagrado: o coração humano. Esta é a mídia que devemos perseguir e fazer dela a verdadeira mídia das nossas vidas. Eis o maior desafio do comunicador social espírita. “Seja você o exemplo que quer ver no mundo”, dizia o Mahatma Gandhi, este grande comunicador da paz e da não-violência, para milhões, e que percebeu, desde cedo, que se não fizesse ele a materialidade do seu pensamento não conseguiria, efetivamente, consumar o processo comunicativo. Outro que agiu de igual forma, comunicando-se para a multidão com extrema eficácia e sabedoria, que deve ser imitado deliberadamente por todos, é, sem dúvida, o Mestre de Nazaré, Jesus. Seu discurso eloqüente empolgava multidões porque atingia o coração do seu ouvinte e era regado pelo seu exemplo de vida. Aprendamos já, comunicador espírita, de uma vez por todas, a desenvolver e aplicar a linguagem do amor, a única capaz de entusiasmar e transformar. Amemos, pois, e o mundo inteiro nos compreenderá. David Bohn (físico) e Rupert Shaldrake (biologista). Diante dos novos conceitos, o psiquismo não mais será concebido como simples secreção cerebral. Nosso cérebro é estação de recebimento e ajustamento das elaborações mais profundas da psique. Os dias atuais começaram a exigir definição de muitos fenômenos que transcendem a percepção dos sentidos materiais, porquanto seus valores são incontestáveis e muitas vezes contundentes. Necessitamos de alcançar o que realmente o psiquismo humano nos mostra, sem preconceitos de ordem material ou mesmo condutas adrede preparadas com nossas medidas psicológicas lineares, que poucos possibilidades tem apresentado. Necessitamos de inteirar-nos do que se observa com meditações, com os inusitados fenômenos psicológicos de morte aparente, com os mecanismos anímico-mediúnicos, até mesmo com certas práticas psicoterápicas, regressões de memória com as vivencias pretéritas e outras tantas vertentes, aguardando definições. Uma visão adequada do espiritual necessita de novos parâmetros, porquanto as suas projeções, na superfície do psiquismo (zona consciente), serão sempre muito pobres e reduzidas. Daí as expressões espirituais externarem-se, habitualmente, sob forma de símbolos e, no sentido mais coletivo, de mitos. Compreendê-los e como sentir os acontecimentos espirituais em suas mais simples manifestações. Apesar de tudo, ainda nos causam surpresa os diversos aspectos da fenomenologia paranormal, fazendo-nos pensar em Segredos do Espírito “SEGREDOS DO ESPÍRITO” PRAÇA DA SÉ OU DA “SÉGUEIRA”? Pesquisar a alma humana exige um grande mergulho no psiquismo que jamais mostrará um fim, a meta que sempre procuramos; mas, os registros que o processo nos vai oferecendo, a fim de tirarmos ilações, mesmo que superficiais, permitirão que vislumbremos, de modo lento e velado um dos maiores segredos do Universo. Herdamos da sabedoria antiga um farto manancial de conhecimentos que, por não poderem ser mensurados pela ciência, de conformidade com suas medidas e desejos, tiveram a pouco e pouco abandonados muitos dos seus mitos, símbolos e conceitos que, pela legitimidade de apresentação e expressão, aguardam novos métodos avaliativos. O surto cientifico de nossos dias e suas memoráveis descobertas lançaram uma cortina sobre certos conceitos filosóficos e metafísicos, propiciando afastamento e conseqüente esquecimento. Essa mesma ciência, bem elaborada da época newtoniana para cá, avança de tal modo nas avaliações do infinitamente pequeno que penetrou no mundo dinâmico da Física Quântica, destronando a matéria de seu pedestal cientifico. Com isso passou a ter novos valores coincidentes com as antigas filosofias desenvolvidas por Pitágoras, por Confúcio, por Buda pelos laboradores dos Vedas e Upanishads e muitos outros. A segunda metade do século XX foi como que a transformadora de conceitos. De um Universo material e sólido, funcionando como uma máquina e suas respectivas engrenagens entramos em um Universo dinâmico, com leis precisas, denotando pensamento organizado. A matéria passou a ser secundária, enquanto que a estruturação dinâmica tomou a frente como um processo básico da Física e da Biologia, conforme ajustadas pesquisas e ilações de A grande cidade, ambicionada, sonhada e desejada por muitos. Mas o que abriga a grande cidade? A dor e o riso andam de mãos dadas, a vida e a morte frequentam os mesmos lugares. Velhos, adultos, moços e crianças vão e vem num frenesi sem fim. Rostos que não voltarão a se cruzar. No grande centro onde carros e pessoas se movimentam sem cessar, o grande cemitério exibe sua imobilidade, tudo ali está parado, nada se move. Os grandes túmulos negros guardam em si o luto. Porém, num recanto qualquer, a pequena flor desabrocha, mostrando que a vida ali, também se faz. Grandes e frondosas árvores se levantam em direção ao céu, cujo ar está poluído pela fumaça que sai dos carros e das chaminés das grandes fábricas, além do cheiro do vício dos habitantes, composto pelo tabaco e o álcool em excesso. No entanto é dali que essas árvores retiram seu alimento, nos mostrando a grandiosidade da vida, nos retribuindo na fotossíntese o que é de melhor para o homem. Enquanto caminhava, eu observava o movimento daquela cidade tão admirada por alguns e criticadas por tantos mais, e cada vez mais ela me mostrava a plenitude da vida, em gestos simples, como o de uma senhora idosa, por exemplo, recolhendo os entulhos que a cegueira de outros deixaram espalhados na grama verde que enfeita o canteiro. Chegamos à praça que é chamada de Sé, onde prédios antigos exibem suas construções detalhadas. A igreja e sua torre imensa chamam a atenção daqueles que por ela passam. Turistas com Jorge Andréa. Do Livro Segredos do Espírito, capítulo I. 2 suas máquinas fotográficas registram tudo: a torre, os grandes pilares, o lustre imenso, as grandes escadarias. Logo mais embaixo, está a grandiosa estátua de Anchieta. Imagino que se ela pudesse falar, diria assim: “Olhem aquelas mães solitárias exibindo as fotografias de seus filhos desaparecidos. Vejam como sofrem, falem com elas, deem-lhes um abraço, ou então, olhem aquela família que acaba de chegar, são pais e cincos rebentos que logo estarão magros e maltrapilhos, como aqueles outros ali, se não forem percebidos. Vejam o bebê sendo amamentado pela mãe cujo seio secará se não for alimentada. Não percam a oportunidade de ver a vida se renovando em meio a tanta desesperança.” Vejo um rapaz depressivo e maltrapilho que de tanta dor sequer consegue levanta-se, e de tanta falta de amor sente frio em pleno calor, aquecendo-se entre os velhos e mal cheirosos cobertores. Ao seu lado, a vida se faz, na cadela dá a luz a quatro filhotes e felizmente ela terá muitos alimentos para si e para poder dar leite aos filhotes, afinal, não faltam restos jogados ao chão pela indiferença. A vida se movendo a sua volta e as pessoas fotografando a inércia, a podridão da ignorância e a suntuosidade da forma. Quando anoitece, dezenas de seres se aglomeram no espaço defronte a Igreja. A dita escória da humanidade divide espaço uns com os outros. Fazem das belas colunas tão valorizadas pela boa gente de latrina. Será que estão errados? Não deveriam ser repreendidos? Mas quem são eles? Eles existem de fato? Às vezes penso que não, pois eles estão invisíveis ao olhar daqueles que passam. Imagino que eles fazem suas necessidades ali para que de alguma forma sejam notados. E assim se move o coração da grande metrópole. Em torno da famosa praça, se estendem quilômetros de área urbana, constituindo o uma das maiores cidades do planeta, a cidade de São Paulo. Sonhos, paixões, dores, alegrias, perdas e conquistas andam lado a lado neste palco de vida, fazendo com que personagens sejam adorados ou esquecidos. Sé, São Paulo, Civilização. Monumentos à gloriosa inteligência humana, capaz de construir tudo isso, mas também capaz de permanecer na ignorância dos valores enobrecedores do espírito. Haverá um tempo em que dos templos de pedra, surgirá uma nova humanidade, consciente de que a maior obra da civilização é cada ser humano que ela produz, sendo este o maior merecedor de atenção, dedicação e esforço para o seu aprimoramento. Paz e Luz Equipe de Amor à Luz CANTO DA POESIA Iniciamos um novo ano... As disposições brotam de nosso íntimo... Disposição de construir... Disposição de aprender... Disposição de conviver... Disposição de respeitar... E tudo isso eu só consigo junto a você... Eu... Você... Nós... Juntos na caminhada Colhendo flores ou espinhos Segundo a obra edificada. Não só flor, não apenas espinho Cada qual com seu cadinho... Caminheiro, caminhante Da nova Era de Luz, Como ser reencarnante No compromisso com Jesus! Se me aceitas como sou, Se te aceito como estás, A luz que somos Já começa a brilhar E a escuridão Não mais nos esconde. Pois eu e você somos perguntas Que só o amor responde! CANTINHO DA REFLEXÃO “Quem acusa os outros pelos seus próprios infortúnios revela uma total falta de educação; quem acusa a si mesmo mostra que a sua educação já começou; mas quem não acusa nem a si mesmo nem aos outros revela que a sua educação está completa.” Epicteto (século I D.C.) NA INTIMIDADE DOMÉSTICA “Em verdade vos digo que, quando o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos a mim o fizestes.” Jesus – Mateus, 25: 40. “Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.” O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, 3. A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas. O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada. Não hesita em auxiliá-lo. Estende-lhe as mãos. Pensa-lhes as feridas. Recolhe-o nos braços sem qualquer idéia de preconceito. Condu-lo ao albergue mais próximo. Garante-lhe a pousada. Olvida conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário. Abstém-se de indagações. Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com 3 os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações. Jesus transmitiu-nos a parábola, ensinando-nos o exercício de caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular. Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico. Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para dor, experiências. Quantas vezes, surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa! Julgamos, assim, que a parábola do bom samaritano produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, companheiros, parentes e amigos, sem nada exigir e sem nada perguntar. Do livro “Livro da Esperança” Francisco Cândido Xavier e Emmanuel. IDEAL COMUM “Há... diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos”. Paulo. I Coríntios, capítulo 12, itens 6 e 7. Os modernos métodos de gerenciamento recomendam que cada um os componentes de uma empresa devem ser tratados e respeitados como um ser individual e especial. Esses métodos revelam que nos cenários organizacionais tudo o que se produz está estritamente relacionado com os efeitos de todo o grupo. Portanto, para cooperarmos beneficamente em uma sociedade espírita é preciso lembrar-nos de que cada obreiro tem uma fórmula própria de veracidade. A diversidade dos modos de ação é saudável. Sem jamais perder a visão comum da integração mútua e dos ideais superiores, encorajemos cada membro de nossa equipe a atuar conforme suas aptidões, em vez de tentar convencêlos a produzir outra pessoa. Com a homogeneidade todos agirão tão iguais que a originalidade do grupo se atrofiará. Cada companheiro no serviço ativo espírita faz parte de um conjunto de peças, desiguais porém interdependentes, que necessitam funcionar em harmonia para que se alcance o objetivo pretendido. Semelhança de idéias e pensamentos fará com que o cotidiano fique monótono por causa do enorme marasmo que se estabelece. Virá o definhamento, que levará o grupo à trivialidade desgastante. Toda equipe é formada por uma ampla diversidade de caracteres e, seguramente, essas combinações de talentos e capacidades impulsionarão a tarefa por diferentes motivações e diversos estímulos. A oportunidade do líder do grupo é moldar a multiplicidade de aptidões em um efeito produtivo, com o qual cada membro consiga se identificar e, ao mesmo tempo, unir-se aos trabalhos do bem comum. Por outro lado, para se conseguir sucesso nos labores da Casa Espírita é preciso que todos tenham uma visão claramente definida, apesar das particularidades individuais. Denominemos essa visão clara como a evidência da missão ou propósito almejado. Por isso devemos observar com atenção nossa meta ou linha comum, nas várias obrigações a cumprir, além daquela primordial: a melhora íntima ou a transformação interior. Há a missão do irmão que se consagra às crianças ou às mães carentes; a disposição do companheiro que se propõe a recolher e amparar os doentes; o compromisso daqueles que abraçam as atividades relacionadas aos velhos ou aos jovens. A cooperação bendita de quem se converteu em divulgador do bem e o envolvimento abençoado dos que socorrem os espíritos infelizes através de sua instrumentalidade mediúnica. A evolução é escada infinita. Não queiramos que os outros enxerguem a vida através de nossos olhos. Se a unidade espiritual é serviço básico da paz, não nos esqueçamos de reforçar e definir obrigações e responsabilidades. Aqui está a importância de evidenciar a missão declarando “os diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos”. São muitas as rotas para os Reino dos Céus. É imprescindível o ideal comum, porém os dons diferem. A inteligência se caracteriza por diversos graus e a capacidade é fruto do esforço constante. “Cada um recebe o dom de manifestar o espírito para a utilidade de todos. Batuíra. Pela psicografia de Franscisco do Espírito Sto Neto. Extraído do Livro: Conviver e Melhorar, página 59. Escola do Espírito em busca da Paz 4